21.12.2013 Views

Geotecnologias e o planejamento da agricultura de energia - IEE/USP

Geotecnologias e o planejamento da agricultura de energia - IEE/USP

Geotecnologias e o planejamento da agricultura de energia - IEE/USP

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Para trabalhar com segurança em culturas semi-mecaniza<strong>da</strong>s, que constituem a<br />

maioria <strong>da</strong>s nossas explorações, a <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima <strong>de</strong>verá estar em torno <strong>de</strong> 12%<br />

; <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> acima <strong>de</strong>sse limite apresenta restrições às práticas mecânicas. Para<br />

culturas mecaniza<strong>da</strong>s, com adoção <strong>de</strong> colheita<strong>de</strong>iras automotrizes, o limite máximo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> cai para 8 a 10% (AGROBYTE, 2009).<br />

O ciclo completo <strong>de</strong> produção <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar é variável, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do clima<br />

local, <strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e práticas culturais. No Brasil, o ciclo é, geralmente, <strong>de</strong> seis anos,<br />

<strong>de</strong>ntro do qual ocorrem cinco cortes, quatro tratos <strong>de</strong> soqueiras e uma reforma, como<br />

se explica a seguir. De forma geral, o primeiro corte é feito 12 ou 18 meses após o<br />

plantio (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> cana utiliza<strong>da</strong>), quando se colhe a chama<strong>da</strong> cana-planta. Os<br />

<strong>de</strong>mais cortes, quando se colhe a cana-soca resultante <strong>da</strong> rebrota, são feitos uma vez<br />

por ano, ao longo dos quatro anos consecutivos, com redução gradual <strong>da</strong><br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, até que se torne economicamente mais interessante reformar o<br />

canavial do que efetuar um novo corte. Substitui-se, então, a cana antiga por um novo<br />

plantio e inicia-se um novo ciclo produtivo. Nessa reforma do canavial, a área<br />

cultiva<strong>da</strong> fica alguns meses em <strong>de</strong>scanso e po<strong>de</strong> receber outros cultivos <strong>de</strong> ciclo curto,<br />

como leguminosas (BNDES, 2008).<br />

As regiões <strong>de</strong> expansão <strong>da</strong> canavicultura brasileira são caracteriza<strong>da</strong>s como regiões<br />

<strong>de</strong> cerrado, como o oeste e noroeste do Estado <strong>de</strong> São Paulo, o Triângulo Mineiro, o<br />

leste do Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão e oeste <strong>da</strong> Bahia. Embora<br />

em latitu<strong>de</strong>s diferentes, essas regiões apresentam algumas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s quando<br />

compara<strong>da</strong>s às regiões tradicionalmente ocupa<strong>da</strong>s pela cultura <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,<br />

como <strong>de</strong>ficiência hídrica acentua<strong>da</strong> e diferenças notáveis quanto ao crescimento<br />

vegetativo, florescimento, acúmulo <strong>de</strong> sacarose e reação a pragas e doenças<br />

(LANDELL, 2008 apud LANDELL et al., 2010).<br />

Em função <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> iminente <strong>de</strong> aumentar a produção <strong>de</strong>sta cultura, um novo<br />

<strong>de</strong>safio se apresenta aos programas <strong>de</strong> melhoramento, que é a obtenção e liberação <strong>de</strong><br />

varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas e a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s a ambientes brasileiros diversos. Calcula-se que<br />

para suprir a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> interna e externa, o Brasil <strong>de</strong>verá dobrar a sua produção nos<br />

próximos cinco a sete anos com um aumento nos investimentos em novas usinas,<br />

37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!