Tese - Es..[1].pdf - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
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1996; Montoya et al., 2006; Brown et al., 2007). Alterações na pressão arterial sistólica (PS),<br />
pressão arterial diastólica (PD) e pressão arterial média foram registadas em cães obesos<br />
através <strong>de</strong> métodos oscilométricos, mas não pelo método Doppler (Brown et al., 2007).<br />
A obesida<strong>de</strong> também po<strong>de</strong> aumentar a frequência <strong>de</strong> doenças cardiovasculares, como<br />
trombose da veia porta, hipóxia do miocárdio e endocardite valvular (German, 2006a; Diez &<br />
Nguyen, 2007).<br />
Alterações do tracto urinário<br />
Apesar <strong>de</strong> permanecer controversa, tem sido sugerida a hipótese <strong>de</strong> que existe uma<br />
correlação entre a obesida<strong>de</strong> e algumas formas <strong>de</strong> incontinência urinária, principalmente em<br />
ca<strong>de</strong>las esterilizadas (German, 2006b; Diez & Nguyen, 2007). A ovariohisterectomia é um<br />
factor <strong>de</strong> risco importante no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> incontinência, mas, a ter em conta está o<br />
facto das ca<strong>de</strong>las esterilizadas terem o dobro da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem obesas (Edney &<br />
Smith, 1986). O efeito da obesida<strong>de</strong> é claro em certos casos: algumas ca<strong>de</strong>las ficam<br />
incontinentes após ficarem obesas, facto que se resolve após per<strong>de</strong>rem peso (German,<br />
2006b; Diez & Nguyen, 2007). A razão para a associação entre a obesida<strong>de</strong> e a<br />
incontinência urinária po<strong>de</strong> ser puramente mecânica, ou seja, a presença <strong>de</strong> gordura<br />
retroperitoneal po<strong>de</strong> levar ao <strong>de</strong>slocamento caudal da bexiga (German, 2006b).<br />
Lekcharoensuk et al. (2000) relatam que os cães obesos têm maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver cálculos urinários <strong>de</strong> oxalato <strong>de</strong> cálcio.<br />
Neoplasias<br />
Em níveis relativamente baixos <strong>de</strong> IMC, a obesida<strong>de</strong> já se correlaciona com alguns tipos <strong>de</strong><br />
neoplasias (cólon, útero, ovários, mamário e próstata) em humanos (OMS, 2007). Tal<br />
relação não po<strong>de</strong> ser feita em cães <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> dados clínicos, com excepção dos<br />
tumores mamários. De acordo com Alenza, Rutteman, Pena, Beynen & Cuesta (1998), a<br />
obesida<strong>de</strong> em animais juvenis <strong>de</strong>sempenha um papel importante na predisposição para<br />
tumores mamários na ida<strong>de</strong> adulta. Case et al. (2000) relatam que fêmeas que se<br />
apresentavam obesas antes <strong>de</strong> realizado o diagnóstico <strong>de</strong> tumor mamário, tiveram um<br />
aumento significativo do risco <strong>de</strong> morte por esta doença, quando comparado com o risco em<br />
cães normais na altura do diagnóstico. Um estudo retrospectivo <strong>de</strong> Philibert et al. (2003) não<br />
confirmou estes resultados.<br />
Cães com excesso <strong>de</strong> peso ou obesida<strong>de</strong> também foram relatados como tendo um maior<br />
risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver carcinoma das células <strong>de</strong> transição da bexiga (Glickman, Schofer,<br />
McKee, Reif & Goldschmidt, 1989).<br />
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