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Diretrizes Básicas em Saúde Escolar - Sociedade Brasileira de ...

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<strong>Diretrizes</strong> Básicas <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong><br />

1.1- Este documento, elaborado conjuntamente por m<strong>em</strong>bros dos Departamentos<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong> da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Pediatria <strong>de</strong> São Paulo e da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong><br />

<strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Pediatria, b<strong>em</strong> como da Associação <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>, t<strong>em</strong><br />

como objetivo apresentar algumas diretrizes <strong>em</strong> relação às ações programáticas<br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>.<br />

1.2- Ressaltamos que este documento não t<strong>em</strong> o objetivo <strong>de</strong> apresentar um<br />

programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong> , que <strong>de</strong>verá ser implantado por todo e qualquer<br />

serviço no país, pois a implantação e impl<strong>em</strong>entação das ações programáticas<br />

nesta área <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ocorrer <strong>de</strong> acordo com as características e realida<strong>de</strong>s<br />

existentes <strong>em</strong> nível local.<br />

1.3- Entretanto, acreditamos que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stas ações pod<strong>em</strong> estar<br />

pautadas <strong>em</strong> algumas diretrizes que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas no momento <strong>de</strong> seu<br />

planejamento e execução e que serão apresentadas a seguir:<br />

- a saú<strong>de</strong> escolar <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> forma integrada entre os setores da<br />

educação e da saú<strong>de</strong>;<br />

- a saú<strong>de</strong> escolar é ativida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser trabalhada <strong>de</strong> maneira multidisciplinar e<br />

interdisciplinar, envolvendo o pessoal da Saú<strong>de</strong> e da Educação;<br />

1.3.A- as ações programáticas <strong>de</strong>v<strong>em</strong>:<br />

- cont<strong>em</strong>plar também as crianças que não estejam frequentando a escola;<br />

- ser <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>scentralizada , regionalizada, horizontalizada e<br />

hierarquizada;<br />

- cont<strong>em</strong>plar ativida<strong>de</strong>s na área assistencial, <strong>de</strong> educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

1.3.B- na área assistencial:<br />

- estar inseridas no Programa <strong>de</strong> Atenção Integral a Saú<strong>de</strong> da Criança e do<br />

Adolescente, sob a responsabilida<strong>de</strong> do setor <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

- visar não somente a saú<strong>de</strong> individual mas, também, a saú<strong>de</strong> coletiva e<br />

ambiental;<br />

- estimular a participação e envolver a escola, a família e a comunida<strong>de</strong> no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das ações;<br />

1.3.C- na área <strong>de</strong> educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>:


- <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maneira integrada, participativa e contínua;<br />

1.3.D- na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, entre outras, cont<strong>em</strong>plar a:<br />

- vigilância epid<strong>em</strong>iológica;<br />

- vigilância sanitária;<br />

- vigilância nutricional;<br />

- vigilância ambiental;<br />

2- Atenção à Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong><br />

2.1- É exercida na Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> com seus diversos profisssionais ou<br />

pelos profisssionais"particulares" e/ou <strong>de</strong> "convênios <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>", que<br />

habitualmente acompanham a criança e o adolescente no seu crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento.<br />

2.2- Papel <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (U.B.S.):<br />

- A Unida<strong>de</strong> Básica é a instância centralizadora e coor<strong>de</strong>nadora das ações<br />

individuais e coletivas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a porta <strong>de</strong> entrada do Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para o<br />

escolar;<br />

- A integrida<strong>de</strong> da atenção à saú<strong>de</strong> implica numa visão interdisciplinar (incluindo o<br />

professor);<br />

2.3- As ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidas no espaço escolar <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

responsabilida<strong>de</strong> da U.B.S. e da Escola.<br />

3- Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Nela <strong>de</strong>senvolve-se a atenção individual e coletiva:<br />

3.1- Atenção individual<br />

3.1.A- É exercida através <strong>de</strong> consulta médica com pediatra , interagindo com<br />

outros profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos, <strong>de</strong>ntistas, etc.<br />

3.2- Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Consulta Médica na Ida<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>:<br />

História (a mais integral e abrangente possível)<br />

3.2.A- Antece<strong>de</strong>ntes obstétricos,neonatais, mórbidos, alimentares, neurológicos,<br />

ambientais, <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, familiares e escolares;<br />

3.2.B- Sintomas atuais;


3.3.C- Perguntas sobre o modo <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> viver na escola e <strong>em</strong> casa<br />

(escolarida<strong>de</strong> da criança, absenteísmo, perfil familiar, socialização,<br />

comportamento lazer, situações <strong>de</strong> stress);<br />

4- Exame Físico<br />

4.1- O mo<strong>de</strong>lo tradicional acrescido <strong>de</strong> avaliação da(o):<br />

- visão;<br />

- audição;<br />

- fala;<br />

- postura e coluna;<br />

- saú<strong>de</strong> oral;<br />

- <strong>de</strong>senvolvimento neuro-psico-motor;<br />

5- Abordag<strong>em</strong> Clínica<br />

5.1- Listag<strong>em</strong> <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, revisando:<br />

- crescimento;<br />

- estado nutricional;<br />

- imunização;<br />

- alimentação;<br />

- escolarida<strong>de</strong>;<br />

- sinais <strong>de</strong> puberda<strong>de</strong>;<br />

- distúrbios da visão, audição, fala;<br />

- probl<strong>em</strong>as psicológicos;<br />

- situações sócio-econômicas;<br />

- meio ambiente (lazer);<br />

- educação sexual;<br />

- distúrbios clínicos propriamente ditos;<br />

6- Conduta:<br />

- orientação geral e específica;<br />

- atendimento <strong>de</strong> equipe;<br />

- tratamento medicamentoso;<br />

- realização <strong>de</strong> exames (se necessário);<br />

- encaminhamento a outros profissionais ( se necessário);<br />

7- Atenção coletiva<br />

- ações <strong>de</strong> promoção à saú<strong>de</strong>, que contribu<strong>em</strong> para diminuir a ocorrência <strong>de</strong><br />

agravos à saú<strong>de</strong> nos espaços coletivos;<br />

- ações que têm por objetivo a i<strong>de</strong>ntificação e o tratamento precoce dos agravos,<br />

evitando a progressão para sequelas;


