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I SAACA<br />

SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

Promovido pelos Institutos de Ciências Exatas e de Ciências Humanas e<br />

Sociais da Universidade Federal Fluminense (Volta Redonda)<br />

LIVRO DE RESUMOS<br />

Volta Redonda, 13 e 14 de setembro de 2012.


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

PALESTRAS<br />

A inclusão das pessoas com autismo nos diferentes espaços sociais<br />

Drª Maryse Suplino (Centro Ann Sullivan)<br />

Uma primeira afirmativa: a pessoa não deveria aprender para ser incluída, ela<br />

deveria estar incluída para aprender. Nós aprendemos no e com o grupo social. Este<br />

é o processo natural. Preparar o indivíduo em um espaço separado não apenas<br />

retardaria o aprendizado, com também o tornaria mecânico, descontextualizado e<br />

provavelmente, ineficaz. Cada ambiente social que frequentamos nos ensina<br />

aspectos específicos que nos preparam para habitá-lo, usufruirmos dele e com ele<br />

interagirmos (SUPLINO, 2011). Pessoas com autismo, como quaisquer outras,<br />

necessitam estar inseridas nos diferentes espaços sociais para que possam<br />

apreender as habilidades exigidas os modelos e situações disponíveis em cada um<br />

deles. Trata-se de adquirir as ferramentas necessárias para a vida em sociedade,<br />

vivendo em sociedade, como qualquer outra pessoa.<br />

Transtornos do espectro autista<br />

Dr. Adailton Pontes<br />

Os transtornos do espectro autista são considerados modernamente como um<br />

conjunto heterogêneo de síndromes clínicas, tendo em comum a tríade de<br />

comprometimentos da interação social recíproca, comunicação verbal e não verbal e<br />

comportamentos repetitivos e estereotipados, variando num continuum, desde as<br />

formas mais graves até as mais leves apresentam uma prevalência, considerando<br />

todo o espectro, de 3/1000, o autismo clássico, 1/1000, a síndrome de asperger,<br />

0,25/1000 e as formas atípicas, 1,5/1000. Na população mundial, a prevalência é de<br />

0,5%. A prevalência em indivíduos do sexo masculino e feminino ocorre na razão de<br />

4:1. Esses transtornos se caracterizam por uma tríade de déficits no reconhecimento,<br />

comunicação social e comportamentos repetitivos e estereotipados, e também por<br />

ilhas de habilidades e obsessão por sistematização. Apresentam comorbidades<br />

neuropsiquiátricas e, por vezes, epilepsia. Neurobiologicamente apresentam<br />

alterações, conectividade cerebral atípica, envolvendo diversas regiões do cérebro<br />

social. A etiologia desses transtornos é poligênica, o que explica a heterogeneidade<br />

clínica. O diagnóstico permanece essencialmente clínico e, para um melhor desfecho,<br />

deve ser reconhecido até no máximo 3 anos de idade. O tratamento consiste em<br />

reabilitação cognitivo-comportamental, linguagem e psicopedagógico.<br />

Comunicação alternativa no contexto regular de ensino de alunos com autismo<br />

Drª Cátia Walter (UERJ)<br />

Esta apresentação trata-se de uma pesquisa financiada pela FAPERJ denominada<br />

“Quero conversar com você: comunicação alternativa para alunos com autismo no<br />

contexto escolar”, que teve a duração de 18 meses. O objetivo do estudo foi o de<br />

implementar um programa de Comunicação Alternativa por intercâmbio de figuras<br />

destinado aos alunos com autismo, sem fala funcional, incluídos no ensino regular e<br />

em salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Rede Municipal do Rio<br />

de Janeiro. Após as professoras receberem um curso de capacitação sobre<br />

Comunicação Alternativa e uso do PECS-Adaptado, elas iniciaram o uso do programa<br />

nas salas de AEE e sala de aula regular. A investigação consistiu em observar a<br />

aplicação deste programa no espaço escolar por quatro professoras e quatro alunos<br />

com autismo sem fala funcional. As sessões foram registradas por meio de filmagens,<br />

registro de campo e folhas de pontuação pertencentes ao programa de Comunicação<br />

Alternativa. Os resultados demonstraram aumento no padrão comunicativo dos<br />

alunos participantes e apontaram para uma eficácia no uso desse recurso, fazendo<br />

com que os alunos iniciassem a solicitação de itens desejados, por meio da troca de<br />

figuras, interagindo com seus professores e aumentando o vocabulário expressivo e<br />

receptivo, além de estimular e organizar a fala funcional de dois alunos. O estudo<br />

sugere novas investigações e propõe um programa estruturado aos professores da<br />

rede regular de ensino.<br />

Intervenção clínica-educacional em pessoas com autismo: princípios e diretrizes<br />

