Comissão Especial da Bioenergia - RCE 1/2006 - Relatório
Comissão Especial da Bioenergia - RCE 1/2006 - Relatório
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Membros <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> BIOENERGIA<br />
Titulares<br />
Dep. Giovani Cherini – PDT (Presidente)<br />
Dep. Miriam Marroni – PT (Vice-Presidente)<br />
Dep. Valdir Andres – PP (Relator)<br />
Dep. Elvino Bonh Gass - PT<br />
Dep. Frei Sérgio - PT<br />
Dep. Frederico Antunes - PP<br />
Dep. Gerson Burmann - PDT<br />
Dep. Iradir Pietroski - PDT<br />
Dep. José Sperotto - PFL<br />
Dep. Adilson Troca - PSDB<br />
Dep. Jussara Cony - PCdoB<br />
Dep. Heitor Schuch - PSB<br />
Suplentes<br />
Dep. João Fischer - PP<br />
Dep. Marco Peixoto - PP<br />
Dep. Kalil Sehbe - PDT<br />
Dep. Osmar Severo - PDT<br />
Dep. Aloísio Classmann - PTB<br />
Dep. Reginaldo Pujol - PFL<br />
Dep. Ruy Pauletti - PSDB<br />
Coordenador: Glei Cabrera Menezes<br />
Secretária Com. Esp. <strong>Bioenergia</strong> - Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo<br />
Coordenação e Estruturação <strong>Bioenergia</strong> Natural: Edinara Pereira Reginatti<br />
Coordenação e Estruturação <strong>Bioenergia</strong> de Formas: Iara Brito<br />
Assessoria de apoio: Liege Terezinha Mignone Rivera e Raimundo Paula Diniz<br />
Estagiário: Tiago <strong>da</strong> Cunha<br />
Colaboração: Luiz Roberto Dalpiaz Rech - SINTARGS, Vilson Machado - VINEMA e Grupo de<br />
Trabalho de Enti<strong>da</strong>des Representativas.<br />
Diagramação e Capa: Toni Missél<br />
1
INDICE<br />
PROGRAMA DA COMISSÃO ESPECIAL DA BIOENERGIA<br />
CRONOGRAMA DE TRABALHO:<br />
PROGRAMA INTERNO DE REUNIÕES<br />
ATAS DAS REUNIÕES DA COMISSÃO ESPECIAL DE BIOENERGIA<br />
DO RIO GRANDE DO SUL<br />
ATA DE INSTALAÇÃO<br />
ATA nº 01/06<br />
ATA nº 02/06<br />
ATA nº 03/06<br />
ATA nº 04/06<br />
ATA Nº 05/06<br />
CONCLUSÔES<br />
ANEXOS<br />
DECRETO Nº 42.676, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003.<br />
DECRETO Nº 44.027, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.<br />
O QUE É A ENERGIA?<br />
O QUE É BIODIESEL?<br />
RELATOS DAS ENTIDADES CONVIDADAS ATRAVÉS DE REPRESENTES A FAZEREM<br />
PARTE DE UM GRUPO DE TRABALHO DA COMISSÃO ESPECIAL DA BIOENERGIA<br />
PROGRAMA DE BIOENERGIA – COMPETÊNCIAS DA CIENTEC<br />
BANCO CENTRAL DO BRASIL<br />
PÓLO DE TECNOLOGIAS BIOBASEADAS: BIOCOMBUSTÍVEIS & BIOPRODUTOS<br />
PÓLO DE ALIMENTOS<br />
APRESENTAÇÕES FEITAS NAS REUNIÕES E SEMINÁRIOS DA COMISSÃO ESPECIAL<br />
DE BIOENERGIA<br />
BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO<br />
DO EXTREMO SUL<br />
PROGRAMA PARANAENSE DE BIOENERGIA “PR – BIOENERGIA”<br />
BRASIL, SUPERPOTÊNCIA DA BIOENERGIA<br />
E A MAMONA VAI MUITO BEM OBRIGADO<br />
FÁBRICAS DE BIODIESEL<br />
UCRÂNIA QUER MODELO BRASILEIRO DE BIOENERGIA<br />
H-BIO REDUZIRÁ A IMPORTAÇÃO DE DIESEL EM 25% ATÉ 2008<br />
SEBO DE BOI VIRA BIODIESEL<br />
CANA CRESCE COMO FONTE ENERGÉTICA<br />
NOSSO FUTURO ENERGÉTICO MUNDIAL<br />
PETROBRAS FAZ NOVOS ESTUDOS SOBRE A VIABILIDADE DO H-BIO<br />
PESQUISAS DE AGROCOMBUSTÍVEIS<br />
CONGRESSO NA SUÉCIA DEBATE RUMOS DA BIOENERGIA<br />
BIOENERGIA: DO BRASIL PARA O MUNDO<br />
BIOCOMBUSTÍVEIS IMPULSIONA OLEAGINOSAS<br />
O FUTURO CHAMA-SE BIOENERGIA<br />
OU DA NECESSIDADE DE PRODUZIRMOS BIODIESEL NO BRASIL<br />
Parte II<br />
BIOENERGIA DE FORMAS<br />
ATAS DAS RENIÕES DA COMISSÃO ESPECIAL DA BIOENERGIA DE FORMAS<br />
ATA nº 01/06<br />
ATA nº 02/06<br />
ATA nº 03/06<br />
2
ATA nº 04/06<br />
LANDELL DE MOURA E SEUS ESTUDOS DE BIOENERGIA<br />
PL 223/<strong>2006</strong><br />
LEGISLAÇÃO<br />
COMO VIVER DE ACORDO COM AS LEIS DO UNIVERSO<br />