8- Saú<strong>de</strong> ocular<br />

- Aplicação do teste <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual;<br />

- encaminhamento das crianças triadas para consulta oftalmológica;<br />

- tratamento a<strong>de</strong>quado para aqueles com distúrbios confirmados, incluindo<br />

fornecimento <strong>de</strong> óculos;<br />

9- Saú<strong>de</strong> bucal<br />

- Ações visando redução na incidência e controle da cárie e doença periodontal;<br />

- Conscientização da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados gerais diários com a boca;<br />

- Cuidados alimentares (menor ingestão <strong>de</strong> açúcar);<br />

- Aplicação tópica <strong>de</strong> flúor;<br />

- Bochechos florados,quando indicados;<br />

- Ações na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> bucal, visando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> risco para<br />

cáries e saú<strong>de</strong> periodontal, através <strong>de</strong>:<br />

Levantamento epid<strong>em</strong>iológico da cárie e doença periodontal;<br />

Encaminhamento do grupo <strong>de</strong> maior risco para unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

10- Saú<strong>de</strong> auditiva<br />

10.1- Em função do excesso e da natureza da d<strong>em</strong>anda para diagnóstico <strong>em</strong><br />

fonoaudiologia propõe-se um trabalho junto as creches e escolas, visando passar<br />

informações sobre o <strong>de</strong>senvolvimento e estimulação da linguag<strong>em</strong> e i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as.<br />

10.2- Triag<strong>em</strong> auditiva <strong>em</strong> crianças <strong>de</strong> 4 anos, <strong>de</strong> creches, pré-escolas, e<br />

integrantes da 1 a série.<br />

11- Programa<br />

11.1- Aplicação <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> auditiva:<br />

- Encaminhamento para avaliação diagnóstica das crianças triadas;<br />

- Tratamento das crianças com probl<strong>em</strong>as confirmados, inclusive do fornecimento<br />

<strong>de</strong> aparelho auditivo;<br />

12- Saú<strong>de</strong> mental<br />

12.1- Há uma tendência à psicologização do fracasso escolar. Observam-se aqui<br />

os mesmos probl<strong>em</strong>as que para a fonoaudiologia.<br />

12.2- Deve-se procurar diferenciar os <strong>de</strong>terminantes mais frequentes do fracasso<br />

escolar (socioculturais e pedagógicos) daqueles que possam ter orig<strong>em</strong> na<br />

estrutura <strong>em</strong>ocional da criança e das suas relações.


13- Vigilância <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

- Vigilância do ambiente escolar ou da creche, i<strong>de</strong>ntificando condições <strong>de</strong> risco<br />

para ocorrências <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes ou diss<strong>em</strong>inação <strong>de</strong> doenças infecciosas ;<br />

- Levantamento e atualização da situação vacinal;<br />

- Notificação e investigação epid<strong>em</strong>iológica das doenças infecto-contagiosas;<br />

- Vigilância das condições <strong>de</strong> armazenamento, preparo e distribuição dos<br />

alimentos;<br />

13.1- Cabe aos Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, juntamente com as escolas <strong>de</strong>senvolver:<br />

- Vigilância Sanitária: situação <strong>de</strong> saneamento básico (esgoto, caixa d’água,<br />

conservação e manipulação <strong>de</strong> alimentos, iluminação, ventilação, limpeza dos<br />

edifícios e pátios).<br />

- Vigilância Epid<strong>em</strong>iológica: controle, prevenção e tratamento das doenças<br />

transmissíveis, exames médicos e odontológicos periódicos.<br />

13.2- Papel da Escola, juntamente com os Serviços <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> elaborar e<br />

<strong>de</strong>senvolver:<br />

- Observação formal da saú<strong>de</strong> dos alunos e das condições sanitárias do ambiente<br />

escolar.<br />

- Ensino da saú<strong>de</strong>.<br />

- Ações e providências junto aos pais, serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outros recursos da<br />

comunida<strong>de</strong>.<br />

14-Saneamento do Ambiente Físico e Emocional da Escola.<br />

Saneamento do ambiente da escola é <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong><br />

Vigilância Sanitária e Epid<strong>em</strong>iológica locais, porém os profisssionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

<strong>Escolar</strong>,<strong>em</strong> conjunto com os da Educação , têm condições <strong>de</strong> colaborar com os<br />

primeiros pela regularida<strong>de</strong> com que frequentam o espaço escolar, b<strong>em</strong> como por<br />

estar<strong>em</strong> afeitos aos probl<strong>em</strong>as existentes no estabelecimento. Esse trabalho se<br />

passa <strong>em</strong> dois momentos: o primeiro é <strong>de</strong> levantamento das condições <strong>em</strong> que se<br />

encontra o espaço escolar e o segundo é tentar dar solução aos probl<strong>em</strong>as<br />

encontrados. O primeiro <strong>de</strong>ve ser feito pela equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong> <strong>em</strong> conjunto<br />

com os profissionais que trabalham na escola envolvendo, principalmente o<br />

professor e os alunos. O segundo é inter<strong>de</strong>partamental e muitas vezes<br />

interinstitucional, visto que frequent<strong>em</strong>ente t<strong>em</strong>-se que buscar soluções <strong>em</strong> outras<br />

secretarias e <strong>de</strong>partamentos, tais como secretaria <strong>de</strong> obras , <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

águas e esgoto, e outras instituições como Corpo <strong>de</strong> Bombeiros, por ex<strong>em</strong>plo.<br />

A seguir apresentamos alguns itens para orientar no levantamento das condições<br />

<strong>de</strong> saneamento da escola, alguns são obtidos com pura observação,outras há<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser pesquisado junto aos profisssionais que trabalham na escola.


