Tese - Es..[1].pdf - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
Tese - Es..[1].pdf - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
Tese - Es..[1].pdf - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
(PPARy) e o “CCAAT/enhancer binding protein α “ (C/EBPα) são os principais reguladores<br />
da adipogénese (Sethi & Vidal-Puing, 2007).<br />
Haugen e Drevon (2007) fazem referência a um estudo recente on<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstraram que,<br />
sob condições particulares, os adipócitos brancos maduros po<strong>de</strong>m transdiferenciar-se em<br />
adipócitos castanhos e vice-versa. Em cães, esta alteração da anatomia do tecido adiposo<br />
foi <strong>de</strong>monstrada após o tratamento com agonistas do PPARy.<br />
3.3 Distribuição<br />
O TAB distribui-se em múltiplos <strong>de</strong>pósitos por todo o corpo. A nível subcutâneo forma o<br />
panículo adiposo, uma camada disposta entre a <strong>de</strong>rme e a camada muscular. Internamente,<br />
envolve os órgãos. Os adipócitos <strong>de</strong> diferentes localizações anatómicas po<strong>de</strong>m variar na<br />
sua biologia, <strong>de</strong>vido a influências locais na diferenciação e expressão genética. Assim<br />
sendo, po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados “mini-órgãos”, com funções únicas locais, para além das<br />
gerais do tecido adiposo (Trujillo & Scherer, 2006; Sharkey, 2007).<br />
O TAC tem uma distribuição mais limitada e residual no adulto, ro<strong>de</strong>ando a maioria dos<br />
órgãos vitais (coração, rim, aorta, vias circulatórias, entre outros).<br />
3.4 Funções fisiológicas<br />
São várias as funções do tecido adiposo que o tornam num órgão vital. Além das suas<br />
funções clássicas em proporcionar isolamento térmico (as gorduras são más condutoras <strong>de</strong><br />
calor) e protecção mecânica, o tecido adiposo é reconhecido sobretudo por ser o maior<br />
<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> energia, sob a forma <strong>de</strong> TG do corpo (Junqueira & Carneiro, 2004; Sharkey,<br />
2007; Trayhurn, 2007).<br />
Durante os períodos <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> ingestão e/ou diminuição da <strong>de</strong>spesa energética, o<br />
exce<strong>de</strong>nte energético é eficazmente <strong>de</strong>positado no TAB sob a forma <strong>de</strong> lípidos,<br />
principalmente TG. <strong>Es</strong>tes contêm uma mistura complexa <strong>de</strong> ácidos gordos que reflecte em<br />
gran<strong>de</strong> medida a sua ingestão alimentar (Fernán<strong>de</strong>z-Quintela, Churruca & Portillo, 2007). Os<br />
TG são continuamente formados pelos ácidos gordos constituintes dos TG que circulam no<br />
plasma nos quilomícrons e nas lipoproteínas <strong>de</strong> baixo peso molecular ou VLDL (very low<br />
<strong>de</strong>nsity lipoproteins). <strong>Es</strong>tes são hidrolisados nos capilares sanguíneos em ácidos gordos<br />
livres (AGL) e glicerol pela acção da lipoproteína lipase, produzida pelas células adiposas.<br />
Os AGL penetram na célula adiposa e são transportados intracelularmente através das<br />
proteínas <strong>de</strong> ligação dos ácidos gordos. São activados em Acil-CoA e esterificados, no<br />
21