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Curso de Pos-Graduacao em Engenharia Eletrica e ... - UTFPR

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CENTRO FEDERAL DE EDUCACAO TECNOLOGICA DO PARANA<br />

<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Pos</strong>-<strong>Graduacao</strong> <strong>em</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>Eletrica</strong> e Informatica Industrial<br />

DISSERTACAO<br />

apresentada ao CEFET-PR<br />

para obtencao do titulo <strong>de</strong><br />

MESTRE EM CIENCIAS<br />

por<br />

ROSANGELA REQUI JAKUBIAK<br />

PROGRAMA DE GARANTIA DE QUALIDADE EM IMAGENS<br />

RADIOGRAFICAS E A IMPORTANCIA DA SENSITOMETRIA<br />

EM PROCESSADORAS AUTOMATICAS DE FILME<br />

Banca Examinadora<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Orientador<br />

Prof. Dr. HUGO REUTERS SCHELIN<br />

Examinadores<br />

Prof. Dr. HUMBERTO GAMBA<br />

Prof. M.Sc. PAULO ROBERTO COSTA<br />

Prof. Dr. SERGEI PASCHUK<br />

(CEFET-PR)<br />

(CEFET-PR)<br />

(USP-SP)<br />

(CEFET-PR)<br />

Curitiba, 15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1998<br />

I t


ROSANGELA REQUI JAKUBIAK<br />

PROGRAMA DE GARANTIA DE QUALIDADE EM IMAGENS RADIOGRAFICAS<br />

E A IMPORTANCIA DA SENSITOMETRIA EM PROCESSADORAS<br />

AUTOMATICAS DE FILMES<br />

Dissertacao apresentada ao <strong>Curso</strong> <strong>de</strong> Pas<br />

<strong>Graduacao</strong> <strong>em</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>Eletrica</strong> e Informatica<br />

Industrial do Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educacao<br />

Tecnologica do Parana como requisito parcial para<br />

a obtencao do titulo <strong>de</strong> "Mestre <strong>em</strong> Ciencias"- Area<br />

<strong>de</strong> Concentracao: <strong>Engenharia</strong> Biomedica.<br />

Orientador: Prof. Dr. Hugo Reuters Schelin<br />

Curitiba, maio <strong>de</strong> 1998


Jakubiak, Rosangela Requi, 1963<br />

Programa <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> imagens radiograficas e a<br />

importancia da sensiometria <strong>em</strong> processadoras automaticas <strong>de</strong> filme<br />

/ Rosangela Requi Jalcubiak --- Curitiba : CEFET-PR, 1998.<br />

18 f : ilust. ; 30 cm<br />

Orientador: Prof Dr.: Hugo Reuters Schelin<br />

Dissertacao (Mestrado) - Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educacao<br />

TecnolOgica do Parana. <strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Pos</strong>-<strong>Graduacao</strong> <strong>em</strong> <strong>Engenharia</strong><br />

<strong>Eletrica</strong> e Informatica Industrial. Curitiba, 1998.<br />

1. Radiologia diagnostica. 2. Garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. 3<br />

Sensiometria. I. Schelin, Hugo Reuters. II. Titulo.<br />

CDD: 616.0757<br />

CDU: 615.849


Ao meu esposo Douglas, pelo incentivo constante, enfatizando<br />

s<strong>em</strong>pre a importancia da conquista pessoal.<br />

Aos meus queridos pais Vergilio e Floripes pelo amor e<br />

<strong>de</strong>dicacao. E aos meus maiores tesouros e fonte <strong>de</strong> forcas para<br />

continuar: minhas filhas Raisa e Ingrid.


AGRADECIMENTOS<br />

0 hom<strong>em</strong> que trabalha so, dificilmente alcancard tudo o que <strong>de</strong>seja. Eu nao trabalhei<br />

so, e, certamente por isso, concluo este trabalho, s<strong>em</strong> esquecer <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer aqueles que<br />

estiveram comigo nesta jornada.<br />

Agra<strong>de</strong>co o Professor Hugo, que al<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser o orientador <strong>de</strong>sta dissertacao, foi qu<strong>em</strong><br />

me incentivou a retornar as salas <strong>de</strong> aula. Obrigada, eu comecaria tudo outra vez.<br />

Agra<strong>de</strong>co a Direcao-Geral, representada pelo Prof. Paulo A. Alessio, Coor<strong>de</strong>nacOes e<br />

Chefias do CEFET-PR, pelo apoio prestado durante a realizacao <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

A Cintia, pelo gran<strong>de</strong> apoio na coleta <strong>de</strong> dados <strong>em</strong> um momento muito importante da<br />

minha vida: o nascimento da minha filha Ingrid.<br />

Aos bolsistas Danyel, Romir e Miguel. Agra<strong>de</strong>co nao apenas pela ajuda nas aquisicees<br />

<strong>de</strong> dados, mas pela simpatia e amiza<strong>de</strong>. Esta caminhada foi b<strong>em</strong> mais agradavel com voces<br />

por perto. Aos colegas do Laboratorio <strong>de</strong> Tomografia, Sergei, Joao Tilly e Hamilton, pelas<br />

gran<strong>de</strong>s dicas na informatica e tamb<strong>em</strong> pelos momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontracao.<br />

Agra<strong>de</strong>co ao Prof. Nilo Fortes Trevisan entao chefe do Departamento <strong>de</strong> Fisica por ter<br />

disponibilizado o t<strong>em</strong>po necessario para a realizacao <strong>de</strong>ste trabalho. Aos meus colegas do<br />

Departamento <strong>de</strong> Fisica, que participaram ativamente do meu trabalho assumindo parte das<br />

minhas aulas.<br />

A Denise, colega i<strong>de</strong>al para os momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sanimo. Mas voce e muito legal<br />

tamb<strong>em</strong> para as com<strong>em</strong>oracOes da vitoria. Valeu.<br />

Ao Dr. Arnolfo, por facilitar a realizacao <strong>de</strong>ste trabalho oferecendo a estrutura do<br />

Servico <strong>de</strong> Radiodiagnostico do HC-UFPR como nosso laboratorio <strong>de</strong> ensaios. A Jussara,<br />

iv


funcionaria administrativa do HC que assumiu com competencia a execucdo dos testes <strong>de</strong><br />

sensitometria. Aos medicos resi<strong>de</strong>ntes, pelas longas tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> analise <strong>de</strong> radiografias<br />

rejeitadas. A Eliane, ao Sr Alci<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>mais tecnicos e administrativos do hospital, s<strong>em</strong> os<br />

quais seria impossivel a realizacao <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

A Tania Furquim e ao Paulo Costa, pelas orientaceies e pelos materiais <strong>de</strong><br />

apoio. A Margot Schmidt, fisica da SESA-PR, por ter gentilmente cedido os instrumentos<br />

para os testes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos equipamento <strong>de</strong> raios-X. A Rita Corte, pelo pioneirismo e pela<br />

inspiracao na realizacao <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Ao Rogerio Joronski e ao pessoal da <strong>em</strong>presa Mectronix, obrigado pelo apoio tecnico.<br />

E a todos aqueles que, mesmo tendo seus nomes omitidos, sab<strong>em</strong> que contribuiram<br />

para a realizacao <strong>de</strong>ste trabalho, o meu muito obrigado.<br />

v


SUMARIO<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

LISTA DE TABELAS<br />

RESUMO<br />

ABSTRACT<br />

xi<br />

xiii<br />

xv<br />

xvii<br />

1 INTRODUcA0 1<br />

2 PROGRAMAS DE GARANTIA DE QUALIDADE EM IMAGENS<br />

RADIOGRAFICAS (PGQ) 7<br />

2.1 INTRODUc 'AO 7<br />

2.2 0 HISTORIC° DOS PROGRAMAS DE GARANTIA DE<br />

QUALIDADE EM IMAGENS RADIOGRAFICAS (PGQ) 7<br />

2.2.1 Objetivos dos PGQ 10<br />

2.3 A IMAGEM RADIOGRAFICA 12<br />

2.3.1 Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma Imag<strong>em</strong> 12<br />

2.4 GARANTIA DE QUALIDADE EM RAIOS- X CONVENCIONAL 16<br />

2.4.1 Fatores que Afetam a Qualida<strong>de</strong> da Imag<strong>em</strong> 17<br />

2.5 CONTROLE E ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS 20<br />

2.5.1 Causas <strong>de</strong> Rejeicao 21<br />

2.6 CONCLUSAO 22<br />

3 PROCESSAMENTO DE IMAGENS RADIOGRAFICAS<br />

(REVELAcA0) 23<br />

3.1 INTRODUcA0 23<br />

3.2 0 FILME RADIOGRAFICO 23<br />

3.3 A IMAGEM LATENTE 28<br />

3.3.1 Ecrans ou Telas Intensificadoras 31<br />

3.3.2 Fatores do filme que interfer<strong>em</strong> na qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> radiografica 36<br />

3.4 0 PROCESSAMENTO DA IMAGEM (REVELAcA0) 42<br />

3.5 CONTROLE DE QUALIDADE EM PROCESSADORAS<br />

AUTOMATICAS DE FILMES 45<br />

vii


3.5.1 Controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura 46<br />

3.5.2 Taxa <strong>de</strong> reabastecimento 46<br />

3.5.3 Sensitometria 47<br />

3.6 CAMARAS ESCURAS 49<br />

3.7 CONCLUSAO 50<br />

4 METODOLOGIA DE UM PGQ 51<br />

4.1 INTRODUcA0 51<br />

4.2 AVALIAcA0 INICIAL 51<br />

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 52<br />

4.4 ESTRATEGIAS DE TRABALHO 57<br />

4.5 CONCLUSAO 60<br />

5 ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS E TESTES DE<br />

CONSTANCIA 61<br />

5.1 INTRODUcA0 61<br />

5.2 ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS 61<br />

5.3 TESTES DE CONSTANCIA 69<br />

5.4 TREINAMENTO DE PESSOAL 70<br />

5.5 OUTRAS CAUSAS DE REJEICAo 71<br />

5.6 CONCLUSAO 72<br />

6 SENSITOMETRIA 73<br />

6.1 INTRODKAO 73<br />

6.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS 73<br />

6.3 0 PROTOCOLO 73<br />

6.4 RESULTADOS INICIAIS 76<br />

6.5 RESULTADOS OBTIDOS APOS 16 MESES DE TESTES 79<br />

6.6 RESULTADOS TOTAIS DOS TESTES REALIZADOS 85<br />

6.7 CONCLUSAO 88<br />

7 CONCLUSAO 89<br />

7.1 PROPOSTAS PARA NOVOS TRABALHOS 92


ANEXO 1 TABELA PARA ANALISE DAS CAUSAS DE REJEICAO DE<br />

RADIOGRAFIAS 93<br />

ANEXO 2 PROCEDIMENTOS PARA A PREPARAcik0 DOS<br />

PRODUTOS QUIMICOS PARA PROCESSADORAS<br />

AUTOMATICAS DE FILMES 95<br />

ANEXO 3 PROTOCOLO PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM<br />

PROCESSADORAS AUTOMATICAS DE FILMES 96<br />

ANEXO 4 PROTOCOLO PARA CONTROLE DE QUALIDADE<br />

PARA AVALIAC "Ao DE CONTATO ECRAN-FILME 101<br />

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 103


LISTA DE FIGURAS<br />

Fig.1 Representacao esqu<strong>em</strong>atica da sequencia <strong>de</strong> formacdo da imag<strong>em</strong><br />

radiografica 2<br />

Fig.2 Principais fatores que afetam a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> 15<br />

Fig.3 Avaliacdo <strong>de</strong> contato ecran-filme 19<br />

Fig.4 Secao <strong>de</strong> um filme radiografico, on<strong>de</strong> a <strong>em</strong>ulsdo cont<strong>em</strong> a informacdo<br />

diagnostica 25<br />

Fig.5 Microfotografia dos cristais triangulares <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata na <strong>em</strong>ulsao<br />

<strong>de</strong> um filme 27<br />

Fig.6 0 raio dos ions bromo e iodo sdo diferentes. Isto causa uma tensao na<br />

estrutura do cristal e os ions <strong>de</strong> prata migram para posiciies aleatorias<br />

intersticiais 29<br />

Fig.7 Corte seccional <strong>de</strong> um ecran, mostrando suas quatro principais camadas 32<br />

Fig.8 Diferencas entre os espectros <strong>de</strong> <strong>em</strong>issao entre um filme ver<strong>de</strong> e um<br />

azul 34<br />

Fig.9 Curva caracteristica <strong>de</strong> um filme radiografico, mostrando a regiao <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s uteis para imagens radiograficas 38<br />

Fig.10 Esqu<strong>em</strong>a basico <strong>de</strong> uma processadora automatica <strong>de</strong> filmes, on<strong>de</strong> o filme<br />

passa atraves dos tanques, conduzidos por rolos 41<br />

Fig.11 Analise das modificac5es da curva caracteristica com variacoes do<br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> processamento e da t<strong>em</strong>peratura do revelador 42<br />

Fig.12 Filme utilizado para o teste sensitometrico diario 56<br />

Fig.13 Analise do indice <strong>de</strong> rejeicdo durante a aplicacdo do PGQ 62<br />

Fig.14 Percentual <strong>de</strong> filmes nao expostos entre mai/96 a <strong>de</strong>z/97 65<br />

Fig.15 Radiografias totalmente veladas entre mai/96 a <strong>de</strong>z/97 67<br />

Fig.16 Percentual <strong>de</strong> radiografias i<strong>de</strong>ntificadas. entre mai/96 a <strong>de</strong>z/97 68<br />

Fig.17 Resultado do teste sensitometrico realizado na P K (II) <strong>em</strong> agoset/96<br />

78<br />

Fig.18 Resultado do teste sensitometrico realizado na P K (II) <strong>em</strong> <strong>de</strong>z/97 81<br />

xi


Fig.19 Resultado do teste sensitometrico realizado durante o periodo <strong>de</strong><br />

utilizacao <strong>de</strong> produtos quimico <strong>de</strong> marcas diferentes, <strong>em</strong> set/97 84<br />

Fig.20 Comportamento medio dos parametros das combinacoes filmes/<br />

produtos quimicos utilizados durante o PGQ 87<br />

xii


xiv


xvi


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 COMPARAcA0 DO EFEITO FOTOGRAFICO DE 1000 FOTONS DE<br />

RAIOS-X COM E SEM ECRANS 32<br />

Tabela 2 PROPRIEDADES FiSICAS DE ALGUNS FOSFOROS 36<br />

Tabela 3 CADEJA DE GERAcA0 DA IMAGEM RADIOGRAFICA 47<br />

Tabela 4 CAUSAS DE REJEIc;k0 AVALIADAS NUM LOTE DE 1476<br />

RADIOGRAFIAS, maio/96 64<br />

Tabela 5 CAUSAS DE REJEIcA0 POR ERROS TECNICOS, AVALIADAS<br />

NUM LOTE DE 844 RADIOGRAFIAS <strong>de</strong>z/97 71<br />

Tabela 6 OUTRAS CAUSAS DE REJEIcAO <strong>de</strong>z/97 71<br />

Tabela 7 LINHA DE BASE DAS PROCESSADORAS - 12 A 16 DE AGOSTO/96 75<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

EUR<br />

HC-UFPR<br />

ICRP<br />

IEC<br />

NCRP<br />

OMS<br />

OPAS<br />

PGQ<br />

SESA-PR<br />

SR<br />

European Gui<strong>de</strong>lines on Quality Criteria for Diagnostic Radiographic<br />

Images<br />

Hospital <strong>de</strong> Clinicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Parana<br />

International Commission on Radiological Protection<br />

International Eletrotechnical Commission<br />

National Council on Radiation Protection and Measur<strong>em</strong>ents<br />

Organizacao Mundial <strong>de</strong> San<strong>de</strong><br />

Organizacao Pan-Americana <strong>de</strong> Sau<strong>de</strong><br />

Programas <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado da Sail<strong>de</strong> do Parana<br />

Servico <strong>de</strong> Radiodiagnostico


MINISTERIO DA EDUCA.00 E DO DESPORTO<br />

CENTRO FEDERAL DE EDUCAcA0 TECNOLOGICA DO PARANA<br />

CURSO DE POS-GRADKAO EM ENGa ELETRICA E INFORMATICA INDUSTRIAL<br />

" Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Imagens<br />

Radiograficas e a Importancia da Sensitometria <strong>em</strong><br />

Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes. "<br />

por<br />

ROSANGELA REQUI JAKUBIAK<br />

Esta Dissertacao foi apresentada no dia 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1998, como requisito parcial<br />

para a obtencao do titulo <strong>de</strong> MESTRE EM CIENCIAS - Area <strong>de</strong> Concentracao: <strong>Engenharia</strong><br />

Biomedica . Aprovada pela Banca Examinadora composta pelos professores:<br />

fait, j\/__<br />

Prof. Dr. HUGO REUTERS SCHELIN<br />

(Orientador — CEFET-PR)<br />

Prof. . UMBE TO GAMBA<br />

(CEFET-PR)<br />

Prof. Dr. SERGEI A. PASCHUK<br />

(CEFET-PR )<br />

Visto e aprovado para impressAo:<br />

Prof. Dr. Hypolito Jose Kalinowski<br />

(Coor<strong>de</strong>nador do CPGEI)


cseFET-?<br />

originais fornecidos pelo autor


RESUMO:<br />

Um Programa <strong>de</strong> Controle e Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Imagens Radiograficas foi<br />

implantado no Servico <strong>de</strong> Radiodiagnostico do Hospital <strong>de</strong> Clinicas da UFPR. 0 objetivo<br />

<strong>de</strong>stes programas e a garantia <strong>de</strong> que as imagens medicas geradas tenham uma alta qualida<strong>de</strong>,<br />

possibilitando diagnosticos mais precisos, e gerando assim, melhores cuidados ao paciente,<br />

com reducao da dose <strong>de</strong> exposicao. Com a analise das radiografias rejeitadas foi possivel<br />

estabelecer as causas <strong>de</strong> perdas das radiografias, assim como i<strong>de</strong>ntificar quais eram os setores<br />

da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong> que apresentavam os maiores probl<strong>em</strong>as. Constatou-se<br />

que as maiores causas <strong>de</strong> rejeicao eram filmes muito claros (36%) e filmes muito escuros<br />

(25,7%), seguidas <strong>de</strong> mau posicionamento do paciente (10,9%). A partir <strong>de</strong>sta analise uma<br />

estrategia <strong>de</strong> trabalho foi <strong>de</strong>finida. Um Protocolo para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras<br />

Automaticas <strong>de</strong> Filmes foi instalado, assegurando a qualida<strong>de</strong> do ultimo passo na formacao<br />

da imag<strong>em</strong>. 0 Protocolo consta dos procedimentos necessarios para garantir que a imag<strong>em</strong><br />

gerada nao seja <strong>de</strong>gradada no momento da revelacao do exame. Os testes <strong>de</strong> sensitometria<br />

mostraram-se um eficiente instrumento para a manutencao da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>,<br />

i<strong>de</strong>ntificando processadoras com probl<strong>em</strong>as. Obteve-se tamb<strong>em</strong> uma significativa reducao<br />

<strong>de</strong> custos, com a diminuicao do percentual <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias, <strong>de</strong> 20% para 8,5% <strong>em</strong><br />

20 meses.<br />

PALAVRAS - CHAVE<br />

Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> / Radiologia Diagnostica / Qualida<strong>de</strong> das Imagens / Sensitometria.<br />

A.REA/SUB AREA DE CONHECIMENTO<br />

Fisica Atomica e Molecular (1.05.05.00)/ <strong>Engenharia</strong> Biomedica (3.13.02.00)<br />

1996<br />

N°: 132


RESUMO<br />

Um Programa <strong>de</strong> Controle e Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Imagens Radiograficas foi<br />

implantado no Servico <strong>de</strong> Radiodiagn6stico do Hospital <strong>de</strong> Clinicas da UFPR. 0 objetivo<br />

<strong>de</strong>stes programas é a garantia <strong>de</strong> que as imagens medicas geradas tenham uma alta<br />

qualida<strong>de</strong>, possibilitando diagnosticos mais precisos, e gerando assim, melhores cuidados<br />

ao paciente, corn reducao da dose <strong>de</strong> exposicdo. Com a analise das radiografias rejeitadas<br />

foi possivel estabelecer as causas <strong>de</strong> perdas das radiografias, assim como i<strong>de</strong>ntificar quais<br />

eram os setores da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong> que apresentavam os maiores<br />

probl<strong>em</strong>as. Constatou-se que as maiores causas <strong>de</strong> rejeicao eram filmes muito claros<br />

(36%) e filmes muito escuros (25,7%), seguidas <strong>de</strong> mau posicionamento do paciente<br />

(10,9%). A partir <strong>de</strong>sta analise uma estrat, gia <strong>de</strong> trabalho foi <strong>de</strong>finida. Um Protocolo<br />

para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes foi instalado,<br />

assegurando a qualida<strong>de</strong> do ultimo passo na formacao da imag<strong>em</strong>. 0 Protocolo consta dos<br />

procedimentos necessarios para garantir que a imag<strong>em</strong> gerada nao seja <strong>de</strong>gradada no<br />

momento da revelacao do exame. Os testes <strong>de</strong> sensitometria mostraram-se urn eficiente<br />

instrumento para a manutencao da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>, i<strong>de</strong>ntificando processadoras<br />

coin probl<strong>em</strong>as. Obteve-se tamb<strong>em</strong> uma significativa reducao <strong>de</strong> custos, corn a<br />

diminuicao do percentual <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias, <strong>de</strong> 20% para 8,5% <strong>em</strong> 20 meses.<br />

xii


ABSTRACT<br />

A Quality Assurance Program in Diagnostic Imaging was installed in the Hospital <strong>de</strong><br />

Clinicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Parana. The aim of the program is to ensure better<br />

images generation, facilitating accurate diagnostics, and better medical care to the patient,<br />

with the minimization of the radiation exposure. In the reject - repeat analysis it was possible<br />

to establish the cause of radiographic loses, so as to i<strong>de</strong>ntify the parts of the image generation<br />

that had most of the probl<strong>em</strong>s. The biggest reject causes was: films too light (36%) and films<br />

too dark (25,7%), following the bad patient positioning (10,9%). A work strategy was then<br />

<strong>de</strong>termined. A Protocol for Quality Control in Automatic Film Processors was installed, to<br />

ensure the last step in image formation. The Protocol has all the required procedures to ensure<br />

that the image isn't <strong>de</strong>gra<strong>de</strong>d at the moment of the exam processing. The sensitometric tests<br />

showed to be an efficient instrument for the maintenance of image quality, and for probl<strong>em</strong>s<br />

in the film processors i<strong>de</strong>ntification. It also showed a substantial cost reduce with the drop in<br />

the percentage of radiographic retakes from 20% to 8,5% in 20 months.<br />

xvii


CAPITULO 1<br />

INTRODUCAO<br />

Historicamente, as primeiras radiografias eram feitas por fotografos ou por medicos,<br />

cujo hobby era a fotografia. A radiografia era consi<strong>de</strong>rada urn ramo da fotografia. Os materiais<br />

utilizados como base para as radiografias eram aqueles que os fotOgrafos radiologistas tinham<br />

disponiveis e ja estavam acostumados a trabalhar. No entanto, houve o reconhecimento das<br />

<strong>de</strong>ficiencias <strong>de</strong>stes produtos. Em <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1896, surgiu o primeiro papel <strong>de</strong>signado<br />

especificamente para use <strong>de</strong> raios-X. 0 <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos quimicos, novos<br />

materiais para base <strong>de</strong>stas radiografias e o melhoramento das tecnicas <strong>de</strong> revelacao tornaram o<br />

processo radiografico mais eficiente e acurado.<br />

Um dos principais objetivos do radiodiagnostico é a obtencao <strong>de</strong> radiografias <strong>de</strong> otima<br />

qualida<strong>de</strong> corn a menor exposicao possivel do paciente, permitindo ao especialista uma<br />

avaliacao nao invasiva das estruturas anatomicas contidas no exame. A figura 1 mostra quais<br />

sao as etapas para a producao <strong>de</strong> uma radiografia. A producao <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> corn qualida<strong>de</strong><br />

diagnostica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas estas etapas. Para <strong>de</strong>terminar os parametros relacionados corn a<br />

exposicao, por ex<strong>em</strong>plo, é necessario que sejam consi<strong>de</strong>rados fatores como o volume do corpo<br />

e a regiao a ser examinada. Em relacao ao equipamento <strong>de</strong> raios-X, a padronizacao <strong>de</strong> tecnica<br />

<strong>de</strong> operacalo permite a reproducao dos parametros <strong>de</strong> exposicdo, tais como a tensao <strong>de</strong><br />

operacao do tubo, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicao e corrente eletrica. Fatores geometricos como<br />

perpendicularida<strong>de</strong> do eixo central do feixe e coinci<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> campos luminosos e <strong>de</strong> raios-X<br />

tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados.<br />

A existencia <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong>s e flutuacoes no processamento da imag<strong>em</strong> radiografica,<br />

que é uma das fases mais sensiveis da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong>, po<strong>de</strong> contribuir<br />

substancialmente para o aumento <strong>de</strong> dose no paciente. Se o filme nao for armazenado,


2<br />

manipulado e revelado a<strong>de</strong>quadamente o controle das outras etapas envolvidas na producao da<br />

imag<strong>em</strong> sera° <strong>de</strong> pouco valor.<br />

EXAME<br />

RADIOGRAFICO<br />

EXPOSIcA0<br />

PROCESSAMENTO DA<br />

IMAGEM LATENTE<br />

IMAGEM VISiVEL<br />

NAO<br />

DIAGNOSTICO<br />

POSSiVEL?<br />

LAUDO<br />

SIM<br />

Figura 1 - Representacao esqu<strong>em</strong>atica da sequencia <strong>de</strong> formacao da imag<strong>em</strong> radiografica.<br />

A Organizacao Internacional <strong>de</strong> Normalizacao (ISO) <strong>de</strong>finiu, ha cerca vinte anos, a<br />

garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> como sendo todas as ativida<strong>de</strong>s planejadas <strong>de</strong> forma a criar uma<br />

sist<strong>em</strong>atica necessaria a inspirar a confianca suficiente <strong>em</strong> uma estrutura que oferece um<br />

servico. Em relacao radiologia diagn6stica, a Organizacao Pan-Americana <strong>de</strong> Sal1<strong>de</strong><br />

(OPAS)/ Oficina Regional da Organizacao Mundial <strong>de</strong> Sau<strong>de</strong> (OMS) estabelece que a<br />

garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e um instrumento que, atraves do estabelecimento <strong>de</strong> politicas e<br />

procedimentos <strong>de</strong> revisao, visa assegurar que os exames realizados <strong>em</strong> um <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />

radiologia sejam a<strong>de</strong>quados ao probl<strong>em</strong>a clinico. Que as condicaes <strong>de</strong> realizacao <strong>de</strong>stes<br />

exames estejam <strong>de</strong> acordo com protocolos clinicos ja aceitos, com pessoal qualificado, com


3<br />

equipamentos funcionando a<strong>de</strong>quadamente, com a satisfacao do paciente e do medico<br />

solicitante do exame, com condicOes seguras e com um custo minim°.<br />

Um Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e a seguranca <strong>de</strong> que as imagens medicas<br />

geradas estardo providas da mais alta qualida<strong>de</strong> e com todos os cuidados dispensados ao<br />

paciente. E um novo conceit° que representa a essencia da etica da pratica medica. Sendo<br />

assim, estabelec<strong>em</strong>-se procedimentos sist<strong>em</strong>aticos para garantir, consistent<strong>em</strong>ente, uma boa<br />

qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> e propiciar ao medico condicOes maximas para uma interpretacdo<br />

precisa da imag<strong>em</strong> obtida.<br />

0 objetivo <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong>senvolver e implantar um Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> (PGQ) para Servicos <strong>de</strong> Radiologia, para melhorar e manter a qualida<strong>de</strong><br />

diagnOstica das imagens radiologicas. Para que isto aconteca necessario que exista, al<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

um acompanhamento sist<strong>em</strong>atico <strong>de</strong> todas as etapas <strong>de</strong> producao <strong>de</strong> uma radiografia, um<br />

completo dominio <strong>de</strong> todos os procedimentos <strong>de</strong> manutencao dos equipamentos.<br />

0 PGQ <strong>de</strong>senvolvido neste trabalho, foi implantado no Hospital <strong>de</strong> Clinicas da UFPR<br />

(HC), e todas as etapas da producao <strong>de</strong> radiografias, foram minuciosamente acompanhadas,<br />

visando garantir a qualida<strong>de</strong> diagn6stica das imagens, reducao <strong>de</strong> custos e otimizacao da dose<br />

<strong>de</strong> radiacao recebida pelo paciente. A estrategia <strong>de</strong> trabalho foi <strong>de</strong>finida apos a analise <strong>de</strong> um<br />

lote <strong>de</strong> radiografias rejeitadas, on<strong>de</strong> foi possivel i<strong>de</strong>ntificar quais dos setores envolvidos na<br />

producao da imag<strong>em</strong> apresentavam os maiores probl<strong>em</strong>as. De acordo com a metodologia <strong>de</strong><br />

trabalho adotada, atraves <strong>de</strong> uma analise pormenorizada <strong>de</strong>stas rejeicoes, e possivel obter a<br />

relacao entre o impacto causado pela introducao do Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> no<br />

setor da producao da imag<strong>em</strong>, com a taxa <strong>de</strong> radiografias rejeitadas no mesmo period°<br />

(GOLDMAN & BEECH, 1979).<br />

0 Setor <strong>de</strong> Radiodiagnostico (SR), do HC, e um servico <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e conta com<br />

33 funcionarios administrativos, 20 medicos, 9 medicos resi<strong>de</strong>ntes e 39 tecnicos <strong>de</strong> raios-X.<br />

<strong>Pos</strong>sui 11 salas para exames <strong>de</strong> radiodiagnostico convencional. A seguir apresentada a<br />

relacao <strong>de</strong> equipamentos por sala, acompanhados <strong>de</strong> informacOes a respeito dos aparelhos,


4<br />

fornecidas pela administracao do servico, assim como os pareceres das equipes <strong>de</strong><br />

manutencao <strong>de</strong>stes equipamentos.<br />

Sala 01- Comando Gerador <strong>de</strong> Alta Frequencia para Raios-X - marca DINAR AF 500.<br />

Aparelho <strong>em</strong> condicaes satisfatorias <strong>de</strong> uso.<br />

Sala 02 - Aparelho TILTIX 750 CGR (750 mA/150kV) com fluoroscopia, utilizado<br />

para exames simples. Aparelho <strong>em</strong> condicao regular, apresentando <strong>de</strong>feitos intermitentes.<br />

Sala 03 - Aparelho TILTIX 750 CGR (750 mA/150 kV) corn fluoroscopia, utilizado<br />

para exames simples. Aparelho <strong>em</strong> condicao regular, apresentando <strong>de</strong>feitos intermitentes.<br />

Sala 04 - Aparelho <strong>de</strong> raios-X PHILIPS MEDIOP DLX 500 mA/125 kV max., corn<br />

fluoroscopia, utilizado para exames simples. Aparelho mais antigo do SR, mais <strong>de</strong> trinta anos<br />

<strong>de</strong> uso ( condicao <strong>de</strong> funcionamento do equipamento nao fornecida).<br />

Sala 05 -CONJUNTO RADIOLOGICO MEDICOR 800 mA, corn mesa <strong>de</strong> comando<br />

NEODIAGNOMAX, completo, corn todos os acessorios; 500 mA/ 150 kV max. Muito pouco<br />

utilizado. Instalado <strong>em</strong> 1993, apos uma cloaca() via MEC. Apresenta baixo rendimento.<br />

Sala 06 - Aparelho <strong>de</strong> raios-X SIEMENS TRIDOROS 5S CRANIOGRAFO (mesa <strong>de</strong><br />

Comando HELIOPHOS 5S), 750 mA/ 150 kV max. Utilizado para exames simples. Aparelho<br />

<strong>em</strong> condicao regular , apresentando muitos <strong>de</strong>feitos, mais <strong>de</strong> vinte anos <strong>de</strong> uso.<br />

Sala 07- Aparelho <strong>de</strong> raios-X HELIOPHOS 5S, 800 mA/ 150 kV max. Utilizado para<br />

exames radiolOgicos simples e Urografia Excretora (exame radiologico contrastado). Instalado<br />

<strong>em</strong> 1992, apos uma doacdo via Secretaria da Sail<strong>de</strong>, mas ja tern mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> uso.<br />

Apresenta rendimento regular.