14.1-Instalações Sanitárias<br />

14.1.A - Água:<br />

- poço: inspeção regular duas vezes por ano;<br />

- encanada: tratada? Clorada? Fluoretada?<br />

- reservatório: inspeção regular (limpeza uma vez a cada seis meses);<br />

14.1.B - Banheiros:<br />

- condições gerais: conservação, papel higiênico, cestos <strong>de</strong> lixo, toalhas,<br />

sabonete,<br />

etc.;<br />

- limpeza;<br />

- vasos sanitários: conservação, tamanho a<strong>de</strong>quado e relação número <strong>de</strong> crianças<br />

/vaso;<br />

- lavatórios, conservação, altura a<strong>de</strong>quada e relação número <strong>de</strong> crinças/lavatório;<br />

14.1.C - Esgoto :<br />

- fossa: localização, isolamento e acesso;<br />

- encanado;<br />

- a céu aberto;<br />

14.1.D - Lixo:<br />

- existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito a céu aberto;<br />

- coleta regular;<br />

- a céu aberto (risco <strong>de</strong> contaminação e aci<strong>de</strong>ntes);<br />

14.1.E - Pátio<br />

Locais com riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes:<br />

- ma<strong>de</strong>iras ou material <strong>de</strong> construção abandonados;<br />

- buracos;<br />

- objetos pontiagudos ou cortantes;<br />

- mato(<strong>de</strong>ntro ou ao redor da escola);<br />

- arame farpado;<br />

- escadas: largura e tamanho dos <strong>de</strong>graus a<strong>de</strong>quados, necesssida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

corrrimão;<br />

- superfícies lisas;<br />

- abertura ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> portas (<strong>de</strong>v<strong>em</strong> abrir para fora da sala e conter visor);<br />

- extintores <strong>de</strong> incêndio: localização , acesso e valida<strong>de</strong> da carga;<br />

14.1.F - Limpeza:


- locais <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> alunos e funcionários;<br />

14.1.G - Espaço:<br />

- metrag<strong>em</strong> a<strong>de</strong>quada ao número <strong>de</strong> alunos;<br />

- aberto, cercado, murado;<br />

- piso: cimentado, liso, escorregadio;<br />

- mato(risco <strong>de</strong> ratos, cobras, aranhas e escorpiões);<br />

- grama (risco <strong>de</strong> aranhas e cobras);<br />

- terreno aci<strong>de</strong>ntado;<br />

- tanques <strong>de</strong> areia;<br />

- existência <strong>de</strong> ratos, cobras e vetores.<br />

14.1.H - Sala <strong>de</strong> Aula<br />

- t<strong>em</strong>peratura ambiente;<br />

- ventilação transversal<br />

- umida<strong>de</strong>/mofo;<br />

- luminosida<strong>de</strong>: s<strong>em</strong>pre da esquerda para direita, os canhotos sentam-se junto às<br />

janelas e dimensionamento a<strong>de</strong>quado da iluminação artificial;<br />

- acústica a<strong>de</strong>quada da sala e cercanias;<br />

- mobiliário apropriado: dimensionamento <strong>em</strong> função da ida<strong>de</strong> do aluno, material<br />

fosco <strong>de</strong> cor suave com apoio para os pés e carteiras para canhotos;<br />

- edificação: estado da construção;<br />

- metrag<strong>em</strong> a<strong>de</strong>quada: 1,5 m2 por aluno/carteiras individuais e 1,2 m2 por<br />

aluno/carteiras duplas;<br />

14.1.I - Cozinha<br />

Condições gerais:<br />

- pia: duas cubas e, pelo menos, uma torneira com água quente;<br />

- fogão: dimensionamento a<strong>de</strong>quado, com proteção contra queimaduras;<br />

- área a<strong>de</strong>quada;<br />

- utensílios <strong>de</strong> fácil lavag<strong>em</strong> e material não-rugoso;<br />

- estocag<strong>em</strong> <strong>de</strong> alimentos: proteção contra insetos, roedores, fungos , poeiras,<br />

umida<strong>de</strong>; ventilação a<strong>de</strong>quada;<br />

- conservação <strong>de</strong> alimentos ; refrigeração , "freezer" ; valida<strong>de</strong> dos alimentos<br />

industrializados;<br />

- refeitório; espaço, local não sujeito à int<strong>em</strong>péries, poeiras, sol, fumaça, etc.;<br />

- <strong>de</strong>spensa: ventilação e t<strong>em</strong>peratura a<strong>de</strong>quadas;<br />

14.2- Higiene Geral:<br />

- no preparo dos alimentos;<br />

- ao servir;


- das crianças;<br />

- <strong>de</strong>stino da louça suja;<br />

- <strong>de</strong>stinação dos restos alimentares;<br />

14.2.A - Meren<strong>de</strong>iras:<br />

- higiene geral: unhas curtas, uso <strong>de</strong> touca para cabelos, lavag<strong>em</strong> das mãos;<br />

- controle periódico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;<br />

14.3- Segurança no Caminho da Escola<br />

- trânsito intenso: necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres, s<strong>em</strong>áforos, guarda <strong>de</strong><br />

trânsito, programas <strong>de</strong> educação para o trânsito;<br />

- avenidas: passarelas, lombadas, e faixas <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres;<br />

- picadas;<br />

- animais bravios;<br />

14.3.A - Relacionamento <strong>de</strong> Pessoal<br />

14.3.B - Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

A Educação para a saú<strong>de</strong> é um processo que engloba todas as experiências do<br />

indivíduo que o levam a formar atitu<strong>de</strong>s e comportamentos favoráveis à promoção,<br />

proteção e recuperação da Saú<strong>de</strong>. Como resultante <strong>de</strong>sse processo, ele apreen<strong>de</strong><br />

conhecimentos sobre, toma consciência <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>veres e direitos <strong>em</strong> relação à<br />

saú<strong>de</strong> e muda seu comportamento <strong>em</strong> relação à sua saú<strong>de</strong>, da coletivida<strong>de</strong> e do<br />

meio ambiente. A Educação para a Saú<strong>de</strong>, como a Educação geral, <strong>de</strong>senvolvese<br />

através <strong>de</strong> vivências, práticas, reflexões, formação <strong>de</strong> conceitos, <strong>de</strong> teorias,<br />

que re-testadas na prática da vida, possibilitam revisões, mudanças, crescimentos,<br />

evoluções. De maneira informal, a Educação para a Saú<strong>de</strong> t<strong>em</strong> seu início no<br />

ambiente familiar e prossegue <strong>em</strong> todas as circunstâncias da vida. Na escola ,<br />

entretanto, assume um aspecto formal, sist<strong>em</strong>atizado e estruturado. A Educação<br />

para a Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> maneira formal nas Escolas, costuma-se<br />

