26.07.2014 Views

F224d Faria, Rubens Alexandre de Desenvolvimento de ... - UTFPR

F224d Faria, Rubens Alexandre de Desenvolvimento de ... - UTFPR

F224d Faria, Rubens Alexandre de Desenvolvimento de ... - UTFPR

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>F224d</strong><br />

<strong>Faria</strong>, <strong>Rubens</strong> <strong>Alexandre</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Desenvolvimento</strong> <strong>de</strong> uma incubadora neonatal microprocessada<br />

<strong>de</strong> acordo corn a norma tecnica NBR-IEC-601-2-19 /<br />

<strong>Rubens</strong> <strong>Alexandre</strong> <strong>de</strong> <strong>Faria</strong>. - Curitiba : CEFET-PR, 2001.<br />

xiv, 122 f. : il. ; 30 cm<br />

Orientador : Prof. Dr. E<strong>de</strong>n Januario Netto<br />

Dissertacao (Mestrado) - CEFET-PR. Curso <strong>de</strong> Pos-Graduacao<br />

em Engenharia Eletrica e Informatica Industrial. Curitiba, 2001.<br />

1 .Incubadora neonatal. 2. Engenharia biomedica. 3. NBR IEC<br />

601-2-19. I. Januario Netto, E<strong>de</strong>n. II. CEFET-PR. Curso <strong>de</strong> Pos-<br />

Graduacao em Engenharia Eletrica e Informatica Industrial. III.<br />

Titulo.<br />

CDD : 610.28<br />

CDU : 628


Ministerio da Educacao<br />

Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educagao Tecnologica do Parana<br />

Programa <strong>de</strong> Pos-Graduagao em Eng. Eletrica e lnformatica Industrial<br />

DISSERTA9 Ao (MESTRADO) / EXAME DE QUALIFICA9A0 OU TESE (DOUTORADO)<br />

(FORMULARIOS A SEREM PREENCHIDOS PELO ALUNO)<br />

ALERTAMOS PARA 0 FATO DE QUE 0 BOM ANDAMENTO DO PROCESSO<br />

DEPENDE DO CORRETO PREENCHIMENTO DESTE FORMULARIO.<br />

OBS: PARA DISSERTACAO DE MESTRADO DEVE SER FORMADA POR NO MINIMO 03 COMPONENTES<br />

(INCLUINDO 0 ORIENTADOR), SENDO 01 COMPONENTE DE OUTRA INSTITUICAO.<br />

PARA EXAME DE QUALIFICACAO OU TESE DE DOUTORADO A BANCA DEVE SER FORMADA POR NO<br />

MiNIMO 05 COMPONENTES (INCLUINDO 0 ORIENTADOR), SENDO 02 COMPONENTES DE OUTRA INSTITUICAO.<br />

1.<br />

FORNECER AS INFORMAcOES SOLICITADAS E ENCAMINHAR ESTE FORMULARIO<br />

A<br />

SECRETARIA DO CPGEI 0 MATS BREVE POSSIVEL.<br />

2. ALUNO: <strong>Rubens</strong> <strong>Alexandre</strong> <strong>de</strong> <strong>Faria</strong> FONE: 41-3531198<br />

AREA DE CONCENTRAcAO: Engenharia Biomedica<br />

MES/ANO DE INGRESSO: marco / 1999<br />

GRADUAcAO: Engenharia Industrial Eletrica — Enfase Eletronica<br />

INSTITUIcAO: CEFET-PR<br />

DATA PREVISTA: 05/10/2001<br />

HORA: 14:00 h<br />

3. ORIENTADOR: E<strong>de</strong>n Januario Neto<br />

TITULA9A0(siGLA): Dr<br />

INSTITUIcAO: x CEFET-PR x CPGEI ❑ OUTRA INSTITUIcAO<br />

❑ Outro:<br />

❑ SIGLA<br />

4. COMPONENTE: Sergio Santos Muhlen<br />

INSTITUIcAO: ❑ CEFET-PR ❑ CPGEI<br />

❑ Outro:<br />

TITULAgA0(siGLA): Dr<br />

x OUTRA INSTITUIcAO<br />

x SIGLA UNICAMP<br />

5. COMPONENTE: Joao Luis Kovaleski<br />

TITULA9A0(siGiA): Dr<br />

INSTITUIcAO: x CEFET-PR x CPGEI ❑ OUTRA INSTITUIcAO<br />

❑ Outro:<br />

❑ SIGLA<br />

6. COMPONENTE: Paulo Jose Abatti<br />

TITULA9A0(siGLA): Dr<br />

INSTITUIcAO: x CEFET-PR x CPGEI ❑ OUTRA INSTITUIcAO<br />

❑ Outro:<br />

❑ SIGLA


7. COMPONENTE:<br />

TITULAcA0(siGLA):<br />

INSTITUIcAO: ❑ CEFET-PR ❑ CPGEI ❑ OUTRA INSTITUIcAO<br />

❑ Outro:<br />

❑ SIGLA<br />

8. COMPONENTE:<br />

TITULAcAO(sIGLA):<br />

INSTITUIcAO: ❑ CEFET-PR ❑ CPGEI ❑ OUTRA INSTITUIcAO<br />

❑ Outro:<br />

❑ SIGLA<br />

9. RECURSOS DIDATICOS:<br />

( ) RETROPROJETOR<br />

(x ) OUTRO Canhao para projecdo<br />

OBS: CANHAO DE PROJEcAO MULTIMIDIA, PODERA SER RESERVADO PELO ALUNO NO<br />

SISTEMA DE SOM DO CEFET-PR. (Ramal: 4414)<br />

ALERTAMOS PARA 0 FATO DE QUE 0 BOM DO PROCESSO DEPENDE DO<br />

CORRETO E PREENCHIMENTO DESTE FORMULARIO.


CADASTRO DE ALUNOS<br />

DADOS PESSOAIS<br />

NOME: <strong>Rubens</strong> <strong>Alexandre</strong> <strong>de</strong> <strong>Faria</strong><br />

ABREVIATURA: <strong>Rubens</strong><br />

CPF: 540.314.009-34<br />

RG: 4.166.166-6<br />

NACIONALIDADE: Brasileira<br />

ANO DE NASCIMENTO: 1966<br />

SEXO: x MASCULINO ❑ FEMINNINO<br />

CURSO: x MESTRADO ❑ DOUTORADO<br />

BOLSA: x NAO<br />

❑<br />

❑ SIM --) EM CASO DE AFIRMATIVO INDIQUE CAPES<br />

❑ CNPq<br />

❑ OUTRA:<br />

ATIVIDADE FUTURA<br />

Vinculo Atual: Professor <strong>de</strong> 1 2 e 22 graus — CEFET-PR<br />

Expectativa <strong>de</strong> atuacao: Projeto <strong>de</strong> instrumentacao biomedica<br />

Mesma Area da Titulacao: Sim<br />

CONTATO<br />

Logradouro: Rua Joao <strong>de</strong> Lara, 273<br />

Bairro: Sao Lourenco<br />

Cida<strong>de</strong>: Curitiba<br />

UF: PR<br />

Pais: Brasil<br />

Cx. Postal: CEP: 82.200-090<br />

Telefone: 41-3531198<br />

Ramal:<br />

Telefone: 41-3104574<br />

Ramal:<br />

FAX:<br />

E - Mail: rubens@cefetpr.br


CADASTRO DE PROFESSOR DE OUTRA INSTITUICAO<br />

01. DADOS PESSOAIS<br />

COMPONENTE DE BANCA<br />

NOME: Sergio Santos Miihlen<br />

ABREVIATURA: Sergio<br />

CPF: 680.130.868/87 RG: 6.924.090<br />

NACIONALIDADE: Brasileira<br />

ANO DE NASCIMENTO:<br />

SEXO: x MASCULINO ❑ FEMININO<br />

En<strong>de</strong>rego:<br />

Rua: Estrada da Rhodia, 5555<br />

Complemento: Condominio Ibirapuera, Bloco 09, apto. 12, Bark) Geraldo<br />

Cida<strong>de</strong>: Campinas CEP: 13081.000 Fone:<br />

E NECESSARIO PROVIDENCIAR PASSAGENS x SIM 1=INAO<br />

EM CASO AFIRMATIVO: TRANSPORTE ❑ RODOVIARIO x AEREO<br />

DATA DE EMBARQUE NA CIDADE DE ORIGEM: 05/10/2001 HORARIO:<br />

DATA DE RETORNO: 05/10/2001 HORARIO:<br />

JA EFETUOU RESERVA DE PASSAGENS ❑ NAO x SIM (CODIGO):<br />

E NECESSARIO RESERVA DE HOTEL x NAO IDSIM<br />

02. DADOS PESSOAIS<br />

NOME: Sergio Santos Millen<br />

ABREVIATURA: Sergio<br />

CPF: 680.130.868/87<br />

NACIONALIDADE: Brasileira<br />

RG: 6.924.090<br />

ANO DE NASCIMENTO:<br />

SEXO: x MASCULINO ❑ FEMININO<br />

BANCO: Banco Real S/A (275) AG: 0910 Unicamp CONTA/CORRENTE: 4711077-7<br />

Rua:<br />

Complemento:<br />

Cida<strong>de</strong>: Campinas CEP: 13081.000 Fone:<br />

En<strong>de</strong>recO:<br />

E NECESSARIO PROVIDENCIAR PASSAGENS ill SIM ❑ NAO<br />

EM CASO AFIRMATIVO: TRANSPORTE El RODOVIARIO ❑AEREO<br />

DATA DE EMBARQUE NA CIDADE DE ORIGEM / /20 HORARIO<br />

DATA DE RETORNO / /20 HORARIO<br />

JA EFETUOU RESERVA DE PASSAGENS El NAO I=1 SIM (CODIGO):<br />

E NECESSARIO RESERVA DE HOTEL EINAO ❑ SIM


TESES / DISSERTACAO / EXAME DE QUALIFICACAO<br />

IDENTIFICAcA0<br />

Autor: <strong>Rubens</strong> <strong>Alexandre</strong> <strong>de</strong> <strong>Faria</strong><br />

Matricula como Aluno Regular no Curso: marco/2001 (mes/Ano)<br />

Mes da Defesa: outubro Nivel: x Mestrado ❑ Exame <strong>de</strong> Qualificacao ❑ Doutorado<br />

TiTULO:<br />

DESENVOLVIMENTO DE UMA INCUBADORA NEONATAL MICROPROCESSADA DE<br />

ACORDO COM AS NORMAS TECNICAS NBR-IEC-601-2-19<br />

Area <strong>de</strong> Concentracao: Engenharia Biomedica<br />

Linha <strong>de</strong> Pesquisa: Instrumentacao Medico-hospitalar<br />

Projeto <strong>de</strong> Pesquisa: <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>de</strong> uma Incubadora Neonatal Microprocessada<br />

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA<br />

Biblioteca Depositaria: BINCEN / CEFET-PR<br />

Volumes: Paginas:<br />

Palavras - Chave:<br />

Idioma:<br />

FINANCIADORES<br />

Financiador:<br />

Natureza: ❑ Bolsa ❑ Auxflio Financeiro Numero <strong>de</strong> Meses:<br />

Financiador:<br />

Natureza: ❑ Bolsa ❑ Auxilio Financeiro Ntimero <strong>de</strong> Meses:<br />

ARTIGOS CIENTIFICOS PUBLICADOS ASSOCIADOS AO TRABALHO<br />

01:<br />

2:<br />

3:


TESES / INFORMAQOES<br />

AREA DE CONHECIMENTO<br />

Codigo: 3.13.00.00-6 Descricao: Engenharia Bioniedica<br />

Codigo: 3.13.02.03-3 Descricao: Instrumentacao Odontologica e medico-hospitalar<br />

Codigo:<br />

Descricao:<br />

RESUMO<br />

Neste trabalho <strong>de</strong>screve-se o projeto, construcao e testes do prototipo <strong>de</strong> uma<br />

Incubadora Neonatal Microprocessada, <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> acordo corn a Norma NBR IEC<br />

601-2-19 - Prescricoes particulares para construcao <strong>de</strong> incubadoras para recem-nascidos<br />

(RN). 0 estudo realiza uma andlise criteriosa na norma em questa°, bem como os cuidados<br />

no projeto <strong>de</strong> equipamentos para utilizacao em neonatos prematuros. Particularmente, o<br />

enfoque do trabalho é a concepeao do circuito eletronico do equipamento, sendo<br />

apresentada a arquitetura <strong>de</strong> hardware utilizada, os metodos para controle termico,<br />

<strong>de</strong>teccao <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s e protecao contra falhas, passando pelas fases <strong>de</strong> projeto,<br />

construcao e testes do sistema.


CENTRO FEDERAL DE EDUCAcAO TECNOLOGICA DO PARANA<br />

Curso <strong>de</strong> Pos-graduacao em Engenharia e Informatica Industrial<br />

DISSERTAc AO<br />

Apresentada ao CEFET-PR<br />

para obtencao do titulo<br />

MESTRE EM CIENCIAS<br />

Por<br />

RUBENS ALEXANDRE DE FARIA<br />

DESENVOLVIMENTO DE UMA<br />

INCUBADORA NEONATAL MICROPROCESSADA<br />

DE ACORDO COM A NORMA TECNICA NBR - IEC - 601-2-19<br />

Banca Examinadora<br />

Presi<strong>de</strong>nte e Orientador<br />

Prof. Dr. E<strong>de</strong>n Januario Netto<br />

(CEFET-PR)<br />

Examinadores<br />

Prof. Dr. Sergio Santos Malilen<br />

Prof. Dr. Joao Luis Kovaleski<br />

Prof. Dr. Paulo Jose Abatti<br />

(UNICAMP-SP)<br />

(CEFET-PR)<br />

(CEFET-PR)<br />

OUTUBRO/2001


RUBENS ALEXANDRE DE FARIA<br />

DESENVOLVIMENTO DE UMA<br />

INCUBADORA NEONATAL MICROPROCESSADA<br />

DE ACORDO COM A NORMA TECNICA NBR - IEC - 601-2-19<br />

Dissertacao apresentada ao Curso <strong>de</strong><br />

Pos-Graduacao em Engenharia Eletrica<br />

e Informatica Industrial do Centro Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Educacdo Tecnologica do Parana<br />

como requisito parcial para obtencao do<br />

titulo <strong>de</strong> "Mestre em Ciencias"- Area <strong>de</strong><br />

Concentracao: Engenharia Bioniedica<br />

Orientador: Prof. Dr. E<strong>de</strong>n Januario<br />

Netto<br />

Curitiba<br />

Outubro 2001<br />

ii


AGRADECIMENTOS<br />

Ao meu orientador E<strong>de</strong>n Netto que proporcionou a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abracar esse<br />

projeto junto corn a empresa KSS, e em especial meu amigo <strong>de</strong> muitos anos e coorientador<br />

Paulo Jose Abatti, que, mesmo nas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempo, conseguiu me orientar<br />

<strong>de</strong> forma livre e extremamente profissional.<br />

0 projeto nao teria saido da prancheta se nao tivesse encontrado no engenheiro,<br />

professor e amigo das horas aflitas Miguel Sovierzoski, a paciencia para ensinar um velho<br />

discipulo <strong>de</strong> como implementar urn hardware. Depois <strong>de</strong>sse start a seqiiencia continua<br />

corn os amigos, da mesma forma, fa's incondicionais <strong>de</strong> hardware e software, entre eles,<br />

Marcelinho, Huguinho, Leonardo Marques, Augusto, Lucas, Juliano, Ferrari e principalmente<br />

o guru Douglas Renaux. Os componentes eletronicos nao seriam adquiridos se nao<br />

fosse a camaradagem <strong>de</strong> meus ex-socios e amigos Ricardo, Ze Roberto e Alexei, bem como<br />

os funcionarios Ney e o Afonso da KSS; os proprietarios: Ewaldo, Carvalho, Nelson e<br />

Ezequiel que tiveram a maior confianca em nosso trabalho no CEFET e investiram uma<br />

boa soma em recursos, sem cobrar <strong>de</strong> forma negativa ou questionar o andamento do projeto.<br />

Aos colegas da divisaio <strong>de</strong> projetos: Abdo, Robson, Dirlene, Angela, Isaura, Machado<br />

e especialmente ao amigo Zely, bem como ao harem <strong>de</strong> plantdo: Silvia, Leila, Vanete,<br />

Fernanda, Erica, Priscila e Elane tenho a dizer que a presenca e o apoio <strong>de</strong> voces sempre<br />

me fizeram sentir em casa e confortavel para terminar esse trabalho.<br />

Agra<strong>de</strong>co aos meus amigos <strong>de</strong> laboratorio: Josmaria, Fred, Luiz Henrique, Cicero,<br />

Jaimir e principalmente meu s6cio Adriano. Aos amigos Ronaldo e Arleninha, pessoas <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque por aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> orientados no CPGEI sempre corn a bonda<strong>de</strong> que<br />

lhes e peculiar. Sempre ajudaram muito, nao so a mim, mas a todos alunos que ali passaram.<br />

Atencao especial a Dra. Denise e a Dra. Marilene <strong>Faria</strong> que auxiliaram <strong>de</strong>mais na<br />

busca <strong>de</strong> literatura medica apropriada ao <strong>de</strong>senvolvimento do proprio equipamento, bem<br />

como os colegas, Branco, Demantova, Gewehr, Valeria e Humberto que auxiliaram na<br />

correcao <strong>de</strong> partes da dissertacao e sugeriram alguns caminhos a serem tomados ao longo<br />

do trabalho. Nao tem como dar errado um trabalho quando se po<strong>de</strong> contar pessoas <strong>de</strong>ssa<br />

categoria to ajudando.<br />

iii


E finalmente o espaco reservado aos bravos e cabecas que movem o mundo: os<br />

meus amigos e estagiarios dos cursos <strong>de</strong> engenharia e tecnologia em eletronica que na plenitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus vinte e poucos anos (alguns nem isso), conseguiram me levantar nos tropecos<br />

e ataques <strong>de</strong> loucura que tive durante as fases <strong>de</strong> implementacao e testes do produto.<br />

Apresento-lhes alguns dos alunos e amigos que hoje sdo parte <strong>de</strong> mim <strong>de</strong>ntro e fora do<br />

CEFET: Geraldo Kosel, Rafael Wolf, Giordano Wolaniuk, e especialmente Cleverson S-<br />

charf e Gilberto Titericz Jr., os melhores em sistemas microprocessados que tive a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecer.<br />

Todo o sucesso conseguido no projeto tambem e atribuido a urn lugar agradavel<br />

que sempre tive a mao: meu lar e minha linda familia; minha esposa e meus filhos maravilhosos<br />

Albert e Gregory... Voltei!<br />

Cleverson Picolis... Mao te esqueci... Ninguem te esquece... Durma bem amigo!<br />

iv


SUMARIO<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

LISTA DE TABELAS<br />

RESUMO<br />

ABSTRACT<br />

ix<br />

xii<br />

xiii<br />

xiv<br />

1 INTRODUcAO 1<br />

1.1 OBJETIVO 3<br />

2 FUNDAMENTA00 TEORICA 5<br />

2.1 TEMPERATURA, SOBREVIVENCIA E DESENVOLVIMENTO<br />

EM INCUBADORAS NEONATAIS 5<br />

2.2 TEMPERATURA E HOMEOTERMIA 6<br />

2.3 DEFINIcA0 DE TEMPERATURA NORMAL CORPOREA 7<br />

2.4 A FISICA DA TROCA DE CALOR 9<br />

2.5 TERMORREGULA00 OU CONTROLE TERMICO 10<br />

2.6 PROBLEMAS DE TERMORREGULA00 EM PREMATUROS 10<br />

2.7 PERIGOS ASSOCIADOS AOS METODOS DE<br />

CONTROLE DE TEMPERATURA 11<br />

2.7.1 Hipertermia 12<br />

2.7.2 Infeccoes nao-<strong>de</strong>tectadas 12<br />

2.7.3 Desidratacao 12<br />

2.8 MEDIDAS DE TEMPERATURA INTERNA DO CORPO 13<br />

2.9 MEDIDA DA TEMPERATURA DA PELE 13<br />

2.10 MECANISMOS DE PERDA DE CALOR 14<br />

2.10.1 Perdas <strong>de</strong> calor por conducao 16<br />

2.10.2 Perdas <strong>de</strong> calor por conveccdo 16<br />

2.10.3 Perdas <strong>de</strong> calor por radiacao 17<br />

2.10.4 Perdas <strong>de</strong> calor por evaporacao 19<br />

2.11 AMBIENTE TERMICO NEUTRO 19


2.12 INFLUENIA DE OUTROS FATORES FiSICOS NO<br />

CONFORTO E BEM-ESTAR DO BEBE 21<br />

2.12.1 Som 21<br />

2.12.2 Luzes 22<br />

3 A CERTIFICA00 DO EQUIPAMENTO ELETROMEDICO:<br />

INCUBADORA NEONATAL 24<br />

3.1 INTRODU00 24<br />

3.2 0 PROCESSO DE CERTIFICAcA0 PARA EQUIPAMENTOS<br />

MEDICOS 24<br />

3.3 0 FUNCIONAMENTO DE UMA INCUBADORA NEONATAL 29<br />

3.4 ANALISE DA NORMA NBR IEC-601-2-19 35<br />

4 DESENVOLVIMENTO DO PROTOTIPO 37<br />

4.1 DIRETRIZES BASICAS PARA 0 PROJETO 37<br />

4.2 ESPECIFICAcA0 DO PROJETO ELETRONICO BASEADO NA<br />

NORMA NBR IEC 601-2-19 37<br />

4.3 0 PROJETO ELETRONICO 39<br />

4.3.1 0 Sistema Microprocessado 41<br />

4.3.1.1 A Escolha do Microprocessador 42<br />

4.3.2 Sensores <strong>de</strong> Temperatura 43<br />

4.3.2.1 Utilizando dois sensores <strong>de</strong> temperatura DS1624S 44<br />

4.3.2.2 Medida <strong>de</strong> Temperatura Atraves do DS1624S 46<br />

4.3.3 Sensor <strong>de</strong> Umida<strong>de</strong> Relativa do Ar (UR%) 47<br />

4.3.4 Dispositivos <strong>de</strong> I/O (Entrada e Saida) 50<br />

4.3.4.1 Teclado 50<br />

4.3.4.2 Display <strong>de</strong> Cristal Liquid() (LCD) 52<br />

4.3.4.2.1 Implementacao do LCD ao Hardware<br />

da Incubadora 53<br />

4.3.4.3 Controle <strong>de</strong> temperatura 54<br />

4.3.4.3.1 Driver <strong>de</strong> potencia para a resistencia<br />

<strong>de</strong> aquecimento 56<br />

4.3.5 Alarmes e Atuadores 60<br />

4.3.5.1 Temperatura alta 60<br />

vi


4.3.5.2 Falha na Ventilacao<br />

4.3.5.3 Queda <strong>de</strong> Energia<br />

60<br />

61<br />

5 RESULTADOS 63<br />

5.1 INTRODUcAO 63<br />

5.2 ENSAIOS REALIZADOS 63<br />

5.2.1 Temperaturas Excessivas 63<br />

5.2.2 Erros Humanos 63<br />

5.2.3 Exatidao nos dados <strong>de</strong> operacao 64<br />

5.2.3.1 Tempo <strong>de</strong> Aquecimento 64<br />

5.2.3.2 Temperatura Media da Incubadora 66<br />

5.2.3.3 Exatidao do sensor do RN 68<br />

5.2.3.4 Temperaturas Altas 70<br />

5.2.3.5 Ruido Sonoro 70<br />

6 DISCUSSAO GERAL E CONCLUSOES 72<br />

6.1 INTRODUcA0 72<br />

6.2 DIFICULDADES NO PROJETO 72<br />

6.3 PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS 74<br />

ANEXOS 75<br />

ANEXO I LABORATORIOS CREDENCIADOS PELO MINISTERIO DA SAUDE<br />

PARA CERTIFICA00 DE EQUIPAMENTOS BIOMEDICOS NO<br />

BRASIL 76<br />

ANEXO II TOPICOS DA NORMA TECNICA NBR-IEC-601-2-19:<br />

PRESCRIOES PARTICULARES PARA SEGURAKA DE<br />

INCUBADORAS PARA RECEM-NASCIDOS (RN) 78<br />

ANEXO III CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PARA 0 DESENVOLVIMENTO<br />

DA PARTE ELETRONICA DA INCUBADORA NEONATAL 91<br />

vii


ANEXO IV DIAGRAMAS ESQUEMATICOS<br />

95<br />

ANEXO V<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO MICROCONTROLADOR AT-<br />

MEL AT89C52<br />

99<br />

ANEXO VI CARACTERISTICAS TECNICAS DO SENSOR DE TEMPERATURA<br />

DS 16245 DA EMPRESA DALLAS SEMICONDUCTORS 106<br />

ANEXO VII CARACTERISTICAS TECNICAS DO DISPLAY GRAFICO<br />

HDM 128GS24 110<br />

ANEXO VIII FOTOS DAS PLATAFORMAS DE HARDWARE<br />

DESENVOLVIDAS 114<br />

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 120<br />

viii


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1<br />

1) Febre causada pela eliminacao total das perdas <strong>de</strong> calor provenientes do<br />

metabolismo minim° no bebe. 2) Temperatura normal quando as perdas <strong>de</strong><br />

calor diminuem e se igualam ao calor produzido pelo minim° metabolismo<br />

do bebe (condicoes termicas neutras). 3) Hipotermia causada pela gran<strong>de</strong><br />

perda <strong>de</strong> calor do bebe que esta temporariamente hipotermico (possui temperatura<br />

corporea abaixo dos indices normais). 4) Febre quando as perdas <strong>de</strong><br />

calor sao menores que o calor produzido pelo beb8 hipermetabolico (possui<br />

metabolismo acima da taxa <strong>de</strong> metabolismo normal). 5) Temperatura normal<br />

quando as perdas <strong>de</strong> calor sao altas, mas, ao mesmo tempo iguais ao calor<br />

produzido pelo bebe hipermetabOlico. 6) Hipotermia causada por perda<br />

termica muito gran<strong>de</strong> que exce<strong>de</strong> o calor produzido pelo bebe hipermetabolico<br />

8<br />

Figura 2<br />

Conducao logica para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma incubadora aquecida por<br />

fluxo <strong>de</strong> ar quente, servocontrolada pela temperatura da pele. 1) Urn bebe<br />

<strong>de</strong>sprotegido per<strong>de</strong> calor atraves da pele por conducao, conveccao, evaporacao<br />

e radiacao. 2) 0 calor por radiacao elimina as perdas por radiacdo e<br />

conveccao, mas nao aquelas causadas pela conveccao e evaporacdo. 3) uma<br />

incubadora aquecida por conveccao sem umidificacdo elimina as perdas por<br />

conveccao e conducao, mas nao as causadas por radiacdo e evaporacao. 4)<br />

Uma incubadora dotada <strong>de</strong> aquecimento por conveccao e unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umidificacao<br />

elimina os maiores fatores <strong>de</strong> perda termica, exceto as perdas por<br />

radiacdo. 5) Utilizando um aquecedor por radiacao combinado a uma incubadora<br />

dotada <strong>de</strong> umidificador e ventilada por conveccao, sao eliminadas<br />

todas as fontes <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> calor pela pele do neonato. 6) A temperatura<br />

normal da pele do bebe po<strong>de</strong> ser conseguida adicionando urn controlador a<br />

incubadora para que a potencia seja entregue ao aquecedor por radiacao<br />

sempre que a temperatura da pele caia abaixo do valor instantaneo medido<br />

15<br />

ix


Figura 3 Desenho <strong>de</strong> uma incubadora neonatal generica 29<br />

Figura 4 Incubadora Neonatal mo<strong>de</strong>lo RNP225 da Empresa KSS 35<br />

Figura 5<br />

Diagrama em blocos da plataforma <strong>de</strong> hardware da incubadora neona-<br />

tal 40<br />

Figura 6<br />

Diagrama em blocos do circuito <strong>de</strong> medicao <strong>de</strong> temperatura interna ao chip<br />

DS1624S 46<br />

Figura 7<br />

Curva Tensao <strong>de</strong> Saida X % <strong>de</strong> Umida<strong>de</strong> Relativa do Ar no sensor OHMIC<br />

HC600 corn substrato ceramico 49<br />

Figura 8<br />

Diagrama esquematico para a ligacao do modulo display HANTRONIX<br />

HDM 128GS24Y-1 as tensOes <strong>de</strong> alimentacao 53<br />

Figura 9 Sistema <strong>de</strong> Controle PID em malha fechada 54<br />

Figura 10<br />

Parte da rotina em assembly que estabelece os coeficientes do PWM utiliza-<br />

dos no controle <strong>de</strong> potencia da incubadora neonatal 56<br />

Figura 11<br />

Diagrama esquematico representando a interface <strong>de</strong> I/0 do microcontrolador<br />

corn o driver da resistencia <strong>de</strong> aquecimento 56<br />

Figura 12<br />

(a) Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando E é negativo e<br />

é 2°C;<br />

(b)- Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando E é negativo e<br />

esta 2°C E 1°C;<br />

(c)- Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando E possui qualquer<br />

valor positivo 58


Figura 13<br />

Figura 14<br />

Diagrama em blocos do circuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>teccao e atuador sobre a falha na ventilacao<br />

61<br />

Foto indicando que o sensor <strong>de</strong> pele esta <strong>de</strong>sconectado, ou existe alguma<br />

falha ou anormalida<strong>de</strong> 64<br />

Figura 15 Curva <strong>de</strong> aquecimento da incubadora neonatal RNP225 <strong>de</strong>senvolvida... 65<br />

Figura 16<br />

Figura 17<br />

Detalhe da oscilacao sobre a temperatura <strong>de</strong> controle, na condicao <strong>de</strong> temperatura<br />

estabilizada da Incubadora Neonatal RNP 225<br />

Desenvolvida 67<br />

A) Cabo Sensor do RN, utilizado no ensaio <strong>de</strong> exatidao <strong>de</strong> temperatura;<br />

B) Sensor do RN em <strong>de</strong>talhe 69<br />

xi


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1<br />

Temperatura da incubadora conforme a ida<strong>de</strong> e o peso<br />

(American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics) 20<br />

Tabela 2<br />

Valores da Temperatura medida nos Pontos A, B, C, D e E do colchao, na<br />

condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada 67<br />

Tabela 3 Ensaios para <strong>de</strong>terminar a exatidao do Sensor do RN 69<br />

Tabela 4<br />

Resultados do ensaio para <strong>de</strong>terminar a pressao sonora <strong>de</strong>ntro e fora do<br />

compartimento do RN corn o buzzer soando 71<br />

Tabela 5<br />

Resultados do ensaio para <strong>de</strong>terminar a pressdo sonora <strong>de</strong>ntro e fora do<br />

compartimento do RN corn o buzzer silenciado 71<br />

xii


RESUMO<br />

Neste trabalho <strong>de</strong>screve-se o projeto, construcao e testes do prototipo <strong>de</strong> uma Incubadora<br />

Neonatal Microprocessada, <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> acordo corn a Norma NBR IEC 601-2-<br />

19 - Prescricoes particulares para construcao <strong>de</strong> incubadoras para recem-nascidos (RN). 0<br />

estudo realiza uma analise criteriosa na norma em questa°, bem como os cuidados no projeto<br />

<strong>de</strong> equipamentos para utilizacao em neonatos prematuros. Particularmente, o enfoque<br />

do trabalho é a concepcao do circuito eletronico do equipamento, sendo apresentada a arquitetura<br />

<strong>de</strong> hardware utilizada, os metodos para controle termico, <strong>de</strong>teccao <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong>s<br />

e protecao contra falhas, passando pelas fases <strong>de</strong> projeto, construcao e testes do sistema.


ABSTRACT<br />

In this work it is <strong>de</strong>scribed the <strong>de</strong>sign, construction and tests of the prototype of an<br />

Microprocessed Infant Incubator, <strong>de</strong>veloped in accordance with NBR-IEC-601-2-19 — Particular<br />

prescriptions for the infant incubators construction. This <strong>de</strong>velopment accomplish<br />

an analysis of the point of view in recommen<strong>de</strong>d standard, as well as the care with which<br />

one should <strong>de</strong>sign equipment for premature babies. Particulary, this work emphasis the<br />

conception of the electronic circuit used in the equipment, being presented the hardware<br />

architecture, the methods used on thermal control, abnormalities <strong>de</strong>tection and failure protection,<br />

passing through the <strong>de</strong>sign phases, construction and system tests.<br />

xiv


CAPITULO 1<br />

INTRODU00<br />

Ao nascer, um dos gran<strong>de</strong>s problemas do neonato é a perda <strong>de</strong> calor. A<br />

temperatura corp6rea <strong>de</strong> um recem-nascido (RN) po<strong>de</strong>ra cair entre 2 e 3°C <strong>de</strong>vido as<br />

condicoes nao preparadas da sala <strong>de</strong> parto e a alta evaporacao do corpo timid°. Como a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecido subcutaneo do RN é ben' menor que ern urn adulto, em conjunto<br />

corn o ar circulando e as pare<strong>de</strong>s frias da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva Neonatal<br />

(UTIN), tambem havera altas perdas <strong>de</strong> calor por conducao e irradiacao (FANAROFF<br />

& KLAUS, 1995).<br />

0 conhecimento das exigencias termicas teve urn <strong>de</strong>senvolvimento paulatino<br />

para neonatos <strong>de</strong> alto risco. Pierre Budin, historicamente o primeiro neonatologista, teve<br />

talvez a mais antiga nocao clinica sobre a importancia do ambiente termico<br />

(FANAROFF & KLAUS, 1995). Em 1907, apps ter notado gran<strong>de</strong> aumento na taxa <strong>de</strong><br />

sobrevivencia quando era mantida a temperatura retal, enfatizou a necessida<strong>de</strong> do<br />

controle <strong>de</strong> temperatura. Recomendou uma temperatura ambiente <strong>de</strong> 30°C para o<br />

pequeno neonato (lkg) <strong>de</strong>vidamente vestido. Infelizmente, suas observacoes nao foram<br />

muito divulgadas e/ou aceitas ate a <strong>de</strong>cada <strong>de</strong> 50. Alen' disso, durante esse period°, em<br />

geral se confundia o valor clinic° das dugs variaveis: temperatura e umida<strong>de</strong> relativa.<br />

A partir das avaliacOes positivas quanto ao aumento do indice <strong>de</strong> sobrevive'ncia<br />

<strong>de</strong> prematuros tratados em ambientes termicamente estaveis, alavancou-se o projeto e a<br />

producao <strong>de</strong> um equipamento, consi<strong>de</strong>rado hoje essencial nos ambientes da UTIN, a<br />

incubadora neonatal.<br />

A existencia <strong>de</strong> urn equipamento como a incubadora neonatal vai alem da<br />

utilizacao dos equipamentos <strong>de</strong> monitoracao dos sinais vitais, como os monitores <strong>de</strong><br />

ECG (eletrocardiograma) e EEG (eletroencefalografia), tambem indispensaveis na<br />

UTIN. A incubadora neonatal é urn equipamento utilizado em emergencias, porem<br />

quando utilizado <strong>de</strong> forma cotidiana, po<strong>de</strong> acelerar a recuperacao <strong>de</strong> urn neonato que<br />

geralmente esta <strong>de</strong>bilitado fisicamente, por ter nascido antes das 40 semanas <strong>de</strong><br />

gestacao. Esta recuperacao acelerada ocorre pela caracteristica que o equipamento tem


2<br />

em modificar as condicoes ambientais normais, para uma condicao <strong>de</strong> temperatura e<br />

umida<strong>de</strong> relativa do ar mais a<strong>de</strong>quadas ao tratamento. Como cada prematuro reline uma<br />

serie <strong>de</strong> fatores intrinsecos que influenciam seu estado clinico, a incubadora <strong>de</strong>ve<br />

possuir urn dispositivo que monitore e controle essas condicoes a fim <strong>de</strong> propiciar urn<br />

ambiente termicamente estavel.<br />

Recentemente, urn artigo publicado nos editais do Conselho Regional <strong>de</strong><br />

Medicina do Estado do Parana (CRM-PR) analisou a situacao das UTIN e forneceu<br />

dados importantes mostrando que po<strong>de</strong> existir espaco para comercializacao imediata <strong>de</strong><br />

incubadoras (particularmente as que apresentem born preco e qualida<strong>de</strong>). "0 CRM-PR<br />

realizou no dia 09 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000 uma reunido para avaliar as principais dificulda<strong>de</strong>s<br />

que se manifestam nas UTIN, ainda hoje em mimero insuficiente, conforme <strong>de</strong>monstra a<br />

persistente superlotacdo. Este evento acabou ganhando maior repercussao face ao<br />

antincio feito em 19 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2000, pelo Hospital <strong>de</strong> Clinicas da UFPR, <strong>de</strong> Curitiba,<br />

em suspen<strong>de</strong>r temporariamente o atendimento a gestantes por falta <strong>de</strong> condicoes para<br />

internar e aten<strong>de</strong>r os bebes que nascem em situacao <strong>de</strong> risco. Naquela data, embora<br />

dispondo <strong>de</strong> 24 leitos, a UTIN contava corn 37 recern-nascidos em condicao clinica<br />

fragil" (CRM-PR, 2000). De acordo corn os dados da Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saa<strong>de</strong>, no<br />

Parana existem 89 leitos <strong>de</strong> UTIN, estando 41 na capital. A lotacao é permanente. A<br />

media <strong>de</strong> ocupacdo <strong>de</strong> urn leito nas UTIN é <strong>de</strong> 45 dias (CRM-PR, 2000). Este problema<br />

po<strong>de</strong> ser minimizado fazendo-se use da tecnologia, aumentando as chances <strong>de</strong><br />

sobrevivencia, bem como a qualida<strong>de</strong> dos equipamentos <strong>de</strong>stinados ao tratamento do<br />

recem-nato. Desta forma, acaba-se restringindo o period() <strong>de</strong> tratamento, ja que as UTIs<br />

sao, e aparentemente continuardo sendo, em mimero restrito.<br />

Comercialmente, no Brasil, existem alguns fabricantes <strong>de</strong> incubadoras neonatais,<br />

<strong>de</strong>ntre eles as empresas FANEM, OLIDEF, GIGANTE e KSS. Estrategicamente, todas<br />

essas empresas buscam a evolucao tecnologica em seus produtos para o tratamento<br />

perinatal, ou executam pesquisas em sistemas e componentes eletronicos para aumentar<br />

a confiabilida<strong>de</strong> do produto, alem <strong>de</strong> melhorar a interface do equipamento corn o<br />

usuario.