5<br />

Sala 08 - Aparelho <strong>de</strong> raios-X hUngaro MEDICOR, mo<strong>de</strong>lo EDR 750 (500 mA/ 110<br />

kV max.). Utilizado especificamente para exames radiologicos pediatricos. <strong>Pos</strong>sui mais <strong>de</strong> 15<br />

anos <strong>de</strong> uso ( condicao <strong>de</strong> funcionamento do equipamento nao fornecida).<br />

Sala 09 - CONJUNTO RADIOLOGICO MEDICOR 800 mA, com mesa <strong>de</strong> comando<br />

NEODIAGNOMAX, completo, com todos os acessOrios; 500 mA/ 150 kV max. Utilizado<br />

para exames radiolOgicos simples e Urografia Excretora (exame radiologico contrastado).<br />

Instalado <strong>em</strong> 1993, ap6s uma cloaca° via MEC. Apresenta baixo rendimento.<br />

Sala 10 - Aparelho <strong>de</strong> raios-X FUTURALIX 1500 - CGR, 1250 mA/ 150 kV max,<br />

com fluoroscopia. Sala com telecomandada. Utilizada para exames radiologicos<br />

especializados contrastados, como: Mielografia, Seriografia, Histerossalpinografia,<br />

Uretrocistografia, etc. Aparelho muito utilizado, <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 10h/ dia. Rendimento regular.<br />

<strong>Pos</strong>sui mais <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong> uso.<br />

Sala 11- Aparelho <strong>de</strong> raios-X FUTURALIX 1500 - CGR, 1250 mA/ 150 kV max, com<br />

fluoroscopia. Sala com telecomandada. Utilizada para exames radiologicos especializados<br />

contrastados. Aparelho muito utilizado, <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 10h/ dia. Rendimento regular. <strong>Pos</strong>sui<br />

mais <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong> uso.<br />

0 SR t<strong>em</strong> tamb<strong>em</strong> 14 equipamentos 'novels, que sao utilizados para os exames nos<br />

leitos, <strong>em</strong> pacientes que nao po<strong>de</strong>m ser r<strong>em</strong>ovidos. <strong>Pos</strong>sui 4 processadoras automaticas,<br />

dispostas <strong>em</strong> duas camaras escuras, da seguinte forma:<br />

Camara I - Duas processadoras SAKURA (S(1) e S(2)), apresentando rendimento<br />

regular <strong>de</strong>vido ao uso permanente. Ja foram restauradas, mas mesmo assim apresentam<br />

diversos probl<strong>em</strong>as.<br />

Camara II - Duas processadoras KODAK M6 (K(I) e K(II)), apresentando rendimento<br />

regular <strong>de</strong>vido ao uso permanente. Ja foram restauradas, mas mesmo assim apresentam<br />

diversos probl<strong>em</strong>as.


6<br />

Uma caracteristica particular do SR, do HC, é que exist<strong>em</strong> 4 funcionarios que<br />

trabalham exclusivamente nas camaras escuras. Estas pessoas sao <strong>de</strong>ficientes visuais, e por<br />

isso nao precisam utilizar as lampadas <strong>de</strong> seguranca das camaras durante o trabalho. Isto reduz<br />

a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> haver alteracOes nos valores <strong>de</strong> base mais veu do filme pelo use<br />

ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>ssas lampadas.<br />

etapas:<br />

A metodologia adotada para a implantacao do PGQ abrangeu as seguintes<br />

• Participacao nas reuniOes entre os tecnicos e a chefia do Servico <strong>de</strong> Radiologia (SR) do<br />

Hospital <strong>de</strong> Clinicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Parana (HC - UFPR).<br />

• Analise das radiografias rejeitadas.<br />

• Avaliacao dos equipamentos <strong>de</strong> raios X.<br />

• Acompanhamento <strong>de</strong> todas as etapas do processo <strong>de</strong> revelacao.<br />

• Desenvolvimento do Protocolo para PCQ <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes<br />

• Implantacao do Protocolo.<br />

Assim, no capitulo 2, sera apresentada a importancia na obtencao <strong>de</strong> imagens corn<br />

qualida<strong>de</strong> diagnostica e consi<strong>de</strong>racOes sobre os fatores que po<strong>de</strong>m interferir na sua<br />

manutencao. No capitulo 3, <strong>de</strong>staca-se o processo <strong>de</strong> formacao da imag<strong>em</strong> no filme<br />

radiografico. Discut<strong>em</strong>-se os fatores que po<strong>de</strong>m ocasionar a <strong>de</strong>gradacao do contraste<br />

necessario a formacao da imag<strong>em</strong>, o que po<strong>de</strong> ocasionar uma reducao na sua qualida<strong>de</strong>. Sera<br />

feito um tratamento <strong>de</strong>talhado do processo <strong>de</strong> revelacao e da importancia do acompanhamento<br />

criterioso <strong>de</strong>sta parte da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> geracao da imag<strong>em</strong>. No capitulo 4, <strong>de</strong>staca-se a<br />

metodologia utilizada para a implantacao do PGQ, juntamente corn os equipamentos<br />

utilizados para a tomada <strong>de</strong> dados. 0 capitulo 5 apresenta os resultados obtidos corn a analise<br />

das radiografias rejeitadas durante o PGQ e testes <strong>de</strong> constancia, i<strong>de</strong>ntificando probl<strong>em</strong>as e<br />

buscando possiveis solucties. No capitulo 6, serao apresentados os testes sensitometricos<br />

realizados nas processadoras autornaticas <strong>de</strong> filmes, procurando assegurar a manutencao da<br />

qualida<strong>de</strong> diagn6stica da imag<strong>em</strong> no processo <strong>de</strong> revelacao, corn a introducao <strong>de</strong> um<br />

Protocolo. No capitulo 7, estao as conclusOes e perspectivas para trabalhos futuros.


7<br />

CAPiTULO 2<br />

PROGRAMAS DE GARANTIA DE QUALIDADE<br />

EM IMAGENS RADIOGRAFICAS (PGQ)<br />

2.1 INTRODU00<br />

Este capitulo relata a importancia do <strong>em</strong>prego dos raios-X para diagnOsticos medicos,<br />

assim como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtencao <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> diagnOstica. Serdo <strong>de</strong>scritos, a<br />

seguir, os passos requeridos para a formacao da imag<strong>em</strong> e os criterios que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

observados para obte-la.<br />

2.2 0 HISTORICO DOS PROGRAMAS DE GARANTIA DE QUALIDADE EM IMAGENS<br />

RADIOGRAFICAS (PGQ)<br />

Durante uma reunido da Organizacao Mundial <strong>de</strong> Sad<strong>de</strong> (OMS), ocorrida <strong>em</strong><br />

Nurenberg - Al<strong>em</strong>anha, <strong>em</strong> 1979, foi sugerida a adocao <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Controle e Garantia<br />

<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> radiologia diagnostica <strong>em</strong> todos os paises, objetivando a melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> diagnOstica e a reducao <strong>de</strong> custos.<br />

A obtencao <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> facilita os diagnOsticos e <strong>de</strong>cisOes<br />

terapeuticas, beneficiando rid° apenas a sad<strong>de</strong> dos pacientes consi<strong>de</strong>rados individualmente,<br />

como tamb<strong>em</strong> o estado geral da sad<strong>de</strong> da populacdo (OPAS, 1984).<br />

A otimizacao da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> procedimentos radiologicos e a razao mais<br />

importante para a aplicacdo <strong>de</strong>stes programas, com atencao especial a performance dos


8<br />

equipamentos envolvidos. Entre um exame e outro é necessario assegurar-se da<br />

reprodutibilida<strong>de</strong> do feixe <strong>de</strong> raios-X, assegurando-se que filmes nao sera() superexpostos ou<br />

subexpostos.(WEBSTER, 1992).<br />

A iniciativa <strong>de</strong> adocao <strong>de</strong>stes programas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do interesse particular <strong>de</strong><br />

especialistas (radiologistas, fisicos medicos, tecnicos <strong>em</strong> radiologia etc).<br />

De acordo corn COSTA (1997), <strong>de</strong>ve-se estabelecer as diferencas entre:<br />

• Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

• Garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

• Testes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> - Comp& urn conjunto <strong>de</strong> tecnicas e ativida<strong>de</strong>s que sao<br />

aplicadas <strong>em</strong> um setor produtivo (num <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> diagnostico por imagens, por<br />

ex<strong>em</strong>plo), <strong>de</strong> modo a extrair as informacOes necessarias para garantir que requisitos<br />

preestabelecidos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> sejam satisfeitos.<br />

Garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> - E composto por urn sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> operacoes que permit<strong>em</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar, avaliar e solucionar, <strong>de</strong> forma confiavel, qualquer it<strong>em</strong> <strong>de</strong> urn processo produtivo<br />

que possa comprometer a qualida<strong>de</strong> final do produto (imagens radiograficas).<br />

Testes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> - Tamb<strong>em</strong> chamados <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> constancia, sao uma serie <strong>de</strong><br />

testes impl<strong>em</strong>entados para garantir que o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, dos equipamentos utilizados no setor,<br />

esteja <strong>de</strong> acordo corn criterios preestabelecidos, ou ainda para reconhecer, antecipadamente,<br />

variacoes nas proprieda<strong>de</strong>s dos componentes <strong>de</strong>stes equipamentos.<br />

Ainda, <strong>de</strong> acordo corn o autor, os Programas <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> cont<strong>em</strong>plam os<br />

Programas <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> que, por sua vez, tern incorporado os Testes <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong>. Urn programa <strong>de</strong>sta natureza, aplicado ao processo <strong>de</strong> imagens radiograficas,


9<br />

envolve analises criticas profundas do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> producab <strong>de</strong>stas imagens, incluindo<br />

el<strong>em</strong>entos administrativos, tecnicos e comportamentais.<br />

Segundo o Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> Espanhol (1996), utilizando algumas<br />

observacoes que constitu<strong>em</strong> a <strong>de</strong>finicdo <strong>de</strong> "programa <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>" da OMS:<br />

• t preciso realizar um esforco organizado, que requer a participacao efetiva <strong>de</strong> todo o<br />

pessoal implicado na instituicao. 0 programa <strong>de</strong>ve ser supervisionado por um especialista e o<br />

controle das medicoes <strong>de</strong>ve ser realizado com instrumentacao especifica, com equipe treinada<br />

para este fim. So se alcancam os objetivos do programa se todo o pessoal que interv<strong>em</strong> no<br />

processo <strong>de</strong> diagnostic° (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a pessoa que solicita o exame, ate aquela que elabora as<br />

informaceies), conheca os objetivos do programa <strong>de</strong> forma que, com os el<strong>em</strong>entos que estao<br />

sob sua competencia, possa influir no produto final. Tamb<strong>em</strong> e certo que o exito do programa<br />

<strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exige uma <strong>de</strong>limitacao <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s, assinaladas <strong>de</strong>ntro do<br />

programa, aprovadas e supervisionadas pelas autorida<strong>de</strong>s responsaveis, e que, <strong>em</strong> alguns<br />

casos, sera necessario contratar servicos externos <strong>de</strong> especialistas nestes programas quando<br />

nao se dispOe <strong>de</strong> pessoal qualificado.<br />

• t preciso garantir que os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>, dose e custos, se<br />

cumpram <strong>de</strong> forma continuada, sendo necessario realizar-se controles <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma<br />

periOdica. E interessante <strong>de</strong>stacar o requerimento da continuida<strong>de</strong> e globalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes<br />

programas frente ao conceito <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> que se realizam testes individuais<br />

<strong>em</strong> um momento <strong>de</strong>terminado para se comprovar e corrigir se exist<strong>em</strong> anormalida<strong>de</strong>s <strong>em</strong><br />

algum el<strong>em</strong>ento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>.<br />

• Para avaliar o cumprimento do principio da reducao da dose sobre o paciente, sera<br />

preciso estabelecer procedimentos <strong>de</strong> medicaes a<strong>de</strong>quados. Isso acontecera mostrando-se, <strong>de</strong><br />

forma periodica, as doses administradas aos pacientes <strong>em</strong> diferentes salas e para os estudos<br />

mais significativos.<br />

• Os exames <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizados com o menor custo possivel. Isso implica conhecer,<br />

pelo menos <strong>de</strong> forma aproximada, a repercussao economica <strong>de</strong> cada exame. Os custos inclu<strong>em</strong>


10<br />

<strong>de</strong>spesas diretas, tais como: filmes, manutenedo das equipes, t<strong>em</strong>po do especialista e pessoal<br />

tecnico indiretos tais como, os <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> risco radiologico ao paciente e todo o pessoal <strong>de</strong><br />

operacao. Neste sentido, vale a pena <strong>de</strong>stacar que urn programa <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

implica diretamente na proteedo radiologica, lido so do paciente como tamb<strong>em</strong> sobre o<br />

professional exposto.<br />

De acordo coin a NCRP Report 99 (1988), urn PGQ compreen<strong>de</strong> todas as praticas<br />

gerenciais instituidas para assegurar ao medico radiologista que:<br />

1) estejam disponiveis todos os procedimentos necessarios e apropriados a soluedo do<br />

probl<strong>em</strong>a clinico;<br />

2) as imagens geradas contenham as informaeOes clinicas necessarias ao diagnOstico;<br />

3) as informaeOes gravadas a respeito do paciente sera° interpretadas a t<strong>em</strong>po pelo<br />

medico;<br />

4) o exame resulte numa possivel baixa exposiedo do paciente, e que o custo e as<br />

inconveniencias geradas, estejam consistentes corn o it<strong>em</strong> 2.<br />

2.2.1 Objetivos<br />

Os tres gran<strong>de</strong>s objetivos dos PGQ sdo:<br />

• minimizar a da dose <strong>de</strong> radiaedo recebida pelo paciente<br />

• possibilitar diagnosticos precisos, e<br />

• reduzir custos.<br />

Desejando-se minimizar a dose para o paciente tanto quanto possivel, (corn um<br />

beneficio potencial dos exames muito maior que os riscos), mantendo-se, ou ainda<br />

melhorando, a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>, estar-se-d otimizando a informaedo clinica, na qual o


11<br />

diagnostico esta baseado. Assim, reduz-se o numero <strong>de</strong> repeticoes, otimiza-se a utilizacdo dos<br />

recursos, com a reducdo no consumo <strong>de</strong> filmes e produtos quimicos.<br />

Inovaceies <strong>de</strong> carater tecnico permitiram a reducao da dose atraves da utilizacao <strong>de</strong>:<br />

(WOLBARST, 1993).<br />

- &funs <strong>de</strong> reforco <strong>de</strong> terras raras;<br />

- produtos <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong> carbono nas mesas, na superficie e estruturas das gra<strong>de</strong>s e na parte<br />

superior dos &runs <strong>de</strong> reforco;<br />

- radiografia digital;<br />

- utilizacao <strong>de</strong> <strong>em</strong>ulsOes fotograficas avancadas<br />

Capitulo 3.<br />

Apenas o it<strong>em</strong> relativo aos &runs <strong>de</strong> reforco sera objeto <strong>de</strong> discussao <strong>de</strong>ste trabalho, no<br />

HALL (1977) mostrou que uma instituicao que gastava US$150.000 anualmente com<br />

filmes e produtos quimicos po<strong>de</strong>ria economizar US$10.000 com PGQ (GRAY et al, 1983).<br />

Em CORTE et al (1995), no ano <strong>de</strong> 1986 o indice <strong>de</strong> rejeicao era <strong>de</strong> 30,6% no Hospital da<br />

Clinicas da Unicamp, e com um PGQ, o indice <strong>de</strong> rejeicao no ano 1992 baixou para 8,6%.<br />

Com base no custo medio para o metro quadrado <strong>de</strong> radiografia para o hospital, obteve-se uma<br />

economia <strong>de</strong> aproximadamente 1 milhao <strong>de</strong> Mares entre 1986 e 1992.<br />

Assim, todas a instalacOes medicas que possuam Servicos <strong>de</strong> Radiologia <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

implantar PGQ abrangendo uma amostra dos parametros fisicos e tecnicos mais importantes,<br />

relativos aos tipos <strong>de</strong> exames radiologicos executados. Serao necessarios valores-limites e<br />

tolerancia, no que diz respeito precisdo e exatidao da medicao <strong>de</strong>stes parametros tecnicos,<br />

para que tenha sentido a aplicacdo <strong>de</strong> tecnicas radiograficas que vis<strong>em</strong> impl<strong>em</strong>entacdo da<br />

qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.


12<br />

2.3 A IMAGEM RADIOGRAFICA<br />

A visualizacao interna do corpo humano é possivel porque ha diferentes interacoes<br />

entre os fOtons <strong>de</strong> raios-X com as diversas estruturas do corpo, ou seja, ocorre uma interacao<br />

diferenciada <strong>em</strong> funcao da energia do feixe, do namero atomic° do tecido irradiado e da<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> massa. T<strong>em</strong>os, entao, uma fracao <strong>de</strong> energia absorvida, outra espalhada e uma<br />

outra que atravessa o corpo, sensibilizando um flume radiografico. Ha tamb<strong>em</strong> uma interacao<br />

fotoeletrica corn os haletos <strong>de</strong> prata que constitu<strong>em</strong> o filme, formando inicialmente uma<br />

imag<strong>em</strong> que nao é observavel imediatamente, necessitando passar por um processo <strong>de</strong><br />

revelacao (BUSHONG, 1993).<br />

Entretanto, se esta imag<strong>em</strong> é <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> insuficiente é possivel que nao se obtenha<br />

todas as informacoes necessarias a respeito do paciente, ou ainda po<strong>de</strong> ser tao ruim que seja<br />

necessario uma repeticao do exame, o que exporia novamente o paciente a radiacao e<br />

aumentaria o custo do exame (OPAS, 1984).<br />

2.3.1 Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma Imag<strong>em</strong><br />

Nao existe nenhum criterio absoluto que <strong>de</strong>fina o que é uma imag<strong>em</strong> corn qualida<strong>de</strong>.<br />

Teoricamente, <strong>de</strong>ve possibilitar urn diagnostico preciso, variando corn o tipo <strong>de</strong> informacao<br />

necessaria. Se uma radiografia é feita para um proposito especifico e a imag<strong>em</strong> obtida nao t<strong>em</strong><br />

a qualida<strong>de</strong> otima, mas i<strong>de</strong>ntifica o probl<strong>em</strong>a clinico, entao ela é aceitavel. Se a imag<strong>em</strong><br />

gerada nao aten<strong>de</strong> aos criterios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m surgir algumas <strong>de</strong>svantagens enumeradas<br />

conforme a NCRP Report 99 (1988):


13<br />

Diagnostico Incorreto. E a mais importante consequencia <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong>.<br />

Risco <strong>de</strong> Repeticito <strong>de</strong> Procedimentos Arriscados. Se um procedimento traz urn risco ndo<br />

radiolOgico e necessita ser repetido <strong>de</strong>vido a uma baixa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>, hd urn risco<br />

adicional ao paciente. Po<strong>de</strong>mos citar casos <strong>de</strong> procedimentos angiograficos que requer<strong>em</strong><br />

reinjecao <strong>de</strong> contrastes ou recateterizacao.<br />

Radiactio Improdutiva no Paciente. Se uma imag<strong>em</strong> é ina<strong>de</strong>quada para diagnostico, entao a<br />

radiacao recebida pelo paciente tido trouxe beneficio.<br />

Inconveniencias ao Paciente. Repeticaes levam ao aumento do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> espera do paciente,<br />

gerando ansieda<strong>de</strong>, novas visitas aos <strong>de</strong>partamentos medicos e atraso no diagnostico.<br />

Aumento <strong>de</strong> Custos. RepeticOes aumentam os custos para o paciente, servicos <strong>de</strong> radiologia e<br />

hospitais.<br />

Assim, no que diz respeito aos exames diagnOsticos, uma vez clinicamente justificados,<br />

<strong>de</strong>ve-se proce<strong>de</strong>r a otimizacao do processo <strong>de</strong> obtencao da imag<strong>em</strong> e sua interpretnao<br />

envolvendo a interndo <strong>de</strong> tres fatores importantes no processo <strong>de</strong> formacao da imag<strong>em</strong>:<br />

• a qualida<strong>de</strong> diagnostica da imag<strong>em</strong> radiografica;<br />

• a dose <strong>de</strong> radinao para o paciente;<br />

• a selecao da tecnica radiografica.<br />

0 termo qualida<strong>de</strong> radiografica refere-se a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> com a qual uma estrutura<br />

anatomica a ser examinada é mostrada <strong>em</strong> uma radiografia. Se reproduz fielmente estruturas e<br />

tecidos, entao é i<strong>de</strong>ntificada como uma radiografia <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>, que ajudara o medico<br />

radiologista a obter diagnOsticos mais precisos. Como citado, o conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>


14<br />

imag<strong>em</strong> nao e facil <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido, mas existe um <strong>de</strong>terminado numero <strong>de</strong> fatores que afetam<br />

este conceito (BUSHONG, 1993).<br />

As duas caracteristicas mais importantes <strong>de</strong> uma radiografia com qualida<strong>de</strong> sac) a<br />

resolucao e o ruido.<br />

A resolucao e a habilida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> possibilitar a visualizacao e a separacao <strong>de</strong> dois<br />

objetos proximos. 0 ruido radiografico e uma flutuacao in<strong>de</strong>sejavel na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica da<br />

imag<strong>em</strong><br />

Os principais geradores <strong>de</strong> ruido sao: (YACOVENCO, 1994)<br />

• 0 pequeno namero <strong>de</strong> f6tons <strong>de</strong> raios-X necessarios para produzir uma imag<strong>em</strong>. Se<br />

uma imag<strong>em</strong> e produzida com um pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> f6tons <strong>de</strong> raios-X, tera. um ruido<br />

maior do que uma outra imag<strong>em</strong> formada com uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> da raios-X. Po<strong>de</strong> ser<br />

reduzido atraves da utilizacao <strong>de</strong> tecnicas <strong>de</strong> exposicao a<strong>de</strong>quadas.<br />

• 0 tamanho do grao fluorescente <strong>de</strong> uma tela intensificadora (ver it<strong>em</strong> 3.3.2) e <strong>de</strong>mais<br />

aspectos <strong>de</strong> fabricacao do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>de</strong>teccao, que tamb<strong>em</strong> introduz<strong>em</strong> um tipo <strong>de</strong><br />

granulosida<strong>de</strong> na imag<strong>em</strong> final, <strong>de</strong>nominada ruido dos materiais.<br />

• As estruturas anatomicas que serv<strong>em</strong> <strong>de</strong> fundo para a anormalida<strong>de</strong> ou lesao, que<br />

introduz<strong>em</strong> flutuacOes na imag<strong>em</strong> final <strong>de</strong>nominadas ruido das estruturas anatomicas,<br />

reduzindo a capacida<strong>de</strong> do cerebro <strong>de</strong> interpreta-las.


15<br />

Apresenta-se, na figura 2, alguns fatores que afetam a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

imag<strong>em</strong> radiografica:<br />

fatores do filme:<br />

curva caracteristica<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

contraste<br />

latitu<strong>de</strong><br />

processamento: t<strong>em</strong>po e<br />

t<strong>em</strong>peratura<br />

/<br />

QUALIDADE<br />

RADIOGRAFICA<br />

i<br />

fatores geometricos:<br />

distorcao<br />

magnificacao<br />

penumbra<br />

atores do paciente:<br />

contraste<br />

espessura<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

numero atomic()<br />

movimento<br />

Figura 2 - Principais fatores que afetam a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong>.<br />

[MODIFICADO DE BUSHONG, pg. 268, 1993]<br />

Fatores do Filme - A <strong>de</strong>scricao completa do processo <strong>de</strong> formacao da imag<strong>em</strong>, levando-se <strong>em</strong><br />

consi<strong>de</strong>racao os fatores acima citados, sera feita no proximo capitulo. Assim, far<strong>em</strong>os uma<br />

abordag<strong>em</strong> completa e ainda <strong>de</strong>screver<strong>em</strong>os o processo <strong>de</strong> controle e acompanhamento dos<br />

mesmos atraves da sensitometria.<br />

Fatores Geometricos - A magnificacao é o aumento do tamanho real do objeto que acontece<br />

<strong>em</strong> toda imag<strong>em</strong> radiografica (BUSHONG, 1993). Para a maior parte dos exames<br />

radiograficos, é <strong>de</strong>sejavel mante-la tao pequena quanto possivel, mas ha casos <strong>em</strong> que ela é<br />

<strong>de</strong>sejavel e cuidadosamente planejada (CHRISTENSEN, 1984).


16<br />

t <strong>de</strong>finido como fator <strong>de</strong> magnificacao ( FM) :<br />

I= tamanho da imag<strong>em</strong><br />

0= tamanho do objeto<br />

/<br />

FM= —0 (2.1)<br />

Distoreao - t a magnificacao <strong>de</strong>sigual <strong>de</strong> diferentes porcOes <strong>de</strong> um mesmo objeto. Para<br />

minimiza-la 6 importante posicionar o objeto o mais pr6ximo possivel do eixo central do feixe<br />

<strong>de</strong> raios-X (CORTE, 1990).<br />

Penumbra - Ou regiao <strong>em</strong>bacada. Deve-se ao fato do ponto focal nao ser pontual. t reduzida<br />

para pequenas distancias filme-objeto e gran<strong>de</strong>s distancias filme-ponto focal<br />

(CHRISTENSEN, 1984). Maiores <strong>de</strong>talhes sao encontrados no it<strong>em</strong> 2.4.1 e <strong>em</strong> CORTE<br />

(1990).<br />

nosso estudo.<br />

Os fatores relacionados ao paciente nao serao aqui <strong>de</strong>scritos por nao ser<strong>em</strong> objetos do<br />

2.4 GARANTIA DE QUALIDADE EM RAIOS-X CONVENCIONAL<br />

A aplicacao das radiacOes ionizantes 6 fundamental na Medicina, e quando utilizada<br />

<strong>de</strong>ntro das normas permissiveis proporcionam inegaveis beneficios a humanida<strong>de</strong>. Assim<br />

sendo, ha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecer<strong>em</strong> normas para evitar que o ser humano seja<br />

prejudicado, quer pelo uso in<strong>de</strong>vido dos aparelhos <strong>de</strong> raios-X, quer pela falta <strong>de</strong> controle das<br />

radiacOes (NETTO e CAMERON, 1979).