<strong>de</strong>nominar Ensino da Saú<strong>de</strong>.<br />

Somente pela Lei Fe<strong>de</strong>ral no 5.692, <strong>de</strong> 11/8/71, é que se tornou obrigatória a<br />

inclusão <strong>de</strong> "Programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>" nos currículos plenos dos estabelecimentos <strong>de</strong><br />

ensino <strong>de</strong> 1 o e 2 o graus, <strong>em</strong> todo território nacional. Apresenta-se, a seguir ,uma


proposta <strong>de</strong> currículo para o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para escolas <strong>de</strong> 1 o<br />

salientando-se seus paradigmas, características e conteúdos.<br />

Grau,<br />

15- Paradigmas para o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

15.1 - Influência do Ambiente <strong>de</strong> Vida<br />

A consciência <strong>de</strong> que, <strong>em</strong> uma pessoa ou coletivida<strong>de</strong>, a saú<strong>de</strong> e a maioria das<br />

doenças e das mortes são muito mais resultantes <strong>de</strong> circunstâncias do ambiente<br />

global (físico e psicosocial) <strong>de</strong> vida, do que <strong>de</strong> condicionantes genéticos; b<strong>em</strong><br />

como da íntima relação existente entre esse mesmo Ambiente e a Educação,<br />

apontam para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se enfatizar o papel do Ambiente <strong>de</strong> Vida no<br />

Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Assim, com esta visão amplificada, saliente-se que a influência<br />

maléfica <strong>de</strong> um ambiente ina<strong>de</strong>quado é verda<strong>de</strong>ira e po<strong>de</strong>rosa, não apenas para<br />

as doenças infecto-contagiosas e outras <strong>de</strong> natureza orgânica, mas, também para<br />

distúrbios psíquicos e sociais, tais como suicídios, assaltos, torturas, corrupção,<br />

prostituição, analfabetismo, repetência e evasão escolares.<br />

15.2 - Conceitos <strong>de</strong> valor<br />

Reconhecer a influência do Ambiente na Vida-Saú<strong>de</strong>-Educação das pessoas é<br />

aceitar que conhecer os fatores ambientais significativos na <strong>de</strong>terminação da<br />

situação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e analisar suas presenças no dia-a-dia (na Vida) das pessoas,<br />

po<strong>de</strong> posssibilitar a compreensão <strong>de</strong> seus mecanismos <strong>de</strong> ação e, assim,<br />

proporcionar reflexões sobre diversas maneiras <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong>.<br />

Com esta sist<strong>em</strong>ática, objetiva-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Conceitos <strong>de</strong> Valor <strong>em</strong><br />

termos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – o bom, o mau, o melhor, o pior - , o que possibilita a aceitação<br />

consciente das responsabilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> cada um <strong>em</strong> relação àsaú<strong>de</strong><br />

ambiental, incluindo o respeito à Natureza, que nos permite a Vida, o que se<br />

incorpora no conceito <strong>de</strong> cidadania.<br />

As relações <strong>de</strong>sses conhecimentos com a Vida facilitam a aquisição <strong>de</strong> uma<br />

hierarquia <strong>de</strong> valores na qual, <strong>em</strong> primeiro lugar, encontra-se a Pessoa, que passa<br />

a ser dignificada e respeitada, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> cor, raça, religião, posição<br />

política, social e econômica.<br />

A análise das condições <strong>de</strong> vida, por outro lado, permite compreen<strong>de</strong>r o intrincado<br />

mecanismo da estrutura social, que <strong>de</strong>termina as condições <strong>de</strong> vida das pessoas,<br />

no mundo todo e que são as principais responsáveis pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e,<br />

consequent<strong>em</strong>ente, pelas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, doença e morte <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong><br />

pessoas. Neste processo , abr<strong>em</strong>-se extensa perspectivas <strong>de</strong> ações, no nível<br />

prático, no sentido <strong>de</strong> luta por melhores condições <strong>de</strong> Vida e Saú<strong>de</strong>. Tais ações<br />

inclu<strong>em</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as aparent<strong>em</strong>ente simples, mas que por vezes exig<strong>em</strong> corag<strong>em</strong>,<br />

como reinvindicar a pureza do ar <strong>de</strong> uma sala, contaminado pelo <strong>de</strong>srespeito <strong>de</strong><br />

um fumante para comigo; até ações coletivas, como a <strong>de</strong> grupos que pondo <strong>em</strong><br />

risco a própria vida, <strong>de</strong>nunciam os equipamentos nucleares ou a fabricação


<strong>de</strong>senfreada <strong>de</strong> armamentos bélicos, quer <strong>em</strong> nome da segurança mundial, quer<br />

para melhorar a balança <strong>de</strong> pagamentos.<br />

15.3 - Visão Antropocêntrica<br />

A valorização da pessoa, por sua vez, <strong>de</strong>termina uma visão antropocêntrica que<br />

<strong>de</strong>ve permear todo Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Objetivamente, o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, referese<br />

ao hom<strong>em</strong> e, <strong>de</strong>sta forma, necessariamente, ele é antropocêntrico, o que não<br />

significa, no entanto, consi<strong>de</strong>rar o Ambiente como uma coisa <strong>de</strong>sprezível, que<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struída. N<strong>em</strong> significa que as pessoas que se comportam<br />

contrariamente à luta por melhores condições <strong>de</strong> vida das populações, ou que<br />

praticam atos contrários à Vida e à Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras pessoas ou contra o<br />