3<br />

1.1 OBJETIVO<br />

0 objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>senvolver e construir o prototipo <strong>de</strong> uma<br />

incubadora neonatal que supervisione e controle as variaveis tipicas envolvidas neste<br />

equipamento. Um estudo baseado nas normas tecnicas NBR-IEC especificas ao<br />

equipamento perinatal envolvido sera feito para que o equipamento possa obter<br />

certificacao e a conseqiiente autorizacao para venda no comercio brasileiro.<br />

Especificamente, buscar-se-d corn o <strong>de</strong>senvolvimento do prototipo supracitado<br />

substituir a incubadora comercial mo<strong>de</strong>lo RNP 225 da empresa KSS Inthistria e<br />

Comercio <strong>de</strong> Equipamentos Medicos LTDA, <strong>de</strong> Sao Jose dos Pinhais, Parana, que nao<br />

aten<strong>de</strong> os requisitos necessarios exigidos na norma tecnica NBR-IEC-601-2-19,<br />

introduzida posteriormente e responsavel pela normalizacao <strong>de</strong> incubadoras para reamnascidos<br />

produzidas no Brasil.<br />

Assim, baseado no mo<strong>de</strong>lo existente, foi feita inicialmente a analise da norma<br />

tecnica exigida pelo Ministerio da Sau<strong>de</strong>, para verificacao dos itens em conformida<strong>de</strong>.<br />

Toda a estrutura mecanica responsavel pela sustentacdo do equipamento e<br />

acondicionamento do recem-nascido, juntamente corn a parte eletrica <strong>de</strong> potencia,<br />

composta pela resistencia <strong>de</strong> aquecimento e transformadores, foram preservados,<br />

verificando que os mesmos nao interferiam no atendimento a norma.<br />

Portanto, estabelecida a parceria corn a empresa KSS, foi construido urn novo<br />

prototipo <strong>de</strong> incubadora neonatal, concentrando-se na reestruturacdo da parte eletronica,<br />

responsavel pela monitoracao, controle e alarmes exigidos em norma. A proposta tornase<br />

urn <strong>de</strong>safio quando existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar urn equipamento similar<br />

anterior, fora dos padr6es exigidos para certificacao, em urn equipamento mo<strong>de</strong>rno, apto<br />

a ser certificado e que <strong>de</strong>vera estar pronto para ser produzido em escala, a custos<br />

compatIveis corn o mercado. De qualquer forma, se a nova versa() do equipamento vier<br />

a custar mais que o mo<strong>de</strong>lo anterior, as suas vantagens tem que estar explicitas no<br />

momento da especificacdo tecnica pois as mesmas <strong>de</strong>verao fazer parte dos argumentos<br />

<strong>de</strong> venda do novo produto.


4<br />

Neste capitulo foram apresentados a introducdo e o objetivo basic° do trabalho<br />

<strong>de</strong>senvolvido. No Capitulo 2 apresentar-se-d a fundamentacdo te6rica sobre as<br />

condicoes fisiologicas do neonato e discutem-se as situagoes <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor entre o<br />

corpo e as diversas condicoes do ambiente neonatal, o sistema interno <strong>de</strong> regulacao <strong>de</strong><br />

temperatura, bem como algumas anormalida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m surgir e como o controle da<br />

incubadora <strong>de</strong>ve respon<strong>de</strong>r. No Capitulo 3 explica-se como é o funcionamento <strong>de</strong> uma<br />

incubadora neonatal e os tramites governamentais envolvidos no momento <strong>de</strong> certificar<br />

urn equipamento. No Capitulo 4 discorre-se sobre cada fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

construed° do prototipo, <strong>de</strong>talhando o prop6sito do trabalho que é o estudo e projeto da<br />

parte eletronica responsavel pelo controle, monitoracdo e alarmes do equipamento. Cada<br />

etapa do hardware foi apresentada em forma <strong>de</strong> sistemas ou circuitos eletronicos que<br />

pu<strong>de</strong>ssem resolver os itens pedidos em norma tecnica. No Capitulo 5 apresenta-se o<br />

resultado dos testes e ensaios feitos no prototipo e solucoes corn a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrigir<br />

os problemas <strong>de</strong> itens em nao-conformida<strong>de</strong> antes que o produto seja colocado para<br />

montagem em escala. No Capitulo 6 apresentam-se as principais conclusoes do presente<br />

trabalho, juntamente corn as proposicoes para trabalhos futuros. Finalmente, a<br />

dissertacdo e encerrada corn seis anexos que completam os seis capitulos apresentados.


CAPITULO 2<br />

FUNDAMENTA00 TEORICA<br />

Nesse capitulo sao abordadas as anormalida<strong>de</strong>s fisiologicas que urn bebe prematuro<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver, estando ou nao isolado em uma incubadora neonatal. As condicoes da<br />

hipertermia, hipotermia, ambiente termicamente neutro e os tipos <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> calor que o<br />

RN tern em relacao ao ambiente, <strong>de</strong>terminam os fundamentos <strong>de</strong> como o equipamento<br />

<strong>de</strong>ve ser projetado para fornecer as melhores condicoes possiveis <strong>de</strong> recuperacdo do RN,<br />

bem como condicOes <strong>de</strong> trabalho a<strong>de</strong>quadas para a equipe clinica da UTIN.<br />

2.1 TEMPERATURA, SOBREVIVENCIA E DESENVOLVIMENTO DE<br />

INCUBADORAS NEONATAIS<br />

0 <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> incubadoras é uma evolucao do metodo dos egipcios<br />

antigos, que utilizavam incubadoras para chocar ovos <strong>de</strong> galinha (FANAROFF &<br />

MARTIN, 1992). Mais recentemente, em 1957, Silverman e Blanc concluiram que bebes<br />

prematuros tratados em incubadoras neonatais contendo indices superiores a 80% <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> relativa do ar (UR%) possuiam taxas maiores <strong>de</strong> sobrevivencia que bebes<br />

hospedados em incubadoras corn indices inferiores a 60% (FANAROFF & MARTIN,<br />

1992). A apresentacao <strong>de</strong>sses resultados foi relatada para diferentes temperaturas. Essa<br />

condicao foi reforcada em 1958 quando Silverman informou que bebes tratados em<br />

incubadoras aquecidas e umidificadas por conveccao a 32°C, sobreviveram em major taxa<br />

que em incubadoras corn temperatura do ar controlada a 29°C. Deve-se notar que bebes<br />

prematuros doentes contribuem muito para diferentes taxas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> notados em<br />

subseqiientes estudos. 0 grau em que as condicoes termicas afetam a sobrevivencia da<br />

maioria dos bebes permanece <strong>de</strong>sconhecido (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Em 1963, Agate e Silverman, na tentativa <strong>de</strong> aprimorar o conhecimento da<br />

termorregulacao <strong>de</strong> neonatos, <strong>de</strong>senvolveram uma incubadora aquecida por irradiacao <strong>de</strong><br />

calor e servocontrolada (sistema <strong>de</strong> controle eletronico autornatico) em relacao a<br />

temperatura <strong>de</strong> pele do recern-nascido. 0 controle <strong>de</strong> temperatura assegurou a temperatura<br />

corporea normal e estavel <strong>de</strong> um bebe (FANAROFF & MARTIN, 1992).


6<br />

A incubadora dotada <strong>de</strong> controle automatic° foi utilizada para comparar as taxas <strong>de</strong><br />

sobrevivencia em bebes prematuros corn temperatura <strong>de</strong> pele similares, porem<br />

armazenados em dois diferentes ajustes <strong>de</strong> umidificacao. Os resultados indicaram que o<br />

aumento da taxa <strong>de</strong> sobrevivencia nao po<strong>de</strong>ria ser creditado, <strong>de</strong> forma isolada, ao use <strong>de</strong><br />

alta umidificacao em incubadoras fechadas, aquecidas por irradiacao, porem a<br />

umidificacao é importante quando o aquecimento dos bebes ocorre por conveccao. Estudos<br />

subseqiientes confirmaram uma vantagem do ponto <strong>de</strong> vista termico para neonatos<br />

hospedados em incubadoras aquecidas por irradiacao. Todavia, <strong>de</strong>vido as dificulda<strong>de</strong>s<br />

encontradas na fabricacao <strong>de</strong> incubadoras aquecidas por este metodo, ha predominancia <strong>de</strong><br />

aquecimento por conveccao em incubadoras (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Corn o tratamento neonatal sendo feito em incubadoras aquecidas por conveccao,<br />

utilizando sistema <strong>de</strong> controle automatic° a partir da temperatura medida no interior do<br />

compartimento do RN, a temperatura do ar interno po<strong>de</strong> variar em 3 ou 4°C, por curtos<br />

periodos, e <strong>de</strong> 5 a 10°C, em gran<strong>de</strong>s periodos. Essas variacoes <strong>de</strong> temperatura tern sido<br />

correlacionadas corn picos <strong>de</strong> apneia em alguns bebes prematuros. Esse fato nao ocorre em<br />

incubadoras aquecidas por irradiacao (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

2.2 TEMPERATURA E HOMEOTERMIA<br />

De acordo com a regra, bebes sao tratados como "seres" homeotermicos que tentam<br />

manter sua temperatura corporea <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma estreita faixa. Urn "ser" homeotermico<br />

respon<strong>de</strong> a perda <strong>de</strong> calor corn a geracao <strong>de</strong> mais calor interno, atraves da conversao <strong>de</strong><br />

alimentos e substancias quimicas em trabalho mecanico (ALVES FILHO, 1995).<br />

E consi<strong>de</strong>rado hipertermia quando o recem-nascido apresenta temperatura corporea<br />

superior a 37,5°C. 0 aumento da temperatura corporea <strong>de</strong>corre do aumento da producao<br />

e/ou da diminuicao da perda <strong>de</strong> calor produzido (ALVES FILHO, 1995). A mortalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vido a hipertermia é alta e esta basicamente correlacionada corn molestia subjacente<br />

(ORLAND & SALTMAN, 1988).<br />

Quando a temperatura corp6rea ou retal esta abaixo <strong>de</strong> 35°C diz-se que existe<br />

hipotermia. Esta resulta normalmente, em recall nascidos, da exposicao ao frio por


7<br />

vestuario ou aquecimento ina<strong>de</strong>quados, bem como por disturbios metabolicos (ORLAND<br />

& SALTMAN, 1988).<br />

2.3 DEFINIcA0 DE TEMPERATURA NORMAL CORPOREA<br />

Silverman e Agate em 1964 <strong>de</strong>finiram temperatura do corpo do RN como urn valor<br />

composto, na qual a medida retal contribui corn 60% e a da pele corn 40%. Isso nao é raid()<br />

para acreditar que bebes tenham uma diferenca <strong>de</strong> temperatura em relacao a adultos. Se a<br />

temperatura interna <strong>de</strong> um bebe esta entre 35,5 e 37,5°C, corn ±0.5°C <strong>de</strong> variacao, a<br />

temperatura <strong>de</strong>sse neonato po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada normal. Para prop6sitos praticos po<strong>de</strong>-se<br />

confiar em urn tinico local <strong>de</strong> medida, geralmente externo. Como a temperatura corporea é<br />

medida somente pelo balanco entre a producao <strong>de</strong> calor e a perda <strong>de</strong> calor, uma<br />

temperatura corp6rea normal nao <strong>de</strong>ve ser confundida corn uma taxa metabolica normal<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992). Na Figura 1 estao representados alguns diagnosticos<br />

clinicos <strong>de</strong> urn prematuro em tratamento no ambiente da incubadora neonatal. A ilustracao<br />

mostra que o controle termico <strong>de</strong>ve estar preparado para algumas condicoes anormais <strong>de</strong><br />

saii<strong>de</strong> do bebe, e que a melhor condicao <strong>de</strong> tratamento esta no projeto <strong>de</strong> urn equipamento<br />

que venha indicar ou mesmo controlar a temperatura <strong>de</strong> acordo corn a condicao fisiologica<br />

<strong>de</strong> cada recern-nascido.


8<br />

penla <strong>de</strong> calor<br />

perda (le calor<br />

semperda <strong>de</strong> calor<br />

FRIO<br />

QUENTE<br />

T>37,5°C<br />

penis <strong>de</strong> calor<br />

NORMAL<br />

35,5 .5 T 5.. 37,5° C<br />

0<br />

enla <strong>de</strong> calor<br />

T < 35,5'C<br />

perda <strong>de</strong> calor<br />

OUENT E<br />

T>37,5°C<br />

N RR MA L<br />

35,5 T 5 31,5°C<br />

FRIO<br />

T < 35,5"C<br />

Figura 1 - 1) Febre causada pela eliminacao total das perdas <strong>de</strong> calor provenientes do<br />

metabolismo minimo no bebe. 2) Temperatura normal quando as perdas <strong>de</strong> calor diminuem<br />

e se igualam ao calor produzido pelo minimo metabolismo do bebe (condicOes termicas<br />

neutras). 3) Hipotermia causada pela gran<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> calor do bebe que esta<br />

temporariamente hipotermico (possui temperatura corporea abaixo dos indices normais). 4)<br />

Febre quando as perdas <strong>de</strong> calor sao menores que o calor produzido pelo bebe<br />

hipermetabolico (possui metabolismo acima da taxa <strong>de</strong> metabolismo normal). 5)<br />

Temperatura normal quando as perdas <strong>de</strong> calor sao altas, mas, ao mesmo tempo iguais ao<br />

calor produzido pelo bebe hipermetabolico. 6) Hipotermia causada por perda termica muito<br />

gran<strong>de</strong> que exce<strong>de</strong> o calor produzido pelo bebe hipermetabolico (adaptada <strong>de</strong> FANAROFF<br />

& MARTIN, 1992).


9<br />

2.4 A FISICA DA TROCA DE CALOR<br />

A temperatura <strong>de</strong> urn objeto é medida atraves do balanco entre o calor que entra e<br />

sai do objeto. 0 calor po<strong>de</strong> ser perdido somente <strong>de</strong> uma substancia que esta quente para<br />

uma mais fria. Urn bebe, portanto, per<strong>de</strong>ra calor somente quando o ambiente que o ro<strong>de</strong>ia é<br />

mais frio que sua temperatura corporea. Bebes homeotermicos (aqueles que possuem<br />

temperatura normal) possuem a sensacao <strong>de</strong> frio quando os receptores termicos na pele sao<br />

estimulados. 0 rosto é particularmente sensivel, e sempre que o corpo do neonato esta<br />

quente, o resfriamento da face po<strong>de</strong> causar aumento significativo na taxa metabolica.<br />

Reciprocamente, esquentando a superficie facial quando o corpo esta frio, suprime-se<br />

homeotermicamente a inducao <strong>de</strong> urn hipermetabolismo (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Um bebe po<strong>de</strong> limitar sua perda <strong>de</strong> calor mudando a postura do corpo, reduzindo a<br />

superficie da pele exposta ao ambiente. Essa capacida<strong>de</strong> fica comprometida quando se trata<br />

<strong>de</strong> bebes prematuros, inconscientes, sedados e fisicamente <strong>de</strong>bilitados. A taxa <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />

calor é diretamente proporcional a magnitu<strong>de</strong> da diferenca entre a temperatura da pele do<br />

bebe e a temperatura ambiente. Essa proporcionalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser expressa<br />

matematicamente pela introducao <strong>de</strong> uma constante chamada <strong>de</strong> coeficiente <strong>de</strong><br />

transferencia termica (h), a qual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> material que transfere o calor, obtendose<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992):<br />

Perda <strong>de</strong> Calor = h (Temp. da pele — Temp. ambiente) area da super -116e exposta (2.1)<br />

A equacao (2.1) mostra que a area da superficie exposta <strong>de</strong> um neonato é critica ao<br />

se calcular a perda <strong>de</strong> calor. Um neonato corn fraldas, por exemplo, tern menos area<br />

exposta que um bebe <strong>de</strong>scoberto. 0 coeficiente <strong>de</strong> transferencia termica <strong>de</strong>screve a taxa na<br />

qual o calor sai da superficie do corpo. Esta relacionado corn a forma e a area do corpo<br />

pelas quais o ar circula, bem como o tipo <strong>de</strong> roupa que envolve o bebe, absorvendo e/ou<br />

refletindo energia radiante.<br />

A perda <strong>de</strong> calor tambem é modificada pela condutancia termica <strong>de</strong> urn neonato.<br />

Esta e calculada sabendo-se a diferenca entre a temperatura do centro do corpo do neonato<br />

e a temperatura <strong>de</strong> pele, multiplicada pelo coeficiente termico (h) que <strong>de</strong>screve a<br />

velocida<strong>de</strong> corn que o calor e transferido do interior para o exterior do corpo. Esse


10<br />

coeficiente varia <strong>de</strong> acordo corn o tipo <strong>de</strong> corpo, dimensoes fisicas, fluxo sanguine° na pele<br />

e estrutura vascular. A diferenca entre a forma, tipos e tamanho do corpo resultam em<br />

condicoes termicas e coeficientes <strong>de</strong> transferencia maiores que em adultos. Por causa <strong>de</strong>ssa<br />

diferenca nos coeficientes, neonatos per<strong>de</strong>m mail calor que adultos quando colocados em<br />

ambientes i<strong>de</strong>nticos (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

2.5 TERMORREGULAcA0 OU CONTROLE TERMICO<br />

A producao <strong>de</strong> calor em adultos é realizada pela ativida<strong>de</strong> metabolica e pela<br />

ativida<strong>de</strong> muscular (tremor <strong>de</strong> frio). Apesar das variacoes <strong>de</strong> temperatura ambiente, o ser<br />

humano ten<strong>de</strong> a manter constante sua temperatura corporea entre 36,6 e 37,2°C<br />

(CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

Durante a vida fetal, os mecanismos maternos sao responsaveis pela manutencao da<br />

temperatura corporea estavel do bebe. Entretanto, logo apps o parto, o recern-nato precisa<br />

adaptar-se atraves do mecanismo metabolic° para produzir calor <strong>de</strong> forma autonoma, ja<br />

que sua ativida<strong>de</strong> muscular esqueletica ainda nao é capaz <strong>de</strong> ser exercida plenamente<br />

(tremores <strong>de</strong> frio) (CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

Os recem-nascidos a termo apresentam urn <strong>de</strong>p6sito gorduroso abaixo da pele que é<br />

altamente especializado como fonte primaria <strong>de</strong> termogenese (ativida<strong>de</strong> metabolica corn a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir calor), seja por via metabolica, ou por inervacao do sistema<br />

simpatico, e tambem por possuirem uma rica re<strong>de</strong> vascular. Se o bebe estiver exposto a urn<br />

ambiente frio (estresse pelo frio), ocorre um aumento da producao <strong>de</strong> noradrenalina nas<br />

glandulas supra-renais que vao agir diretamente nos <strong>de</strong>p6sitos <strong>de</strong> gordura estimulando a<br />

lipolise para gerar energia (CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

2.6 PROBLEMAS DE TERMORREGULA00 EM PREMATUROS<br />

A maioria dos bebes é capaz <strong>de</strong> gerar uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor a<strong>de</strong>quada, mantendo<br />

a temperatura sem sacrificar suas calorias. Bebes prematuros, entretanto, tem problemas


11<br />

especiais que os colocam em <strong>de</strong>svantagem quanto a manutencao da temperatura corporea.<br />

Sao eles:<br />

Superficie cutanea comparativamente maior em relacdo ao peso do bebe (baixo<br />

peso);<br />

- Menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecido subcutaneo (tecido gorduroso); o que reduz tanto o<br />

isolamento termico do bebe com o meio, como a disponibilida<strong>de</strong> calorica;<br />

- 0 bebe prematuro é incapaz <strong>de</strong> absorver a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calorias necessarias para<br />

seu metabolismo e termorregulacao atraves <strong>de</strong> sua alimentacdo nos primeiros dias<br />

<strong>de</strong> vida;<br />

Portanto, o bebe prematuro apresenta varios fatores que elevam seu risco <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver hipotermia. Consequentemente, aumentam os riscos <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e<br />

morbida<strong>de</strong> neonatal pela perda calorica causada pelo frio. 0 resultado é urn maior consumo<br />

<strong>de</strong> oxigenio e perda <strong>de</strong> peso, razdo pela qual todo recem-nato <strong>de</strong>ve ser mantido em<br />

incubadoras para que sua temperatura corporea se mantenha estavel (CLONERTY &<br />

STARK, 1993).<br />

2.7 PERIGOS ASSOCIADOS AOS METODOS DE CONTROLE DE<br />

TEMPERATURA<br />

Uma abordagem bem diferente para tratar o neonato no ambiente termico neutro é o<br />

equipamento que controla o aquecimento do ambiente <strong>de</strong> forma automatica, tambem<br />

chamado <strong>de</strong> servocontrole. Ajustado para manter estavel a temperatura da incubadora <strong>de</strong><br />

acordo corn a temperatura medida no neonato, esse tipo <strong>de</strong> controle é consi<strong>de</strong>rado essencial<br />

ao tratamento do RN. Porem existem alguns cuidados em relacao a possiveis<br />

anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sau<strong>de</strong> existentes no paciente, o que po<strong>de</strong> tornar o mecanismo <strong>de</strong><br />

servocontrole potencialmente perigoso para o RN.


12<br />

2.7.1 HIPERTERMIA<br />

A hipertermia <strong>de</strong>senvolve-se mais rapidamente no neonato que no adulto. 0<br />

neonato tern menor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar calor por causa da temperatura mais elevada<br />

do revestimento corporal em relacao ao ambiente e a maior relacao superficie/volume.<br />

Assim, o sistema termorregulador do RN homeotermico ajusta-se e equilibra a sua<br />

producao, o fluxo sanguine° cutaneo, a sudorese e a respiracao, <strong>de</strong> tal modo que a<br />

temperatura corporal permanece constante <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> controle da temperatura<br />

ambiente (FANAROFF & KLAUS, 1995).<br />

Uma incubadora servocontrolada, corn ajuste automatic° da temperatura, po<strong>de</strong><br />

gerar excesso <strong>de</strong> calor e causar grave hipertermia, particularmente no caso on<strong>de</strong> os<br />

sensores <strong>de</strong> temperatura se <strong>de</strong>sprendam da pele do bebe. Os alarmes <strong>de</strong> temperatura<br />

tambem estao sujeitos a falhas eletricas ou mecanicas. Cada 1°C <strong>de</strong> elevacao na<br />

temperatura corp6rea correspon<strong>de</strong> a elevacao <strong>de</strong> 10% do metabolismo energetic°<br />

(CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

2.7.2 INFECOES NAO -DETECTADAS<br />

As incubadoras corn controle automatic° <strong>de</strong> temperatura po<strong>de</strong>m mascarar a<br />

hipotermia e a hipertermia associada a urn quadro infeccioso. E muito importante manter<br />

os registros da temperatura corp6rea e da temperatura ambiente na qual o neonato esta<br />

exposto, varias vezes ao dia, para a <strong>de</strong>teccao precoce <strong>de</strong> provavel infeccao (CLONERTY<br />

& STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

2.7.3 DESIDRATAck 0<br />

0 aquecimento por radiacao provoca urn sensfvel aumento na perda d'agua. Essa<br />

perda se faz normalmente pelo processo <strong>de</strong> evaporacao constante da pele e pelo pulmao<br />

atraves da respiracao (CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).


13<br />

2.8 MEDIDAS DE TEMPERATURA INTERNA DO CORPO<br />

Embora as temperaturas do esofago e da membrana do timpano tenham sido<br />

utilizadas em alguns estudos <strong>de</strong> fisiologia, e mais facil e tradicional, na pratica medica,<br />

medir a temperatura retal do recern-nascido (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Medindo a temperatura retal <strong>de</strong> neonatos, a profundida<strong>de</strong> da insercao do<br />

term6metro é bastante importante. Karlberg escreveu que a diferenca entre a temperatura<br />

retal medida corn urn termistor inserido a 1 cm, ou inserido a 5 cm no reto do bebe, causa<br />

uma diferenca <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> 1,5°C. Para comprovar essa diferenca, sucessivas leituras<br />

<strong>de</strong>vem ser tomadas na mesma profundida<strong>de</strong> retal. Os termometros utilizados para a<br />

medicḏo <strong>de</strong> temperatura em bebes <strong>de</strong>vem ter exatidao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ±0,1 °C e possuir faixa <strong>de</strong><br />

operacao <strong>de</strong> 33 a 40°C (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Alguns anos apps esta constatacao foram <strong>de</strong>scritos os perigos <strong>de</strong> perfuracao no reto<br />

pelo use <strong>de</strong> termometros retais. Assim, medidas <strong>de</strong> temperatura axilares foram sugeridas.<br />

Embora as temperaturas axilares variem em comparacao a temperatura retal, Torrance e<br />

Mayfield, entre outros, <strong>de</strong>monstraram que se houver cuidado ao colocar o termometro<br />

firmemente na axila corn o bravo do bebe em cima do proprio corpo, a temperatura medida<br />

possui precisao e confiabilida<strong>de</strong> compativeis, contanto que o periodo da aquisicao seja<br />

suficiente para aten<strong>de</strong>r o tempo <strong>de</strong> resposta do sensor (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

2.9 MEDIDA DA TEMPERATURA DA PELE<br />

A temperatura da pele é usualmente medida por termopares ou termistores fixos na<br />

mesma. Esses transdutores sao tridimensionais, ou seja, me<strong>de</strong>m a temperatura nas<br />

superficies <strong>de</strong> topo, fundo e nas laterais. A varidvel é tambem afetada pela temperatura na<br />

fiacao utilizada para conectd-lo ao circuito eletronico responsdvel pelo tratamento e<br />

indicacao da temperatura. Nas incubadoras mais mo<strong>de</strong>rnas existem sensores que me<strong>de</strong>m a<br />

temperatura <strong>de</strong> pele e a temperatura interna do ambiente que acolhe o neonato<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992).


14<br />

A medida adquirida no sensor <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> pele é funcao da construe -do,<br />

isolamento, localizacao e do modo <strong>de</strong> fixacao do sensor na pele, porque <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />

compressao dos vasos perifericos ao sensor po<strong>de</strong> causar distorcao do valor verda<strong>de</strong>iro<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Essas variacoes dificultam a interpretacao <strong>de</strong> uma simples medida <strong>de</strong> temperatura<br />

da pele. Tern sido sugerido que, quando existir somente a medida da temperatura da pele, o<br />

sensor seja fixado acima do figado ou entre o umbigo e o pubis. No cenario clinico,<br />

entretanto, os locais <strong>de</strong> tomada da temperatura algumas vezes <strong>de</strong>vem ser mudados para<br />

evitar irritacoes pelo material sintetico utilizado na fabricacao <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> acessorio. De<br />

qualquer forma, existem alguns locais do corpo on<strong>de</strong> nao é aconselhada a fixacao dos<br />

sensores. As regioes do corpo menos vascularizadas, protuberancias &seas e extremida<strong>de</strong>s<br />

sao locais menos favoraveis a fixacao. Evitam-se locais como a regiao escapular, on<strong>de</strong> ha<br />

<strong>de</strong>posito <strong>de</strong> gordura. Deve-se evitar tambem a fixacao do sensor perto <strong>de</strong> urn local que<br />

produza calor subcutaneo. As regioes do corpo que estej am contundidas ou queimadas<br />

tambem constituem urn local para medida falsa <strong>de</strong> temperatura Alan disso, a rotacao do<br />

bebe em diversas posicoes requer a alteracao dos locais <strong>de</strong> fixacao do sensor para que os<br />

bebes nao cubram o sensor e provoquem a medida da temperatura do colchao ao inves da<br />

pele (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

2.10 MECANISMOS DE PERDA DE CALOR<br />

0 ambiente no qual um objeto se encontra é <strong>de</strong>finido como tudo aquilo que o<br />

circunda. Os componentes do ambiente po<strong>de</strong>m ser colocados em discussao por quatro<br />

simples mecanismos que fazem o corpo per<strong>de</strong>r calor: conducao, conveccao, radiacao e<br />

evaporacao (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

0 bebe prematuro <strong>de</strong>ve ser urn objeto <strong>de</strong> analise para a perda termica porque seu<br />

organismo difere dos adultos da mesma especie. A temperatura interna dos prematuros se<br />

aproxima da temperatura ambiente porque eles tern, comparativamente, uma gran<strong>de</strong><br />

superficie corporea, pouco panlculo adiposo (baixa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gordura), glandulas<br />

sudoriparas pouco <strong>de</strong>senvolvidas e vasos sanguineos superficiais abundantes. Prematuros<br />

colocados em uma incubadora neonatal comum tern como principal fonte <strong>de</strong> aquecimento


15<br />

o calor por conveccao (excetuando-se as incubadoras aquecidas por irradiacao) e sua maior<br />

perda termica para o ambiente é por irradiacao (MANSUBI, 1977).<br />

A Figura 2 mostra as diferentes trocas termicas possiveis <strong>de</strong> ocorrer entre o bebe e<br />

o ambiente em diversas condicoes.<br />

Figura 2 - Conducao logica para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma incubadora aquecida por fluxo<br />

<strong>de</strong> ar quente, servocontrolada pela temperatura da pele. 1) Urn bebe <strong>de</strong>sprotegido per<strong>de</strong><br />

calor atraves da pele por conducao, conveccao, evaporacao e irradiacao. 2) 0 calor gerado<br />

por irradiacao elimina as perdas por irradiacdo e conveccao, mas ndo as causadas pela<br />

evaporacao. 3) uma incubadora aquecida por conveccao sem umidificacao elimina as<br />

perdas por conveccao e conducao, mas nao as causadas por irradiacao e evaporacao. 4)<br />

Uma incubadora dotada <strong>de</strong> aquecimento por conveccao e unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umidificacao elimina<br />

os maiores fatores <strong>de</strong> perda termica, exceto as perdas por irradiacao. 5) Utilizando urn<br />

aquecedor por irradiacao combinado a uma incubadora dotada <strong>de</strong> umidificador e ventilada<br />

por conveccdo, sao eliminadas todas as fontes <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> calor pela pele do neonato. 6) A<br />

temperatura normal da pele do bebe po<strong>de</strong> ser conseguida adicionando um controlador a


16<br />

incubadora para que a potencia seja entregue ao aquecedor por irradiacao sempre que a<br />

temperatura da pele caia abaixo do valor instantaneo medido (adaptada <strong>de</strong> FANAROFF &<br />

MARTIN, 1992).<br />

2.10.1 PERDAS DE CALOR POR CONDUcAO<br />

Conducao é um termo que <strong>de</strong>screve a transferencia <strong>de</strong> calor atraves do contato,<br />

com temperaturas diferentes. Em circunstancias ordinarias, perdas <strong>de</strong> calor por conducao<br />

po<strong>de</strong>m ser mantidas no minimo assegurando que urn neonato esteja em urn leito aquecido,<br />

composto <strong>de</strong> urn material <strong>de</strong> baixa condutivida<strong>de</strong>. Se o colchao e as roupas estdo a mesma<br />

temperatura que a pele do bebe, nao existe ganho ou perda <strong>de</strong> calor por conducao. Se, por<br />

exemplo, o bebe é colocado sobre uma mesa fria, esta perda termica po<strong>de</strong> ser elevada. De<br />

forma reciproca, se for colocado sobre uma bolsa <strong>de</strong> agua quente, ha ganho <strong>de</strong> calor em<br />

uma taxa diretamente proporcional a diferenca <strong>de</strong> temperatura entre a fonte <strong>de</strong> conducdo <strong>de</strong><br />

calor e a pele (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

A perda <strong>de</strong> calor por conducao em incubadoras neonatais, em condicOes normais <strong>de</strong><br />

utilizacao, é minima em funcao do material utilizado no colchdo possuir baixa<br />

condutivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor (CLONERTY & STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

2.10.2 PERDAS DE CALOR POR CONVECc A o<br />

A conveccdo po<strong>de</strong> ser vista como um subconjunto da troca <strong>de</strong> calor por conducao,<br />

referindo-se ao calor trocado entre dois corpos, sendo urn <strong>de</strong>les solido e o outro liquido ou<br />

gasoso. Como os gases ou liquidos ficam menos <strong>de</strong>nsos a medida que a temperatura<br />

aumenta, estes normalmente sobem transportando calor ao corpo solid°. 0 efeito da<br />

conveccdo nas incubadoras neonatais é quantificado pela simples medida da temperatura<br />

do ar. As perdas <strong>de</strong> calor por conveccdo, entretanto, nao so aumentam quando o ar esfria,<br />

mas quando o fluxo <strong>de</strong> ar tambem aumenta (CLONERTY & STARK, 1993;<br />

MARCONDES, 1987).


