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plano de negócios - Apas

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CAPA<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

sxc<br />

22 SuperVarejo | outubro 2008


Planejar<br />

é preciso<br />

Baseado em dados precisos, o Plano <strong>de</strong> Negócios é um compromisso,<br />

um documento que torna possível a gestão do empreendimento com<br />

estratégias preventivas e táticas emergenciais<br />

POR VIVIANE ÁVILA<br />

Há muitos paralelos entre os <strong>de</strong>safios do mar<br />

e a vida corporativa. A família Schurmann<br />

que o diga. Em 1984, Vilfredo, Heloísa e os<br />

três filhos abandonaram o conforto da vida<br />

em terra firme e partiram <strong>de</strong> Florianópolis<br />

(SC) com o objetivo <strong>de</strong> realizar um sonho:<br />

dar a volta ao mundo a bordo <strong>de</strong> um veleiro.<br />

Em sua primeira gran<strong>de</strong> aventura, os Schurmann passaram <strong>de</strong>z<br />

anos no mar, navegando pelo mundo, conhecendo povos e culturas<br />

exóticas. Em 1997, partiram para a segunda gran<strong>de</strong> aventura, com<br />

mais uma filha a bordo. O objetivo: refazer a rota da esquadra <strong>de</strong><br />

Fernão <strong>de</strong> Magalhães, o primeiro navegador a completar uma<br />

circunavegação no planeta.<br />

A Magalhães Global Adventure foi acompanhada pela internet<br />

por mais <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> pessoas em 44 países. Mais <strong>de</strong><br />

40 milhões <strong>de</strong> brasileiros assistiram à cobertura no programa<br />

Fantástico, da Re<strong>de</strong> Globo. Depois <strong>de</strong> quase dois anos e meio<br />

no mar, o veleiro dos Schurmann chegou a Porto Seguro, no<br />

Estado da Bahia, no dia 22 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2000, para participar<br />

das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.<br />

Exatamente como havia sido planejado.<br />

A frase “Navegar é preciso, viver não é preciso”, do poeta<br />

português Fernando Pessoa, remete à exatidão em traçar uma<br />

rota <strong>de</strong> navegação previamente planejada, baseada em dados<br />

precisos, comparada às surpresas que a vida proporciona no diaa-dia,<br />

sem a menor possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> antecipar as experiências<br />

boas e prevenir as ruins.<br />

No mundo dos negócios não é diferente. Antes <strong>de</strong> abrir uma<br />

empresa, segundo o professor <strong>de</strong> Administração da Produção e<br />

Operações da FGV/EAESP, Luis Alberto Piemonte, é preciso<br />

planejar uma rota sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> pensar nos imprevistos que<br />

surgirão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a abertura até a operação diária do negócio, nas<br />

mudanças mercadológicas, na economia e, principalmente, nas<br />

conseqüências disso tudo.<br />

Tanto a navegação, ato <strong>de</strong> planejar e executar uma viagem <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>terminado ponto <strong>de</strong> partida a um ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, quanto<br />

um negócio, exigem instrumentos técnicos que proporcionem<br />

resultados com precisão.<br />

Para a primeira, a <strong>de</strong>terminação da posição atual para possível<br />

comparação com posições previstas ou <strong>de</strong>sejadas é alcançada<br />

por meio <strong>de</strong> mapas e instrumentos, como a bússola, o<br />

rádio e o Sistema <strong>de</strong> Posicionamento Global (GPS), além <strong>de</strong><br />

informações científicas importantes provenientes da meteorologia,<br />

por exemplo.<br />

Outubro 2008 | SuperVarejo 23


CAPA<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

No caso do empreen<strong>de</strong>dorismo, a ferramenta fundamental<br />

para chegar on<strong>de</strong> se espera é o Plano <strong>de</strong> Negócios. Segundo a consultora<br />

da Moya Consultoria, Bárbara Moya, em poucas palavras<br />

significa escrever, literalmente, a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um negócio.<br />

Mas antes <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que um Plano <strong>de</strong> Negócios nada mais<br />

é que fazer um roteiro passo a passo dos caminhos do seu negócio,<br />

é essencial que o empreen<strong>de</strong>dor saiba o que quer para<br />

sua vida profissional e pessoal, on<strong>de</strong> está e on<strong>de</strong> <strong>de</strong>seja chegar.<br />

