Uma experiência sobre o ensino de sistemas lineares - Ufrgs.br
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Professor A<<strong>br</strong> />
“Trabalho com uma turma, do 2 o ano do <strong>ensino</strong><<strong>br</strong> />
médio, muito interessada em estudar. Quando ia<<strong>br</strong> />
introduzir Sistemas Lineares, fiz uma revisão <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong><<strong>br</strong> />
do 1 o grau com duas variáveis vistos na 7 a série do <strong>ensino</strong><<strong>br</strong> />
fundamental. Os alunos fizeram várias perguntas <strong>so<strong>br</strong>e</strong><<strong>br</strong> />
os tipos <strong>de</strong> solução. Fiz os gráficos das equações e<<strong>br</strong> />
mostrei as retas paralelas, coinci<strong>de</strong>ntes e concorrentes para justificar as<<strong>br</strong> />
soluções. Se não tivesse feito esse curso, teria ficado em ‘apuros’ com 3<<strong>br</strong> />
variáveis e 3 equações. Eles também me perguntaram como representálos<<strong>br</strong> />
graficamente.”<<strong>br</strong> />
Professor B<<strong>br</strong> />
“Estou sabendo fazer a interpretação geométrica dos problemas, e<<strong>br</strong> />
isso me <strong>de</strong>ixa mais à vonta<strong>de</strong>. Antigamente, sabia fazer alge<strong>br</strong>icamente,<<strong>br</strong> />
mas ficava uma lacuna, um vazio, faltava a interpretação.”<<strong>br</strong> />
Os comentários feitos po<strong>de</strong>m ser sistematizados assim: ao associar um<<strong>br</strong> />
plano a cada equação do sistema linear 3 × 3, a abordagem geométrica<<strong>br</strong> />
permite distingüir tipos diferentes <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> in<strong>de</strong>terminados e impossíveis.<<strong>br</strong> />
Analisando as possibilida<strong>de</strong>s para as posições relativas <strong>de</strong> três planos no<<strong>br</strong> />
espaço, os professores perceberam que:<<strong>br</strong> />
1. No caso dos <strong>sistemas</strong> in<strong>de</strong>terminados, as infinitas soluções po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
os pontos <strong>de</strong> um plano ou <strong>de</strong> uma reta.<<strong>br</strong> />
2. No caso dos <strong>sistemas</strong> impossíveis, a inexistência <strong>de</strong> soluções po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ocorrer <strong>de</strong> maneiras distintas: dois ou três planos po<strong>de</strong>m ser paralelos<<strong>br</strong> />
entre si ou os três planos po<strong>de</strong>m se interceptar dois a dois, segundo<<strong>br</strong> />
retas paralelas.<<strong>br</strong> />
Ilustremos essas situações com alguns exemplos.<<strong>br</strong> />
Exemplo 1<<strong>br</strong> />
O sistema x − y + z = 1 (1)<<strong>br</strong> />
2x −2y + 2z = 2 (2)<<strong>br</strong> />
3x −3y + 3z = 3 (3)<<strong>br</strong> />
possui infinitas soluções, pois todos os ternos or<strong>de</strong>nados <strong>de</strong> números<<strong>br</strong> />
reais da forma (a, b, 1 −a + b) satisfazem as suas três equações. Vemos<<strong>br</strong> />
imediatamente que cada equação po<strong>de</strong> ser obtida a partir <strong>de</strong> qualquer<<strong>br</strong> />
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