HOMEOPATIA ANIMAL E VEGETAL<br />
RESULTADOS COM MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS A CAMPO<br />
TERAPIA FLORAL - OS FLORAIS DE BACH<br />
PSICOSSOMÁTICA PSICANALÍTICA: UMA VISÃO HOLÍSTICA<br />
ESTÉTICA VIBRACIONAL<br />
UM PROCESSO MULTIDIMENSIONAL DE AMPLIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA<br />
BIOENERGIA E TERAPIA REICHIANA<br />
TERAPIA FLORAL<br />
A CURA DO SER MULTIDIMENSIONAL<br />
TERAPIAS VIBRACIONAIS INTEGRADAS<br />
A HOLOTERAPIA BIODINÂMICA<br />
AROMATERAPIA<br />
APOMETRIA QUÂNTICA<br />
CHAKRATERAPIA<br />
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO-COMPORTAMENTAL<br />
RADIÔNICA<br />
BIOENERGIA<br />
BIOENERGIA<br />
A SAÚDE INTEGRAL DA MULHER<br />
O TERAPEUTA EDUCADOR E O EDUCADOR TERAPEUTA<br />
QUEM É O TERAPEUTA HOLÍSTICO?<br />
PROGRAMA DA COMISSÃO ESPECIAL DA BIOENERGIA<br />
1. Gerar uma proposta de Criação do Programa Gaúcho de <strong>Bioenergia</strong> com a finali<strong>da</strong>de de<br />
gerir e fomentar ações de pesquisa e desenvolvimento, aplicações e uso <strong>da</strong> biomassa no<br />
Estado do Rio Grande do Sul, com o foco inicial na produção e aplicação do biodiesel<br />
como biocombustível, adicionando-o na matriz energética estadual.<br />
2. Realização de 3 Seminários Regionais para tratar <strong>da</strong> BIOENERGIA nos municípios de:<br />
Marcelino Ramos, Palmeira <strong>da</strong>s Missões e Rosário do Sul, com a finali<strong>da</strong>de de evento<br />
reunir pesquisadores, empresários, dirigentes de empresas governamentais, professores e<br />
interessados na produção de energia a partir do girassol, canola, soja, cana-de-açúcar,<br />
mandioca, madeira e mamona.<br />
3. Reunir as empresas aptas a produzir biocombustível no Estado, para que apresentem seus<br />
projetos e área de atuação.<br />
4. Reunir instituições educacionais (institutos, escolas, universi<strong>da</strong>des, casas de saúde,<br />
profissionais), que desenvolvem cursos de formação e ou atuam no campo <strong>da</strong> BIOENERGIA.<br />
5. Criar o grupo <strong>da</strong> BIOENERGIA que terão o compromisso assessorar os trabalhos e<br />
contribuir na elaboração do Relatório <strong>da</strong> BIOENERGIA, integrado pelas seguintes enti<strong>da</strong>des:<br />
- Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais - SEDAI;<br />
- Secretaria de Energia, Minas e Comunicações - SEMC;<br />
- Secretaria <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento - SAA;<br />
- Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA;<br />
- Secretaria Ciência e Tecnologia - SCT;<br />
- Ministério de Minas e Energia - MME;<br />
- Ministério <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia - MCT;<br />
- Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA;<br />
3
- Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia - CIENTEC;<br />
- Fun<strong>da</strong>ção Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM;<br />
- Fun<strong>da</strong>ção Estadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO;<br />
- Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - FAPERGS;<br />
- Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural -<br />
EMATER;<br />
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA;<br />
- Banco do Brasil S/A - BB;<br />
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A - BANRISUL;<br />
- Banco R0egional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE;<br />
- Caixa Estadual S/A - Agência de Fomento/RS - CAIXA/RS;<br />
- Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - SULGAS;<br />
- Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE;<br />