17<br />

2.4.1 Fatores que Afetam a Qualida<strong>de</strong> da Imag<strong>em</strong><br />

Para a melhoria da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>, é importante po<strong>de</strong>r avaliar algumas<br />

caracteristicas estaticas e dinamicas dos instrumentos/equipamentos utilizados, sej a para<br />

acompanhar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho durante o use <strong>de</strong>stes instrumentos/equipamentos, seja <strong>em</strong><br />

processos <strong>de</strong> aquisicao. Sao elas: exatiddo, precisao, resolucao e reprodutibilida<strong>de</strong>.<br />

A seguir, sera° apresentados alguns fatores que afetam a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong><br />

radiografica e como estes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser avaliados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> urn PGQ.<br />

Tensao aplicada ao tubo <strong>de</strong> raios-X - (kVp) - 0 termo kVp é utilizado, pois a maxima<br />

energia <strong>de</strong> urn futon <strong>de</strong> raio-X é numericamente igual a tensao <strong>de</strong> pico da operacao<br />

(BUSHONG,1993). A tensdo <strong>de</strong> pico (kVp) <strong>de</strong> urn gerador <strong>de</strong> raios-X é a mais importante<br />

quantida<strong>de</strong> a ser medida, segundo a NCRP Report 99 (1988).<br />

A kVp tern um efeito muito maior que qualquer outro fator nos receptores <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>,<br />

pois afeta a qualida<strong>de</strong> do feixe <strong>de</strong> raios-X. Corn um acrescimo na kVp, mais raios-X sao<br />

produzidos, aumentando sua penetrabilida<strong>de</strong>, e permitindo a visualizacao <strong>de</strong> mais tipos <strong>de</strong><br />

anatomias no exame radiografico. Este parametro controla a escala <strong>de</strong> contraste da imag<strong>em</strong><br />

radiografica, ou seja, as diferencas entre as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s opticas <strong>de</strong> um filme radiografico. Aqui<br />

po<strong>de</strong>mos compl<strong>em</strong>entar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que uma radiografia corn alta qualida<strong>de</strong> possui urn alto<br />

indice <strong>de</strong> contraste (BUSHONG,1993).<br />

Este parametro consta do painel <strong>de</strong> selecao <strong>de</strong> tecnica para a exposicdo na realizacdo do<br />

exame. Portanto, é necessario que se estabelecam testes <strong>de</strong> constancia que verifiqu<strong>em</strong> a<br />

precisdo e a reprodutibilida<strong>de</strong> do mesmo. Estes testes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter periodicida<strong>de</strong> anual, a menos<br />

que o equipamento passe por alguma manutencao (NCRP Report 99, 1988).


18<br />

T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicio - a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po que o paciente exposto ao feixe <strong>de</strong> raios-X,<br />

sendo diretamente proporcional <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica gerada no filme. 0 t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposiedo<br />

<strong>de</strong>ve ser o menor possivel, pois reduz os artefatos <strong>de</strong> movimento do paciente (NCRP Report<br />

99, 1988).<br />

Tamanho do ponto focal - 0 tamanho do ponto focal <strong>de</strong>ve ser selecionado, assegurando-se<br />

que esteja <strong>de</strong>ntro das especificaceies do fabricante. Se for muito gran<strong>de</strong>, havera. perdas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhes da imag<strong>em</strong>. Ao contrario, se for muito pequeno, <strong>de</strong>ve-se aumentar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

exposiedo, aumentando os artefatos <strong>de</strong> movimento do paciente (CORTE, 1990).<br />

0 procedimento <strong>de</strong> teste para avaliacao do tamanho do ponto focal po<strong>de</strong> ser encontrado<br />

<strong>em</strong> NETTO E CAMERON (1979).<br />

Contato tela-filme (ou &ran filme) - In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente se o chassi (dispositivo metalico<br />

que suporta o filme radiografico) for novo ou velho, <strong>de</strong>ve ser feita a avaliacao entre o contato<br />

tela intensificadora (ou ecran) e filme. Um contato pobre reduz a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong><br />

(niti<strong>de</strong>z) final (GRAY et al, 1983).<br />

Bolhas <strong>de</strong> ar tamb<strong>em</strong> po<strong>de</strong>m proporcionar contato ecran-filme pobre. Por isso<br />

aconselhavel evitar o uso do chassi imediatamente apos a colocacdo do filme, aguardando um<br />

periodo aproximado <strong>de</strong> 15 minutos para haver a exposicao (NCRP Report 99, 1988).<br />

Segundo o Bureau of Radiological Health (BRH), alguns filmes sao rejeitados num<br />

SR, tendo como causa o movimento do paciente, especialmente filmes <strong>de</strong> torax. Mas po<strong>de</strong>m<br />

ser, na verda<strong>de</strong>, resultado <strong>de</strong> um contato ecran-filme ruim (GOLDMAN e BEACH, 1979).<br />

0 contato entre o ecran e o filme satisfatorio se a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica da imag<strong>em</strong> for<br />

uniforme (IEC 1223-2-2, 1993). Segundo a NCRP Report 99 (1988), os testes <strong>de</strong> contato


19<br />

ecran-filme <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizados anualmente. Estes testes tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser efetuados<br />

quando for<strong>em</strong> comprados novos chassis ou substituidos os ecrans. (GRAY et al, 1983).<br />

A figura 3 mostra os resultados dos testes <strong>de</strong> contato ecran-filme. Na figura A existe<br />

um bom contato entre o ecran e o filme e na figura B as regioes <strong>de</strong> contato pobre ocorreram<br />

porque a estrutura que suporta o ecran esta <strong>em</strong>penada.<br />

A<br />

Figura 3 - Avaliacao <strong>de</strong> contato ecran-filme. [MODIFICADA DE BUSHONG, pg. 232, 1993]<br />

Condicoes <strong>de</strong> processamento do filme. De todas as areas que necessitam <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> imagens medicos, a <strong>de</strong> processamento e a que requer mais atencao, com maior<br />

frequencia e mais cuidados, pois o filme e muito sensivel a trocas no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

processamento. Todos os esforcos <strong>de</strong>spendidos <strong>em</strong> outros setores po<strong>de</strong>m ser rapidamente<br />

perdidos se a processadora nao esta b<strong>em</strong> controlada (GRAY et al, 1983).<br />

Todos os fatores que estao associados ao processamento das imagens e que <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

entao ser constant<strong>em</strong>ente monitorados, serao objeto <strong>de</strong> estudo do prOximo capitulo <strong>de</strong>ste<br />

trabalho.


20<br />

2.5 CONTROLE E ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS<br />

Uma das metas mais importantes dos programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> é a reducao do ninnero<br />

<strong>de</strong> exames que sao rejeitados e repetidos (GRAY et al, 1983).<br />

De acordo corn BALTER (1988), o custo <strong>de</strong>stas repeticOes inclu<strong>em</strong> <strong>de</strong>spesas corn os<br />

filmes, use do tubo <strong>de</strong> raios-X, <strong>de</strong>preciacao do equipamento <strong>de</strong> raios-X, produtos quimicos,<br />

<strong>de</strong>preciacao das processadoras, o t<strong>em</strong>po dos medicos e tecnicos envolvidos, e outros fatores<br />

associados (aluguel, aquecimento, eletricida<strong>de</strong>). Segundo a OPAS, a analise <strong>de</strong>stas repeticoes<br />

equivale a uma avaliacao subjetiva da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>. As causas <strong>de</strong> repeticoes estao<br />

associadas, por ex<strong>em</strong>plo, a competencia do pessoal tecnico (tecnicos <strong>em</strong> Radiologia,<br />

operadores <strong>de</strong> camara escura, medicos Radiologistas etc), a probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> equipe e corn as<br />

dificulda<strong>de</strong>s concretas associadas a estes fatores.<br />

A partir da analise das radiografias rejeitadas, é possivel avaliar probl<strong>em</strong>as e i<strong>de</strong>ntificar<br />

por que a imag<strong>em</strong> esta <strong>de</strong>feituosa.<br />

A taxa <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias obtidas <strong>em</strong> um SR é uma indicacao da constancia<br />

com a qual a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> é obtida e aprovada. Permite a avaliacao da acao corretiva,<br />

al<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser utilizada para monitorizar o efeito da introducao <strong>de</strong> um novo filme, equipamento<br />

ou tecnica (YACOVENCO, 1994).<br />

A reducao da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repeticoes <strong>de</strong> exames diminui o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicao do<br />

paciente. ExposicOes que nao traz<strong>em</strong> contribuicOes diagnosticas nao <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizadas<br />

(EUR, 1996).<br />

Tamb<strong>em</strong> é importante observar a taxa <strong>de</strong> repeticOes no que diz respeito a qualida<strong>de</strong><br />

diagnostica. E possivel reduzir este indice a zero se os Radiologistas aceitar<strong>em</strong> todos os filmes<br />

processados (revelados), mesmo que nao contenham a informacao diagnostica necessaria.


21<br />

Como foi anteriormente citado, o conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> nal° e preestabelecido e<br />

po<strong>de</strong> ser percebido <strong>de</strong> maneiras distintas por diferentes observadores. Sendo assim, <strong>em</strong> um SR<br />

alguns filmes po<strong>de</strong>m estar sendo aceitos com qualida<strong>de</strong> diagnostica inferior a <strong>de</strong>sejada e outros<br />

ainda po<strong>de</strong>m ser rejeitados, mas conter<strong>em</strong> a informacao diagnostica requerida e tido<br />

apresentar<strong>em</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> exigida pelo Radiologista (GRAY et al, 1983).<br />

Segundo GOLDMAN & BEECH (1979), a coleta das radiografias rejeitadas <strong>de</strong>ve ser<br />

feita <strong>de</strong> uma forma que n'ao interfira na rotina do <strong>de</strong>partamento. Po<strong>de</strong> tamb<strong>em</strong> °coffer um<br />

efeito inicial (start-up effect) associado com o estudo da rejeicoes, on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> radiografias<br />

rejeitadas e muito instavel, <strong>de</strong>vendo ser <strong>de</strong>sprezada, ate que se possa perceber que houve uma<br />

estabilizacdo. Se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rejeicOes e muito pequena, a instabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

consequencia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconflancas dos tecnicos, radiografias <strong>de</strong>scartadas <strong>em</strong> locais improprios<br />

para a coleta ou um maior cuidado por parte dos tecnicos por saber<strong>em</strong> que seu trabalho esta<br />

sendo acompanhado. Por outro lado, se e muito gran<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> estar havendo um "excesso <strong>de</strong><br />

consciencia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>", on<strong>de</strong> estao sendo rejeitados filmes consi<strong>de</strong>rados aproveitaveis.<br />

2.5.1 Causas <strong>de</strong> Rejeicalo<br />

Para a analise das causas <strong>de</strong> rejeiedo <strong>de</strong> radiografias, o procedimento usual e proce<strong>de</strong>r a<br />

coletanea <strong>de</strong>stes filmes no minimo por uma s<strong>em</strong>ana ou ate a producao <strong>de</strong> 1000 radiografias,<br />

sabendo a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filmes consumidos neste periodo. Proce<strong>de</strong>r a analise juntamente com<br />

um medico radiologista que <strong>de</strong>terminard a provavel causa da rejeicao, ou entdo perguntar ao<br />

proprio tecnico que realizou o exame (GRAY, 1983).<br />

Em CORTE et al (1995) e possivel encontrar dados a respeito da taxa <strong>de</strong> radiografias<br />

repetidas durante o ano <strong>de</strong> 1992 no Departamento <strong>de</strong> Radiologia do Hospital das Clinicas da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, on<strong>de</strong> a maior causa <strong>de</strong> rejeicao e a falha <strong>de</strong> exposicao<br />

(57,51%), seguida dos filmes revelados s<strong>em</strong> exposicao (5,60%). 0 mau posicionamento do<br />

paciente tamb<strong>em</strong> atingiu um indice significativo, 4,04%. No mesmo trabalho encontra-se,


22<br />

ainda, que <strong>em</strong> 1986, o indice <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias estava <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 30,6%, quando um<br />

Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> foi iniciado, e <strong>em</strong> 1992 este indice caiu para 8,6%.<br />

Segundo Gray et al (1983), o acompanhamento do indice <strong>de</strong> rejeicao <strong>em</strong> urn SR <strong>de</strong>ve<br />

servir apenas como urn guia, para que se possa i<strong>de</strong>ntificar e direcionar esforcos para os setores<br />

que necessitam <strong>de</strong> maior atencao. S<strong>em</strong> PGQ o indice <strong>de</strong> rejeicaes po<strong>de</strong> estar entre 10-16% e<br />

corn PGQ espera-se que esteja entre 5-8%.<br />

2.6 CONCLUSAO<br />

Neste capitulo, apresentou-se urn breve historic° dos programas <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, o que é uma imag<strong>em</strong> com qualida<strong>de</strong> e quais sao os fatores que interfer<strong>em</strong> na<br />

mesma. Tambern abordou-se a causa <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias. No proximo capitulo,<br />

<strong>de</strong>stacamos o flume radiografico, processo <strong>de</strong> formacao e processamento da imag<strong>em</strong>,<br />

ressaltando os procedimentos necessarios a manutencao da qualida<strong>de</strong> da mesma atraves do<br />

acompanhamento diario do processamento (ou revelacao) com a sensitometria.


23<br />

CAPITULO 3<br />

PROCESSAMENTO DE IMAGENS RADIOGRAFICAS (REVELACAO)<br />

3.1 INTRODUCAO<br />

A radiacdo que atravessa o paciente e inci<strong>de</strong> sobre um filme radiografico <strong>de</strong>posita<br />

energia na <strong>em</strong>ulsdo por uma interacao fotoeletrica corn os atomos do cristal <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata.<br />

Se observarmos o filme imediatamente, nenhuma imag<strong>em</strong> sera vista, necessitando passar por<br />

um processo <strong>de</strong> revelacdo quimica ( ou processamento, forma que sera utilizada neste<br />

capitulo) para ser observavel.<br />

Os passos para obtencalo da imag<strong>em</strong> e a manutencao da qualida<strong>de</strong> da mesma sera() os<br />

objetos <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>ste capitulo.<br />

3.2 0 FILME RADIOGRAFICO<br />

Apos a interacdo corn o paciente, os raios-X r<strong>em</strong>anescentes nao sal° uniform<strong>em</strong>ente<br />

distribuidos no espaco, mas variam <strong>em</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acordo corn as caracteristicas do tecido<br />

atraves do qual eles passaram (WOLBARST, 1993).<br />

As informacOes <strong>de</strong> valor diagnostico <strong>de</strong>ste feixe r<strong>em</strong>anescente <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser transferidas<br />

<strong>de</strong> forma compreensivel ao medico Radiologista. Uma forma <strong>de</strong> se fazer isto é atraves da<br />

utilizacao <strong>de</strong> um filme para raios-X, po<strong>de</strong>ndo-se ainda utilizar telas fluoroscopicas,


24<br />

intensificadores <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>, intensificadores com monitores <strong>de</strong> TV, camaras multiformato e<br />

outros (BUSHONG, 1993).<br />

Neste trabalho, serao discutidos apenas os aspectos relacionados formacao da<br />

imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> filmes radiograficos. Estes possu<strong>em</strong> caracteristicas <strong>de</strong> construcao similares ao<br />

filme fotografico convencional, diferindo na resposta espectral, mas com um mesmo<br />

mecanismo basic° <strong>de</strong> operacao (HAUS, 1996).<br />

A <strong>de</strong>scoberta dos raios-X feita por Roentgen ocorreu porque uma tela fluorescente<br />

(platinocianeto <strong>de</strong> bario) <strong>em</strong>itiu luz quando excitada pela radiacao <strong>em</strong>ergente <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong><br />

Crookes (acelerador <strong>de</strong> eletrons). Esta radiacao tamb<strong>em</strong> produziu uma imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma<br />

lamina fotografica seca (HAUS, 1993).<br />

Como base foram usadas laminas <strong>de</strong> vidro, filmes flexiveis e papeis. Mas a forma mais<br />

utilizada foram as laminas <strong>de</strong> vidro, por ser<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>radas superiores aos filmes e ter<strong>em</strong> suas<br />

caracteristicas melhor compreendidas.<br />

Com o inicio da I Guerra Mundial houve um severo comprometimento da qualida<strong>de</strong><br />

dos vidros utilizados para fins diagnosticos, b<strong>em</strong> como a necessida<strong>de</strong> da busca <strong>de</strong> um material<br />

alternativo. Surgiu entao o nitrato <strong>de</strong> celulose, que apresentava uma caracteristica in<strong>de</strong>sejavel:<br />

era inflamavel. Condicoes <strong>de</strong> manuseio e armazenamento ina<strong>de</strong>quadas resultaram <strong>em</strong><br />

incendios <strong>em</strong> hospitais durante os anos <strong>de</strong> 1920 e inicio <strong>de</strong> 1930.<br />

Entre 1920 e 1930, um novo material comecou a ser introduzido: o triacetato <strong>de</strong><br />

celulose. Era similar ao nitrato <strong>de</strong> celulose, por<strong>em</strong> nao inflamavel. Apenas no inicio <strong>de</strong> 1960<br />

surgiu um substituto para o triacetato <strong>de</strong> celulose, que apresentava todas as qualida<strong>de</strong>s<br />

requeridas para um filme <strong>de</strong> raios-X, o polimero poliester. Este material ainda apresenta a<br />

vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong> permitir a construcao <strong>de</strong> filmes com camadas na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 175 vim.


25<br />

De acordo corn SPRAWLS (1993), urn receptor <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>veria produzir, <strong>de</strong><br />

imediato, uma imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> diagnostica, corn uma exposicdo do paciente tao baixa<br />

quanto possivel, urn minim° <strong>de</strong> trabalho, baixo custo e s<strong>em</strong> interferencias <strong>de</strong> fatores<br />

ambientais.<br />

Basicamente, os filmes utilizados para radiografias ou outros procedimentos para<br />

imagens medicas s'ao constituidos <strong>de</strong> duas partes: a base e a <strong>em</strong>ulsdo, como mostra a figura 4.<br />

Revestimento<br />

4 Emulsdo<br />

10 a 20 inn<br />

Base do Filme<br />

a/ 150 a 200 [tm<br />

Figura 4 - Secao <strong>de</strong> um filme radiografico, on<strong>de</strong> a <strong>em</strong>ulsao cont<strong>em</strong> a informacdo diagnostica.<br />

[MODIFICADO DE WOLBARST, pg. 138, 1993].<br />

Aqueles que possu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ulsao <strong>em</strong> apenas urn <strong>de</strong> seus lados s'ao chamados <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ulsao simples. Se os dois lados do filme possu<strong>em</strong> <strong>em</strong>ulsao, sao chamados filmes <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ulsao dupla, sendo estes utilizados pela primeira vez <strong>em</strong> 1918 ( HAUS, 1993).<br />

Entre a <strong>em</strong>ulsdo e a base existe uma fina camada <strong>de</strong> material a<strong>de</strong>sivo corn o proposito<br />

<strong>de</strong> assegurar a a<strong>de</strong>sdo uniforme entre a base e a <strong>em</strong>ulsdo, mantendo sua integrida<strong>de</strong> durante o<br />

use e o processamento <strong>de</strong>ste filme. Ha, ainda, urn revestimento <strong>de</strong> gelatina sobre a <strong>em</strong>ulsdo,


26<br />

protegendo-a <strong>de</strong> rachaduras, pressao e contaminacOes durante o processamento (BUSHONG,<br />

1993; WOLBARST, 1993).<br />

Base -<br />

A imica funcao da base <strong>em</strong> um filme radiografico e ser suporte para a <strong>em</strong>ulsao<br />

fotografica, sendo o poliester o material mais indicado para este proposito (CHRISTENSEN,<br />

1984).<br />

Exist<strong>em</strong> tres caracteristicas para a base <strong>de</strong> um filme radiografico, altamente <strong>de</strong>sejaveis:<br />

1) Nao produzir um padrao <strong>de</strong> sombras ou absorver muita luz. Para evitar que isso aconteca,<br />

no processo <strong>de</strong> producao dos filmes para fins diagnosticos, um indicador adicionado<br />

base para colori-la lev<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> azul. 0 resultado que ha uma diminuicao do stress ou<br />

fadiga visual para o Radiologista, conduzindo assim a um diagnostic° mais preciso e<br />

acurado.<br />

2) Estabilida<strong>de</strong> dimensional. 0 filme <strong>de</strong>ve manter a sua forma e tamanho durante o manuseio<br />

e processamento do filme, nao contribuindo para distorcOes da imag<strong>em</strong>.<br />

3) Deve ser flexivel e resistente ao manuseio, mas suficient<strong>em</strong>ente rigid° para ser encerrado<br />

numa caixa.<br />

Emulsao -<br />

o material com o qual interag<strong>em</strong> os raios-X ou fetons <strong>de</strong> luz provenientes <strong>de</strong><br />

&runs intensificadores, formando a imag<strong>em</strong> radiografica (BUSHONG, 1993).<br />

Os dois ingredientes mais importantes <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>ulsao fotografica sao a gelatina e os<br />

haletos <strong>de</strong> prata, sendo estes os seus ingredientes ativos . Esta combinacao v<strong>em</strong> sendo usada<br />

como receptores <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> nos filmes radiograficos por diversas acacias (HAUS, 1996).<br />

• Gelatina -<br />

similar as utilizadas na alimentacao, por<strong>em</strong>, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> superior. Sua<br />

principal funcao atuar como suporte mecanico para os haletos <strong>de</strong> prata da <strong>em</strong>ulsao,<br />

garantindo assim sua distribuicao uniforme na base do filme. Satisfaz como nenhum outro<br />

produto as qualida<strong>de</strong>s requeridas como meio <strong>de</strong> suporte. Deve ser insoluvel e, junto com a


27<br />

<strong>em</strong>ulsdo, ter uma porosida<strong>de</strong> suficiente para permitir a penetracao dos agentes reveladores<br />

(revelador e fixador) do filme.<br />

• Haletos <strong>de</strong> Prata- A composicao exata dos varios tipos <strong>de</strong> <strong>em</strong>ulsdo constitu<strong>em</strong> urn segredo<br />

industrial (CHRISTENSEN, 1984). Tipicamente sao formados por prata (Ag+), ions <strong>de</strong><br />

brometo (Br -) variando entre 90-99% e o restante <strong>de</strong> ions <strong>de</strong> io<strong>de</strong>to organizados <strong>de</strong><br />

forma cubica.<br />

0 cristal <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata (figura 5) é usualmente fabricado <strong>de</strong> modo que forme<br />

microcristais triangulares pianos corn diametro entre 1-1,5 microns. Tern cerca <strong>de</strong> 6,3.10 9<br />

(CHRISTENSEN, 1984).<br />

grabs por centimetro cubico <strong>de</strong> <strong>em</strong>ulsab, corn cada grab contendo entre 10<br />

6 e 10' ions <strong>de</strong> prata<br />

Figura 5 - Microfotografia dos cristais triangulares <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata na <strong>em</strong>ulsao <strong>de</strong> urn filme.<br />

[MODIFICADA DE WOLBARST; pg. 139, 1993]<br />

Os atomos <strong>de</strong> haletos <strong>de</strong> prata t<strong>em</strong> nUmeros atOmicos (Z) relativamente altos (lodo:<br />

Z=53, Bromo: Z=35 e Prata: Z=47) comparados corn gelatina e corn a base (Z-=. , 7). E esta<br />

interacao dos raios-X e futons <strong>de</strong> luz corn estes atomos <strong>de</strong> altos Z que resulta na formacao da<br />

imag<strong>em</strong> no filme ( BUSHONG, 1993).


28<br />

A presenca do io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> prata (AgI) produz uma <strong>em</strong>ulsao com maior sensibilida<strong>de</strong> do<br />

que aquelas com apenas io<strong>de</strong>to <strong>de</strong> bromo (AgBr) (CHRISTENSEN, 1984).<br />

As condicaes <strong>de</strong> preparacao da <strong>em</strong>ulsao (t<strong>em</strong>peratura, quantida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> io<strong>de</strong>to,<br />

aci<strong>de</strong>z, distribuicao dos cristais na gelatina, etc) <strong>de</strong>terminam o tamanho medio dos cristais <strong>de</strong><br />

haletos <strong>de</strong> prata, que por sua vez afetam fort<strong>em</strong>ente as proprieda<strong>de</strong>s fotograficas do filme,<br />

como velocida<strong>de</strong>, contraste e resolucao ( WOLBARST, 1993 e BUSHONG, 1993).<br />

A forma e a estrutura da re<strong>de</strong> cristalina <strong>de</strong>v<strong>em</strong> possuir imperfeicOes para proporcionar<br />

a formacao da imag<strong>em</strong>. A imperfeicao uma contaminacao quimica, geralmente sulfeto <strong>de</strong><br />

prata (AgS), que se introduz na re<strong>de</strong> do cristal, ou mais frequent<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> sua superficie.<br />

Estes contaminantes formam os pontos sensiveis ou manchas sensitivas, funcionando como<br />

uma armadilha <strong>de</strong> eletrons, iniciando a formacao do centro <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> latente (WOLBARST,<br />

1993; BUSHONG, 1993 e CHRISTENSEN, 1984).<br />

0 numero <strong>de</strong> pontos sensiveis, a concentracao <strong>de</strong>stes na <strong>em</strong>ulsao, seu tamanho e<br />

distribuicao no cristal tamb<strong>em</strong> afetam as caracteristicas do filme radiografico (BUSHONG,<br />

1993).<br />

3.3 A IMAGEM LATENTE<br />

A imag<strong>em</strong> latente nao uma imag<strong>em</strong> no senso convencional da palavra, mas sim,<br />

refere-se a um padrao <strong>de</strong> microcristais <strong>de</strong> haletos <strong>de</strong> prata que foram ativados por luz ou<br />

fotons <strong>de</strong> raios-X ( WOLBARST, 1993).<br />

0 processo fotografico t<strong>em</strong> inicio para um tipico microcristal <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata,<br />

quando a luz <strong>de</strong> um fOton proveniente <strong>de</strong> uma tela fluorescente libera um eletron <strong>de</strong> um <strong>de</strong><br />

seus ions <strong>de</strong> Br:


29<br />

Br- --> Br + e- (3.1)<br />

0 atom° neutro <strong>de</strong> bromo, nao possuindo carga, nao é mantido fort<strong>em</strong>ente na re<strong>de</strong><br />

cristalina e difun<strong>de</strong>-se para fora do cristal, para a gelatina ou eventualmente para fora do<br />

filme. 0 eletron esta livre e po<strong>de</strong> iniciar a formacdo do centro <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> latente.<br />

A existencia <strong>de</strong> ions brometo e ions io<strong>de</strong>to, que possu<strong>em</strong> raios i6nicos diferentes e que<br />

compet<strong>em</strong> pelo cation Ag+, faz corn que a estrutura do cristal fique tensionada. Esta tensao<br />

provoca <strong>de</strong>sgastes mecanicos no interior do cristal e um pequeno numero <strong>de</strong> ions <strong>de</strong> prata<br />

(Ag+) migram para posicOes aleatorias intersticiais, e sdo entao atraidos pelos eletrons, como<br />

mostra a figura 6.<br />

Figura 6. - 0 raio dos ions bromo e iodo sdo diferentes. Isto causa uma tensdo na estrutura do<br />

cristal e os ions <strong>de</strong> prata migram para posicOes aleatorias intersticiais.<br />

[MODIFICADO DE WOLBARST, pg. 139, 1993]


30<br />

Ap6s a migracao para esses pontos, os ions <strong>de</strong> prata sao neutralizados pelos eletrons e<br />

convertidos para atomos <strong>de</strong> prata metalica.<br />

Ag+ + e- —÷ Ag (3.2)<br />

Com uma carga parcial positiva, estes atomos <strong>de</strong> prata atra<strong>em</strong> um segundo eletron, o<br />

qual atrai um outro ion <strong>de</strong> prata intermediario e assim sucessivamente. A prata metalica e<br />

preta. t ela que produz as areas escuras que sao vistas <strong>em</strong> uma radiografia revelada<br />

(CHRISTENSEN, 1984).<br />

Em cada cristal, menos que 10 atomos sao <strong>de</strong>positados nos pontos sensiveis <strong>de</strong>sta<br />

forma. Conseqilent<strong>em</strong>ente, esta <strong>de</strong>posicao <strong>de</strong> prata nap e observavel, exceto<br />

microscopicamente. Se uns 10 atomos <strong>de</strong> prata sao <strong>de</strong>positados <strong>de</strong>sta maneira, os pontos<br />

sensiveis tornam-se um centro <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> latente e po<strong>de</strong>m disparar a transformacao, durante o<br />

processo <strong>de</strong> revelacao (it<strong>em</strong> 3.4), <strong>de</strong> todo cristal <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata <strong>em</strong> um grao <strong>de</strong> prata<br />

metalica. Sao necessarios no minimo dois atomos <strong>de</strong> prata nos pontos sensiveis para que um<br />

cristal venha a se tornar um ponto visivel da imag<strong>em</strong> ap6s o processamento. 0 processo <strong>de</strong><br />

revelacao quimica distingue os centros <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> latente do tamanho dos cristais <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong><br />

prata e amplifica a reducao <strong>em</strong> prata metalica como uma funcao da exposicao a luz<br />

(WOLBARST, 1993).<br />

Se este processo se repetir por diversas vezes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mesma regiao, a<br />

revelacao proporcionard um nu<strong>de</strong>() permanente <strong>de</strong> prata metalica naquele ponto sensivel<br />

(CHRISTENSEN, 1984).<br />

A criacao <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> latente estavel e um passo crucial para o arquivamento <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho sensitometrico satisfatorio (it<strong>em</strong> 3.5.3), e muitos sao os fatores que afetam<br />

estes passos (HAUS, 1996).