Msc. Ana Carolina Wolff Mota (AMA – Joinville)<br />

O autismo é considerado um dos mais graves transtornos do desenvolvimento,<br />

acarretando prejuízos em habilidades tipicamente humanas: interação social,<br />

comunicação e capacidade imaginativa. A interferência qualificada no curso de<br />

desenvolvimento dessas crianças deve contar com um profissional dotado de<br />

raciocínio clínico apurado para elaborar suas práticas de avaliação e intervenção,<br />

contemplando a criança como um ser integrado em suas diversas dimensões<br />

desenvolvimentais. A proposta da minha fala é apresentar princípios orientadores


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

para a intervenção sobre o desenvolvimento de pessoas com autismo. As diretrizes<br />

são compostas por cinco princípios (quais sejam: I) Intervenção sobre os diferentes<br />

sistemas de interação da criança com transtorno do espectro autista; II) Intervenção<br />

especializada intensiva; III) Estruturação e sistematização; IV) Interdisciplinaridade;<br />

V) Maximização das interações sociais e minimização das condições autistizantes) e<br />

por eixos de desenvolvimento a serem tomados como organizadores do<br />

planejamento, que são: a) Integração e desenvolvimento das habilidades sensórioemocionais;<br />

b) integração e desenvolvimento das habilidades sócio-afetivas; c)<br />

integração e desenvolvimento dos processos cognitivos; d) desenvolvimento da<br />

linguagem/comunicação; e) desenvolvimento das habilidades adaptativas e de autoeficiência.<br />

As diretrizes clínico-educacionais representam uma contribuição<br />

instrumental e tecnológica à comunidade científica e profissional, com vistas a<br />

orientar profissionais em processos de intervenção em crianças autistas nas<br />

diferentes idades.<br />

Educação Inclusiva - Desafios e possibilidades do aluno com autismo<br />

Drª Izabel Moura<br />

Sociedade & Deficiências - Estigmas construídos pela sociedade ao longo da história<br />

dos sujeitos com Autismo. Histórico do Atendimento Educacional Especializado do<br />

aluno com Autismo no Brasil<br />

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva<br />

(legislações brasileiras atuais) Características do Alunado com Transtornos Globais<br />

do Desenvolvimento e facilitadores da Prática Pedagógica Inclusiva - o papel do<br />

professor mediador na construção do conhecimento.<br />

OFICINAS<br />

meaVox - Uma Ferramenta para Comunicação Alternativa e Aumentativa<br />

Gustavo Luís Furtado Vicente (<strong>UFF</strong>)<br />

Será apresentado o meaVox, software para dispositivos móveis com tela sensível ao<br />

toque (basicamente smartphones e tablets), que tem o objetivo de facilitar/estimular<br />

a comunicação verbal de crianças autistas não-verbais. O software, que pode ser<br />

configurado de acordo com as necessidades do usuário final, apresenta imagens<br />

(chamadas "células") na tela do dispositivo e, de acordo com a imagem selecionada,<br />

apresenta novas imagens, compondo assim uma frase pictográfica que, ao final, é<br />

verbalizada. As células podem também ser verbalizadas individualmente (à medida<br />

que são selecionadas). Podem-se definir para cada célula as imagens, o áudio da<br />

verbalização e o texto associado, entre outras propriedades. Durante a<br />

apresentação, o meaVox será demonstrado em dispositivo real.<br />

Utilizando o ADACA<br />

Filipe Moreira (<strong>UFF</strong>)<br />

Itallo Diolindo (<strong>UFF</strong>)<br />

Matheus Graciano (<strong>UFF</strong>)<br />

Dr.Adriano Caminha (orientador - <strong>UFF</strong>)<br />

A Oficina do ADACA tem como objetivo demonstrar o uso do Sistema ADACA, o<br />

estado atual do desenvolvimento do sistema, as atividades disponíveis atualmente<br />

para as crianças autistas, o funcionamento do Sistema Administrativo ADACA e<br />

metas para finalização desta versão do sistema. Inicialmente serão apresentados<br />

alguns detalhes técnicos do desenvolvimento do sistema para que se possa entender<br />

sobre as plataformas de utilização, as restrições de uso para esta primeira versão e o<br />

funcionamento do sistema administrativo. Em seguida, serão demonstradas as<br />

atividades disponíveis atualmente (os jogos e quebra cabeças) e como o sistema<br />

captará informações de uso a partir dos quais serão desenvolvidos os módulos para<br />

geração de relatórios científicos de utilização contendo estatísticas de uso, para que<br />

possamos ter uma aproximação sobre resultados de aprendizagem alcançados pelas<br />

crianças. Finalizando, faremos um passeio ao LADACA - Laboratório do ADACA, para<br />

que possam conhecer o ambiente onde as crianças utilizarão o ADACA sob tutoria e<br />

acompanhamento da equipe de monitores e cientistas do ADACA.<br />

Músicas Ilustradas como Recurso Terapêutico e Pedagógico<br />

Priscila Felix (ADACA/UGB)<br />

Julliane Yoneda (<strong>UFF</strong>)<br />

Muitas crianças com autismo apreciam músicas e respondem mais do que o habitual<br />

quando as cantam ou as ouvem. Canções são frequentemente o primeiro lugar onde<br />

tais crianças usam palavras e geralmente a primeira atividade onde elas se juntam a


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

outras crianças. Neste trabalho, propomos a ilustração de músicas como recurso<br />

terapêutico e pedagógico para o processo ensino-aprendizagem de crianças autistas.<br />