17<br />

A temperatura do ar proxima a pele do bebe <strong>de</strong>ve ser a temperatura representada no<br />

sensor. A medida da temperatura do ar em qualquer outra parte da incubadora po<strong>de</strong>ra<br />

introduzir um erro que po<strong>de</strong> ser superior a 10°C. Algumas vezes é necessario monitorar a<br />

temperatura do ar em mnitiplos locais para <strong>de</strong>terminar a perda termica que o neonato po<strong>de</strong><br />

sofrer. Tradicionalmente, perdas por conveccao sao somente consi<strong>de</strong>radas como uma<br />

transferencia termica da pele para o ar circulante ao redor do neonato, mas <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>radas tambem as trocas termicas existentes entre o sistema respiratorio e os gases<br />

frios que entram atraves <strong>de</strong> urn equipamento <strong>de</strong> respiracao artificial (CLONERTY &<br />

STARK, 1993; MARCONDES, 1987).<br />

2.10.3 PERDAS DE CALOR POR RADIA00<br />

Perda <strong>de</strong> calor por radiacao é a perda <strong>de</strong> calor <strong>de</strong> um objeto mais quente para um<br />

objeto mais frio sem que exista contato entre eles. Os objetos po<strong>de</strong>m ser caracterizados por<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver ou emitir energia na faixa do infraverrnelho do espectro<br />

eletromagnetico. 0 grau no qual os raios infravermelhos sao emitidos ou absorvidos é<br />

chamado <strong>de</strong> emissivida<strong>de</strong> do objeto e varia <strong>de</strong> 0 (zero) quando a substancia (prata, por<br />

exemplo) possui reflexao perfeita, ate 1 (urn) para uma substancia (carvao, por exemplo)<br />

que absorve e/ou transmite toda a energia recebida ou produzida, respectivamente. A pele<br />

humana é mais parecida corn o carvao que a prata. Para propositos praticos é consi<strong>de</strong>rada a<br />

emissivida<strong>de</strong> igual a 1. A emissivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um corpo esta mais relacionada corn a umida<strong>de</strong>,<br />

textura e porosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> urn tecido que corn sua cor (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Pare<strong>de</strong>s, janelas, ca<strong>de</strong>iras, lampadas e humanos adultos sao exemplos <strong>de</strong> superficies<br />

que trocam calor por radiacao corn os bebes. Este caminho da troca <strong>de</strong> calor é<br />

essencialmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> todas as outras rotas. Assim, um bebe <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

incubadora corn o ar aquecido po<strong>de</strong> sentir frio se as pare<strong>de</strong>s estiverem frias e po<strong>de</strong> sentir<br />

calor se as pare<strong>de</strong>s estiverem quentes, mesmo que exista urn fluxo <strong>de</strong> ar frio do ventilador<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Como a temperatura das pare<strong>de</strong>s plasticas nao po<strong>de</strong> ser controlada, a perda <strong>de</strong> calor<br />

radiante para a pare<strong>de</strong> da incubadora é variavel. A perda termica nas pare<strong>de</strong>s é urn fator<br />

agravante no tratamento <strong>de</strong> urn neonato doente. 0 neonato po<strong>de</strong>ra per<strong>de</strong>r calor para a


18<br />

pare<strong>de</strong> do equipamento. Desse modo aumenta o consumo <strong>de</strong> oxigenio e calorias no esforco<br />

em se manter aquecido. A solucao para esse problema é a utilizacao <strong>de</strong> incubadoras corn<br />

pare<strong>de</strong>s duplas (FANAROFF & KLAUS, 1995).<br />

Pelo efeito da radiacao chamado "Greenhouse", ou Efeito Estufa, urn bebe em uma<br />

incubadora po<strong>de</strong> vir a sentir muito calor. 0 acrilico ou plastic° utilizado na construcao <strong>de</strong><br />

incubadoras comporta-se como o vidro em uma estufa <strong>de</strong> jardim. Qualquer luz corn<br />

pequenos comprimentos <strong>de</strong> onda passam facilmente. Na absorcao <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> onda<br />

eletromagnetica pelas plantas ou objetos contidos na estufa, ha perda <strong>de</strong> energia e<br />

retransmissao <strong>de</strong> novos raios eletromagneticos corn comprimento <strong>de</strong> onda maior. Por sua<br />

vez, esses raios nao passam pelo acrilico, sendo absorvidos ou retransmitidos aquecendo a<br />

superficie e o ar da incubadora. Esse processo aumenta significativamente o calor no<br />

interior do compartimento (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Apesar <strong>de</strong> proibido em normas e manuais do usuario, é comum encontrar<br />

incubadoras proximas a janelas. Neste caso, o mesmo bebe po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma febre<br />

pela manha quando o sol inci<strong>de</strong>nte provocar o efeito estufa e sentir frio quando a noite<br />

chegar (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

2.10.4 PERDAS DE CALOR POR EVAPORAcAO<br />

Todo mililitro <strong>de</strong> agua que evapora arrasta 0,58 calorias do corpo. Entao,<br />

teoricamente, é possivel utilizar um instrumento que mega a perda <strong>de</strong> massa do corpo e<br />

atribua uma perda <strong>de</strong> calor dada a esse mecanismo <strong>de</strong> troca termica. A medida continua e<br />

precisa da perda <strong>de</strong> massa é dificil <strong>de</strong> obter (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Para compreen<strong>de</strong>r a perda <strong>de</strong> calor por evaporacao <strong>de</strong>ve-se observar a distincao que<br />

existe entre umida<strong>de</strong> e pressao <strong>de</strong> vapor. A pressao <strong>de</strong> vapor d'agua é a pressao<br />

atmosferica especifica do vapor em uma dada temperatura na qual agua existe no estado<br />

liquid° e gasoso. Quando a pressao parcial (pressao da agua aquecida enquanto ainda nao<br />

ha formacao <strong>de</strong> vapor) se iguala a pressao <strong>de</strong> vapor, o vapor é dito saturado. Se a pressao<br />

parcial e menor, o vapor é nao saturado. A umida<strong>de</strong> relativa, entao, é a percentagem


19<br />

expressa do grau <strong>de</strong> saturacao e po<strong>de</strong> ser calculada utilizando a seguinte relacao<br />

(FANAROFF & MARTIN, 1992):<br />

Umida<strong>de</strong> Relativa (100%) = 100*Pressao parcial <strong>de</strong> vapor d'agua (2.2)<br />

Pressao <strong>de</strong> vapor a mesma temperatura<br />

Assim, a perda <strong>de</strong> calor por evaporacao é o resultado da diferenca entre a pressao<br />

parcial <strong>de</strong> vapor d'agua em torno do limite das proximida<strong>de</strong>s do corpo do bebe e a pressao<br />

<strong>de</strong> vapor d' agua no compartimento do RN (FANAROFF, MARTIN, 1992).<br />

2.11 AMBIENTE TERMICO NEUTRO<br />

A perda <strong>de</strong> calor po<strong>de</strong> ser minimizada mantendo a crianca em urn ambiente termico<br />

neutro. Define-se como ambiente termico neutro aquelas condicoes termicas nas quais a<br />

producao <strong>de</strong> calor e o consumo <strong>de</strong> oxigenio sao minimos, mantendo sua temperatura <strong>de</strong>ntro<br />

da faixa <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>. Dentro <strong>de</strong> certos limites, é a menor temperatura para a qual ha<br />

uma resposta metabolica a<strong>de</strong>quada para repor as perdas <strong>de</strong> calor. Acima <strong>de</strong>sses limites,<br />

verifica-se urn aumento na temperatura corporal e, assim, inevitavelmente, na taxa<br />

metabolica. A faixa <strong>de</strong> temperatura neutra representa a faixa <strong>de</strong> minimo gasto caloric() para<br />

o RN (SEGRE, 1985) .<br />

Na Tabela 1 estao <strong>de</strong>scritas as recomendacoes da Aca<strong>de</strong>mia Americana <strong>de</strong><br />

Pediatria, em relacao a temperatura a ser mantida em incubadoras neonatais, conforme a<br />

ida<strong>de</strong>.


20<br />

Tabela 1 - Temperatura da incubadora conforme a ida<strong>de</strong> e o peso (American Aca<strong>de</strong>my of<br />

Pediatrics) (adaptada <strong>de</strong> SEGRE, 1985).<br />

Peso <strong>de</strong><br />

Nascimento<br />

Abaixo <strong>de</strong> 1500g<br />

1501 a 2500g<br />

Acima <strong>de</strong> 36 semanas<br />

<strong>de</strong> gestacao e 2500g<br />

Ida<strong>de</strong> °C °C °C<br />

Media Variacao Media Variacdo Media Variacao<br />

1 dia 34,3 0,4 33,4 0,6 33,0 1,0<br />

2 dias 33,7 0,5 32,7 0,9 32,4 1,3<br />

3 dias 33,5 0,5 32,4 0,9 31,9 1,3<br />

4 dias 33,5 0,5 32,3 0,9 31,5 1,3<br />

5 dias 33,5 0,5 32,2 0,9 31,2 1,3<br />

6 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 30,9 1,3<br />

7 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 30,8 1,4<br />

8 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 30,6 1,4<br />

9 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 30,4 1,4<br />

10 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 30,2 1,5<br />

11 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 29,9 1,5<br />

12 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 29,5 1,6<br />

13 dias 33,5 0,5 32,1 0,9 29,2 1,6<br />

14 dias 33,4 0,6 32,1 0,9<br />

15 dias 33,3 0,7 32,0 0,9<br />

r semana 32,9 0,8 31,7 1,1<br />

5' semana 32,1 0,7 31,1 1.1<br />

6' semana 31,8 0,6 30,6 1,1<br />

7' semana 31,1 0,6 30,1 1,1<br />

Tal tabela foi elaborada para facilitar o manuseio <strong>de</strong> urn recem-nascido <strong>de</strong> varios<br />

pesos e ida<strong>de</strong>s gestacionais nas temperatures i<strong>de</strong>ais. De urn modo geral, os RN menores em<br />

cada categoria <strong>de</strong> peso requerem temperatura superior na faixa <strong>de</strong> variacao termica. Quanto<br />

menor a ida<strong>de</strong> do RN, mais elevada a temperatura que necessita (SEGRE, 1985).


21<br />

2.12 INFLUENCIA DE OUTROS FATORES FiSICOS NO CONFORTO E BEM-<br />

ESTAR DO BEBE<br />

Historicamente, tern-se dispensado maior atencao aos aspectos termicos e<br />

bacteriologicos do ambiente. Entretanto, vem surgindo urn acervo <strong>de</strong> estudos sugestivos <strong>de</strong><br />

que os aspectos sensoriais po<strong>de</strong>m ser alterados <strong>de</strong> acordo corn outras variacoes fisicas, luz<br />

e som por exemplo, no qual o neonato esta exposto (FANAROFF & KLAUS, 1995). A<br />

parte mais importante na analise do ambiente que envolve o bebe é <strong>de</strong>finir quais os<br />

resultados ou efeitos tardios no <strong>de</strong>senvolvimento da crianca.<br />

2.12.1 SOM<br />

0 ruido excessivo po<strong>de</strong> lesar as <strong>de</strong>licadas estruturas auditivas e tambem produzir<br />

reacoes fisiologicas e comportamentais nocivas. Em adultos, conhecem-se casos <strong>de</strong> perda<br />

<strong>de</strong> audicao associados a exposicao aos sons superiores a 80 <strong>de</strong>cibels (dB) (FANAROFF &<br />

KLAUS, 1995).<br />

A exposicao em Mveis <strong>de</strong> ruido aberrantes na UTI neonatal po<strong>de</strong> causar dano<br />

sensorio-neural, provocar estresse e contribuir para o processamento <strong>de</strong> disttirbios <strong>de</strong><br />

linguagem ou auditivos no RN. Schulte e colegas relataram uma perda <strong>de</strong> 12% da audicao<br />

em urn acompanhamento <strong>de</strong> criancas prematuras. Dano as celulas mais externas do alio da<br />

coclea <strong>de</strong> porquinho-da-India recern-nascido foi relatado <strong>de</strong>pois da exposicao a barulho <strong>de</strong><br />

intensida<strong>de</strong> e freqiiencia similares aos encontrados na UTI neonatal. Esses pesquisadores<br />

nao encontraram correlacao entre a perda <strong>de</strong> audicao e duracdo <strong>de</strong> exposicao ao ruido da<br />

incubadora (AVERY, 1984).<br />

Os motores dos ventiladores utilizados em incubadoras neonatais geram um ruido<br />

medio <strong>de</strong> 55 a 60 dB. Os equipamentos (por exemplo, tubo <strong>de</strong> urn ventilador para<br />

aspiracdo <strong>de</strong>ntro da incubadora, bem como o fechamento <strong>de</strong> portinholas e caixilhos <strong>de</strong><br />

armazenagem no fundo) e a ativida<strong>de</strong> em volta da incubadora (barulho da conversa na<br />

equipe <strong>de</strong> enfermagem, dos radios e monitores, dos sistemas <strong>de</strong> chamada e outros<br />

equipamentos) adicionam <strong>de</strong> 10 a 40 dB a este nivel basic° <strong>de</strong> ruido. Isso sem contar o fato<br />

do alarme sonoro po<strong>de</strong>r estar disparado, o que po<strong>de</strong> contabilizar urn nivel <strong>de</strong> ruido acima


22<br />

<strong>de</strong> 80 dB (FANAROFF & KLAUS, 1995). Urn cuidado especial quanto aos alarmes<br />

sonoros que envolvem equipamentos biomedicos, em especial as incubadoras neonatais,<br />

esta no fato <strong>de</strong> possuirem niveis minimos e maximos. Por exemplo, a norma tecnica NBR-<br />

IEC-601-2-19 estabelece urn nivel <strong>de</strong> ruido maximo <strong>de</strong> 60 dB <strong>de</strong>ntro do compartimento do<br />

RN quando o alarme sonoro nao estiver disparado e urn maxim° <strong>de</strong> 80 dB no interior do<br />

mesmo compartimento quando o alarme estiver soando. No lado <strong>de</strong> fora da incubadora, no<br />

entanto, o alarme <strong>de</strong>ve soar em urn nivel sonoro minim° <strong>de</strong> 65 dB a 3 metros <strong>de</strong> distancia<br />

do equipamento para que o alarme seja reconhecido pela equipe clinica a<br />

A A.A.P. (American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics), atraves do Committee on<br />

Environmental Hazards, tern recomendado que esforcos sejam direcionados para a reducao<br />

dos já conhecidos altos niveis <strong>de</strong> ruido em bercarios. 0 padrao industrial permitido <strong>de</strong> 90<br />

dB por 8 horas diarias para exposicao <strong>de</strong> profissionais é generoso <strong>de</strong>mais quando se<br />

estabelece esse criterio para bebes. Animais jovens sofrem danos auditivos em menores<br />

niveis sonoros que adultos da mesma especie (FANAROFF & MARTIN, 1992).<br />

Sons ou ruidos, especialmente os ruidos intermitentes, po<strong>de</strong>m causar no bebe uma<br />

resposta agressiva. 0 bercario e urn local barulhento e a recomendacdo da A.A.P. e reduzir<br />

esse nivel abaixo <strong>de</strong> 70 dB. 0 ruido <strong>de</strong> fundo e o intermitente po<strong>de</strong>m ser reduzidos<br />

simplesmente pedindo a equipe responsavel pelo ambiente que reduza a conversa como<br />

primeiro passo para combater esse mal. E proce<strong>de</strong>nte tambem perguntar se todos os<br />

alarmes <strong>de</strong> monitores cardiacos, por exemplo, sao realmente necessarios (FANAROFF &<br />

MARTIN, 1992).<br />

2.12.2 LUZES<br />

Embora a exposicao constante a luz nas UTI's <strong>de</strong> adultos possa resultar em<br />

<strong>de</strong>sconforto do paciente, seu efeito sobre os pequenos neonatos so recentemente foi<br />

estudado. Na Inglaterra, neonatos prematuros sadios foram separados ao acaso em ciclos<br />

<strong>de</strong> dia e <strong>de</strong> noite ou para as condicoes padronizadas <strong>de</strong> bercario, por exemplo, luz intensa<br />

durante 24 horas por dia. As diferencas foram notadas apps 2 a 3 semanas. Os neonatos<br />

submetidos a luz cfclica mostraram aumento <strong>de</strong> peso muito maior, apesar <strong>de</strong> menos<br />

alimentacdo e corn uma media <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 2 horas <strong>de</strong> sono a cada period() <strong>de</strong> 24 horas. Por


23<br />

isso, os bercarios <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer periodos <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> luz<br />

para ajudar os neonatos a estabelecerem a regulacao <strong>de</strong> periodos sono/alerta (FANAROFF<br />

& KLAUS, 1995).<br />

Corn raras excecoes, a iluminacdo em bercarios, as cores utilizadas nas <strong>de</strong>coracoes<br />

das pare<strong>de</strong>s sao exemplos <strong>de</strong> fatores ambientais projetados <strong>de</strong> forma impr6pria ao cuidado<br />

<strong>de</strong> criancas. A alta intensida<strong>de</strong> da luz ambiente po<strong>de</strong> causar dano a retina em animais<br />

recem-nascidos (FANAROFF & MARTIN, 1992).


CAPITULO 3<br />

A CERTIFICAcAO DO EQUIPAMENTO ELETROMEDICO:<br />

INCUBADORA NEONATAL<br />

3.1 INTRODUcA0<br />

Esse capitulo i<strong>de</strong>ntifica as medidas e portarias emitidas pelo Ministerio da Sali<strong>de</strong><br />

que permitem a comercializacao somente dos equipamentos eletromedicos corn<br />

certificacdo por Orgaos competentes. Como este trabalho busca a certificacao do<br />

equipamento <strong>de</strong>senvolvido, sera° apresentados os itens essenciais ao <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

parte eletronica <strong>de</strong> acordo corn a norma tecnica NBR-IEC-601-2-19 - Equipamento<br />

eletromedico Parte 2: Prescricoes particulares para seguranca <strong>de</strong> incubadoras neonatais<br />

para recem-nascidos.<br />

Para melhor entendimento dos requisitos <strong>de</strong>scritos na referida norma tecnica,<br />

apresenta-se o principio basic° <strong>de</strong> funcionamento da incubadora neonatal, tomando-se<br />

como exemplo os recursos disponlveis no equipamento neonatal atualmente produzido pela<br />

empresa KSS, mo<strong>de</strong>lo RNP225, o qual nao esta em conformida<strong>de</strong> corn a norma<br />

apresentada e, portanto, <strong>de</strong>vera ser reprojetado.<br />

3.2 0 PROCESSO DE CERTIFICAcAO PARA EQUIPAMENTOS<br />

ELETROMEDICOS<br />

Equipamento eletromedico é urn equipamento eletrico dotado <strong>de</strong> nao mais que urn<br />

recurso <strong>de</strong> conexao a uma <strong>de</strong>terminada re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentacao eletrica e <strong>de</strong>stinado a<br />

diagnostic°, tratamento ou monitoracao do paciente, sob supervisdo medica, que estabelece<br />

contato fisico ou eletrico corn o paciente e/ou fornece energia para o paciente ou recebe a<br />

que <strong>de</strong>le provem e/ou <strong>de</strong>tecta esta transferencia <strong>de</strong> energia (INMETRO, 1998).<br />

0 mercado nacional disponibiliza para a venda diversas marcas e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

incubadoras para recem-nascidos. 0 preco d variavel <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da qualida<strong>de</strong> e os


25<br />

recursos existentes no equipamento, po<strong>de</strong>ndo variar livremente entre mo<strong>de</strong>los similares <strong>de</strong><br />

diferentes fabricantes.<br />

0 Ministerio da Sati<strong>de</strong>, atraves da Ag8ncia Nacional <strong>de</strong> Vigilancia Sanitaria, na<br />

resolucao N° 444, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1999, estabelece as regras para a producao e venda<br />

dos equipamentos eletromedicos. Alguns artigos da medida sao transcritos literalmente a<br />

seguir (D.O.U., 1999):<br />

"Art. 1° Adotar a norma tecnica brasileira NBR IEC 60601.1: Equipamento<br />

Eletromedico. Parte 1: Prescricoes Gerais para Seguranca e normas tecnicas particulares da<br />

serie NBR IEC 60601.2."<br />

"Art. 2° 0 fornecedor <strong>de</strong> equipamento eletromedico <strong>de</strong>vera apresentar, para fins do<br />

registro <strong>de</strong> seu produto na Agencia Nacional <strong>de</strong> Vigilancia Sanitaria, copia do certificado<br />

<strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> emitido por organismo <strong>de</strong> certificacao <strong>de</strong> produto, cre<strong>de</strong>nciado no ambito<br />

do Sistema Brasileiro <strong>de</strong> Certificacao SBC, ou Relatorio para Analise da Qualida<strong>de</strong> e da<br />

Certificacao do Equipamento - RAQCE, emitido por este organismo, e Declaracao do<br />

Fornecedor, conforme mo<strong>de</strong>lo dos Anexos I e II <strong>de</strong>sta portaria."<br />

"Art. 9° 0 fornecedor <strong>de</strong> equipamento eletromedico que tiver a autorizacao <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo vencida ou revogada ou seu certificado <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> suspenso ou revogado,<br />

nao po<strong>de</strong>ra fabricar, comercializar ou distribuir o equipamento no mercado, estando sujeito<br />

as sancoes previstas na legislacao sanitaria.".<br />

A NBR IEC 60601.1, tambern chamada <strong>de</strong> Norma Geral (NBR IEC 601-1/1994),<br />

possui os requisitos necessarios para a certificacao <strong>de</strong> equipamentos eletromedicos. A<br />

incubadora neonatal, entretanto, é um equipamento que possui uma norma especifica e,<br />

integrada a ela, estao t6picos da norma geral. A norma NBR IEC 601-2-19 Parte 2:<br />

PrescricOes particulares para seguranca <strong>de</strong> incubadoras para recern-nascidos (RN). A<br />

regulamentacao da norma IEC no Brasil veio corn o Projeto 03:062.04-008:1995, atraves<br />

do CB-26: Comit'e Brasileiro Odonto-Medico-Hospitalar e o CE-26:002.04 — Comissao <strong>de</strong><br />

Estudo <strong>de</strong> Equipamentos Eletromedicos. A valida<strong>de</strong> da norma é a partir <strong>de</strong> 30/05/1997 e<br />

essa norma sera seguida para o projeto do equipamento neonatal (ABNT, 1997).


26<br />

Segundo o INMETRO (Instituto Nacional <strong>de</strong> Normatizacao e Metrologia), a norma<br />

NIE - DINQP (Diretoria <strong>de</strong> Normalizacao, Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong>) - 068 , intitulada<br />

"Regra Especifica para a Certificacao <strong>de</strong> Equipamentos Eletromedicos", é o padrao que<br />

<strong>de</strong>ve ser seguido pelos fabricantes dos equipamentos que <strong>de</strong>sejam obter a certificacao. A<br />

norma nao se restringe apenas aos ensaios <strong>de</strong> rotina no equipamento a ser certificado, mas<br />

é avaliada tambern a empresa solicitante. Atraves do Anexo B - Requisitos para Avaliacao<br />

do Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> da Fabrica, sao verificados alguns itens da NBR ISO 9001,<br />

compativeis corn os itens das "Boas Praticas <strong>de</strong> Fabricacao <strong>de</strong> Produtos Medicos"<br />

aprovados pela Resolucao MERCOSUL N° 04/95 (INMETRO, 1998).<br />

Todo fornecedor <strong>de</strong> equipamentos eletromedicos, enquadrado na portaria do<br />

Ministerio da San<strong>de</strong> N°2663, <strong>de</strong>ve solicitar a licenca para uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>.<br />

A responsabilida<strong>de</strong> pelo uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> é do fornecedor licenciado, nao<br />

po<strong>de</strong>ndo ser transferida para o OCP (Organismo <strong>de</strong> Certificacao <strong>de</strong> Produto, cre<strong>de</strong>nciado<br />

pelo INMETRO) e/ou INMETRO. A licenca para o uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> nao<br />

substitui as exigencias previstas na legislacao brasileira. 0 fornecedor tem<br />

responsabilida<strong>de</strong> tecnica, civil e criminal referente aos seus produtos, bem como a todos os<br />

documentos referentes a certificacao. 0 fornecedor <strong>de</strong>ve comprometer-se a (INMETRO,<br />

1998):<br />

a) aceitar todas as condicoes que constam na norma NIE- DINQP-068, assim como<br />

aquelas contidas nas normas tecnicas aplicaveis aos produtos;<br />

b) reservar a i<strong>de</strong>ntificacao para o produto que conste na solicitacao;<br />

c) aceitar as <strong>de</strong>cisoes tomadas na aplicacao da norma NIE- DINQP-068, nas<br />

condicoes estabelecidas para cada caso;<br />

d) facilitar aos inspetores e auditores todos os meios necessarios para realizar os<br />

controles <strong>de</strong>finitivos da norma NIE- DINQP-068;<br />

e) abster-se <strong>de</strong> colocar a Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> em lote que nao atenda os<br />

requisitos da norma NIE- DINQP-068 ou das normas tecnicas aplicaveis;<br />

f) verificar e assegurar a conformida<strong>de</strong> dos produtos corn as normas tecnicas<br />

aplicaveis e corn os requisitos da norma NIE- DINQP-068. Alern disto, <strong>de</strong>ve<br />

exercer urn controle <strong>de</strong> tal forma que a Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> seja aplicada<br />

exclusivamente nos produtos que estejam em conformida<strong>de</strong>;


27<br />

g) manter o registro <strong>de</strong> resultados e <strong>de</strong> reclamacoes <strong>de</strong> seus clientes, assim como as<br />

noes corretivas implementadas. Estes registros <strong>de</strong>vem estar permanentemente a<br />

disposicao do OCP, para avaliacao do fornecedor.<br />

i) colocar obrigatoriamente a Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> nos produtos para os quais<br />

ela foi concedida, e somente neles, nas condicoes estabelecidas na norma NIE-<br />

DINQP-068;<br />

j) realizar os controle e ensaios correspon<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>finidos na norma NIE- DINQP-<br />

068;<br />

k) submeter previamente ao OCP qualquer modificacao que pretenda fazer no<br />

produto ao qual foi concedida a licenca, inclusive <strong>de</strong>signacoes comerciais;<br />

I) submeter ao OCP todos os documentos on<strong>de</strong> figura a Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>;<br />

m) fazer uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> somente em documentos que facam<br />

referencia aos produtos certificados, sem <strong>de</strong>ixar duvidas quanto aos mo<strong>de</strong>los<br />

certificados e os nao certificados.<br />

A administracao da licenca para o uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong> as<br />

seguintes etapas (INMETRO, 1998):<br />

a) analise pelo OCP, da solicitacao do fornecedor para obtencao da licenca para o<br />

uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>;<br />

b) analise da documentacao do fornecedor;<br />

c) auditoria no fornecedor<br />

d) ensaios <strong>de</strong> rotina, conforme Anexo A (NBR 601-1/1994 norma geral para<br />

ensaios <strong>de</strong> equipamentos eletromedicos e a NBR IEC 601-2-19);<br />

e) apreciacao do processo na Comissao <strong>de</strong> Certificacao;<br />

f) assinatura do contrato objeto <strong>de</strong> licenca;<br />

g) emissao da licenca para o uso da Marca <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>;<br />

h) supervisdo e controle do licenciamento;<br />

i) ensaios <strong>de</strong> tipo a cada 5 anos.<br />

A i<strong>de</strong>ntificaclio da Certificacao no ambito do SBC (Sistema Brasileiro <strong>de</strong><br />

Certificacao) para equipamentos medicos esta estabelecida na NIE-DINQP-034, em<br />

conformida<strong>de</strong> com a Resolucao do CONMETRO (Conselho Nacional <strong>de</strong> Metrologia,<br />

Normalizacao e Qualida<strong>de</strong> Industrial) N° 02 <strong>de</strong> 11/12/1997, publicada no DOU em


28<br />

10/03/1998. 0 OCP <strong>de</strong>ve assegurar-se que a posicao da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> seja feita<br />

<strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>level e visivel bem como da possibilida<strong>de</strong> dos equipamentos eletromedicos<br />

serem rastreados por numeracao seqiiencial ou outra forma <strong>de</strong>liberada pelo OCP em<br />

comum acordo corn o fornecedor (INMETRO, 1998).<br />

Cumpridos todos os requisitos exigidos na norma NIE-DINQP-068, o OCP<br />

apresenta o processo contendo o relatorio <strong>de</strong> auditoria e os relatorios <strong>de</strong> ensaios<br />

Comissao <strong>de</strong> Certificacao do OCP. E <strong>de</strong> competencia exclusiva da Comissao <strong>de</strong><br />

Certificacao do OCP a aprovacao do processo para concessao da licenca para o uso da<br />

Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong>. Aprovado o processo, o OCP comunica ao fornecedor o mimero<br />

<strong>de</strong> sua licenca. Em caso <strong>de</strong> nao aprovacao, o OCP encaminha ao fornecedor o parecer da<br />

Comissao <strong>de</strong> Certificacao do OCP. A Iicenca para o uso da Marca <strong>de</strong> Conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve<br />

ser concedida ap6s a assinatura do contrato firmado entre o OCP e o fornecedor<br />

(INMETRO, 1998).<br />

A manutencao do processo <strong>de</strong> avaliacao do fornecedor e da certificacao do produto<br />

e periodica, <strong>de</strong>vendo ser realizada, pelo menos, uma vez a cada 12 (doze) meses. Se o<br />

fabricante mantem certificacao <strong>de</strong> sistema da qualida<strong>de</strong>, no ambito do SBC, <strong>de</strong> acordo corn<br />

a serie ISO 9000, o OCP <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar esta certificacao nesta avaliacao periodica, <strong>de</strong>ste<br />

que atendidas as normas gerais e especificas do equipamento analisado (NBR 601-1/1994 e<br />

NBR IEC 601-2-19) (INMETRO, 1998).<br />

0 laboratorio cre<strong>de</strong>nciado para o ensaio <strong>de</strong> certificacao é <strong>de</strong> livre escolha do<br />

fabricante do equipamento. 0 laboratorio nao po<strong>de</strong> divulgar os resultados dos ensaios,<br />

<strong>de</strong>vendo encaminha-lo em carater reservado ao OCP. A pedido do fornecedor, po<strong>de</strong> ser<br />

realizada uma verificacao inicial da conformida<strong>de</strong> as normas tecnicas aplicaveis atraves <strong>de</strong><br />

ensaios em protOtipos. Quando os ensaios forem realizados em prototipo e este for<br />

aprovado, os resultados iniciais <strong>de</strong>verao ser confirmados na avaliacao do controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o produto nao tenha recebido modificacoes tecnicas (INMETRO,<br />

1998).<br />

Alguns laboratorios para ensaio em equipamentos eletromedicos no Brasil estao<br />

listados no Anexo I.


29<br />

3.3 0 FUNCIONAMENTO DE UMA INCUBADORA NEONATAL<br />

Conforme apresentado, a incubadora para recem-nascidos é urn ambiente fechado e<br />

transparente, cuja finalida<strong>de</strong> é proporcionar uma condicao muito proxima do i<strong>de</strong>al,<br />

evitando variacoes excessivas <strong>de</strong> temperatura e umida<strong>de</strong> relativa do ar (UR%) in<strong>de</strong>sejaveis<br />

para a recuperacao do neonato. A incubadora neonatal é utilizada principalmente para<br />

tratamento <strong>de</strong> bebes prematuros porque estabelece urn ambiente fisico estavel a fim <strong>de</strong><br />

contribuir para seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

A incubadora, entao, e urn equipamento eletromedico dotado <strong>de</strong>:<br />

• Temperatura intern estavel<br />

• Controle para ajustar a temperatura <strong>de</strong>sejada<br />

• Monitoracao da umida<strong>de</strong> relativa do ar<br />

• Alarmes para seguranca do neonato<br />

• Protecao contra eventuais falhas eletricas ou mecanicas<br />

A Figura 3 ilustra <strong>de</strong> forma generica uma incubadora neonatal. Os recursos<br />

existentes variam <strong>de</strong> acordo corn o mo<strong>de</strong>lo e o fabricante do produto.<br />

SenSor<br />

RN<br />

Sensor do<br />

compartimento<br />

do RN<br />

Corn partim ento<br />

do RN<br />

Sensor UR %<br />

Paine) <strong>de</strong><br />

Contrale<br />

Duto <strong>de</strong><br />

ar quanta<br />

Re<strong>de</strong> Eletrica<br />

127/220 V<br />

-.01■■<br />

-411.■<br />

-411••■•<br />

FIltro<br />

F-1=3 Entrada <strong>de</strong> Ar<br />

Reservatodo<br />

D'agua<br />

Resistencia <strong>de</strong><br />

aquecimento<br />

Ventilador<br />

Figura 3 - Desenho <strong>de</strong> uma incubadora neonatal generica (adaptado <strong>de</strong> FANAROFF &<br />

MARTIN, 1992)


30<br />

A re<strong>de</strong> eletrica <strong>de</strong> 127 ou 220 V alternada prove a corrente eletrica necessaria para<br />

a alimentacao dos circuitos <strong>de</strong> controle e o aquecimento da resistencia eletrica. A<br />

dissipacao <strong>de</strong> calor pelo efeito Joule (corrente eletrica circulando atraves <strong>de</strong> uma<br />

resistencia eletrica) é quem proporciona o aquecimento do compartimento do RN. 0 ar<br />

quente é transportando atraves <strong>de</strong> urn ventilador eletrico (consi<strong>de</strong>racao feita para<br />

incubadoras aquecidas por conveccao). Quanto maior a potencia dissipada na resistencia,<br />

mais rapid° é o aquecimento da incubadora, e por conseguinte, mais rapid() o equipamento<br />

estard disponivel para o servico. Ha uma restricao na norma NBR IEC 601-2-19 que a<br />

maxima temperatura <strong>de</strong> contato em superficies metalicas esteja em 300°C (ABNT, 1997),<br />

pois os produtos quirnicos utilizados na limpeza e <strong>de</strong>sinfeccao <strong>de</strong> equipamentos<br />

biornedicos po<strong>de</strong>m sofrer pirolise quando expostos a altas temperaturas, liberando gases<br />

t6xicos ao interior do compartimento do RN. Entdo urn cuidado especial <strong>de</strong>ve ser tornado<br />

na escolha da resistencia <strong>de</strong> aquecimento pois urn baixo valor ohmico proporciona urn<br />

tempo menor <strong>de</strong> aquecimento e a conseguinte diminuicao do tempo <strong>de</strong> preparacao do<br />

equipamento para o servico, porem ha riscos para o cumprimento da norma. Uma maneira<br />

<strong>de</strong> tentar diminuir o tempo <strong>de</strong> aquecimento sem aumentar <strong>de</strong>mais a temperatura em urn<br />

ponto do equipamento, é a construe -do <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> aquecimento chaveando<br />

resistencias em paralelo e distribuindo o fluxo <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> maneira uniforme entre as mesmas.<br />

0 ar frio, proveniente do ambiente da UTIN, é filtrado para reter possiveis<br />

particulas solidas. Uma vez aquecido, passa atraves <strong>de</strong> urn reservatorio d'agua e é insuflado<br />

para circular no interior do compartimento do RN. A umidificacao é necessaria porque o ar<br />

que atravessa a resistencia, durante o processo <strong>de</strong> aquecimento, per<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua<br />

umida<strong>de</strong>.<br />

0 ar <strong>de</strong>ve recircular <strong>de</strong>ntro do compartimento do RN. A circulacao <strong>de</strong>ve ser<br />

eficiente para que a temperatura e a umida<strong>de</strong> relativa estejam homogeneas em todas as<br />

regioes do compartimento. Nao ha risco <strong>de</strong> aquecimento excessivo no leito que acomoda o<br />

bebe porque ha isolacao termica separando o compartimento do RN das <strong>de</strong>mais partes da<br />

incubadora.<br />

Urn circuito eletronico permite o controle da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente eletrica que<br />

circula na resistencia <strong>de</strong> aquecimento, <strong>de</strong> acordo corn a temperatura medida em urn dos<br />

dois sensores (sensor do RN ou sensor do compartimento do RN), em relacao a


31<br />

temperatura <strong>de</strong>sejada, chamada <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> controle, ou set-point (SP). Por<br />

exemplo, o valor <strong>de</strong>terminado para a temperatura <strong>de</strong> controle é <strong>de</strong> 36,5°C. Supondo que a<br />

temperatura <strong>de</strong> referencia seja a temperatura do RN, indicando urn valor <strong>de</strong> 36°C no sensor<br />

do RN. Isto significa que existe urn erro <strong>de</strong> -0,5°C, indicando para o circuito <strong>de</strong> controle a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecer mais corrente a resistencia, aquecendo mais o ar do<br />

compartimento do RN. Em situacao inversa, porem, temperatura <strong>de</strong> controle em 36,5°C e<br />

temperatura no sensor do RN em 37,0°C, ha urn erro positivo <strong>de</strong> 0,5°C indicando que<br />

houve um overshoot, ou excesso <strong>de</strong> temperatura no ambiente <strong>de</strong>sej ado. Se estiver<br />

ocorrendo urn erro entre a temperatura <strong>de</strong> controle e a <strong>de</strong> referencia (nesse caso a<br />

temperatura do RN), maior ou igual a zero, imediatamente é cortada a corrente eletrica<br />

para a resistencia <strong>de</strong> aquecimento, e aguarda-se que o compartimento resfrie naturalmente,<br />

ja que nao existe sistema <strong>de</strong> refrigeracao na maioria das incubadoras.<br />

A utilizacao <strong>de</strong> dois sensores <strong>de</strong> temperatura, o sensor do RN e o sensor do<br />

compartimento do RN, nao tern finalida<strong>de</strong> exclusivamente redundante. A prescricao em<br />

norma permite que existam duas alternativas para controle <strong>de</strong> temperatura. Quando a<br />

temperatura <strong>de</strong> controle esta referenciada sobre o sensor do compartimento do RN,<br />

significa que a incubadora esta no modo <strong>de</strong> operacao em ATC (Air Temperature Control).<br />

tambern, a utilizacao do controle da temperatura pelo sensor <strong>de</strong> temperatura da pele, ou<br />

sensor do RN, chamado <strong>de</strong> modo ITC (Infant Temperature Control) (ABNT, 1997). 0<br />

modo padrao <strong>de</strong> utilizacao nas incubadoras é o ITC. A justificativa é que os bebes possuem<br />

comportamentos fisiologicos variados, <strong>de</strong>senvolvendo temperaturas corporeas diferentes.<br />

Como o controle esta referenciado ao RN, a resistencia <strong>de</strong> aquecimento vai gerar mais<br />

calor se a temperatura do bebe estiver abaixo da temperatura <strong>de</strong> controle e vice-versa.<br />

Supondo que o controle <strong>de</strong> temperatura esteja no modo ATC, a temperatura do<br />

compartimento do RN estard sempre estavel, porque a referencia é a temperatura do<br />

compartimento na qual o bebe esta imerso. Se o bebe <strong>de</strong>senvolver urn quadro clinico <strong>de</strong><br />

hipertermia, a temperatura do ambiente ao qual estard exposto, neste caso esta acima da<br />

<strong>de</strong>sejada, pois o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>veria ser uma temperatura menor que a ajustada para tentar reduzir<br />

a temperatura do bebe. Analogia similar é utilizada se o bebe estiver <strong>de</strong>senvolvendo urn<br />

quadro <strong>de</strong> hipotermia, on<strong>de</strong> o aquecimento po<strong>de</strong> estar abaixo das condicoes i<strong>de</strong>ais aquela<br />

situacao clinica.