31<br />

3.3.1 Ecrans ou Telas Intensificadoras<br />

Quando um feixe <strong>de</strong> raios X inci<strong>de</strong> <strong>em</strong> urn filme radiografico, menos <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong>les<br />

interag<strong>em</strong> corn o filme formando a imag<strong>em</strong> latente. Isto faz corn que seja necessaria uma<br />

gran<strong>de</strong> exposicao do paciente para termos uma radiografia com o contraste necessario ao<br />

diagn6stico ( BUSHONG, 1993).<br />

Uma das formas <strong>de</strong> reduzir a exposicao é o uso <strong>de</strong> urn ecran. Este tern a funcao <strong>de</strong><br />

absorver a energia (e a informacdo) do feixe <strong>de</strong> raios-X que penetrou no paciente,<br />

convertendo-a <strong>em</strong> urn padrao <strong>de</strong> luz visivel que tern (tao proximo quanto possivel) a mesma<br />

informacao que o feixe original <strong>de</strong> raios-X. A luz entao forma a imag<strong>em</strong> latente no filme<br />

(CHRISTENSEN, 1984).<br />

Corn poucas excecOes (como as radiografias <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s), a eficiencia no<br />

processo <strong>de</strong> formacao da imag<strong>em</strong> é aumentada corn uso <strong>de</strong> &runs posicionados <strong>em</strong> contato<br />

Intim corn o filme durante a exposicao aos raios-X. A <strong>em</strong>ulsao dos filmes e mais sensivel<br />

luz visivel do que a futons <strong>de</strong> raios-X. 0 uso <strong>de</strong> &runs reduz a exposicao <strong>de</strong> 50 a 100 vezes<br />

(STOKES, 1988). A tabela 1 apresenta o efeito fotogralico no filme <strong>de</strong> raios-X, causado pela<br />

utilizacao <strong>de</strong> ecrans.


32<br />

TABELA 1 - COMPARACAO DO EFEITO FOTOGRAFICO DE 1000 FOTONS DE<br />

RAIOS-X COM E SEM ECRANS<br />

Fotons<br />

raios-X<br />

Fotons<br />

raios-X<br />

<strong>de</strong><br />

F6tons<br />

luz<br />

<strong>de</strong><br />

F6tons<br />

luz<br />

<strong>de</strong><br />

que<br />

Centros<br />

imag<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong><br />

absorvidos<br />

absorvidos<br />

produzidos<br />

alcancam<br />

o<br />

latente<br />

pelo ecran<br />

pelo filme<br />

filme<br />

formados<br />

&tuns<br />

400 340.000 170.000 1700<br />

exposicdo<br />

direta 50 50<br />

[MODIFICADO DE CHRISTENSEN, pg. 111, 1984]<br />

0 ecran intensificador t<strong>em</strong> a aparencia <strong>de</strong> uma folha fina <strong>de</strong> plastic° flexivel. 0 filme<br />

<strong>de</strong> dupla <strong>em</strong>ulsao 6 posicionado entre duas telas. A maioria dos &tuns t<strong>em</strong> quatro camadas<br />

distintas, como mostra a figura7.<br />

100 j.im<br />

Base<br />

Camada Refletora<br />

150 a 300 pim<br />

:1—V—<br />

/--- Fosforo<br />

F Camada Protetora<br />

Figura 7 - Corte seccional <strong>de</strong> um &ran, mostrando suas quatro principais camadas.<br />

[MODIFICADA DE WOLBARST, pg. 184, 1993].<br />

Base -<br />

a camada mais distante do filme e sua funcao ser suporte mecanico para a camada<br />

ativa do &ran. Deve ter algumas caracteristicas como (WOLBARST, 1993 ):


33<br />

• Ser rugosa e flexivel.<br />

• Ser quimicamente inerte (nao <strong>de</strong>ve interagir corn a camada ativa), e resistente a umida<strong>de</strong>.<br />

• Nao <strong>de</strong>scolorir corn o t<strong>em</strong>po.<br />

• Nao conter impurezas que possam surgir como artefatos no filme<br />

Camada Protetora - E a camada mais proxima do flume, possuindo espessuras que variam<br />

entre 15 e 25pm. Sua finalida<strong>de</strong> é tornar o ecran resistentes a abrasao e ao manuseio. Tamb<strong>em</strong><br />

ajuda a eliminar o aciamulo <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> estatica e fornece uma superficie para limpeza<br />

rotineira. Deve ser transparente a luz (BUSHONG, 1993).<br />

Camada Refletora. <strong>Pos</strong>icionada entre a camada ativa e a base, possui <strong>em</strong> tomb <strong>de</strong> 25 pm e é<br />

feita <strong>de</strong> uma substancia brilhante (oxido <strong>de</strong> magnesio, di6xido <strong>de</strong> titanio). Ao interagir com a<br />

camada ativa, a luz é <strong>em</strong>itida <strong>em</strong> todas as direcOes (isotropicamente). Apenas uma pequena<br />

parte <strong>de</strong>sta luz é <strong>em</strong>itida na direcao do filme. A funcao da camada refletora é interceptar a luz<br />

dirigida a outras direcOes e leva-la a incidir sobre o filme (STOKES, 1988). Isto praticamente<br />

dobra o nOmero <strong>de</strong> fetons <strong>de</strong> luz que alcancam o flume (BUSHONG, 1993).<br />

Camada Ativa - 0 material <strong>de</strong>sta camada <strong>de</strong>ve ser luminescente, ou seja, ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>itir luz <strong>em</strong> resposta a algum estimulo externo (corrente eletrica, raios-X etc.). 0 processo<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> luz envolve eletrons das camadas externas. Estes sao elevados a niveis <strong>de</strong><br />

energia (excitados), gerando buracos nas camadas mais internas, que é uma condicao <strong>de</strong><br />

instabilida<strong>de</strong>. Os buracos sao preenchidos quando os eletrons retornam ao estado fundamental.<br />

A transicao <strong>de</strong> cada eletron é acompanhada da <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> energia eletromagnetica na forma<br />

<strong>de</strong> urn fOton <strong>de</strong> luz visfvel.<br />

0 comprimento <strong>de</strong> onda da luz <strong>em</strong>itida (cor) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do nivel <strong>de</strong> energia para o qual o<br />

eletron foi elevado, e é caracteristica do material luminescente. 0 processo envolvido <strong>de</strong>ve ser<br />

a fluorescencia, que provoca a <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> luz apenas durante a estimulacao do material ativo


34<br />

do ecran. Para ocorrer a fluorescencia, a <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> luz <strong>de</strong>ve ocorrer <strong>em</strong> urn intervalo <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>po menor do que 10 4 s (CHRISTENSEN, 1984).<br />

Um material para ser a<strong>de</strong>quado a construed° <strong>de</strong> &tuns <strong>de</strong>ve apresentar alguns<br />

requisitos (CHRISTENSEN, 1984; BUSHONG, 1993; STOKES, 1988):<br />

• Eficiencia <strong>de</strong> Detecc& Quantica (QDE) - E uma alta probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interaedo dos raios-<br />

X, conseguida corn o use <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos corn alto nitmero atomic() (Z).<br />

• Eficiencia <strong>de</strong> Conyers& - 0 material ativo <strong>de</strong>ve <strong>em</strong>itir uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz por<br />

interaedo <strong>de</strong> raios X.<br />

• Combinac& Espectral - A luz <strong>em</strong>itida <strong>de</strong>ve ter um comprimento <strong>de</strong> onda (cor) apropriado<br />

para combinar corn a sensibilida<strong>de</strong> do filme. Alguns filmes sdo sensiveis a luz azul e outros<br />

a luz ver<strong>de</strong>. Por isso, é muito importante que se use urn ecran que <strong>em</strong>ita luz no mesmo<br />

espectro da sensibilida<strong>de</strong> do filme, como mostra a figura 8, para nao per<strong>de</strong>r a informacao<br />

diagnostica contida naquela regido.<br />

• Pequeno Brilho - A <strong>em</strong>issao continua <strong>de</strong> luz ap6s cessada a exposiedo <strong>de</strong>ve ser minima.<br />

Alto<br />

filme sensivel<br />

ao azul<br />

Alto<br />

Emi ssgo<br />

Rel ati va<br />

da Luz<br />

Absorcgo<br />

Relati va<br />

da Luz<br />

Baixo<br />

300 400 500 600<br />

Ultravioleta Azul Ver<strong>de</strong> Amarelo<br />

Comprimento <strong>de</strong> onda (nm)<br />

700<br />

Vermelho<br />

aaixo<br />

Figura 8 - Difereneas entre os espectros <strong>de</strong> <strong>em</strong>issao entre urn filme ver<strong>de</strong> e urn azul.<br />

[MODIFICADO DE BUSHONG, pg. 231; 1993]


35<br />

Os materiais com estas caracteristicas sao alguns fosforos como tungstato <strong>de</strong> calcio,<br />

sulfeto <strong>de</strong> zinco etc. Atualmente sao consi<strong>de</strong>rados os melhores fosforos, aqueles contendo<br />

terras raras: gadolinio, 'anthill° e itrio ativados com terbio (STOKES, 1988).<br />

Tamb<strong>em</strong> esta sendo avaliado o sulfito <strong>de</strong> zinco-cadmio ativado com prata<br />

(ZnSCdS:Ag) que mostrou ser um eficiente fosforo para a construed° <strong>de</strong> ecrans radiograficos<br />

(KADARASKI, 1997).<br />

As imagens produzidas com o uso <strong>de</strong> &rails intensificadores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do tipo <strong>de</strong><br />

ecran <strong>em</strong>pregado. Fatores como a espessura da camada ativa, concentraedo e tamanho dos<br />

graos tamb<strong>em</strong> influenciam na aedo do ecran. Um dos fatores altamente afetado e a velocida<strong>de</strong>,<br />

que <strong>de</strong>fine a sensibilida<strong>de</strong> do ecran. Todos os metodos utilizados para aumentar a velocida<strong>de</strong><br />

do ecran s<strong>em</strong> trocar o fOsforo resultam <strong>em</strong> <strong>de</strong>crescimo da resoluedo (STOKES, 1988).<br />

Tamb<strong>em</strong> e possivel aumentar a resoluedo variando a espessura da camada ativa. 0<br />

tamanho do grao ou a espessura do fosforo interfer<strong>em</strong> na imag<strong>em</strong> latente, produzindo um<br />

padtho <strong>de</strong> sombras que contribu<strong>em</strong> para a diminuiedo da resolueao da imag<strong>em</strong>. Esta e uma<br />

conseqilencia in<strong>de</strong>sejavel dos &runs (BUSHONG, 1993).<br />

0 tungstato <strong>de</strong> calcio (CaW04) t<strong>em</strong> sido usado como camada ativa para os ecrans<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1896. Mas sua eficiencia e baixa, variando <strong>de</strong> 3-5%, e ainda necessita <strong>de</strong> altas energias<br />

para produzir um bom padrao <strong>de</strong> luz. Isto ocorre porque o CaW04 t<strong>em</strong> um alto nnmero<br />

atomic° (Z=74), por isso para arrancar um eletron da camada externa, a energia do feixe <strong>de</strong>ve<br />

ser proxima da energia <strong>de</strong> ligaeao nesta camada, que esth <strong>em</strong> torn° <strong>de</strong> 70 keV. Na <strong>de</strong>cada <strong>de</strong><br />

1970, pesquisas mostraram um novo grupo <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos que po<strong>de</strong>riam ser tdo ou mais<br />

eficientes que o tungstato <strong>de</strong> calcio, requerendo uma menor energia para ser<strong>em</strong> excitados e<br />

produzir luz. Sao as terras raras. Estas apresentam uma eficiencia que varia <strong>de</strong> 13-18%<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do fosforo <strong>em</strong>pregado. Agueles com menor Z possu<strong>em</strong> uma energia <strong>de</strong> ligaeao da


36<br />

camada ext<strong>em</strong>a (K) menor e, portant°, necessitam <strong>de</strong> um feixe menos energetic° para<br />

produzir o mesmo padrao <strong>de</strong> luz (STOKES, 1988).<br />

Na tabela 2 possivel comparar a eficiencia dos diversos fosforos <strong>em</strong> funcao <strong>de</strong> seus<br />

Z, observando <strong>de</strong> faixa <strong>de</strong> <strong>em</strong>issao.<br />

TABELA 2 - PROPRIEDADES FISICAS DE ALGUNS FOSFOROS<br />

Niimero<br />

Energia<br />

<strong>de</strong><br />

Eficiencia<br />

<strong>de</strong><br />

Emissao <strong>de</strong> luz<br />

FOsforo<br />

Atomic° (Z)<br />

Ligacao<br />

da<br />

conversao(%)<br />

camada<br />

K<br />

(keV)<br />

CaW04 74 69,5 3,5 Azul<br />

BaSO4:Eu 56 37,4 6,0 Azul<br />

BaFC1:Eu 56 37,4 13 Azul<br />

Gd202S:Tb 64 50,2 15 Ver<strong>de</strong><br />

La0Br 57 38,9 13 Azul<br />

La202S:Tb 57 38,9 12 Ver<strong>de</strong><br />

Y202S:Tb 39 17,0 18 Azul<br />

[MODIFICADO DE STOKES, pg. 2600, 1988]<br />

3.3.2 Fatores do filme que interfer<strong>em</strong> na qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> radiografica<br />

Densida<strong>de</strong> Optica ( DO) - a medida do grau <strong>de</strong> escurecimento do filme. Na figura 9 t<strong>em</strong>os<br />

uma curva caracteristica do filme radiografico. Ela mostra que a DO po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 0 a 4, mas<br />

a faixa apenas aquela que se encontra no trecho linear, variando <strong>de</strong> 0,25 a 2,5 (<br />

BUSHONG, 1993).


37<br />

A Densida<strong>de</strong> Optica po<strong>de</strong> ser expressa como:<br />

4<br />

DO = log to t<br />

on<strong>de</strong>:<br />

(3.3)<br />

Io= Intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz inci<strong>de</strong>nte no filme;<br />

Ic= Intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> luz que e transmitida pelo filme.<br />

Curva Caracteristica -<br />

A relacdo entre a resposta do filme e a exposicao recebida po<strong>de</strong> ser<br />

obtida atraves <strong>de</strong> uma curva, <strong>de</strong>nominada curva caracteristica, curva sensitometrica ou curva<br />

H&D (Hunter & Driffield), ilustrada pela figura 9. 0 padrao <strong>de</strong> resposta, que é observado por<br />

diferentes graus <strong>de</strong> enegrecimento do filme é medido pela <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> Optica (DO). As<br />

caracteristicas gerais <strong>de</strong> uma curva sensitometrica sao as mesmas para todos os filmes. Por<strong>em</strong>,<br />

sua forma exata <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> <strong>em</strong>ulsao e das condiceies gerais <strong>de</strong> processamento<br />

(CORTE, 1990).<br />

Os filmes radiografcos sao sensiveis a uma ampla faixa <strong>de</strong> exposiceies, po<strong>de</strong>ndo<br />

respon<strong>de</strong>r, por ex<strong>em</strong>plo nas combinaceies corn &runs, a uma intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiacao que po<strong>de</strong><br />

variar <strong>de</strong> 5 a mais <strong>de</strong> 1000 mR. Consequent<strong>em</strong>ente, os valores <strong>de</strong> exposicao para uma curva<br />

caracteristica sao apresentados <strong>de</strong> maneira logaritmica. Al<strong>em</strong> disso, nao é a exposicao<br />

absoluta que e <strong>de</strong> maior interesse, mas a razao na troca <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s 6pticas sobre cada<br />

intervalo <strong>de</strong> exposicao. Por isso a exposicao logaritmica relativa é usada como escala para o<br />

eixo x. Urn aumento na exposicao relativa <strong>de</strong> 0,3 resulta na duplicacao da exposicao.<br />

Regibes <strong>de</strong> baixas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s estao no pe da curva, e altas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, no ombro da<br />

curva. Todas as variacOes <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s (diferentes tons <strong>de</strong> cinza) estao no trecho reto da<br />

curva. 0 pe da curva fornecera o "Veu <strong>de</strong> Base" (ou base mais veu), que é uma medida da<br />

transparencia da base do filme, somados a revelacao <strong>de</strong> graos <strong>de</strong> prata que nao cont<strong>em</strong><br />

informacao diagn6stica. E resultado <strong>de</strong> exposicao do filme a luz, contaminacao quimica,


38<br />

revelacao etc. 0 trecho reto da curva fornece a latitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s do filme, ou seja, toda a<br />

escala <strong>de</strong> cinza. Esta e a regiao <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s uteis ao diagnOstico. No ombro da curva esta a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> maxima do filme ( BUSHONG, 1993).<br />

Densida<strong>de</strong> Opiica<br />

0.6 0.9 1.2 1.5 1.8 2.1 2.1-1 3.0<br />

Lot-Arno da Exposiq5o Relaliva<br />

Figura 9 - Curva caracteristica <strong>de</strong> um filme radiografico, mostrando a regiao <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s<br />

uteis para imagens radiograficas.[MODIFICADO DE BUSHONG, pg. 274; 1993]<br />

Contraste - Diferencas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s opticas existentes no filme. E <strong>de</strong>terminado por dois<br />

fatores:<br />

• contraste do filrne: inerente ao filme e po<strong>de</strong> ser influenciado pelas condicaes <strong>de</strong><br />

processamento (solucoes, t<strong>em</strong>peratura, t<strong>em</strong>po agitacao, nivel <strong>de</strong> veu, armazenamento, luzes<br />

<strong>de</strong> seguranca) ( HAUS, 1996).<br />

• contraste do objeto: <strong>de</strong>terminado pelo tamanho, forma e atenuacao diferencial do feixe ao<br />

atravessar o objeto examinado ( CHRISTENSEN, 1984).


39<br />

0 contraste é <strong>de</strong>terminado na porcao reta da curva caracteristica, entre os pontos<br />

correspon<strong>de</strong>ntes as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s °fleas <strong>de</strong> 0,25 e 2,5 acima dos valores <strong>de</strong> base mais veu. E<br />

usualmente chamado <strong>de</strong> Gradiente Medi° (GM).<br />

Filmes corn baixo contraste- longa escala <strong>de</strong> tons <strong>de</strong> cinza (i<strong>de</strong>al).<br />

Filmes corn alto contraste- pequena escala <strong>de</strong> tons <strong>de</strong> cinza.<br />

Velocida<strong>de</strong> - E uma medida da sensibilida<strong>de</strong> do flume. 0 efeito visual da velocida<strong>de</strong> na curva<br />

caracteristica seria o <strong>de</strong>slocamento da curva no sentido horizontal. Filmes velozes requer<strong>em</strong><br />

uma menor exposicao para uma dada DO, ou seja, sao mais sensiveis ( BUSHONG, 1993;<br />

KODAK).<br />

A velocida<strong>de</strong> do filme é o inverso (reciproca) da exposicao <strong>em</strong> Roentgens necessaria para<br />

produzir uma DO=1,0 (BUSHONG, 1993).<br />

Latitu<strong>de</strong> - Faixa <strong>de</strong> exposicaes a que o flume respon<strong>de</strong> com DO ateis ao radiodiagnOstico.<br />

Como citado acima, é o trecho reto da curva caracteristica, variando <strong>de</strong> 0,25 ate 2,5 acima da<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> base mais veu. E o inverso do contraste.<br />

Processamento - Como citado no it<strong>em</strong> 3.3, é nesta fase que os cristais <strong>de</strong> prata expostos aos<br />

raios-X, que formam os centros <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> latente tornam-se visiveis. Um born<br />

processamento é indispensavel para se obter um contraste (Aim°, pois t<strong>em</strong> um efeito muito<br />

pronunciado no nivel <strong>de</strong> veu ( BUSHONG, 1993).<br />

Antes do processamento automatic° <strong>de</strong> filmes ser introduzido e ser usado<br />

rotineiramente <strong>em</strong> radiografias e imagens medicas, as radiografias eram reveladas uma a uma<br />

<strong>em</strong> urn processo manual. Neste processo, o filme exposto primeiramente é imerso <strong>em</strong> urn<br />

tanque contendo uma solucao reveladora por aproximadamente 5min a 20°C. Entao, os filmes


40<br />

sao imersos <strong>em</strong> um banho que cessa o processo <strong>de</strong> revelacao (stop bath), seguida <strong>de</strong> uma<br />

imersao <strong>em</strong> solucao fixadora. Lava-se o filme <strong>em</strong> agua corrente e este e entao pendurado para<br />

secar. Em aproximadamente uma hora t<strong>em</strong>-se uma radiografia completamente seca e pronta<br />

para o diagnostic°. A qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>, reprodutibilida<strong>de</strong> dos resultados, e a exposicao do<br />

paciente sao <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do controle do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> revelacao, t<strong>em</strong>peratura e ativida<strong>de</strong> das<br />

soluc5es, agitacao e economia dos produtos <strong>em</strong> geral. A exposicao frequent<strong>em</strong>ente<br />

aumentada para permitir uma diminuicao do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> revelacao, possibilitando assim que a<br />

radiografia seja analisada mais cedo. Esta pratica reduz o contraste e aumenta a exposicao do<br />

paciente (BUSHONG, 1993; HAUS, 1996).<br />

0 primeiro prototipo <strong>de</strong> uma processadora automatica <strong>de</strong> filmes foi introduzido <strong>em</strong><br />

1942 por Pako. 0 primeiro mo<strong>de</strong>lo comercial processava 120 filmes por hora. Uma melhoria<br />

muito significativa ocorreu <strong>em</strong> 1956 quando a primeira processadora com transporte por rolos<br />

foi introduzida pela Kodak (HAUS, 1996).<br />

Com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos quimicos, novas <strong>em</strong>ulsOes e a alta<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> secag<strong>em</strong> das bases <strong>de</strong> poliester, foi possivel reduzir o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> processamento<br />

para 90s ou 45s, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo do produtos que sao utilizados (BUSHONG, 1993).<br />

0 sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> rolos permite a construcao <strong>de</strong> maquinas <strong>de</strong><br />

pequenas dimensOes e gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, totalmente automaticas, tornando possivel um<br />

tratamento rapid° e s<strong>em</strong> interrupcao. A figura 10 mostra o esqu<strong>em</strong>a basic() <strong>de</strong> uma<br />

processadora automatica <strong>de</strong> filmes.


41<br />

Entrada<br />

do<br />

filme<br />

r.<br />

Lavag<strong>em</strong><br />

Fixador<br />

Revelador<br />

Secador<br />

Saida do filme<br />

Figura 10 - Esqu<strong>em</strong>a basico <strong>de</strong> uma processadora automatica <strong>de</strong> filmes, on<strong>de</strong> o flume passa<br />

atraves dos tanques, conduzidos por rolos. [MODIFICADO DE WOLBARST; pg. 183;<br />

1993]<br />

Os dois fatores mais importantes a ser<strong>em</strong> controlados no processamento sao:<br />

T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> revelacio -<br />

A maioria das processadoras sao suficient<strong>em</strong>ente estaveis no controle<br />

das velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte dos filmes. Sua variacao causa alteracoes na curva caracterfstica<br />

(<strong>de</strong>slocamento no eixo x ), variando contraste, velocida<strong>de</strong> e veu. 0 t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> permanencia dos<br />

filmes nos tanques recomendados pelo fabricante dos filmes resulta <strong>em</strong> maxim° contraste, alta<br />

velocida<strong>de</strong> e baixo veu. 0 t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> transporte dos filmes nao <strong>de</strong>ve variar mais do que ± 3%<br />

do t<strong>em</strong>po especificado pelo fabricante (HAUS, 1996; NCRP Report 99,1988).<br />

T<strong>em</strong>peratura do revelador- Para a t<strong>em</strong>peratura, pequenas variacOes po<strong>de</strong>m afetar<br />

significativamente a imag<strong>em</strong> final. T<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura recomendados pelo fabricante<br />

resultam <strong>em</strong> urn maxim° contraste, alta velocida<strong>de</strong> e baixo veu (BUSHONG, 1993).<br />

0 controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura é feito termostaticamente <strong>em</strong> cada urn dos tanques. A figura<br />

11 mostra os efeitos na curva caracteristica para variacOes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura


42<br />

1<br />

T<strong>em</strong>pe et<strong>em</strong>peratina<br />

recomenadts para<br />

reuelapo<br />

16 18 20 22 24 26 28<br />

T<strong>em</strong>po (s)<br />

II<br />

32.2 33.3 34.4 35.5 36.6 37.7<br />

T<strong>em</strong>perdtas rC)<br />

t<br />

Figura 11 - Analise das modificacees da curva caracteristica com variacOes do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

processamento e da t<strong>em</strong>peratura do revelador. [MODIFICADO DE BUSHONG; pg. 278;<br />

1993]<br />

3.4 0 PROCESSAMENTO DA IMAGEM (REVELACAO)<br />

0 processo <strong>de</strong> revelacao <strong>de</strong> um filme radiografico compreen<strong>de</strong> as seguintes etapas:<br />

Manipulaeao do Filme - 0 filme radiografico extr<strong>em</strong>amente sensivel e <strong>de</strong>licado, <strong>de</strong>vendo<br />

ser manuseado com a maxima precaucao para que nao se <strong>de</strong>teriore. Para tanto, importante<br />

que se verifiqu<strong>em</strong> sua condiceies <strong>de</strong>:<br />

• ARMAZENAMENTO - As condicoes <strong>de</strong> armazenamento sao essenciais para a<br />

manutencao da qualida<strong>de</strong> dos filmes. Estes sao sensiveis pressao, portanto, as caixas<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenadas na posicao vertical.


43<br />

• TEMPERATURA - Os filmes possu<strong>em</strong> data <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> que sao afetadas pelas<br />

condicOes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura e umida<strong>de</strong> a que sao submetidos. 0 material fotografico <strong>de</strong>ve<br />

ficar guardado <strong>em</strong> local on<strong>de</strong> a t<strong>em</strong>peratura ambiente seja menor do que 24°C e <strong>em</strong> uma<br />

condicao <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> que varie entre 40-60% (NCRP Report 99, 1988). Estes prazos sao<br />

prolongados para baixas condicaes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura e umida<strong>de</strong> <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 50% .<br />

Preparacao dos produtos quimicos - As substancias quimicas para a preparacao do<br />

revelador e do fixador <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser puras e ser<strong>em</strong> misturadas na proporcao a<strong>de</strong>quada nas<br />

solucifies, sendo fundamental sua tecnica <strong>de</strong> preparacao.<br />

REVELADOR - Desenca<strong>de</strong>ia o processo <strong>de</strong> transformacao dos centros <strong>de</strong> imag<strong>em</strong><br />

latente (pontos sensiveis) <strong>em</strong> prata metalica. Os cristais nao expostos a luz nao sao afetados<br />

neste processo (WOLBARST, 1993). 0 liquido revelador é uma composicao <strong>de</strong> substancias<br />

que possu<strong>em</strong> proprieda<strong>de</strong>s distintas (IBF; KODAK; BUSHONG 1993):<br />

• Metol - agente revelador - produz o <strong>de</strong>talhe na revelacao colocando rapidamente <strong>em</strong><br />

evi<strong>de</strong>ncia regiOes pouco expostas (baixo contraste). E muito estavel, sendo pouco afetado<br />

por variacOes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura.<br />

• Hidroquinona - agente revelador - produz tons enegrecidos lentamente (alto contraste)<br />

atuando pouco <strong>em</strong> regiOes pouco expostas. E instavel, nao atuando abaixo dos 15°C.<br />

• Carbonato <strong>de</strong> Sodio - ativador - provoca o amolecimento da <strong>em</strong>ulsao e proporciona a<br />

solucao o meio alcalino necessario para a acao dos <strong>de</strong>mais componentes da revelacao.<br />

• Sulfito <strong>de</strong> &kilo - preservador - controla o processo <strong>de</strong> oxidacao da solucao <strong>de</strong>vido ao<br />

contato com o ar. Entretanto, sua eficacia nao é total.


44<br />

• Brometo <strong>de</strong> Potassio - retardador - contribui para regular a durayao da revelacao. Faz uma<br />

seletivida<strong>de</strong> fotografica e evita a revelaydo dos cristais <strong>de</strong> prata nao expostos, evitando<br />

assim a formacao <strong>de</strong> veu no filme.<br />

• Glutaral<strong>de</strong>idos - controlam o amolecimento da gelatina evitando seu rompimento<br />

mecanico (movimento sobre rolos <strong>de</strong> arraste) e que seja alterada por variacOes <strong>de</strong><br />

pH.Auxilia no arquivamento da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.<br />

FIXADOR -<br />

Sua<br />

imag<strong>em</strong> latente.<br />

finalida<strong>de</strong> eliminar os cristais <strong>de</strong> haleto <strong>de</strong> prata que nao formaram<br />

• Acid° Acetic° - neutraliza a alcalinida<strong>de</strong> do revelador interrompendo o processo <strong>de</strong><br />

revelacao.<br />

• Hiposutfito <strong>de</strong> Sodio - fixador - reage com os haletos (cristais <strong>de</strong> prata nao expostos)<br />

formando um complexo solnvel <strong>de</strong> prata, sendo r<strong>em</strong>ovidos do filme, <strong>de</strong>ixando apenas os<br />

<strong>de</strong>pOsitos <strong>de</strong> prata metalica.<br />

• Altimen <strong>de</strong> Potdssio - endurecedor - impe<strong>de</strong> que a gelatina amoleca ou se <strong>de</strong>sfaca durante a<br />

lavag<strong>em</strong> ou durante a secag<strong>em</strong> por meio <strong>de</strong> ar aquecido.<br />

• Sulfito <strong>de</strong> Sodio - conservador - mant<strong>em</strong> o balanceamento quimico da solucalo e ajuda a<br />

clarear o filme.<br />

LAVAGEM - T<strong>em</strong> como finalida<strong>de</strong> a r<strong>em</strong>ocao <strong>de</strong> qualquer residuo quimico da<br />

<strong>em</strong>ulsao, caso contrario, o filme logo apresentard uma tonalida<strong>de</strong> marrom, <strong>de</strong>gradando a<br />

qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> e tornado-a imprOpria para o arquivamento.


