15.01.2014 Views

Download - Hospital Universitário Walter Cantídio

Download - Hospital Universitário Walter Cantídio

Download - Hospital Universitário Walter Cantídio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Módulo Medicina Intensiva<br />

Insuficiência Respiratória Aguda<br />

Diagnóstico e tratamento<br />

Marcelo Alcantara Holanda<br />

Prof Adjunto de Medicina Clínica, UFC<br />

<strong>Hospital</strong> Universitário <strong>Walter</strong> Cantídio - HUWC<br />

UTI respiratória do <strong>Hospital</strong> de Messejana, Fortaleza, CE


Insuficiência Respiratória Aguda<br />

Diagnóstico e tratamento<br />

Ao final da aula espera-se que o aluno(a):<br />

- Defina IRA<br />

- Classifique a IRA em bases fisiopatológicas<br />

- Compreenda a abordagem de pacientes em IRA a<br />

partir de dados clínicos, radiológicos e laboratoriais<br />

- Reconheça as indicações e o modo de uso de<br />

oxigenoterapia<br />

- Reconheça princípios básicos de ventilação mecânica


O manejo da IRA<br />

Uma era dramática na medicina...<br />

Mas de grandes avanços...


O que é insuficiência respiratória ?<br />

Incapacidade do sistema respiratório de<br />

desempenhar suas duas principais funções:<br />

- Captação de oxigênio para o sangue arterial<br />

- Remoção de gás carbônico do sangue venoso


O que é o Sistema Respiratório ?<br />

SNC<br />

Centro respiratório


O 2<br />

CO 2<br />

Alvéolo<br />

Capilar


Alvéolo<br />

Troca gasosa:<br />

O 2<br />

CO 2<br />

- Diferença de pressão<br />

- Equilíbrio V/Q<br />

- Difusão<br />

Capilar


Alvéolo<br />

O 2<br />

CO 2<br />

Problemas na difusão<br />

Má oxigenação se o sangue passa rápido<br />

Capilar


Alvéolo<br />

O 2<br />

CO 2<br />

Desequilíbrio V/Q<br />

Hipoxemia com D (A-a) <br />

Capilar


Alvéolo<br />

Se ofertarmos O2 em<br />

situações de desequilíbrio<br />

V/Q...<br />

O 2<br />

CO 2<br />

Capilar


Alvéolo<br />

Efeito SHUNT<br />

Má resposta a O2<br />

O 2<br />

CO 2<br />

Capilar


Exemplos de doenças que comprometem a<br />

relação V/Q ou provocam shunt:<br />

- Crise de asma<br />

- Exacerbação de DPOC<br />

- Pneumonias<br />

- Edema pulmonar cardiogênico<br />

- Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo - SDRA<br />

S<br />

h<br />

u<br />

n<br />

t


Observe a diferença de comportamento de dois sistemas respiratórios que<br />

têm pulmões normais, mas...<br />

Renovação de ar OK<br />

Remoção de CO2 eficiente<br />

Oxigenação garantida<br />

Renovação de ar comprometida<br />

Remoção de CO2<br />

indireta da Oxigenação<br />

Problemas no bombeamento de ar<br />

IRA tipo II - Hipoventilação alveolar


Alvéolo<br />

Hipoventilação alveolar<br />

Acúmulo de CO 2<br />

Hipoxemia 2 a<br />

Capilar


Principais exemplos de IRpA por hipoventilação<br />

Centro respiratório – depressão por drogas<br />

Medula espinhal – trauma raqui-medular<br />

Sistema nervoso periférico – miastenia gravis<br />

Músculos respiratórios – fadiga diafragmática<br />

Restrição da parede torácica – cifoescoliose<br />

Obstrução de vias aéreas – edema de glote


Mecanismos de hipoxemia<br />

CO2<br />

Hipoventilação <br />

D(A-a) Resp O2<br />

Normal Sim<br />

Difusão Sim<br />

Desequilíbrio V/Q Sim<br />

Shunt Não


IRA com hipercapnia / hipoventilação<br />

Ex.:<br />

• Agudização de doenças neuro-musculares ou AOS<br />

• Exacerbação da DPOC<br />

PaO2<br />

• Crise de asma grave PaCO2 pH<br />

PaCO2 > 50mmHg<br />

pH < 7,34


Avaliação da oxigenação:<br />

PaO2 em ar ambiente = 109 – 0,45 x idade<br />

IRpA < 60mmHg, ar ambiente<br />

Se em uso de O2: usar PaO2 / FIO2 ( 400<br />

200 a 300 : 10 a 15% shunt<br />

< 200: + de 20% shunt


IRA com hipoxemia grave<br />

Ex.:<br />

• Pneumonias<br />

• Edema pulmonar<br />

• SDRA ou LPA<br />

• Trauma<br />

PaO2<br />

PaCO2 nl ou<br />

pH nl ou<br />


Diagnóstico da IRpA<br />

- Avaliação clínica<br />

- Gasométrica<br />

- Classificação do tipo de IRA<br />

- Diagnóstico da etiologia


Avaliação clínica<br />

Freqüência respiratória<br />

Esforço respiratório aumentado<br />

- utilização de mm. acessórios da respiração<br />

- tiragem, batimento de asas do nariz<br />

Respiração paradoxal<br />

- fadiga diafragmática


Pacientes com DPOC<br />

Pletora facial<br />

Soprador róseo


Pacientes com hipoxemia grave<br />

Oximetria noturna de 12h<br />

Qual o fator etiológico provável?


Cianose é sinal tardio de hipoxemia<br />

Qual o mecanismo mais provável ?