“Leia, pesquise, visite lugares, fale com amigos, familiares e<br />

pense muito sobre o negócio. Imagine-se trabalhando lá no diaa-dia,<br />

se será feliz e, a partir daí, faça as primeiras anotações”,<br />

aconselha Bárbara para o primeiro passo.<br />

O Plano <strong>de</strong> Negócios não é um documento dos mais complexos<br />

e existem inúmeros mo<strong>de</strong>los prontos na internet, embora<br />

eles resolvam só a parte mais fácil do problema. Instituições<br />

como Sebrae, FGV e PUC, entre tantas consultorias especializadas,<br />

oferecem mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Negócios adaptáveis<br />

aos mais variados segmentos <strong>de</strong> varejo.<br />

Definição – Mas afinal, o que é um Plano <strong>de</strong> Negócios? “Basicamente,<br />

é o documento em que o empreen<strong>de</strong>dor formaliza os<br />

estudos a respeito <strong>de</strong> suas idéias, estruturando-as e analisando-as.<br />

Assim, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> se é viável transformá-las em negócio”, explica o<br />

consultor <strong>de</strong> Administração Geral do Sebrae-SP, Sérgio Diniz.<br />

Não é preciso ser um profissional experiente para preparar<br />

um bom Plano <strong>de</strong> Negócios. Entretanto, é preciso se comprometer<br />

a examinar cuidadosamente o conceito <strong>de</strong> negócio, <strong>de</strong>cidir<br />

como irá operá-lo e colocar esta informação por escrito <strong>de</strong><br />

forma sistemática e lógica. “No papel, o <strong>plano</strong> torna-se seguro<br />

e as idéias, compromissadas. São estabelecidas as estratégias,<br />

as ações, a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>verá executá-las e os<br />

prazos a cumprir. Portanto, ele acaba substituindo por números<br />

e argumentos as opiniões iniciais, motivadas principalmente<br />

pela convicção dos empreen<strong>de</strong>dores”, complementa Diniz.<br />

Mas um Plano <strong>de</strong> Negócios não é somente agregar e sistematizar<br />

informações práticas e atualizadas para a concretização <strong>de</strong><br />

um projeto. “Sua principal função é ser uma ferramenta <strong>de</strong> previsão<br />

e solução <strong>de</strong> problemas”, segundo Piemonte, da FGV.<br />

PASSO A PASSO – O primeiro passo para criar um Plano<br />

<strong>de</strong> Negócios, na opinião do consultor do Sebrae-SP, é coletar o<br />

maior número <strong>de</strong> dados do segmento e analisá-los. O objetivo<br />

<strong>de</strong>sta fase é reunir todas as informações necessárias para <strong>de</strong>cidir<br />

iniciar um negócio específico ou ampliar um já existente.<br />

Nessa fase é fundamental saber o que po<strong>de</strong> potencializar na<br />

empresa e o que é preciso melhorar ou corrigir. “Estrategicamente,<br />

planejamento exige mudanças <strong>de</strong> postura, <strong>de</strong> hábitos e<br />

disciplina”, ensina Diniz.<br />

Para a consultora Bárbara, o segundo passo é a análise do cenário<br />

da concorrência e uma pesquisa informal sobre o negócio.<br />

“Não invista para ser só mais um no mercado. Para dar certo é<br />

necessário ser diferente e oferecer mais do que a concorrência.<br />

Observe os pontos fortes, fracos, as ameaças e se possível<br />

transforme-os em oportunida<strong>de</strong>s.”<br />

arquivo<br />

Taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> das<br />

empresas no Estado <strong>de</strong><br />

São Paulo (rastreamento 2004)<br />

A cada pesquisa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> das micro e pequenas<br />

empresas (MPE) realizada pelo Sebrae-SP, fica evi<strong>de</strong>nte que<br />

uma das principais causas dos altos índices verificados é a<br />

falta <strong>de</strong> planejamento quando se preten<strong>de</strong> abrir um negócio<br />