45<br />

SECAGEM - Retira o excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> do filme preparando-o para o manuseio e<br />

posterior arquivamento.<br />

3.5 CONTROLE DE QUALIDADE EM PROCESSADORAS AUTOMATICAS DE<br />

FILMES<br />

A existencia <strong>de</strong> muitas flutuacoes no processamento automatic° <strong>de</strong> radiografias<br />

contribui significativamente para o acrescimo <strong>de</strong> dose no paciente, aumenta os indices <strong>de</strong><br />

rejeicao e <strong>em</strong>pobrece a qualida<strong>de</strong> final da imag<strong>em</strong>( GOLDMAN, 1981).<br />

Segundo SPRAWLS (1993), o processamento quimico e o el<strong>em</strong>ento que afeta<br />

negativamente o filme como receptor <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> i<strong>de</strong>al, contribuindo para:<br />

• Atrasos na disponibilida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.<br />

• Perdas na qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.<br />

• Exposicao <strong>de</strong>snecessaria do paciente.<br />

• Reducao da produtivida<strong>de</strong>.<br />

• Aumento <strong>de</strong> custos.<br />

• Contaminacdo ambiental.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o autor, o processamento das imagens <strong>de</strong>ve ter como<br />

caracteristica a acuracia. Enten<strong>de</strong>-se por acuracia, o nivel <strong>de</strong> processamento que produz uma<br />

sensibilida<strong>de</strong> e um contraste que sdo caracteristicos do filme. Para isto acontecer, as condicOes<br />

clinicas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong>v<strong>em</strong> reproduzir os mesmos resultados obtidos pelo fabricante do<br />

filme.


46<br />

3.5.1 Controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura<br />

A t<strong>em</strong>peratura do revelador <strong>em</strong> uma processadora automatica <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong>ve estar na<br />

faixa <strong>de</strong> 33°C a 39°C. A t<strong>em</strong>peratura do revelador <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> filme, velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transporte e das recomendacOes do fabricante. Afeta a velocida<strong>de</strong> do filme (dose <strong>de</strong> radiacao),<br />

contraste do filme e o valor <strong>de</strong> base mais veu. Assim sendo, é muito importante que se<br />

cumpram as recomendaciies do fabricante, mantendo-a <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> urn limite <strong>de</strong> tolerancia <strong>de</strong> ±<br />

0,3°C (NCRP Report 99, 1988; IEC 1223-2-1,1993). Tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong> acordo corn estas normas é<br />

importante observar que:<br />

• as medicOes da t<strong>em</strong>peratura do revelador <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas diariamente;<br />

• o tipo <strong>de</strong> term8metro utilizado para as medidas <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> haste metalica ou digital;<br />

• termometros <strong>de</strong> mercurio nao <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utilizados.<br />

3.5.2 Taxa <strong>de</strong> reabastecimento<br />

A tecnica <strong>de</strong> manter a ativida<strong>de</strong> dos produtos quimicos (revelador e fixador) pela<br />

reposicao <strong>de</strong> solucaes a uma taxa constante foi sugerida <strong>em</strong> 1947 por Crabtree e Henn. Isto<br />

aumentou o seu t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vida ntil, mantendo as condicaes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po e t<strong>em</strong>peratura do<br />

processo <strong>de</strong> revelacao ( HAUS, 1993).<br />

De acordo corn a Industria Brasileira <strong>de</strong> Filmes (IBF), as modificacoes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

quantida<strong>de</strong> do revelador e do fixador sdo produzidas pela evaporacao, oxidacao, absorcao <strong>de</strong><br />

quimicos, cobertura <strong>de</strong> gelatina dos filmes e processo fotoquirnico. A oxidacao e a evaporacao<br />

sao efeitos do t<strong>em</strong>po e nao da quantida<strong>de</strong> dos filmes revelados. A quantida<strong>de</strong> dos banhos<br />

consumidos pela <strong>em</strong>ulsao <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da superficie dos filmes revelados e da composicao e<br />

espessura da <strong>em</strong>ulsao, do tipo <strong>de</strong> filme e da t<strong>em</strong>peratura.


47<br />

A taxa <strong>de</strong> reabastecimento <strong>de</strong>ve seguir as recomendacOes do fabricante <strong>de</strong> filmes. Se<br />

esta aumentada, o resultado sera um aumento do contraste radiografico. Se for muito<br />

reduzida, ocorrera um significativo <strong>de</strong>crescimo do contraste (BUSHONG, 1993).<br />

Na maioria das processadoras automaticas <strong>de</strong> filme com transporte por rolos, o<br />

reabastecimento ajustado pela largura do filme (IBF).<br />

3.5.3 Sensitometria<br />

Cada filme radiografico t<strong>em</strong> sua resposta particular. necessario que a conhecamos e<br />

que possamos medi-la para comparar dois sist<strong>em</strong>as, por ex<strong>em</strong>plo; ver<strong>de</strong> e azul. Esta resposta<br />

tamb<strong>em</strong> imprescindivel para que possamos ajustar todo o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> processamento, que<br />

compreen<strong>de</strong> a processadora, o filme, os produtos quimicos e o ecran, conseguindo com isso a<br />

melhor imag<strong>em</strong> radiografica possivel.<br />

Consi<strong>de</strong>re a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> geracdo <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> radiografica, observando-se que cada<br />

componente <strong>de</strong>sta ca<strong>de</strong>ia, como mostra a tabela 3 (extraida <strong>de</strong> KODAK, pg 15), contribui com<br />

uma parcela significativa para qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> final do exame.<br />

TABELA 3 - CADEIA DE GERAcA0 DA IMAGEM RADIOGRAFICA<br />

1 2 3 4 5 6 7<br />

EQUIPA-<br />

MENTO<br />

EXPOSIc<br />

-AO<br />

TECNICO PACIENTE FIUME/<br />

ECRAN<br />

PROCESSA<br />

MENTO<br />

NEGATOS-<br />

COPIO<br />

tipo gerador kVp conhecimento ida<strong>de</strong> tipos t<strong>em</strong>po luminosida<strong>de</strong><br />

retificacao mA habilida<strong>de</strong> sexo sist<strong>em</strong>a t<strong>em</strong>peratura tipo acrilico<br />

ponto focal t<strong>em</strong>po peso Velocida<strong>de</strong> reforco ambiente<br />

colimacao distancia regiao Veu agitacdo luz parasita<br />

tipo anodo<br />

Contraste<br />

capacida<strong>de</strong>


48<br />

Caso ocorrer uma variacdo na imag<strong>em</strong>, é muito <strong>de</strong>terminar qual das etapas acima esta<br />

alterando a imag<strong>em</strong> final. Assim, Hurter e Driffield <strong>de</strong>senvolveram urn metodo mat<strong>em</strong>atico<br />

baseado na curva caracteristica (ou sensitometrica) do filme. A partir <strong>de</strong>ssa analise e possivel<br />

eliminar os itens 1,2,3,4 e 7 da tabela 3.<br />

Para verificar a operacdo <strong>de</strong> uma processadora é preciso avaliar a imag<strong>em</strong> processada<br />

<strong>de</strong> urn filme no qual tenha sido dada uma exposicdo a<strong>de</strong>quadamente conhecida. Urn<br />

sensitometro é um dispositivo que fornece exposicOes b<strong>em</strong> controladas <strong>em</strong> um filme. Estas<br />

exposicaes sdo visualizadas na forma <strong>de</strong> uma escada corn tees ou mais passos. Este teste,<br />

acompanhado do controle da t<strong>em</strong>peratura do revelador, permite avaliar a repetibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

parametros tecnicos inerentes ao filme. Os parametros tecnicos avaliados sdo,<br />

respectivamente, Velocida<strong>de</strong>, Contraste e Base mais Veu (ver 3.3.3) (NETTO e<br />

CAMERON,1979; HAUS, 1996; NCRP Report 99).<br />

Para urn sensitometro que forneca uma exposicdo controlada <strong>de</strong> tees passos, o ponto<br />

central é uma indicacdo da velocida<strong>de</strong> do filme. Os outros dois correspon<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> alta<br />

e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> baixa, cuja diferenca fornece o contraste. 0 valor <strong>de</strong> base mais veu e obtido a<br />

partir da leitura da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> Optica <strong>de</strong> uma regido do flume ndo exposta ao sensitometro. As<br />

leituras das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s opticas impressas no filme pelo sensitometro sdo lidas por urn<br />

<strong>de</strong>nsitometro (NETTO e CAMERON,1979).<br />

Quando o PGQ for iniciado, as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> 6pticas dos quatro parametros <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

tomadas durante 5 dias consecutivos e sua media servira como linha <strong>de</strong> base. Os valores dos<br />

dias subsequentes sera() plotados e avaliados <strong>em</strong> relacdo a linha <strong>de</strong> base. Todos os valores para<br />

a velocida<strong>de</strong> e o contraste <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um limite maxim <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> ± 0,15 e o<br />

valor <strong>de</strong> base mais veu <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> urn limite <strong>de</strong> + 0,05 da linha <strong>de</strong> base (HAUS, 1996; NCRP<br />

Report 99,1988; IEC 1223-2-1).


49<br />

Apos um perfodo <strong>de</strong> aproximadamente dois meses do inicio do PGQ, estes limites<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> <strong>de</strong>crescer para ± 0,10 para velocida<strong>de</strong> e contraste, e + 0,03 para base mais veu<br />

respectivamente (NCRP Report 99,1988).<br />

Talvez a maior dificulda<strong>de</strong> encontrada na manutencao <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>terminacao da provavel causa dos probl<strong>em</strong>as com o processamento, quais as<br />

aeOes corretivas a ser<strong>em</strong> tomadas e quando agir ( GOLDMAN, 1981).<br />

Alguns dos probl<strong>em</strong>as que po<strong>de</strong>m ocorrer com as processadoras automaticas:<br />

Regeneracao excessiva.<br />

Regeneraedo insuficiente<br />

Oxidacao e /ou evaporacdo dos reveladores quimicos.<br />

T<strong>em</strong>peratura do revelador muito alta.<br />

Revelador contaminado com fixador<br />

Novos nfveis <strong>de</strong> operaedo nao levantados para uma nova caixa <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> controle.<br />

Exposiedo por luz <strong>de</strong> seguranca.<br />

Para cada probl<strong>em</strong>a que ocorrer com uma processadora automatica <strong>de</strong> filmes, a<br />

i<strong>de</strong>ntificaedo do probl<strong>em</strong>a estard baseado nos dados obtidos atraves da sensitometria, medidas<br />

fisicas simples (por ex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong>peratura), consi<strong>de</strong>racOes sobre a "historia" da processadora e<br />

observaeOes. 0 proximo passo e a tomada <strong>de</strong> medidas corretivas ( GOLDMAN, 1981).<br />

3.6 CAMARAS ESCURAS<br />

0 maior probl<strong>em</strong>a com as camaras escuras e o pa e a sujeira. Fumar, comer e beber<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser procedimentos banidos das camaras escuras fotograficas. Cinzas <strong>de</strong> cigarro e


50<br />

residuos <strong>de</strong> comida <strong>de</strong>positados no chassi po<strong>de</strong> produzir artefatos na imag<strong>em</strong>. Al<strong>em</strong> disso, os<br />

residuos <strong>de</strong> fumaea <strong>de</strong>positados nos ecrans reduz<strong>em</strong> sua vida util (NCRP Report 99, 1988).<br />

Um outro fator importante para ser observado nas camaras escuras e a umida<strong>de</strong><br />

relativa. Esta <strong>de</strong>ve estar entre 40 e 60%. Para valores abaixo <strong>de</strong> 40%, po<strong>de</strong>ra ocorrer um<br />

aumento <strong>de</strong> artefatos nos filmes revelados <strong>de</strong>vidas a eletricida<strong>de</strong> estatica. Por outro lado, para<br />

valores <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> superiores a 60% os filmes tornam-se pegajosos, favorecendo o<br />

aparecimento das impressOes digitais do operador (NCRP 99, 1988; CORTE, 1990).<br />

Os testes para verificaeao da existencia <strong>de</strong> veu nas camaras escuras auxiliam na<br />

avaliaeao do ambiente com respeito ao uso a<strong>de</strong>quado das lampadas <strong>de</strong> seguranca e luz branca.<br />

Estes testes ajudam a <strong>de</strong>terminar condieOes que po<strong>de</strong>m contribuir para o aumento in<strong>de</strong>sejavel<br />

na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do filme (HAUS, 1996). Os procedimentos para avaliaeao da existencia <strong>de</strong> veu<br />

nas camaras escuras po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>em</strong> GRAY et al (1983) e norma IEC 1223-2-3<br />

(1993).<br />

3.7 CONCLUSAO<br />

Neste capitulo, apresentou-se como se forma a imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma estrutura anatomica <strong>em</strong><br />

um filme radiografico, como obter esta imag<strong>em</strong> reduzindo a exposiedo do paciente atraves do<br />

uso <strong>de</strong> <strong>em</strong>us e quais sao as maneiras <strong>de</strong> manter a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta imag<strong>em</strong> para que esta<br />

possibilite um diagnOstico preciso. No capitulo 4, <strong>de</strong>staca-se a metodologia <strong>de</strong> aplicaeao do<br />

PGQ.


51<br />

CAPITULO 4<br />

METODOLOGIA DE UM PGQ<br />

4.1 INTRODUcAO<br />

Este capitulo apresenta a metodologia utilizada na implantacao do Programa <strong>de</strong><br />

Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>. 0 programa foi <strong>de</strong>senvolvido junto ao Servico <strong>de</strong> RadiodiagnOstico<br />

(SR) do Hospital <strong>de</strong> Clinicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Parana (HC).<br />

Urn convite foi feito, por parte da chefia do SR, para que o HC fosse o hospital<br />

pioneiro no Parana na implantacao <strong>de</strong> urn PGQ. Para sua impl<strong>em</strong>entacdo foram consi<strong>de</strong>rados<br />

requisitos basicos, tais como: ambiente <strong>de</strong> trabalho, necessida<strong>de</strong>s <strong>em</strong>ergenciais do servico,<br />

disponibilida<strong>de</strong> financeira para o projeto, e disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>ntro do SR.<br />

Ressalta-se que o SR do HC nao possui um fisico para acompanhar os servicos e o<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos equipamentos. A vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong> trabalhar no HC é que, por ser um hospital<br />

escola, possui uma boa infra-estrutura para realizacdo <strong>de</strong> testes e coleta <strong>de</strong> dados, e os<br />

medicos resi<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m acompanhar e auxiliar nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

4.2 AVALIAcAO INICIAL<br />

No inicio do trabalho, foram realizadas algumas ativida<strong>de</strong>s que objetivavam a<br />

familiarizacao do grupo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do CEFET-PR com a rotina <strong>de</strong> urn hospital, <strong>em</strong> um<br />

servico <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, como é o caso do HC. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas foram as<br />

seguintes:


52<br />

Ana das Radiografias Rejeitadas - 0 objetivo <strong>de</strong>ste procedimento estabelecer as causas<br />

<strong>de</strong> perdas das radiografias, que uma indicacao da constancia com a qual a qualida<strong>de</strong> da<br />

imag<strong>em</strong> aprovada obtida. 0 controle <strong>de</strong>stas radiografias rejeitadas permite avaliar o efeito da<br />

acao corretiva, mostrando tamb<strong>em</strong> os setores que apresentam elevada taxa <strong>de</strong> rejeicao. Em<br />

fevereiro <strong>de</strong> 1996 iniciou-se a analise <strong>de</strong>stas radiografias rejeitadas, e o metodo <strong>de</strong> trabalho<br />

adotado esta baseado nos trabalhos <strong>de</strong> Gray et al (1983) e <strong>de</strong> Goldman e Beech (1979). Estes<br />

trabalhos <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>, <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes, como implantar a analise das rejeicties e como estes dados<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser usados para ampliar um PGQ.<br />

A analise das causas <strong>de</strong> rejeicao era realizada com o auxilio dos medicos resi<strong>de</strong>ntes. 0<br />

controle foi feito atraves da tabela apresentada no anexo 1. A tabela cont<strong>em</strong> um total <strong>de</strong> treze<br />

causas <strong>de</strong> rejeicao e foi <strong>de</strong>senvolvida especialmente para o PGQ impl<strong>em</strong>entado no SR do HC.<br />

A escolha <strong>de</strong>ssas treze causas foi feita com base nos probl<strong>em</strong>as mais comuns que ocorriam<br />

durante a realizacao do exame, e que levavam, <strong>em</strong> geral, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetir a<br />

radiografia. Isso nao impe<strong>de</strong> que outras causas <strong>de</strong> rejeicao que nao constavam na tabela<br />

foss<strong>em</strong> classificadas. Os dados da tabela eram plotados para facilitar a analise e a<br />

i<strong>de</strong>ntificacao das causas <strong>de</strong> rejeicao mais frequentes e posteriormente medidas corretivas eram<br />

tomadas.<br />

Juntamente com as causas <strong>de</strong> rejeicao, analisou-se o indice <strong>de</strong> rejeicao por tecnico.<br />

Este foi um pedido da chefia do SR que solicitou, a i<strong>de</strong>ntificacao dos tecnicos do setor, nas<br />

radiografias.<br />

4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL<br />

Avaliacio dos Equipamentos <strong>de</strong> Raios-X - Paralelamente analise das radiografias<br />

rejeitadas, mediu-se os parametros <strong>de</strong> colimacao (coinci<strong>de</strong>ncia do campo luminoso e<br />

centralizacao do feixe), exatidao do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicao e da tensao (kVp).


53<br />

Os instrumentos utilizados para os testes, pertencentes a SESA-PR, garantiram um<br />

excelente padrao <strong>de</strong> precisao e reprodutibilida<strong>de</strong>, pois haviam sido calibrados recent<strong>em</strong>ente<br />

(TILLY, 1997).<br />

Os equipamentos utilizados para os testes foram:<br />

• medidor <strong>de</strong> kVp digital marca VICTOREEN mod. 07-473;<br />

• cronometro digital marca VICTOREEN mod. 07-457;<br />

• objeto para teste <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong> campo IRD/CNEN (placa <strong>de</strong> fenolite <strong>de</strong> 13 x 18 cm, com<br />

indicacoes radiopacas <strong>de</strong> estanho.<br />

Ail& os testes, a chefia do SR foi comunicada e as equipes <strong>de</strong> manutencao corretiva,<br />

que sao externas ao HC, foram acionadas e os reparos efetuados.<br />

Processamento Automatico <strong>de</strong> Filmes - 0 acompanhamento diario das processadoras<br />

automaticas <strong>de</strong> filme é fundamental para a obtencao <strong>de</strong> uma imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> diagnostica.<br />

Fatores como: contaminacao, dosag<strong>em</strong> ina<strong>de</strong>quadas, oxidacao e variacOes na taxa <strong>de</strong><br />

reabastecimento das solucoes quimicas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>teriorar a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> final.<br />

De acordo corn o it<strong>em</strong> 3.4, para garantir que a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> nao seja<br />

comprometida no processamento, é necessario assegurar-se da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns servicos,<br />

tais como:<br />

• preparacao dos produtos quimicos;<br />

• procedimentos <strong>de</strong> limpeza nas processadoras;<br />

• controle da t<strong>em</strong>peratura do revelador;<br />

• manutencao da taxa <strong>de</strong> reabastecimento a<strong>de</strong>quada;<br />

• condiciies <strong>de</strong> armazenamento e manuseio dos filmes;<br />

• sensitometria.<br />

0 SR efetua as compras <strong>de</strong> seus produtos, como filmes e produtos quimicos, atraves<br />

<strong>de</strong> concorrencia publica e nao possui urn padrao para o tipo <strong>de</strong> filmes e produtos quimicos


54<br />

utilizados. A preparacao dos produtos quimicos era realizada <strong>de</strong> acordo com a disposicao do<br />

tecnico que estivesse encarregado do servico. Procedimentos como reutilizar o fixador e<br />

alterar a concentracao do revelador e/ou do fixador, eram comuns no SR, a <strong>de</strong>speito das<br />

instrucOes contrarias da chefia. Decidiu-se entao por um aprimoramento dos procedimentos<br />

requeridos para assegurar a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> com os produtos disponiveis.<br />

Os produtos quimicos sao comercializados na forma concentrada e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser diluidos<br />

<strong>em</strong> agua na proporcao correta, especificada pelo fabricante (existe uma padronizacao no<br />

mercado). Se todos os passos para a preparacao dos produtos quimicos nao for<strong>em</strong><br />

rigorosamente cumpridos, a sensibilida<strong>de</strong> do filme revelado po<strong>de</strong>ra sofrer alteracoes<br />

in<strong>de</strong>sejaveis. Consultou-se uma <strong>em</strong>presa fabricante <strong>de</strong>stes produtos para que fornecesse o<br />

procedimento correto da preparacao (Anexo 2). Escolheu-se um funcionario para fazer o<br />

acompanhamento das quatro processadoras do SR, e ainda, uma outra processadora instalada<br />

no Centro Cirilrgico. As ativida<strong>de</strong>s a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidas por este funcionario inclufam a<br />

preparacdo das soluciies e as limpezas rotineiras, orientadas pela <strong>em</strong>presa fabricante <strong>de</strong><br />

processadoras.<br />

Para acompanhar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da processadora e importante que se realize,<br />

diariamente, um teste sensitometrico. Este teste, acompanhado do controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura dos<br />

produtos quimicos, mostra se todos os passos anteriormente citados estao sendo realizados<br />

corretamente, e permite avaliar a reprodutibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parametros tecnicos inerentes ao filme.<br />

Os parametros tecnicos avaliados sdo, respectivamente, velocida<strong>de</strong>, gradiente medio e base<br />

mais veu. A velocida<strong>de</strong> e o parametro que esta relacionado com a sensibilida<strong>de</strong> do filme ao<br />

processamento. 0 gradiente medic), que e uma medida obtida atraves da subtracao dos dois<br />

outros parametros (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> alta e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> baixa), e o parametro <strong>de</strong> contraste do filme<br />

(diferenca entre o maxim° e o minimo tom <strong>de</strong> cinza). 0 terceiro parametro, base mais veu, e<br />

uma funcao da constituicao do filme, mais uma pre-exposicao por radiacao ocasional na<br />

Camara escura.


55<br />

Os equipamentos utilizados para os testes <strong>de</strong> sensitometria foram :<br />

• sensitometro digital MRA, mod CQ-02;<br />

• <strong>de</strong>nsitometro digital MRA, mod CQ-01;<br />

• caixa nova <strong>de</strong> filmes para controle do mesmo tipo dos filmes utilizados para exames;<br />

• tabela <strong>de</strong> controle;<br />

• termometro digital <strong>de</strong> haste metalica.<br />

Foi <strong>de</strong>senvolvido um Protocolo para as processadoras automaticas <strong>de</strong> filmes. Este foi<br />

modificado algumas vezes ate que atingisse a sua forma atual. A i<strong>de</strong>ia inicial <strong>de</strong> que urn<br />

Protocolo fosse simples e objetivo foi substituida por outro que comportasse <strong>em</strong> apenas uma<br />

folha, contendo todos os dados requeridos pelo PGQ, no que se refere ao processamento. Os<br />

procedimentos incluidos no Protocolo <strong>de</strong>senvolvido para o SR (Anexo 3) sao: controle <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura, verificacao do nivel dos produtos quimicos nos tanques, manutencao da taxa <strong>de</strong><br />

reabastecimento a<strong>de</strong>quada, lavag<strong>em</strong> dos rolos dos tanques do revelador e do fixador e<br />

sensitometria<br />

Os primeiros testes <strong>de</strong> sensitometria foram realizados s<strong>em</strong> que fosse feita qualquer<br />

modificacdo corn as processadoras, corn o objetivo <strong>de</strong> mostrar como estas estavam operando.<br />

Os resultados <strong>de</strong>stes testes iniciais, realizados no mes <strong>de</strong> ago-set/96, sdo mostrados e<br />

discutidos no pr6ximo capitulo. Apos os testes iniciais, foi provi<strong>de</strong>nciada uma limpeza geral<br />

<strong>em</strong> cada uma das quatro processadoras, e os produtos quimicos foram preparados <strong>de</strong> acordo<br />

com as instrucoes do fabricante.<br />

Na figura 12 v<strong>em</strong>os o resultado <strong>de</strong> urn teste sensitometrico, on<strong>de</strong> estdo impressas no<br />

filme <strong>de</strong> teste, as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s dos tres passos do sensitometro. Nos testes diarios realizados no<br />

HC, <strong>em</strong> Curitiba, foi utilizado o sensitometro <strong>de</strong> tres passos. 0 passo central é uma indicacdo<br />

da velocida<strong>de</strong> do filme. Os outros dois correspon<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> alta e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> baixa, cuja<br />

diferenca fornece o gradiente medio (contraste). 0 valor da base mais veu é obtido a partir da<br />

leitura da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica <strong>de</strong> uma regiao do filme lido exposta pelo sensitometro. As leituras


56<br />

das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s opticas, produzidas ou nao pelo sensitometro, apOs o processamento, sao<br />

obtidas atraves do <strong>de</strong>nsitometro.<br />

Com os dados obtidos, levantam-se as curvas dos parametros <strong>em</strong> funcao dos dias <strong>de</strong><br />

realizacao dos testes. Estas curvas permit<strong>em</strong> analisar se os valores encontrados estao <strong>de</strong>ntro<br />

dos limites sugeridos pelas normas internacionais. Conforme citado no it<strong>em</strong> 3.5.3. o limite<br />

para velocida<strong>de</strong> e contraste estabelecido e <strong>de</strong> ± 0.10. Quando este valor for atingido, a<br />

processadora sist<strong>em</strong>aticamente acompanhada. Ao atingir<strong>em</strong> um valor limite <strong>de</strong> ± 0,15, a<br />

processadora <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser utilizada e sao acionadas as equipes <strong>de</strong> manutencao.<br />

Os resultados obtidos para velocida<strong>de</strong>, contraste e base mais veu, nos primeiros cinco<br />

dias <strong>de</strong> testes, foram adotados como Valores <strong>de</strong> Linha <strong>de</strong> Base (VLB) para os testes futuros<br />

(it<strong>em</strong> 3.5.3).<br />

.5r4Fszpt<br />

1/4.5"v<br />

Oa le-<br />

4111<br />

_<br />

k<br />

Figura 12 - Filme utilizado para o teste sensitometrico


57<br />

Este teste é realizado todas as manhas, apOs o aquecimento das processadoras e antes<br />

do inicio da realizacao dos exames.<br />

Contato Ecran - Filme - Para avaliar-se o contato ecran-filme, utiliza-se urn dispositivo<br />

<strong>de</strong> teste que consiste <strong>em</strong> duas unida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>nticas <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> arame <strong>de</strong> 3 linhas/cm<br />

envolvida <strong>em</strong> um plastic°. A avaliacao <strong>de</strong>ve ser feita quando for<strong>em</strong> introduzidos novos<br />

chassis nos servico e/ou quando os &runs foram trocados. Tamb<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizados estes<br />

testes quando ha suspeita <strong>de</strong> existir<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as corn o chassi <strong>em</strong> uso. S<strong>em</strong>pre que for<br />

verificada a existencia <strong>de</strong> mau contato entre o chassi e o ecran, <strong>de</strong>ve-se i<strong>de</strong>ntificar sua orig<strong>em</strong>,<br />

e se nao for possivel solucionar a dificulda<strong>de</strong>, o conjunto <strong>de</strong>ve ser retirado <strong>de</strong> uso. 0<br />

procedimento para o <strong>de</strong>senvolvimento do referido teste esta <strong>de</strong>scrito no anexo 4, baseado nos<br />

trabalhos <strong>de</strong> NETTO e CAMERON (1979).<br />

Camaras Escuras - Foram realizados testes nas duas camaras escuras do HC para a<br />

comprovacao da opacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes ambientes. Se alp& urn periodo <strong>de</strong> adaptacdo (entre 5 e 20<br />

min) foss<strong>em</strong> visualizados pontos <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> luz, como frestas <strong>de</strong> portas e laterais das<br />

processadoras (GRAY, 1983) solicitava-se a tomada <strong>de</strong> medidas corretivas. Foram instalados,<br />

tamb<strong>em</strong>, termohigrometros, para o acompanhamento diario <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura e umida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes<br />

ambientes. Solicitou-se uma atencao especial dos operadores das camaras, principalmente<br />

quando a umida<strong>de</strong> relativa do ar atingia valores muito pr6ximos ou inferiores a 40%, para se<br />

evitar as marcas <strong>de</strong> estatica nos filmes, que é um motivo <strong>de</strong> rejeicao do exame.<br />

4.4 - ESTRATEGIAS DE TRABALHO<br />

Reuniiies corn os Tecnicos do SR - Urn dos primeiros procedimentos adotados, ja <strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1995, foi a participacao do grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, composto por urn<br />

fisico e um aluno <strong>de</strong> iniciacao cientifica, nas reuniOes do SR.<br />

Estas reuniOes, promovidas pela chefia do servico, eram mensais e visavam<br />

apresentacao dos probl<strong>em</strong>as que estavam ocorrendo no setor e a discussao das possiveis


58<br />

solucaes. A presenca do grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> tinha por objetivo informar as<br />

propostas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que seriam <strong>de</strong>senvolvidas, ao mesmo t<strong>em</strong>po que se buscava a<br />

aceitacdo e a participacao dos tecnicos nestas ativida<strong>de</strong>s. A cooperacao dos tecnicos do setor<br />

nas ativida<strong>de</strong>s que sao <strong>de</strong>senvolvidas <strong>em</strong> um PGQ e fundamental para o exito do trabalho.<br />

Foi entregue um questionario aos tecnicos do SR, com o objetivo <strong>de</strong> conhece-los<br />

melhor. 0 questionario era composto das seguintes perguntas:<br />

1) Como voce apren<strong>de</strong>u a radiografar?<br />

2) Ha quantos anos trabalha como tecnico <strong>em</strong> radiologia?<br />

3) Voce segue as normas <strong>de</strong> protecao contra radiacao? Por que?<br />

4) Quais sao as maiores dificulda<strong>de</strong>s que voce encontra no seu trabalho aqui no HC?<br />

5) Qual o setor , na sua opiniao, que mais critico no que diz respeito obtencao <strong>de</strong><br />

uma boa imag<strong>em</strong> radiografica aqui no HC? Por que?<br />

6) Que sugestOes daria para melhorar a qualida<strong>de</strong> do servico?<br />

Este questionario foi entregue com a garantia <strong>de</strong> que as respostas pessoais nao seriam<br />

divulgadas chefia do SR. Respon<strong>de</strong>ram as perguntas 27% dos tecnicos, dos quais, 50%<br />

haviam realizado cursos e estagios regulares. 100% garantiram utilizar-se das normas <strong>de</strong><br />

protecdo radiolOgica tanto para si proprios como para os pacientes, s<strong>em</strong>pre que possivel. De<br />

todos os questionarios recebidos, <strong>em</strong> resposta pergunta <strong>de</strong> numero 6, apenas uma pessoa<br />

respon<strong>de</strong>u que seriam necessarios mais cursos para melhorar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho. Os<br />

<strong>de</strong>mais sugeriram a substituicao <strong>de</strong> equipamentos, principalmente das processadoras<br />

automaticas <strong>de</strong> filmes.<br />

Um passo muito importante do trabalho foi ganhar a confianca dos tecnicos para que<br />

entregass<strong>em</strong> a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> radiografias rejeitadas. Como cada tecnico era i<strong>de</strong>ntificado<br />

por um numero, havia o receio <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>riam surgir situacOes <strong>de</strong>sagradaveis para qu<strong>em</strong><br />

rejeitasse <strong>de</strong>mais. Gradativamente eles perceberam que o objetivo do trabalho ndo era pessoal,<br />

mas <strong>de</strong> interesse mutuo. Apenas no mes <strong>de</strong> maio/96, apos cinco meses dos primeiros contatos,<br />

que comecamos a receber uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiografias que indicava o Indice <strong>de</strong> rejeicao


59<br />

do <strong>de</strong>partamento, ainda corn restricOes. Isto porque era comum, na contag<strong>em</strong> mensal,<br />

encontrarmos radiografias corn data <strong>de</strong> realizaedo bastante anteriores.<br />

Avaliacoes com a Chefia do SR - Corn a analise das radiografias rejeitadas foi possivel<br />

i<strong>de</strong>ntificar quais os setores na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong> apresentavam os maiores<br />

probl<strong>em</strong>as. I<strong>de</strong>ntificou-se que as maiores causas <strong>de</strong> rejeiedo eram: filme claro (36%) e filme<br />

escuro (25,7%).<br />

Constatou-se que os probl<strong>em</strong>as corn o processamento eram diarios, sendo urgente a<br />

tomada <strong>de</strong> medidas corretivas neste setor da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong>. 0 passo inicial<br />

foi a aquisicao <strong>de</strong> equipamentos para controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para processadoras automaticas <strong>de</strong><br />

filmes. Para isso, foram adquiridos urn sensitometro e um <strong>de</strong>nsitometro, ambos no mercado<br />

nacional. Tamb<strong>em</strong> foi comprado um termometro digital <strong>de</strong> haste metalica, com resolucao <strong>de</strong><br />

0,1 °C. Foi escolhido urn funcionario do SR que assumiria os testes corn as processadoras,<br />

acompanhados do controle <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura.<br />

Treinamento <strong>de</strong> Pessoal - Al<strong>em</strong> do treinamento <strong>de</strong> grupos para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s do PGQ, foi oferecido um curso, com duraedo <strong>de</strong> 6 horas ( teorico e pratico) para<br />

os tecnicos e operadores <strong>de</strong> camaras escuras do SR. 0 conteudo do curso era: funcionamento<br />

das processadoras automaticas e procedimentos <strong>de</strong> limpeza, preparacao dos produtos<br />

quimicos, tecnicas <strong>de</strong> manipulacao do filme, procedimentos nas camaras escuras, revelacao e<br />

regras para o armazenamento dos filmes.<br />

Tamb<strong>em</strong> foi oferecido aos medicos resi<strong>de</strong>ntes, urn curso sobre Fisica do<br />

RadiodiagnOstico.<br />

Analise das Radiografias Rejeitadas - Apos a fase inicial do programa, passou-se a analisar<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filmes rejeitados por tamanho, indice <strong>de</strong> radiografias i<strong>de</strong>ntificadas, quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> filmes nao expostos e filmes totalmente velados.