Chamamos essa adaptação de Músicas Ilustradas. A música é um meio poderoso<br />

para que a criança autista aprenda mais sobre comunicação. Com criatividade e<br />

imaginação, é possível inventar canções que incluam algumas das metas de<br />

comunicação da criança, tais como a utilização de novas palavras e a prática das<br />

antigas. As músicas ilustradas quando elaboradas a partir das músicas de interesse<br />

da criança, tem a finalidade de promover a interação, estimular a comunicação, ou<br />

até mesmo podem ser utilizadas para ensinar rotinas de atividades de vida diária<br />

como, por exemplo, pedir algo, ir ao banheiro, dizer “oi” e “sim ou não”. De acordo<br />

com o estágio de desenvolvimento da criança é possível conseguir sorrisos, contato<br />

visual e aproximação física, ou até chegar a um ponto em que a criança escolha<br />

canções e cante junto com você. A motivação da criança para a atividade tende a ser<br />

maior e consequentemente contribui para o aumento de seu envolvimento,<br />

diminuindo os possíveis comportamentos de fuga.<br />

Materiais estruturados e apoio visual no autismo<br />

Cláudia Moraes (APADEM)<br />

O Autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a<br />

capacidade de COMUNICAÇÃO do indivíduo, de estabelecer RELACIONAMENTOS e<br />

de responder apropriadamente ao AMBIENTE. Autistas demonstram compreender<br />

melhor as informações visuais em relação à sua capacidade de responder ao que<br />

ouvem. Ao utilizar estratégias visuais como suporte para a comunicação, estaremos<br />

oferecendo uma maneira eficaz de melhorar a compreensão e a comunicação<br />

expressiva. Ferramentas visuais também ajudam os autistas na organização de<br />

pensamento e a desenvolver habilidades necessárias para sua interação no meio.<br />

Nesse sentido, o uso de agendas visuais e de outros sistemas de antecipação ajuda<br />

as pessoas a dar sentido a experiência , a ação. Os ambientes antecipáveis,<br />

previsíveis e estruturados permitem melhorar o autismo, provocando uma série de<br />

mudanças nos aspectos cognitivos, lingüísticos e gerais.<br />

PÔSTERES<br />

TEACCH<br />

Raiane Dandara Pereira Pimentel (<strong>UFF</strong>)<br />

O autismo é um tipo de distúrbio com prevalência de 7-13:10.000 crianças de acordo<br />

com os dados da América do Norte, ocorrendo em qualquer classe social,incidindo<br />

mais nos meninos do que nas meninas. O autismo faz-se presente antes dos três<br />

anos de idade e é considerado uma síndrome comportamental que engloba<br />

comprometimento nas áreas relacionadas à comunicação (verbal ou não-verbal), na<br />

relação social e interesses restritos/estereotipias (Assumpção & Kuczynski, 2009).<br />

Este pôster descreve as principais características da criança autista relativas à sua<br />

socialização e apresenta um estudo sobre o sistema TEACCH de auxílio a educação de<br />

autistas e de crianças.<br />

SON RISE<br />

Isabella Caroline dos Santos (<strong>UFF</strong>)<br />

O SON RISE é interação divertida e alegre que propõe à criança um ambiente<br />

agradável, no qual ela possa aprender através de brincadeiras de seu interesse.<br />

Desenvolvimento do ambiente administrativo do projeto ADACA<br />

Itallo Barbosa Diolindo (<strong>UFF</strong>)<br />

O ambiente administrativo do projeto ADACA, liga os jogos utilizados pelas crianças<br />

com autismo e os pesquisadores do projeto, utilizando webcam para filmagem da<br />

criança e sistema remoto para movimentação interna e oculta dos jogos.<br />

Estudos sobre o método ABA (Applied Behavior Analysis) para implementação no<br />

projeto ADACA (Ambiente Digital de Aprendizagem para Crianças Autistas).<br />

Isadora Rapoza Zenóbio (<strong>UFF</strong>)<br />

O autismo é um tipo de distúrbio com prevalência de 7 - 13: 10000 crianças de<br />

acordo com dados da América do Norte, ocorrendo em qualquer classe social,<br />

incidindo mais nos meninos do que nas meninas. O autismo se faz presente antes<br />

dos três anos de idade e é considerado como uma síndrome comportamental que


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

engloba comprometimento nas áreas relacionadas à comunicação (verbal ou não<br />

verbal), na relação social e interesses restritos/estereotipias (Assumpção &<br />

Kuczynski, 2009). O pôster descreve as principais características da criança autista<br />

relativas à sua socialização e apresenta um estudo sobre o método ABA. Dentro dos<br />

padrões da intervenção comportamental, a repetição é importante na abordagem<br />

ABA, bem como o registro exaustivo de todas as tentativas e resultados alcançados.<br />