- Federação <strong>da</strong>s Associações de Municípios do Rio Grande do Sul - FAMURS;<br />
- Fórum dos COREDES do Rio Grande do Sul;<br />
- Federação <strong>da</strong> Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - FARSUL;<br />
- Federação <strong>da</strong>s Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul - FIERGS;<br />
- - Federação do Comércio do Estado do Rio Grande do Sul - FECOMÉRCIO;<br />
- - Federação <strong>da</strong>s Associações Comerciais do Rio Grande do Sul - FEDERASUL;<br />
- - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG;<br />
- - Federação <strong>da</strong>s Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul -<br />
FECOAGRO/RS;<br />
- Sindicato de Organização <strong>da</strong>s Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS;<br />
- - Sindicato <strong>da</strong> Indústria de óleos Vegetais do Estado do Rio Grande do Sul - SIOLEO;<br />
- Associação Gaúcha <strong>da</strong>s Empresas Florestais - AGEFLOR;<br />
- Sindicato Intermunicipal <strong>da</strong>s Indústrias de Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, -<br />
Tanoarias, Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensa<strong>da</strong>s e Lamina<strong>da</strong>s, -<br />
Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul -<br />
SINDIMADEIRA;<br />
- Associação dos Produtores de Cana do Estado do Rio Grande do Sul - APRODECANA;<br />
- XLII - Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS;<br />
- Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de do Rio Grande - FURG;<br />
- Universi<strong>da</strong>de Federal de Pelotas – UFPEL<br />
- Universi<strong>da</strong>de de Cruz Alta - UNICRUZ;<br />
- Universi<strong>da</strong>de Regional Integra<strong>da</strong> do Alto Uruguai e <strong>da</strong>s Missões - URI;<br />
- Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS;<br />
- Universi<strong>da</strong>de Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ;<br />
- Universi<strong>da</strong>de de Caxias do Sul - UCS;<br />
- Universi<strong>da</strong>de Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS;<br />
- Universi<strong>da</strong>de do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS;<br />
- Universi<strong>da</strong>de de Santa Cruz do Sul - UNISC;<br />
- Universi<strong>da</strong>de Luterana do Brasil - ULBRA;<br />
- Grupo Ipiranga S/A;<br />
- PETROBRAS S/A;<br />
- Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental - IBPS.<br />
- Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul – SINTARGS.<br />
- Associação Gaúcha dos Professores do Ensino Técnico Agrícola - AGPTEA<br />
CRONOGRAMA DE TRABALHO:<br />
- REUNIÃO na Sala <strong>da</strong> Comissão de Agricultura – 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa –<br />
dia 05/06/06 às 14:00 horas – <strong>Bioenergia</strong> Natural Às 16:00 horas - <strong>Bioenergia</strong> de<br />
Formas<br />
4
- SEMINÁRIO em Marcelino Ramos com enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong> Natural, No Santuário<br />
Nossa Senhora de Fátima - dia 16/06/06 às 08:30 horas.<br />
- SEMINÁRIO em Rosário do Sul com enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong> Natural, na Câmara de<br />
Vereadores – dia 20/07/06 às 09:00 horas;.<br />
- SEMINÁRIO em Porto Alegre com enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong> <strong>da</strong>s Formas, no Plenarinho<br />
<strong>da</strong> Assembléia Legislativa – 3º an<strong>da</strong>r – dia 07/08/06 às 09:00 horas<br />
- REUNIÃO em Porto Alegre com a empresa TECPAR – <strong>da</strong> Secretária Estadual de<br />
Ciência e Tecnologia do PARANÁ, na sala Alberto Pasqualini – 4º an<strong>da</strong>r – dia 07/08/06<br />