Empresa<br />

com um ano<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003)<br />

Empresa<br />

com dois anos<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002)<br />

Empresa<br />

com três anos<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001)<br />

Empresa com<br />

quatro anos<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000)<br />

Empresa com<br />

cinco anos<br />

(<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999)<br />

Empresas em ativida<strong>de</strong><br />

71%<br />

Empresas em ativida<strong>de</strong><br />

58%<br />

Empresas em ativida<strong>de</strong><br />

47%<br />

Empresas em ativida<strong>de</strong><br />

44%<br />

Empresas em ativida<strong>de</strong><br />

44%<br />

Diniz, do Sebrae-SP: no<br />

papel, o <strong>plano</strong> tornase<br />

seguro e as idéias,<br />

compromissadas<br />

Empresas encerradas<br />

29%<br />

Empresas encerradas<br />

42%<br />

Empresas encerradas<br />

53%<br />

Empresas encerradas<br />

56%<br />

Empresas encerradas<br />

56%<br />

Fonte: Sebrae-SP<br />

24 SuperVarejo | outubro 2008


Procedimentos indispensáveis ao projeto<br />

FINANÇAS<br />

Tratando-se <strong>de</strong> pequenos negócios, a maneira mais prática<br />

<strong>de</strong> medir o retorno do capital investido é através da<br />

taxa <strong>de</strong> retorno, que <strong>de</strong>monstra em quanto tempo o dinheiro<br />

investido na empresa retornará em forma <strong>de</strong> lucro.<br />

Esse prazo comparado a outras empresas similares irá<br />

<strong>de</strong>terminar se o investimento realizado é compensador. É<br />

fundamental que o empresário fixe esse prazo <strong>de</strong> retorno<br />

como meta e permanentemente busque esse objetivo.<br />

PROJEÇÃO DO<br />

FLUXO DE CAIXA<br />

É a previsão das entradas e saídas <strong>de</strong> caixa ao longo<br />

<strong>de</strong> um período, durante o qual o empresário apura as<br />

necessida<strong>de</strong>s ou sobras, possibilitando um planejamento<br />

financeiro para estimar os saldos nos períodos<br />

<strong>de</strong>sejados, <strong>de</strong>finir aplicação das sobras, priorida<strong>de</strong> em<br />

pagamentos e estratégia <strong>de</strong> recebimentos, em casos <strong>de</strong><br />

fluxo <strong>de</strong> caixa negativo.<br />

DENTRO DA LEI<br />

De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Sérgio Diniz,<br />

é importante fazer uma análise para saber que tipo <strong>de</strong><br />

enquadramento legal e fiscal tem a ativida<strong>de</strong> da empresa.<br />

É hora <strong>de</strong> consultar um contabilista e ter a orientação<br />

<strong>de</strong> um profissional habilitado e capacitado a prestar tais<br />

informações. “Conheça as leis e i<strong>de</strong>ntifique toda a regulamentação,<br />

geral ou específica, que se relacione com o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do seu negócio”, orienta.<br />

PRINCIPAIS<br />

BARREIRAS<br />

Sem planejamento, segundo Diniz, os gestores ten<strong>de</strong>m<br />

a colocar em prática a sua vocação <strong>de</strong> ‘bombeiros’.<br />

Uma vez ocupados em apagar o ‘fogo’, eles po<strong>de</strong>m<br />

nunca conseguir planejar melhorias. Isso passa a ser<br />

uma tática <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, pois alegam que estão resolvendo<br />

questões urgentes e inadiáveis. “Na maioria das vezes<br />

tais questões são urgentes, mas não importantes. Tratase<br />

<strong>de</strong> uma visão míope. Falta <strong>de</strong> planejamento provoca<br />

reativida<strong>de</strong>. Planejamento permite proativida<strong>de</strong>”, explica.<br />

RESULTADOS<br />

O <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong> resultados apresenta a rentabilida<strong>de</strong><br />

e produtivida<strong>de</strong> da empresa e o <strong>de</strong>sempenho do empresário<br />

na administração <strong>de</strong> seu negócio. Em geral, são bastante<br />

sucintos e, para efeito <strong>de</strong> análise, indispensáveis.<br />

CAPITAL DE GIRO<br />

REVISÃO<br />

PERMANENTE<br />

À medida que ocorrem mudanças <strong>de</strong> cenário do mercado,<br />

da economia, da tecnologia ou das ações dos competidores,<br />

<strong>de</strong>ve ser feita a revisão do Plano <strong>de</strong> Negócios, para<br />

que se consiga acompanhar as novas tendências. Em geral,<br />

uma revisão periódica do <strong>plano</strong> a cada seis meses, no<br />

mínimo, <strong>de</strong> acordo com o consultor do SEBRAE-SP. “Um<br />

Plano <strong>de</strong> Negócios nunca po<strong>de</strong>rá ter caráter estático, mas<br />

sim dinâmico”, acredita.<br />

O empresário tem <strong>de</strong> avaliar com objetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quanto<br />

capital <strong>de</strong>verá dispor, tanto próprio como <strong>de</strong> sócios e<br />

terceiros. Deve ser consi<strong>de</strong>rado como capital não só o<br />

investimento em máquinas, instalações, móveis, veículos,<br />

mas também os recursos para o capital <strong>de</strong> giro, indispensável<br />

para pagamento <strong>de</strong> salários e encargos, compra <strong>de</strong><br />

matéria-prima, aluguel, água, luz, entre outras <strong>de</strong>spesas.<br />

EXECUÇÃO<br />

É importante ressaltar que o planejamento é uma pequena<br />

parte do negócio. O maior esforço estará em executar, gerenciar<br />

e medir os resultados do <strong>plano</strong>. E é nessa fase que<br />

começa o trabalho.