PECS: Comunicação por troca de figuras<br />

Anna Paula Rollemberg Mesquita (<strong>UFF</strong>)<br />

Desde cedo, a maioria de nossas interações sociais envolvem a linguagem. Pensando<br />

nisso, sistemas de comunicação foram criados para auxiliar na comunicação e na<br />

organização de pessoas autistas. Nesse trabalho será apresentado o PECS, que é um<br />

método de comunicação alternativo baseado na troca de imagens, começando por<br />

coisas que atraiam o portador do espectro autista. Esse método foi criado para<br />

tornar esse processo de socialização e comunicação menos desgastante e trabalhoso<br />

que os métodos tradicionais. Partindo desse princípio, serão apresentadas, nesse<br />

trabalho, as principais características desse método, suas seis fases de<br />

implementação e a sua importância para a elaboração do ADACA.<br />

Educação Inclusiva e Rede de Apoio: estudo de caso de mediação escolar<br />

Ákila Magalhães Gabry (Graduanda de Pedagogia, bolsista Pibinova)<br />

Ingrid Faria Eccard (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Jéssica Nunes Locatel (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Kátia Pinheiro da Silva (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Vanessa Faria de Oliveira (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

DSc Maria Goretti Andrade Rodrigues (orientadora) INFES - <strong>UFF</strong><br />

Fonte de Financiamento: Proppi-<strong>UFF</strong> / PIBID-CAPES<br />

O confronto direto com o problema de pesquisa, a tecnologia mediação escolar na<br />

inclusão, a partir de um estudo de caso, tem como objetivo geral a avaliação de uma<br />

solução inovadora para alunos que apresentam grande dificuldade em permanecer<br />

em sala de aula devido ao processamento dos estímulos externos de forma peculiar,<br />

como no caso de deficiência intelectual e autismo. No Brasil fala-se de inclusão com<br />

mediador escolar de modo mais intenso em torno dos anos 2000, mas sem nenhum<br />

registro sistemático (Mousinho et al, 2010). O mediador escolar pode atuar como<br />

intermediário nas questões sociais e de comportamento, na comunicação e<br />

linguagem, nas atividades e/ou brincadeiras escolares, e nas atividades pedagógicas,<br />

nas limitações motoras ou da leitura, nos diversos níveis escolares. Um mediador<br />

estimulando a aquisição de linguagem e habilidades sociais no cotidiano escolar<br />

amplia a possibilidade da quantidade de vivências no ambiente, como também a<br />

qualidade já que sempre ocorrerá em situação real de uso, diferente do que se pode<br />

proporcionar num consultório. Entre os impactos observados enfatizamos a<br />

transferência da nova tecnologia mediação escolar, aplicada em contextos<br />

internacionais e algumas poucas experiências brasileiras, para o ambiente social em<br />

uma escola municipal no interior do Estado do Rio de Janeiro, além do avanço no<br />

estado da técnica, com a construção do protocolo de atividades da mediação escolar,<br />

e a possibilidade de alunos da graduação em Pedagogia ao desenvolvimento e<br />

transferência de soluções inovadoras para a educação inclusiva. Como resultados<br />

parciais, consideramos a Mediação Escolar no caso de crianças portadoras de<br />

transtorno global do desenvolvimento ou deficiência como uma tecnologia social<br />

inovadora, que representa uma possibilidade de efetiva solução de transformação<br />

social para alunos com tal diagnóstico que apresentam grande dificuldade em<br />

freqüentar a sala de aula do ensino regular, que permaneceriam excluídos da escola.<br />

AUTISMO E INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO ÀS FAMÍLIAS NA<br />

ESCOLA.<br />

Marcelle Ribeiro Lemos (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Laura Christina Souza dos Santos (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Daiane de Siqueira Pacheco (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Márcia Marçal da Conceição Araújo (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

Tayanne de Oliveira Ladeira (Graduanda de Pedagogia, bolsista PIBID/CAPES)<br />

DSc Maria Goretti Andrade Rodrigues (orientadora, bolsista PIBID/CAPES))<br />

MSc Ana Lúcia Barros Contino (co-orientadora, colaboradora PIBID/CAPES) GRUPES -<br />

INFES - <strong>UFF</strong><br />

Bronfenbrenner (2011) estuda as influências das politicas públicas no<br />

desenvolvimento da aprendizagem da criança. A participação da criança em mais de<br />

um ambiente a introduz em um mesossistema, que é definido como um conjunto de<br />

microssistemas. A transição da criança de um para vários microssistemas abrange o<br />

conhecimento e participação em diversos ambientes (a família - nuclear e extensa -,<br />

a escola, a vizinhança, etc), consolidando diferentes relações e exercitando papéis


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

específicos dentro de cada contexto. Num sentido geral, este processo de<br />

socialização promove seu desenvolvimento. Esta passagem, chamada por<br />

Bronfenbrenner (2011) de transição ecológica, é mais efetiva e saudável na medida<br />

em que a criança se sente apoiada e tem a participação de suas relações<br />

significativas neste processo. Percebemos nesse ponto a importância da relação<br />

estabelecida entre a escola e a família para que esse processo de transição tenha<br />

significados positivos para a vida escolar que se inicia. De acordo com Duk (2006),<br />

tradicionalmente, a educação tem sido vista como responsabilidade principalmente<br />

de profissionais da escola. A família e a comunidade têm tido um papel, em geral,<br />

pouco significativo, recebendo, basicamente, os serviços educacionais<br />

proporcionados pelos profissionais. Não têm sido envolvidos para exercer um papel<br />

relevante na educação de seus filhos e, praticamente, não têm tido oportunidades<br />

de exercer seu direito de participar do processo decisório na área da Educação. No<br />

caso de crianças portadoras de autismo, a família e a comunidade se transformam<br />

em elemento central do processo. Em alguns casos, são estimuladas a participar nas<br />

decisões sobre currículo e a colaborar na educação de seus filhos. Em outros, as<br />

próprias famílias assumem a liderança na mobilização da comunidade no sentido de<br />

uma educação inclusiva.<br />

Introdução ao Estudo do Ambiente Digital de Aprendizagem para a Criança Autista:<br />

relato de experiência com orientação interdisciplinar de iniciação à docência.<br />