às 14:00 horas<br />
- REUNIÃO de encerramento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> de <strong>Bioenergia</strong>, no<br />
Salão Júlio de Castilhos – 1º an<strong>da</strong>r, Assembléia Legislativa, com as enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />
<strong>Bioenergia</strong> Natural e <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong> de Formas – dia 05/09/06 às 13:30 horas.<br />
APROVADO, programa e cronograma: Em, 23 de maio de <strong>2006</strong>.<br />
PROGRAMA INTERNO DE REUNIÕES<br />
Reunião BIOENERGIA NATURAL - dia 05/06/06 – (Segun<strong>da</strong>-Feira) – 14 horas – sala <strong>da</strong><br />
Com. De Agric. Na Assembléia Legislativa em Porto Alegre -<br />
foto<br />
Reunião BIOENERGIA DE FORMAS - dia 05/06/06 – (segun<strong>da</strong>-feira) – 16 horas – sala <strong>da</strong><br />
Com. De Agric. Na Assembléia Legislativa em Porto Alegre –<br />
foto<br />
Seminário BIOENERGIA NATURAL - dia 16/06/06 – (sexta-feira) – 08:30 horas – Santuário<br />
N.S. Salete em MA<strong>RCE</strong>LINO RAMOS –RS<br />
foto<br />
Reunião BIOENERGIA DE FORMAS - dia 26/06/06 – (segun<strong>da</strong>-feira) – 16 horas – sala <strong>da</strong><br />
Com. De Agric. Na Assembléia Legislativa em Porto Alegre –<br />
foto<br />
Seminário BIOENERGIA NATURAL - dia 03/07/06 – (segun<strong>da</strong>-feira) – 09:00 horas –<br />
Câmara Municipal de Vereadores em PALMEIRA DAS MISSÕES –RS<br />
foto<br />
Seminário BIOENERGIA NATURAL - dia 20/07/06 – (quinta-feira) – 09:00 horas – Câmara<br />
Municipal de Vereadores em ROSÁRIO DO SUL –RS<br />
foto<br />
Seminário BIOENERGIA FORMAS - dia 07/08/06 – (segun<strong>da</strong>-feira) – 09:00 horas –<br />
Plenarinho <strong>da</strong> Assembléia Legislativa – PORTO ALEGRE –RS<br />
5
foto<br />
Seminário BIOENERGIA NATURAL - dia 07/08/06 – (segun<strong>da</strong>-feira) – 14:00 horas – Sala<br />
Alberto Pasqualini – 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa – PORTO ALEGRE –RS<br />
Foto<br />
ATAS DAS REUNIÕES DA COMISSÃO ESPECIAL DE BIOENERGIA<br />
DO RIO GRANDE DO SUL<br />
ATA DE INSTALAÇÃO<br />
Aos dezesseis dias do mês de maio do ano de dois mil e seis, às dezessete horas, no Gabinete <strong>da</strong><br />
Presidência, localizado no segundo an<strong>da</strong>r do Palácio Farroupilha, o Digníssimo Presidente deste Poder<br />
Legislativo, Excelentíssimo Senhor Deputado Fernando Záchia, reuniu-se com os excelentíssimos<br />
senhores deputados Giovani Cherini, Miriam Marroni, Valdir Andres, Elvino Bohn Gass, Feri Sérgio,<br />
Frederico Antunes, Gerson Burmann, Iradir Pietroski, Jussara Cony, Heitor Schuck, com o objetivo de<br />
instalar a Comissão <strong>Especial</strong> de <strong>Bioenergia</strong> no Rio Grande do Sul, com a finali<strong>da</strong>de de analisar o tema<br />
bioenergia no Rio Grande do Sul, requeri<strong>da</strong> consoante processo número <strong>RCE</strong> 1-<strong>2006</strong>. Presentes,<br />
também, neste Ato, os excelentíssimos senhores Desembargador Danúbio Edon Franco, Presidente em<br />
exercício do Tribunal de Justiça do Estado, José Fortunati, Gerente de Negócios do Banco do Brasil,<br />
Ana Maria Pellini, Secretária de Estado <strong>da</strong> Justiça e Segurança em exercício. O Excelentíssimo<br />
Senhor Presidente desta Assembléia Legislativa saudou os presentes, declarou instala<strong>da</strong> a Comissão<br />
<strong>Especial</strong> com o objetivo de analisar o tema bioenergia no Rio Grande do Sul e deu posse aos deputados<br />
indicados pelas respectivas banca<strong>da</strong>s para comporem, como Membros Titulares e Suplentes, a referi<strong>da</strong><br />