CAPA<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

abertura <strong>de</strong> empresa<br />

Principais motivos que levaram os empresários<br />

a abrir um negócio em 2005<br />

arquivo<br />

Bárbara, da Moya Consultoria:<br />

sem conhecimento, um ou mais<br />

sócios são bem-vindos<br />

<strong>de</strong>sempregado<br />

9%<br />

exigência <strong>de</strong><br />

clientes (CNPJ)<br />

11%<br />

outros motivos<br />

3%<br />

i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

33%<br />

melhoria <strong>de</strong> vida<br />

(aumento <strong>de</strong> renda)<br />

14%<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter o<br />

próprio negócio<br />

30%<br />

Fonte: Sebrae-SP<br />

“Uma oportunida<strong>de</strong> se caracteriza quando há um grupo <strong>de</strong><br />

consumidores necessitando algo e dispostos a pagar para obter<br />

o <strong>de</strong>sejado”, explica Diniz, do Sebrae-SP. Entretanto, para<br />

que uma empresa seja viável no que tange à parte econômica<br />

e financeira, seja rentável, será preciso atingir um volume <strong>de</strong><br />

vendas todos os meses que seja suficiente para cobrir todos<br />

os gastos, todas as <strong>de</strong>spesas e ainda ser lucrativo.<br />

As informações obtidas promoverão o resultado da pesquisa<br />

realizada, pois quanto mais rica e <strong>de</strong>talhada, mais subsídios<br />

para a análise e <strong>de</strong>cisão. “Caso o futuro empresário não tenha<br />

conhecimento na área em que planeja investir, é estratégico<br />

pensar na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um ou mais sócios que tenham<br />

essas experiências e conhecimento”, sugere Bárbara, da Moya.<br />

Uma dica do consultor <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo e manejo comportamental<br />

da Ren<strong>de</strong>r Capacitação, Luis Fernando Garcia, é<br />

visitar negócios com mais <strong>de</strong> cinco anos <strong>de</strong> operação.<br />

Fatores políticos, econômicos e culturais, segundo o consultor<br />

em vendas da Winners Map, Dominic <strong>de</strong> Souza, muitas vezes<br />

Conseqüências da<br />

falta <strong>de</strong> planejamento<br />

• ações tomadas ao sabor dos acontecimentos<br />

• reações exageradas<br />

• adiamento na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

• cálculos ina<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> tempo<br />

• dimensionamento errado dos recursos<br />

• ausência <strong>de</strong> <strong>plano</strong>s contingenciais<br />

• falta <strong>de</strong> visão estratégica<br />

Fonte: Sebrae-SP<br />

interferem nos negócios dos empreen<strong>de</strong>dores. “Cabe a eles aproveitar<br />

os acontecimentos externos para gerar inovações que tragam<br />

benefícios. Temos como exemplo a Lei Seca, que já provocou<br />

uma baixa <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 25% das vendas em bares no Brasil.”<br />

O próximo passo é <strong>de</strong>finir o local e analisar sua estrutura<br />

física. De acordo com o coor<strong>de</strong>nador geral do Provar/FIA,<br />

Cláudio Felizoni, o empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntificar tamanho<br />

do espaço, disposição da loja (layout) e público-alvo, <strong>de</strong>finir<br />

mix <strong>de</strong> produtos, serviços, atendimento, pessoal e preços praticados,<br />

entre outros fatores.<br />

Nessa fase, segundo Felizoni, o empresário também <strong>de</strong>ve<br />

consi<strong>de</strong>rar facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong>;<br />

volume <strong>de</strong> tráfego, local para estacionamento, nível<br />

<strong>de</strong> ruído, condições <strong>de</strong> higiene e segurança, proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

concorrentes e similares, facilida<strong>de</strong>s na aquisição <strong>de</strong> matériaprima,<br />

contratação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, infra-estrutura <strong>de</strong> serviços,<br />

energia elétrica, água, telefone, coleta <strong>de</strong> lixo e esgotos.<br />

