Geotecnologias e o planejamento da agricultura de energia - IEE/USP
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abaçu é processado integralmente, produzindo óleo, sabão <strong>de</strong> coco,<br />
farinhas amiláceas, álcool, subprodutos protéicos, carvão ecológico e carvão<br />
ativado. A empresa processa anualmente aproxima<strong>da</strong>mente 75 mil<br />
tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> babaçu correspon<strong>de</strong>ndo em média, a 5 milhões <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> óleo<br />
e 10 milhões <strong>de</strong> quilos <strong>de</strong> amido <strong>de</strong> etanol. (OLIVEIRA et al. 2009 apud<br />
SILVA et al., 2009).<br />
Percebe-se que a produção <strong>de</strong> etanol no Estado do Tocantins ain<strong>da</strong> é incipiente, mas<br />
está presente no Estado um projeto ousado <strong>da</strong> empresa Bunge que po<strong>de</strong>rá expandir<br />
esta produção e ampliar a participação do mesmo no cenário nacional, entretanto é<br />
importante a existência <strong>de</strong> projetos industriais e científicos envolvendo a pesquisa<br />
para a diversificação matérias-primas para a produção <strong>de</strong> etanol, tais como a batatadoce,<br />
babaçu e mandioca os quais têm buscado maior rendimento e eficiência para a<br />
produção <strong>de</strong> etanol.<br />
2.3.3 Zoneamento agroecológico <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar<br />
Em estudo realizado por Collicchio (2008) foi elaborado o zoneamento e<strong>da</strong>foclimático<br />
e ambiental para a cultura <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Estado do Tocantins, utilizando a<br />
climatologia atual (25,7ºC), e o conjunto <strong>de</strong> cenários climáticos analisados,<br />
consi<strong>de</strong>rando <strong>da</strong>dos gerados pelos mo<strong>de</strong>los GFDL e HadCM3 e cenários <strong>de</strong> emissão<br />
B1 e A1B, para o período <strong>de</strong> 2021 a 2050, para i<strong>de</strong>ntificar as possíveis regiões com<br />
potencial produtivo no Estado. Os resultados mostraram que tanto para as condições<br />
climáticas atuais, quanto para as projeções dos mo<strong>de</strong>los, não há restrição térmica<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> cultura, e que para obter boa produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o cultivo<br />
<strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Estado será necessário, <strong>de</strong> forma geral, a utilização <strong>de</strong> irrigação<br />
<strong>de</strong> salvamento, suplementar ou plena nos períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência hídrica.<br />
Constatou-se também que, existe potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> para a produção <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,<br />
apesar <strong>da</strong> predominância <strong>da</strong> classe “restrita”. Foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s três regiões<br />
potenciais com condições e<strong>da</strong>foclimáticas favoráveis e com boa infra-estrutura para<br />
produção, localiza<strong>da</strong>s nas regiões sul, su<strong>de</strong>ste e central do Estado, com áreas<br />
suficientemente extensas para cobrir as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s regionais. As mu<strong>da</strong>nças climáticas<br />
analisa<strong>da</strong>s indicaram que o Tocantins estará sob fortes restrições hídricas, com<br />
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