32<br />

0 modo <strong>de</strong> controle termico da incubadora ITC é o mais utilizado, porem o sensor<br />

do RN possui uma maior fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido as pequenas dimensoes e ao intenso uso.<br />

Como esta fixo ao corpo do neonato, po<strong>de</strong> romper pelo movimento brusco ou sofrer um<br />

dano eletrico pela umida<strong>de</strong> no interior do encapsulamento. Como o controle termico<br />

necessita <strong>de</strong> uma referencia <strong>de</strong> temperatura, quando <strong>de</strong>tectada a falha no sensor <strong>de</strong> pele,<br />

automaticamente o sensor <strong>de</strong> temperatura colocado no compartimento do RN assume a<br />

referencia <strong>de</strong> temperatura na visao do set point e e indicado no painel o modo <strong>de</strong> operacao<br />

em ATC.<br />

Alern da temperatura, a medida da umida<strong>de</strong> relativa do ar (UR%) <strong>de</strong>ve ser feita<br />

para que o compartimento do RN esteja <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> parametros a<strong>de</strong>quados para o tratamento.<br />

A incubadora possui urn sensor para a medida da UR%, porem a norma nao exige o<br />

controle automatic° <strong>de</strong>ssa variavel (talvez pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementacao no<br />

equipamento). Um controle manual po<strong>de</strong> ser executado pelo medico ou enfermeiro<br />

responsavel, atraves da manipulacao <strong>de</strong> urn nebulizador agregado ao equipamento. As<br />

incubadoras <strong>de</strong>senvolvidas antes da aplicacao da norma regulamentar para a<br />

comercializacao utilizavam urn reservatorio interno contendo agua. 0 rigor no combate<br />

infeccao hospitalar, pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza e esterilizacao do reservatorio interno ao<br />

equipamento <strong>de</strong>saconselha a utilizacao <strong>de</strong>sse metodo para umidificar o compartimento do<br />

RN.<br />

Os sensores utilizados para medir as variaveis envolvidas, bem como o circuito que<br />

as controla, nao po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados os <strong>de</strong> maior importancia em urn equipamento<br />

eletromedico. Se, na aquisicao das variaveis ou no controle do processo existirem erros ou<br />

falhas, o risco a vida do bebe é alto. Assim, ha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetar alarmes e atuadores<br />

para <strong>de</strong>teccao e protecao contra falhas. Os alarmes produzem urn efeito sonoro e visual<br />

corn a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chamar a atencao do corpo clinic°. Lampadas e led's (diodos<br />

emissores <strong>de</strong> luz) indicam a origem da falha no painel da incubadora. Uma campainha do<br />

tipo buzzer, normalmente piezoeletrica, emite urn sinal sonoro, intermitente e audivel.<br />

Cada alarme possui uma peculiarida<strong>de</strong> e a norma especifica sua condicao e o nivel sonoro<br />

<strong>de</strong> acordo corn o equipamento envolvido. Os alarmes da incubadora neonatal <strong>de</strong>vem<br />

disparar cada vez que ocorrer:


33<br />

• Temperatura Baixa (abaixo <strong>de</strong> 35°C)<br />

• Temperatura Alta (38°C ou superior)<br />

• Desconexao ou rompimento do sensor <strong>de</strong> temperatura da pele<br />

• Falha na ventilacao<br />

• Interrupcdo no fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica ao equipamento<br />

Obs. o alarme sonoro e visual <strong>de</strong> Temperatura Baixa nao é exigido na norma tecnica NBR-<br />

IEC-601-2-19, porem é implementado no equipamento como uma funcao acessoria para<br />

auxiliar a equipe clinica.<br />

0 alarme <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconexao ou rompimento do sensor do RN é apenas para que o<br />

usuario i<strong>de</strong>ntifique o problema e provi<strong>de</strong>ncie a substituicao, porque o controle é<br />

automaticamente transferido para a temperatura medida no compartimento do RN.<br />

Quando urn alarme dispara, existe a ocorrencia <strong>de</strong> uma condicao anormal ou falha.<br />

O operador <strong>de</strong>sliga o alarme sonoro para que nao incomo<strong>de</strong> o ambiente neonatal, porem a<br />

indicacao visual persiste. Se houver um novo alarme sonoro, significa que a condicao<br />

anormal ocorreu novamente e po<strong>de</strong> significar uma falha grave do equipamento. Se persistir<br />

a indices criticos, o atuador tern que intervir e <strong>de</strong>sligar o aquecimento, cortando a corrente<br />

para a resistencia <strong>de</strong> aquecimento. Sao consi<strong>de</strong>radas falhas graves:<br />

• Temperatura excessivamente alta (38°C ou 40°C)<br />

• Falha na ventilacao<br />

Obs. As duas temperaturas citadas (38 ou 40°C) sao <strong>de</strong>vidas a uma condicao especial que<br />

equipamento <strong>de</strong>ve possuir para que a equipe clinica possa ultrapassar a temperatura <strong>de</strong><br />

controle ate 39°C quando julgar necessario. Para isso o valor inicial do limitador termico<br />

em 38°C <strong>de</strong>ve ser inibido e passar a atuar em 40°C.<br />

Urn problema constitui na <strong>de</strong>finicao dos alarmes <strong>de</strong> temperatura. A norma<br />

prescreve condicoes para alarme <strong>de</strong> temperatura alta. Se a incubadora estiver no modo<br />

ITC, quando a temperatura atingir 38°C ha disparo do alarme sonoro e visual <strong>de</strong><br />

temperatura alta. 0 usuario é alertado do ocorrido e aciona urn botao que silencia o alarme


34<br />

sonoro. A indicacao visual <strong>de</strong>ve permanecer ate que a temperatura esteja novamente<br />

abaixo <strong>de</strong> 38°C. Algumas situagoes clinicas, porem, exigem que a temperatura da<br />

incubadora ou do recem-nascido esteja acima <strong>de</strong> 37°C. 0 equipamento <strong>de</strong>ve possuir a<br />

condicao <strong>de</strong> inibir o alarme <strong>de</strong> temperatura alta em 38°C e estabelecer urn novo alarme em<br />

39°C, indicando com uma lampada amarela <strong>de</strong> advertencia que o usuario esta solicitando<br />

um controle fora da faixa normal <strong>de</strong> utilizacao. Caso o controle falhe por problemas<br />

eletricos, ou atmosfericos (raio, excesso <strong>de</strong> calor ambiente, luz solar inci<strong>de</strong>nte na<br />

incubadora), o atuador <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sligar a resistencia <strong>de</strong> aquecimento quando a temperatura<br />

atingir 39°C. So havera restabelecimento da energia na resistencia se a temperatura for<br />

inferior a 39°C. Essa condicao é similar para a incubadora operando no modo ATC, porem<br />

os niveis <strong>de</strong> alarme sao em 39°C e o atuador dispara em 40°C.<br />

0 alarme <strong>de</strong> temperatura baixa nao possui urn limite pre-<strong>de</strong>finido na norma. Corn a<br />

incubadora em ITC, se o sensor <strong>de</strong> temperatura da pele indicar temperatura abaixo <strong>de</strong> 36°C<br />

e uma indicacao <strong>de</strong> que o bebe nao esta em uma condicao i<strong>de</strong>al, entao é pru<strong>de</strong>nte a<br />

colocacao <strong>de</strong> urn alarme. No modo ATC, a temperatura baixa indica que a resistencia <strong>de</strong><br />

aquecimento nao esta fornecendo energia termica suficiente para o conforto do neonato.<br />

Isto po<strong>de</strong> significar urn problema eletrico no equipamento, e uma solucao bastante<br />

interessante é implementar urn alarme <strong>de</strong> temperatura baixa.<br />

A falha na ventilacao é uma condicao que <strong>de</strong>ve disparar o alarme visual e sonoro,<br />

proporcionando tambern o disparo do atuador sobre a resistencia <strong>de</strong> aquecimento. A<br />

condicao critica ocorre quando ha corrente eletrica na resistencia e nao existe fluxo <strong>de</strong> ar<br />

transportado ao compartimento do RN, sobreaquecendo o leito do bebe. 0 isolamento<br />

termico e os circuitos eletronicos nao suportam calor excessivo, <strong>de</strong>rretendo e/ou<br />

provocando fogo no equipamento. A falha na ventilacao <strong>de</strong>ve ser prevenida inclusive se o<br />

motor do ventilador estiver funcionando e a Mice que movimenta o ar quente se quebrar.<br />

0 usuario interfere no funcionamento modificando apenas a temperatura <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong>sejada e o conhecimento dos alarmes disparados, silenciando o buzzer sonoro.<br />

As <strong>de</strong>mais operacOes <strong>de</strong> aquisicao <strong>de</strong> temperatura, umida<strong>de</strong> relativa, temperaturas limite <strong>de</strong><br />

alarmes e atuadores sao automaticas e programadas em fabrica para protecao do neonato.


35<br />

A Figura 4 mostra a foto da Incubadora Neonatal RNP 225 da empresa ja<br />

mencionada. Trata-se <strong>de</strong> um equipamento projetado corn circuitos eletronicos analogicos,<br />

ou seja, nao emprega microprocessadores. Como o projeto foi implementado antes das<br />

condicoes impostas pelo Ministerio da San<strong>de</strong>, o equipamento nao atendia a norma<br />

especifica, nao incorporando os recursos <strong>de</strong> medida da umida<strong>de</strong> relativa do ar. Alem disso,<br />

a exatidao dos sensores <strong>de</strong> temperatura é proxima <strong>de</strong> ±1°C, pois sao utilizados termistores<br />

ceramicos e o controle da temperatura é do tipo on-off (liga e <strong>de</strong>sliga), na qual o overshoot<br />

no controle <strong>de</strong> temperatura esti na faixa <strong>de</strong> ±2°C.<br />

Figura 4 - Incubadora Neonatal mo<strong>de</strong>lo RNP225 da Empresa KSS<br />

3.4 ANALISE DA NORMA NBR IEC 601-2-19<br />

A ABNT (Associacao Brasileira <strong>de</strong> Normas Tecnicas) é o F6rum Nacional <strong>de</strong><br />

Normalizacao. As normas brasileiras, cujos contendos sao <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> dos<br />

Comites Brasileiros (CB) e dos Organismos <strong>de</strong> Normalizacao Setorial (ONS), sao<br />

elaborados por ComissOes <strong>de</strong> Estudo (CE) formadas por representantes dos setores<br />

envolvidos, tais como: fabricantes, consumidores e entida<strong>de</strong>s neutras (universida<strong>de</strong>s,<br />

laboratorios e outros). Os projetos <strong>de</strong> norma brasileira elaborados no ambito dos CB e<br />

ONS circulam para votacao nacional entre os associados da ABNT e <strong>de</strong>mais interessados<br />

(ABNT, 1997).


36<br />

A norma NBR IEC 601-2-19 equipamento eletromedico Parte 2: Prescricoes<br />

particulares para seguranca <strong>de</strong> incubadoras para recem-nascidos (RN), <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, é<br />

uma norma especifica. Tal norma emenda e complementa a NBR IEC 601-1 Parte 1:<br />

Prescricoes gerais para seguranca <strong>de</strong> equipamentos eletromedicos, tambem referida como<br />

norma geral. As prescricoes da norma NBR IEC 601-2-19 tern priorida<strong>de</strong> sobre a norma<br />

geral. Uma <strong>de</strong>claracao nesse sentido é dada nessa norma particular (ABNT, 1997).<br />

0 estudo da norma, corn a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certificacao do produto, <strong>de</strong>ve ser criterioso.<br />

A norma geral, bem como parte da norma particular, trata <strong>de</strong>: resistencia mecanica, riscos<br />

<strong>de</strong> seguranca por falhas mecanicas, angulos, arestas e partes expelidas. Essas partes serao<br />

<strong>de</strong>scartadas da analise, por se tratar <strong>de</strong> urn assunto especifico a engenharia mecanica e<br />

resist'encia dos materiais (foi terceirizado urn estudo pela empresa KSS corn profissionais<br />

formados na area para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> urn novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> incubadora). A parte da<br />

norma estudada refere-se aos dispositivos eletroeletronicos envolvidos no equipamento, na<br />

qual o projeto po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>alizado <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte aos <strong>de</strong>mais topicos.<br />

As secoes da norma tecnica NBR-IEC-601-2-19 que sao <strong>de</strong> interesse para utilizacao<br />

no projeto eletronico a ser <strong>de</strong>senvolvido, estao <strong>de</strong>scritas no Anexo II.


CAPITULO 4<br />

DESENVOLVIMENTO DO PROTOTIPO<br />

Este capitulo aborda todo o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da parte eletronica da<br />

incubadora neonatal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as especificacoes ate a construcao do prototipo final. Na<br />

selecdo dos componentes eletronicos consi<strong>de</strong>rou-se o custo e o prazo <strong>de</strong> fornecimento.<br />

Alem disso, procurou-se <strong>de</strong>senvolver o prot6tipo objetivando torna-lo urn produto<br />

comercial para ser produzido em escala.<br />

4.1 DIRETRIZES BASICAS PARA 0 PROJETO<br />

0 mo<strong>de</strong>lo anterior da incubadora neonatal produzida pela empresa KSS <strong>de</strong>finiu<br />

algumas diretrizes basicas para o novo projeto. Analisando o equipamento como urn todo,<br />

concluiu-se que a parte mecanica <strong>de</strong> sustentacao e suporte do compartimento do RN nao<br />

necessitavam ser alterados. Por outro lado, os circuitos para o controle <strong>de</strong> temperatura,<br />

monitoracao <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa do ar e circuitos <strong>de</strong> alarme para seguranca do RN<br />

necessitam modificacoes <strong>de</strong> maneira que o equipamento possa aten<strong>de</strong>r as recomendacOes<br />

estabelecidas em norma. Resumindo, <strong>de</strong>cidiu-se preservar a parte mecanica do<br />

equipamento e implementar urn novo circuito eletronico, capaz <strong>de</strong> satisfazer a norma<br />

tecnica NBR-IEC-601-2-19, "reformulando" por software, a interface homem-maquina do<br />

equipamento.<br />

4.2 ESPECIFICAcA0 DO PROJETO ELETRONICO BASEADO NA NORMA<br />

NBR-IEC-601-2-19<br />

As quatro fases tipicas <strong>de</strong> urn projeto sdo a especificacao, projeto, implementacao e<br />

testes. A especificacao e o momento <strong>de</strong> documentar o <strong>de</strong>sejo do cliente em relacdo ao que<br />

a equipe <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento po<strong>de</strong> e ill construir. Esta é uma etapa marcada por diversos


38<br />

tipos <strong>de</strong> reuniao, confeccionando planilhas, fluxogramas, <strong>de</strong>terminacao <strong>de</strong> prazos a serem<br />

cumpridos e custos totais para colocar em producao.<br />

A experiencia em <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos mostra que a economia <strong>de</strong> tempo<br />

na fase <strong>de</strong> especificacao provoca, normalmente, urn atraso posterior nas fases <strong>de</strong><br />

implementacao e testes. A especificacdo levou a confeccdo do cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>scrito no Anexo III.<br />

Durante a fase <strong>de</strong> projeto, verificou-se a viabilida<strong>de</strong> comercial do produto e <strong>de</strong>finiuse<br />

a plataforma <strong>de</strong> hardware utilizada, sensores, atuadores e a interface <strong>de</strong> entrada e saida<br />

(I/O) corn o usuario. A regra principal do presente caso é o cumprimento da norma NBR<br />

IEC 601-2-19, combinada coin a aplicacao das novas tecnologias em componentes<br />

eletrOnicos existentes (preferencialmente disponiveis no comercio nacional).<br />

A escolha dos componentes eletronicos, sensores e <strong>de</strong>mais dispositivos é criteriosa<br />

quando existe producao em escala industrial. Os fatores <strong>de</strong>terminantes na especificacao dos<br />

componentes seguem <strong>de</strong> forma geral as seguintes priorida<strong>de</strong>s:<br />

1- Confiabilida<strong>de</strong><br />

2- Exatidao<br />

3- Tempo <strong>de</strong> vida<br />

4- Custo<br />

5- Dominio da plataforma escolhida<br />

Nao existe sucesso ao implementar o projeto <strong>de</strong> urn equipamento se:<br />

- Os componentes eletronicos utilizados no sistema <strong>de</strong> protecao falharem.<br />

- Nao possuir exatidao minima exigida na norma ABNT.<br />

- Os gran<strong>de</strong>s fabricantes dos componentes eletronicos utilizados nab garantirem o<br />

abastecimento por, pelo menos, cinco anos apps o mesmo ter sido <strong>de</strong>scontinuado<br />

<strong>de</strong>vido a evolucao tecnologica e nao existir urn componente similar substituto (o<br />

tempo <strong>de</strong> vida em 5 anos foi consi<strong>de</strong>rado pela empresa como suficiente para<br />

cobrir os custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e a partir <strong>de</strong>ssa data convern reestruturar a<br />

plataforma do produto).


39<br />

- Possuir preco in<strong>de</strong>xado a moeda estrangeira e que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da quantida<strong>de</strong><br />

envolvida por unida<strong>de</strong> produzida, inviabilize economicamente a comercializacao<br />

do equipamento.<br />

- Algum componente eletronico utilizando arquitetura proprietaria, <strong>de</strong> dificil<br />

suporte tecnico e literatura limitada. 0 historico comercial da empresa e do<br />

componente utilizado <strong>de</strong>ve ser tambem cuidadosamente analisado.<br />

A implementacao e os testes sao a montagem e a experimentacao em bancada <strong>de</strong><br />

urn prototipo que iniciara a linha <strong>de</strong> producao do equipamento. Ate que seja atingida a<br />

confiabilida<strong>de</strong> necessaria do equipamento "cabeca-<strong>de</strong>-serie", muitos circuitos<br />

experimentais sera° ensaiados. No caso da incubadora neonatal, os testes preliminares sao<br />

feitos no laboratorio da propria empresa, porem, para o processo <strong>de</strong> certificacao, <strong>de</strong>vera ser<br />

necessario realizar alguns pre-ensaios em laboratorios especializados.<br />

4.3 0 PROJETO ELETRONICO<br />

Ap6s o estudo do equipamento existente (KSS mo<strong>de</strong>lo RNP 225) e das<br />

recomendacOes estabelecidas na norma seguindo as regras <strong>de</strong> projeto supracitadas, optouse<br />

pela implementacao <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> hardware baseada em microcontroladores. 0<br />

diagrama em blocos do circuito implementado esta apresentado na Figura 5.


40<br />

ALTMENTACAO<br />

GERADOR<br />

RESET<br />

BARRAMENTO DE ENDPREC 0 S<br />

BARRAMENTO DE DADOS<br />

\ 7 \‘,7<br />

WATCHDOG Memoria Memoria<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

Dodos<br />

Programa<br />

CLOCK<br />

BARRAMENTO DE CONTROLE<br />

DECODIFICAcA0 DE I/0<br />

A<br />

L<br />

A<br />

R<br />

M<br />

LCD<br />

A<br />

TECLADO<br />

SENS ORES<br />

DE<br />

TEMPERATITRA<br />

CONVERSOR<br />

MD<br />

U<br />

A<br />

D<br />

0<br />

RESISTENCIA<br />

DE<br />

AOUECIMENTO<br />

DRIVER<br />

DE<br />

P OTENCIA<br />

SENSOR<br />

DE<br />

UR%<br />

Figura 5 - Diagrama em blocos da plataforma <strong>de</strong> hardware da incubadora neonatal.


41<br />

4.3.1 0 SISTEMA MICROPROCESSADO<br />

0 hardware, ou o circuito fisico existente é um sistema microprocessado no qual a<br />

monitoracao e o controle <strong>de</strong> temperatura e da umida<strong>de</strong> relativa do ar (UR%), dos atuadores<br />

para seguranca e protecao contra falhas, da interface <strong>de</strong> VO (Input/Output), sdo realizados<br />

atraves <strong>de</strong> urn software, ou programa armazenado em algum dispositivo <strong>de</strong> memoria fIsica,<br />

integrado ao equipamento. Como uma das variaveis envolvidas na monitoracao e controle<br />

do sistema é a temperatura, e a outra (so monitoracao) é a umida<strong>de</strong> relativa, o tempo <strong>de</strong><br />

resposta do sistema microprocessado nao é critic°, abrindo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> use <strong>de</strong><br />

componentes corn freqiiencia <strong>de</strong> clock mais baixas, facilitando a especificacao do mesmo.<br />

Assim, optou-se por urn sistema microprocessado tipicamente utilizado em<br />

automacao industrial ou comercial (controladores <strong>de</strong> temperatura, relogio ponto, pontos <strong>de</strong><br />

venda (PDV), alarmes) que possui barramento <strong>de</strong> dados com extensao <strong>de</strong> 8 bits e<br />

barramento <strong>de</strong> en<strong>de</strong>recos em 16 bits (permitindo acessar 2 16 = 65536 posicŌes <strong>de</strong><br />

memoria). No barramento <strong>de</strong> controle estao principalmente os sinais <strong>de</strong> RD (read), WR<br />

(write) e CS (chip select) responsaveis pelo acesso a memoria e I/O. 0 software<br />

responsavel pelo funcionamento do equipamento é armazenado em memoria nao-volatil<br />

(por exemplo, EPROM - Eraseable Programmable Read Only Memory), <strong>de</strong>nominada<br />

"memoria <strong>de</strong> programa". As informacoes que po<strong>de</strong>m ser alteradas durante a execucao do<br />

programa silo armazenadas em memoria volatil RAM (Random Access Memory)<br />

<strong>de</strong>nominada "memoria <strong>de</strong> dados". 0 <strong>de</strong>codificador <strong>de</strong> I/O, ou entrada e saida <strong>de</strong> sinais<br />

digitais, é quem <strong>de</strong>termina os en<strong>de</strong>recos <strong>de</strong> acesso do processador corn os perifericos<br />

(teclado, display, sensores, alarmes, atuadores e conversor A/D).<br />

Alguns circuitos acess6rios <strong>de</strong>vem ser utilizados para garantir o perfeito<br />

funcionamento do equipamento. 0 circuito <strong>de</strong> reset e o watchdog sdo dispositivos <strong>de</strong> salvaguarda<br />

que permitem a inicializacao do microprocessador <strong>de</strong> forma padronizada quando<br />

houver alguma situacao que provoque o travamento total do programa em execucao,<br />

colocando em risco a sati<strong>de</strong> do neonato. A falha po<strong>de</strong> ocorrer por temperatura ou umida<strong>de</strong><br />

excessiva no ambiente que acondiciona os circuitos, variacao no fornecimento <strong>de</strong> energia<br />

do hospital, entre outros. Em qualquer situacao a falha no equipamento eletronico nao po<strong>de</strong><br />

constituir urn risco ao paciente.


42<br />

0 diagrama esquematico correspon<strong>de</strong>nte ao hardware da incubadora neonatal esta<br />

<strong>de</strong>scrito no Anexo IV.<br />

4.3.1.1 A ESCOLHA DO MICROPROCESSADOR<br />

Utiliza-se o nome "microprocessador" para o componente eletronico responsavel,<br />

neste produto, pela monitoraciio e controle das variaveis envolvidas na incubadora<br />

neonatal, porem, na verda<strong>de</strong>, trata-se <strong>de</strong> urn "microcontrolador". A diferenca do<br />

microcontrolador em relacao ao microprocessador esta na estrutura interna. Enquanto o<br />

microprocessador é responsavel pela parte logica e aritmetica, on<strong>de</strong> sao executadas<br />

instrucoes contidas em um meio <strong>de</strong> armazenamento externo (memoria <strong>de</strong> programa),<br />

<strong>de</strong>pois guardadas informacoes processadas em urn outro dispositivo tambem externo<br />

(memoria <strong>de</strong> dados), o microcontrolador possui todos os recursos internamente, ou seja,<br />

um processador, memorias, temporizadores, interface serial, interface <strong>de</strong> I/O. Apenas corn<br />

o sentido <strong>de</strong> simplificar os termos adotar-se-d o nome microprocessador para o<br />

componente envolvido no processamento e controle do equipamento.<br />

A familia <strong>de</strong> microcontroladores escolhida é a Familia 8051. Sua escolha foi<br />

baseada no fato do 8051 ser urn componente tradicional no comercio eletronico, possuir<br />

vasta literatura alem <strong>de</strong> haver pelo menos tres gran<strong>de</strong>s fabricantes mundiais. Sua evolucao<br />

tecnologica vem aumentando os recursos internos sem alterar a compatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

substituicao do componente e sua linguagem <strong>de</strong> programacdo. A plataforma foi <strong>de</strong>finida a<br />

partir <strong>de</strong>sse microprocessador pelo dominio da arquitetura e a facilida<strong>de</strong> da aquisicao<br />

comercial do componente.<br />

0 componente eletronico escolhido é o AT89C52 (ATMEL), <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong><br />

possuir memoria <strong>de</strong> programa interna ao chip corn tecnologia FLASH (Programmable and<br />

Erasable Read Only Memory - PEROM), po<strong>de</strong>ndo ser gravada e apagada<br />

aproximadamente 1000 vezes (ATMEL SEMICONDUCTORS, 1998). Tanto no ensaio <strong>de</strong><br />

prototipo, ou mesmo em linha <strong>de</strong> producao, a vantagem da memoria FLASH é que po<strong>de</strong> ser<br />

feita a atualizacao do software do produto sem per<strong>de</strong>r o componente eletronico. 0 software<br />

da incubadora estando armazenado internamente ao chip do microprocessador permite<br />

seguranca contra copias ilegais, bem como libera os pinos <strong>de</strong> I/O que seriam utilizados


43<br />

para en<strong>de</strong>recar circuitos <strong>de</strong> memoria externos. Algumas caracteristicas tecnicas do<br />

componente eletronico AT89C52 estao <strong>de</strong>scritas no Anexo V.<br />

As caracteristicas tecnicas do AT89C52 satisfazem boa parte da especificacao <strong>de</strong><br />

controle e monitoracao do projeto, porem vale lembrar que 25 dos 40 pinos possuem dupla<br />

funcao. Por exemplo: o pino 10 e um pino <strong>de</strong> I/O da porta 3 (P3.0), mas em qualquer<br />

situacao que seja necessaria interligar o AT89C52 com outro microprocessador pela<br />

interface serial, o pino 10 <strong>de</strong>ve ser utilizado na funcao <strong>de</strong> RXD (recepcao <strong>de</strong> dados),<br />

invalidando a funcao inicial P3.0 <strong>de</strong> I/O.<br />

A linguagem escolhida para confeccao do software da incubadora é o Assembly, ou<br />

linguagem <strong>de</strong> maquina. A opcao pelo Assembly esta relacionada a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memoria<br />

<strong>de</strong> programa interna ern 8 kBytes. 0 programa po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvido em linguagem C,<br />

pois existem compiladores <strong>de</strong>sta linguagem para a familia do 8051. A capacida<strong>de</strong> ocupada<br />

pelo codigo do programa e, porem, muitas vezes maior quando convertido em linguagem<br />

binaria para ser colocado <strong>de</strong>ntro da memoria FLASH. Se o programa em binario vier a<br />

ultrapassar os 8192 bytes (8 kBytes), o componente eletronico tem que ser substituido por<br />

urn corn mais memoria <strong>de</strong> armazenamento interna (exemplo: AT89C55 corn 20kBytes <strong>de</strong><br />

memoria FLASH interna).<br />

4.3.2 SENSORES DE TEMPERATURA<br />

A busca por componentes que atendam a exatidao <strong>de</strong> temperatura prescrita na<br />

norma IEC NBR 601-2-19 foi dificil, resultando em duas alternativas. A utilizacao <strong>de</strong><br />

sensores analogicos ou sensores digitais para medir as temperaturas.<br />

Os elementos sensores mais comuns comercialmente sao analogicos. 0 PT100, por<br />

exemplo, e urn sensor analogic°, composto <strong>de</strong> platina e que possui uma exatidao pr6xima a<br />

exigida em norma, porem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calibracao é uma caracteristica in<strong>de</strong>sejavel no<br />

projeto.<br />

Cada vez que ha a utilizacao <strong>de</strong> urn componente eletronico para aquisicao <strong>de</strong><br />

temperatura necessitando <strong>de</strong> ajustes atraves <strong>de</strong> temperatura padrao (0 ou 100°C), ajustando


44<br />

a escala atraves <strong>de</strong> potenciometros ou resistores <strong>de</strong> precisao, o custo <strong>de</strong> producao do<br />

equipamento ten<strong>de</strong> a crescer. Alern <strong>de</strong> exigir maior numero <strong>de</strong> pessoas envolvidas, ha<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambiente climatizado para calibracao e alto custo <strong>de</strong> instrumentacao. A nao<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aferir o sensor durante o processo <strong>de</strong> producao é a maior motivacao para<br />

utilizacao <strong>de</strong> sensores digitais.<br />

Os sensores digitais nao necessitam calibracao no ambiente <strong>de</strong> producao porque sao<br />

calibrados pelo fabricante e sao distribufdos prontos para o uso. Como o sensor <strong>de</strong> pele<br />

<strong>de</strong>ve possuir dimensoes reduzidas, buscaram-se fabricantes que disponibilizassem sensores<br />

<strong>de</strong> temperatura corn o encapsulamento em SMD (Surface Mountage Device) ou dispositivo<br />

<strong>de</strong> montagem em superffcie.<br />

Alguns fabricantes, entre eles, a NATIONAL SEMICONDUCTORS e a DALLAS<br />

SEMICONDUCTORS, fabricam sensores digitais <strong>de</strong> temperatura com safda serial, em<br />

nfveis TTL (Transistor-Transistor Logic) <strong>de</strong> tensao <strong>de</strong> safda (0 e +5V) corn<br />

encapsulamento em SMD. No Anexo VI esta ilustrado urn mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sensor digital<br />

utilizado (DS1624S) da empresa DALLAS SEMICONDUCTORS, bem como seu<br />

encapsulamento e caracterfsticas tecnicas.<br />

4.3.2.1 UTILIZANDO DOIS SENSORES DE TEMPERATURA DS1624S<br />

Na incubadora neonatal ha a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, pelo menos, duas aquisicaes <strong>de</strong><br />

temperatura: temperatura do RN e a temperatura da cuba ou ctipula acrflica que<br />

acondiciona o bebe. 0 componente eletronico DS1624S possui urn pino <strong>de</strong> dados (SDA),<br />

um pino <strong>de</strong> clock (SCL), dois pinos para a alimentacao ern +5V e 3 pinos para<br />

en<strong>de</strong>recamento (A0, A I , A 2). Se existem 3 bits para en<strong>de</strong>recamento significa que po<strong>de</strong>m ser<br />

ligados ate 8 sensores em paralelo (2 3=8), utilizando as mesmas linhas para SDA e SCL<br />

para comunicacao corn um dispositivo mestre, no caso o microprocessador AT89C52,<br />

utilizando o protocolo I 2C (DALLAS SEMICONDUCTORS, 1997).<br />

A comunicacao do microprocessador corn o sensor é feita a 2 fios atraves da<br />

interface I 2C. 0 barramento I 2C foi <strong>de</strong>senvolvido nos anos 80 pela Philips Semiconductors.<br />

0 prop6sito era prover urn meio <strong>de</strong> comunicacao simples entre a CPU e circuitos


45<br />

perifericos <strong>de</strong> urn sistema <strong>de</strong> TV. I 2C é urn acronismo para a expressao Inter-IC bus. 0<br />

nome explica literalmente seu proposito <strong>de</strong> prover a comunicacao entre circuitos<br />

integrados (Integrated Circuits) (INTERFACE I 2C, 2000).<br />

Urn dos fios é a linha SCL (Serial Clock Line), ou clock serial, e a outra linha é a<br />

SDA (Serial Data Input/Output), ou linha <strong>de</strong> dados serial. 0 barramento a controlado por<br />

um dispositivo mestre que se comunica corn os dispositivos escravos atraves do<br />

reconhecimento <strong>de</strong> urn c6digo interno a cada escravo. Cada escravo tern <strong>de</strong> 7 a 10 bits <strong>de</strong><br />

en<strong>de</strong>recos. Quando o mestre acessa urn escravo necessita mandar o en<strong>de</strong>reco e urn bit <strong>de</strong><br />

read ou write. Assim, o escravo que foi en<strong>de</strong>recado reconhece a conexao e o mestre po<strong>de</strong><br />

mandar ou receber dados do escravo (12C, 2000). 0 protocolo segue a seguinte seqiiencia:<br />

- Os dados po<strong>de</strong>m ser transferidos somente quando o barramento rid() estiver<br />

ocupado.<br />

- Durante a transferencia <strong>de</strong> dados, a linha <strong>de</strong> dados (SDA) <strong>de</strong>ve permanecer estavel<br />

sempre que a linha <strong>de</strong> clock (SCL) estiver em nivel alto. Mudancas na linha <strong>de</strong><br />

dados enquanto SCL estiver alto sera) interpretadas como sinal <strong>de</strong> controle.<br />

- Inicio da transferencia <strong>de</strong> dados: uma mudanca no estado da linha <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> alto<br />

para baixo, enquanto o clock estiver alto, <strong>de</strong>fine uma condicao <strong>de</strong> START<br />

- Final da transferencia <strong>de</strong> dados: uma mudanca <strong>de</strong> estado na linha <strong>de</strong> dados <strong>de</strong><br />

baixo para alto, enquanto o clock estiver em alto, <strong>de</strong>fine a condicao <strong>de</strong> STOP.<br />

- Dados validos: o status da linha <strong>de</strong> dados representa urn dado valid° quando, apos<br />

uma condicao <strong>de</strong> START, a linha <strong>de</strong> dados estiver estavel enquanto o clock estiver<br />

alto. Os dados na linha <strong>de</strong>vem ser mudados durante o period° baixo do sinal <strong>de</strong><br />

clock. Existird um pulso <strong>de</strong> clock por bit <strong>de</strong> dados. Cada dado transferido é<br />

inicializado corn um pulso <strong>de</strong> START e termina corn um pulso <strong>de</strong> STOP. 0<br />

ntimero <strong>de</strong> dados transferidos entre a condicao <strong>de</strong> START e STOP nao é limitado,<br />

e é <strong>de</strong>terminado pelo dispositivo mestre (DALLAS SEMICONDUCTORS, 1997).