Cristiane Silveira Custódio 1<br />

Francianne da Silva Ladeira 1<br />

Mariana Teixeira Mello 1<br />

DSc Maria Goretti Andrade Rodrigues 2 (orientadora)<br />

MSc Rodrigo Erthal Wilson 3 (co-orientador)<br />

1 Graduação em Pedagogia - GRUPES/INFES/<strong>UFF</strong> - bolsista PIBID/CAPES<br />

2 GRUPES/INFES/<strong>UFF</strong> - bolsista PIBID/CAPES<br />

3 INFES/<strong>UFF</strong> – colaborador PIBID/CAPES<br />

Fonte de Financiamento: PIBID/CAPES<br />

Na colaboração entre o curso de Pedagogia e o curso de Licenciatura em Informática,<br />

foi eleito o uso de aplicativos com interface lúdica, como estratégia de aproximação<br />

dos ambientes digitais de aprendizagem na experiência de iniciação à docência junto<br />

a crianças autistas na escola regular, baseado nas idéias de Seymour Papert (1994),<br />

As atividades têm como foco o delineamento de currículos funcionais, aproveitando<br />

o computador como ferramenta capaz de canalizar a atenção por mais tempo. No<br />

currículo funcional, delineado de forma individual, os objetivos de ensino, ou as<br />

habilidades que se espera que sejam desenvolvidas no aprendiz, são concebidos<br />

tendo em vista o papel que determinadas habilidades possam ter na vida do sujeito e<br />

o que isso implica de dignidade para a pessoa que passa a ser capaz de fazer algo em<br />

seu mundo, para e por si mesma e para e pelos que com ela convivem (SOUZA, 2007;<br />

SUPLINO, 2006). Atividades de orientação espacial e orientação viso-motora<br />

contribuem para o processo de aquisição de leitura e escrita.<br />

Redes de Apoio e Inclusão Escolar de Crianças Autistas: mapeamento de<br />

possibilidades de articulação no espaço.<br />

Miriam Abreu Soares Mendes 1<br />

Tânia Cecília Câmara Gomes 1<br />

Simone Dionísio Mattos Alves 2<br />

Vânia Rocha Braga 2<br />

Profª DSc Maria Goretti Andrade Rodrigues 3 (orientadora)<br />

Prof DSc Thiago Pinto da Silva 4 (co-orientador)<br />

1<br />

Graduação em Pedagogia - GRUPES/INFES/<strong>UFF</strong> - bolsista PROEX<br />

2<br />

Professor da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Santo Antônio de<br />

Pádua-RJ - bolsista PIBID-CAPES<br />

3<br />

GRUPES//INFES/<strong>UFF</strong> - bolsista PIBID-CAPES<br />

4<br />

GRUPES/INFES/<strong>UFF</strong> - colaborador PIBID-CAPES<br />

Fonte de Financiamento: PROEX/<strong>UFF</strong>, PIBID/CAPES<br />

As redes de apoio são entendidas nesse trabalho como um conjunto de ações<br />

funcionalmente articuladas com profissionais, no espaço dentro ou fora da escola, e<br />

com a família, vizinhos e outros apoios formais do aluno, num espaço de debate<br />

onde são compartilhadas idéias, conhecimentos e alternativas construídas no grupo.<br />

Passa a ter importância para a área da educação inclusiva, os conceitos de sistema de<br />

apoio social e rede de apoio social, para além da visão nuclearizada de família<br />

tradicionalmente moderna (RODRIGUES et al, 2010). Serrano e Bento (2004) definem<br />

como apoio social a ajuda e a assistência de caráter emocional, psicológico,<br />

associativo, informativo, instrumental ou material, prestada pelos membros das<br />

redes de apoio social, que influenciam, de forma pró-ativa, a saúde e o bem-estar,<br />

promovem a adaptação a acontecimentos da vida e o desenvolvimento do receptor<br />

de tal ajuda. A importância dessas redes de colaboração no apoio social à família tem


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

revelado influências diretas e indiretas no desenvolvimento de crianças autistas, uma<br />

vez que há uma redefinição e reorganização do funcionamento familiar, onde saúde<br />

e bem-estar social passam a ser re-conceitualizados e redimensionados, alterando os<br />

estilos sociais de interação pais-criança que passam a ter reflexo direto no<br />

comportamento e desenvolvimento dos filhos. A intersetorialidade das redes de<br />

apoio sustentam a ideia de que a constituição dessas pode partir de uma nova<br />

compreensão por parte dos professores da noção de espaço escolar. Este estudo<br />

apresenta uma abordagem geográfica pautada nas propostas de Santos (1985;<br />

1996), Corrêa (1989) e Dias (2001) e tem como metas: a definição e hierarquização<br />

dos agentes sociais, dos processos de articulação e suas funcionalidades; e, o<br />

mapeamento e caracterização da forma da rede. Esperamos que a análise dos<br />

resultados revele a importância do entendimento do funcionamento dessas redes na<br />

criação de condições sócio-espaciais inéditas no ambiente escolar.<br />

COMUNICAÇÕES ORAIS<br />

NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO E CAPACITAÇÃO SOBRE O TEA NAS ESCOLAS<br />