Ambiente, não <strong>de</strong>vam ser combatidas. Por mais i<strong>de</strong>alista e utópico que possa<br />

parecer, este antropocêntrismo <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> significa luta contínua contra os favores<br />

adversos à Vida e à Saú<strong>de</strong> e permanente batalha a favor <strong>de</strong> melhores condições<br />

concretas <strong>de</strong> Vida e saú<strong>de</strong> para todos.<br />

15.4 - Mentalida<strong>de</strong> Preventivista<br />

Com mentalida<strong>de</strong> preventivista, preten<strong>de</strong>-se que todo o ensino esteja focalizado<br />

na Saú<strong>de</strong> e na doença. Assim, o que se t<strong>em</strong> como objetivo final do Ensino <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> é que os alunos adquiram valores que ger<strong>em</strong> comportamentos que<br />

promovam a Saú<strong>de</strong>, evit<strong>em</strong> a doença e lut<strong>em</strong> contra esta. Para isso, não há que<br />

se per<strong>de</strong>r <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> ciclos evolutivos, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrições pormenorizadas <strong>de</strong><br />

doenças ou complexos mecanismos intracelulares dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa. Estes<br />

e outros aspectos patológicos, <strong>de</strong>verão ser esclarecidos na medida necessária<br />

para a compreensão da promoção da saú<strong>de</strong> e da promoção da saú<strong>de</strong> e da<br />

prevenção <strong>de</strong> doenças. Nesta abordag<strong>em</strong>, o que sobressai, essencialmente, é a<br />

preocupação com a Vida e a Saú<strong>de</strong>.<br />

15.5 - Características do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

De acordo com o Parecer no 2.264, <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1974, do Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Educação,<br />

Pela primeira vez a lei <strong>de</strong>staca e individualiza a educação da saú<strong>de</strong> como ensino<br />

autônomo. Entretanto ,neste mesmo parecer, enfatiza-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

envolvimento <strong>de</strong> outras áreas com o ensino <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, face à correlação dos<br />

diversos conteúdos programáticos, especialmente daqueles ligados às áreas <strong>de</strong><br />

Ciências, <strong>de</strong> estudos sociais e <strong>de</strong> Educação Física, com os princípios científicos<br />

que explicam e legitimam os comportamentos a<strong>de</strong>quados à promoção da saú<strong>de</strong> e<br />

à prevençào da doença. Aliás, <strong>em</strong> qualquer disciplina ou área <strong>de</strong> estudo, quando o<br />

professor, ao <strong>de</strong>senvolver com os alunos conhecimentos específicos <strong>de</strong> sua<br />

matéria , procurar fazer as relações <strong>de</strong>sses conteúdos com situações reais e<br />

concretas da Vida e Saú<strong>de</strong>, individuais, coletivas ou ambientais, encontram-se aí,<br />

as condições essenciais para a integração com o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Neste sentido,<br />

é oportuno enfatizar que, na recente proposta do Ministério da Educação dos


"Parâmetros Curriculares Nacionais", Saú<strong>de</strong> participa como um dos t<strong>em</strong>as<br />

transversais do "Convívio Social e Ética".<br />

15.6 - Profundida<strong>de</strong> do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Em qualquer campo do conhecimento, a procura progressiva <strong>de</strong> aprofundamento,<br />

com freqüencia, direciona a visão para fatos que apenas r<strong>em</strong>otamente se<br />

relaciona com a Vida. Os conteúdos do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, sejam quais for<strong>em</strong>,<br />

particularmente nas primeiras séries do 1 o grau, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser s<strong>em</strong>pre relacionados<br />

diretamente com a Vida, isto é, no mesmo campo on<strong>de</strong> se processa a vida diária<br />

<strong>de</strong> cada um. Nesta visão, no Ensino <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a profundida<strong>de</strong> do conhecimento<br />

<strong>de</strong>ve ser a necessária e suficiente para a compreensão dos "porques" <strong>em</strong> relação<br />

à promoção, proteção e recuperação da saú<strong>de</strong>.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo: os conhecimentos a respeito da estrutura química da água e das<br />

proprieda<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong> substâncias relacionadas diretamente com a vida, não<br />

faz<strong>em</strong> parte dos conteúdos do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Entretanto, todos os aspectos<br />

relativos à importância da água para a Vida ou sua participação na promoção,<br />

proteção e recuperação da saú<strong>de</strong>, são conteúdos válidos para o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Assim, o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> será s<strong>em</strong>pre mais abrangente, mais global, mais geral<br />

e s<strong>em</strong> receio <strong>de</strong> <strong>de</strong>squalificá-lo, mais simples.<br />

15.7 - Papel do Professor<br />

O responsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> nas Escolas é o<br />

professor. O Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser tarefa <strong>de</strong> médicos, enfermeiros e<br />

outros profisssionais da área da saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro da Escola. Isto, entretanto, Não<br />

<strong>de</strong>sobriga os profisssionais da saú<strong>de</strong> da Prática da Educação para a saú<strong>de</strong>, como<br />

compl<strong>em</strong>ento indispensável, ao exercer<strong>em</strong> suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção à Saú<strong>de</strong>.<br />

Apesar <strong>de</strong> instituído há mais <strong>de</strong> 20 anos, o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, não t<strong>em</strong> recebido a<br />

atenção que merece, no sentido <strong>de</strong> preparo pedagógico dos professores para a<br />

educação <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s.<br />

O Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> propicia um envolvimento professor-aluno como pessoas.<br />

Cria-se, assim, um campo extr<strong>em</strong>amente rico para análise <strong>de</strong> aspectos éticos,<br />

quer relacionados aos Direitos na luta por melhores condições <strong>de</strong> Vida e Saú<strong>de</strong>,<br />

individual, coletiva e ambiental, quer relacionados aos Deveres e<br />

Responsabilida<strong>de</strong>s, por atos praticados ou por omissão, que prejudiqu<strong>em</strong> a Vida e<br />

a Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros ou do Ambiente, ou seja, seus envolvimentos como<br />

cidadãos.<br />

A partir <strong>de</strong>sses posicionamentos, objetiva-se a aquisição <strong>de</strong> uma visão crítica do<br />

mundo <strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>os, seja ela na relação entre poluição ambiental e interesses<br />

econômicos; seja entre o consumismo <strong>de</strong>senfreado e a <strong>de</strong>gradação social ou<br />

entre noticiários <strong>de</strong> televisão e interesses <strong>de</strong> ações políticas.