46<br />

Urn byte <strong>de</strong> controle e o primeiro byte recebido apps a condicao <strong>de</strong> START vinda do<br />

mestre. 0 byte <strong>de</strong> controle consiste <strong>de</strong> urn codigo <strong>de</strong> controle em 4 bits. Para o DS1624S,<br />

este c6digo é 1001 em binario para operacoes <strong>de</strong> leitura e escrita. Os proximos 3 bits <strong>de</strong><br />

controle sao os bits <strong>de</strong> selecao <strong>de</strong> en<strong>de</strong>recos em Ao, A l e A2 , utilizados para <strong>de</strong>finir qual<br />

dos oito escravos sera acessado. 0 ultimo bit do byte <strong>de</strong> controle é o R/W (read ou write),<br />

<strong>de</strong>finindo se havera operach <strong>de</strong> leitura (da E 2PROM interna ou temperatura), ou escrita<br />

(da E2PROM interna ou comando para conversdo da temperatura) (DALLAS<br />

SEMICONDUCTORS, 1997). Os Diagramas <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> leitura e escrita estao <strong>de</strong>scritos<br />

no Anexo VI.<br />

4.3.2.2 MEDIDA DE TEMPERATURA ATRAVES DO DS1624S<br />

0 DS1624S me<strong>de</strong> a temperatura atraves <strong>de</strong> um sistema proprietario <strong>de</strong> use<br />

exclusivo da DALLAS SEMICONDUCTORS embutida internamente ao chip. A Figura 6<br />

ilustra o sistema <strong>de</strong> conversao.<br />

Acumulador <strong>de</strong> Pulsos<br />

Monoestirel<br />

Comparador<br />

Oscilador corn Baixo<br />

Coeficiente <strong>de</strong> Temperatura<br />

Contador<br />

Monoestirel<br />

Seta it Reseta<br />

LSB<br />

=0<br />

INC<br />

Registrador <strong>de</strong> Temperatura<br />

Oscilador corn Alto Coeficiente<br />

<strong>de</strong> Temperatura<br />

Contador<br />

=0<br />

Print<br />

Figura 6 - Diagrama em blocos do circuito <strong>de</strong> medicao <strong>de</strong> temperatura interna ao chip<br />

DS1624S (adaptada <strong>de</strong> DALLAS SEMICONDUCTORS, 1997).


47<br />

A medida <strong>de</strong> temperatura e feita atraves da contagem do ntimero <strong>de</strong> pulsos <strong>de</strong> clock,<br />

chaveando urn oscilador corn baixo coeficiente <strong>de</strong> temperatura durante urn period° preestabelecido<br />

pelo monoestavel e <strong>de</strong>terminado por urn oscilador corn alto coeficiente <strong>de</strong><br />

temperatura. 0 contador e iniciado corn a base <strong>de</strong> contagem correspon<strong>de</strong>nte a -55°C. Se o<br />

contador alcanca o zero antes do periodo <strong>de</strong> chaveamento acabar, urn registro <strong>de</strong><br />

temperatura o qual tambem esta previamente <strong>de</strong>finido em -55°C é incrementado indicando<br />

que a temperatura é maior que -55°C. Ao mesmo tempo, o contador é entao <strong>de</strong>finido com<br />

urn valor <strong>de</strong>terminado pelo circuito acumulador <strong>de</strong> pulsos (Slope Accumulator Circuit).<br />

Este circuito e necessario para compensar o efeito nao-linear dos osciladores sobre altas<br />

temperaturas. 0 contador é entao temporizado novamente ate alcancar o zero. Se o period°<br />

<strong>de</strong> chaveamento ainda nao terminou, o processo se repete (DALLAS SEMICONDUCTORS,<br />

1997).<br />

0 circuito acumulador <strong>de</strong> pulsos é utilizado para compensar a caracteristica naolinear<br />

dos osciladores sobre a temperatura, buscando uma resolucao melhor para a medida<br />

<strong>de</strong> temperatura. Isto é feito pela mudanca do ntimero <strong>de</strong> eventos necessarios para o<br />

contador atingir cada incremento <strong>de</strong> temperatura. Para obter a resolucdo <strong>de</strong>sejada, ambos<br />

os valores do contador e do numero <strong>de</strong> eventos por graus Celsius (valor armazenado no<br />

contador <strong>de</strong> pulsos), para uma dada temperatura, <strong>de</strong>vem ser conhecidos (DALLAS<br />

SEMICONDUCTORS, 1997).<br />

Internamente, o DS1624S possui urn incremento <strong>de</strong> 0,03125°C <strong>de</strong> resolucao. A<br />

leitura da temperatura é convertida em 13 bits, utilizando complemento <strong>de</strong> dois, atraves do<br />

comando <strong>de</strong> leitura da temperatura (DALLAS SEMICONDUCTORS, 1997).<br />

4.3.3 SENSOR DE UMIDADE RELATIVA DO AR (UR%)<br />

A norma IEC NBR 601-2-19 prescreve a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitoracao da UR%.<br />

O controle <strong>de</strong>ssa variavel é feito por urn profissional <strong>de</strong> sati<strong>de</strong> responsavel ao ambiente<br />

neonatal, atraves da regulagem eletromecanica do nebulizador. Os niveis <strong>de</strong>sejados <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> nao sac) especificados em norma e ficam a criterio da equipe medica.


48<br />

0 maior problema dos sensores que me<strong>de</strong>m a umida<strong>de</strong> relativa do ar é a baixa<br />

exatidao ou a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> calibracao. Para evitar o processo <strong>de</strong> calibracao, consi<strong>de</strong>rando<br />

que os sensores <strong>de</strong> temperatura nao necessitam <strong>de</strong>ssa etapa no processo <strong>de</strong> montagem do<br />

equipamento, partiu-se para a escolha <strong>de</strong> urn sensor calibrado em fabrica. 0 sensor<br />

escolhido foi o HC600 corn substrato ceramico, da empresa norte americana Ohmic<br />

Instruments CO.<br />

0 sensor HC600 utiliza urn fino filme polimerizado on<strong>de</strong> ha variacao <strong>de</strong> sua<br />

constante dieletrica diretamente proporcional as variacOes do vapor d'agua ao qual esta<br />

exposto. Um circuito integrado monolitico CMOS atua como condicionador <strong>de</strong> sinal,<br />

provendo uma tensao <strong>de</strong> saida linear corn escala <strong>de</strong> 0 a 100% RH (Relative Humidity). A<br />

exatidao é <strong>de</strong> ±2%, corn 0,5% <strong>de</strong> repetibilida<strong>de</strong>. Fornece uma escala <strong>de</strong> tensao entre 0,8 e<br />

3,9 VDC, quando alimentado por uma tensao continua <strong>de</strong> +5V (OHMIC INSTRUMENTS,<br />

1999).<br />

Cada sensor e testado e verificado ern urn sistema aferido <strong>de</strong> calibracao<br />

computadorizada, nao necessitando quaisquer ajustes posteriores. A temperatura <strong>de</strong><br />

operacao e <strong>de</strong> —8 a +85°C, e nao sao afetados pela exposicao ao vapor con<strong>de</strong>nsado, bem<br />

como suporta produtos quimicos <strong>de</strong> solventes organicos, gas cloro e amonia (OHMIC<br />

INSTRUMENTS, 1999). A Figura 7 representa a curva <strong>de</strong> tensao <strong>de</strong> saida X umida<strong>de</strong><br />

relativa (%) do referido sensor.


49<br />

Compensacio em Temperature<br />

4.0<br />

3.65 100% UR<br />

-<br />

volt*<br />

Tensao<br />

<strong>de</strong> 2.0<br />

Saida<br />

1.0<br />

Zero UR%<br />

Minima UR%<br />

0<br />

% <strong>de</strong> Umida<strong>de</strong> Relativa do Ar<br />

Figura 7 - Curva tensdo <strong>de</strong> sada versus % <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa do ar no sensor HC600 corn<br />

substrato ceramico (adaptada <strong>de</strong> OHMIC INSTRUMENTS, 1999).<br />

Segundo o manual tecnico do sensor HC600, existem tres curvas padrao nas<br />

temperaturas <strong>de</strong> 0, 25 e 85°C. Como a temperatura da incubadora neonatal se encontra<br />

aproximadamente entre 33 e 39°C, é necessario implementar a formula <strong>de</strong> compensacdo<br />

termica <strong>de</strong>scrita no referido manual:<br />

Correcdo UR% = %URmedida [(1/(1,093 — 0,0012T))-1] (4.1)<br />

on<strong>de</strong> a temperatura e dada em graus Fahrenheit (°F) e %UR a leitura da umida<strong>de</strong> relativa<br />

incorreta (OHMIC INSTRUMENTS, 1999). Por exemplo: se a temperatura do<br />

compartimento do RN (on<strong>de</strong> esta contido o sensor <strong>de</strong> UR%) estiver em 37°C (convertendo<br />

para graus Fahrenheit: 98,6°F), a coffee -do sera:<br />

Correcao UR% = %URmedida * 0,026 = 2,6% <strong>de</strong> erro (4.2)<br />

A formula 4.1 sera implementada no software interno ao microcontrolador a fim <strong>de</strong><br />

nao aumentar o erro <strong>de</strong>vido a temperatura interim do equipamento. A norma tecnica NBR-<br />

IEC-601-2-19 permite urn erro <strong>de</strong> ate 10% no valor da umida<strong>de</strong> relativa medida.


50<br />

A saida do sensor HC600 fornece tensao continua entre 0,8 e 3,65V. Assim, é<br />

necessaria a utilizacao <strong>de</strong> urn sistema <strong>de</strong> aquisicao, utilizando um conversor analogicodigital<br />

(A/D) para que o microprocessador possa processar essa informacdo.<br />

Foi escolhido urn conversor Analogico-digital <strong>de</strong> 8 bits porque possui 256 niveis <strong>de</strong><br />

quantizacao (2 8=256). Consi<strong>de</strong>rando as tensoes <strong>de</strong> referencia em 0 e +5,12V, o conversor<br />

possuird resolucao <strong>de</strong> ±20mV/<strong>de</strong>grau, que correspon<strong>de</strong> a urn erro medio <strong>de</strong> ±1UR% a<br />

25°C. A escolha <strong>de</strong> um conversor A/D <strong>de</strong> 8 bits se <strong>de</strong>ve a disponibilida<strong>de</strong> no comercio<br />

local e ser monolitico (o conversor A/D completo ern urn unico encapsulamento plastico).<br />

Conversores <strong>de</strong> 6 ou 7 bits po<strong>de</strong>riam ser utilizados, pois estariam corn o erro abaixo dos<br />

±10% exigidos em norma, porem sua implementacao seria na forma <strong>de</strong> circuitos<br />

eletronicos discretos, aumentando o tamanho e o custo da placa <strong>de</strong> circuito impresso.<br />

4.3.4 DISPOSITIVOS DE I/O (INPUT/OUTPUT) - ENTRADA E SAIDA<br />

Para implementar os dispositivos que permitem a interface do equipamento corn o<br />

usuario é necessaria a <strong>de</strong>codificacdo <strong>de</strong> 1/0, on<strong>de</strong> cada circuito periferico possui urn<br />

en<strong>de</strong>reco <strong>de</strong> hardware exclusivo, compartilhando o barramento <strong>de</strong> dados do<br />

microprocessador. Corn a utilizando do microcontrolador da familia 8051, a <strong>de</strong>codificacdo<br />

é interna ao chip (ATMEL SEMICONDUCTORS, 1998), nao necessitando <strong>de</strong> componentes<br />

eletronicos externos para implementor as interfaces <strong>de</strong> 1/0.<br />

4.3.4.1 TECLADO<br />

Para compor a interface entre o equipamento e o corpo clinic° é necessaria a<br />

implementacdo <strong>de</strong> urn dispositivo <strong>de</strong> entrada e sada <strong>de</strong> dados. Um conjunto <strong>de</strong> teclas<br />

permite que o operador efetue alteracOes no processo <strong>de</strong> monitoracao e controle das<br />

variaveis do processo. Como o sistema inspeciona, controla e verifica se existe alguma<br />

falha ou anormalida<strong>de</strong> nas variaveis <strong>de</strong> temperatura e umida<strong>de</strong> relativa do ar, tres botoes<br />

satisfazem a necessida<strong>de</strong>.


51<br />

1. Incremento da temperatura <strong>de</strong> controle ( T<br />

2. Decremento da temperatura <strong>de</strong> controle ( )<br />

3. Conhecimento dos alarmes disparados (ALARME)<br />

Quando a equipe medica <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> aumentar ou diminuir a temperatura do ambiente<br />

interno a ctipula, <strong>de</strong>ve atuar sobre a temperatura <strong>de</strong> controle. A partir do valor fixo, o<br />

controlador <strong>de</strong> temperatura a quem corrige o aquecimento do ambiente <strong>de</strong> forma<br />

automatica. Se houver interrupcdo no fornecimento <strong>de</strong> energia, a temperatura <strong>de</strong> controle<br />

nao po<strong>de</strong> ser perdida (ABNT, 1997). Por esta razao, foi implementada uma memoria<br />

E2PROM (AT24C01A), corn barramento I 2C, ligada ern paralelo corn os sensores <strong>de</strong><br />

temperatura, para garantir o ultimo valor antes da queda <strong>de</strong> energia, ja que o protocolo para<br />

comunicacao utilizando componentes I 2 C permite ligarmos ate oito dispositivos utilizando<br />

o mesmo meio fisico (ATMEL SEMICONDUCTORS, 1998).<br />

Se houver uma condicao anormal, ou falha, segundo a especificacao em norma<br />

especifica, ha disparo <strong>de</strong> alarmes sonoros e visuais. Para que o alarme sonoro nao<br />

incomo<strong>de</strong> o ambiente, ha um botao que silencia o ruido sonoro, porem a indicacao visual<br />

permanece ate que a normalida<strong>de</strong> retorne. Quando houver, porem, uma nova condicao<br />

anormal ou falha, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que ja exista ocorrencia anterior, o alarme sonoro<br />

dispara novamente (ABNT, 1997). Para silencia-lo, o operador <strong>de</strong>ve pressionar novamente<br />

a tecla <strong>de</strong> ALARME. A ligacao do teclado é feita diretamente ao microprocessador<br />

utilizando os pinos <strong>de</strong> I/0.


52<br />

4.3.4.2 DISPLAY DE CRISTAL LIQUIDO (LCD)<br />

A escolha <strong>de</strong> urn dispositivo <strong>de</strong> saida causa alguns impasses no momento da<br />

especificacao <strong>de</strong> urn equipamento biornedico. Na incubadora neonatal é necessario urn<br />

dispositivo que permita ao usuario verificar <strong>de</strong> forma confortavel as variaveis envolvidas<br />

no processo, sua disposicao na interface, tamanho do caractere que as indica, iluminacao<br />

a<strong>de</strong>quada, alarmes e modos <strong>de</strong> operacao. Todos os valores <strong>de</strong>vem ser mostrados<br />

simultaneamente e dispostos <strong>de</strong> forma a nao confundir o profissional responsavel pela<br />

UTIN. As alternativas selecionadas, alem do LCD (Liquid Crystal Display), ou display <strong>de</strong><br />

cristal liquido, que estdo disponiveis no modo texto e grafico, sao o display <strong>de</strong> 7 segmentos<br />

e os monitores <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>o.<br />

0 display <strong>de</strong> 7 segmentos possui uma vantagem quanto a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tamanho do<br />

caractere e baixo custo. A iluminacao é satisfatoria e proporciona facil visualizacdo. 0<br />

problema consiste na indicacdo <strong>de</strong> falhas ou anormalida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vendo ser utilizados<br />

separadamente LED's ou lampadas.<br />

0 monitor <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>o permite a versatilida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>finicao da interface homemmaquina<br />

e uma elevada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos que po<strong>de</strong>m ser implementados apenas<br />

modificando o software do equipamento. Por exemplo, po<strong>de</strong>r-se-ia fazer urn programa em<br />

linguagem C, utilizando o modo grafico, no qual apareceria uma tela personalizada do<br />

equipamento <strong>de</strong> acordo corn o hospital em questdo. 0 problema esta na portabilida<strong>de</strong> para<br />

utilizacao em UTI's, custo elevado e dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> implemental - o hardware <strong>de</strong> controle na<br />

plataforma do microprocessador escolhido.<br />

A solucao utilizando LCD no modo texto satisfaz os requisitos <strong>de</strong> baixo custo e<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizacao, porem o tamanho do caractere utilizado no LCD em modo texto<br />

para indicacdo da temperatura e UR% nao proporciona condicao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> visualizacdo em<br />

ambientes hospitalares, on<strong>de</strong> existem diversos leitos e equipamentos similares. Para<br />

comparar, basta analisar os displays utilizados nas maquinas <strong>de</strong> <strong>de</strong>bit° por cartdo <strong>de</strong> credit()<br />

ou conta-corrente em supermercados, que contem urn teclado em conjunto corn urn LCD.<br />

Assim, os displays <strong>de</strong> cristal liquid° no modo grafico foram selecionados. 0 display<br />

LCD grafico funciona atraves <strong>de</strong> uma matriz <strong>de</strong> pontos, chamados <strong>de</strong> dot-pitch, ou


53<br />

elementos <strong>de</strong> imagem. Urn display, por exemplo, <strong>de</strong> 320x240, possui 320 pontos na<br />

horizontal e 240 pontos na vertical. A escolha <strong>de</strong> urn display <strong>de</strong> 240x128 pontos,<br />

monocromatico, aten<strong>de</strong> as necessida<strong>de</strong>s. As caracteristicas tecnicas do display escolhido<br />

estdo <strong>de</strong>scritas no Anexo VII.<br />

4.3.4.2.1 - IMPLEMENTACAO DO LCD AO HARDWARE DA INCUBADORA<br />

0 LCD utilizado possui urn controlador interno que organiza a matriz <strong>de</strong> pontos<br />

formando a imagem. Como os sinais envolvidos sao digitais, é necessaria a conexao dos<br />

pinos <strong>de</strong> 1/0 do microprocessador diretamente ao LCD (Figura 8) e a implementacdo do<br />

diagrama <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>scrito no Anexo VII.<br />

33 1 16.00 mitt<br />

pr ....<br />

1 tf_l<br />

33pF<br />

+5V<br />

DWI" —I a<br />

2IC<br />

XI<br />

I1S7<br />

89C52<br />

Pt<br />

PI.1<br />

P1 2<br />

P1.3<br />

P1 4<br />

PI.5<br />

P1 6<br />

HOM1286S24<br />

DO<br />

01<br />

+511<br />

02<br />

D3 V 20K<br />

04<br />

1 -18V<br />

Ds<br />

D6<br />

C{ 1Dk<br />

P' 7<br />

DT<br />

V<br />

P3<br />

ri I<br />

Di<br />

P3.2<br />

CSI<br />

P3 3<br />

CS7<br />

Figura 8 - Diagrama esquematico para ligacao do LCD grafico HDM 128GS24 corn o<br />

microcontrolador AT89C52 (adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999)<br />

Os niveis <strong>de</strong> tensao expostos no timing do LCD variam entre 0 e +5V, conforme<br />

valores estabelecidos nas Tabelas VIII e VILII do Anexo VII. Como o display grafico é,<br />

tambem, urn sistema microcontrolado, a comunicacao entre o AT89C52 e o display sera<br />

atraves da leitura e escrita <strong>de</strong> dados entre os dois dispositivos. 0 AT89C52 gera o<br />

diagrama <strong>de</strong> tempo executando um software <strong>de</strong> controle atraves dos pinos <strong>de</strong> 1/0 da Porta<br />

1 e da Porta 3. Os tempos para os ciclos <strong>de</strong> leitura e escrita entre o LCD e o AT89C52<br />

estao <strong>de</strong>scritos no Anexo VII, Tabelas VILIII e VILIV respectivamente.


54<br />

4.3.4.3 CONTROLE DE TEMPERATURA<br />

Para proporcionar o aquecimento do compartimento do RN, atraves do ar que<br />

circula pela resistencia eletrica, sem que exista uma condicao adversa a estabelecida na<br />

Figura II.II do Anexo II, é necessario variar a potencia eletrica entregue a carga (no caso a<br />

propria resistencia eletrica), conforme a diferenca entre duas temperaturas: a temperatura<br />

<strong>de</strong> controle e a temperatura <strong>de</strong> referencia (temperatura do RN ou a temperatura do<br />

compartimento do RN). Quando a incubadora esta no modo ATC, a equipe clinica<br />

preestabelece urn valor no setpoint graves do teclado. A diferenca existente entre a<br />

temperatura <strong>de</strong> controle colocada no setpoint, e a temperatura medida no compartimento<br />

do RN é o erro (E). De alguma maneira <strong>de</strong>ve-se entregar uma corrente eletrica a resistencia<br />

<strong>de</strong> aquecimento, proporcional a magnitu<strong>de</strong> do erro existente, pois quanto mais negativo o<br />

erro, mais distante é a temperatura medida da temperatura <strong>de</strong>sejada.<br />

0 compartimento do RN possui algumas variacoes durante o processo <strong>de</strong><br />

aquecimento, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do formato fisico, do material o qual é composto (acrIlico) e<br />

da maneira na qual o fluxo <strong>de</strong> ar é distribuido internamente. Estes fatores influenciam no<br />

sistema <strong>de</strong> controle da temperatura a ser utilizado, que <strong>de</strong>ve ser projetado corn a finalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> igualar a temperatura <strong>de</strong> controle corn a temperatura medida, ou seja, neutralizar o erro<br />

(E) para a condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada, utilizando algum tipo <strong>de</strong> controle. Urn<br />

sistema <strong>de</strong> controle em uma malha fechada e representado <strong>de</strong> forma generica na Figura 9.<br />

0 processo é a maneira que o compartimento do RN se comporta em relacao ao<br />

aquecimento do ar. A diferenca da medida <strong>de</strong> sua temperatura, em relacdo ao setpoint<br />

(entrada), traduz o erro (E), que é a referencia para o controlador enviar urn sinal <strong>de</strong><br />

controle, em forma <strong>de</strong> corrente eletrica a resistencia <strong>de</strong> aquecimento.<br />

Entrada<br />

'c.<br />

Controlador<br />

sinal <strong>de</strong> controle<br />

Processo<br />

Saida<br />

Figura 9 - Sistema <strong>de</strong> Controle em malha fechada


55<br />

A implementacao do controlador é feita atraves <strong>de</strong> urn circuito <strong>de</strong> PWM (Pulse<br />

Width Modulation), ou modulacao por largura <strong>de</strong> pulsos, corn a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regular a<br />

potencia eletrica na resistencia <strong>de</strong> aquecimento. A vantagem do PWM no controle <strong>de</strong><br />

temperatura, é que a potencia entregue a carga se torna uma relacao dos tempos<br />

estabelecidos para os duty cycles alto e baixo da forma <strong>de</strong> onda <strong>de</strong> saida. Para fazer uma<br />

estimativa dos tempos é necessario conhecimento do processo, atraves da variacao na<br />

potencia <strong>de</strong> aquecimento e o monitoramento da temperatura no compartimento do RN em<br />

malha aberta, <strong>de</strong>finindo a funcao <strong>de</strong> transferencia da incubadora.<br />

Para gerar os tempos do PWM sao utilizados os temporizadores internos (TimerO<br />

e/ou Timer]) do microcontrolador escolhido. Os valores <strong>de</strong>finidos no THO (tempo alto do<br />

TimerO) sao os valores <strong>de</strong> tempo alto do PWM, e os valores <strong>de</strong> TLO (tempo baixo do<br />

TimerO) sao os valores para o tempo baixo do PWM. Na escolha <strong>de</strong>stes coeficientes sao<br />

feitas algumas tentativas e a conseqiiente medida da estabilida<strong>de</strong> do processo no tempo.<br />

Varios ajustes sao necessarios ate conseguir os indices prescritos em norma. Com os<br />

valores acertados, e gravada uma tabela na memoria interna do microcontrolador. Na<br />

Figura 10 e mostrada parte da rotina em linguagem assembly que <strong>de</strong>fine os coeficientes <strong>de</strong><br />

THO e TLO (TimerO) do microcontrolador AT89C52 utilizado.<br />

A tabela <strong>de</strong> coeficientes é composta <strong>de</strong> 41 conjuntos <strong>de</strong> 4 bytes cada. Sao colocados<br />

41 coeficientes para estabelecer urn valor diferente no PWM a cada erro <strong>de</strong> 0,1°C entre o<br />

setpoint e a temperatura <strong>de</strong> referencia, ou seja, quando o erro estiver negativo entre zero e<br />

4°C, havera variacao nos tempos do PWM e a conseguinte variacao na corrente <strong>de</strong><br />

resistencia. Quando o erro estiver negativo e passar <strong>de</strong> 4°C a potencia sera maxima sobre a<br />

resistencia, colocando o maior coeficiente no timer THO.<br />

Os timers do microcontrolador AT89C52 possuem estrutura <strong>de</strong> 16 bits cada, entao<br />

cada linha da tabela (por exemplo: DB OOH, 01H, F2H, DOH) equivale a ter: TH0=0010h e<br />

TLO=F2D0h. Quanto mais negativo se torna o erro, maior é o tempo alto THO, indicando<br />

que o triac <strong>de</strong>ve ficar mais tempo conduzindo e liberando corrente eletrica para a<br />

resistencia.


56<br />

CONSTMAIS:<br />

DB 00H,10H,F2H,DOH<br />

DB 00H,20H,F4H,E0H<br />

DB 00H,30H,F5H,E0H<br />

DB 00H,40H,F6H,E0H<br />

DB 00H,50H,F7H,E0H<br />

DB 00H,60H,F8H,E0H<br />

DB 03H,60H,FFH,DOH<br />

DB 03H,70H,FFH,DOH<br />

DB 03H,80H,FFH,DOH<br />

DB 03H,90H,FFH,DOH<br />

DB 04H,00H,FFH,DOH<br />

Figura 10 - Parte da rotina em assembly que estabelece os coeficientes do PWM utilizados<br />

no controle <strong>de</strong> potencia da incubadora neonatal<br />

4.3.4.3.1 DRIVER DE POTENCIA PARA A RESISTENCIA DE AQUECIMENTO<br />

0 diagrama esquematico do controle <strong>de</strong> temperatura esta <strong>de</strong>scrito na Figura 11.<br />

Resistencia<br />

<strong>de</strong><br />

Ad u eel m e nto<br />

Figura 11 - Diagrama esquematico representando a interface <strong>de</strong> I/O do microcontrolador<br />

corn o driver da resistencia <strong>de</strong> aquecimento.<br />

0 pino <strong>de</strong> I/0 da Porta 3 (pino 14 do AT89C52) é conectado a um driver <strong>de</strong><br />

potencia (triac T I) para que o microcontrolador controle a corrente eletrica sobre a


57<br />

resistencia <strong>de</strong> aquecimento. A utilizacao <strong>de</strong> urn foto-acoplador (CIS) evita que um possfvel<br />

rufdo <strong>de</strong> alta freqtiencia, causado por elementos indutivos, como: motores ou<br />

transformadores <strong>de</strong> alta potencia em ambientes hospitalares, ou mesmo urn surto na re<strong>de</strong><br />

eletrica comercial provoque anormalida<strong>de</strong>s ou falhas no circuito microprocessado. 0<br />

circuito <strong>de</strong> potencia trabalha atraves da variacao do angulo <strong>de</strong> disparo do triac. A<br />

resistencia <strong>de</strong> aquecimento tern valor <strong>de</strong> 1500 quando a incubadora é especificada para<br />

operar em 220 V. Dessa forma, a potencia eletrica entregue em forma <strong>de</strong> calor é <strong>de</strong><br />

322,7W.<br />

Algumas formas <strong>de</strong> onda na safda do pino 14 do AT89C52 foram obtidas em<br />

laboratorio e estao apresentadas nas Figuras 12a, b e c, representando o estado do PWM<br />

em relacao ao erro £ existente entre a temperatura <strong>de</strong> controle e a temperatura no<br />

compartimento do RN (modo <strong>de</strong> operacao em ATC). 0 circuito <strong>de</strong> PWM esta sincronizado<br />

corn a re<strong>de</strong> comercial <strong>de</strong> 60 Hz (16,67 milissegundos conforme a escala em 5ms/div<br />

representada nas Figural2a,b e c).


58<br />

(a)<br />

4-+<br />

5mskliv<br />

2V1div<br />

(b)<br />

5ms/div<br />

(c )<br />

ZVldiv<br />

5msldiv<br />

Figura 12 (a): Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando E é negativo e E<br />

2°C; (b): Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando e é negativo e 2°C<br />

1°C; (c): Forma <strong>de</strong> onda na saida do pino 14 do AT89C52 quando £ possui qualquer valor<br />

positivo.


59<br />

A Figura 12a apresenta a situacao <strong>de</strong> maior entrega <strong>de</strong> potencia da re<strong>de</strong> eletrica<br />

resistencia <strong>de</strong> aquecimento. Essa forma <strong>de</strong> onda ocorre quando ha uma diferenca acima <strong>de</strong><br />

2°C positivos entre a temperatura <strong>de</strong> controle e a temperatura <strong>de</strong> referencia. A forma <strong>de</strong><br />

onda i<strong>de</strong>al nessa condicao <strong>de</strong> controle seria um sinal puramente continuo em P3.4, porem<br />

os timers existentes no microcontrolador necessitam <strong>de</strong> um valor diferente <strong>de</strong> zero para o<br />

duty -cycle baixo. A forma <strong>de</strong> onda conseguida na pratica (Figura 12a) nao influencia a<br />

operacao do equipamento, apenas eleva a tempo <strong>de</strong> aquecimento no momento que a<br />

incubadora esta sendo condicionada para o uso.<br />

0 sinal na Figura 12b representa uma reducao no duty -cycle alto, porque quando o<br />

erro alcanca o valor entre 1 e 2°C, a inercia termica levaria a temperatura a urn overshoot<br />

acima do permitido (Figura II.II do Anexo II). Quando o erro é zero, ha um <strong>de</strong>sligamento<br />

total da resistencia <strong>de</strong> aquecimento corn a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frear o overshoot, ja que nao existe<br />

urn meio <strong>de</strong> resfriar a temperatura do compartimento. Da mesma forma, na Figura 12c,<br />

quando o erro for negativo e estiver entre a zona <strong>de</strong> zero, o duty -cycle alto tern duracao<br />

minima, porque a necessida<strong>de</strong> é a manutencao da temperatura naquela regiao, on<strong>de</strong> o erro é<br />

zero ou pr6ximo dole. Deve ser evitado urn <strong>de</strong>sligamento total da resistencia <strong>de</strong><br />

aquecimento, como ocorre quando o erro é zero, porque a inercia termica tambern ocorre<br />

quando se resfria o ambiente. Na situacao estudada, ou seja, no sistema <strong>de</strong> controle<br />

projetado na incubadora neonatal, os testes iniciais foram satisfatorios. Provavelmente, a<br />

estabilida<strong>de</strong> do sistema nao esteja comprometida porque apenas em uma imica situacao<br />

(quando o erro é zero) o aquecimento é totalmente <strong>de</strong>sligado.<br />

Para regular a potencia na resistencia <strong>de</strong> aquecimento, <strong>de</strong>ve-se sincronizar a<br />

freqiiencia da re<strong>de</strong> eletrica <strong>de</strong> 60 Hz corn o circuito <strong>de</strong> PWM, utilizando uma interrupcao<br />

externa do microprocessador (INTO). 0 triac inicia a conducao junto corn o tempo alto do<br />

PWM, disparado pela INTO por borda <strong>de</strong> subida quando a tensao da re<strong>de</strong> eletrica passa por<br />

zero Volts. A tecnica <strong>de</strong> PWM é utilizada no circuito <strong>de</strong> aquecimento para evitar uma<br />

possivel oscilacao na condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada, que, pela norma NBR IEC<br />

601-2-19 nao po<strong>de</strong> ultrapassar ±0,5°C no compartimento do RN (ABNT, 1997).


60<br />

4.3.5 ALARMES E ATUADORES<br />

4.3.5.1 TEMPERATURA ALTA<br />

A norma NBR IEC 601-2-19 obriga a existencia <strong>de</strong> uma serie <strong>de</strong> alarmes sonoros e<br />

visuais no equipamento da incubadora neonatal. A vantagem <strong>de</strong> utilizar urn display LCD<br />

grafico e que po<strong>de</strong> ser reservado um espaco na <strong>de</strong>finicao da interface para i<strong>de</strong>ntificar qual<br />

alarme ou falha ocorreu no dispositivo.<br />

Os alarmes <strong>de</strong> temperatura alta, baixa, <strong>de</strong>sconexao do sensor ou modificacao do<br />

modo <strong>de</strong> operacao <strong>de</strong> ITC para ATC, sao implementados por software. Como a norma<br />

tecnica exige que o limitador termico seja in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do microprocessador, é colocado<br />

urn termostato eletromecanico em serie corn a resistencia <strong>de</strong> aquecimento, que interrompe<br />

automaticamente a corrente a carga assim que a temperatura atinge 38°C no compartimento<br />

do RN.<br />

Quando a temperatura atinge o limite maxim° em norma, o LCD indica a falha no<br />

canto inferior esquerdo. A utilizacao <strong>de</strong> um sensor digital <strong>de</strong> temperatura permite indicar<br />

<strong>de</strong>sconexao quando ha falha <strong>de</strong> comunicacao entre o microprocessador e o pr6prio<br />

componente eletronico.<br />

4.3.5.2 FALHA NA VENTILAcA0<br />

Urn motor eletrico, atraves <strong>de</strong> aletas presas ao rotor, insufla o ar atraves da<br />

resistencia, enviando ar quente para a copula on<strong>de</strong> se encontra o recern-nascido. Quando ha<br />

uma falha impedindo o giro do rotor, seja pela queima do motor eletrico ou do travamento<br />

do eixo, a resistencia continua recebendo corrente eletrica e aquecendo-se. Como nao<br />

existe fluxo <strong>de</strong> ar, o resultado é urn calor excessivo sob o leito do recern-nascido (Figura 3,<br />

p.29), causando risco ao prematuro.<br />

Desta forma, o metodo implementado aproveitou-se do fato do rotor aletado ser<br />

metalico, permitindo a reflexao da luz. Assim, emprega-se urn emissor (led) e um receptor<br />

<strong>de</strong> radiacao infravermelho (fotodiodo) trabalhando apontados 45 graus para as aletas.