Comissão <strong>Especial</strong>, que ficou assim constituí<strong>da</strong>: Membros Titulares: Elvino Bohn Gass, Frei Sérgio e<br />
Miriam Marroni do PT; Frederico Antunes e Valdir Andres do PP; Giovani Cherini e Gerson Burmann<br />
do PDT; Iradir Pietroski do PTB; Jussara Cony do Pc do B e Heitor Schuck do PSB. O Senhor<br />
Presidente Deputado Fernando Záchia declarou instala<strong>da</strong> a Comissão e empossados seus membros<br />
titulares e suplentes em ato continuo, conforme entendimento político entre as banca<strong>da</strong>s, foram eleitos<br />
e empossados os Excelentíssimos Senhores Deputados Giovani Cherini autor <strong>da</strong> proposta de criação<br />
desta Comissão <strong>Especial</strong> para Presidência, Senhora Deputa<strong>da</strong> Miriam Marroni para Vice-Presidência e<br />
o Senhor Deputado Valdir Andres como relator. O Presidente passou a palavra para o Deputado<br />
Giovani Cherini que ao assumir o cargo falou <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de imperiosa de se encontrarem substituto<br />
eficientes e eficazes ao combustível de origem fóssil, em processo acelerado de esgotamento, <strong>da</strong><br />
oportuni<strong>da</strong>de ímpar para um salto extraordinário no perfil de produção geração de empregos no campo<br />
e na ci<strong>da</strong>de, estu<strong>da</strong>r e viabilizar estratégias de desenvolvimento e de proteção de tecnologias novas na<br />
geração de vias alternativas de energia no Rio Grande do Sul em relação a outros entes federativos e<br />
mesmo a outras nações, adoção de fontes alternativas de combustível, desde os chamados<br />
biocombustíveis, tais como etanol (álcool combustível), biodiesel, até a energia eólica, a energia solar,<br />
a energia <strong>da</strong>s marés e outras. Falou do encarecimento do petróleo e sua escassez que é uma<br />
preocupação mundial, gerando estudos sobre fontes alternativas de energia. Sugeriu constituir, aqui,<br />
um fórum de atuação dinâmico, investigativo, aberto, veloz e conclusivo que possibilite o<br />
esclarecimento <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des gaúchas no setor e que indique as diretrizes que se fazem<br />
necessárias, tanto do setor privado ou público, para o estímulo a novos investimentos. Disse que o<br />
Estado pode e deve atuar como protagonista nesta matéria. O tema bioenergia abrange estudos e<br />
análises de enorme espectro, no segmento <strong>da</strong> agricultura, do cooperativismo, <strong>da</strong>s relações de trabalho e<br />
emprego e geração de ren<strong>da</strong>, <strong>da</strong> pesquisa universitária e empresarial, priva<strong>da</strong> e pública, <strong>da</strong> ecologia,<br />
<strong>da</strong>s produção, armazenamento, transporte e exportações. É oportuna a atuação de uma comissão<br />
especial de parlamentares para encaminhar, ouvir, colher informações, debater e tirar conclusões sobre<br />
tão intrinca<strong>da</strong>, urgente e complexa matéria. Realizaremos ao longo de 4 meses, alguns itens a seguir<br />
6
citados e apresentaremos relatório ao Plenário desta Casa: 1. Gerar uma proposta de Criação do<br />
Programa Gaúcho de <strong>Bioenergia</strong> com a finali<strong>da</strong>de de gerir e fomentar ações de pesquisa e<br />
desenvolvimento, aplicações e uso <strong>da</strong> biomassa no Estado do Rio Grande do Sul, com o foco inicial na<br />
produção e aplicação do biodiesel como biocombustível, adicionando-o na matriz energética estadual.<br />
2.Realização de Seminários Regionais para tratar <strong>da</strong> BIOENERGIA em diferentes municipios. com a<br />