60<br />

A ultima analise <strong>de</strong> causas <strong>de</strong> rejeicao foi realizada <strong>em</strong> <strong>de</strong>z/97 para uma reavaliacao<br />

dos trabalhos que estavam sendo realizados. Esta avaliacao seguiu o mesmo padrao <strong>de</strong> analise<br />

<strong>em</strong>pregado na fase inicial <strong>de</strong> implantacao do programa.<br />

4.5 CONCLUSA0<br />

Neste capitulo foi <strong>de</strong>scrita a metodologia utilizada no SR do HC, durante a<br />

implantacdo do PGQ, <strong>em</strong> alguns setores na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong>. No proximo<br />

capitulo sera) apresentados os resultados obtidos com a analise das radiografias rejeitadas.


61<br />

CAPiTULO 5<br />

ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS E TESTES DE CONSTANCIA<br />

5.1 INTRODUCAO<br />

Este capitulo apresenta os resultados obtidos com a impl<strong>em</strong>entacao da metodologia do<br />

PGQ, <strong>de</strong>scrita no Capitulo 4. Os resultados refer<strong>em</strong>-se a analise das radiografias rejeitadas,<br />

aos testes realizados com os equipamentos <strong>de</strong> raios-X, camaras escuras e treinamento <strong>de</strong><br />

pessoal.<br />

5.2 ANALISE DAS RADIOGRAFIAS REJEITADAS<br />

Conforme mencionado no it<strong>em</strong> 4.2, a atitu<strong>de</strong> inicial tomada pelo grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> foi conhecer o ambiente fisico do SR do HC e, principalmente, as pessoas com as<br />

quais o grupo iria interagir. Destas pessoas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria o exito do PGQ.<br />

Andfise das Radiografias Rejeitadas - 0 periodo <strong>de</strong> analise das radiografias rejeitadas foi <strong>de</strong><br />

20 meses, entre maio/96 a <strong>de</strong>z/97. A contag<strong>em</strong> <strong>de</strong>stas radiografias iniciou no mes <strong>de</strong> fev/96,<br />

mas apenas no mes <strong>de</strong> maio que as quantida<strong>de</strong>s tornaram-se confiaveis como parametro para<br />

calculo do indice <strong>de</strong> rejeicao. Isto ocorre <strong>em</strong> trabalhos <strong>de</strong>sta natureza, porque surge a<br />

<strong>de</strong>sconfianca, por parte dos tecnicos, <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m ser perseguidos no <strong>de</strong>partamento se<br />

rejeitar<strong>em</strong> muito. Gradativamente perceberam que este nao era o objetivo do trabalho e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiografias rejeitadas que eram entregues ten<strong>de</strong>ram estabilizacao.<br />

A figura 13 mostra o percentual <strong>de</strong> rejeicao das radiografias durante o perfodo <strong>de</strong><br />

aplicacao do PGQ. Entre os meses <strong>de</strong> fev/96 a mai/96, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exames rejeitados<br />

entregues pelos tecnicos nao retratavam a realida<strong>de</strong> do SR. No mes <strong>de</strong> fevereiro coletaram-se<br />

112 radiografias, no Ines <strong>de</strong> marco 312, e <strong>em</strong> abril 754. A partir do mes <strong>de</strong> maio, com um total


62<br />

<strong>de</strong> 1476 rejeicOes, estes valores se estabilizaram, tornando-se mais confiaveis para os calculos<br />

do indice <strong>de</strong> rejeicao. De acordo com informacoes anteriores a aplicacao do PGQ, o SR tinha<br />

uma taxa <strong>de</strong> rejeicao <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 20%. 0 indice <strong>de</strong> rejeicao medio durante aplicacao do PGQ<br />

foi <strong>de</strong> aproximadamente 8,5%. Po<strong>de</strong>-se observar que no mes <strong>de</strong> nov/96, a taxa <strong>de</strong> rejeicao<br />

<strong>de</strong>cresceu 50% <strong>em</strong> relacao ao mes <strong>de</strong> out/96. Isto esta ligado ao fato <strong>de</strong> estarmos<br />

acompanhando o processo <strong>de</strong> revelacao, medindo a t<strong>em</strong>peratura do revelador e realizando a<br />

sensitometria diaria. Com isso, alguns probl<strong>em</strong>as que po<strong>de</strong>riam ocorrer nesta fase da producao<br />

da imag<strong>em</strong>, levando a rejeicao do exame, foram eliminados.<br />

14<br />

iNDICE DE REJEICAO<br />

12<br />

10<br />

percen tua l(%)<br />

8<br />

6<br />

119119 1111<br />

4<br />

2<br />

0<br />

11 11111111111111111111<br />

111111111111111ffil<br />

O<br />

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O 0 0)<br />

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rn<br />

rn rn a) rn<br />

0)<br />

rn rn<br />

rn a) a) I,- N-<br />

O) 0)<br />

mes<br />

Figura 13 - indice <strong>de</strong> rejeicao durante a aplicacao do PGQ.


63<br />

0 aumento do indice <strong>de</strong> rejeicao nos meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>z/96 e jan/97 <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que<br />

ocorreram probl<strong>em</strong>as <strong>em</strong> uma das camaras escuras e houve a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar apenas<br />

duas das processadoras no servico, sobrecarregando a carga <strong>de</strong> trabalho. Cabe ainda ressaltar<br />

que as duas processadoras que estavam operando eram as mais antigas do SR, com mais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> servico. Entao, no mes <strong>de</strong> fev/97, ja com as duas camaras escuras <strong>em</strong><br />

funcionamento, os indices <strong>de</strong> rejeicao retomaram aos niveis <strong>de</strong> nov/96. o aumento <strong>de</strong><br />

radiografias rejeitadas registrado a partir do mes <strong>de</strong> mar/97 se <strong>de</strong>ve introducao <strong>de</strong> um<br />

produto quimico <strong>de</strong> outra marca, e que apresentou um rendimento muito ruim. A qualida<strong>de</strong> da<br />

revelacao <strong>de</strong>cresceu muito, sendo que os maiores probl<strong>em</strong>as aconteceram entre os meses <strong>de</strong><br />

ago/97 a out/97. Nesse periodo, foi introduzido um novo lote <strong>de</strong>sses mesmos produtos<br />

quimicos. No proximo capitulo sera feita uma analise mais <strong>de</strong>talhada do probl<strong>em</strong>a que<br />

ocorreu nessa fase.<br />

Na tabela 4 e apresentado o resultado da primeira analise das causas <strong>de</strong> rejeicao,<br />

realizado <strong>em</strong> mai/96, que t<strong>em</strong> como objetivo principal a i<strong>de</strong>ntificacao dos setores que<br />

apresentavam os maiores probl<strong>em</strong>as. As maiores causas <strong>de</strong> rejeicao eram: filme claro (36%) e<br />

filme escuro (25,7%). Como e dificil <strong>de</strong> diferenciar se estes efeitos ocorreram <strong>em</strong><br />

conseqiiencia <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as com o processamento ou com tecnica <strong>de</strong> exposicao <strong>em</strong>pregada,<br />

optou-se por um acompanhamento sist<strong>em</strong>atico do processo <strong>de</strong> revelacao.<br />

A terceira maior causa <strong>de</strong> rejeicao mau posicionamento (10,9%), indicacao <strong>de</strong><br />

probl<strong>em</strong>as com a capacitacao dos tecnicos envolvidos com o SR. Isto evi<strong>de</strong>ncia uma gran<strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover<strong>em</strong> cursos sobre tecnicas <strong>de</strong> posicionamento a estes trabalhadores.<br />

Tamb<strong>em</strong> sao rejeitadas radiografias por mau posicionamento, oriundas dos exames <strong>de</strong> plantao.<br />

S conseqiiencia da impossibilida<strong>de</strong> do paciente traumatizado ser posicionado<br />

a<strong>de</strong>quadamente para o exame.


64<br />

TABELA 4 - CAUSAS DE REJEIcA0 AVALIADAS NUM LOTE DE 1476<br />

RADIOGRAFIAS, mai/96<br />

Causa da Rejeican Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Exames Percentual (%)<br />

Claro 589 36,0<br />

Escuro 421 25,7<br />

Mau posicionamento 179 10,9<br />

Nao Exposto 127 7,8<br />

Movimento 60 3,7<br />

Chassis/Ecran 52 3,7<br />

Totalmente Velado 61 3,2<br />

Processadora (Mecanica) 52 3,2<br />

Aproveitaveis 37 2,3<br />

Camara Escura 22 1,3<br />

Equipamento <strong>de</strong> Raios-X 10 0,6<br />

Erros Tecnicos 9 0,6<br />

Filme Reutilizado 7 0,4<br />

Corpos Estranhos 5 0,3<br />

Filme Ina<strong>de</strong>quado 5 0,3<br />

Como os indices <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias nao expostas sao consi<strong>de</strong>raveis, resolveuse<br />

acompanhar mensalmente esses valores, buscando as causas do probl<strong>em</strong>a. Na figura 14,<br />

t<strong>em</strong>os o percentual <strong>de</strong> radiografias nao expostas que foram rejeitadas no periodo <strong>de</strong> aplicacao<br />

do PGQ.


65<br />

20<br />

FILMES NAO EXPOSTOS<br />

18<br />

16<br />

14<br />

•E'<br />

W 10<br />

a)<br />

a 8<br />

6<br />

4<br />

0<br />

raj<br />

c o s><br />

C > " C<br />

E<br />

0<br />

— (70- - 1).<br />

0 s > N<br />

c -o (2. 4 L2 E<br />

(3)<br />

(S, ° m E —<br />

a) zr, co a" 6- co izz<br />

as<br />

Rs.<br />

2 8<br />

cr) cs) c') a) a) Nee a) a) a) cl) rn as us<br />

Figura 14 - Percentual <strong>de</strong> filmes nao expostos entre maio/96 a <strong>de</strong>z/97.<br />

A provavel causa para existir urn indice tao alto para filmes nao expostos é a falha nos<br />

equipamentos <strong>de</strong> raios-X, acusando uma exposicao que, na verda<strong>de</strong>, nao ocorreu. Outro<br />

motivo para estas rejeicOes foi verificado nas camaras escuras. Exist<strong>em</strong> duas janelas <strong>de</strong> acesso<br />

do corredor para camaras escuras e vice-versa. Uma das janelas <strong>de</strong>stina-se a filmes virgens, e<br />

a outra aos filmes expostos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser revelados. Constatou-se que, muitas vezes, os<br />

filmes nao expostos é que sao revelados, porque os filmes virgens sao colocados nas janelas<br />

<strong>de</strong>stinadas para os filmes ja. expostos.<br />

No it<strong>em</strong> movimento (3,7%), a maior parte dos exames analisados era <strong>de</strong> criancas ou <strong>de</strong><br />

exames <strong>de</strong> tOrax.


66<br />

Para os exames <strong>de</strong> torax, utilizam-se os maiores chassis disponiveis no SR, com 35 x<br />

43 cm. Devido ao tamanho, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existir<strong>em</strong> regiiies <strong>de</strong> contato pobre sao maiores.<br />

A causa <strong>de</strong> rejeicao por movimento po<strong>de</strong> ser tamb<strong>em</strong>, conseqiiencia <strong>de</strong> um contato ecran -<br />

filme ruim.<br />

Como tamb<strong>em</strong> havia um indice <strong>de</strong> 3,7% <strong>de</strong> radiografias rejeitadas por probl<strong>em</strong>as<br />

atribuidos diretamente ao chassi (probl<strong>em</strong>as com as dobradicas, e/ou <strong>de</strong>formacao ), ou com os<br />

&tuns (manchas e riscos) optou-se pela compra <strong>de</strong> chassis novos e pela substituicao dos<br />

ecrans <strong>de</strong> tungstato <strong>de</strong> calcio por ecrans <strong>de</strong> terras raras. 0 filme tamb<strong>em</strong> foi substituido,<br />

passando <strong>de</strong> filme azul para filme ver<strong>de</strong>.<br />

Quais sao as vantagens se po<strong>de</strong> obter com esta mudanca?<br />

a) com a utilizacao dos &runs <strong>de</strong> terras raras, o paciente e o tecnico sao menos expostos a<br />

radiacao (vi<strong>de</strong> it<strong>em</strong> 3.3.1);<br />

b) reducao dos filmes rejeitados por mau contato ecran-filme;<br />

c) economia <strong>de</strong> filmes e produtos quimicos.<br />

0 percentual <strong>de</strong> filmes totalmente velados que apareciam nas pilhas <strong>de</strong> radiografias<br />

rejeitadas tamb<strong>em</strong> foi acompanhado. Na figura 15, v<strong>em</strong>os o resultado <strong>de</strong>stas avaliaceies. No<br />

mes <strong>de</strong> nov/97, o sithito aumento das radiografias totalmente veladas ocorreu porque uma das<br />

camaras escuras havia passado por uma reforma completa. No momento da instalacao dos<br />

interruptores <strong>de</strong> luz, a posicao <strong>de</strong> acen<strong>de</strong>r/apagar foi invertida pelo pessoal da manutencao.<br />

Acontece que os operadores <strong>de</strong> camaras escuras no HC sao <strong>de</strong>ficientes visuais. Quando o<br />

operador entrou para trabalhar, verificou a posicao da chave <strong>de</strong> luz, constatou que estaria<br />

apagada e comecou a trabalhar, carregando os chassis e revelando os primeiros exames da<br />

manha. Apos um periodo <strong>de</strong> aproximadamente uma hora <strong>de</strong> trabalho nestas condicaes e que<br />

foi percebido o probl<strong>em</strong>a.


67<br />

RADIOGRAFIAS TOTALMENTE VELADAS<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

a) 4<br />

a_<br />

3<br />

2<br />

.CT3 c 0<br />

-


68<br />

mesma que ocorre corn os filmes nao expostos, on<strong>de</strong> os filmes sao colocados <strong>em</strong> janelas<br />

trocadas.<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiografias i<strong>de</strong>ntificadas corn o numero dos tecnicos tamb<strong>em</strong> foi um<br />

parametro avaliado pelo PGQ, a pedido da chefia do SR. Observa-se na figura 16 que o<br />

aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiografias i<strong>de</strong>ntificadas é linear, culminando no mes <strong>de</strong> nov/96,<br />

coincidindo corn o menor indice <strong>de</strong> rejeicao registrado (5,9%). Isso se <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que,<br />

a medida que o PGQ comecou a trazer bons resultados ao SR, cresceu a confianca dos<br />

tecnicos. 0 menor indice <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificacao ocorreu no mes <strong>de</strong> ago/97 (38,5%). Este foi o<br />

periodo da pior qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imag<strong>em</strong> durante o trabalho que ocorreu <strong>de</strong>vido a pessima<br />

qualida<strong>de</strong> dos produtos quimicos utilizados, on<strong>de</strong> a maior parte dos exames rejeitados<br />

estavam tao claros que era impossivel i<strong>de</strong>ntificar o numero do tecnico.<br />

70<br />

RADIOGRAFIAS IDENTIFICADAS<br />

60<br />

50<br />

a)<br />

3<br />

20<br />

10<br />

0<br />

a) > N C<br />

0 CD<br />

><br />

CO<br />

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(i) 0 C '0<br />

CD<br />

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CO<br />

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E<br />

C<br />

N- N<br />

0)<br />

O<br />

O<br />

N-<br />

><br />

0 N a)<br />

C -o<br />

I--<br />

Off) 0) Cr)<br />

Figura 16 - Percentual <strong>de</strong> radiografias i<strong>de</strong>ntificadas entre maio/96 a <strong>de</strong>z/97.


69<br />

5.3 TESTES DE CONSTANCIA<br />

Avaliacao dos Equipamentos <strong>de</strong> Raios-X - Para avaliacao dos equipamentos <strong>de</strong> raios-X,<br />

foram selecionadas, <strong>em</strong> media, tres faixas <strong>de</strong> tensao por equipamento. Ficou constatado que<br />

todos estavam <strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> adotados <strong>de</strong> ±5% dos valores reais <strong>em</strong><br />

relaeao aos valores nominais (indicados no painel dos equipamentos) (NCRP Report 99,<br />

1988).<br />

Para o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicao, foram avaliados <strong>em</strong> media tres faixas <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po para os<br />

intervalos: t > 0,1s; 0,01 t 0,1s e t < 0,01s. 0 parametro <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> adotado e a<br />

variaeao menor que ±5% do valor medio do t<strong>em</strong>po (NCRP Report 99, 1988).<br />

Das avaliaeOes, 27,7% dos equipamentos apresentaram um <strong>de</strong>svio medio <strong>de</strong> 2% na<br />

faixa <strong>de</strong> operacao <strong>de</strong> t > 0,1s. No entanto, 100% dos equipamentos apresentaram, nos outros<br />

intervalos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po avaliados, <strong>de</strong>svios fora da tolerancia ou <strong>de</strong> qualquer outro limite <strong>de</strong><br />

conformida<strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>sse ser adotado. Para um dos equipamentos, para um t<strong>em</strong>po nominal<br />

<strong>de</strong> 0,032s, foi encontrado um <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> + 141,3%. A consequencia da utilizaeao <strong>de</strong><br />

equipamentos que ndo reproduzam o t<strong>em</strong>po esperado faz com que seja necessaria a utilizacao<br />

<strong>de</strong> uma tecnica <strong>de</strong> exposicao nao padronizada para aquele tipo <strong>de</strong> exame. Isso po<strong>de</strong> levar a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repeticao, aumentando-se a dose <strong>de</strong> radiacao sobre o paciente, sobre o tecnico<br />

que realizou o exame, gastando-se mais filmes, produtos quimicos etc.<br />

Camaras Escuras - Nas inspecOes feitas nas camaras escuras, visualizou-se a existencia <strong>de</strong><br />

frestas ao redor das processadoras e ao redor da porta <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>las. Um outro probl<strong>em</strong>a que<br />

foi constatado, e parcialmente eliminado, foi o habit° <strong>de</strong> comer e fumar nestes ambientes. Os<br />

operadores <strong>de</strong>stas camaras resist<strong>em</strong> a mudanea <strong>de</strong>stes habitos. No HC, os operadores <strong>de</strong><br />

camaras escuras sao <strong>de</strong>ficientes visuais, portanto, <strong>de</strong>ntro ou fora <strong>de</strong>las nao ha muita diferenea<br />

no ambiente, assim eles se sent<strong>em</strong> muito a vonta<strong>de</strong> la <strong>de</strong>ntro. Um procedimento que v<strong>em</strong>


70<br />

apresentando resultados é a alegacao que fumar ou comer <strong>em</strong> ambientes corn vapores<br />

quimicos e bastante prejudicial a sair<strong>de</strong> <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> este habito.<br />

5.4 TREINAMENTO DE PESSOAL<br />

0 curso sobre funcionamento das processadoras automaticas e procedimentos <strong>de</strong><br />

limpeza, preparacao dos produtos quimicos, tecnicas <strong>de</strong> manipulacao do filme, procedimentos<br />

nas camaras escuras, revelacdo e regras para o armazenamento dos filmes, foi ministrado por<br />

duas pessoas que nao faz<strong>em</strong> parte do grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Esta estrategia foi<br />

adotada para que ficasse evi<strong>de</strong>nte que as tecnicas apresentadas eram parte <strong>de</strong> urn treinamento<br />

geral, e nab especifico para resolver os probl<strong>em</strong>as do HC.<br />

Os resultados <strong>de</strong> uma Oltima analise das causas <strong>de</strong> rejeicao foi realizada no mes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z/97. Desta analise, constatou-se que 81,2% das rejeicees saio atribuidas a erros<br />

tecnicos (tabela 5). Ficou caracterizado que ainda é preciso muito esforco para qualificar<br />

melhor os tecnicos do SR. Apesar <strong>de</strong> estar havendo urn controle sobre todo o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

processamento, continuam altos os indices <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> filmes muito claros (23,3%), e <strong>de</strong><br />

filmes muito escuros (19,5%). Po<strong>de</strong>m ser resultado das tecnicas <strong>de</strong> exposicao <strong>em</strong>pregadas. Ou<br />

seja, houve uma exposic5o do paciente maior do que a recomendada, pois foi necessario<br />

repetir o exame. Estas praticas so serao eliminadas <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> radiodiagnostico,<br />

quando houver um acompanhamento sist<strong>em</strong>atico <strong>de</strong> todos os equipamentos envolvidos na<br />

producao da imag<strong>em</strong>, treinamento dos tecnicos e criacao <strong>de</strong> uma consciencia coletiva <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>. Outra evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> que e preciso um born programa <strong>de</strong> treinamento e o alto<br />

percentual <strong>de</strong> exames rejeitados por mau posicionamento do paciente, atingindo um valor<br />

medio <strong>de</strong> 19,1%. Este foi o maior indice <strong>de</strong> rejeicao por mau posicionamento durante todo o<br />

PGQ.


71<br />

No momento, esta havendo um planejamento sobre um curso a ser ministrado a estes<br />

profissionais, e que <strong>de</strong>vera ter uma duracao <strong>de</strong> 90 horas-aula. 0 conteudo <strong>de</strong>ste curso envolve<br />

tecnicas <strong>de</strong> exposicao e revelacao, nocoes <strong>de</strong> anatomia e posicionamento do paciente.<br />

TABELA 5 - CAUSAS DE REJEIcA0 POR ERROS TECNICOS AVALIADAS<br />

NUM LOTE DE 844 RADIOGRAFIAS, <strong>de</strong>z/97<br />

Causa da Rejeican Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Exames Percentual (%)<br />

Claro 197 23,3<br />

Escuro 161 19,5<br />

Mau posicionamento 159 19,1<br />

N'ao Exposto 108 12,7<br />

Aproveitaveis 58 5,7<br />

Filme Reutilizado 3 0,7<br />

Corpos Estranhos 2 0,2<br />

5.5 OUTRAS CAUSAS DE REJEIcA0<br />

As causas <strong>de</strong> rejeicao restantes da analise <strong>de</strong> <strong>de</strong>z/97 sao mostradas na tabela 6. Para o<br />

it<strong>em</strong> movimento do paciente obteve-se um Indice <strong>de</strong> 6,5%, seguido <strong>de</strong> filmes totalmente<br />

velados (4,5%). Este indice ainda continua alto, evi<strong>de</strong>nciando que e preciso procurar saber<br />

mais sobre o orig<strong>em</strong> <strong>de</strong>stes filmes que saio expostos a luz e, entao revelados.<br />

TABELA 6 -OUTRAS CAUSAS DE REJEIcA0 <strong>de</strong>z/97<br />

Causa da Rejeicao Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Exames Percentual (`)/0)<br />

Movimento 51 6,5<br />

Totalmente Velado 36 4,5<br />

Processadora (Mecanica) 29 3,3<br />

Equipamento <strong>de</strong> Raios-X 25 3,2<br />

Chassis/Ecran 11 1,3


72<br />

Neste periodo tiv<strong>em</strong>os probl<strong>em</strong>as corn a parte mecanica das processadoras, pois é<br />

significativo urn indice <strong>de</strong> 3,3% <strong>de</strong> filmes rejeitados com marcas dos rolos. Muitas vezes, no<br />

momento das manutencifies, por falta <strong>de</strong> atencao, os rolos dos tanques sao mal colocados,<br />

riscando os filmes. Para os equipamentos <strong>de</strong> raios-X, o percentual <strong>de</strong> 3,2% evi<strong>de</strong>nciam a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover uma reavaliacao <strong>de</strong>stes equipamentos, principalmente nos<br />

parametros <strong>de</strong> colimacdo. A rejeicao atribuida ao conjunto chassi/ecran (1,3%), ten<strong>de</strong> a ser<br />

minimizada com a substituicao dos mesmos.<br />

5.6 CONCLUSAO<br />

Neste capitulo foram apresentados os resultados obtidos corn a analise da radiografias<br />

rejeitadas apos a implantacao <strong>de</strong> um PGQ no Servico <strong>de</strong> RadiodiagnOstico do HC. Foram<br />

analisados os indices <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> radiografias durante o period() <strong>de</strong> implantacao do PGQ,<br />

assim como as causas <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong>stas radiografias. 0 objetivo <strong>de</strong>sta analise era <strong>de</strong>scobrir<br />

quais setores da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong> radiografica apresentavam os maiores<br />

probl<strong>em</strong>as. A partir da i<strong>de</strong>ntificacao dos setores, o proximo passo era a tomada <strong>de</strong> medidas<br />

corretivas.