61<br />

Quando o motor esta girando e as aletas estao separadas por urn vao <strong>de</strong> 5 mm uma da<br />

outra, a radiacao re fletida pelo rotor é captada no fotodiodo receptor e convertida em<br />

pulsos eletricos. Estes pulsos sao amplificados e ceifados, cuja finalida<strong>de</strong> é limitar a<br />

amplitu<strong>de</strong> do trem <strong>de</strong> pulsos que produzirdo o disparo do multivibrador monoestavel. A<br />

saida do multivibrador é conectada ao driver <strong>de</strong> acionamento do rele que possui o contato<br />

NF (normalmente fechado) em serie corn a resistencia <strong>de</strong> aquecimento (Figura 11).<br />

Quando o rotor aletado para, cessam os pulsos sobre o fotodiodo receptor. Como eram os<br />

pulsos que mantinham o multivibrador monoestavel disparado, apps o tempo<br />

preestabelecido (no projeto foi utilizado 40 segundos) por uma constante <strong>de</strong> tempo RC, sua<br />

sada aciona a bobina do rele, abrindo o contato NF. Essa medida <strong>de</strong>sconecta a resistencia<br />

<strong>de</strong> aquecimento da re<strong>de</strong> eletrica. A corrente eletrica sobre a resistencia so sera<br />

restabelecida quando os pulsos tornarem a aparecer sobre o fotodiodo receptor. 0 diagrama<br />

em blocos representado na Figura 13 ilustra a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> protecao contra falhas na ventilacao.<br />

Rotor<br />

Aletado<br />

Fotodiodo<br />

Receptor<br />

Amplificador Ceifador Monoestavel<br />

Driver<br />

Acionamento<br />

Bobina do Rale<br />

Figura 13 - Diagrama em blocos do circuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>teccao e atuador sobre a falha na<br />

ventilacao<br />

4.3.5.3 QUEDA DE ENERGIA<br />

A norma IEC NBR 601-2-19 prescreve que o equipamento <strong>de</strong>ve monitorar as<br />

temperaturas (do compartimento do RN e da temperatura <strong>de</strong> pele) e a umida<strong>de</strong> relativa do


62<br />

ar, pelo menos 3 minutos ap6s o fornecimento <strong>de</strong> energia da re<strong>de</strong> eletrica ter sido<br />

interrompido e acionar o alarme sonoro e visual (ABNT, 1997).<br />

Para resolver esse problema é colocado urn conversor CC-CC (corrente continua<br />

para corrente continua), alimentado por bateria recarregavel, 12 V e autonomia <strong>de</strong> 4A/h<br />

(Amperes/hora). A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga da bateria é dimensionada em relacao ao tamanho<br />

fisico disponivel no interior do movel da incubadora (por exemplo: baterias <strong>de</strong> 7A/h nao<br />

cabem no interior do mesmo) e que <strong>de</strong>ve durar, pelo menos, 3 minutos. Como o circuito<br />

consome perto <strong>de</strong> 1 A, a bateria utilizada em alarmes resi<strong>de</strong>nciais (4A/h) supre a condicao<br />

da norma. 0 conversor CC-CC <strong>de</strong>ve fornecer as tensoes <strong>de</strong> alimentacao para os circuitos<br />

do microprocessador e logica <strong>de</strong> controle (+5VDc); tensao para os atuadores e alarmes<br />

(+12VDc) e a tensao <strong>de</strong> -15VDc para o contraste do LCD (vi<strong>de</strong> Tabela VII.II, Anexo VII).<br />

Urn circuito <strong>de</strong> carga para as baterias permite a durabilida<strong>de</strong> do sistema autOnomo quando<br />

houver alimentacao pela re<strong>de</strong> eletrica. 0 diagrama esquematico da fonte <strong>de</strong> alimentacao e<br />

do circuito <strong>de</strong> carga da bateria estao <strong>de</strong>scritos no Anexo IV.


CAPITULO 5<br />

RESULTADOS<br />

5.1 INTRODUcAO<br />

Neste capitulo sera() apresentados os ensaios realizados no prototipo <strong>de</strong>senvolvido,<br />

<strong>de</strong> acordo corn a norma tecnica NBR-IEC-601-2-19, visando a futura certificacdo do equipamento.<br />

Os ensaios foram realizados em urn ambiente corn a temperatura controlada<br />

(+25°C) e umida<strong>de</strong> relativa do ar entre 75 e 80%. Os testes realizados seguirdo a seqiiencia<br />

da norma tecnica NBR-IEC-601-2-19, dos topicos apresentados no Anexo II.<br />

5.2 ENSAIOS REALIZADOS<br />

5.2.1 TEMPERATURAS EXCESSIVAS<br />

As temperaturas medidas nas superficies passiveis <strong>de</strong> entrar em contato corn o RN<br />

atingiram 38°C no maximo para superficies metalicas e nao metalicas (medida pelo instrumento<br />

PENTA FIVE SENSORS - FULL GAUGE CONTROLLERS; contendo 5 sensores;<br />

faixa <strong>de</strong> operacdo <strong>de</strong> —50,0 a +150,0 °C; resolucao <strong>de</strong> 0,1°C e exatidao <strong>de</strong> ± 0,3°C do fundo<br />

<strong>de</strong> escala.).<br />

5.2.2 ERROS HUMANOS<br />

Seguindo-se as recomendacoes da norma, o sensor <strong>de</strong> temperatura do RN foi implementado<br />

coin trava <strong>de</strong> seguranca, atraves <strong>de</strong> urn conector mini DIN (industrial) para que<br />

ndo haja inversdo do cabo no painel do equipamento e cause dano no sensor.<br />

Quando ha <strong>de</strong>sconexdo ou falha do sensor <strong>de</strong> pele, o equipamento automaticamente<br />

altera o modo <strong>de</strong> operacdo <strong>de</strong> ITC para ATC atraves <strong>de</strong> uma rotina interna no software<br />

<strong>de</strong>senvolvido, e a indicacao é feita no lado inferior direito do display. 0 DS 1624S facilita


64<br />

esta tarefa pois cada temperatura medida <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> urn comando que o microcontrolador<br />

envia para o sensor (start convert). Quando o sensor nao respon<strong>de</strong>, por algum problema<br />

eletrico (<strong>de</strong>sconexao, curto-circuito ou mau funcionamento) a rotina do<br />

a falha e a indica.<br />

software interpreta<br />

Para que o operador perceba que o controle <strong>de</strong> temperatura nao esta mais relacionado<br />

com o sensor do RN, existe uma indicacao no LCD para que seja provi<strong>de</strong>nciada a substituicao<br />

do sensor do RN. A Figura 14 ilustra o display na condicao <strong>de</strong> falha ou <strong>de</strong>sconexao<br />

do sensor do RN.<br />

Figura 14 - Foto indicando que o sensor <strong>de</strong> pele esta <strong>de</strong>sconectado ou que existe alguma<br />

falha ou anormalida<strong>de</strong>.<br />

5.2.3 EXATIDAO NOS DADOS DE OPERACAO<br />

5.2.3.1 TEMPO DE AQUECIMENTO<br />

Foi montado, na sala <strong>de</strong> ensaios, urn sistema <strong>de</strong> monitorack corn 5 sensores (Figura<br />

ILII, Anexo II), objetivando <strong>de</strong>terminar a curva <strong>de</strong> aquecimento da incubadora e, na<br />

condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada, os valores da temperatura sobre o colchao. Foram<br />

realizadas 136 medidas <strong>de</strong> temperatura em cada urn dos pontos A, B, C, D, E, em intervalos<br />

<strong>de</strong> 1 minuto para cada aquisicao corn o equipamento no modo ATC (ou seja, sem o


65<br />

sensor do RN). 0 numero <strong>de</strong> amostras utilizado para compor o grafico foi <strong>de</strong>terminado a<br />

parfir <strong>de</strong> urn ensaio <strong>de</strong> 24 horas em laboratorio (1440 amostras) <strong>de</strong>vidamente armazenadas<br />

no computador. Apos a analise, verificou-se que a incubadora apresentava repetibilida<strong>de</strong><br />

nas amostras apos 2 horas <strong>de</strong> ensaio (ou acima <strong>de</strong> 120 amostras).<br />

A parfir da temperatura no ponto A (ponto central do colchao) foi tracada a curva<br />

<strong>de</strong> aquecimento da incubadora (Figura 15). A temperatura <strong>de</strong> controle é <strong>de</strong> 37,0 °C (para<br />

cumprir a exigencia da norma NBR IEC 601-2-19 que prescreve 12°C acima da temperatura<br />

ambiente para realizar este ensaio).<br />

Temperatura (°C)<br />

38,0<br />

36,0<br />

34,0<br />

32,0<br />

30,0<br />

28,0<br />

Temperatura<br />

no ponto<br />

A<br />

do colchao<br />

26,0<br />

24,0<br />

22,0<br />

11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111110111111111111111111111111111111111111111111111111111111<br />

1 10 19 28 37 46 55 64 73 82 91 100 109 118 127 136<br />

Tempo (minutos)<br />

Figura 15 - Curva <strong>de</strong> aquecimento da incubadora neonatal RNP 225 <strong>de</strong>senvolvida.<br />

0 tempo <strong>de</strong> aquecimento, conforme ensaio, é <strong>de</strong>terminado a partir da temperatura<br />

inicial da incubadora no ponto A (24,8°C) ate a temperatura elevar-se em 11°C (35,8°C). 0<br />

tempo medido ate que a temperatura tenha alcancado os 35,8°C foi <strong>de</strong> 64 minutos. Como o<br />

tempo <strong>de</strong> aquecimento é um dado que <strong>de</strong>ve constar no manual <strong>de</strong> operacao do equipamento,<br />

e nao <strong>de</strong>ve ser ultrapassado em mais <strong>de</strong> 20% na pratica, é pru<strong>de</strong>nte especificar uma<br />

margem <strong>de</strong> seguranca <strong>de</strong>screvendo que a incubadora estara pronta para o use apos 1 hora e<br />

15 minutos <strong>de</strong> aquecimento.


66<br />

0 tempo para aquecer a incubadora significa o tempo em que a mesma estard disponivel<br />

para use em uma UTIN. Quanto menor o tempo, melhor para a equipe clinica que<br />

po<strong>de</strong> contar corn mais uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento, porem os custos envolvidos para a melhoria<br />

<strong>de</strong>ste item sdo relativamente altos. Seria necessario criar um novo mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> alumfnio<br />

para a base do equipamento, bem como reprojetar os dutos <strong>de</strong> ar quente aquecem o<br />

interior do compartimento do RN. A empresa nao dispunha <strong>de</strong> recursos para tais modificacOes<br />

e preferiu nab disputar essa melhoria com os concorrentes.<br />

A solucdo para diminuir o tempo <strong>de</strong> aquecimento da incubadora é controlar o chaveamento<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> uma resistencia eletrica, <strong>de</strong>ixando-as em paralelo quando necessitar<br />

<strong>de</strong> mais calor no compartimento. A partir do momento que a temperatura medida estiver<br />

proxima a temperatura <strong>de</strong> controle, o software po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a abertura <strong>de</strong>ste circuito<br />

paralelo, e assim manter apenas uma resistencia funcionando novamente. Essa medida<br />

permite uma diminuicao do tempo <strong>de</strong> espera para condicionar o equipamento e nao prejudica<br />

a estabilida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> controle.<br />

5.2.3.2 TEMPERATURA MEDIA DA INCUBADORA<br />

Aproveitando os dados adquiridos no item 5.2.3.1, foi expandida a area do grafico<br />

na condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada (Figura 16), pr6xima a temperatura <strong>de</strong> controle em<br />

37°C. Esta medida <strong>de</strong>termina as oscilacoes <strong>de</strong> temperatura em relacao ao set-point escolhido<br />

para a temperatura <strong>de</strong> controle. Quando a temperatura ultrapassa o valor estabelecido na<br />

temperatura <strong>de</strong> controle (37,0°C), sobe ate 37,1°C apenas uma vez durante aproximadamente<br />

2 minutos. Em regime <strong>de</strong> trabalho, a incubadora oscila entre o valor <strong>de</strong> 37,0°C, <strong>de</strong>finido<br />

no set-point, e 36,8°C como limite inferior.


67<br />

A norma NBR 1EC 601-2-19 aceita variacOes ate <strong>de</strong> ± 0,5°C na condicao <strong>de</strong> temperatura<br />

estabilizada, e os testes apresentam uma variacao <strong>de</strong> ± 0,2 °C (37,0°C — 36,8°C) corn<br />

o colchao na horizontal.<br />

Temperature (°C)<br />

37,2<br />

37,0<br />

36,8 -<br />

36,6 -<br />

36,4<br />

36,2 -<br />

36,0 -<br />

35,8 -<br />

35,6<br />

............<br />

80 90 100 110 120 130 140<br />

Tempo (minutos)<br />

Figura 16 - Detalhe da oscilacao sobre a temperatura <strong>de</strong> controle, na condicdo <strong>de</strong><br />

temperatura estabilizada da incubadora neonatal RNP 225 <strong>de</strong>senvolvida.<br />

Os ensaios <strong>de</strong> temperatura estabilizada foram realizados corn a temperatura <strong>de</strong> controle<br />

em 32 e 36°C, conforme recomenda a norma. Foi necessario cerca <strong>de</strong> 30 minutos entre<br />

os ensaios para que a temperatura da incubadora reduzisse naturalmente <strong>de</strong> 37 para<br />

36°C, e <strong>de</strong> 3 horas, <strong>de</strong> 36 para 32°C. Os dados coletados estao na Tabela 2.<br />

Tabela 2 - Valores da Temperatura medida nos Pontos A, B, C, D e E do colchao,<br />

na condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada.<br />

Sensor A Sensor B Sensor C Sensor D Sensor E<br />

Temp. Controle Temp. Controle Temp. Controle Temp. Controle Temp. Controle<br />

32°C 36°C 32°C 36°C 32°C 36°C 32°C 36°C 32°C 36°C<br />

32,6°C 35,7°C 32,8°C 35,9°C 32,6°C 35,6°C 31,9°C 36,2°C 32,0°C 36,1°C<br />

A maxima diferenca entre as temperaturas medidas no compartimento do RN quando<br />

a temperatura <strong>de</strong> controle é <strong>de</strong> 36°C, ocorre entre o sensor C e o sensor D e correspon<strong>de</strong><br />

a 0,6°C (36,2°C — 35,6°C). Quando a temperatura <strong>de</strong> controle é <strong>de</strong> 32°C, a diferenca maxi-


68<br />

ma tambem esta entre os sensores C e D (32,6°C — 31,9°C) e correspon<strong>de</strong> a 0,7°C. 0 maxim()<br />

valor aceito em norma é 0,8°C, o que estaria aprovado no processo <strong>de</strong> certificacao,<br />

porem como a area <strong>de</strong> maior variacao na temperatura esta entre os pontos C e D é pru<strong>de</strong>nte<br />

que seja analisada a parte mecanica, aumentando o ntimero <strong>de</strong> dutos que entram no cornpartimento<br />

do RN, a fim <strong>de</strong> aumentar a circulacao do ar quente no compartimento, evitando<br />

os caminhos preferenciais atualmente existentes.<br />

5.2.3.3 EXATIDAO DO SENSOR DO RN<br />

0 ensaio <strong>de</strong> exatidao no sensor <strong>de</strong> temperatura da pele foi executado conforme o i-<br />

tem 50.104, da sec -do 8, da norma NBR IEC 601-2-19 (ABNT, 1997). A temperatura da<br />

agua do banho-maria e <strong>de</strong> ±36,0°C ±0,1°C e o termometro padrao tem exatidao <strong>de</strong> ±0,1°C.<br />

A norma tecnica exige para certificacao um termornetro padrao com exatidao <strong>de</strong> ±0,05°C,<br />

porem aparelhos <strong>de</strong>ste tipo sao encontrados em institutos <strong>de</strong> metrologia, on<strong>de</strong> sao acondicionados<br />

em ambientes climatizados e o manuseio é feito por pessoal especializado. Para a<br />

analise do prototipo utilizar-se-a um sensor <strong>de</strong> platina (PT100) que possui exatidao <strong>de</strong><br />

±0,1°C.<br />

Ressalta-se a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> confeccao do cabo sensor do RN, pois o mesmo possui<br />

dimensoes reduzidas para a colocacao <strong>de</strong> um cabo com 4 fios (2 para alimentacao e 2 para<br />

a transferencia <strong>de</strong> dados), o que impossibilita a soldagem por processos manuais. Alguns<br />

cabos sensores foram confeccionados manualmente, porem as dimensoes ficaram improprias<br />

ao use no neonato, bem como seu isolamento a agua no ensaio em banho-maria nao<br />

foram i<strong>de</strong>ais, po<strong>de</strong>ndo provocar corrente <strong>de</strong> fuga entre os contatos do circuito integrado<br />

DS1624S. 0 cabo sensor do RN utilizado no ensaio esta mostrado nas Figuras 17A e 17B.


69<br />

B<br />

Figura 17- (A) Cabo Sensor do RN, utilizado no ensaio <strong>de</strong> exatidao <strong>de</strong> temperatura;<br />

(B) Sensor do RN construido manualmente em <strong>de</strong>taihe<br />

As temperaturas obtidas estao <strong>de</strong>monstradas na Tabela 3.<br />

Tabela 3 - Ensaio para <strong>de</strong>terminar a exatidao do Sensor do RN<br />

Temperatura Temperatura<br />

Diferenca<br />

Sensor Padrao Sensor do RN<br />

36,2°C 36,6°C 0,4°C<br />

0 resultado indica que a incubadora tido aten<strong>de</strong>ria aos requisitos dos testes <strong>de</strong> exatiddo<br />

do sensor do RN, porque o erro entre a temperatura medida e a padrao <strong>de</strong>ve ser menor<br />

ou igual a ±0,3°C. Para solucionar esse problema, salientando-se que nao existe circuito<br />

<strong>de</strong> calibracao externo para compensacdo do erro, pois o sensor é digital, a maneira<br />

encontrada para corrigir o erro na medida <strong>de</strong> temperatura do sensor do RN é a utilizacao da<br />

memoria E2PROM <strong>de</strong> 256 bytes interna ao DS1624S, gravando-se uma curva <strong>de</strong> correcao,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong> erro encontrado em cada componente eletronico. Nesse caso, todos<br />

os sensores <strong>de</strong>verao ter uma tabela <strong>de</strong> correcao gravada em linha <strong>de</strong> producao.<br />

Esta situacao explicita que o sensor digital tambem possui alguns problemas para<br />

atingir a exatidao exigida em norma. A tarefa <strong>de</strong> gravar uma tabela <strong>de</strong> correcao interna ao<br />

sensor ainda é uma vantagem em relacao aos sensores analogicos porque po<strong>de</strong> ser feita em<br />

urn Tote gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> sensores e os mesmos estocados para integracao futura nos equipamentos<br />

a serem montados. 0 sensor analOgico, por outro lado, tem que ser corrigido apos ter<br />

sido integrado ao cabo <strong>de</strong> ligacao com a incubadora. Neste caso, o ajuste seria feito manu-


70<br />

almente e seria especifico para aquele equipamento no qual esta conectado, pois a resisten-<br />

cia eletrica no caminho do elemento sensor ate o display é diferente para cada equipamento<br />

montado.<br />

Deve-se ressaltar que o sensor do RN so sera imerso em agua para ensaios <strong>de</strong> certificacao.<br />

Em condicoes normais <strong>de</strong> trabalho, o sensor estard em contato com a pele do bebe<br />

e sera periodicamente higienizado corn produtos nao abrasivos. Porem, o problema da u-<br />

mida<strong>de</strong> interna do sensor atraves da infiltracao d'agua pela resina <strong>de</strong> vedacao so po<strong>de</strong> ser<br />

resolvido quando for encontrada uma empresa que entregue o cabo sensor montado em<br />

peca plastica<br />

5.2.3.4 TEMPERATURAS ALTAS<br />

Seguindo-se a secao 10 - prescricoes para construcao da NBR IEC 601-2-19 foram<br />

tomados os cuidados para que a temperatura nao ultrapasse o limite maxim em norma,<br />

tanto para o modo ATC como ITC. A protecao foi feita somente por software. Quando a<br />

temperatura <strong>de</strong> controle selecionada pelo usuario ultrapassar os 37°C, um led amarelo a-<br />

cen<strong>de</strong>, indicando que o operador passou da faixa normal <strong>de</strong> controle e esta aumentando o<br />

risco. Nao haveria condicoes <strong>de</strong> proibir o acesso do operador para temperaturas acima dos<br />

37°C porque a norma prescreve essa faixa extra. Uma foto do painel frontal, corn o led<br />

amarelo aceso indicando que a temperatura <strong>de</strong> controle esta acima dos 37,0°C, é apresentada<br />

no Anexo VIII.<br />

5.2.3.5 RUIDO SONORO<br />

0 ruido continuo ao qual o recem-nascido fica submetido <strong>de</strong>ntro da incubadora <strong>de</strong>ve-se<br />

principalmente ao ventilador eletrico que insufla o ar atraves da resistencia.<br />

Os niveis sonoros dos alarmes <strong>de</strong>ntro e fora do compartimento do RN tambem <strong>de</strong>vem<br />

ser medidos e estar entre alguns valores prescritos em norma para que nao sejam elevados<br />

<strong>de</strong>mais, assustando o bebe, nem tao baixos que a equipe <strong>de</strong> tratamento nao os °Ka<br />

e, por este motivo, nao atenda a solicitacao <strong>de</strong> alarme.


71<br />

Os niveis <strong>de</strong> ruido foram avaliados corn urn <strong>de</strong>cibelimetro digital, marca MINIPA,<br />

mo<strong>de</strong>lo MSL-1350, faixa <strong>de</strong> frequencia <strong>de</strong> 30Hz a 12kHz, resolucao <strong>de</strong> 0,1 dB, calibracao<br />

interna atraves da oscilacao interna <strong>de</strong> uma onda senoidal <strong>de</strong> 1kHz e 94dB. 0 microfone do<br />

tipo Con<strong>de</strong>nsador eletrico <strong>de</strong> meia polegada foi colocado a 100mm do centro do colchao<br />

(ponto A da Figura II.II, Anexo II). 0 mid° <strong>de</strong> fundo medido no ambiente da sala <strong>de</strong> ensaios<br />

foi <strong>de</strong> 10 dB, para uma temperatura <strong>de</strong> controle em 33°C e UR% medida no compartimento<br />

do RN em 80%. Os resultados obtidos estao <strong>de</strong>monstrados nas Tabelas 4 e 5.<br />

Tabela 4 - Resultados do ensaio para <strong>de</strong>terminar a pressao sonora <strong>de</strong>ntro e fora do compartimento<br />

do RN corn o buzzer soando.<br />

Alarme sonoro<br />

disparado<br />

Nivel sonoro a 3 metros<br />

<strong>de</strong> distancia<br />

Nivel sonoro no compartimento<br />

do RN<br />

Nivel sonoro Nivel sonoro medido<br />

prescrito em norma<br />

> 65dB 78dB<br />

< 80dB 70dB<br />

Tabela 5 - Resultados do ensaio para <strong>de</strong>terminar a pressao sonora <strong>de</strong>ntro e fora do compartimento<br />

do RN corn o buzzer silenciado.<br />

Alarme sonoro<br />

<strong>de</strong>sligado<br />

Nivel sonoro<br />

prescrito em norma<br />

Nivel sonoro<br />

medido<br />

Nivel sonoro no compartimento<br />

do RN<br />

60dB<br />

47dB<br />

Os niveis sonoros se mantiveram <strong>de</strong>ntro dos valores prescritos em norma pelo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> buzzer escolhido (piezoeletrico, 12V, acionamento intermitente) e pelo local on<strong>de</strong><br />

esta fixo no equipamento (parte inferior do !novel da incubadora). Observe-se que, se o<br />

buzzer estiver fixo no painel frontal, o nivel sonoro medido <strong>de</strong>ntro do compartimento do<br />

RN e superior aos 80 dB permitidos (em ensaio realizado, o valor medido foi <strong>de</strong> 84 dB).<br />

Ressalta-se que os baixos ruidos encontrados no prototipo <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>ve-se ao use <strong>de</strong><br />

urn motor eletrico do tipo brushless (sem escovas), e corn urn eixo mancal <strong>de</strong> alta precisdo<br />

e silencioso.


CAPITULO 6<br />

DISCUSSAO GERAL E CONCLUSOES<br />

Urn equipamento biomedico atualizado tecnologicamente po<strong>de</strong> trazer vantagens a<br />

pacientes, equipe clinica, hospitais, sistema <strong>de</strong> sad<strong>de</strong> e fabricante. Ao paciente, a principal<br />

vantagem e quanto a seguranca: equipamentos mais mo<strong>de</strong>rnos, em geral, ja foram concebidos<br />

sob o rigor <strong>de</strong> normas t8cnicas atualizadas. A equipe clinica em geral se beneficia <strong>de</strong><br />

maiores recursos para aten<strong>de</strong>r ao paciente quando se trata <strong>de</strong> equipamentos mais novos.<br />

Para o hospital e/ou sistema <strong>de</strong> sai<strong>de</strong> como urn todo, a maior vantagem vem <strong>de</strong> forma indireta:<br />

equipamentos novos corn mais recursos acabam reduzindo o period° <strong>de</strong> internamento,<br />

alem <strong>de</strong> apresentar menos gastos corn manutencao, reduzindo o valor do investimento para<br />

o atendimento <strong>de</strong> urn <strong>de</strong>terminado nilmero <strong>de</strong> pacientes. Finalmente, o proprio fabricante<br />

acaba se beneficiando quando se trata da producao <strong>de</strong> equipamentos mais mo<strong>de</strong>rnos, pois<br />

alem <strong>de</strong> comercializar equipamentos mais competitivos, terao, em geral, menos problemas<br />

corn peps <strong>de</strong> reposicao ou mesmo peps para fabricacao do que em equipamentos mais<br />

antigos.<br />

6.1 INTRODUcA0<br />

A partir do estudo da norma tecnica que envolve o equipamento neonatal, o projeto<br />

dos circuitos eletronicos e os ensaios realizados, serao mostrados neste capitulo as conclusoes<br />

e uma visao geral sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> equipamentos biomedicos corn a finalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> certificacao.<br />

6.2 DIFICULDADES NO PROJETO<br />

0 projeto teve a duracao <strong>de</strong> dois anos a partir do contato corn a empresa ate a entrega<br />

do prototipo a certificacao. Nesse periodo as maiores dificulda<strong>de</strong>s se concentraram<br />

em encontrar componentes eletronicos que aten<strong>de</strong>ssem ao cumprimento da norma NBR


73<br />

IEC 601-2-19, alem <strong>de</strong> prazo, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecimento e o <strong>de</strong>vido suporte tecnico. Alguns<br />

componentes sao importados por empresas representantes no Brasil, porem algumas<br />

vezes o suporte tecnico <strong>de</strong>ssas empresas nao possula experiencia suficiente para esclarecer<br />

as dtividas <strong>de</strong> implementacao corn o hardware escolhido.<br />

Devido a evolucao tecnologica, a plataforma <strong>de</strong> hardware foi modificada duas vezes<br />

nesses dois anos <strong>de</strong> projeto. A modificacao sempre trouxe vantagens em relacao a plataforma<br />

anterior, como a diminuicao dos custos <strong>de</strong> alguns componentes e maior praticida<strong>de</strong><br />

na linha <strong>de</strong> montagem, acompanhada <strong>de</strong> uma necessaria adaptacao no software. Esse foi o<br />

principal motivo para a escolha <strong>de</strong> uma plataforma <strong>de</strong> hardware e software corn uma familia<br />

<strong>de</strong> microprocessadores ou microcontroladores que estivessem bem estabelecidos no<br />

mercado, e que, a cada inovacao, so modificariam os recursos intemos do componente,<br />

nunca a plataforma <strong>de</strong> hardware <strong>de</strong>finida na especificacao do projeto.<br />

A escolha <strong>de</strong> um LCD grafico que apresenta ao corpo clinic° as informacoes relevantes<br />

(temperaturas, umida<strong>de</strong>, alarmes, etc.) passou antes pela aprovacao da empresa<br />

KSS, <strong>de</strong>vido ao seu alto custo em relacao a interface utilizada no mo<strong>de</strong>lo anterior da incubadora<br />

neonatal (RNP 225). Nos <strong>de</strong>mais mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> incubadoras neonatais produzidas no<br />

Brasil existem led's ou lampadas corn inscricoes visiveis informando o status relativo a-<br />

quela situacao. Os sensores <strong>de</strong> temperatura junto ao RN apresentaram dificulda<strong>de</strong>s na sua<br />

construcao (Capitulo 4). Espera-se que na versao industrial o mesmo possa ser encapsulado<br />

<strong>de</strong> forma confiavel e compacta, por uma empresa que tenha ferramental para extrusao em<br />

PVC ou algum material plastic° que permita a flexibilida<strong>de</strong> do cabo e o <strong>de</strong>vido isolamento<br />

da umida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> causar um mau funcionamento do componente eletronico.<br />

Os pre-ensaios realizados mostraram que existem, ainda, ajustes a serem feitos no<br />

equipamento da incubadora neonatal para que a mesma se tome urn produto certificado. 0<br />

maior problema é a distribuicao <strong>de</strong> calor <strong>de</strong>ntro do compartimento do recem-nascido, porque<br />

nos pontos C e D (Figura II.I, Anexo II), os niveis <strong>de</strong> temperatura medidos (Tabela 2)<br />

estao relativamente distantes. Algumas alteracOes no projeto mecanico <strong>de</strong>verao ser feitos<br />

em breve, inclusive a alteracao no aquecimento prevendo duas resistencias eletricas <strong>de</strong>ve<br />

ser implementada.


74<br />

Um problema que <strong>de</strong>ve ser resolvido é a exatidao do sensor do RN que apresentou<br />

um erro aproximado <strong>de</strong> 0,4°C (em modulo), enquanto a norma especifica exige exatidao <strong>de</strong><br />

0,3°C. Como este problema po<strong>de</strong> ser sanado implementando-se uma tabela <strong>de</strong> correcao na<br />

mem6ria interna do sensor, que sera feito assim que o equipamento passar por urn preensaio<br />

em algum laboratorio cre<strong>de</strong>nciado citado no Anexo I.<br />

Existe, tambem, uma caracteristica fragil do equipamento se, na condicao <strong>de</strong> temperatura<br />

estabilizada, a UTIN nao se estiver na temperatura <strong>de</strong>sejada em norma (entre 20 a<br />

25°C). Se o ambiente da UTIN estiver acima <strong>de</strong> 31°C e a temperatura <strong>de</strong> controle estiver<br />

entre 36,0 e 37,0°C, a incubadora neonatal nao consegue estabilizar a temperatura do ar no<br />

compartimento do RN. Esta condicao ambiente da UTIN esta prevista em norma, porem<br />

alguns hospitais da regido Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste do Brasil nao tem UTI's equipadas<br />

corn sistemas <strong>de</strong> refrigeracao e ar condicionado e portanto po<strong>de</strong>m vir a apresentar na<br />

pratica esta falta <strong>de</strong> controle da temperatura. Nesta situacao existe uma condicao <strong>de</strong> risco<br />

ao RN se nao for <strong>de</strong>vidamente alertado que o equipamento <strong>de</strong>ve funcionar nas condicoes<br />

<strong>de</strong> temperatura prescritas em norma.<br />

6.3 PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS<br />

Utilizando-se a plataforma <strong>de</strong> hardware <strong>de</strong>senvolvida para a incubadora neonatal<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos equipamentos correlatos, tais como bercos aquecidos, ou mesmo<br />

maquinas <strong>de</strong> anestesia.<br />

Visando-se aumentar o conforto do RN e/ou condicoes <strong>de</strong> operacao da incubadora<br />

por parte do corpo clinic°, po<strong>de</strong>r-se-ia implementar urn sistema <strong>de</strong> controle da umida<strong>de</strong><br />

relativa do ar, urn cancelador <strong>de</strong> midi° (do ventilador e do ambiente da UTIN) para minimizar<br />

os possiveis danos posteriores na audicao do bebe, e urn sistema <strong>de</strong> monitoracao<br />

ligada a urn microcomputador para coleta <strong>de</strong> dados. Para este tipo <strong>de</strong> implementacao, fazse<br />

necessaria a alteracao da plataforma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do microcontrolador utilizado<br />

para urn DSP (Processador Digital <strong>de</strong> Sinais), <strong>de</strong>vido a resposta do sistema para cancelamento<br />

<strong>de</strong> ruido.


ANEXOS


76<br />

ANEXO I<br />

LABORATORIOS CREDENCIADOS PELO MINISTERIO DA SAUDE<br />

PARA CERTIFICA00 DE EQUIPAMENTOS BIOMEDICOS NO<br />

BRASIL


77<br />

LABORATORIOS CREDENCIADOS PELO MINISTERIO DA SAUDE<br />

PARA CERTIFICA0.0 DE EQUIPAMENTOS BIOMEDICOS NO BRASIL<br />

1- IEE/USP - Instituto <strong>de</strong> Eletrotecnica e Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong><br />

Sao Paulo; servico Tecnico <strong>de</strong> Aplicacoes Medico-Hospitalares<br />

Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289 - Cida<strong>de</strong> Universitaria<br />

Sao Paulo - SP.<br />

2- IPT/SP - Laboratorio <strong>de</strong> Avaliacao Eletrica<br />

Av. Prof. Almeida Prado, 532 - Cida<strong>de</strong> Universitaria - Sao Paulo - SP.<br />

3- LABELO/PUC-RS - Laboratorio Especializado em Eletroeletronica<br />

Av. Ipiranga, 6881 - Predio 30 - Bloco3 - Sala200 - Parteon<br />

Porto Alegre - RS.<br />

4- LEB/EPUSP - Escola Politecnica da Universida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> Sao Paulo<br />

Av. Luciano Gualberto, Travessa 3, n° 158, Predio D, Engenharia<br />

Eletrica, Sala D2-05 - Cida<strong>de</strong> Universitaria - Sao Paulo - SP.


78<br />

ANEXO II<br />

TOPICOS DA NORMA TECNICA NBR-IEC-601-2-19:<br />

PRESCRIOES PARTICULARES PARA SEGURANCA DE<br />

INCUBADORAS PARA RECEM-NASCIDOS (RN)


79<br />

SEcA. 0 UM - GENERALIDADES<br />

0 objetivo da norma particular é estabelecer os requisitos para incubadoras que minimizem<br />

os riscos ao paciente e ao usuario e especificar os ensaios que possam verificar a conformida<strong>de</strong><br />

corn esses requisitos (ABNT, 1997). Toda a analise a seguir estard referenciada ern<br />

relacao a Norma NBR-IEC-601-2-19, as quais foram transcritas literalmente da referida norma.<br />

TERMINOLOGIAS E DEFINIOES<br />

" Incubadora: E urn involucro <strong>de</strong>stinado a conter urn RN e que possui secao(6 -es) transparente(s)<br />

que permita(m) visualizar o RN, provido <strong>de</strong> meios para que se controle o<br />

ambiente <strong>de</strong>ntro do compartimento do RN, principalmente por ar aquecido.<br />

Compartimento do RN: Parte da incubadora <strong>de</strong>stinada a conter urn RN.<br />

Incubadora em ATC: Incubadora na qual a temperatura do ar é controlada automaticamente<br />

por um sensor <strong>de</strong> temperatura do ar a urn valor estabelecido pelo<br />

usuario.<br />

Incubadora em ITC: Incubadora corn temperatura do ar controlada, que possui a capacida<strong>de</strong><br />

adicional <strong>de</strong> controlar automaticamente a temperatura do ar da incubadora,<br />

a fim <strong>de</strong> manter a temperatura conforme foi a medida por urn<br />

sensor <strong>de</strong> temperatura da pele proxima a urn valor pelo usuario.<br />

Temperatura <strong>de</strong> Pele: Temperatura da pele do RN em urn ponto no qual é colocado o sensor<br />

<strong>de</strong> temperatura da pele.<br />

Temperatura Media: A media entre as temperaturas maxima e minima em qualquer ponto<br />

especificado do compartimento do RN, obtida durante a condicao <strong>de</strong><br />

temperatura constante.


80<br />

Temperatura <strong>de</strong> Controle: Temperatura selecionada no controle <strong>de</strong> temperatura. Tambem<br />

referenciada como SP (set point).<br />

Temperatura da Incubadora: Temperatura do ar em urn ponto 10 cm acima do centro geometric°<br />

da superficie do colchdo, no compartimento do RN (Figura<br />

I.II, Anexo II).<br />

Temperatura Media da Incubadora: Media das maximas e minimas temperaturas da incubadora,<br />

obtida durante a condicao <strong>de</strong> temperatura constante<br />

(Figura II.II, Anexo II).<br />

Condicao <strong>de</strong> temperatura constante: Condicao alcancada quando a temperatura da incubadora<br />

nao variar em mais <strong>de</strong> 1°C no period° <strong>de</strong> 1 hora (Figura<br />

11.II, Anexo II). "<br />

A= sensor da temperatura da incubadora<br />

B, C, D, E = sensor da temperatura do ar<br />

Os pontos <strong>de</strong> medigao A a D estk em urn piano paralelo ao colchao e a uma<br />

distancia <strong>de</strong> 10 cm <strong>de</strong>le<br />

Figura I.II - Posicionamento dos sensores <strong>de</strong> temperatura sobre o leito do RN para ensaios<br />

(adaptado <strong>de</strong> ABNT, 1997).


