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Revista Periodontia Setembro 2012.indd - Revista Sobrape

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Braz J Periodontol - September 2012 - volume 22 - issue 03 - 22(3):54-61<br />

3 - RESULTADO<br />

Por se tratar de amostras com número menor que<br />

cinquenta, os valores médios percentuais de cálculo removido<br />

por meio das limas PH6 e NT1 foram submetidos ao teste de<br />

normalidade de Shapiro-Wilk e apresentaram uma distribuição<br />

normal (p > 0,05).<br />

No gráfico 1 verifica-se um maior percentual de eficácia<br />

na remoção do cálculo artificial para a lima PH6 (44%) em<br />

relação a lima NT1 (40%), porém sem diferença estatística<br />

significativa (Tukey, p > 0,05).<br />

Cálculo removido (%)<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

Gráfico 1 – Valores médios percentuais de cálculo removido por meio das limas PH6 e NT1.<br />

(Tukey, p > 0,05). Fonte: Dados da Pesquisa.<br />

4- DISCUSSÃO<br />

Grupo A (PH6) Grupo B (NT1)<br />

Grupos<br />

Grupo A (PH6)<br />

Grupo B (NT1)<br />

A região de furca é um tópico a parte dentro do contexto<br />

da terapia básica periodontal ou fase etiotrópica. Devido à<br />

anatomia radicular característica o resultado do tratamento é<br />

menos previsível nesta região (Wylam et al., 1993).<br />

De acordo com Grecco et al. (2007), há uma preocupação<br />

em se investigar a eficácia da instrumentação sônica,<br />

ultrassônica e manual nestas áreas de difícil acesso. Estudos<br />

conduzidos em molares artificiais ou extraídos, que avaliam<br />

de uma forma geral a porcentagem de superfícies limpas<br />

(livres de corantes), mostram resultados controversos (Kocher<br />

& Plagmann, 1997).<br />

Há na literatura, de acordo com Moraes et al. (2007),<br />

uma carência de pesquisas avaliando a eficácia da lima NT1.<br />

Observa-se também uma falta de estudos que tenham<br />

investigado a eficácia na remoção de cálculos com a lima<br />

PH6, o que confere dificuldade para se confrontar e discutir<br />

os resultados paramétricos encontrados no presente estudo.<br />

Por outro lado, quanto à metodologia empregada, haveria<br />

a possibilidade de se investigar a eficácia destes instrumentos<br />

por meio de um estudo in vitro ou in vivo.<br />

Optou-se pelo uso de um modelo in vitro pela possibilidade<br />

de se controlar alguns fatores característicos dos estudos in<br />

vivo que podem dificultar ou interferir no mesmo. Como<br />

exemplo destes fatores pode-se ter a necessidade da<br />

obtenção de um número mínimo de sujeitos com indicação<br />

de remoção dentária (por motivos de lesão de furca) que<br />

possam viabilizar uma análise da área da furca com poder<br />

estatístico significativo.<br />

Expõe-se ainda que nos estudos in vivo há dificuldade de<br />

padronização da quantidade e qualidade do cálculo dentário<br />

a ser instrumentado, seja por grupos teste(s) e/ou controle(s).<br />

Assim, percebe-se que o modelo de estudo in vitro delineado<br />

no presente estudo possibilitou a padronização da área a<br />

ser instrumentada quando utilizou um modelo de cálculo<br />

padronizado artificialmente.<br />

Os estudos in vivo possuem como vantagem ter todas<br />

as condições limitantes bucais oferecidas à instrumentação<br />

profissional. Apesar disto o presente estudo buscou simular<br />

este ambiente subgengival utilizando um modelo de gengiva<br />

artificial descrito por Barandregt et al. (2009).<br />

Sabe-se, ainda, que outros fatores podem interferir na<br />

qualidade de instrumentação, como: anatomia dental (Kepic<br />

et al., 1990; Anderson et al., 1996), força do operador (Lara<br />

et al., 2006), tempo ou quantidade de golpes de raspagem<br />

(Lara et al, 2006; Takacs et al., 1993) e tipo ou composição<br />

do cálculo (Anderson et al., 1996).<br />

Destaca-se assim que, para prevenir estas interferências,<br />

o modelo in vitro utilizado neste estudo lançou mão de uma<br />

réplica artificial dental que possibilitou eliminar o viés ligado ao<br />

fator anatomia dental, uma vez que todos os dentes advieram<br />

de um mesmo modelo em cera.<br />

Os estudos de Otero-Cagide et al. (1997), Kocher et<br />

al. (1998) e Sugaya et al. (2002) também utilizaram réplicas<br />

dentais artificiais de molares inferiores de maneira similar à<br />

presente pesquisa. Por outro lado, os estudos in vivo como<br />

os de Wylam et al. (1993), Kocher et al. (1997), Kocher &<br />

Plagmann (1999) não possibilitaram o controle desta variável<br />

(anatomia).<br />

Quanto ao fator força do operador, utilizando um<br />

aparelho de ensaio mecânico específico para raspagem e<br />

alisamento radicular Lara et al. (2006) demonstraram que<br />

distintas forças de instrumentação numa mesma quantidade<br />

de golpes de raspagem (quinze) promovem diferentes efeitos<br />

sobre a quantidade de cálculo removido, bem como sobre a<br />

estrutura de cemento radicular. Portanto visando minimizar<br />

esse viés, no presente estudo, determinou-se que todas as<br />

amostras fossem instrumentadas por um único e mesmo<br />

operador, com intuito de se ter força similar de instrumentação<br />

58 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

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