Análise Experimental de uma Fornalha a Lenha de Fluxo Co ...
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O monóxido <strong>de</strong> carbono ainda é consi<strong>de</strong>rado um gás combustível, pois ao reagir<br />
com o oxigênio libera calor. Assim, em <strong>uma</strong> combustão incompleta, o aproveitamento<br />
do combustível e o rendimento da cal<strong>de</strong>ira diminuem. E o monóxido <strong>de</strong> carbono é um<br />
gás tóxico e provoca a poluição do ambiente e também danos à saú<strong>de</strong> h<strong>uma</strong>na, pois<br />
reage com a hemoglobina do sangue provocando envenenamento (VLASSOV, 2001).<br />
É possível encontrar pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> CO nos produtos <strong>de</strong> combustão,<br />
mesmo quando fornecido excesso <strong>de</strong> ar. A quantida<strong>de</strong> exata formada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diversos fatores, incluindo a mistura e a turbulência durante a combustão, e o tempo <strong>de</strong><br />
residência do combustível na fornalha, que dizem respeito ao projeto aerodinâmico da<br />
mesma (VAN WYLEN, 1998).<br />
A literatura comprova que níveis <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> ar elevados po<strong>de</strong>m provocar<br />
retardamento da reação da combustão, redução na eficiência global do sistema <strong>de</strong><br />
combustão e exigência <strong>de</strong> <strong>uma</strong> turbulência mais potente. Por outro lado, ar em<br />
quantida<strong>de</strong> inferior ao ar teórico <strong>de</strong>ve ser evitado por propiciar a combustão incompleta<br />
(e.g BEJAN, 1997; VAN WYLEN, 1998).<br />
De acordo com Martin (2007), ainda há a formação <strong>de</strong> CO através do coque,<br />
<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> oxigênio, pois o carbono do coque resultante <strong>de</strong>ssa falta <strong>de</strong> oxigênio,<br />
ou seja, do coque que não completou sua combustão, po<strong>de</strong> reagir com os produtos <strong>de</strong><br />
oxidação ao redor (CO 2 e H 2 O) em <strong>uma</strong> etapa <strong>de</strong> redução e formar CO e H 2 .<br />
A fim <strong>de</strong> se obter valores mínimos <strong>de</strong> CO nos produtos da combustão, <strong>de</strong>ve-se<br />
estabelecer um excesso <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> 1,3, para combustível sólido. Ainda assim, observa-se<br />
a redução da temperatura <strong>de</strong> combustão e do teor <strong>de</strong> CO 2 (NOGUEIRA e LORA, 2003).<br />
Além do CO, existem outros produtos que indicam <strong>uma</strong> combustão incompleta,<br />
como gás hidrogênio (H 2 ), metano (CH 4 ) e fuligem.<br />
O excesso <strong>de</strong> ar po<strong>de</strong> ser ajustado mediante um controle a<strong>de</strong>quado do<br />
equipamento. O cálculo do coeficiente <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> ar implica na medição do fluxo<br />
real <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> combustão ou na análise química dos gases <strong>de</strong> combustão. A medição do<br />
fluxo <strong>de</strong> ar, quando possível, tem o inconveniente <strong>de</strong> apresentar margens <strong>de</strong> erro,<br />
muitas vezes não toleráveis, tornando os resultados imprecisos. A <strong>de</strong>terminação das<br />
porcentagens <strong>de</strong> CO 2 ou <strong>de</strong> O 2 nos gases <strong>de</strong> combustão é <strong>uma</strong> alternativa viável para a