81<br />

Temperatura da<br />

Incubadora (°C)<br />

Variack <strong>de</strong> temperatura 0,5°C<br />

corn o colch5o inclinado : 1,0°C<br />

Temperature media<br />

da incubadora<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

aquecimento<br />

Condiceio <strong>de</strong> temperatura estabilizada<br />

tempo<br />

Figura II.II - Curva Temperatura da Incubadora X Tempo <strong>de</strong> Aquecimento <strong>de</strong> acordo com a<br />

norma NBR IEC-601-2-19 (adaptado <strong>de</strong> ABNT, 1997).<br />

PRESCRIOES GERAIS<br />

- " As condicoes anormais sob uma s6 falha aplicaveis sao o curto-circuito ou circui-<br />

to aberto dos componentes ou da fiacao que causem a ocorr8ncia <strong>de</strong> faiscas, ou<br />

aumentem a energia das faiscas ou as temperaturas.<br />

- Se nao for especificado <strong>de</strong> outra forma nessa norma particular, todos os ensaios<br />

<strong>de</strong>vem ser executados a uma temperatura ambiente <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> 21 a 26°C.<br />

- Se nao for especificado <strong>de</strong> outra forma, a temperatura <strong>de</strong> controle, durante os en-<br />

saios, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 34°C ±1°C, <strong>de</strong>vendo sempre exce<strong>de</strong>r a temperatura ambiente em<br />

pelo menos 3°C. "


82<br />

IDENTIFICAcAO, MARCACAO E DOCUMENTOS<br />

- "A incubadora nao equipada corn analisador <strong>de</strong> oxigenio integrado e que forneca<br />

meios para a administracao <strong>de</strong> oxigenio <strong>de</strong>ve ser rotulada em posicao <strong>de</strong> facil visualizacao,<br />

corn texto que <strong>de</strong>clare: "Ao se ministrar oxigenio, <strong>de</strong>ve ser utilizado urn<br />

analisador <strong>de</strong> oxigenio" .<br />

- Se urn aquecedor for acessivel sem a utilizacao <strong>de</strong> uma ferramenta, <strong>de</strong>ve ser exibido<br />

urn aviso ou uma rotulagem pr6xima a ele, advertindo sobre a alta temperatura<br />

da superficie.<br />

- Os controles <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>vem estar claramente rotulados corn os ajustes <strong>de</strong><br />

temperatura sobre eles ou pr6ximo a eles. As rotulagens <strong>de</strong>vem ser feitas em intervalos<br />

<strong>de</strong> nao mais <strong>de</strong> 0,5°C para as incubadoras corn controle no modo ATC e <strong>de</strong><br />

nao mais que 0,25°C para incubadoras no modo ITC. A rotulagem dos valores maximos<br />

e minimos dos controles e indicadores <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma tal que nao<br />

confunda corn relacao aos valores <strong>de</strong> controle e/ou aos valores indicados.<br />

- As instrucOes para utilizacao <strong>de</strong>vem adicionalmente conter:<br />

a) Urn procedimento recomendado <strong>de</strong> manutencao preventiva e a frequencia<br />

para a verificacao da conformida<strong>de</strong> corn as especificacOes do produto.<br />

Uma <strong>de</strong>claracao <strong>de</strong> que a incubadora <strong>de</strong>ve ser utilizada apenas por pessoal<br />

a<strong>de</strong>quadamente treinado e sob a direcao <strong>de</strong> equipe medica qualificada, familiarizada<br />

corn os riscos e beneficios atualmente conhecidos na utilizacao<br />

da incubadora.<br />

b) Uma advertencia <strong>de</strong> que a luz solar direta ou outras fontes radiantes <strong>de</strong><br />

calor po<strong>de</strong>m causar urn aumento na temperatura da incubadora em niveis<br />

perigosos.<br />

c) Uma <strong>de</strong>claracao <strong>de</strong> que mesmo ern pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agentes inflamaveis,<br />

como titer ou alcool, <strong>de</strong>ixadas na incubadora, po<strong>de</strong>m causar<br />

urn incendio em associacao corn o oxigenio.


83<br />

d) Uma especificacao do tempo <strong>de</strong> aquecimento da incubadora.<br />

e) Uma recomendacao da posicao e metodo <strong>de</strong> utilizacao do sensor <strong>de</strong> temperatura<br />

da pele, incluindo uma advertencia contra sua possivel utilizacao<br />

como sensor retal <strong>de</strong> temperatura, se tal advertencia for aplicavel.<br />

f) Uma informacao sobre a faixa da temperatura <strong>de</strong> controle e da umida<strong>de</strong><br />

relativa da incubadora. Se a incubadora nao tiver meios <strong>de</strong> controlar o<br />

grau <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, isto <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>clarado nas instrucaes para utilizacao.<br />

g) Quando for aplicavel, uma <strong>de</strong>claracao do peso maximo permitido <strong>de</strong> e-<br />

quipamentos adicionais <strong>de</strong>ve ser colocada nas prateleiras conectadas com<br />

a incubadora.<br />

h) Para o equipamento do tipo B, on<strong>de</strong> o RN possa nao estar isolado do terra,<br />

uma advertencia <strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser tornado este cuidado particular para<br />

garantir que os equipamentos adicionais conectados ao RN sejam eletricamente<br />

seguros.<br />

i) Quando for aplicavel, uma informacao sobre como os alarmes audiveis e<br />

visuais po<strong>de</strong>m ser verificados.<br />

j) Uma advertencia <strong>de</strong>clarando que a administracao <strong>de</strong> oxigenio po<strong>de</strong> elevar<br />

o nivel <strong>de</strong> ruido para o RN <strong>de</strong>ntro da incubadora.<br />

k) Uma explicacao sobre a operacao dos equipamentos suplementares <strong>de</strong><br />

oxigenio fornecidos para utilizacao corn a incubadora ou conforme estiver<br />

especificado nos documentos acompanhantes.<br />

1) Uma <strong>de</strong>claracao <strong>de</strong> que um analisador <strong>de</strong> oxigenio <strong>de</strong>ve ser empregado<br />

quando o oxigenio for fornecido ao RN. "


84<br />

SEcA0 SETE - PROTE00 CONTRA TEMPERATURAS EXCESSIVAS E<br />

OUTROS RISCOS DE SEGURAKA<br />

TEMPERATURAS EXCESSIVAS<br />

" A temperatura das superficies passiveis <strong>de</strong> entrar em contato com o RN nao <strong>de</strong>ve<br />

exce<strong>de</strong>r 40°C para superficies metalicas e 43°C para superficies <strong>de</strong> outros materiais.<br />

Estes requeisitos se aplicam nas condicOes normais e nas condiVies anormais<br />

sob uma so falha, incluindo: falha na circulacao <strong>de</strong> ar, falha <strong>de</strong> urn termostato ou<br />

<strong>de</strong>sconexao do sensor <strong>de</strong> temperatura da pele.<br />

PREVEN00 CONTRA FOGO<br />

A fim <strong>de</strong> eliminar o risco do oxigenio se inflamar em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> componentes eletricos<br />

que possam ser uma fonte <strong>de</strong> ignicao nos compartimentos fechados do equipamento que contiverem<br />

urn sistema <strong>de</strong> oxigenio, pelo menos um dos requisitos a seguir <strong>de</strong>ve ser aplicado:<br />

- Os componentes eletricos <strong>de</strong>vem estar separados dos compartimentos nos quais<br />

po<strong>de</strong> ocorrer urn actimulo <strong>de</strong> oxigenio, atraves <strong>de</strong> urn obstaculo lacrado em todas<br />

as juntas e em quaisquer orificios para cabos ou para outras finalida<strong>de</strong>s. A ventilacao<br />

necessaria sob essas disposicoes <strong>de</strong>ve ser tal que a concentracao <strong>de</strong> oxigenio<br />

no compartimento que contiver componentes eletricos nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r 4 porcentagens<br />

<strong>de</strong> volume (%Vol) acima do nivel ambiente. Se este requisito for obtido por<br />

ventilacao forcada, os meios para urn alarme no caso <strong>de</strong> mau funcionamento <strong>de</strong>vem<br />

ser provi<strong>de</strong>nciados.<br />

- Os circuitos eletricos que po<strong>de</strong>m produzir faiscas ou gerar aumento <strong>de</strong> temperatura<br />

em superficies e que po<strong>de</strong>riam ainda ser uma fonte <strong>de</strong> ignicao, <strong>de</strong>vem ser projetados<br />

<strong>de</strong> forma que nao ocorra nenhuma ignicdo. Pelo menos dois dos seguintes requisitos<br />

<strong>de</strong>vem ser satisfeitos na condicao normal ou condicao sob uma so falha:


85<br />

1- 0 produto do valor eficaz da tensao sem carga pelo valor eficaz da<br />

corrente em curto-circuito nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r IOVA.<br />

2- A temperatura da superficie dos componentes nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<br />

300°C. "<br />

ERROS HUMANOS<br />

" Todos os sensores <strong>de</strong> temperatura, incluindo os sensores <strong>de</strong> temperatura da pele,<br />

<strong>de</strong>vem estar claramente rotulados corn a funcao a que se <strong>de</strong>stinam. Nao <strong>de</strong>ve ser<br />

possfvel conectar urn sensor a urn soquete ina<strong>de</strong>quado no equipamento.<br />

- Quando uma incubadora no modo ITC operar como ATC, ou seja, nao houver<br />

condicoes <strong>de</strong> funcionamento do sensor <strong>de</strong> temperatura da pele, <strong>de</strong>ve haver uma<br />

clara indicacao do modo <strong>de</strong> operacao em utilizacao.<br />

- Cada controle <strong>de</strong> temperatura se tiver uma acao rotativa, <strong>de</strong>ve ser organizado <strong>de</strong><br />

forma que uma rotacao no sentido horario produza aumento na temperatura."<br />

INTERRUKAo NO FORNECIMENTO DE ENERGIA<br />

" 0 equipamento <strong>de</strong>ve ser projetado <strong>de</strong> forma que uma interrupcao e uma restauracao<br />

no fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica nao alterem a temperatura <strong>de</strong> controle ou<br />

outros valores preestabelecidos."


86<br />

SEcA0 OITO - EXATIDAO NOS DADOS DE OPERA00 E PROTE00<br />

CONTRA SAiDA INCORRETA<br />

EXATIDAO NOS DADOS DE OPERA00<br />

" Durante a condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada, a temperatura da incubadora nao<br />

<strong>de</strong>ve ficar diferente da temperatura media da incubadora em mais <strong>de</strong> 0,5°C. A conformida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve ser verificada pela medicao em temperaturas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 32°C e<br />

36°C em urn period() <strong>de</strong> pelo menos 1 hora.<br />

Corn a incubadora operando como uma ATC e corn a temperatura <strong>de</strong> controle ajustada<br />

para qualquer temperatura <strong>de</strong>ntro da sua faixa, a temperatura media em cada<br />

urn dos pontos A, B, C, D e E, conforme especificado na instrucao <strong>de</strong> ensaio na<br />

Figura I.II, nao <strong>de</strong>ve diferir da temperatura media da incubadora em mais <strong>de</strong> 0,8°C<br />

na utilizacao normal. Em qualquer posicao do colchao inclinado, a temperatura nao<br />

<strong>de</strong>ve diferir em mais <strong>de</strong> 1°C. 0 ensaio sera verificado pela colocacao <strong>de</strong> sensores<br />

<strong>de</strong> temperatura calibrados em cinco pontos em urn piano paralelo a superficie do<br />

colchao e a 10cm acima <strong>de</strong>la. 0 ponto A <strong>de</strong>ve ser urn ponto 10cm acima do centro<br />

do colchao. Os outros pontos <strong>de</strong>vem ser o centro das quatro areas formadas pelas<br />

linhas, as quais divi<strong>de</strong> tanto a largura quanto o comprimento em duas partes (pontos<br />

B e E). A temperatura media em cada urn <strong>de</strong>stes cinco pontos <strong>de</strong>ve ser medida<br />

em temperaturas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 32 e 36°C. A diferenca entre os cinco valores medidos<br />

e a temperatura media da incubadora medida <strong>de</strong>vem ser comparados e o colchao<br />

no momento do ensaio <strong>de</strong>ve estar na posicao horizontal.<br />

As incubadoras no modo <strong>de</strong> operacao ITC <strong>de</strong>vem estar equipadas corn urn sensor<br />

<strong>de</strong> temperatura da pele e a temperatura medida pelo sensor <strong>de</strong>ve ser continuamente<br />

exibida e claramente visivel. Se, alem disso, a exibicao for utilizada para apresentar<br />

qualquer outro parametro, isto <strong>de</strong>ve ser obtido corn o emprego <strong>de</strong> uma chave interruptora<br />

<strong>de</strong> acao momentanea. A faixa <strong>de</strong> temperatura exibida <strong>de</strong>ve ser no minim()<br />

<strong>de</strong> 33 a 38°C.


87<br />

A exatidao do sensor <strong>de</strong> temperatura da pele utilizado na incubadora <strong>de</strong>ve estar<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ±0,3°C. 0 ensaio para verificar a conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve imergir o sensor <strong>de</strong><br />

temperatura da pele em banho-maria corn a agua controlada em flutuacao inferior<br />

±0,1°C em torno da temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 36°C. Urn termometro-padrao corn<br />

exatidao <strong>de</strong> ±0,05°C <strong>de</strong>ve estar posicionado corn seu bulbo proximo ao sensor <strong>de</strong><br />

temperatura da pele. A leitura do termometro-padrao <strong>de</strong>ve ser comparada corn a<br />

temperatura exibida e sua diferenca nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r 0,3°C menos o erro do termometro-padrao.<br />

- Corn a incubadora operando no modo ITC com o colchao na horizontal, a temperatura<br />

medida no sensor <strong>de</strong> temperatura da pele, nab <strong>de</strong>ve diferir da temperatura <strong>de</strong><br />

controle em mais <strong>de</strong> 0,7°C na condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada. 0 ensaio <strong>de</strong>ve<br />

ser realizado corn a temperatura <strong>de</strong> controle em 36°C.<br />

- Uma indicacao <strong>de</strong> temperatura da incubadora <strong>de</strong>ve ser fornecida por meios in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> qualquer dispositivo utilizado para controlar a temperatura da incubadora.<br />

0 dispositivo <strong>de</strong>ve possuir faixa <strong>de</strong> operayao <strong>de</strong> pelo menos 20 a 40°C e<br />

ser utilizado exclusivamente para a indicacao da temperatura da incubadora. Alem<br />

disso, <strong>de</strong>ve ser localizado <strong>de</strong> forma que seja facil a leitura sem a abertura da incubadora,<br />

mesmo quando estiver operando ern urn ajuste maximo <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>. Nao<br />

<strong>de</strong>ve ser utilizado termometro <strong>de</strong> mercurio. A leitura do dispositivo <strong>de</strong> medicao <strong>de</strong><br />

temperatura nao <strong>de</strong>ve diferir da temperatura da incubadora medida por urn term&<br />

metro-padrao em mais <strong>de</strong> 0,8°C, menos o erro do termometro-padrao. 0 ensaio da<br />

conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser verificado em temperaturas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 32 e 36°C.<br />

- Corn a incubadora operando no modo ATC, a temperatura media nao <strong>de</strong>ve ser diferente<br />

da temperatura <strong>de</strong> controle em mais <strong>de</strong> ±1,5°C a uma temperatura ambiente<br />

entre 21 e 25°C. 0 ensaio <strong>de</strong>ve ser realizado a uma temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

36°C, ern condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada.<br />

0 tempo para o aquecimento do equipamento nao <strong>de</strong>ve ser diferente em mais <strong>de</strong><br />

20% do especificado pelo fabricante. Para o ensaio, corn a temperatura <strong>de</strong> controle<br />

ajustada 12°C acima da temperatura ambiente, corn a tensao <strong>de</strong> alimentacao igual a


88<br />

tensao nominal e o equipamento operando como uma ATC, a incubadora é ligada,<br />

iniciando uma condicao a frio. 0 tempo para a temperatura da incubadora elevar<br />

em 11°C é medido (Figura II.II). 0 controle da umida<strong>de</strong>, se estiver ajustado, <strong>de</strong>ve<br />

ser estabelecido para seu valor maximo. 0 nivel da agua do recipiente umidificador<br />

<strong>de</strong>ve ser o normal e a agua <strong>de</strong>sse recipiente <strong>de</strong>ve estar a temperatura ambiente.<br />

ApOs o ajuste da temperatura <strong>de</strong> controle na forma <strong>de</strong>scrita no ensaio a seguir, o<br />

excesso da temperatura da incubadora nao <strong>de</strong>ve ser maior que 2°C e a condicao <strong>de</strong><br />

temperatura estabilizada <strong>de</strong>ve ser restaurada em 15 minutos. Para o ensaio, a incubadora<br />

<strong>de</strong>ve estar no modo ATC a uma temperatura do compartimento do RN em<br />

30°C, ate que a condicao <strong>de</strong> temperatura estabilizada seja alcancada. 0 controle <strong>de</strong><br />

temperatura é, entao, ajustado para uma temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 34°C. 0 excesso<br />

<strong>de</strong> temperatura da incubadora e o tempo para que seja alcancada a nova condicao<br />

<strong>de</strong> temperatura estabilizada, medida a partir da primeira passagem <strong>de</strong> 34°C,<br />

<strong>de</strong>vem ser medidos.<br />

Qualquer valor indicado <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong>ve possuir exatidao <strong>de</strong> ± 10% do<br />

valor real medido. A conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser verificada pela medic ḏo da umida<strong>de</strong><br />

relativa corn urn dispositivo colocado no compartimento do RN. A temperatura <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong>ve ser ajustada para um valor entre 32 e 36°C."<br />

SEcA0 DEZ — PRESCRIOES PARA CONSTRINAO<br />

" Para uma incubadora neonatal operando no modo ATC, a faixa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

temperatura <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 30°C, ou inferior, ate 37°C. A temperatura <strong>de</strong> controle maxima<br />

po<strong>de</strong> ser ultrapassada, ate 39°C, por uma interferencia do operador, caso em<br />

que este modo <strong>de</strong> operacao <strong>de</strong>ve estar indicado por uma lampada amarela <strong>de</strong><br />

advertencia facilmente reconhecivel, incluida ou combinada corn a indicacao da<br />

faixa <strong>de</strong> temperatura pertinente. 0 ajuste maxim da temperatura <strong>de</strong> controle nao<br />

<strong>de</strong>ve ser menor que 36°C.


89<br />

- Para uma incubadora em ITC, a faixa da temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 35°C,<br />

ou inferior, ate 37°C. A temperatura <strong>de</strong> controle maxima po<strong>de</strong> ser ultrapassada ate<br />

38°C, por uma interferencia do operador.<br />

A incubadora <strong>de</strong>ve possuir meios pelos quail o RN possa ser colocado e retirado<br />

sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se remover a cobertura completamente, ou <strong>de</strong>sconectar tu-<br />

bos, cabos, fios e similares, do RN.<br />

- A incubadora <strong>de</strong>ve estar equipada corn urn limitador termico, que opere in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> qualquer termostato. Ele <strong>de</strong>ve estar colocado <strong>de</strong> tal forma que o aquecedor<br />

seja <strong>de</strong>sconectado e urn alarme sonoro e visual seja acionado a uma temperatura<br />

da incubadora que nao exceda 38°C. As incubadoras dotadas <strong>de</strong> meios para superar<br />

a temperatura <strong>de</strong> controle em ate 39°C <strong>de</strong>vem estar equipadas corn uma segunda<br />

funcao <strong>de</strong> limitador termico que opere a uma temperatura da incubadora <strong>de</strong><br />

40°C. Neste caso, a acao do fusivel termico <strong>de</strong> 38°C é inibida automaticamente ou<br />

por mein <strong>de</strong> uma interferencia do operador.<br />

- Os limitadores termicos nao <strong>de</strong>vem ser auto-restabeleciveis, mas estabeleciveis<br />

manualmente. Devem ser auto-restabeleciveis a uma temperatura da incubadora<br />

entre 39 e 34°C, <strong>de</strong>vendo o alarme funcionar continuamente ate que seja manualmente<br />

restabelecido. 0 ensaio <strong>de</strong>ve ser feito ajustando a incubadora para operar no<br />

modo ATC e ITC. No modo ATC, o termostado é <strong>de</strong>sativado e a incubadora ligada.<br />

No momento que o alarme soar, a temperatura da incubadora nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<br />

a temperatura acima especificada e o fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica ao aquecedor<br />

<strong>de</strong>ve ser interrompido. 0 fornecimento <strong>de</strong> energia nao <strong>de</strong>ve ser restaurado ate<br />

que o limitador termico seja manualmente restabelecido, ou a temperatura da incubadora<br />

seja inferior a 39°C. Para o modo ITC, o sensor <strong>de</strong> temperatura da pele é<br />

mantido separadamente a uma temperatura abaixo da temperatura <strong>de</strong> controle. No<br />

instante em que o alarme funcionar, a temperatura da incubadora nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<br />

a temperatura acima especificada e o fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica ao aquecedor<br />

nao <strong>de</strong>ve ser restaurado ate que o limitador termico seja manualmente restabelecido<br />

ou a temperatura da incubadora caia abaixo <strong>de</strong> 39°C.


90<br />

- On<strong>de</strong> urn movimento relativo <strong>de</strong> qualquer botao <strong>de</strong> controle e seu mecanismo <strong>de</strong><br />

atuacao pu<strong>de</strong>r afetar o ajuste da temperatura da incubadora, os mesmos <strong>de</strong>vem ser<br />

presos um ao outro."<br />

SEcA0 ONZE - REQUISITOS ADICIONAIS<br />

ALARMES<br />

- " Se a incubadora possuir urn ventilador para circulacao do ar, urn alarme sonoro e<br />

visual <strong>de</strong>vem ser acionados e o fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica ao aquecedor <strong>de</strong>ve<br />

ser interrompido antes <strong>de</strong> gerar um risco, quando ocorrer falha na rotacao do ventilador,<br />

ou obstrucao do escape <strong>de</strong> ar do compartimento da incubadora e, ainda, a<br />

possivel obstrucao da entrada <strong>de</strong> ar. No caso <strong>de</strong> falha do ventilador, o equipamento<br />

nao <strong>de</strong>ve liberar chamas, metal fundido ou gas venenoso ou inflamavel. A conformida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve ser verificada pela incubadora no modo ATC, na condicao <strong>de</strong> temperatura<br />

estabilizada corn a temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 34°C, quando o ventilador estiver<br />

<strong>de</strong>sativado, a circulacao <strong>de</strong> ar para o compartimento do RN estiver obstrulda<br />

(quando existirem diversas entradas <strong>de</strong> ar, ou se estiverem protegidas <strong>de</strong> urn bloqueio<br />

inadvertido, a segunda parte do ensaio nao se faz necessaria), houver bloqueio<br />

da entrada <strong>de</strong> ar, quando aplicavel.<br />

- A incubadora controlada pelo RN (modo ITC) <strong>de</strong>ve possuir urn alarme sonoro (visualmente<br />

i<strong>de</strong>ntificavel) no caso do conector do sensor <strong>de</strong> temperatura da pele se<br />

tornar eletricamente <strong>de</strong>sconectado, possuir fios em circuito aberto ou possuir fios<br />

em curto-circuito. Caso haja esse tipo <strong>de</strong> ocorrencia, o fornecimento <strong>de</strong> energia e-<br />

letrica ao aquecedor <strong>de</strong>ve ser automaticamante interrompido, ou a incubadora é automaticamente<br />

chaveada para o modo ATC, corn temperatura <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 36°C<br />

±0,5°C, ou corn temperatura <strong>de</strong> controle selecionada pelo usuario. 0 sensor recomendado<br />

pelo fabricante <strong>de</strong>ve ser conectado a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle, inserindo lentamente<br />

seu plugue no soquete correspon<strong>de</strong>nte, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar se existem posicOes<br />

intermediarias que inibam a ativacao do alarme.


91<br />

- A incubadora <strong>de</strong>ve ser dotada <strong>de</strong> alarme e i<strong>de</strong>ntificacao visual para advertir no caso<br />

<strong>de</strong> interrupcdo no fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica. Em ambos os casos, uma indicacao<br />

sonora e visual da falha no fornecimento <strong>de</strong> energia eletrica <strong>de</strong>ve ser proporcionada<br />

por urn tempo minim° <strong>de</strong> 3 minutos.<br />

- Os alarmes sonoros <strong>de</strong>liberadamente silenciados <strong>de</strong>vem manter indicacao visual.<br />

Tais alarmes <strong>de</strong>vem reiniciar automaticamente sua funcao normal <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> urn period°<br />

estabelecido pelo fabricante. Para aquecimento da incubadora esse periodo<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> 30 minutos.<br />

- Deverao ser fornecidos meios para que o usuario verifique a operacao dos alarmes<br />

sonoros e visuais. Tais meios po<strong>de</strong>m consistir em informac5es contidas nas instrugoes<br />

<strong>de</strong> utilizacao.<br />

- Na utilizacao normal, o nivel sonoro <strong>de</strong>ntro do compartimento do RN nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<br />

urn nivel <strong>de</strong> pressao sonora em 60dB, exceto na condicao que o alarme sonoro<br />

estiver disparado. A conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser verificada por urn medidor <strong>de</strong> nivel<br />

sonoro <strong>de</strong>vidamente calibrado, posicionado em 100 a 150 mm acima do centro do<br />

suporte do RN. Para este ensaio a incubadora <strong>de</strong>ve estar operando corn temperatura<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> 30 a 33°C e a umida<strong>de</strong> relativa do ar no maxim°. 0 nivel sonoro <strong>de</strong><br />

fundo <strong>de</strong>ve estar, pelo menos, corn 10dB abaixo daquele medido durante o ensaio.<br />

- Quando qualquer alarme da incubadora estiver soando, o nivel sonoro no compar-<br />

timento do RN nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r urn nivel <strong>de</strong> pressao sonora <strong>de</strong> 80dB.<br />

- Alarmes sonoros <strong>de</strong>vem possuir urn nivel sonoro <strong>de</strong> pelo menos 65dB a uma distancia<br />

<strong>de</strong> 3 metros perpendicularmente a parte frontal da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle. 0<br />

nivel <strong>de</strong> alarme<br />

sonoro nao <strong>de</strong>ve ser ajustavel sem a utilizacao <strong>de</strong> uma ferramenta.<br />

- Se urn reservatorio fizer parte integrante da incubadora, <strong>de</strong>ve possuir urn indicador<br />

do nivel <strong>de</strong> agua corn marcacaes <strong>de</strong> "max" e "min", se o nivel da agua no tanque<br />

nao pu<strong>de</strong>r ser visto. 0 tanque <strong>de</strong>ve ser projetado para po<strong>de</strong>r ser drenado sem inclinar<br />

a incubadora.


92<br />

- Na utilizacao normal, a velocida<strong>de</strong> do ar sobre o colchao nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<br />

0,35m/s.<br />

- 0 fabricante <strong>de</strong>ve especificar nos documentos acompanhantes a concentracao maxima<br />

<strong>de</strong> CO2 que ira ocorrer no compartimento do RN durante o ensaio a seguir<br />

sob condicOes normais. Esta condicao nao <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r 0,5%".


93<br />

ANEXO III<br />

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PARA 0 DESENVOLVIMENTO<br />

DA PARTE ELETRONICA DA INCUBADORA NEONATAL


94<br />

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PARA 0 DESENVOLVIMENTO<br />

DA PARTE ELETRONICA DA INCUBADORA NEONATAL<br />

Tabela III.I - Cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para o projeto da parte eletronica da incubadora neonatal<br />

FASES<br />

1 X<br />

Ms 1 I Mes 2 I Mos 3 1 Mes 4 I Mos 5 I Mes 6 I Mes 7<br />

2 XX<br />

3 XX XX<br />

4 XX<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

X<br />

XX<br />

X XX XX<br />

X<br />

X<br />

X<br />

FASES<br />

ATIVIDADES<br />

1 I Detalhamento geral do projeto (reunioes, pesquisa, i<strong>de</strong>ias)<br />

2 Aquisicao <strong>de</strong> pecas, componentes e acesserios<br />

3 Projeto e <strong>de</strong>senvolvimento em bancada do prototipo compacto<br />

4 Testes preliminares do prototipo compacto<br />

5<br />

Detalhamento para ajuste no protOtipo final (reuni6es)<br />

6 Aquisicao <strong>de</strong> pecas, corn ponentes e acess6rios<br />

7<br />

Projeto e <strong>de</strong>senvolvimento em bancada do prototipo final<br />

8 Testes em bancada do prototipo final<br />

9<br />

Confeccao do relatario (manual <strong>de</strong> operacao, diagramas esquematicos<br />

e listagem do codigo fonte para o software)


95<br />

ANEXO IV<br />

DIAGRAMAS ESQUEMATICOS


W<br />

gEtq<br />

1<br />

w f<br />

2<br />

8<br />

g<br />

.11 IF<br />

2<br />

0<br />

CO<br />

MUD<br />

Fji<br />

Fji<br />

C)<br />

0<br />

BE<br />

4—g<br />

Fji<br />

A<br />

0<br />

m<br />

--n<br />

0<br />

0<br />

C<br />

O<br />

O<br />

0<br />

o<br />

z<br />

5<br />

9,<br />

O<br />

Z<br />

O<br />

C)<br />

Titl e<br />

INCUBADORA NEONATAL MICROPROCESSADA


O<br />

O<br />

z<br />

O<br />

Po<br />

23<br />

I I I<br />

`O°<br />

-9<br />

O<br />

O<br />

o v o+<br />

z <<br />

< <<br />

0 O


ID<br />

—•<br />

0)<br />

1° 1•<br />

O<br />

C<br />

03<br />

LI<br />

N.)<br />

><br />

cs,<br />

< O<br />

Z<br />

7<br />

><br />

U<br />

r-<br />

><br />

(1)<br />

0<br />

C)<br />

N.)<br />

< en ef)<br />

o<br />

CO A N3<br />

7. 6 n ap Josu as<br />

oci no op ) osu as<br />

N N op J os u as<br />

N)<br />

NI<br />

-D-<br />

C)<br />

O<br />

O<br />

0<br />

3<br />

O<br />

IT)<br />

C)<br />

CD<br />

7<br />

O<br />

lD<br />

Li)<br />

7-<br />

ED<br />

ED<br />

C)<br />

CD<br />

Z<br />

9<br />

110<br />

1<br />

Z<br />

0<br />

00<br />

C)<br />

a<br />

7<br />

0-<br />

Ch.<br />

> (DRI<br />

O<br />

a<br />

c:r<br />

0<br />

en<br />

0_<br />

co<br />

(.1)<br />

co<br />

7<br />

0<br />

CD<br />

CD<br />

C<br />

3<br />

Er<br />

— rt<br />

Fp<br />

()<br />

C o-<br />

O a_<br />

O<br />

O<br />

co<br />

O<br />

C)<br />

0<br />

6<br />

O<br />

0<br />

O<br />

0<br />

CO<br />

r<br />

N) CA -F.<br />

0<br />

0<br />

0)<br />

op o o9 u aA D U ow oj ap J o s u as<br />

7C1<br />

C<br />

O<br />

cn<br />

0<br />

IND


99<br />

ANEXO V<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO MICROCONTROLADOR ATMEL<br />

AT89C52


Features<br />

• Compatible with MCS-51 TM Products<br />

• 8K Bytes of In-System Reprogrammable Flash Memory<br />

- Endurance: 1,000 Write/Erase Cycles<br />

• Fully Static Operation: 0 Hz to 24 MHz<br />

• Three-Level Program Memory Lock<br />

• 256 x 8-Bit Internal RAM<br />

• 32 Programmable I/O Lines<br />

• Three 16-Bit Timer/Counters<br />

• Eight Interrupt Sources<br />

• Programmable Serial Channel<br />

• Low Power Idle and Power Down Mo<strong>de</strong>s<br />

Description<br />

The AT89C52 is a low-power, high-performance CMOS 8-bit microcomputer with 8K<br />

bytes of Flash programmable and erasable read only memory (PEROM). The <strong>de</strong>vice<br />

is manufactured using Atmel's high <strong>de</strong>nsity nonvolatile memory technology and is<br />

compatible with the industry standard 80051 and 80052 instruction set and pinout.<br />

The on-chip<br />

Flash allows the program memory to be reprogrammed in-system or by a<br />

conventional nonvolatile memory programmer. By combining a versatile 8-bit CPU<br />

with Flash on a monolithic chip, the Atmel AT89C52 is a powerful microcomputer<br />

which provi<strong>de</strong>s a highly flexible and cost effective solution to many embed<strong>de</strong>d control<br />