Importância da SaO2<br />

Curva de dissociação da hemoglobina<br />

SaO2<br />

%<br />

CaO 2<br />

= Hb x 1,36 x SaO 2<br />

+ PaO 2<br />

x 0,003<br />

CaO2<br />

mL/dL<br />

90<br />

O2 dissolvido<br />

60<br />

100<br />

PaO2<br />

mmHg


60 anos, PO tardio de cirurgia para Aneurisma de Aorta<br />

P I max: -30cmH 2 O<br />

Cap Vital:500mL<br />

Respiração paradoxal


Sinais clínicos na IRA:<br />

Hipoxemia<br />

- Palidez e sudorese<br />

- Taquicardia, hipertensão<br />

- Bradicardia e choque<br />

- Agitação psicomotora<br />

- Torpor - coma<br />

Hipercapnia<br />

- Narcose - coma<br />

- Taquicardia<br />

- Hipo ou hipertensão<br />

- Cefaléia<br />

- Abalos musculares<br />

obs: cianose - tardia


Confirmação diagnóstica da IRpA<br />

Gasometria arterial<br />

PaO2


Exame físico<br />

respiratório<br />

cardiovascular<br />

neurológico<br />

músculo-esquelético<br />

verificar sistemas quanto à infecção


52 anos, Esclerose Lateral Amiotrófica, dispnéia intensa<br />

pH: 7,31<br />

PaCO 2 : 64 mmHg<br />

PaO 2 : 66 mmHg<br />

HCO 3 -: 26 mEq/L<br />

SaO 2 : 90 %<br />

Sinais: Taquipnéia e uso de musculatura acessória


Radiografias de Tórax na IRA “hipoxêmica”<br />

SDRA<br />

Pneumonia grave<br />

Distúrbio V/Q + shunt


Radiografias de Tórax na IRA “mista”<br />

Cifoescoliose + infecção<br />

Hipoventilação + Distúrbio V/Q<br />

DPOC em crise


Tratamento da IRA<br />

Objetivos:<br />

- Manter trocas gasosas em níveis seguros até a<br />

compensação da causa<br />

- oxigenação – fundamental<br />

- eliminação do CO2, normalização do pH<br />

- Manter a segurança das vias aéreas<br />

- Evitar o trabalho respiratório excessivo, que pode<br />

contribuir para a descompensação cardiovascular e<br />

fadiga muscular respiratória


Tratamento da IRA<br />

tipo I – hipoxêmica<br />

- Elevar a PaO2 e a SaO2<br />

- Tentar reverter a causa da hipoxemia<br />

tipo II - ventilatória<br />

- Elevar a PaO2 e SaO2<br />

- Reverter a acidose respiratória (pH normal)<br />

- Tentar reverter a causa da hipoventilação


Cateter nasal de O2, tipo óculos, cada L, 3 a 4% FIO2


Máscaras de venturi são precisas se bem ajustadas...<br />

Fluxo de O2 deve<br />

seguir dados do<br />

fabricante


Máscara de reservatório, FIO2 próxima de 100%


Ventilação mecânica na IRA se:<br />

• PaO2 < 55 mmHg (SaO2 < 90%)<br />

• PaCO2 > 50 mmHg (exceto crônicos)<br />

com acidose respiratória (pH < 7,30)<br />

• Sinais de grande trabalho respiratório ou fadiga<br />

• Instabilidade de outros sistemas: cardiovascular<br />

• Nível de consciência deprimido<br />

Experiência clínica


Etiologia da Insuficiência Respiratória Aguda<br />

Cérebro<br />

Sistema<br />

Neuromuscular<br />

Pulmão<br />

Vias<br />

aéreas<br />

Medula<br />

Caixa<br />

torácica<br />

Sistema<br />

Cardiovascular<br />

Tecidos e<br />

células


Objetivos Clínicos da Ventilação Mecânica<br />

Diminuir o “desconforto respiratório”<br />

Reverter a acidose respiratória aguda grave<br />

Não necessariamente normalizar a PaCO 2<br />

“Olhar” o pH<br />

Corrigir a hipoxemia<br />

Reverter a fadiga muscular<br />

Reverter ou prevenir atelectasias<br />

Possibilitar sedação e bloqueio neuromuscular<br />

Diminuir o consumo de O 2 dos mm. resp e aumentar a oferta de<br />

O 2 ao miocárdio e outros órgãos<br />

Controlar a pressão intracraniana


500<br />

Inspiração<br />