INCLUSIVAS<br />

Marianna C. M. Flamarion Vargas (PMVR / Unifoa)<br />

O Autismo é um transtorno de base comportamental com comprometimento no<br />

neurodesenvolvimento infantil. Os indivíduos com TEA (Transtorno do Espectro<br />

Autista) têm insuficiências cognitivas que interferem de modo drástico na Linguagem<br />

verbal e não verbal, na interação social e nos diversos níveis de interesses e<br />

atividades. Infelizmente, a sintomatologia do Autismo pode trazer consigo a<br />

negligência indireta de pais, educadores e médicos, que consideram as crianças<br />

diagnosticadas com essa complexa patologia minimamente educáveis. No município<br />

de Volta Redonda, a Educação Pública oferece vagas em escolas regulares com<br />

trabalho especializado para os alunos com TEA além de oferecer Ensino em escolas<br />

Especializadas para Autistas. Ao longo do ano de 2011 em uma escola de ensino<br />

regular inclusiva, trabalhando dentro da sala especializada e adaptada com a<br />

metodologia TEACCH, constatei que apenas um número insuficiente de profissionais<br />

da instituição recebeu algum tipo de estudo capacitante e não foram oferecidas<br />

oportunidades de instrução significativa, fazendo com que o rendimento do trabalho<br />

fosse baixo, e que os profissionais trabalhassem com insegurança diante dos desafios<br />

que o TEA apresenta. Com esses dados pode-se concluir que a falta de capacitação<br />

eficiente e reiterada sobre o transtorno e a metodologia usada, influencia<br />

diretamente no desenvolvimento dos alunos. Desenvolver uma compreensão da<br />

fisiopatologia do Autismo e buscar atualizações quanto às novas tecnologias e novos<br />

métodos são essenciais para a elaboração e cumprimento de intervenções médicas e<br />

educacionais. O trabalho com uma criança autista não deve ser uma área de testes e<br />

equívocos, toda e qualquer ação influencia diretamente em sua vida cotidiana e em<br />

seu futuro. Quanto mais cedo for dado início a todos os tratamentos disponíveis e<br />

maior seriedade a criança com TEA for tratada, maiores suas chances de ser ativa na<br />

sociedade.<br />

Inclusão da criança autista não verbal na rede regular de ensino: relato da<br />

utilização do facilitador e do uso do IPAD como tecnologia assistiva e comunicação<br />

alternativa.<br />

Marcia Moreira Machado Sperle Aguiar<br />

Jéssica Cristiane Vitorino de Almeida<br />

O presente trabalho pretende discutir sobre a inclusão de uma criança autista não<br />

verbal em sala de aula de ensino regular, utilizando o IPAD como facilitador na<br />

função de eliminar as barreiras físicas (motoras), intelectuais e afetivas inerentes ao<br />

autismo que dificultam uma efetiva inclusão sócio educativa, buscando um real<br />

aproveitamento escolar, enfatizando todos os aspectos de aprendizagem. A<br />

utilização da figura do facilitador como agente de inclusão objetiva aplicar o conceito<br />

de uma aprendizagem sem erros, onde o aluno é capaz de realizar todas as tarefas<br />

escolares, visando diminuição da angústia e frustração, além do aumento da<br />

autoestima, uma vez que o aluno pode participar ativamente de todas as atividades<br />

propostas na sala de aula. O IPAD é o instrumento que possibilita a aplicação dos<br />

conceitos comportamentais, afetivos, sociais, verbais e pedagógicos para suprir as<br />

deficiências e comprometimentos através de aplicativos (Expressive, Choice Board<br />

Maker, My First Apps, Sound Touch, ABC Magnetic) e uso de internet. Aplica-se o<br />

conceito da transmissão de aprendizagem 1X1 com o uso do IPAD. Tanto o facilitador<br />

quanto o IPAD além de contribuírem para a diminuição ou eliminação das diversas<br />

estereotipias apresentadas, funcionam como agregadores para as outras crianças,<br />

evitando o “bullying”, não havendo histórico de agressões e apresentando atitudes<br />

típicas em diversos aspectos sociais, comportamentais, de seguimento de ordem,


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

mando de atividade de vida diária e acadêmicos. Com essa estratégia, o aluno é<br />

capaz de participar e interagir com os colegas e se adaptar perfeitamente na escola.<br />