(continued)<br />

applications.<br />

PDIP<br />

Pin Configurations<br />

INDEX<br />

CORNER<br />

P1.5 C<br />

P1.6 E<br />

P1.7 E<br />

RST E<br />

(RXD) P3.0<br />

NC E<br />

(TXD) P3.1 E<br />

(INTO) P3.2 C<br />

(INT1) P3.3 E<br />

(TO) P3.4<br />

(71) P3.5<br />

2<br />

3<br />

4<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

PQFP/TQFP<br />

x<br />

'07 1-<br />

;•.! .. 0 00 0 0<br />

■- aaaa<br />

▪ 9 (-1 9 9 9<br />

0 00000<br />

0_ a 0. CI. a Z> a CL<br />

IT<br />

4 44 34 2 4 14 03 93 83 73 63 53 4<br />

1 2 1 31 415181718 1 92 02 12<br />

(01, 01 .- 00C3 0,-0. 010<br />

0 VI .7( Z Z cLI N<br />

o. o. a 0.<br />

>c x<br />

03 0, 0<br />

•,L<br />

33<br />

32<br />

31<br />

30<br />

29<br />

28<br />

27<br />

26<br />

25<br />

24<br />

23<br />

E P0.4 (AD4)<br />

P0.5 (AD5)<br />

E P0.6 (AD6)<br />

P0.7 (AD7)<br />

EA/VPP<br />

NC<br />

ALE /PROG<br />

PSEN<br />

_E P2.7 (A15)<br />

.1•7 P2.6 (A14)<br />

_E. P2.5 (A13)<br />

( -12) P1.0 1 40<br />

(T2 EX) P1.1 2 39<br />

P1.2 3 38<br />

P1. 3 4 37<br />

P1.4 5 36<br />

P1 5 I__ 6 35<br />

P1.6 E 7 34<br />

P1.7 C 8 33<br />

RST E 9 32<br />

(RXD) P3.0 C 10 31<br />

(TXD) P3.1 C 11 30<br />

(rRTT)) P3.2 E 12 29<br />

(INS) P3.3 C 13 28<br />

(TO) P3.4 C 14 27<br />

(T1) P3.5 C 15 26<br />

(WR) P3.6 C 16 25<br />

(RD) P3.7 C 17 24<br />

XTAL2 C 18 23<br />

INDEX<br />

CORNER<br />

XTAL1 C 19 22<br />

GND C 20 21<br />

68PLCC<br />

•<br />

■<br />

•<br />

VCC<br />

P0.0 (ADO)<br />

P0.1 (AD1)<br />

P0.2 (AD2)<br />

P0.3 (AD3)<br />

P0.4 (AD4)<br />

P0.5 (AD5)<br />

P0.6 (AD6)<br />

P0.7 (A07)<br />

•<br />

•<br />

a<br />

■<br />

•<br />

■<br />

•<br />

x<br />

..-. .... --. ..--<br />

w 0 ,- 01 0<br />

oocao<br />

;-• i- a a a a<br />

---- --- -<br />

c,0 00<br />

0 0 000<br />

a 0- 0. 0. a. Z > IL 0. 0.<br />

EA/VPP<br />

ALE/PROG<br />

PSEN<br />

P2.7 (A15)<br />

P2.6 (A14)<br />

P2.5 (A13)<br />

P2.4 (Al2)<br />

P2.3 (A11)<br />

P2.2 (A10)<br />

P2.1 (A9)<br />

P2.0 (A8)<br />

4'i -iL144113Q 12421:-<br />

P1.5E 7 5 3 1 43 4139 2.1P0.4 (AD4)<br />

P1 6 2' 8<br />

P1 7 _ 9<br />

38 E P0.5 (ADO)<br />

37 _7 P0.6 (AD6)<br />

RST<br />

(RXD) P3.0<br />

10<br />

11<br />

36 E P0.7 (AD7)<br />

35E EA/VPP<br />

NC _ 12<br />

(TXD) P3.1 _ 13<br />

34 E NC<br />

337 7 ALE/PROD<br />

( F1TTT3 ) P3.2 E 14 32 17 PSEN<br />

OWn) P3.3E. 15 31:71P2.7 (A15)<br />

(TO) P3.47: 16<br />

30 EP2.6 (A14)<br />

(A13)<br />

(T1) P3 5 E.<br />

1 12819202' 2224262722: 23 25 P2.5<br />

U LI Li<br />

0 - 0<br />

JJ z<br />

z ,<br />

CL O. 0- CL 0_ 0.<br />

X X<br />

;0,-';;;:C71<br />

<<br />

AMIN<br />

8-Bit<br />

Microcontroller<br />

with 8K Bytes<br />

Flash<br />

AT89C52<br />

0313F-A-12/97<br />

Anit<br />

Il<br />

4-61


A I1M,<br />

Block Diagram<br />

Vcc<br />

GND<br />

RAM ADDR.<br />

REGISTER<br />

RAM<br />

P0.0 - P0.7<br />

PORT 0 DRIVERS<br />

I<br />

PORT 0 I<br />

LATCH<br />

P2.0 - P2.7<br />

• • • • ••• •<br />

• * • • 4/ • •<br />

PORT 2 DRIVERS<br />

•<br />

#<br />

PORT 2 FLASH<br />

LATCH<br />

14<br />

I<br />

REGISTER I<br />

ACC<br />

STACK<br />

POINTER<br />

I<br />

PROGRAM<br />

ADDRESS<br />

REGISTER<br />

• •<br />

TMP2<br />

TMP1<br />

BUFFER<br />

PSW<br />

ALU<br />

I<br />

INTERRUPT SERIAL PORT,<br />

AND TIMER BLOCKS<br />

•<br />

1<br />

PC<br />

INCREMENTER 11<br />

PROGRAM 14_<br />

COUNTER<br />

PSEN<br />

ALE/PROG<br />

EA / V p,<br />

TIMING<br />

AND<br />

CONTROL<br />

INSTRUCTION<br />

REGISTER<br />

DPTR<br />

RST 00%<br />

PORT 1<br />

LATCH<br />

PORT 3<br />

LATCH<br />

OSC<br />

PORT 1 DRIVERS<br />

PORT 3 DRIVERS<br />

• • • Ilk_ • •<br />

P1.0 - P1.7<br />

4'<br />

• • * ♦ * •<br />

P3.0 - P3.7<br />

4-62 AT89C52


AT89C52<br />

The AT89C52 provi<strong>de</strong>s the following standard features: 8K<br />

bytes of Flash, 256 bytes of RAM, 32 I/O lines, three 16-bit<br />

timer/counters, a six-vector two-level interrupt architecture,<br />

a full duplex serial port, on-chip oscillator, and clock circuitry.<br />

In addition, the AT89C52 is <strong>de</strong>signed with static logic<br />

for operation down to zero frequency and supports two<br />

software selectable power saving mo<strong>de</strong>s. The Idle Mo<strong>de</strong><br />

stops the CPU while allowing the RAM, timer/counters,<br />

serial port, and interrupt system to continue functioning.<br />

The Power Down Mo<strong>de</strong> saves the RAM contents but<br />

freezes the oscillator, disabling all other chip functions until<br />

the next hardware reset.<br />

Pin Description<br />

Vcc<br />

Supply voltage.<br />

GND<br />

Ground.<br />

Port 0<br />

Port 0 is an 8-bit open drain bidirectional I/O port. As an<br />

output port, each pin can sink eight TTL inputs. When 1s<br />

are written to port 0 pins, the pins can be used as highimpedance<br />

inputs.<br />

Port 0 can also be configured to be the multiplexed lowor<strong>de</strong>r<br />

address/data bus during accesses to external program<br />

and data memory. In this mo<strong>de</strong>, PO has internal pullups.<br />

Port 0 also receives the co<strong>de</strong> bytes during Flash programming<br />

and outputs the co<strong>de</strong> bytes during program verification.<br />

External pullups are required during program verification.<br />

Port 1<br />

Port 1 is an 8-bit bidirectional I/O port with internal pullups.<br />

The Port 1 output buffers can sink/source four TTL inputs.<br />

When 1s are written to Port 1 pins, they are pulled high by<br />

the internal pullups and can be used as inputs. As inputs,<br />

Port 1 pins that are externally being pulled low will source<br />

current (I L) because of the internal pullups.<br />

In addition, P1.0 and P1.1 can be configured to be the<br />

timer/counter 2 external count input (P1.0/T2) and the<br />

timer/counter 2 trigger input (P1.1/T2EX), respectively, as<br />

shown in the following table.<br />

Port 1 also receives the low-or<strong>de</strong>r address bytes during<br />

ro rammin _ and verification.<br />

Port Pin<br />

Alternate Functions<br />

P1.0 T2 (external count input to Timer/Counter 2),<br />

clock-out<br />

P1.1 T2EX (Timer/Counter 2 capture/reload trigger<br />

and direction control)<br />

Port 2<br />

Port 2 is an 8-bit bidirectional I/O port with internal pullups.<br />

The Port 2 output buffers can sink/source four TTL inputs.<br />

When 1s are written to Port 2 pins, they are pulled high by<br />

the internal pullups and can be used as inputs. As inputs,<br />

Port 2 pins that are externally being pulled low will source<br />

current (I L) because of the internal pullups.<br />

Port 2 emits the high-or<strong>de</strong>r address byte during fetches<br />

from external program memory and during accesses to<br />

external data memory that use 16-bit addresses (MOVX @<br />

DPTR). In this application, Port 2 uses strong internal pullups<br />

when emitting 1s. During accesses to external data<br />

memory that use 8-bit addresses (MOVX @ RI), Port 2<br />

emits the contents of the P2 Special Function Register.<br />

Port 2 also receives the high-or<strong>de</strong>r address bits and some<br />

control signals during Flash programming and verification.<br />

Port 3<br />

Port 3 is an 8-bit bidirectional I/O port with internal pullups.<br />

The Port 3 output buffers can sink/source four TTL inputs.<br />

When 1s are written to Port 3 pins, they are pulled high by<br />

the internal pullups and can be used as inputs. As inputs,<br />

Port 3 pins that are externally being pulled low will source<br />

current (l ip) because of the pullups.<br />

Port 3 also serves the functions of various special features<br />

of the AT89C51, as shown in the following table.<br />

Port 3 also receives some control signals for Flash promin<br />

.., and verification.<br />

.<br />

Port Pin<br />

Alternate Functions<br />

P3.0 RXD (serial input port)<br />

P3.1 TXD (serial output port)<br />

P3.2 INTO (external interrupt 0)<br />

P3.3 INT1 (external interrupt 1)<br />

P3.4 TO (timer 0 external input)<br />

P3.5 T1 (timer 1 external input)<br />

P3.6 WR (external data memory write strobe)<br />

P3.7 RD (external data memory read strobe)<br />

RST<br />

Reset input. A high on this pin for two machine cycles while<br />

the oscillator is running resets the <strong>de</strong>vice.<br />

ALE/PROG<br />

Address Latch Enable is an output pulse for latching the<br />

low byte of the address during accesses to external memory.<br />

This pin is also the program pulse input (PROG) during<br />

Flash programming.<br />

In normal operation, ALE is emitted at a constant rate of 1/6<br />

the oscillator frequency and may be used for external timing<br />

or clocking purposes. Note, however, that one ALE<br />

4-63


AT-111I,<br />

pulse is skipped during each access to external data memory.<br />

If <strong>de</strong>sired, ALE operation can be disabled by setting bit 0 of<br />

SFR location 8EH. With the bit set, ALE is active only during<br />

a MOVX or MOVC instruction. Otherwise, the pin is<br />

weakly pulled high. Setting the ALE-disable bit has no<br />

effect if the microcontroller is in external execution mo<strong>de</strong>.<br />

PSEN<br />

Program Store Enable is the read strobe to external program<br />

memory.<br />

When the AT89C52 is executing co<strong>de</strong> from external program<br />

memory, PSEN is activated twice each machine<br />

cycle, except that two PSEN activations are skipped during<br />

each access to external data memory.<br />

EANpp<br />

External Access Enable. EA must be strapped to GND in<br />

or<strong>de</strong>r to enable the <strong>de</strong>vice to fetch co<strong>de</strong> from external program<br />

memory locations starting at 0000H up to FFFFH.<br />

Note, however, that if lock bit 1 is programmed, EA will be<br />

internally latched on reset.<br />

EA should be strapped to V cc for internal program executions.<br />

This pin also receives the 12-volt programming enable voltage<br />

(Vpp) during Flash programming when 12-volt programming<br />

is selected.<br />

XTAL1<br />

Input to the inverting oscillator amplifier and input to the<br />

internal clock operating circuit.<br />

XTAL2<br />

Output from the inverting oscillator amplifier.<br />

Table 1.<br />

OF8H<br />

( FFH<br />

OFOH<br />

B<br />

00000000<br />

F7H<br />

OE8H<br />

EFH<br />

OEOH<br />

ACC<br />

00000000<br />

E7H<br />

OD8H<br />

ODFH<br />

ODOH<br />

0C8H<br />

OCOH<br />

PSW<br />

00000000<br />

T2CON<br />

00000000<br />

T2MOD<br />

XXXXXX00<br />

RCAP2L<br />

00000000<br />

RCAP2H<br />

00000000<br />

TL2<br />

00000000<br />

TH2<br />

00000000<br />

OD7H<br />

OCFH<br />

0C7H<br />

OB8H<br />

IP<br />

XX000000<br />

OBFH<br />

OBOH<br />

P3<br />

11111111<br />

OB7H<br />

0A8H<br />

I E<br />

OX000000<br />

OAFH<br />

OAOH<br />

P2<br />

11111111<br />

0A7H<br />

98<br />

SCON<br />

00000000<br />

SBUF<br />

XXXXXXXX<br />

9FH<br />

90<br />

88<br />

80 i<br />

P1<br />

11111111<br />

TCON<br />

00000000<br />

PO<br />

11111111<br />

TMOD<br />

00000000<br />

SP<br />

00000111<br />

TLO<br />

00000000<br />

DPL<br />

00000000<br />

TL1<br />

00000000<br />

DPH<br />

00000000<br />

THO<br />

00000000<br />

TH1<br />

00000000<br />

PCON<br />

OXXX0000<br />

97H<br />

8FH<br />

87H<br />

4-64<br />

AT89C52


AT89C52<br />

Special Function Registers<br />

A map of the on-chip memory area called the Special Function<br />

Register (SFR) space is shown in Table 1.<br />

Note that not all of the addresses are occupied, and unoccupied<br />

addresses may not be implemented on the chip.<br />

Read accesses to these addresses will in general return<br />

random data, and write accesses will have an in<strong>de</strong>termi-<br />

nate effect.<br />

User software should not write 1 s to these unlisted locations,<br />

since they may be used in future products to invoke<br />

Table 2.<br />

T2CON—Timer/Counter 2 Control Register<br />

new<br />

T2CON Address = 0C8H<br />

Bit Addressable<br />

features. In that case, the reset or inactive values of<br />

the new bits will always be 0.<br />

Timer 2 Registers: Control and status bits are contained<br />

in registers T2CON (shown in Table 2) and T2MOD (shown<br />

in Table 4) for Timer 2. The register pair (RCAP2H,<br />

RCAP2L) are the Capture/Reload registers for Timer 2 in<br />

16-bit capture mo<strong>de</strong> or 16-bit auto-reload mo<strong>de</strong>.<br />

Interrupt Registers: The individual interrupt enable bits<br />

are in the IE register. Two priorities can be set for each of<br />

the six interrupt sources in the IP register.<br />

tinnQ<br />

n<br />

Hesei value = uvu,, ,,,,...,<br />

Bit TF2 EXF2 RCLK TCLK EXEN2 TR2 CTT2 CP/RL2<br />

7 6 5 4 3 2 1 0<br />

Symbol<br />

TF2<br />

EXF2<br />

RCLK<br />

TCLK<br />

EXEN2<br />

Function<br />

Timer 2 overflow flag set by a Timer 2 overflow and must be cleared by software. TF2 will not be set when either<br />

RCLK = 1 or TCLK = 1.<br />

Timer 2 external flag set when either a capture or reload is caused by a negative transition on T2EX and EXEN2 =<br />

1. When Timer 2 interrupt is enabled, EXF2 = 1 will cause the CPU to vector to the Timer 2 interrupt routine. EXF2<br />

must be cleared by software. EXF2 does not cause an interrupt in up/down counter mo<strong>de</strong> (DCEN = 1).<br />

Receive clock enable. When set, causes the serial port to use Timer 2 overflow pulses for its receive clock in serial<br />

port Mo<strong>de</strong>s 1 and 3. RCLK = 0 causes Timer 1 overflow to be used for the receive clock.<br />

Transmit clock enable. When set, causes the serial port to use Timer 2 overflow pulses for its transmit clock in serial<br />

port Mo<strong>de</strong>s 1 and 3. TCLK = 0 causes Timer 1 overflows to be used for the transmit clock.<br />

Timer 2 external enable. When set, allows a capture or reload to occur as a result of a negative transition on T2EX<br />

if Timer 2 is not being used to clock the serial port. EXEN2 = 0 causes Timer 2 to ignore events at T2EX.<br />

TR2<br />

Start/Stop control for Timer 2. TR2 = 1 starts the timer.<br />

Cfr2 Timer or counter select for Timer 2. C a2 = 0 for timer function. C/T2 = 1 for external event counter (falling edge<br />

triggered).<br />

Capture/Reload select. CP/RL2 =1 causes captures to occur on negative transitions at T2EX if EXEN2 = 1. CP/RL2<br />

CP/R L2<br />

= 0 causes automatic reloads to occur when Timer 2 overflows or negative transitions occur at T2EX when EXEN2<br />

= 1. When either RCLK or TCLK = 1, this bit is ignored and the timer is forced to auto-reload on Timer 2 overflow.<br />

Data Memory<br />

The AT89C52 implements 256 bytes of on-chip RAM. The<br />

upper 128 bytes occupy a parallel address space to the<br />

Special Function Registers. That means the upper 128<br />

bytes have the same addresses as the SFR space but are<br />

physically separate from SFR space.<br />

When an instruction accesses an internal location above<br />

address 7FH, the address mo<strong>de</strong> used in the instruction<br />

specifies whether the CPU accesses the upper 128 bytes<br />

of RAM or the SFR space. Instructions that use direct<br />

addressing access SFR space.<br />

For example, the following direct addressing instruction<br />

accesses the SFR at location OAOH (which is P2).<br />

MOV OAOH, #data<br />

Instructions that use indirect addressing access the upper<br />

128 bytes of RAM. For example, the following indirect<br />

addressing instruction, where RO contains OAOH, accesses<br />

the data byte at address OAOH, rather than P2 (whose<br />

address is OAOH).<br />

MOV @RO, #data<br />

Note that stack operations are examples of indirect<br />

addressing, so the upper 128 bytes of data RAM are available<br />

as stack space.<br />

Neff,<br />

4-65


AAM<br />

11<br />

Timer 0 and 1<br />

Timer 0 and Timer 1 in the AT89C52 operate the same way<br />

as Timer 0 and Timer 1 in the AT89C51.<br />

Timer 2<br />

Timer 2 is a 16-bit Timer/Counter that can operate as either<br />

a timer or an event counter. The type of operation is<br />

selected by bit C/T2 in the SFR T2CON (shown in Table 2).<br />

Timer 2 has three operating mo<strong>de</strong>s: capture, auto-reload<br />

(up or down counting), and baud rate generator. The<br />

mo<strong>de</strong>s are selected by bits in T2CON, as shown in Table 3.<br />

Timer 2 consists of two 8-bit registers, TH2 and TL2. In the<br />

Timer function, the TL2 register is incremented every<br />

machine cycle. Since a machine cycle consists of 12 oscillator<br />

periods, the count rate is 1/12 of the oscillator fre-<br />

quency.<br />

le 3. Timer 2 Operating Mo<strong>de</strong>s<br />

RCLK +TCLK CP/RL2 TR2 MODE<br />

0 0 1 16-Bit Auto-Reload<br />

0 1 1 16-Bit Capture<br />

1 X 1 Baud Rate Generator<br />

X X 0 (Off)<br />

In the Counter function, the register is incremented in<br />

response to a 1-to-0 transition at its corresponding external<br />

input pin, T2. In this function, the external input is sampled<br />

during S5P2 of every machine cycle. When the samples<br />

show a high in one cycle and a low in the next cycle, the<br />

count is incremented. The new count value appears in the<br />

register during S3P1 of the cycle following the one in which<br />

the transition was <strong>de</strong>tected. Since two machine cycles (24<br />

oscillator periods) are required to recognize a 1-to-0 transition,<br />

the maximum count rate is 1/24 of the oscillator frequency.<br />

To ensure that a given level is sampled at least<br />

once before it changes, the level should be held for at least<br />

one full machine cycle.<br />

Capture Mo<strong>de</strong><br />

In the capture mo<strong>de</strong>, two options are selected by bit<br />

EXEN2 in T2CON. If EXEN2 = 0, Timer 2 is a 16-bit timer<br />

or counter which upon overflow sets bit TF2 in T2CON.<br />

This bit can then be used to generate an interrupt. If<br />

EXEN2 = 1, Timer 2 performs the same operation, but a 1-<br />

to-0 transition at external input T2EX also causes the current<br />

value in TH2 and TL2 to be captured into RCAP2H and<br />

RCAP2L, respectively. In addition, the transition at T2EX<br />

causes bit EXF2 in T2CON to be set. The EXF2 bit, like<br />

TF2, can generate an interrupt. The capture mo<strong>de</strong> is illustrated<br />

in Figure 1.<br />

Auto-Reload (Up or Down Counter)<br />

Timer 2 can be programmed to count up or down when<br />

configured in its 16-bit auto-reload mo<strong>de</strong>. This feature is<br />

invoked by the DCEN (Down Counter Enable) bit located in<br />

the SFR T2MOD (see Table 4). Upon reset, the DCEN bit<br />

is set to 0 so that timer 2 will <strong>de</strong>fault to count up. When<br />

DCEN is set, Timer 2 can count up or down, <strong>de</strong>pending on<br />

the value of the T2EX pin.<br />

Figure 1. Timer in Capture Mo<strong>de</strong><br />

OSC + 12<br />

C/T2 = 0<br />

0 -r0<br />

TH2<br />

TL<br />

TF2<br />

C/T2 = 1<br />

CONTROL<br />

TR2<br />

OVERFLOW<br />

T2 PIN<br />

TRANSITION<br />

DETECTOR<br />

CAPTURE<br />

RCAP2H RCAP2L<br />

•<br />

TIMER 2<br />

INTERRUPT<br />

T2EX PIN I 1<br />

EXF2<br />

CONTROL<br />

EXEN2<br />

4-66 AT89C52


106<br />

ANEXO VI<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO SENSOR DE TEMPERATURA<br />

DS1624S<br />

DA EMPRESA DALLAS SEMICONDUCTORS


107<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO SENSOR DE TEMPERATURA DS1624S<br />

DA EMPRESA DALLAS SEMICONDUCTORS<br />

Os dados tecnicos <strong>de</strong> manual do DS1624S sao os seguintes:<br />

- Faixa <strong>de</strong> medic ḏo <strong>de</strong> -55 a +125°C<br />

- Incrementos <strong>de</strong> 0,03125°C<br />

- Leitura da temperatura em 13 bits<br />

-<br />

Tempo <strong>de</strong> 200ms para Conversab da temperatura em sinal digital (valor tipico)<br />

- 256 bytes <strong>de</strong> E2PROM interna<br />

- Encapsulamento <strong>de</strong> 8 pinos em SOIC<br />

(Plastic Small Outline)<br />

- Nab requer componentes externos para medir a temperatura.<br />

0 encapsulamento meanie() do DS1624S esta<br />

<strong>de</strong>scrito na Figura VI.I.<br />

PIN DESCRIPTION<br />

d V DL) SDA<br />

2 Ore Serial Data thpuVOutpul<br />

SDA III I III<br />

SCL<br />

2- Wtre Serial Ctock<br />

SCL III I 2<br />

AO<br />

GNU<br />

Ground<br />

NC I II<br />

At<br />

- Chip Address Input<br />

IIII<br />

:3 Al<br />

Al<br />

Chip Address Input<br />

GNU I II 4 5 II A2 A2 Chip Address Input<br />

VDD Digitat Power Suopty (*W. .5,11)<br />

DS1624S NC No Connection<br />

8-PIN SOIC (208 MIL)<br />

See Mech Drawings<br />

Section<br />

Figura VI.I - Sensor <strong>de</strong> temperatura DALLAS - DS1624S, em encapsulamento SMD (Surface<br />

Mountage Device) (adaptada <strong>de</strong> DALLAS SEMICONDUCTORS)<br />

FUNCIONAMENTO DO DS1624S<br />

0 DS1624 consiste em urn termometro digital corn 256 Bytes <strong>de</strong> memoria E 2PROM<br />

ou memoria apagdvel eletricamente.<br />

A finalida<strong>de</strong> da memoria integrada ao chip é para permitir ao usuario gravar coeficientes<br />

(Electrical Erasable Programmable Read Only Memory),<br />

<strong>de</strong> compensacao para a correcao digital do cristal interno corn a temperatura. qualquer outra<br />

informacao tambem po<strong>de</strong> ser armazenada nesse espaco <strong>de</strong> memoria. A conversao <strong>de</strong> tempera-


108<br />

tura é efetuada em 13 bits <strong>de</strong> maneira serial e o elemento sensor é o prOprio encapsulamento<br />

do componente (DALLAS SEMICONDUCTORS, 1997). 0 diagrama em blocos é <strong>de</strong>scrito na<br />

Figura VIII.<br />

V DD<br />

STATUS REGISTER &<br />

CONTROL LOGIC<br />

SDA<br />

ADDRESS<br />

AND<br />

SO CONTROL<br />

TEMPERATURE SENSOR<br />

EEPROM MEMORY (256 BYTES)<br />

P(.1<br />

Al<br />

1.2<br />

GND<br />

Figura VIII - Diagrama em blocos funcional do DS1624S (adaptada <strong>de</strong><br />

CONDUCTORS, 1997).<br />

DALLAS SEMI-<br />

DIAGRAMA DE TEMPO DO SENSORDS1624S<br />

0 diagrama <strong>de</strong> tempo do DS1624S esta na Figura VI.III.<br />

e<br />

SDA<br />

RM.<br />

DIRECTION<br />

AST<br />

ACKNOWLEDGEMENT<br />

&GRA& MOM<br />

RECE NCR<br />

SCL<br />

_<br />

START<br />

CONDITION<br />

FoLP<br />

1<br />

ACI


109<br />

LEITURA E ESCRITA NO SENSOR DS1624S<br />

0 protocolo <strong>de</strong> escrita dos comandos <strong>de</strong> conversdo da temperatura e inicializacdo do<br />

sensor, bem como a leitura da temperatura convertida estao apresentados na Figura VI.IV.<br />

Write to DS1624<br />

&US ACTIVITY<br />

MASTER<br />

SCA LINE<br />

BUS AC TIVI TY<br />

CONTROL<br />

BYTE<br />

COMMAND<br />

PROTOCOL.<br />

DATA<br />

BYTE<br />

1111 1 1111111<br />

I I I I I I I I I I I I I 1<br />

Read from DS1624<br />

aus Acirvire<br />

MASTER<br />

SDA 1.1NE<br />

BUS ACTIVITY<br />

CON TR 01<br />

BY 1I<br />

0 -0 1 „


110<br />

ANEXO VII<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO DISPLAY GRAFICO HDM 128GS24


111<br />

CARACTERISTICAS TECNICAS DO DISPLAY GRAFICO HDM 128GS24<br />

- Area visivel <strong>de</strong> 128x74 mm<br />

- Tamanho do Dot-pitch 0.47x0.47 mm<br />

- Distancia entre os Dots <strong>de</strong> 0.03x0.03 mm<br />

- Controlador do LCD T6963C Toshiba embutido<br />

- Backlight CCFL (Cold Catho<strong>de</strong> Fluorescent Lamp)<br />

- Dimensoes totais 170x102x14 mm<br />

- Peso 227g<br />

Tabela VII.I - caracteristicas eletricas para o display HANTRONIX HDM 128GS24Y- 1 (consi<strong>de</strong>rando<br />

VDD=5.0 ±0.25V 25°C) (adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999).<br />

PARAMETRO SIMBO-<br />

LO<br />

CONDIcA0 MIN TYP MAX UNIDADE<br />

Tensḏo <strong>de</strong> Operacao<br />

4.5 5.0 5.5 V<br />

VDD<br />

Tensao para o LCD VDD - VL - 17.1 17.8 18.6 V<br />

Max. tensao <strong>de</strong> entrada VIH - VDD - 2.2 VDD V<br />

Min. tensao <strong>de</strong> entrada V IL - 0 0.8 V<br />

Max. tensao <strong>de</strong> saida V0H IDH = 0.2mA VDD - 0.4 - VDD V<br />

Min. tensao <strong>de</strong> saida VOL -10L = 1.2mA 0 - 0.4 V<br />

Tensao inicializacao do VFLS 0 °C 900 - - V<br />

CCFL<br />

Frecitiencia do CCFL fFL - 15 30 50 kHz<br />

Corrente <strong>de</strong> consumo IDD VDD = 5V - - 18 mA


112<br />

Tabela VII.II - Valores maximos absolutos para o display HANTRONIX HDM 128GS24Y-1<br />

(adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999)<br />

PARAMETRO SIMBOLO MIN MAX UNIDADE<br />

Tensao <strong>de</strong> alimentacao VDD-Vss 0 7.0 V<br />

Tensao para o LCD V L -29V 7.0 V<br />

Tensao <strong>de</strong> entrada YIN<br />

0 7.0 V<br />

Tensao do CCFL VFL 0 1500 Vrms<br />

Corrente <strong>de</strong> entrada do<br />

CCFL<br />

Temperatura <strong>de</strong> operacao<br />

In_ - 10.0 mArms<br />

TOP<br />

0 50 °C<br />

Tabela VILIII - Diagrama <strong>de</strong> tempo do Ciclo <strong>de</strong> Leitura entre o AT89C52 e o<br />

HDM 128GS24 (adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999).<br />

display grafico<br />

ITEM SIMBOLO CONDIcOES MIN MAX UNIDADE<br />

C / D Set up time tCDS 100 - ns<br />

C / D Hold time tCDH - 10 - ns<br />

—CE, —RD, —WR pulse tCE, tRD,<br />

- 80 - ns<br />

width<br />

tWR<br />

Access time tACC - - 150 ns<br />

Output hold time tOH - 10 50 ns<br />

Tabela VII.IV - Diagrama <strong>de</strong> tempo do Ciclo <strong>de</strong> Escrita entre o AT89C52 e o<br />

HDM 128GS24 (adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999).<br />

display grafico<br />

ITEM SIMBOLO CONDIcOES MIN MAX UN.<br />

C / D Set up time tCDS 100 - ns<br />

C / D Hold time tCDH - 10 - ns<br />

—CE, —RD, —WR tCE, tRD,<br />

pulse width<br />

tWR<br />

80 - ns<br />

Data set up time tDS - 80 - ns<br />

Data hold time tDH 40 - ns


Pin Connections<br />

PIN NO. I SYMBOL I<br />

FG<br />

2 V5is<br />

Fr itrrie g•our d<br />

OV<br />

FUNCTION<br />

DATA CONNECTOR<br />

Grouna<br />

3 V:3 5V cower supply for logic<br />

4 V, -12.810 Opera ling ',forage for LC<br />

WR L Dcea mile<br />

RD L Galia rear<br />

CL L Chip enable<br />

B CD i-i Cornrnard, L Dula<br />

9 Ni1C No connect an<br />

RESET<br />

DBO<br />

DB1<br />

052<br />

DB3<br />

DBE<br />

DB5<br />

Ht<br />

056 Hrr<br />

"...a<br />

Las<br />

18 DB/<br />

. 9<br />

Is Ht Cc:Ai:111r select<br />

20 RV Di ploy reverse<br />

113<br />

Figura VIII - Pinagem referente ao modulo display HANTRONIX HDM 128GS24Y-1 (adaptada<br />

<strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999)<br />

Obs. 0 backlight CCFL é urn tipo <strong>de</strong> lampada fluorescente <strong>de</strong> dimensoes fisicas reduzidas.<br />

Para aciona-la ha necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma tensao entre 900 e 1500Volts, proporcionada por urn<br />

inversor CC-CA.<br />

DIAGRAMA DE TEMPO DO DISPLAY HDM 128GS24<br />

Para confeccionar o software,<br />

<strong>de</strong>ve ser seguido o diagrama <strong>de</strong> tempo da Figura V.III.<br />

C/D<br />

tCDS<br />

..__AC D H<br />

CE<br />

RD WR<br />

tCE, tRD, tWR<br />

1<br />

tDS<br />

DO — D7<br />

(Write)<br />

tDH<br />

DO —07<br />

(Read)<br />

ea- tAC C<br />

tOH<br />

Figura VILII - Diagrama <strong>de</strong> tempo para comunicacao do microcontrolador AT89C52 corn o<br />

display grafico HDM 128GS24 (adaptada <strong>de</strong> HANTRONIX INC., 1999).


114<br />

ANEXO VIII<br />

FOTOS DAS PLATAFORMAS DE HARDWARE DESENVOLVIDAS


115<br />

FOTOS DAS PLATAFORMAS DE HARDWARE DESENVOLVIDAS<br />

Figura 'VIII.' - Plataforma inicial do<br />

hardware da incubadora neonatal microprocessada<br />

Figura VIII.II - Placa <strong>de</strong> circuito impresso representando o hardware final da incubadora neonatal<br />

microprocessada (lado dos componentes).


116<br />

Figura VIII.III - Hardware final da incubadora (vista frontal do LCD grafico e a<br />

placa do teclado)<br />

Figura VIEW - Incubadora Neonatal RNP 225 Microprocessada, resultado da parceria<br />

KSS/CEFET-PR


117<br />

Figura VIII.V - Painel frontal da Incubadora Neonatal RNP 225 Microprocessada, da empresa<br />

KSS - Equipamentos Medicos LTDA<br />

Figura VIII.VI - Nebulizador ultra-s8nico da marca WATERCLEAR<br />

utilizado para produzir<br />

vapor d'agua para o compartimento do RN.


118<br />

Figura VIII.VII - Incubadora em modo ITC e temperatura <strong>de</strong> controle em 37.1°C. Acima dos<br />

37°C ha indicacao corn o led amarelo no canto superior direito a fim <strong>de</strong> informar o corpo clinico<br />

que a temperatura <strong>de</strong> controle passou dos 37°C.<br />

uacia<strong>de</strong><br />

72<br />

Relativa<br />

%<br />

Figura VIILVIII - Incubadora em ITC, temperatura do RN marcando 38°C, ha indicacao visual<br />

e sonora, ao mesmo tempo em que ha o corte da corrente eletrica para a resistencia <strong>de</strong><br />

aquecimento e a indicacao <strong>de</strong> temperatura alta.


119<br />

Figura VIII.IX - Foto do display gifico indicando o espaco reservado para os alarmes e <strong>de</strong>mais<br />

informacoes do status da incubadora


120<br />

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS<br />

1. ABNT (Associacao Brasileira <strong>de</strong> Normas Tecnicas): Norma NBR IEC 601-2-19 -<br />

Equipamento eletromedico Parte 2: Prescricoes particulares para seguranca <strong>de</strong><br />

incubadoras neonatais para recem-nascidos (RN), Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ, abril <strong>de</strong><br />

1997.<br />

2. ALVES FILHO, N. Manual <strong>de</strong> Perinatologia, 2' ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ: ed. MEDSI,<br />

1995, p.533 - 536.<br />

3. ATMEL SEMICONDUCTORS, http://www.atmel.com/, pagina da internet acessada<br />

em 13/01/1998.<br />

4. AVERY, G. B. Neonatologia: Fisiopatologia e Tratamento do Recem Nascido, 2'<br />

ed.: Editora MEDSI, 1984.<br />

5. CRM-PR (Conselho Regional <strong>de</strong> Medicina) - Parana, Falta <strong>de</strong> vagas em UTI's (Unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Terapia Intensiva) neonatal: N° 37, ano IV, junho2000.<br />

6. CLONERTY, J. P.; STARK, A. R. Manual <strong>de</strong> Neonatologia, 3' edicao, editora<br />

MEDSI, 1993.<br />

7. DALLAS SEMICONDUCTORS, http://www.dalsemi.com/, pagina da internet acessada<br />

em 12/05/1997.<br />

8. D.O.U. (Diario Oficial da Unido), Ministerio da San<strong>de</strong>, 1°/09/1999.<br />

9. FANAROFF, A. A.; MARTIN, R. J.<br />

fetus and infant, vol 1, 5' ed. MOSBY, 1992.<br />

Neonatal-Perinatal Medicine, Diseases of the<br />

10.FANAROFF, A. A.; KLAUS, M. H. Alto Risco em Neonatologia, 4' ed.: Editora<br />

Guanabara Koogan, 1995.


121<br />

11. HANTRONIX, INC., http://www.hantronix.com/, pagina da internet acessada em<br />

05/07/1999<br />

12. I2C, http://www.microsoft.com/hw<strong>de</strong>v/<strong>de</strong>v<strong>de</strong>s/i2c.htm, pagina da internet acessada em<br />

18/11/2000<br />

13. INMETRO (Instituto Nacional <strong>de</strong> Normatizacao e Metrologia) Laboratorios <strong>de</strong> Certificacao<br />

para Eletromedicos no Brasil; e-mail enviado em 16/08/2000 por Suzana<br />

Moura; Divisao <strong>de</strong> certificacao <strong>de</strong> Produto DINQP/DICEP; Rua St' Alexandrina, 416 -<br />

7° andar, Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ- ssmoura@inmetro.gov.br<br />

14. INMETRO (Instituto Nacional <strong>de</strong> Normatizacdo e Metrologia) Norma NIE-DINQP-<br />

068 -<br />

Regra Especifica para a Certificacio <strong>de</strong> Equipamentos Eletromedicos, Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro - RJ, Junho <strong>de</strong> 1998.<br />

15. INTERFACE I2C, http://www.ping.be/--ping0751/i2chisto.htm, pagina da internet a-<br />

cessada em 06/08/2000<br />

16. MARCONDES, E. Pediatria Basica, vol.1, 7a ed.: ed. SARVIER, 1987, p.310-349.<br />

17. MAUSUBI, F. Perguntas e Respostas <strong>de</strong> Neonatologia e Perinatologia; Editora<br />

MANGLE, 1977.<br />

18. NATIONAL SEMICONDUCTORS, http://www.national.com/, pagina da intemet acessada<br />

em 30/08/1999.<br />

19. ORLAND, M. J.; SALTMAN, R. J. Manual <strong>de</strong> Terapeutica Clinica - Emergencias<br />

Clinicas, 25a ed.: ed. MEDSI, 1988, p.528.<br />

20. OHMIC INSTRUMENTS, Ohmic Instruments CO.: 508 August Street, Easton, Maryland<br />

21601, United States, enviado por fax dia 12/04/1999


122<br />

21. SEGRE, C. A. M. RN (Recem -Nascido), 2a ed.: ed. SARVIER, 1985, p.109-112.<br />

22. ZHAO, Z.; TOMIZUKA, M.; ISAKA, S. Fuzzy Gain Scheduling of PID Controllers,<br />

IEEE transactions on systems, Man and Cybernetics, vol. 23, N°5, setembro/outubro<br />

1993, p. 1392

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!