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comportamento de conectores de cisalhamento em ... - SET - USP

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Gustavo Alves Tristão & Jorge Munaiar Neto<br />

utilizados nas obras <strong>de</strong> engenharia civil.<br />

No caso <strong>de</strong> vigas mistas, para um <strong>comportamento</strong> a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>sse el<strong>em</strong>ento<br />

estrutural faz-se necessária a interação entre ambos os materiais, a qual é garantida<br />

por el<strong>em</strong>entos metálicos <strong>de</strong>nominados <strong>conectores</strong> <strong>de</strong> <strong>cisalhamento</strong>, cujas principais<br />

funções são a <strong>de</strong> transferir fluxo <strong>de</strong> <strong>cisalhamento</strong> na interface da viga mista, b<strong>em</strong><br />

como impedir a separação vertical entre laje <strong>de</strong> concreto e perfil <strong>de</strong> aço, movimento<br />

conhecido como “uplift”.<br />

Dentre os <strong>conectores</strong> flexíveis mais utilizados na construção civil, citam-se os<br />

tipos pino com cabeça (stud) e o perfil “U”, sendo que o primeiro caracteriza-se por ter<br />

um rápido método <strong>de</strong> execução e equivalência na resistência <strong>em</strong> todas as direções<br />

normais ao eixo do conector. Pesquisas recentes vêm sendo <strong>de</strong>senvolvidas,<br />

objetivando a formulação <strong>de</strong> expressões que permitam <strong>de</strong>terminar a resistência ao<br />

<strong>cisalhamento</strong> dos <strong>conectores</strong>, <strong>em</strong> especial o tipo pino com cabeça (stud) e o tipo perfil<br />

“U”, para lajes <strong>de</strong> concreto convencional e <strong>de</strong> alta resistência.<br />

Essas expressões são <strong>de</strong> natureza <strong>em</strong>pírica e têm orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> ensaios do tipo<br />

“Push-out”, cuja análise dos resultados é feita <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto global do sist<strong>em</strong>a<br />

misto, impossibilitando, na maioria das vezes, uma avaliação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> aspectos<br />

particulares <strong>de</strong> interesse, como por ex<strong>em</strong>plo, a concentração <strong>de</strong> tensões na região do<br />

conector, fator <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> influência na <strong>de</strong>terminação da força <strong>de</strong> ruptura.<br />

Dentre os objetivos do presente trabalho, <strong>de</strong>staca-se a proposta <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

numérico com utilização do código <strong>de</strong> cálculo ANSYS 5.7, que simule<br />

satisfatoriamente o ensaio tipo “Push-out” recomendado pelo EUROCODE 4 (1994) e<br />

pela norma britânica BS 5400 (1979). Como resultado principal é analisada a relação<br />

entre a força e <strong>de</strong>slocamento no conector, po<strong>de</strong>ndo-se ainda, <strong>em</strong> caráter<br />

compl<strong>em</strong>entar, avaliar os níveis das tensões <strong>em</strong> qualquer região do mo<strong>de</strong>lo, nos<br />

estados limites <strong>de</strong> utilização e último.<br />

2 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DOS CONECTORES<br />

Os <strong>conectores</strong> <strong>de</strong> <strong>cisalhamento</strong> são classificados <strong>em</strong> flexíveis e rígidos. Nesse<br />

trabalho é estudado o <strong>comportamento</strong> apenas dos <strong>conectores</strong> flexíveis, <strong>em</strong> particular o<br />

tipo pino com cabeça (stud) e o tipo perfil “U”. A flexibilida<strong>de</strong> dos <strong>conectores</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da relação entre força e <strong>de</strong>slocamento, a qual surge <strong>em</strong> resposta ao fluxo <strong>de</strong><br />

<strong>cisalhamento</strong> longitudinal gerado pela transferência <strong>de</strong> força entre laje <strong>de</strong> concreto e a<br />

viga <strong>de</strong> aço. O <strong>comportamento</strong> flexível é representado pela ductilida<strong>de</strong> da relação<br />

força-<strong>de</strong>slocamento no conector, conforme figura 1 extraída <strong>de</strong> Alva (2000).<br />

O <strong>comportamento</strong> dúctil dos <strong>conectores</strong> flexíveis caracteriza-se pela<br />

redistribuição do fluxo <strong>de</strong> <strong>cisalhamento</strong> longitudinal, <strong>de</strong> modo que, sob carregamento<br />

crescente e monotônico, o conector continua a se <strong>de</strong>formar, s<strong>em</strong> romper, mesmo<br />

quando próximo <strong>de</strong> atingir sua resistência máxima, permitindo que os <strong>de</strong>mais<br />

<strong>conectores</strong>, pertencentes à mesma viga mista, atinjam também suas resistências<br />

máximas.<br />

Nesse caso, po<strong>de</strong>-se admitir espaçamentos iguais entre <strong>conectores</strong>,<br />

objetivando otimizar a execução da viga mista. Conseqüent<strong>em</strong>ente, o colapso <strong>de</strong> uma<br />

viga mista <strong>de</strong>vido à ruptura da ligação aço-concreto será do tipo dúctil. A figura 2<br />

ilustra os <strong>conectores</strong> tipo pino com cabeça (stud) e tipo perfil “U”.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 23 p. 121-144, 2005

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