73<br />

CAPiTULO 6<br />

SENSITOMETRIA<br />

6.1 INTRODKAO<br />

Neste capitulo sera° apresentados os resultados alcancados com a introducao do<br />

Protocolo para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes, mostrando a<br />

importancia do acompanhamento <strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong> revelacdo das radiografias.<br />

6.2 PROCEDIMENTOS INICIAIS<br />

0 controle da t<strong>em</strong>peratura do revelador foi iniciado ja <strong>em</strong> abr/96, com a aquisicao <strong>de</strong><br />

um termometro <strong>de</strong> alcool, que foi substituido no mes seguinte por um termometro digital <strong>de</strong><br />

haste metalica, mais a<strong>de</strong>quado para este tipo <strong>de</strong> medida. 0 instrumento possuia uma precisao<br />

<strong>de</strong> 0,1°C. No mes <strong>de</strong> ago/96 chegaram o sensitometro e o <strong>de</strong>nsitometro adquiridos para os<br />

testes sensitometricos diarios.<br />

6.3 0 PROTOCOLO<br />

De acordo com a chefia do SR, nao existia nenhum procedimento sist<strong>em</strong>atico para o<br />

processamento automatic° <strong>de</strong> filmes <strong>em</strong> relacao aos itens abaixo:


74<br />

• preparacao dos produtos quimicos;<br />

• procedimentos <strong>de</strong> limpeza nas processadoras;<br />

• controle da t<strong>em</strong>peratura do revelador;<br />

• manutencao da taxa <strong>de</strong> reabastecimento a<strong>de</strong>quada;<br />

• condicaes <strong>de</strong> armazenamento e manuseio dos filmes;<br />

• sensitometria.<br />

Para que se obtenha imagens com qualida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada ao diagn6stico medico, e<br />

necessario que exista um controle sobre os itens citados acima, e que estes sejam mantidos<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada faixa <strong>de</strong> valores. Uma monitorizacao sist<strong>em</strong>atica requerida, e isto<br />

provi<strong>de</strong>nciado por um Protocolo a<strong>de</strong>quado. 0 Protocolo para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong><br />

Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes, <strong>de</strong>senvolvido para este trabalho, inclui o<br />

acompanhamento <strong>de</strong> todos os itens citados. Apesar <strong>de</strong>sta parte do trabalho ter iniciado <strong>em</strong><br />

ago/96, ele s6 foi instalado completamente <strong>em</strong> maio/97. Antes da implantacao <strong>de</strong>stes<br />

procedimentos, nao havia qualquer criterio estabelecido para o funcionamento das<br />

processadoras, n<strong>em</strong> mesmo um controle a<strong>de</strong>quado da t<strong>em</strong>peratura do revelador. Como os<br />

probl<strong>em</strong>as eram muito freqiientes (ate diarios) e qualquer pessoa do SR podia intervir, as<br />

tentativas para solucionar os probl<strong>em</strong>as geravam, as vezes, outras complicacOes. Isto porque<br />

ocorria a <strong>de</strong>sestabilizacao <strong>de</strong> outros itens da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> revelacao. 0 Protocolo <strong>de</strong>senvolvido<br />

apresentado no anexo 3, on<strong>de</strong> estao contidas todas as instrucoes para sua aplicacao.<br />

Com a realizacao da sensitometria diaria, e o acompanhamento da t<strong>em</strong>peratura do<br />

revelador, a processadora vistoriada apes o teste, se algum probl<strong>em</strong>a for <strong>de</strong>tectado. A fonte<br />

do probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>ve ser encontrada e corrigida antes que qualquer exame seja processado,<br />

impedindo que haja o comprometimento da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> e exigindo repeticOes. Estas<br />

levariam a uma exposicao <strong>de</strong>snecessaria do paciente e do tecnico, gastos com filmes e<br />

produtos quimicos e <strong>de</strong>mora na entrega <strong>de</strong> resultados.<br />

Para a implantacao do Protocolo Para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras<br />

Automaticas <strong>de</strong> Filmes no HC, necessitou-se da <strong>de</strong>terminacao dos valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base


75<br />

(VLB). A tabela 7 mostra os valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base obtidos para a t<strong>em</strong>peratura, velocida<strong>de</strong>,<br />

gradiente medio e base mais veu, no periodo <strong>de</strong> 12 a 16 <strong>de</strong> ago/96, na primeira s<strong>em</strong>ana <strong>de</strong><br />

realizaeao dos testes sensitometricos nas quatro processadoras. Estes valores sao obtidos<br />

atraves da media dos parametros avaliados durante cinco dias consecutivos.<br />

TABELA 7 - LINHA DE BASE DAS PROCESSADORAS - 12 A 16 DE AGOSTO/96<br />

DATA P K (I) P K (II)<br />

T<strong>em</strong>peratura<br />

(°C)<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

Contraste<br />

Base<br />

mais<br />

Veu<br />

T<strong>em</strong>peratura<br />

(°C)<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

Contraste<br />

Base<br />

mais<br />

Veu<br />

12/08 35,1 0,80 0,82 0,23 35,0 0,80 0,88 0,21<br />

13/08 37,0 0,77 0,80 0,22 37,0 0,75 0,77 0,21<br />

14/08 35,2 0,80 0,78 0,22 35,0 0,78 0,87 0,22<br />

15/08 34,2 0,90 0,75 0,25 34,0 0,74 0,73 0.23<br />

16/08 34,4 0,64 0,65 0,20 34,0 0,60 0,52 0,18<br />

VLB 35,2 0,78 0,76 0,22 35,0 0,73 0,75 0,21<br />

DATA P S (1) P S (2)<br />

T<strong>em</strong>peratura<br />

(°C)<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

Contraste<br />

Base<br />

mais<br />

Veu<br />

T<strong>em</strong>peratura<br />

(°C)<br />

Velocida<strong>de</strong><br />

Contraste<br />

Base<br />

mais<br />

Veu<br />

12/08 35,1 0,71 0,70 0,30 34,0 0,65 0,65 0,29<br />

13/08 35,1 0,69 0,66 0,32 34,4 0,59 0,53 0,22<br />

14/08 35,2 1,06 1,10 0,22 34,5 0,60 0,56 0,21<br />

15/08 35,0 0,48 0,38 0,20 35,2 0,57 0,52 0,18<br />

16/08 35,2 0,52 0,43 0,21 34,3 0,47 0,32 0,19<br />

VLB 35,1 0,69 0,65 0,25 34,5 0,58 0,52 0,22


76<br />

6.4 RESULTADOS INICIAIS<br />

A figura 17 apresenta o resultado das medicties antes da aplicacao do Protocolo para<br />

Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes. Nesta figura sao<br />

apresentados os resultado da monitorizacao da t<strong>em</strong>peratura <strong>em</strong> uma das quatro processadoras<br />

avaliadas, b<strong>em</strong> como os resultados do primeiro periodo <strong>de</strong> realizacao dos testes<br />

sensitometricos, entre 12 <strong>de</strong> agosto a 19 <strong>de</strong> set/96. Para a t<strong>em</strong>peratura do revelador (Fig. 17<br />

a)), o limite maxim° adotado é <strong>de</strong> 37°C, seguindo as instruceies dos fornecedores <strong>de</strong> filmes.<br />

Estes dados foram utilizados para realizar as analises <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho das processadoras, como<br />

por ex<strong>em</strong>plo, impedimento <strong>de</strong> utilizacao quando os parametros avaliados (t<strong>em</strong>peratura,<br />

velocida<strong>de</strong>, contraste e base mais veu), estavam fora dos limites recomendados. Outras<br />

variaveis, como a preparacao dos produtos quimicos e taxa <strong>de</strong> reabastecimento tamb<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas no momento da interpretacao dos resultados do teste sensitometrico.<br />

Corn a implantacao do PGQ, o acompanhamento diario da t<strong>em</strong>peratura do revelador tornou-se<br />

rotina no SR. Dessa forma, nao houve comprometimento da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>,<br />

principalmente nos dias 02, 06 e 20 set/96, uma vez que <strong>de</strong>tectada a gran<strong>de</strong> variacao <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura, esta processadora nao foi utilizada ate ter sido feito o ajuste para a t<strong>em</strong>peratura<br />

i<strong>de</strong>al. De acordo corn o it<strong>em</strong> 3.5.1, a t<strong>em</strong>peratura i<strong>de</strong>al para o revelador <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong><br />

flume utilizado, da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte e das recomendacOes do fabricante, afetando a<br />

velocida<strong>de</strong> do filme (dose <strong>de</strong> radiacao), contraste do flume e o valor <strong>de</strong> base mais veu. Assim<br />

sendo, é muito importante que se cumpram as recomendacOes do fabricante, mantendo a<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong>ntro do limite <strong>de</strong> tolerancia especificado<br />

Na figura 17 b), apresenta-se a curva da velocida<strong>de</strong> obtida a partir do teste<br />

sensitometrico realizado diariamente (tolerancia conforme citado <strong>em</strong> 3.5.3), na mesma<br />

processadora. 0 ponto zero nos graficos, correspon<strong>de</strong> ao VLB, para cada uma das gran<strong>de</strong>zas<br />

avaliadas. Nesta figura observa-se o efeito que a variacao <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura provoca na curva <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong>. Nos dias 02 e 06 <strong>de</strong> set/96, houve um aumento da velocida<strong>de</strong> do flume, e por<br />

conseguinte uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> prata foram revelados no intervalo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po<br />

consi<strong>de</strong>rado. 0 resultado <strong>de</strong>sta variacao é urn enegrecimento global do filme. Nas outras datas


77<br />

nao ocorreram variaceies na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corridas da variacao da t<strong>em</strong>peratura. Contudo, os<br />

valores medidos exce<strong>de</strong>ram os limites <strong>de</strong> tolerancia, cabendo uma analise mais criteriosa para<br />

solucionar o probl<strong>em</strong>a. Para isso, muito importante saber se houve mudancas na taxa <strong>de</strong><br />

reabastecimento, se novos produtos quimicos foram preparados, se a processadora esta limpa,<br />

e ate mesmo o conhecimento da "histOria" da processadora. A i<strong>de</strong>ntfficacao do probl<strong>em</strong>a po<strong>de</strong><br />

ser a parte mais complicada do probl<strong>em</strong>a, mas quando ha um protocolo para cada<br />

processadora e muito mais simples.<br />

Na figura 17 c) observa-se uma oscilacao significativa do contraste dos filmes<br />

revelados, <strong>de</strong> forma que a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica do filme reduzida. Na terminologia medica tratase<br />

<strong>de</strong> uma radiografia "pouco penetrada", ou como analisada nas causas <strong>de</strong> rejeicao, uma<br />

radiografia muito clara. Este fato po<strong>de</strong> dificultar o diagn6stico, ja que estruturas pr6ximas<br />

com pequenas diferencas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser visualizadas. Po<strong>de</strong>mos acompanhar nas<br />

figuras 17 b) , c) e d), que estas variacOes sao <strong>de</strong>correntes nao apenas das variacOes <strong>de</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura. Neste caso, atribui-se a extrapolacao dos limites <strong>de</strong> tolerancia a tecnica <strong>de</strong><br />

preparacao dos produtos quimicos e variacCies na taxa <strong>de</strong> reabastecimento, ja que durante este<br />

periodo, estes procedimentos ainda nao estavam sendo acompanhados. Por isso, observa-se<br />

que as variacOes da velocida<strong>de</strong> e do contraste ocorr<strong>em</strong>, extrapolando os limites, mesmo<br />

quando a t<strong>em</strong>peratura foi controlada. Neste caso, para o parametro contraste, os limites <strong>de</strong><br />

controle foram excedidos <strong>em</strong> 69% do periodo avaliado.


78<br />

t<strong>em</strong>peratu ra (°C) cu I<br />

44.5<br />

42.5<br />

40.5<br />

38.5<br />

36.5<br />

34.5<br />

32.5<br />

1 1 1-1_1 1— 4<br />

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Gran<strong>de</strong>zas<br />

Limites<br />

Linha Base<br />

Figura 17 - Resultado do teste sensitometrico realizado na P K (II) <strong>em</strong> ago-set/96.


79<br />

Na figura 17 d), t<strong>em</strong>os a curva dos valores <strong>de</strong> base mais veu no mesmo periodo. Po<strong>de</strong>se<br />

observar que nos dias 02 e 06 <strong>de</strong> set/96, houve um acrescimo do nivel <strong>de</strong> veu (tolerancia<br />

conforme citado <strong>em</strong> 3.5.3), <strong>de</strong>correntes do aumento da t<strong>em</strong>peratura do revelador. Isto reduz o<br />

contraste do exame radiografico. Para os <strong>de</strong>mais periodos, a variacao ocorrida a nivel <strong>de</strong> base<br />

mais veu leva a conclusao <strong>de</strong> que os filmes <strong>de</strong> teste estavam sendo ina<strong>de</strong>quadamente<br />

armazenados, ou estavam sofrendo uma pre-exposicao a luz ate o dia 30 <strong>de</strong> ago/96. A<br />

estabilida<strong>de</strong> atingida a partir <strong>de</strong> 03 <strong>de</strong> set/96 po<strong>de</strong> indicar que estes sao os verda<strong>de</strong>iros valores<br />

<strong>de</strong> base mais veu para este tipo <strong>de</strong> filme. Quanto menor o nivel <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong>za, maior o<br />

contraste da imag<strong>em</strong>.<br />

Apos a instalacao do Protocolo no setor <strong>de</strong> revelacao, os seguintes parametros estao<br />

sendo controlados: preparacao dos produtos quimicos, procedimentos <strong>de</strong> limpeza nas<br />

processadoras, controle da t<strong>em</strong>peratura do revelador, manutencao da taxa <strong>de</strong> reabastecimento<br />

a<strong>de</strong>quada, e as condicoes <strong>de</strong> armazenamento e manuseio dos filmes. Estabeleceu-se uma<br />

rotina on<strong>de</strong> apenas as equipes <strong>de</strong> manutencao po<strong>de</strong>m fazer alteracOes nas processadoras.<br />

Como os produtos quimicos foram trocados, no mes <strong>de</strong> jan/97 necessitou-se <strong>de</strong> nova<br />

<strong>de</strong>terminacao dos valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base (VLB), seguindo os mesmos criterios utilizados na<br />

tabela 7.<br />

6.5 RESULTADOS OBTIDOS APOS 16 MESES DE TESTES<br />

<strong>de</strong>z/97.<br />

Na figura 18, é possivel observar o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da mesma processadora no mes <strong>de</strong><br />

Na figura 18 a) apresenta-se a t<strong>em</strong>peratura da processadora, evi<strong>de</strong>nciando que esta<br />

gran<strong>de</strong>za esta <strong>de</strong>ntro dos limites recomendados <strong>em</strong> todo o t<strong>em</strong>po avaliado. Portanto, nao<br />

influenciard nos outros parametros avaliados pelo teste sensitometrico.


80<br />

A figura 18 b) mostra a curva <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> da mesma processadora. As variacoes<br />

ocorridas mostram que, apesar <strong>de</strong> ser urn parametro muito importante, nao basta apenas<br />

controlar a t<strong>em</strong>peratura do revelador para que os valores da velocida<strong>de</strong> se mantenham <strong>de</strong>ntro<br />

dos limites <strong>de</strong> controle. 0 cumprimento <strong>de</strong> todos os procedimentos requeridos garante uma<br />

melhor performance da revelacao. E importante observar que apenas no dia <strong>de</strong> 27<strong>de</strong> <strong>de</strong>z/97<br />

houve uma extrapolacao do limite superior, que tamb<strong>em</strong> po<strong>de</strong> ser observado nas figuras 18 c)<br />

e 18 d). Esta variacao ocorreu <strong>de</strong>vido a probl<strong>em</strong>as corn a bomba <strong>de</strong> reabastecimento do<br />

revelador. Solucionado o probl<strong>em</strong>a, o sist<strong>em</strong>a voltou aos limites <strong>de</strong> controle.<br />

Corn relacao aos valores do contraste, na figura 18 c), observa-se que <strong>em</strong> alguns dias<br />

os valores exce<strong>de</strong>ram o limite maxim° <strong>de</strong> ± 0,15. No dia 27 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z/97, ocorreu urn probl<strong>em</strong>a<br />

corn a bomba <strong>de</strong> reabastecimento do revelador. E interessante observar na figura 18 b) que os<br />

valores da velocida<strong>de</strong> tamb<strong>em</strong> foram alterados no mesmo periodo, mas nao exce<strong>de</strong>ram os<br />

limites, exceto no dia 27. Os valores do contraste retornaram normalmente aos limites <strong>de</strong><br />

controle. E importante l<strong>em</strong>brar que um aumento do contraste implica <strong>em</strong> urn aumento na<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> total do filme e, consequent<strong>em</strong>ente, a escala <strong>de</strong> tons cinza da imag<strong>em</strong> sera menor.<br />

Analogamente, no caso <strong>de</strong> urn exame, trata-se <strong>de</strong> uma radiografia "muito penetrada", muito<br />

escura para a visualizacao <strong>de</strong> pormenores da estrutura que esta sendo avaliada.<br />

A figura 18 d) mostra os valores <strong>de</strong> base mais veu obtidos. Com excecao do dia 27,<br />

nao houve variacOes preocupantes a nivel <strong>de</strong> veu nos filmes. Urn fato que esta relacionado,<br />

levando-se <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>racao as analises anteriores, ao born armazenamento do filme <strong>de</strong> teste.<br />

Os resultados mostram que é possivel controlar as condicaes <strong>de</strong> processamento atraves<br />

<strong>de</strong> um acompanhamento continuo: da t<strong>em</strong>peratura do revelador, das condiceies <strong>de</strong> preparacao<br />

das solucOes, da manutencao da taxa <strong>de</strong> reabastecimento a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>ntre outros.


I<br />

8 1<br />

a) 37 5<br />

37 .. - . - - — - - - - - - - . - — - . - - • . - .. - . - - - - - - - - - -<br />

36.5<br />

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35 -<br />

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I<br />

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Gran<strong>de</strong>zas<br />

Limites<br />

Linha Base<br />

Figura 18 - Resultado do teste sensitometrico realizado na P K (II) <strong>em</strong> <strong>de</strong>z/97.


82<br />

Pelo fato <strong>de</strong> existir um acompanhamento sist<strong>em</strong>atico do processo <strong>de</strong> revelacao, foi<br />

possivel provar, atraves dos dados do Protocolo implantado no HC, que um lote <strong>de</strong> produtos<br />

quimicos introduzido <strong>em</strong> ago/97 apresentava probl<strong>em</strong>as. A qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> ficou tao<br />

comprometida que radiografias feitas ha dois dias nao tinham mais a imag<strong>em</strong> das estruturas<br />

radiografadas, sendo impossivel <strong>em</strong>itir laudos <strong>de</strong>stes exames.<br />

Foram realizados testes por urn tecnico da <strong>em</strong>presa fabricante <strong>de</strong>stes produtos<br />

quimicos. Estes testes envolveram a preparacao <strong>de</strong> novas solucoes para abastecer uma das<br />

processadoras, controle <strong>de</strong> pH do revelador e do fixador, t<strong>em</strong>peratura do revelador e teste do<br />

peso especifico. Os resultados mostraram que, mesmo mantendo-se todas as recomendacoes<br />

do fabricante e aumentando-se a taxa <strong>de</strong> reabastecimento, <strong>em</strong> poucas horas a solucao fixadora<br />

tornava-se saturada. De acordo corn o tecnico <strong>de</strong>sta <strong>em</strong>presa provavelmente urn dos<br />

componentes da solucao estava corn probl<strong>em</strong>as.<br />

Corn a analise dos dados, foi possivel provar que os valores dos parametros avaliados<br />

pelo teste sensitometricos estavam muito abaixo dos valores anteriormente obtidos para<br />

aquela combinacao.<br />

No periodo <strong>de</strong> 11 a 19 <strong>de</strong> set/97, foi utilizado urn produto quimico <strong>de</strong> uma marca<br />

diferente daquela que estava sendo utilizada no SR, produzindo uma variacao significativa na<br />

velocida<strong>de</strong> e no contraste do flume (Figura 19). Para facilitar a interpretacao dos resultados, a<br />

figura 19 a) mostra que nao houve uma variacao da t<strong>em</strong>peratura nessa fase que interferisse nos<br />

parametros avaliados. Os testes foram realizados corn a processadora S (1). Cabe ressaltar que<br />

durante este periodo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, os valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base dos parametros avaliados<br />

permaneciam os mesmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mes <strong>de</strong> jan/97.<br />

Com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> haver comparacOes da resposta sensitometrica dos filmes <strong>em</strong><br />

periodos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po diferentes, mais os resultados dos testes realizados pelo tecnico da propria<br />

<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> produtos quimicos, abriu-se uma porta <strong>de</strong> conversacOes entre o SR e a Diretoria


83<br />

do HC. Corn os resultados dos testes, questionou-se a qualida<strong>de</strong> dos produtos oferecidos por<br />

esta <strong>em</strong>presa.<br />

Corn a <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> um relatorio a Diretoria do HC, os produtos foram substituidos, e o<br />

SR ficou <strong>de</strong>sobrigado <strong>de</strong> adquirir produtos daquela companhia. Esta nao e a situacao i<strong>de</strong>al<br />

para urn servico <strong>de</strong> radiodiagnostico, pois o melhor é que haja uma padronizacao entre filme e<br />

solucao fotoquimica, <strong>de</strong> modo a conseguir o melhor resultado sensitometrico. Mas, diante da<br />

estrutura <strong>de</strong> um Orgao publico, esta foi, <strong>de</strong> acordo corn funcionarios do setor, uma gran<strong>de</strong><br />

vitoria para o SR. Pela primeira vez, foi possivel provar que o produto e que apresentava<br />

probl<strong>em</strong>as, e nao as processadoras, como eram as alegaVies do tecnico da <strong>em</strong>presa <strong>de</strong><br />

produtos quimicos.


I<br />

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•<br />

•<br />

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•<br />

•<br />

•<br />

84<br />

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85<br />

6.6 RESULTADOS TOTAIS DOS TESTES REALIZADOS<br />

A figura 20 mostra o resultado do acompanhamento da mesma processadora P K (II)<br />

durante todo o periodo <strong>de</strong> realizacao dos testes sensitometricos. E apresentada a curva<br />

sensitometrica da combinacdo filmes/ produtos quimicos utilizados entre ago/96 a <strong>de</strong>z/97,<br />

para os parametros velocida<strong>de</strong>, contraste e base mais veu, mantidas as condicoes <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

revelacdo e t<strong>em</strong>peratura do revelador recomendadas pelo fabricante <strong>de</strong> filmes (it<strong>em</strong> 3.3.2).<br />

Na figura 20 a) t<strong>em</strong>os a curva sensitometrica para a velocida<strong>de</strong> dos filmes utilizados.<br />

Ate o mes <strong>de</strong> <strong>de</strong>z/96 utilizava-se uma combinacao flume/ produto quimico, operando na sua<br />

respectiva linha <strong>de</strong> base. A partir <strong>de</strong> jan/97 esta combinacao foi trocada, mudando tamb<strong>em</strong> os<br />

valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base. E possivel observar que a primeira combinacao mantinha os valores<br />

relativos para a velocida<strong>de</strong>, maiores que a segunda combinacao. Tamb<strong>em</strong> é possivel observar<br />

que o periodo <strong>de</strong> melhor velocida<strong>de</strong> relativa do filme é no mes <strong>de</strong> nov/96, coincidindo corn o<br />

menor indice <strong>de</strong> rejeicao do PGQ (it<strong>em</strong> 5.2). Neste periodo, todo o processo <strong>de</strong> revelacao<br />

estava muito b<strong>em</strong> controlado, com garantias para a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> gerada. A queda da<br />

velocida<strong>de</strong> registrada <strong>em</strong> jan/97 <strong>de</strong>ve-sea introducao <strong>de</strong> outra combinacao filme/produto<br />

quimico, passando a operar <strong>em</strong> valores <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base diferentes. 0 sist<strong>em</strong>a manteve-se<br />

bastante estavel ate jul/97, e a queda que apresentada nos meses <strong>de</strong> agosto e set/97 e<br />

conseqiiencia da introducao <strong>de</strong> urn novo lote dos mesmos produtos quimicos que tiveram um<br />

rendimento muito ruim. 0 sist<strong>em</strong>a retornou aos limites anteriores ap6s ter sido possivel provar<br />

que os produtos quimicos utilizados tinham uma qualida<strong>de</strong> inferior aos anteriores.<br />

A analise realizada para a figura 20 a), no que se refere a relacao t<strong>em</strong>poral das<br />

variacoes ocorridas corn o parametro avaliados, se esten<strong>de</strong> a figura 20 b). Por<strong>em</strong>, <strong>em</strong> relacao<br />

ao parametro contraste, cabe dizer que a segunda combinacao <strong>de</strong> produtos reduziu o contraste<br />

da imag<strong>em</strong>, diminuindo a escala <strong>de</strong> cinza do filme, sendo, portanto, menos eficiente do que a<br />

primeira combinacao.


86<br />

Os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> base mais veu, na figura 20 c), mantiveram-se estaveis<br />

para as duas combinacOes <strong>de</strong> produtos utilizados, exceto nos meses <strong>de</strong> agosto e set/96, quando<br />

foi <strong>de</strong>monstrado que havia probl<strong>em</strong>as com o armazenamento do referido filme <strong>de</strong> teste.<br />

De acordo com a literatura consultada para o <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos, os<br />

valores esperados para a velocida<strong>de</strong> (ponto central do filme <strong>de</strong> teste) <strong>de</strong>veriam ter <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s<br />

opticas entre 1,10 e 1,30. Para o contraste (diferenca entre os outros dois pontos), as<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s Opticas estariam entre 1,80 e 2,00. No comeco das ativida<strong>de</strong>s este fato era<br />

preocupante, pois se pensava que algum engano po<strong>de</strong>ria estar ocorrendo <strong>em</strong> alguma parte das<br />

medidas. Corn o passar do t<strong>em</strong>po, apesar da realimentacao constante dos procedimentos,<br />

percebeu-se a repetibilida<strong>de</strong> dos valores mostrados na figura 20. Isso mostra que é a resposta<br />

caracteristica das combinacOes utilizadas. A estabilida<strong>de</strong> atingida evi<strong>de</strong>ncia entao, que se<br />

foss<strong>em</strong> utilizadas combinacOes melhores, os valores recomendados seriam facilmente<br />

atingidos, aumentando ainda mais a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.<br />

Uma das formas mais a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> se garantir uma combinacao <strong>de</strong> produtos i<strong>de</strong>al é<br />

realizar os testes <strong>de</strong> levantamentos <strong>de</strong>stas curvas sensitometricas antes da aquisicao dos<br />

produtos. Mas, <strong>de</strong> acordo corn a politica <strong>de</strong> licitacOes vigente, ainda ndo é esta a solucao para<br />

os probl<strong>em</strong>as dos SR dos hospitais publicos.


8 7<br />

base+veu medic contraste medi,<br />

velocida<strong>de</strong> media 0<br />

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1<br />

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CD 1<br />

Gran<strong>de</strong>zas<br />

Linha Base<br />

Figura 20 - Comportamento medio dos parametros das combinacOes filmes/produtos quimicos<br />

utilizados durante o PGQ.


88<br />

6.7 CONCLUSAO<br />

Apresentaram-se neste capitulo os resultados alcancados corn a introducao <strong>de</strong> urn<br />

Protocolo para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes. Estes<br />

resultados mostram que é fundamental manter urn acompanhamento continuo do processo <strong>de</strong><br />

revelacao. Corn isso, garante-se que a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> gerada sera preservada nesta parte<br />

da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong>. Os testes mostram que a t<strong>em</strong>peratura do revelador <strong>de</strong>ve ser<br />

continuamente monitorizada, pois é o primeiro indicativo <strong>de</strong> variacOes dos parametros do<br />

fume. Mostrou-se, tamb<strong>em</strong>, que o Protocolo introduzido foi eficiente ao manter os parametros<br />

do flume <strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> controle sugeridos pela literatura, mesmo que as combinacoes<br />

filmes/ produtos quimicos utilizados nao produziss<strong>em</strong> as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s Opticas esperadas.