Essencial ao negócio, a estrutura pessoal <strong>de</strong>ve ser distribuída<br />

esquematicamente com <strong>de</strong>finição dos cargos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

organograma que servirá como mapa (on<strong>de</strong> cada um está e o<br />

que faz) para o empresário, os funcionários e outras pessoas<br />

interessadas na empresa ou a ela ligadas.<br />

“Defina processos e qual será o procedimento <strong>de</strong> trabalho<br />

<strong>de</strong> cada área, o que será controlado por pessoas e o que será<br />

pelo sistema. Estabeleça processos <strong>de</strong> vendas, compras, inventário,<br />

entregas, garantia, suporte, financeiro, crédito, formação<br />

<strong>de</strong> preços, entre outros”, recomenda Bárbara, da Moya.<br />

Com a <strong>de</strong>finição e análise dos passos anteriores, chegou o momento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o nome e o slogan do negócio. Deve-se escolher<br />

nomes <strong>de</strong> fácil interpretação e fala. O slogan <strong>de</strong>ve traduzir o que<br />

a empresa quer oferecer ao público. “Calcule também o investimento<br />

com ações <strong>de</strong> marketing, como <strong>plano</strong> <strong>de</strong> comunicação e<br />

promoção. No varejo é fundamental fazer a divulgação do negócio,<br />

sempre analisando as melhores práticas <strong>de</strong> mercado, além <strong>de</strong><br />

um bom <strong>plano</strong> <strong>de</strong> mídia”, acrescenta Souza, da Winners Map.<br />

26 SuperVarejo | outubro 2008


CAPA<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

Sonho em conjunto é realida<strong>de</strong><br />

CASE n SUPERMERCADOS CARDOSO<br />

De origem familiar, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermercados<br />

Cardoso, <strong>de</strong> Jequié (BA), se consolida por<br />

seus 39 anos <strong>de</strong> funcionamento sob o mesmo<br />

número <strong>de</strong> CNPJ, motivo <strong>de</strong> orgulho do<br />

diretor Comercial da re<strong>de</strong>, Marcio Nery Cardoso. Atualmente,<br />

com duas lojas, a matriz com 18 check-outs e o<br />

Cardosinho com cinco check-outs, e um hipermercado<br />

previsto para ser inaugurado em outubro, a re<strong>de</strong> começou<br />

com um pequeno empório <strong>de</strong> 40 metros quadrados,<br />

fundado pelo pai <strong>de</strong> Marcio, na época em que check-out<br />

ainda era um balcão.<br />

Em 1969, seu Armando dos Santos Cardoso, atual<br />

presi<strong>de</strong>nte da re<strong>de</strong>, não fazia idéia da existência <strong>de</strong><br />

um <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócio. Mas, com tino comercial, sabia<br />

exatamente o que queria e aon<strong>de</strong> chegar. “Em 1990,<br />

conseguimos inaugurar a primeira filial, o Cardosinho,<br />

com 450 metros quadrados e cinco check-outs. É o nosso<br />

xodó até hoje”, orgulha-se Cardoso.<br />

Nessa mesma época, Marcio, o visionário menino<br />

<strong>de</strong> Jequié, foi para a cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> estudar, pois sabia<br />

que um dia voltaria para fazer crescer a empresa da<br />

família. Em 2000, voltou <strong>de</strong> Salvador com um currículo<br />

<strong>de</strong> graduado em Administração <strong>de</strong> Empresas e pósgraduado<br />

em Finanças pela FGV, um estágio <strong>de</strong> quatro<br />

anos como analista <strong>de</strong> logística na loja Bompreço<br />

da capital baiana, uma especialização <strong>de</strong> um ano em<br />

gerenciamento <strong>de</strong> projetos e marketing nos Estados<br />

Unidos e <strong>de</strong>z anos como bancário.<br />

Conciliou seus conhecimentos e experiências com<br />

as <strong>de</strong> seu pai e juntou todas as informações possíveis<br />

sobre o setor, mercado, fornecedores, clientela e perfil<br />

<strong>de</strong> loja e colocou tudo num papel. “Meu pai sabia, por<br />

exemplo, quanto vendia <strong>de</strong> feijão, os preços <strong>de</strong> cada<br />

fornecedor, prazos <strong>de</strong> pagamento, tudo <strong>de</strong> cabeça. Mas<br />

não bastava”, relata Marcio. Na época, a re<strong>de</strong> passava<br />

por uma crise financeira, mas o <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios veio<br />

para exterminá-la. “O maior rombo era no Cardosinho.<br />

Hoje, tem 60 colaboradores e faturamento <strong>de</strong> R$ 800<br />

mil por mês”, comemora.<br />

Como segundo passo, pai e filho enxergaram a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investir em pessoal, capacitando seus<br />

próprios colaboradores, além <strong>de</strong> contratar dois profissionais<br />

<strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> gestão e recursos humanos. Também<br />

estruturaram os sistemas <strong>de</strong> informação, gestão e<br />

controle <strong>de</strong> operações.<br />

A reestruturação do mix acompanhou o processo<br />

<strong>de</strong> mudança e foi estratégia fundamental, assim como<br />

implantar o marketing integralmente e atualizar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

visual das lojas. “Primeiro nos estruturamos em<br />

arquivo<br />

Seu Armando e Marcio: troca <strong>de</strong> conhecimentos<br />

qualida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>pois pensar em aumentar o número<br />

<strong>de</strong> lojas. Tudo <strong>de</strong> forma séria e comprometida”, conta<br />

o diretor. Na opinião <strong>de</strong> Marcio, sem o planejamento<br />

<strong>de</strong> negócio, o risco <strong>de</strong> insucesso é gran<strong>de</strong>. “Com ele, é<br />

possível sonhar e tornar realida<strong>de</strong>.”<br />

Mudança <strong>de</strong> valores – Para vencer as barreiras,<br />

a empresa precisou mudar a cultura da casa. O<br />

mais importante para a aceitação do <strong>plano</strong> foi levar a<br />

equipe para junto dos administradores, como apoio.<br />

“Nunca fiz nada impositivo. Usava <strong>de</strong> argumentos para<br />

convencer da melhor maneira possível os colaboradores<br />

e principalmente meu pai, que tinha certa resistência<br />

em mudar. Hoje ele reconhece que eu estava no<br />

caminho certo”, salienta.<br />

Atualmente, além <strong>de</strong> diretor Comercial da re<strong>de</strong>, Marcio<br />

é professor universitário da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tecnologia<br />

e Ciências <strong>de</strong> Jequié, graças a um mestrado em Administração<br />

com linha <strong>de</strong> pesquisa em Responsabilida<strong>de</strong><br />

Social. A amostragem <strong>de</strong>sse estudo se <strong>de</strong>u a partir da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fomentar o <strong>de</strong>senvolvimento da ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva local, informação estratégica não só para o<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócio dos Supermercados Cardoso como<br />

para todo o setor da região. “Avaliei mais <strong>de</strong> 300 fornecedores,<br />

que acabaram se tornando parceiros”, conta.<br />

Para a nova unida<strong>de</strong>, o primeiro hipermercado da<br />

re<strong>de</strong> com área construída <strong>de</strong> 7,1 mil metros quadrados,<br />

2,3 mil quadrados <strong>de</strong> área <strong>de</strong> venda e 22 check-outs,<br />

o empreen<strong>de</strong>dor fez o <strong>plano</strong> com um ano e meio <strong>de</strong><br />

antecedência. Visitou re<strong>de</strong>s concorrentes e conheceu<br />

lojas com diferenciais que trouxeram inspiração <strong>de</strong><br />

bons exemplos. “Estamos prestes a inaugurar nosso<br />

gran<strong>de</strong> sonho. É uma fase muito especial <strong>de</strong> nossas<br />

vidas”, exulta.<br />

28 SuperVarejo | outubro 2008


CAPA<br />

<strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

Do tamanho<br />

da ambição<br />

Futuro<br />

calculado<br />

CASE n CARREFOUR<br />

No Brasil, o Grupo Carrefour conta com 770<br />

unida<strong>de</strong>s em 17 Estados, atuando com diversos<br />

formatos <strong>de</strong> loja, postos <strong>de</strong> combustíveis, drogarias,<br />

serviços financeiros, entre outros. Executa<br />

um ciclo <strong>de</strong> revisão estratégica a cada três anos<br />

e anualmente faz a revisão do <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

visando a<strong>de</strong>quá-lo a novas <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> clientes,<br />

mudanças do cenário macroeconômico e oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> inovação. Des<strong>de</strong> que chegou ao país,<br />

em 1975, opera <strong>de</strong>ssa forma.<br />

O <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios é <strong>de</strong>sdobrado por todos<br />

