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Revista Periodontia Setembro 2012.indd - Revista Sobrape

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Braz J Periodontol - September 2012 - volume 22 - issue 03 - 22(3):54-61<br />

A literatura científica tem apontado a região anatômica<br />

de furca como um dos problemas ou desafios mais difíceis<br />

enfrentados pelos periodontistas, devido a sua complexa<br />

anatomia radicular (Kepic et al., 1990; Anderson et al., 1996;<br />

Ammons Jr. & Harrington, 2007; Carnevale et al., 2010). Sendo<br />

assim, torna-se menos previsível uma adequada remoção<br />

do biofilme dental nesta região para que se obtenha uma<br />

superfície radicular biologicamente compatível (Schoen &<br />

Dean, 1997; Oliveira & Brunetti, 2007).<br />

Dentre os instrumentos disponíveis para a prática da<br />

raspagem e aplainamento da superfície radicular, as curetas<br />

tipo Gracey são aqueles mais largamente difundidos entre<br />

os que se dedicam à prática da periodontia. Por outro lado,<br />

alguns especialistas preferem utilizar limas periodontais de<br />

Hirschfeld, que são mais delgadas e de extremidade mais<br />

fina, sendo capazes de alcançar porções mais apicais da bolsa<br />

periodontal. Há ainda minicuretas tipo Gracey, com pontas<br />

ativas menores e com haste mais alongada, desenvolvidas<br />

também no intuito de atingir regiões mais profundas da bolsa<br />

(Alves et al, 2003).<br />

Percebe-se assim que há uma variedade de instrumentos<br />

com desenhos específicos que buscam aperfeiçoar a eficácia<br />

da raspagem e aplainamento radicular, neste contexto podem<br />

ser citados instrumentos como as curetas PL (Pádua Lima) e<br />

PLF (Pádua Lima Francisco) destinadas à instrumentação da<br />

região anatômica de furca (Lima & Lima, 1998), e curetas<br />

delineadas pelo Prof.Dr. Antônio Wilson Sallum (FOP-<br />

UNICAMP) com a mesma finalidade.<br />

De acordo com Moraes et al. (2007), a Doutora Neila<br />

Tanashiro e o corpo docente do curso de especialização<br />

em <strong>Periodontia</strong> da ABENO/NAP desenvolveram recursos<br />

diamantados para a prática da raspagem dental em regiões<br />

específicas. Entre estes recursos há uma lima periodontal<br />

denominada de NT1, a qual é indicada para a raspagem<br />

da área de furca de molares. Contudo os autores citados<br />

ressaltam a necessidade de estudos que investiguem a sua<br />

eficácia.<br />

Outro instrumento comercialmente disponível e indicado<br />

para acesso à área de furca é a lima PH6. Esta, assim como<br />

a NT1, não apresenta estudos investigando seu potencial.<br />

Frente ao exposto, tornou-se importante investigar a<br />

eficácia na remoção de cálculo das limas NT1 e PH6, por meio<br />

de um estudo experimental in vitro.<br />

2. MATERIAL E MÉTODO<br />

O presente estudo foi do tipo experimental in vitro<br />

realizado no Centro Universitário Cesmac, sendo a amostra<br />

composta por 40 dentes artificiais impregnados com cálculo<br />

artificial somente na região de furca.<br />

O processo de confecção das amostras seguiu os passos<br />

metodológicos descritos abaixo.<br />

2.1- CONFECÇÃO DOS MOLDES DE UM MOLAR<br />

INFERIOR<br />

Inicialmente foi esculpido um primeiro molar inferior<br />

esquerdo (MIE) em cera, seguindo-se as medidas anatômicas<br />

médias do MIE natural (11,9 mm no sentido mesio-distal, 7,5<br />

mm tamanho corono-cervical e 20 mm comprimento total<br />

de raiz) descritas por Teixeira et al. (2001).<br />

O dente em cera foi então moldado da seguinte forma: (1)<br />

manipulou-se 25 g de alginato (Jeltrate®, Dentsply Indústria<br />

e Comércio Ltda., Petrópolis-RJ) para 25 mL de água; (2) um<br />

copo plástico descartável de 25 mL (Coposcchio, Plásticos<br />

Chiacchio Ltda., Vitória da Conquista-BA) foi preenchido<br />

com o alginato até a sua borda (figura 1 – A); (3) em seguida<br />

o dente foi introduzido no alginato - mais precisamente<br />

no centro do copo plástico - (figura 1 – B); (4) aguardou-se<br />

a presa final do alginato por meio da mudança de cor de<br />

amarelo esbranquiçado para rosa; (5) logo após retirou-se<br />

cuidadosamente o dente em cera - com auxílio de uma pinça<br />

clínica (Neumar Instrumentos Cirúrgicos Ltda., Caieiras-SP) –<br />

do interior do alginato (figura 1 – C).<br />

Figura 1- Confecção do molde. (A) copo preenchido com alginato; (B) dente em cera no centro do alginato; (C) remoção de dente do alginato e (D) molde individualizado.<br />

Fonte: Dados da Pesquisa<br />

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393<br />

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