VC, mL<br />

Expiração<br />

0<br />

1<br />

0<br />

1<br />

0<br />

-5<br />

Fluxo, L/min<br />

Pva, cmH2O<br />

Pes, cmH2O<br />

Pressão positiva<br />

-10<br />

Contração<br />

diafragmática<br />

Retração<br />

elástica<br />

VM controlada<br />

Válvula expiratória abre


Ventilator-induced lung injury<br />

Dreyfuss, D. & Saumon- G Am J Respir Crit Care . Med, 157:1998<br />

Normal 45cmH 2 O- 5min 45cmH 2 O- 20min


Efeito da pressão positiva sobre a troca gasosa<br />

ZEEP CPAP 10 CPAP 25<br />

PaO2: 52 84 82<br />

PaCO2: 47 48 52


Visualização do efeito da PEEP por TC em paciente com LPA<br />

PEEP 0<br />

PEEP 5<br />

PEEP 10<br />

PEEP 20


Nem sempre é preciso intubar o paciente!<br />

UTIrespiratória - <strong>Hospital</strong> de Messejana


Há várias maneiras de se fazer VNI


Paciente de 70 anos com seqüela de AVCi é<br />

admitido no PS com piora do nível de consciência,<br />

tosse cheia e febre, acianótico, com f:32irpm,<br />

PA:110x60mmHg, P:105ppm<br />

AP:Crepitações grossas bilaterais e roncos.<br />

Qual deve ser a sua primeira conduta?<br />

a) Administrar O2 por cateter 2 a 3L/min<br />

b) Solicitar gasometria arterial<br />

c) “Colher” gasometria arterial<br />

d) Solicitar Raio-X de tórax<br />

e) Monitorizar oximetria de pulso


Paciente de 70 anos com seqüela de AVCi é<br />

admitido no PS com piora do nível de consciência,<br />

tosse cheia e febre, acianótico, com f:32irpm,<br />

PA:110x60mmHg, P:105ppm<br />

AP:Crepitações grossas bilaterais e roncos.<br />

Qual deve ser a sua primeira conduta?<br />

a) Administrar O2 por cateter 2 a 3L/min<br />

b) Solicitar gasometria arterial<br />

c) “Colher” gasometria arterial<br />

d) Solicitar Raio-X de tórax<br />

e) Monitorizar oximetria de pulso


A oximetria de pulso mostrou SpO2:86% com pulso<br />

regular. Foi colhida uma gasometria arterial. O<br />

aparelho encontrava-se em fase de calibração.<br />

Qual sua conduta?<br />

a) Aguardar pela gasometria arterial<br />

b) Intubar o paciente<br />

c) Iniciar O2-terapia por cateter 3L/min<br />

d) Iniciar O2-terapia por máscara de reservatório


A oximetria de pulso mostrou SpO2:86% com pulso<br />

regular. Foi colhida uma gasometria arterial. O<br />

aparelho encontrava-se em fase de calibração.<br />

Qual sua conduta?<br />

a) Aguardar pela gasometria arterial<br />

b) Intubar o paciente<br />

c) Iniciar O2-terapia por cateter 3L/min<br />

d) Iniciar O2-terapia por máscara de reservatório


A SpO2 aumentou para 93%. A primeira gaso foi venosa.<br />

Uma nova gaso arterial mostrou pH:7,31 PaCO2:58 PaO2:67<br />

HCO 3 -:27 SaO2:93%. Tinha grande dificuldade p/ tossir.<br />

Havia abundante secreção purulenta na orofaringe.<br />

Persistia comatoso , não-responsivo aos estímulos verbais.<br />

A f resp.: 35irpm em uso de m acessória e retração<br />

supraesternal. FC:125ppm PA:95x60mmHg<br />

Sua conduta agora é:<br />

a) Manter e aguardar pelo Raio-X de tórax<br />

b) Iniciar ventilação mecânica por máscara<br />

c) Proceder intubação traqueal<br />

d) Iniciar O2-terapia por máscara de reservatório<br />

e) Iniciar O2-terapia por máscara de venturi 40%


A SpO2 aumentou para 93%. A primeira gaso foi venosa.<br />

Uma nova gaso arterial mostrou pH:7,31 PaCO2:58 PaO2:67<br />

HCO 3 -:27 SaO2:93%. Tinha grande dificuldade p/ tossir.<br />

Havia abundante secreção purulenta na orofaringe.<br />