os níveis da empresa e traduzido em metas<br />

quantitativas e qualitativas, <strong>de</strong>vendo se tornar<br />

uma missão comum para os cerca <strong>de</strong> 58 mil funcionários.<br />

De acordo com a diretora <strong>de</strong> Assuntos Corporativos,<br />

Renata Moura, o <strong>plano</strong> estratégico é<br />

usado quando a companhia promove uma mudança<br />

<strong>de</strong> patamar. “Ele <strong>de</strong>ve ser realizado com<br />

periodicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acordo com o tamanho da ambição,<br />

ou seja, da mudança a ser promovida, em<br />

um processo que consiga ouvir clientes, mercado<br />

e colaboradores”, salienta.<br />

Para ela, o mais importante é garantir a gestão<br />

da transformação no dia-a-dia. Isso se dá a<br />

partir <strong>de</strong> um processo que contemple a <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> metas claras, atribuição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

disciplina na gestão <strong>de</strong> mudanças, comunicação<br />

e acompanhamento.<br />

O planejamento da re<strong>de</strong> leva sempre em consi<strong>de</strong>ração<br />

o perfil dos clientes, as oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> negócios e as culturas das regiões. “O mais<br />

importante é ter visão macro, fazer análise <strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s e riscos, quebrar paradigmas e<br />

pensar no futuro, envolvendo pessoas na construção<br />

<strong>de</strong> um objetivo comum, e traduzir a ambição<br />

<strong>de</strong> forma que posteriormente possa gerar<br />

negócios e inovações”, analisa Renata.<br />

Para a diretora, todo processo <strong>de</strong> mudança é<br />

complexo. “O fato <strong>de</strong> termos <strong>de</strong>finido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início que os resultados <strong>de</strong>pendiam do engajamento<br />

das pessoas nos ajudou bastante. Porém,<br />

o acompanhamento constante <strong>de</strong> indicadores<br />

internos e a celebração <strong>de</strong> forma compartilhada<br />

das conquistas são muito importantes numa organização<br />

do porte do Carrefour”, conclui.<br />

CASE n SUPERMERCADOS COVABRA<br />

Santos: estratégia e competitivida<strong>de</strong><br />

Quando a re<strong>de</strong> Covabra foi fundada em 1989,<br />

não havia nada planejado estrategicamente no<br />

papel. Ao longo do tempo, surgiu a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mudança. Era hora <strong>de</strong> implantar o <strong>plano</strong><br />

<strong>de</strong> negócios. “Des<strong>de</strong> quando colocamos a idéia<br />

no papel, conseguimos prever o futuro e nos<br />

precaver”, conta o diretor Financeiro da re<strong>de</strong>,<br />

Ronaldo dos Santos.<br />

Com a implantação do <strong>plano</strong>, o crescimento<br />

da empresa se <strong>de</strong>u com foco em resultados<br />

financeiros e <strong>de</strong>senvolvimento do orçamento<br />

empresarial. Projetado para cinco anos, segundo<br />

Santos, o primeiro ano do <strong>plano</strong> <strong>de</strong>ve ter 100%<br />

<strong>de</strong> acerto e do segundo até o quinto ano, 80%.<br />

“Programamos revisá-lo estrategicamente ano a<br />

ano, fazendo breves alterações <strong>de</strong> dois anos, mas<br />

o i<strong>de</strong>al para a projeção do negócio são cinco<br />

anos”, acredita.<br />

Na re<strong>de</strong> Covabra, atualmente com <strong>de</strong>z lojas<br />

na região <strong>de</strong> Campinas, interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />

<strong>de</strong>ntro do planejamento estratégico é <strong>de</strong>finido o<br />

formato <strong>de</strong> loja, média <strong>de</strong> tamanho, valor <strong>de</strong> investimento,<br />

previsão <strong>de</strong> receita, custo, <strong>de</strong>spesas<br />

e lucros, público e, baseado nisso, a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> check-outs. “Quando há dúvidas, contratamos<br />

uma empresa <strong>de</strong> pesquisa. Acontece <strong>de</strong> estudarmos<br />