89<br />

CAPITULO 7<br />

CONCLUSAO<br />

A principal proposta <strong>de</strong>ste trabalho foi o <strong>de</strong>senvolvimento e a implantacao um<br />

Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> Imagens Radiograficas no Hospital <strong>de</strong> Clinicas da UFPR.<br />

A partir da disponibilida<strong>de</strong> financeira para o projeto, ambiente <strong>de</strong> trabalho, necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>em</strong>ergenciais e existencia <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>ntro do SR, uma estrategia <strong>de</strong> trabalho foi<br />

<strong>de</strong>senvolvida.<br />

A participacdo do grupo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nas reunibes com os tecnicos foi uma boa<br />

estrategia para a familiarizacao com a rotina do <strong>de</strong>partamento. Al<strong>em</strong> do estabelecimento <strong>de</strong><br />

maiores vinculos corn os funcionarios foi possivel, atraves <strong>de</strong> observaceies <strong>de</strong> comportamento,<br />

organizar a metodologia <strong>de</strong> trabalho.<br />

0 inicio do trabalho foi baseado na analise das radiografias rejeitadas, sendo que o<br />

trabalho iniciou <strong>em</strong> fev/96, mas foi preciso esperar ate mai/96 para que as quantida<strong>de</strong>s<br />

recebidas foss<strong>em</strong> confiaveis. ApOs este periodo, proce<strong>de</strong>u-sea primeira analise das causas <strong>de</strong><br />

rejeicao. Constatou-se um alto indice <strong>de</strong> filmes rejeitados muito claros (36%) e <strong>de</strong> filmes<br />

muito escuros (25,7%), evi<strong>de</strong>nciando probl<strong>em</strong>as corn as tecnicas <strong>de</strong> exposicdo e/ou sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

processamento.<br />

A estrategia <strong>de</strong> trabalho adotada foi primeiramente estabelecer um acompanhamento<br />

sist<strong>em</strong>atico do processo <strong>de</strong> revelacdo. Iniciou-se a monitorizacao diaria da t<strong>em</strong>peratura e da<br />

umida<strong>de</strong> das camaras escuras e t<strong>em</strong>peratura do revelador. <strong>Pos</strong>teriormente, <strong>de</strong>senvolveu-se e<br />

implantou-se um Protocolo para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Processadoras Automaticas <strong>de</strong><br />

Filmes, que incorpora todos os procedimentos requeridos para a manutencao da qualida<strong>de</strong><br />

diagnostica da imag<strong>em</strong> no processo <strong>de</strong> revelacao. Estes procedimentos s'ao, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

preparacao dos produtos quimicos, manutencao da taxa <strong>de</strong> reabastecimento a<strong>de</strong>quada aos


90<br />

padrOes <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> exames do SR, e sensitometria diaria <strong>em</strong> todas as processadoras. Com<br />

isso, garantiu-se que, mesmo com processadoras antigas, e possivel manter a reprodutibilida<strong>de</strong><br />

dos parametros do filme (velocida<strong>de</strong>, contraste e base mais veu) <strong>de</strong>ntro dos limites<br />

preestabelecidos.<br />

Os testes mostraram, tamb<strong>em</strong>, que as combinacOes filmes/produtos quimicos<br />

utilizados nao apresentavam uma resposta sensitometrica <strong>de</strong>ntro dos valores recomendados<br />

pela literatura.<br />

Quanto aos indices <strong>de</strong> rejeicao, apOs o inicio do trabalho, mantiveram um valor medio<br />

<strong>de</strong> 8,5%. Percebe-se, por<strong>em</strong>, que reduzir o niimero <strong>de</strong> repeticOes nao <strong>de</strong>ve ser a Unica meta do<br />

PGQ. t preciso que se estabelecam criterios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imagens, para evitar que sejam<br />

aceitos filmes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ruim. 0 <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> protocolos para todos os setores da<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> geracao da imag<strong>em</strong> fornec<strong>em</strong> os meios para que isso aconteca.<br />

0 PGQ mostrou-se eficiente para <strong>de</strong>tectar probl<strong>em</strong>as, mesmo <strong>em</strong> um servico <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte como e no HC. Deve-se procurar otimizar todos os passos da producao da imag<strong>em</strong>,<br />

quando se esta operando com equipamentos que apresentam baixo rendimento. Com a analise<br />

<strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> todos os setores envolvidos na producao da imag<strong>em</strong>, foi possivel, atraves da<br />

implantacao <strong>de</strong> protocolos e <strong>de</strong> procedimentos especificos, interferir diretamente nos fatores<br />

que po<strong>de</strong>m alterar a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong>.<br />

Quando a qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong> estava bastante comprometida, foi possivel provar,<br />

gracas aos testes estabelecidos, que o produto utilizado nao oferecia condicOes para a<br />

manutencao da qualida<strong>de</strong> diagnostica da imag<strong>em</strong>. Com a <strong>em</strong>issao <strong>de</strong> um relatorio a Diretoria<br />

do HC, caracterizando a ineficiencia do produto quimico utilizado, <strong>de</strong>cidiu-se que o SR ficaria<br />

<strong>de</strong>sobrigado a compra-lo <strong>em</strong> novas licitaceies.<br />

0 curso ministrado sobre processadoras automaticas <strong>de</strong> filmes e carnaras escuras<br />

mostrou-se um eficiente instrumento para mudar habitos rotineiros no servico. Ainda quanto a


91<br />

qualificacdo do pessoal tecnico envolvido, é preciso muito investimento <strong>em</strong> cursos e<br />

treinamentos.<br />

Corn relacao aos equipamentos avaliados, verificou-se que todos avaliados a<br />

reprodutibilida<strong>de</strong> da tensao do tubo <strong>de</strong> raios-X <strong>de</strong>ntro dos limites recomendados pela<br />

literatura. Ja <strong>em</strong> relacdo ao t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposicao, nenhum apresentava reprodutibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

dos limites recomendados pela literatura <strong>em</strong> todas as faixas <strong>de</strong> operacalo. Isto po<strong>de</strong> levar a<br />

alteracoes na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> optica do filme, sendo requisitada uma nova exposicao do paciente.<br />

Os objetivos do PGQ foram satisfatoriamente atingidos, pois, principalmente corn o<br />

acompanhamento <strong>de</strong> todos os setores da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> revelacao, conseguiu-se reduzir a taxa <strong>de</strong><br />

repeticaes <strong>em</strong> aproximadamente 11,5%. Com isso reduz<strong>em</strong>-se os custos operacionais, o<br />

paciente e o tecnico sofr<strong>em</strong> uma exposicao menor e a manutencao da qualida<strong>de</strong> da imag<strong>em</strong><br />

possibilita diagnosticos mais precisos. Isso so foi possivel porque houve uma atribuicao <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro do setor. Para que o processo seja executado corn eficiencia, é<br />

necessario que cada pessoa cumpra a sua parte no projeto. Se isto acontecer <strong>em</strong> todos os<br />

setores da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> producao da imag<strong>em</strong>, ter<strong>em</strong>os urn produto final corn uma excelente<br />

qualida<strong>de</strong> diagnostica e o pessoal envolvido executando sua tarefa corn mais satisfacdo.<br />

Tomando como base o custo por m 2 do filme radiografico no SR do HC, calculou-se a<br />

economia gerada pelo PGQ <strong>em</strong> funcao da reducdo do indice <strong>de</strong> rejeicao <strong>de</strong> 20% para 8,5%. Os<br />

valores obtidos levam <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>racao apenas as <strong>de</strong>spesas diretas corn os filmes. Os<br />

resultados mostram que houve uma economia aproximada <strong>de</strong> R$25.000,00 no periodo <strong>de</strong> 20<br />

meses. Se for<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rados gastos com produtos quimicos, <strong>de</strong>sgaste do tubo <strong>de</strong> raios-X,<br />

gastos com contrastes, roupas especiais utilizadas durante os exames, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> trabalho etc,<br />

encontrar-se—d uma economia b<strong>em</strong> maior.<br />

Como resultado final do trabalho, no mes <strong>de</strong> mar/98, foi feita a troca <strong>de</strong> todos os<br />

chassis do SR, assim como dos &ram. Foram substituidos os &runs <strong>de</strong> tungstato <strong>de</strong> calcio<br />

por &runs <strong>de</strong> terras raras e passou a utilizar filmes ver<strong>de</strong>s. Corn isso, reduz-se a exposicao do


92<br />

tecnico e do paciente. Apos a introducdo <strong>de</strong> novos conjuntos chassi/ecran, as causas <strong>de</strong><br />

rejeicdo por movimento <strong>em</strong> exames <strong>de</strong> tOrax, reduziu-se para 1,2%.<br />

7.1 PROPOSTAS PARA NOVOS TRABALHOS<br />

A implantacao do PGQ ainda e parcial, <strong>de</strong>vido a inexistencia, <strong>de</strong>ntro do SR, <strong>de</strong> uma<br />

equipe <strong>de</strong> fisicos <strong>em</strong> radiodiagnostico. Como consequencia, alguns procedimentos rotineiros<br />

<strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser executados pela ausencia do grupo <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no hospital. A<br />

partir do segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 1998, o SR passard a contar com esta equipe que gerenciara o<br />

programa.<br />

Como o SR do HC dispoe <strong>de</strong> uma sala para realizar exames exclusivamente <strong>em</strong><br />

criancas, preten<strong>de</strong>-se esten<strong>de</strong>r o PGQ para esta sala, adotando os Criterios <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> das<br />

Imagens Radiograficas para Fins Diagn6sticos <strong>em</strong> Pediatria, da Socieda<strong>de</strong> Europeia <strong>de</strong><br />

Pediatria. Tamb<strong>em</strong> preten<strong>de</strong>-se esten<strong>de</strong>r o PGQ para outras instituic'Oes.<br />

Para o segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 1998,esta sendo elaborado um curso <strong>de</strong> treinamento para<br />

os tecnicos do SR, com duracdo <strong>de</strong> 90 horas,. Neste curso sera° abordados t<strong>em</strong>as como:<br />

tecnicas <strong>de</strong> posicionamento do paciente, nocoes <strong>de</strong> anatomia, processamento automatic° <strong>de</strong><br />

filmes, procedimentos <strong>em</strong> camaras escuras, <strong>de</strong>ntre outros.


93<br />

ANEXO 1<br />

TABELA PARA ANALISE DAS CAUSAS DE REJEIC;k0 DE RADIOGRAFIAS


94<br />

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95<br />

ANEXO 2<br />

PROCEDIMENTOS PARA A PREPARAc2k0 DOS PRODUTOS QUiMICOS PARA<br />

PROCESSADORAS AUTOMATICAS DE FILMES<br />

FIXADOR PARA 76 LITROS<br />

• Colocar no tanque <strong>de</strong> mistura 40 litros <strong>de</strong> agua filtrada e, se possivel, isenta <strong>de</strong> cloro.<br />

• Adicionar todo o contend° da parte A do fixador (20 litros) e homogeneizar durante 5<br />

minutos.<br />

• Adicionar o contend° da parte B do fixador (3,6 litros) lentamente e sob constante<br />

homogeneizacao.<br />

• Adicionar o restante da agua (12,4 litros) da mesma qualida<strong>de</strong> inicial e homogeneizar<br />

durante 5 minutos.<br />

• Colocar a sobre tampa e iniciar a operacao.<br />

REVELADOR PARA 76 LITROS<br />

• Colocar no tanque <strong>de</strong> preparacao 40 litros <strong>de</strong> agua preferencialmente filtrada e, se possivel,<br />

isenta <strong>de</strong> cloro.<br />

• Adicionar todo o contend° da parte A do revelador (20 litros) e homogeneizar durante 5<br />

minutos.<br />

• Adicionar todo o contend° da parte B do revelador (1 litro) lentamente e sob constante<br />

homogeneizacio.<br />

• Adicionar todo o contend° da parte C do revelador (1 litro) lentamente e sob constante<br />

homogeneizacao.<br />

• Adicionar mais 14 litros <strong>de</strong> agua da mesma qualida<strong>de</strong> inicial e homogeneizar por<br />

aproximadamente 5 minutos.<br />

• Colocar a sobre tampa e iniciar a operacao


96<br />

ANEXO 3<br />

PROTOCOLO PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM PROCESSADORAS<br />

AUTOMATICAS DE FILMES<br />

PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM PROCESSADORAS<br />

1-Equipamentos<br />

a) sensitOmetro<br />

b) <strong>de</strong>nsitometro<br />

c) caixa nova <strong>de</strong> filmes para controle<br />

d) tabela <strong>de</strong> controle<br />

e) termometro <strong>de</strong> haste metalica<br />

2- Procedimento<br />

Ligue as processadoras e espere 30 minutos para a estabilizaccio da t<strong>em</strong>peratura<br />

* Meca a t<strong>em</strong>peratura do revelador. Lave imediatamente a haste do termometro para, so entao,<br />

usa-lo <strong>em</strong> outra processadora. Anote o valor da t<strong>em</strong>peratura na coluna C do Protocolo.<br />

* Usando o sensitometro, exponha e revele um filme 18x24cm, retirado da caixa especifica<br />

para controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Repita a operacao para cada uma das processadoras.<br />

* Usando o <strong>de</strong>nsitometro, leia e marque as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s dos tres passos e da area nao exposta<br />

do filme. Tome o cuidado <strong>de</strong> medir as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s no centro <strong>de</strong> cada passo.<br />

- 0 ponto do meio <strong>de</strong>ve ser registrado na tabela como velocida<strong>de</strong> (B 1).<br />

- Leia as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s dos outros dois pontos. Anote na mesma tabela os valores da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

mais alta (B2) e da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> mais baixa(B3). A subtracao <strong>de</strong>stes dois valores fornecera o<br />

contraste (B4)


97<br />

*Mesa a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do filme num local que nao tenha sido exposto e anote este valor como<br />

base+veu (B5). Faca esta leitura <strong>em</strong> pelo menos dois pontos do filme para conferir se as<br />

leituras sao iguais. Se nao for<strong>em</strong>, é uma indica* <strong>de</strong> que o filme foi pre-exposto na Camara<br />

escura.<br />

*Determine a media das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s para cada passo, usando as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s medidas <strong>de</strong> cada<br />

passo durante cinco dias consecutivos e utilize este valor medio como seu valor <strong>de</strong> linha <strong>de</strong><br />

base (VLB).<br />

* Mantenha a taxa <strong>de</strong> reabastecimento do revelador e fixador especificadas pelo fabricante.<br />

Uma vez por s<strong>em</strong>ana e/ou quando os produtos quimicos for<strong>em</strong> trocados, leia e anote os<br />

valores <strong>de</strong>stas taxas no protocolo (G).<br />

3- Resultados<br />

Se a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> media e a diferenca <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> estdo <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> ±0,10 do<br />

valor das respectivas medias e o base+veu esta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ± 0,03, a processadora esta <strong>em</strong><br />

conformida<strong>de</strong> com o NCRP Report 99 e nao ha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nenhuma correcao. Por<strong>em</strong>, se<br />

uma das <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, ou ambas, estiver<strong>em</strong> fora da faixa <strong>de</strong> ±0,10, mas <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong><br />

±0,15, o teste <strong>de</strong>ve ser refeito imediatamente. Caso seja encontrado o mesmo resultado,<br />

aceita-se o filme processado, mas a processadora <strong>de</strong>ve ser monitorada. Se as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

ultrapassar<strong>em</strong> os limites <strong>de</strong> ±0,15, <strong>de</strong>ve-se vistoriar a processadora para que a fonte do<br />

probl<strong>em</strong>a seja encontrada e corrigida antes que qualquer filme seja processado. 0 mesmo<br />

procedimento vale para o valor base+veu no seu respectivo limite <strong>de</strong> controle. A t<strong>em</strong>peratura<br />

da processadora <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong>ntro dos limites especificados pelo fabricante dos filmes. A<br />

t<strong>em</strong>peratura i<strong>de</strong>al é <strong>de</strong> 35°C e a t<strong>em</strong>peratura maxima é <strong>de</strong> 37°C.


98<br />

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE NAS PROCESSADORAS AUTOMATICAS DE<br />

FILMES<br />

DIARIOS<br />

A LIMPEZA DOS ROLOS - PASSAGEM DO FILME DE LIMPEZA<br />

B SENSITOMETRIA: B1 - Densida<strong>de</strong> media<br />

B2 - Densida<strong>de</strong> alta<br />

B3 - Densida<strong>de</strong> baixa<br />

B4 - Contraste<br />

B5 - Base + Veu<br />

C TEMPERATURA DO REVELADOR<br />

D NIVEL DOS PRODUTOS QUIMICOS<br />

E TEMPERATURA DA CAMARA ESCURA<br />

F UMIDADE DA CAMARA ESCURA<br />

G TAXA DE REABASTECIMENTO<br />

H FUNCIONAMENTO DO STAND-BY<br />

I VERIFICAR A TORNEIRA DE AGUA<br />

J INSPEcA0 DOS FILTROS DE AGUA<br />

L LAVAGEM DOS ROLOS COM AGUA CORRENTE E ESPONJA MACIA<br />

M NO FINAL DO EXPEDIENTE: DRENAR A AGUA DA MAQUINA PARA<br />

ELIMINAR RESiDUOS.


99<br />

PERIODICOS<br />

N<br />

LIMPEZA GERAL:<br />

DRENAR TODOS OS PRODUTOS QUIMICOS DOS TANQUES. ENCHER OS<br />

TANQUES COM AGUA E LIGAR POR 15 MINUTOS PARA A LIMPEZA DAS<br />

BOMBAS DE CIRCULAcjk0 E DUTOS. REINICIAR 0 ABASTECIMENTO<br />

PELO FIXADOR.<br />

0 SUBSTITUIR 0 FILTRO DE AGUA (POROSIDADE 501,tm)<br />

P TROCA DO REVELADOR<br />

Q TROCA DO FIXADOR<br />

R LIMPA-SISTEMAS (TOMAR 0 CUIDADO DE LAVAR BEM OS TANQUES<br />

COM AGUA CORRENTE. (NA° USAR LIMPA-SISTEMAS NOS ROLOS)


100<br />

OBSERVA00<br />

PROCESSADORA:<br />

I o3inomaa<br />

0<br />

0.<br />

0<br />

4<br />

=<br />

(I<br />

0111y1U<br />

C.)<br />

I su cti I zu I III<br />

S: LEI<br />

.----<br />

01<br />

60<br />

80<br />

LO<br />

90<br />

SO<br />

170<br />

£0<br />

ZO<br />

— ci c-,-, ,r- ir,<br />

91<br />

s cc CT,<br />

1 1£<br />

0 £<br />

6Z<br />

8 Z<br />

L Z<br />

9 Z<br />

S Z<br />

17Z<br />

£ Z<br />

Z Z<br />

I Z<br />

OZ


101<br />

ANEXO 4<br />

PROTOCOLO PARA CONTROLE DE QUALIDADE PARA AVALIACAO DE<br />

CONTATO TELA-FILME<br />

PROCEDIMENTOS<br />

1) Use um filme novo para cada chassi, com tamanho <strong>de</strong> filme a<strong>de</strong>quado.<br />

2) Coloque o chassi sobre a mesa <strong>de</strong> exames e posicione o dispositivo <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> modo que<br />

ele cubra o chassi inteiro.<br />

3) Ajuste o colimador para cobrir a area inteira do chassi.<br />

4) Submeter o sist<strong>em</strong>a a uma curta exposicao, aproximadamente 4 mAs a 40 kVp, com<br />

uma DFF <strong>de</strong> lm.<br />

5) Para um chassi gran<strong>de</strong>, use as duas telas, colocando-as uma ao lado da outra .<br />

6) Revele rapidamente o filme <strong>em</strong> uma processadora limpa e avaliada com sensitometria.<br />

7) Para analisar a radiografia, coloque <strong>em</strong> um negatosc6pio e afaste-se a uma distancia <strong>de</strong> 1 a<br />

2m.<br />

RESULTADOS<br />

Se a analise for realizada a uma distancia <strong>de</strong> dois metros, regiOes <strong>de</strong> contato pobre<br />

serao facilmente vistas com um leve acrescimo nas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s (usar o <strong>de</strong>nsitometro). Se<br />

analisadas <strong>de</strong> perto, ou com uma lente <strong>de</strong> aumento, as areas <strong>de</strong> contato pobre apresentam<br />

imagens borradas da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> metal. Para chassi antigo, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s reduzidas <strong>em</strong> algumas<br />

areas po<strong>de</strong>m ser resultado <strong>de</strong> danificacao quimica sobre um ou ambos os ecrans.


102<br />

TABELA PARA AVALIAcA0 DE CONTATO TELA-FILME<br />

Numero do Chassi Data <strong>de</strong> Avaliacio Aprovado Probl<strong>em</strong>a Apresentado<br />

Sim<br />

Nao


103<br />

1. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS<br />

2. ALMEIDA, A. ; PAULA, E. ; NETTO, T. G. Avaliacao das doses medias mensais <strong>em</strong> um<br />

hospital <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. Radiol. Bras. V. 22, p.157-159, 1989.<br />

3. BALTER, S. X-Ray Quality Control Program. Encyclopedia of Medical Devices and<br />

Instrumentation.<br />

John G. Webster (editor). V. 4, pg. 2911-2923. John Wiley & Sons,<br />

1988.<br />

4. BORRAS, C. Control <strong>de</strong> Calidad en America Latina y en el Contexto Mundial. Anais: II<br />

Workshop <strong>em</strong> Normalizacao e Certificacao <strong>de</strong> Equipamentos Eletromedicos Editora da<br />

USP, nov<strong>em</strong>bro, 1997.<br />

5. BUSHONG, Stewart. Radiologic Science for Technologists. St Louis : Mosby - Year<br />

Book, 1993.<br />

6. CHRISTENSEN'S, E. E. Introduction to the Physics of Diagnostic Radiology. 3rd<br />

Edition, Lea & Febinger, Phila<strong>de</strong>lphia, 1984.<br />

7.<br />

CORTE, R. E. F; NETTO, T G.; FLORENCIO, J.M; NANNI, L. Importancia da<br />

implantacao <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> imagens radiograficas. Radiologia Brasileira,<br />

1995; v. 28: 25-27.<br />

8. CORTE, Rita Elaine. Implantacio <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Imagens Radiograficas <strong>em</strong> um Hospital <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Porte. Sao Paulo, 1990. Dissertacao<br />

(Mestrado <strong>em</strong> Fisica) - Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Ciencias e Letras <strong>de</strong> Ribeirao Preto,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sao Paulo.


104<br />

9. COSTA, Paulo Roberto. 0 Cenario Brasileiro na Garantia da Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Radiologia<br />

Diagnostica. Anais: II Workshop <strong>em</strong> Normalizacao e Certificacao <strong>de</strong> Equipamentos<br />

Eletromedicos Editora da USP, nov<strong>em</strong>bro, 1997.<br />

10.DIAGNOSTIC IMAGING AMERICA LATINA. Dici<strong>em</strong>bre, 1997.<br />

11.DICKERSON, R.E. Co-optimization of Film and Process Ch<strong>em</strong>istry for Optimum Results.<br />

In Haus AG, Ed Film processing in medical imaging. Madison, Wis: Medical Physics<br />

Publishing, 1993.<br />

12.DIMENSTEIN, R.; CARRIERI, F. C . D.; ARAUJO, J. A. C., CRUZ, J. C. Controle <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Raios-X: Custo x Beneficio. Revista da Imag<strong>em</strong>, v. 17 n° 3, Set<strong>em</strong>bro,<br />

1995.<br />

13.EUR - EUROPEAN GUIDELINES ON QUALITY CRITERIA FOR DIAGNOSTIC<br />

IMAGES. European Commission- 16260 EN, Lux<strong>em</strong>bourg, 1996.<br />

14.FERREIRA, R. S. Testes Basicos <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Aparelhos <strong>de</strong> Raios-X<br />

Diagnostic°. CNEN- Instituto <strong>de</strong> Radioprotecao e Dosimetria, Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

15.FURNARI, L. Formacao Profissional <strong>em</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>. Anais: II Workshop <strong>em</strong><br />

Normalizacao e Certificacao <strong>de</strong> Equipamentos Eletromedicos Editora da USP, nov<strong>em</strong>bro,<br />

1997.<br />

16.GODMAN,L. W. Radiographic Film Processing - Quality Assurance: A Self-Teaching<br />

Workbook. HHS Publication FDA 81-8146, January, 1981.<br />

17.GOLDMAN, L. W; BEECH, S. Analysis of Retakes: Un<strong>de</strong>rstanding, Managing and<br />

Using an Analysis of Retakes Program for Quality Assurance. HEW Publication (FDA)<br />

79-8097, August, 1979.


105<br />

18.GOPALA, U.V ; FANTOUROS,P.P; JAMES, A. E .Physics Characteristics of Mo<strong>de</strong>rn<br />

Radiographic Screen- Film Syst<strong>em</strong>s. Invest. Radiol., v. 13 p. 460-469, 1978.<br />

19.GRAY, J. E. Economics of Quality Control. RSNA Categorical Course in Physics 1996,<br />

p. 17-20.<br />

20.GRAY, J. E; WINKLER, N. T.; STEARS, J.; FRANK, E. D. Quality Control in<br />

Diagnostic Imaging. Rockville, Md: Aspen Syst<strong>em</strong>s, 1983.<br />

21.HAUS, A G, Historical <strong>de</strong>velopments in film processing in medical imaging. In Haus<br />

AG, Ed Film processing in medical imaging. Madison, Wis: Medical Physics Publishing,<br />

1993; 1-16.<br />

22.HAUS, A. G. Film Processing Syst<strong>em</strong>s and Quality Control, RSNA Categorical Course<br />

in Physics 1996; pp 49-66.<br />

23.HELENE, O.; VANIN, V. Tratamento Estatistico <strong>de</strong> Dados <strong>em</strong> Fisica Experimental.<br />

Sao Paulo : Edgard Blucher, 1991.<br />

24.HOXTER, E.A.. Introducao a tecnica radiografica. Editora Edgard Blucher, Si<strong>em</strong>ens<br />

Ag. agosto <strong>de</strong> 1977.<br />

25.IBF, IndUstria Brasileira <strong>de</strong> Filmes. 0 Processo <strong>de</strong> Revelacao- Documento <strong>de</strong> Trabalho<br />

(Ndo Publicado).<br />

26.IEC 1223-2-1. Evaluation and Routine Testing in medical Imaging Departments Part<br />

2-1: Constancy tests- Film processors, 1993.<br />

27.IEC 1223-2-2. Evaluation and Routine Testing in medical Imaging Departments. Part<br />

2-2: Constancy tests-Radiographic cassettes and film changes- Film-screen contact and<br />

relative sensitivity of the screen-cassette ass<strong>em</strong>bly, July, 1993.


106<br />

28.KADARASKIS, I; CAVOURAS, D.;PANAYIOTAKIS, G. S. ; NOMICOS, C. D.<br />

Evaluating X-ray <strong>de</strong>tectors for radiographic applications: A comparison of ZnSCdS:Ag<br />

with Gd 202S:Tb and Y 202S:Tb screens. Phys. Med. Biol. v. 42, p.1351-1373, 1997.<br />

29.KODAK, Fundamentos <strong>de</strong> Radiologia, documento <strong>de</strong> trabalho (Nao Publicado).<br />

30.MOTTA, H. C. Consi<strong>de</strong>racoes sobre o Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Radiodiagnostico no<br />

Brasil. Anais: II Workshop <strong>em</strong> Normalizacao e Certificacao <strong>de</strong> Equipamentos<br />

Eletromedicos Editora da USP, nov<strong>em</strong>bro, 1997.<br />

31.NATIONAL COUNCIL ON RADIATION PROTECTION AND MEASUREMENTS-<br />

Quality Assurance for Diagnostic Imaging Equipment NCRP Report 99. NCRP<br />

Publications, Bethesda, 1988.<br />

32.NETTO, T. G.; CAMERON, J. R. Seguranca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Radiodiagnostico<br />

FFCLRP, USP, 1979 (Ndo Publicado).<br />

33.NETTO, T. G.; FURQUIM, T. A. , COSTA, P. R. Protocolo Para Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>em</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Raios-X Diagnostic°. ABFM, Sao Paulo, maio 1996.<br />

34.(OPAS) ORGANIZAcAO PANAMERICANE DE LA SALUD Garantia <strong>de</strong> la Calidad<br />

en Radiodiagnostico. Serie Salud Para Todos n°469, Ginebra, 1984.<br />

35.PROTOCOLO ESPANHOL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM<br />

RADIODIAGNOSTICO, Aspectos Tecnicos, SEFM-SEPR , 1996.<br />

36.SPRAWLS, P. Jr. Film Processing: Clinical Requir<strong>em</strong>ents. In Haus AG, Ed Film<br />

processing in medical imaging. Madison, Wis: Medical Physics Publishing, 1993; 1-16.


107<br />

37.STOKES, I. A. F. Screen -Films Syst<strong>em</strong>. Encyclopedia of Medical Devices and<br />

Instrumentation. John G. Webster (editor). V. 4, pg. 2599-2680. John Wiley & Sons,<br />

1988.<br />

38.STRAUS, K.J. Radiographic Equipment and Components: Technology Overview and<br />

Quality Improv<strong>em</strong>ent. RSNA Categorical Course in Physics 1996, p. 21-48.<br />

39.TILLY, J. G. Avaliacties <strong>de</strong> Doses <strong>de</strong> Radiacao <strong>em</strong> Pacientes Submetidos a Exames<br />

Radiologicos Convencionais. Dissertacao (Mestrado <strong>em</strong> Fisica), Ribeirao Preto -<br />

1997.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Ciencias e Letras <strong>de</strong> Ribeirao Preto, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sao Paulo.<br />

40.WAGNER, L. K.; FONTENLA, D. P.; ROTHENBERG, L. N.; SHEPARD, J.; BOONE, J.<br />

M. Recommendations of performance characteristics of diagnostic exposure meters: Report<br />

of AAPM Diagnostic X- Ray Imaging Task Group n° 6. Med Phys n° 19 v. 1, p. 231-241,<br />

Jan/Feb 1992.<br />

41.WEBSTER.J.G. (EDITOR). Medical Instrumentation, Application and Design. Second<br />

Edition, HMC, 1992.<br />

42.WOLBARST, Anthony Brinton. Physics of Radiology. Norwalk : Appleton & Lane,<br />

1993.<br />

43.YACOVENCO, A. A . Programas <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Radiologia<br />

Diagnostica. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1994. Dissertacao (Mestrado <strong>em</strong> Fisica) - Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro (COPPE).<br />

44.YACOVENCO, A. A.; LIRA, S.H.; BORGES,J.C; MOTA,H.C. Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong><br />

Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Radiologia Diagnostica. RBE/CEB v. 10/ n° 2.


108<br />

45.YACOVENCO, A. A.; LIRA, S.H.;INFANTOSI, A. F. C; TAUHATA, L. Radiologia<br />

Diagnostica y Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Calidad: Evaluacion Critica. RBE-Ca<strong>de</strong>rno<br />

Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> Biomedica V. 13, pg. 69-80, julho 1997.


MINISTERIO DA EDUCAc -AO E DO DESPORTO<br />

CENTRO FEDERAL DE EDUCACAO TECNOLOGICA DO PARANA<br />

CURSO DE POS-GRADUcA0 EM ENGa F LETRICA E INFORMATICA INPUSTRIAL<br />

" Programa <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Imagens<br />

Radiograficas e a Importancia da Sensitometria <strong>em</strong><br />

Processadoras Automaticas <strong>de</strong> Filmes. "<br />

por<br />

ROSANGELA<br />

JAKUBIAK<br />

Esta Dissertacao foi apresentada no dia 15 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1998, como requisito parcial<br />

para a obtencao do titulo <strong>de</strong> MESTRE EM CIENCIAS - Area <strong>de</strong> Concentracao: <strong>Engenharia</strong><br />

Biomedica . Aprovada pela Banca Examinadora composta pelos professores:<br />

.1 1<br />

Prof. Dr. HUGO REUTERS SCHELIN<br />

(Orientador — CEFET-PR)<br />

)<br />

Prof1 Dd. HUMBERTO GAMBA<br />

(CEFET-PR)<br />

I <strong>de</strong><br />

le_i l<br />

Prof. Dr. PA ri . f I BERTO COSTA<br />

U . ')<br />

Prof. Dr. SERGEI A. PASCHUK<br />

(CEFET-PR )<br />

Visto e aprovado para impressao:<br />

,(<br />

Prof. Dr. Hypolito Jose Kalinowski<br />

(Coor<strong>de</strong>nador do CPGEI)

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