Personalidades Históricas e a Síndrome de Asperger<br />

Ana Cláudia dos Reis Valentim (<strong>UFF</strong>)<br />

Fernanda Valentim Sousa (<strong>UFF</strong>)<br />

Este trabalho tem como principal objetivo mostrar que mesmo um portador de uma<br />

síndrome, como a Síndrome de Asperger, pode desenvolver diversas habilidades e<br />

ser destacado por elas; são pessoas capazes como as outras pessoas “normais”. Para<br />

isso, é necessário que as pessoas tenham informações sobre o que é e como reagir<br />

perante os seus portadores. A sociedade do século XXI precisa desmistificar a ideia<br />

errada que faz, muitas vezes, sobre o que é considerado diferente do padrão e para<br />

isso é necessário quebrar os velhos paradigmas. O autismo é uma síndrome<br />

relativamente comum que atinge entre quatro e cinco a cada dez mil crianças,<br />

descrita pela primeira vez em 1943 por Leo Kanner. Em síntese, ela compromete a<br />

socialização e o desenvolvimento cognitivo do portador. Dentro do chamado<br />

Espectro do Autismo, encontra-se a Síndrome de Asperger, com taxa de ocorrência<br />

de 20 a 25 a cada dez mil crianças, o que faz com que vários diagnósticos de Autismo<br />

sejam confundidos com essa síndrome, que atinge mais pessoas do sexo masculino.<br />

Nosso trabalho versa sobre grandes personalidades históricas que se destacaram em<br />

vários segmentos da sociedade. Por sua maior popularidade e/ou contribuição para a<br />

sociedade, daremos maior destaque a sete figuras: os cientistas Isaac Newton, Albert<br />

Einstein e Charles Darwin; o desportista Ayrton Senna; os empresários Mark<br />

Zuckerberg e Bill Gates e ao compositor Wolfgang Amadeus Mozart, fazendo uma<br />

análise sobre o porquê de serem considerados por especialistas portadores ou<br />

possíveis portadores da Síndrome de Asperger. “Quem se prende a velhos<br />

paradigmas nunca estará pronto pra viver o futuro que está na frente dos seus<br />

olhos.” (Péricles Silva Gomes)<br />

Metodologias na Prática do Ambiente Digital de Aprendizagem para Crianças<br />

Autistas<br />

Mayra Reygio da Rocha (<strong>UFF</strong>)<br />

Juliana Soares Raimundo (<strong>UFF</strong>)<br />

Polliana Pedrozo Mangia de Souza (<strong>UFF</strong>)<br />

Dra. Lúcia Maria de Assis (orientadora – <strong>UFF</strong>)<br />

O autismo é caracterizado pela dificuldade de estabelecer relacionamentos, déficit<br />

no comportamento e comunicação. Com o intuito de fornecer auxílio para o<br />

desenvolvimento das habilidades sociais e escolares dos portadores de autismo foi<br />

criado o Ambiente Digital de Aprendizagem para Crianças Autistas (ADACA). O<br />

objetivo deste trabalho é mostrar como se dá, de forma prática, a relação de<br />

metodologias dentro do laboratório do ADACA, qual o papel que desempenham e<br />

quais as perspectivas diante da sua utilização. As metodologias utilizadas são: Análise<br />

do Comportamento Aplicada (ABA), muito utilizado nos jogos de computador<br />

desenvolvidos no laboratório, baseia-se em princípios do comportamento operante,<br />

priorizando a construção de esquemas de aprendizagem de repertórios considerados<br />

socialmente importantes ou redução de comportamentos indesejáveis; Son-Rise, que<br />

utiliza a parte lúdica com o objetivo de auxiliar o controle de emoções, ajudando a<br />

ser receptivo e sensível a elas; Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com<br />

Déficits Relacionados à Comunicação (TEACCH), que tem sua metodologia aplicada<br />

com uma abordagem psicoeducativa, encontrada principalmente nos materiais<br />

lúdicos do laboratório, trazendo uma clareza visual ao processo de aprendizado,<br />

tendo como foco a receptividade, a compreensão, a organização e a independência;<br />

e o Currículo Funcional Natural que parte da premissa de que é nos métodos de<br />

ensino que se encontram as maiores barreiras e não na aprendizagem, colocando<br />

sempre em observação, e consequente avaliação, as estratégias de ensino para que<br />

possamos identificar as melhores metodologias para cada criança.<br />

Iniciação à Docência e Mediação Escolar com Crianças Autistas<br />

DSc. Maria Goretti Andrade Rodrigues (GRUPES/INFES/<strong>UFF</strong> – bolsista PIBID/CAPES)<br />

A articulação com a secretaria municipal de educação e cultura, com a aproximação<br />

dos graduandos(as) de Pedagogia para entendimento dos impasses e das<br />

possibilidades da inclusão de crianças com deficiência e transtorno global do<br />

desenvolvimento, é palco de ações intersetoriais significativas que potencializam o<br />

diálogo de demais instâncias articuladas em rede com a escola. Trazemos a discussão<br />

da intersetorialidade para o Curso de Pedagogia, utilizando como subsídio autores<br />

como Werner (2008), Moysés e Collares (2010), Guattari (1986) e Bronfenbrenner<br />

(1996; 2010). O subprojeto de Iniciação à Docência via mediação escolar para<br />

crianças com autismo e deficiência mental, financiado pela CAPES (Coordenação de<br />

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e vinculado ao projeto institucional