15.8 - Que professor <strong>de</strong>ve ser responsável pelo Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>?<br />

Por sua amplitu<strong>de</strong> (e não por sua profundida<strong>de</strong>) e interdisciplinarida<strong>de</strong>, é evi<strong>de</strong>nte<br />

que o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser trabalho para o conjunto dos professores <strong>de</strong> uma<br />

Escola e não para apenas um professor, como habitualmente se faz. Neste caso,<br />

com freqüencia, observa-se que, a partir da 4 a série, os professores <strong>de</strong> ciências<br />

são os escolhidos, face à sua formação biológica. Geralmente, entretanto, esta<br />

nova atribuição na área do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é vista, por eles, como um fator<br />

usurpador do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>stinado ao Ensino <strong>de</strong> sua Disciplina.<br />

Este aspecto, eventualmente, po<strong>de</strong>ria ser superado se o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> fosse<br />

consi<strong>de</strong>rado Disciplina com carga horária <strong>de</strong>finida e autônoma, como prevê o<br />

Parecer número 2.264/74, do Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação. Entretanto, chamase<br />

a atenção <strong>de</strong> que, <strong>em</strong>bora haja estreita correlação entre Ensino <strong>de</strong> Ciências e<br />

Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, os professores <strong>de</strong> Ciências, <strong>em</strong> que pese seu bom preparo<br />

técnico na área, têm muitas dificulda<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>senvolver essa ativida<strong>de</strong>. O fato<br />

essencial nessa dificulda<strong>de</strong> parece centrar-se não na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />

conhecimentos, mas sim, na mudança <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> vista, isto é, <strong>em</strong> uma atitu<strong>de</strong><br />

mental diferente.<br />

Assim, por ex<strong>em</strong>plo, consi<strong>de</strong>rar a água como um componente do Ambiente, uma<br />

substância química (H2O), insípida, inodora, incolor,etc., ou <strong>de</strong>screver<br />

mecanicamente, o corpo humano, seu aparelho genital, suas transformações,<br />

etc.,são enfoques com a visão <strong>de</strong> Ciências. Esses conteúdos evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, são<br />

importantes como conhecimentos que pod<strong>em</strong> gerar comportamentos favoráveis à<br />

promoção, proteção e recuperação da Saú<strong>de</strong>, mas, freqüent<strong>em</strong>ente, são<br />

ministrados com a visão <strong>de</strong> Ciências.<br />

No entanto, tudo se transforma quando se pensa na água como el<strong>em</strong>ento<br />

indispensável à Vida, indispensável para a higiene pessoal e do ambiente, b<strong>em</strong><br />

como para o lazer aquático, que participa <strong>em</strong> altas proporções <strong>de</strong> nosso corpo,<br />

dos alimentos e <strong>de</strong> muitos medicamentos; que sua falta leva o indivíduo à<br />

<strong>de</strong>sidratação e que nos maravilha pela beleza <strong>de</strong> uma catarata e nos enche <strong>de</strong><br />

medo nas inundações. Ou quando se pensa o que é necessário para que nosso<br />

corpo cresça e se <strong>de</strong>senvolva com Saú<strong>de</strong>; como se processa o crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e o que interfere favorável ou <strong>de</strong>sfavorávelmente neste<br />

processo; como evitar doenças <strong>de</strong> um modo geral ou prevenir alguma forma<br />

específica <strong>de</strong> agravo à saú<strong>de</strong>; como é um relacionamento sadio entre as pessoas;<br />

que tipo <strong>de</strong> doenças estão relacionadas diretamente com a pobreza; quais as<br />

principais causas do analfabetismo, prostituição, violência, abuso <strong>de</strong> drogas, como<br />

esta a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da população brasileira; como diminuir as taxas <strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong> infantil ou a letalida<strong>de</strong> por sarampo.<br />

O professor <strong>em</strong> qualquer matéria, especialmente <strong>em</strong> Ciências e Estudos Sociais ,<br />

ao procurar refletir ou fazer refletir sobre as influências favoráveis e <strong>de</strong>sfavoráveis<br />

à Saú<strong>de</strong> do que está ensinando, está, também, ensinando Saú<strong>de</strong>. Toda a vez que<br />

os fatos são analisados s<strong>em</strong> que se faça sua conexão com a Vida e a Saú<strong>de</strong>, não


estamos ensinando Saú<strong>de</strong>, mesmo quando se tratar <strong>de</strong> t<strong>em</strong>as indispensáveis à<br />

vida como a água, o ar, a luz, o sol, os alimentos, o corpo humano e a<br />

fecundação. A visão para o Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – visão <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – consiste,<br />

apenas, na percepção e utilização <strong>de</strong> caminhos que façam ligação direta entre o<br />

que é ensinado com a Vida e a Saú<strong>de</strong> das pessoas e do Ambiente.<br />

Conflito do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> X Realida<strong>de</strong> Social – É importante salientar que o<br />

Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, pela natureza <strong>de</strong> seu conteúdo, que envolve a Vida, po<strong>de</strong><br />

originar probl<strong>em</strong>as, tanto para o professsor, como para os alunos e seus<br />

familiares, como conseqüencia da necessária análise crítica <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><br />

condições ambientais <strong>de</strong> vida que interfer<strong>em</strong> na saú<strong>de</strong>.<br />