finali<strong>da</strong>de de reunir pesquisadores, empresários, dirigentes de empresas governamentais, professores e<br />
interessados na produção de energia a partir do girassol, canola, soja, cana-de-açúcar, mandioca,<br />
madeira e mamona. O deputado Cherini disse sobre a mamona - (aqui esta a Vinema Multióleos<br />
Vegetais, o SINTARGS e a AGPTEA) empresas e enti<strong>da</strong>des que apostaram, há 6 anos nesta cultura<br />
uma alternativa complementar ao petróleo. 3. reunir as empresas aptas a produzir biocombustível no<br />
Estado, para que apresentem seus projetos e área de atuação. 4. Reunir instituições educacionais<br />
(institutos, escolas, universi<strong>da</strong>des, casas de saúde, profissionais), que desenvolvem cursos de formação<br />
e ou atuam no campo <strong>da</strong> BIOENERGIA. 5.Criar o grupo <strong>da</strong> BIOENERGIA, integrado por empresas,<br />
enti<strong>da</strong>des, universi<strong>da</strong>des, Caixas-RS, Banrisul, Banco do Brasil, CEF, SICREDI, OCERGS, SEDAI,<br />
Secretarias de Minas e Energia, Secretaria de Ciência e Tecnologia, e outros órgãos, que terão o<br />
compromisso assessorar os trabalhos e contribuir na elaboração do Relatório <strong>da</strong> BIOENERGIA. O<br />
Presidente frisou que este é o desafio a que nos lançamos a partir de agora. Na<strong>da</strong> mais havendo a<br />
tratar, foi <strong>da</strong>do por encerra<strong>da</strong> a cerimônia de instalação <strong>da</strong>presente Comissão. E, para constar, eu Maria<br />
Camargo, secretária “ad hoc”, lavrei a presente ata que, após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong>, será asiina<strong>da</strong> pelo<br />
presidente <strong>da</strong> Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, deputado Fernando Zachia,<br />
pelo Presidente <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong>, deputado Giovani Cherini e por mim. Palácio Farroupilha, em<br />
Porto Alegre, aos dezesseis dias do mês de maio do ano de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Fernando Záchia - Presidente <strong>da</strong> Assembléia Legislativa<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente <strong>da</strong> Comissão<br />
Maria Camargo - Secretária “ad hoc”<br />
ATA nº 01/06<br />
Aos cinco dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às quatorze horas, na Sala José<br />
Lutzemberger, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, reuniram-se os membros titulares e suplentes <strong>da</strong><br />
Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes os senhores deputados Giovani Cherini-PDT, Presidente,<br />
Miriam Marroni-PT, Vice-Presidente, Valdir Andres-PP, Frederico Antunes-PP, Heitor Schch-PSB,<br />
Gerson Burmann-PDT e Osmar Severo-PDT. O presidente Deputado Giovani Cherini, saudou os<br />
presentes e iniciou a reunião falando do objetivo <strong>da</strong> mesma, conforme a pauta: "Apresentação do<br />
Programa, seleção e apresentação do grupo de trabalho que desenvolverá as ativi<strong>da</strong>des em ca<strong>da</strong> ramo<br />
<strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>". Convidou para participarem <strong>da</strong> mesa os palestrantes a seguir relacionados: Rogério<br />
Marino Müller, coordenador do Projeto de <strong>Bioenergia</strong> de Marcelino Ramos, do Programa Pró Biomar;<br />
Roberto Dalpiaz Rech, representando o Sindicato do Técnicos Agrícolas, Sintargs; Vilson Neumann<br />
Machado, presidente <strong>da</strong> Finema Multióleos Vegetais; Alencar Paulo Gutierres, engenheiro agrônomo,<br />
representante <strong>da</strong> Emater; Nídio Antonio Barni, representante <strong>da</strong> FEPAGRO; Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha<br />