Persistia comatoso , não-responsivo aos estímulos verbais.<br />

A f resp.: 35irpm em uso de m acessória e retração<br />

supraesternal. FC:125ppm PA:95x60mmHg<br />

Sua conduta agora é:<br />

a) Manter e aguardar pelo Raio-X de tórax<br />

b) Iniciar ventilação mecânica por máscara<br />

c) Proceder intubação traqueal<br />

d) Iniciar O2-terapia por máscara de reservatório<br />

e) Iniciar O2-terapia por máscara de venturi 40%


O paciente foi intubado com uma cânula traqueal n o 8,0mm.<br />

Grande quantidade de secreção traquela purulenta foi<br />

aspirada e enviada para bacterioscopia e cultura e ATBs<br />

admnistrados.<br />

Que parâmetros devem ser ajustados na VM no modo de<br />

controle ciclado a volume?<br />

a) Modo<br />

b) VC<br />

c) Fluxo<br />

d) f respiratória mínima<br />

e) Sensibilidade<br />

f) FIO2<br />

g) Acessórios e alarmes


O paciente foi intubado com uma cânula traqueal n o 8,0mm.<br />

Grande quantidade de secreção traquela purulenta foi<br />

aspirada e enviada para bacterioscopia e cultura e ATBs<br />

admnistrados.<br />

Que parâmetros devem ser ajustados na VM no modo de<br />

controle ciclado a volume?<br />

a) Modo: A/C<br />

b) VC: 8 a 10mL/kg<br />

c) Fluxo: 40 a 60L/min<br />

d) f respiratória mínima, conforme PaCO2 e pH<br />

e) Sensibilidade: 1 a 2 cmH2O<br />

f) FIO2: conforme SpO2 e PaO2<br />

g) Acessórios e alarmes de modo racional


Já em VM o RX de tórax mostrava opacidades alveolares<br />

bilaterais e aumento da área cardíaca. A PVC: 25cmH2O.<br />

Nova gaso em VM com VC de 600mL, f:15irpm,<br />

Fluxo:60L/min, quadrado, FIO2:100% e PEEP:5cmH2O<br />

apresentava pH:7,46 PaCO2:34 PaO2:85 SaO2:96%. O<br />

principal distúrbio deste paciente neste momento é:<br />

a) Hipoventilação alveolar<br />

b) Shunt superior a 20%<br />

c) Shunt inferior a 10%<br />

d) Desequilíbrio V/Q + hipoventilação<br />

e) Desequilíbrio V/Q


Já em VM o RX de tórax mostrava opacidades alveolares<br />

bilaterais e aumento da área cardíaca. A PVC: 25cmH2O.<br />

Nova gaso em VM com VC de 600mL, f:15irpm,<br />

Fluxo:60L/min, quadrado, FIO2:100% e PEEP:5cmH2O<br />

apresentava pH:7,46 PaCO2:34 PaO2:85 SaO2:96%. O<br />

principal distúrbio deste paciente neste momento é:<br />

a) Hipoventilação alveolar<br />

b) Shunt superior a 20%<br />

c) Shunt inferior a 10%<br />

d) Desequilíbrio V/Q + hipoventilação<br />

e) Desequilíbrio V/Q<br />

PaO2/FIO2= 85/1,0=85


Já em VM o RX mostrava opacidades alveolares bilaterais e<br />

AC. A PVC: 25cmH2O. Nova gaso em VM com VC de<br />

600mL, f:15irpm, Fluxo:60L/min, quadrado, FIO2:100% e<br />

PEEP:5cmH2O apresentava pH:7,46 PaCO2:34 PaO2:85<br />

SaO2:96%. Qual a sua conduta quanto aos ajustes da VM?<br />

PA:110x70mmHg FC:100ppm<br />

a) Manter<br />

b) Aumentar a PEEP<br />

c) Aumentar o VC<br />

d) Reduzir o fluxo<br />

e) Reduzir a FIO2 apra 60%


Já em VM o RX de tórax mostrava opacidades alveolares<br />

bilaterais e aumento da área cardíaca. A PVC: 25cmH2O.<br />

Nova gaso em VM com VC de 600mL, f:15irpm,<br />

Fluxo:60L/min, quadrado, FIO2:100% e PEEP:5cmH2O<br />

apresentava pH:7,46 PaCO2:34 PaO2:85 SaO2:96%. Qual a<br />

sua conduta quanto aos ajustes da VM?<br />

PA:110x70mmHg FC:100ppm<br />

a) Manter<br />

b) Aumentar a PEEP<br />

c) Aumentar o VC<br />

d) Reduzir o fluxo<br />

e) Reduzir a FIO2 apra 60%

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!