Ensinar, por ex<strong>em</strong>plo, quais são as necessida<strong>de</strong>s alimentares para um bom<br />

crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento ou fazer com que o escolar compreenda as<br />

características <strong>de</strong> uma habitação a<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, são<br />

conteúdos freqüent<strong>em</strong>ente contraditórios e incongruentes com a situação real <strong>de</strong><br />

vida da imensa maioria da população brasileira.<br />

E, para evitar esses conflitos, seria possível negar tais informações?<br />

A finalida<strong>de</strong> do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é fornecer aos alunos el<strong>em</strong>entos que lhe<br />

possibilit<strong>em</strong> valorizar a Saú<strong>de</strong>, analisar criticamente os fatos <strong>de</strong> sua vida, tomar<br />

<strong>de</strong>cisões e lutar pela melhoria <strong>de</strong> suas condições <strong>de</strong> Vida e Saú<strong>de</strong>.<br />

16- Conteúdos do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

16.1 - I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> T<strong>em</strong>as Básicos<br />

Com a convicção da importância da multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores na causa da situação<br />

concreta da saú<strong>de</strong> individual, coletiva e ambiental, b<strong>em</strong> como dos paradigmas e<br />

características do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e pela evi<strong>de</strong>nte importância da Unida<strong>de</strong> da<br />

sist<strong>em</strong>atização do conhecimento como instrumental indispensável para a<br />

organização do trabalho docente, po<strong>de</strong>-se estruturar o Ensino <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> quatro<br />

gran<strong>de</strong>s t<strong>em</strong>as básicos:<br />

- Crescimento e Desenvolvimento;<br />

- Nutrição;<br />

- Higiene Física , Mental e Social e<br />

- Agravos à Saú<strong>de</strong>.<br />

Objetiva-se, com esta Estrutura, uma construção curricular que ofereça uma visão<br />

globalizante, clara, pedagógica e sistêmica dos conteúdos do Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

para o professor.<br />

De um modo global, os conteúdos <strong>de</strong> cada t<strong>em</strong>a básico pod<strong>em</strong> assim ser<strong>em</strong><br />

estruturados:


- Em Crescimento e Desenvolvimento, inclu<strong>em</strong>-se conhecimentos a respeito da<br />

orig<strong>em</strong> da própria vida , da evolução do ser humano da concepção até a morte e<br />

dos fatores genéticos e ambientais que pod<strong>em</strong> influir favorável ou<br />

<strong>de</strong>sfavoravelmente neste processo. Cabe ressaltar que neste gran<strong>de</strong> t<strong>em</strong>a<br />

englobam-se os conteúdos <strong>de</strong> Educação da Sexualida<strong>de</strong>, mas que estes, são<br />

apenas uma parte daquele e, necessariamente, não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser confundidos com o<br />

seu todo. Esta abordag<strong>em</strong> integrada, por outro lado, engloba a sexualida<strong>de</strong> como<br />

um componente indispensável à vida humana.<br />

- Em Nutrição inclu<strong>em</strong>-se aspectos relacionados com a produção <strong>de</strong> alimentos;<br />

sua disponibilida<strong>de</strong> na Comunida<strong>de</strong>, na família e para o indivíduo; as<br />

necessida<strong>de</strong>s qualitativas e quantitativas <strong>de</strong> nutrientes, b<strong>em</strong> como se analisam,<br />

também, a influência <strong>de</strong> fatores socioculturais e econômicos na nutrição humana e<br />

as repercussões da alimentação a<strong>de</strong>quada e ina<strong>de</strong>quada para a saú<strong>de</strong>,<br />

particularmente para o crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

- Em Higiene Física, Mental e Social incorporam-se aspectos relacionados com a<br />

higiene pessoal, saneamento e preservação do meio ambiente; o lazer,o trabalho<br />

e suas influências, negativas e positivas, na prevenção <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong> e no<br />

comportamento social.<br />

- No t<strong>em</strong>a Agravos à Saú<strong>de</strong> inclu<strong>em</strong>-se conhecimentos <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

infecções e aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito até uso <strong>de</strong> álcool, fumo e drogas, s<strong>em</strong>pre com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o aluno conheça os mecanismos <strong>de</strong> produção dos agravos,<br />

adote medidas práticas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> agravos à saú<strong>de</strong> individual, coletiva e<br />

ambiental, b<strong>em</strong> como assuma comportamentos a<strong>de</strong>quados para o tratamento das<br />

doenças.<br />

16.2 - Reorganização dos Conteúdos da 1 a à 8 a séries<br />

Completando esta Estrutura, os conteúdos das quatro áreas t<strong>em</strong>áticas (linhas<br />

horizontais) são reorganizados, <strong>em</strong> linhas verticais, tendo <strong>em</strong> vista os aspectos<br />

evolutivos das capacida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s dos alunos, garantindo-se a<br />

continuida<strong>de</strong> e a seqüencia do processo ensino-aprendizag<strong>em</strong> da primeira à<br />

oitava séries, <strong>de</strong> uma forma integrada para cada uma das oito séries do primeiro<br />

grau. Neste sentido, nas primeiras séries, são alocados conteúdos<br />

necessariamente el<strong>em</strong>entares, <strong>de</strong> natureza concreta e, fisicamente, próximos ao<br />

aluno, isto é, participantes <strong>de</strong> sua vivência diária. Compl<strong>em</strong>entarmente, nas séries<br />

finais inclu<strong>em</strong>-se conteúdos <strong>de</strong> natureza complexa, freqüent<strong>em</strong>ente envolvendo<br />

fatos distantes <strong>de</strong> sua experiência <strong>de</strong> vida, exigindo capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstração.<br />