Livro de Resumos I SAACA - SIMPÓSIO SOBRE AMBIENTE DE APRENDIZAGEM PARA<br />

CRIANÇAS AUTISTAS<br />

da Universidade Federal Fluminense, é voltado para formação de professores no<br />

enfrentamento das situações vividas em sala de aula com a inclusão. É fruto da<br />

relação entre ensino, pesquisa e extensão. Com a obrigatoriedade de incluir alunos<br />

com deficiências, transtorno global do desenvolvimento e alta habilidades nas<br />

Escolas de Ensino Regular, a partir da Declaração de Salamanca (1994), a iniciação à<br />

docência permeada pela prática do enfrentamento com questões cotidianas na<br />

escola que envolvem compartilhar responsabilidades com uma rede de apoio<br />

intersetorial, demanda novas perspectivas de prática nos Cursos de Licenciatura,<br />

sobretudo em se tratando de Pedagogia. Se vincula às idéias de projeto de ensino<br />

que busca a inserção de estudantes dos cursos de Licenciatura em escolas, de modo<br />

a promover a formação inicial de professores oferecendo-lhes meios e condições<br />

para a consolidação dos conhecimentos científicos e pedagógicos de que se<br />

apropriaram na Universidade, em situações concretas da profissão docente. Esta<br />

prática oportuniza a construção de saberes profissionais através da reflexão-na-ação<br />

e da reflexão-sobre-a-ação (Schön, 1992, 2000), bem como do convívio produtivo<br />

com professores mais experientes (Tardif, 2008, Tardif & Raymond, 2000).<br />

Buscando e Construindo<br />

Yara Chistina de Sousa Valentim Quintiliano (UGB)<br />

O presente trabalho tem como objetivo apresentar atividades que podem ser<br />

trabalhadas com alunos autistas na área de língua portuguesa. Para melhor<br />

desempenho do trabalho criei um aluno fictício, chamado João, diagnosticado como<br />

um aluno autista de grau leve. Entre as várias características que apresentava, uma<br />

delas era ter um interesse fixo em um barco. Foram trabalhados vários métodos e o<br />

método que obtive um melhor resultado foi trabalhar em cima do objeto de<br />

interesse fixo que João tinha que era o barco. Obtive excelentes resultados no<br />

desenvolvimento de João tanto na escola quanto em sua vida social. Cheguei à<br />

conclusão de que devemos buscar sempre um mecanismo de aprendizagem para<br />

melhor compreensão e entendimento dos nossos alunos que necessitam de cuidados<br />

especiais.<br />

A terapia ocupacional nas atividades da vida diária com Autistas<br />

Leliane Soares (Terapeuta Ocupacional)<br />

As pessoas com autismo têm características pessoais que as tornam únicas, pois cada<br />

uma apresenta comportamentos, dificuldades e graus de comprometimentos<br />

variados, onde são necessários desenvolver estratégias que ajudem a possibilitar o<br />

dia-a-dia desse indivíduo o mais fácil possível, tornando-o mais independente nas<br />

AVD’s. A Terapia Ocupacional tem como objetivo ajudar as pessoas a desenvolverem<br />

suas atividades diárias e suas ocupações, como o auto-cuidado (higiene pessoal,<br />

vestuário e alimentação), o lazer e a escola/trabalho, utilizando atividades que<br />

tenham um significado para a vida do indivíduo, dando suporte e orientações para<br />

pais e cuidadores no processo da independência nessas atividades. A criança autista<br />

encontra várias dificuldades na aquisição de atividades de rotina, bem como as<br />

necessárias para as AVD’s, pois apresenta desenvolvimento desarmônico e lento,<br />

podendo apresentar problemas motores e/ou neurológicos leves ou severos que<br />

dificultam ou mesmo impedem a realização de certos movimentos. Além disso, a<br />

criança com autismo geralmente possui dificuldades de imitar, fazendo com que o<br />

aprendizado do dia a dia fique ainda mais prejudicado. Aprender a ir ao banheiro<br />

para realizar suas necessidades, escovar os dentes, vestir e despir-se e se alimentar<br />

independentemente estão entre os objetivos primordiais de aprendizado para<br />

terapia ocupacional. Portanto, a autonomia e a independência para realizar as AVD’s<br />

contribuem para o desenvolvimento da pessoa com autismo, gerando maior<br />

qualidade de vida para si mesmo e para seus familiares.<br />

O brincar como ferramenta no desenvolvimento social da criança com autismo<br />

Érica Messias Rangel (Fonoaudióloga)<br />

A brincadeira é um elemento universal da infância, pois faz parte do repertório<br />

comportamental da criança e independe do local e momento histórico em que está<br />

inserida. Entretanto, o autismo - um transtorno que afeta severamente o modo de<br />

interagir e comunicar-se com as outras pessoas - pode interferir nas características<br />

da brincadeira. Crianças autistas apresentam esse comportamento empobrecido ou<br />

até mesmo ausente, porém através dela, a brincadeira, pode-se estimular e<br />

incentivar o desenvolvimento social da criança com autismo, ou seja: jogos,<br />

brinquedos e brincadeiras contribuem para que as crianças com autismo se<br />

desenvolvam e se socializem com outras pessoas. As brincadeiras propiciam a essas<br />

crianças um agir espontâneo e faz com que percebam suas habilidades e consigam<br />

desenvolver muitas outras.

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