Gehlen; representante do Banco Central; Janice Beneti, representante do Banrisul; Jussara Matoela,<br />
representante <strong>da</strong> Secretaria de Minas e Energia, Luiza Comenco, representante <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<br />
Zoobotânica, Andréia Mara Rotta de Oliveira, professora e doutora, representante <strong>da</strong> UERGS, Paulo<br />
José Calas, engenheiro químico, representante <strong>da</strong> CIENTEC; Fernando Gomes, engenheiro agrônomo,<br />
representante <strong>da</strong> Caixa Econômica RGS; Sandra Mara Einloft, professora e doutora, representante <strong>da</strong><br />
PUC/RS; Fernando Luiz Righi de Oliveira, representante <strong>da</strong> Secretaria de Assuntos Internacionais;<br />
Sérgio Luiz Crestani, representante <strong>da</strong> AGEPTEA; Annelise Eingel Gerbase, diretora do Instituto de<br />
Química <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal do RGS, Maurício Machado de Quadros; Carlos Rorberto Hebech,<br />
representante <strong>da</strong> ELETROBRAS; Hélio Santos <strong>da</strong> Frota, representante do BRDE; Janice <strong>da</strong> Silva,<br />
professora e coordenadora, representante <strong>da</strong> UNISINOS. O Presidente Cherini disse que o principal<br />
objetivo <strong>da</strong> reunião é <strong>da</strong>r posse ao grupo de trabalho que vai gerar a proposta de criação do programa<br />
gaúcho de bioenergia. O programa <strong>da</strong> Comissão foi aprovado pelos senhores deputados membros<br />
titulares e suplentes. Falou que a finali<strong>da</strong>de é gerir e fomentar ações de pesquisa, desenvolvimento<br />
7
aplicações de uso <strong>da</strong> biomassa no Estado do Rio Grande do Sul, com o foco inicial na produção e<br />
aplicação do biodisel, como biocombustível adicionando na matriz energética estadual. Enfatizou que<br />
a Comissão está entrando com uma nova proposta, a de empreender. Também que a bioenergia é uma<br />
grande oportuni<strong>da</strong>de para o uso de tecnologia de ponta, geração de empreendimentos de negócios, de<br />
ren<strong>da</strong>, de estímulos aos setores de produção, de industrialização limpa e desenvolvimento sustentável.<br />
O deputado Giovani Cherini disse que as palavras chaves serão conectar, amar, somar, prever,<br />
antecipar, organizar, direcionar esforços, assumir e encantar, socializar, comprometer-se e acima de<br />
tudo agir. Que a intenção <strong>da</strong> comissão é realizar três seminários regionais sendo: dia dezesseis de<br />
junho, às oito horas e trinta minutos, em Marcelino Ramos; dia três de julho, às nove horas, em<br />
Palmeira <strong>da</strong>s Missões e no dia vinte de julho, às nove horas , em Rosário do Sul. Falou que é<br />
necessário reunir empresas interessa<strong>da</strong>s em bioenergia, criar o grupo <strong>da</strong> bioenergia e buscar uma<br />
proposta do programa gaúcho de bioenergia. E que no final a Comissão apresentará um relatório<br />
costurado a varias mãos. O presidente informou que foram convi<strong>da</strong>dos diversos representantes de<br />
enti<strong>da</strong>des governamentais ou não, que de uma forma ou outra, matem ligação de trabalho com<br />
produtos de bioenergia.. O Deputado Frederico Antunes saudou a todos os presentes. Disse que a<br />
Comissão de <strong>Bioenergia</strong> é uma <strong>da</strong>s mais importantes <strong>da</strong>s comissões especiais que atuam na Casa,<br />
porque nela deve acontecer a exposição <strong>da</strong>quilo que já foi implantado no mundo em tecnologia e a<br />
Comissão trabalhará para entrar na etapa prática de aproveitamento dessas ações. Reforçou seu<br />