Assim, o conhecimento vivenciado das ativida<strong>de</strong>s das primeiras séries, antece<strong>de</strong> o<br />

conhecimento sist<strong>em</strong>atizado das últimas séries. O próximo à criança antece<strong>de</strong> o<br />

distante e o concreto prece<strong>de</strong> o abstrato. Os conhecimentos relacionados<br />

diretamente com o próprio escolar (uso correto da água para beber – 1 a série)<br />

preced<strong>em</strong> os relacionados com a família (tratamento doméstico da água – 3 a<br />

série) e estes se colocam antes dos que diz<strong>em</strong> respeito à comunida<strong>de</strong> (serviço <strong>de</strong>


abastecimento <strong>de</strong> água – 7 a série). Da mesma forma, conhecimentos relacionados<br />

com a higiene pessoal – aspecto físico – (1 a ,2 a e 3 a séries) aparec<strong>em</strong><br />

cronologicamente antes <strong>de</strong> noções <strong>de</strong> comportamento psicossocial – aspectos<br />

mental e social.<br />

De forma ex<strong>em</strong>plificativa, <strong>em</strong> Crescimento e Desenvolvimento, nas primeiras<br />

séries, inclu<strong>em</strong>-se a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> masculino e f<strong>em</strong>inino e noções <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong> animais e plantas; nas séries intermediárias, maturação sexual e<br />

noções <strong>de</strong> reprodução e, nas séries finais, visão global do crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, b<strong>em</strong> como a evolução do ser humano e suas relações com a<br />

Vida e a Saú<strong>de</strong>. Em Agravos à Saú<strong>de</strong>, os conteúdos iniciam-se pelos agravos<br />

físicos, segu<strong>em</strong>-se os agravos biológicos e se conclui com agravos à saú<strong>de</strong> por<br />

tóxicos.<br />

16.3 - Participação da família e da Comunida<strong>de</strong>.<br />

O maior alcance das propostas dirigidas à promoção, proteção e recuperação da<br />

saú<strong>de</strong> do escolar, está diretamente vinculado ao maior envolvimento da família e<br />

da comunida<strong>de</strong>. A família <strong>de</strong>ve participar nas ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> esolar que<br />

envolvam seus filhos, tais como, discussão da escolarização, do ensino da saú<strong>de</strong>,<br />

da assistência à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> cuidados higiênicos, etc. Como estratégia, po<strong>de</strong>rão ser<br />

utilizadas as reuniões <strong>de</strong> Pais e Mestres, as respectivas Associações, b<strong>em</strong> como a<br />

organização <strong>de</strong> Conselhos Comunitários e outras formas <strong>de</strong> participação. Os pais<br />

são el<strong>em</strong>entos muito importantes como reforço do processo educativo<br />

<strong>de</strong>senvolvido na escola, b<strong>em</strong> como pod<strong>em</strong> atuar como multiplicadores dos<br />

conhecimentos adquiridos. Suas participações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser ativas na Comunida<strong>de</strong>,<br />

inclusive no controle social da Escola. É necessário que os profissionais da área<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> discutam sua proposta <strong>de</strong> atuação com a comunida<strong>de</strong> escolar ( alunos,<br />

pais, professores, diretores, e outros trabalhadores da escola), e é <strong>de</strong>sejável que<br />

haja envolvimento <strong>de</strong> outros serviços <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>, inclusive orgãos nãogovernamentais<br />

tais como instituições religiosas, Associações <strong>de</strong> Moradores.<br />

Estas, po<strong>de</strong>rão atuar amplias ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, principalmente fora da<br />

escola, <strong>em</strong> relação à atenção às condições socioeconômicas dos alunos, às<br />

práticas esportivas, artísticas e culturais e ao esforço pedagógico. Propõe-se,<br />

então, a participação efetiva da família, integração com a comunida<strong>de</strong> escolar e<br />

vinculação com entida<strong>de</strong>s governamentais e outras instituições nãogovernamentais,<br />

evitando-se duplicação <strong>de</strong> ações e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos.<br />

1 - Referências Bibliográficas.<br />

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4. Conceição, J.A N."Ensino <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>" IN Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>. A Criança, a Vida e a<br />

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5. Conceição, J.A N. Vida e Saú<strong>de</strong>. IN Pediatra <strong>em</strong> Consultório". Sarvier, São<br />

Paulo, 1998 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública da USP – Saneamento do Meio –<br />

Apostila do Departamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ambiental.1976<br />

6. Focest,E. Educação e Saú<strong>de</strong>, campos <strong>de</strong> atuação na área escolar. Ver.<br />

Brasil.De Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>I(1); 19-21,1990. Kloetzel, K.,-T<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Higiene<br />

Física e do Ambiente – São Paulo – Ed. Pedagógica e Universitária – 1980.<br />

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8. Pimont, R.P. A educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>: conceitos, <strong>de</strong>finições e objetivos Boll. Of.<br />

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10. São Paulo (Estado). Secretaria da Educação Departamento da Assistência ao<br />

<strong>Escolar</strong> – Saneamento Básico na Escola – 1979.<br />

11. São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Departamento <strong>de</strong> Assistência ao<br />

<strong>Escolar</strong> – Você e os Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Audição – 1982.<br />

12. São Paulo(Estado). Secretaria da Educação. Departamento <strong>de</strong> Assistência ao<br />

<strong>Escolar</strong> – Observação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do <strong>Escolar</strong> – Manual para o Professor, 1983.<br />

13. São Paulo (Estado)- SUDS-SP Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes: uma Proposta <strong>de</strong><br />

Trabalho – Mimeo, s.d.<br />

14. Sucupira, A . C.S. I et al: Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> do <strong>Escolar</strong> in Conceição J.<br />

A. N. – Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong> – a criança, a vida, e a escola SP – Sarvier – 1994. P 204-<br />

214.<br />

15. Werner, D. e Bower, B. – Apren<strong>de</strong>ndo e Ensinando a Cuidar da Saú<strong>de</strong> – S.P.<br />

Ed.Paulinas – 1984.


Relatores: João Luiz Kobel , Jorge Harada , José Augusto Nigro Conceição , Luiza<br />

A. S.Mascaretti , Rosa Maria P.Aguiar , Vera Lúcia A <strong>de</strong> Miranda.<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Departamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong> da SBP- Jussara <strong>de</strong> Azambuja<br />

Loch<br />

Transcrição para Homepage : Abelardo Bastos Pinto Jr<br />

Documento Científico do Departamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Escolar</strong>

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