todo o negócio e <strong>de</strong> repente surgir um<br />

concorrente. Aí temos que ser estratégicos, competitivos,<br />

senão ficamos para trás”, diz Santos,<br />

que vê no <strong>plano</strong> um documento imprescindível<br />

ao sucesso do negócio. “Depois que passamos<br />

a trabalhar com esse tipo <strong>de</strong> informação, não<br />

ficamos mais sem ela”, avalia.<br />

arquivo<br />

30 SuperVarejo | outubro 2008


Guinada planejada<br />

eliane cunha<br />

Ventura: <strong>de</strong> uma banca alugada<br />

a três lojas próprias<br />

CASE n VAREJÃO ˜ ARAGUAIA<br />

A primeira loja do empresário do segmento <strong>de</strong><br />

hortifruti, Antônio Lopes Ventura, era praticamente<br />

uma banca. O Varejão Araguaia, <strong>de</strong> São Bernardo<br />

(SP), se restringia a 30 metros quadrados alugados,<br />

sem estrutura alguma. Há 13 anos, quando começou<br />

no ramo, ainda sem conhecimento, Ventura comprou<br />

dois livros <strong>de</strong> negócios do Sebrae, um sobre hortifruti<br />

e outro sobre lava-rápidos, para tirar dúvidas. Optou<br />

pelo primeiro.<br />

Embora tivesse tido informações precisas no livro,<br />

como público, melhor horário <strong>de</strong> funcionamento e processo<br />

<strong>de</strong> gestão, Ventura ainda não tinha condições<br />

financeiras <strong>de</strong> abrir o negócio como o livro pedia. Tinha<br />

R$ 5 mil, idéias e boa vonta<strong>de</strong>. Foi aí que o <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios<br />

entrou na vida e no comércio <strong>de</strong> Seu Ventura.<br />

Como ele conta, apren<strong>de</strong>u rapidinho a negociar melhor<br />

com o fornecedor, com o cliente, administrar seu tempo na<br />

empresa e que, além <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>veria ter vida social.<br />

“No início, abri para a sobrevivência. Tinha 35 anos, estava<br />

<strong>de</strong>sanimado e sem muitas expectativas, me sentia com 50<br />

anos. Quando passei a pensar como empresário, procurei<br />

o Sebrae e tudo mudou”, lembra, emocionado.<br />

Um passo que o varejista consi<strong>de</strong>ra muito importante<br />

para o seu crescimento foi dado com o curso<br />

Empretec, do Sebrae. “É um curso que qualquer pessoa<br />

que tenha intenção <strong>de</strong> abrir um negócio <strong>de</strong>veria fazer.<br />

Todas as situações que po<strong>de</strong>m acontecer no comércio<br />

são vivenciadas no curso. Criamos um <strong>plano</strong>, uma empresa<br />

fictícia e praticamos tudo o que colocamos no<br />

papel no <strong>plano</strong> <strong>de</strong> negócios”, conta.<br />

A re<strong>de</strong> tem hoje três lojas próprias em São Paulo<br />

(duas em São Bernardo, na região metropolitana, e<br />

uma em São Mateus, na zona leste da capital), todas<br />

com mais <strong>de</strong> 600 metros quadrados. O quadro <strong>de</strong> colaboradores,<br />

que começou com dois rapazes, hoje conta<br />

com 60 pessoas, que fazem cursos no Sebrae para<br />

atendimento ao público, fundamental na opinião do<br />

empreen<strong>de</strong>dor para a qualida<strong>de</strong> do atendimento e o<br />

rumo do negócio. “Graças a muito trabalho e <strong>de</strong>dicação,<br />

ganhamos o troféu Destaque do Ano e Melhores<br />

dos Melhores da revista Livre Mercado do Diário do<br />

Gran<strong>de</strong> ABC”, comemora Ventura.<br />

O investimento em tecnologia também fez a diferença.<br />

“Hoje temos balanças eletrônicas, conectadas<br />

ao computador dos check-outs”, conta. “Por causa da<br />

mudança <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> consumo muito rápida, informamos<br />

tudo, cumprindo as exigências da Anvisa, mesmo<br />

as nutricionais, para aten<strong>de</strong>r cada vez mais com<br />

qualida<strong>de</strong> e precisão”, arremata.<br />

Fontes <strong>de</strong>sta matéria<br />

Carrefour: 0800-724-2822<br />

Família Schurmann: www.schurmann.com.br<br />

FGV/EAESP: (11) 3259-0505<br />

Moya Consultoria: (11) 3729-0445<br />

Provar/Fia: (11) 3894-5006<br />

Ren<strong>de</strong>r Capacitação Empresarial: (48) 3334-5585<br />

Sebrae-SP: 0800-570-0800<br />

Supermercados Cardoso: (73) 3527-8900<br />

Supermercados Covabra: (19) 3727-2400<br />

Varejão Araguaia: (11) 4101-4172<br />

Winners Map Consultoria: (11) 5505-0295<br />

revista@supervarejo.com.br<br />

Outubro 2008 | SuperVarejo 31

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