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Área Apoio Especializado – Especialidade Psicologia (do Trabalho)

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MODELO − Caderno de Prova, Cargo 13, Tipo 001<br />

Atenção:<br />

CONHECIMENTOS GERAIS<br />

PORTUGUÊS<br />

As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto<br />

seguinte.<br />

mun<strong>do</strong> matan<strong>do</strong> dragões, defenden<strong>do</strong> causas e encontran<strong>do</strong><br />

amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,<br />

enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no<br />

<strong>do</strong>mingo e a uma cerveja com os amigos.<br />

É também possível (sem contradizer a hipótese anterior)<br />

que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu<br />

nariz. Ora, a capacidade de os a<strong>do</strong>lescentes inventarem seu<br />

futuro depende <strong>do</strong>s sonhos aos quais nós renunciamos. Pode<br />

ser que, quan<strong>do</strong> eles procuram, nas entrelinhas de nossas<br />

falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem<br />

apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada<br />

que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os<br />

a<strong>do</strong>lescentes que merece.<br />

(Adapta<strong>do</strong> de Contar<strong>do</strong> Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07)<br />

1. O autor considera que falta aos jovens de hoje<br />

Os sonhos <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes<br />

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de<br />

dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.<br />

É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos,<br />

nossos jovens sabem que sua origem não fecha seu destino:<br />

sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde<br />

nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de<br />

seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de<br />

ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita<br />

de vidas possíveis.<br />

Apesar disso, em regra, os a<strong>do</strong>lescentes e os préa<strong>do</strong>lescentes<br />

de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito<br />

pareci<strong>do</strong>s com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia<br />

que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resulta<strong>do</strong><br />

(mais ou menos resigna<strong>do</strong>) de compromissos e frustrações.<br />

Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas<br />

aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas<br />

(A)<br />

(B)<br />

(C)<br />

(D)<br />

um mínimo de discernimento entre o que é real e o<br />

que é puro devaneio.<br />

uma confiança maior nas promessas de futuro<br />

acenadas pelo merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

a inspiração para viver que lhes oferecem os que<br />

descartaram as idealizações.<br />

a aspiração de perseguir a realização <strong>do</strong>s sonhos<br />

pessoais mais arroja<strong>do</strong>s.<br />

(segurança <strong>do</strong> emprego, plano de saúde e aposenta<strong>do</strong>ria).<br />

Alguém dirá: melhor lidar com a<strong>do</strong>lescentes tranqüilos <strong>do</strong><br />

que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual<br />

for a qualidade <strong>do</strong>s professores, a escola desperta interesse<br />

quan<strong>do</strong> carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para<br />

ter uma vida mais próxima de seus sonhos. É bom que a escola<br />

não responda apenas à "dura realidade" <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de<br />

trabalho, mas também (talvez, sobretu<strong>do</strong>) aos devaneios de<br />

seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude<br />

para se conformar"? Conseqüência: a escola é sempre<br />

desinteressante para quem pára de sonhar.<br />

(E) a disposição de se tornarem capazes de usufruir a<br />

estabilidade profissional.<br />

_________________________________________________________<br />

2. Atente para as seguintes afirmações:<br />

I. As múltiplas ficções e informações que circulam no<br />

mun<strong>do</strong> de hoje impedem que os jovens formulem<br />

seus projetos levan<strong>do</strong> em conta um parâmetro mais<br />

realista.<br />

II.<br />

III.<br />

As escolas deveriam ser mais conseqüentes diante<br />

da dura realidade <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho e<br />

estimular os jovens a serem mais razoáveis em<br />

seus sonhos.<br />

As ficções que proliferam em nossas telas são<br />

assimiladas como divertimento inconseqüente, e<br />

não como sinalização inspira<strong>do</strong>ra de uma pluralidade<br />

de vidas possíveis.<br />

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em<br />

É possível que, por sua própria presença maciça em<br />

nossas telas, as ficções tenham perdi<strong>do</strong> sua função essencial e<br />

sejam contempladas não como um repertório arrebata<strong>do</strong>r de<br />

vidas possíveis, mas como um calei<strong>do</strong>scópio para alegrar os<br />

olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o<br />

(A)<br />

(B)<br />

(C)<br />

(D)<br />

(E)<br />

I, II e III.<br />

I e II, apenas.<br />

III, apenas.<br />

II, apenas.<br />

I, apenas.<br />

2 TRF3R-Conhecimentos Gerais 2

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