argumento dizendo que já possuímos o conhecimento, só falta a ação prática. Alertou que tudo isso só<br />
traz um grande benefício que é gerar o tão sonhado desenvolvimento do estado. Falou que existem<br />
projetos protocolados para o órgão ambiental e pacientemente aguar<strong>da</strong>m uma manifestação. Propôs ao<br />
presidente Cherini que a comissão convide para as próximas reuniões, os autores dos projetos que<br />
estão protocolados na FEPAM e na Casa, e também os responsáveis pelos órgãos. Afirmou que desta<br />
forma pode ser feita a apreciação e a possibili<strong>da</strong>de do avanço para a prática do tema. Referiu-se a<br />
FEPAM, a Secretaria de Meio Ambiente. Falou que desta forma a Comissão passa a cumprir o papel<br />
proposto pelo Deputado Cherini, que é de esclarecer, aglutinar e logicamente otimizar tarefas. E que<br />
isso aju<strong>da</strong> a dirimir dúvi<strong>da</strong>s do cronograma e dos aspectos técnicos. Encerrou dizendo que estará<br />
presente em to<strong>da</strong>s as reuniões <strong>da</strong> Comissão, sendo elas internas ou externas e colocou-se a disposição<br />
para colaborar de to<strong>da</strong>s as formas com a Comissão, porque alem de apreciar o tema acredita que é de<br />
extrema importância. Em segui<strong>da</strong> os convi<strong>da</strong>dos apresentaram-se, falando sobre suas ativi<strong>da</strong>des e dos<br />
órgãos que representavam. O engenheiro Vilson Machado falou que desde mil novecentos e noventa e<br />
cinco trabalha na Assembléia com projetos de energia. Informou que o Projeto Mamona, de sua<br />
autoria, iniciado em mil novecentos e oitenta e dois foi uma batalha ganha, felizmente, através do<br />
incansável apoio do Deputado Giovani Cherini. Aconselhou a todos <strong>da</strong>rem sinergia a nova proposta <strong>da</strong><br />
atual Comissão, que certamente produzirá um bom trabalho. Falou que não adianta termos bons<br />
projetos na gaveta. Fernando Luiz Righi de Oliveira, disse que a Secretaria de Assuntos Internacionais<br />
esta a disposição <strong>da</strong> Comissão, para colaborar com o que for necessário. Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha<br />
Gehlen; do Banco Central colocou-se a disposição no que for necessário. Hélio Santos <strong>da</strong> Frota, do<br />
BRDE disse que a Comissão pode contar com apoio do Banco. Fernando Gomes, <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />
RGS sugeriu que a Comissão traga para palestrar numa reunião <strong>da</strong> Comissão, o senhor Roberto Crema.<br />
O Deputado Presidente disse que aceita propostas e sugestões para convi<strong>da</strong>r pessoas com interesse a<br />
fim. Vilson Machado pediu efetivi<strong>da</strong>de e parceria dos bancos e <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong>des de pesquisas, para o<br />
efetivo desenvolvimento dos trabalhos do Programa Gaúcho de <strong>Bioenergia</strong> do Estado. O Deputado<br />
Giovani Cherini agradeceu a todos e encerrou a reunião convi<strong>da</strong>ndo para as próximas reuniões. E para<br />
constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim<br />
secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 05 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
8
ATA nº 02/06<br />
Aos dezesseis dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às oito horas e trinta minutos, no<br />
Santuário Nossa Senhora <strong>da</strong> Salete, em Marcelino Ramos, aconteceu a reunião <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes os senhores deputados Giovani Cherini-PDT, Presidente e Frederico Antunes,<br />
PP. O presidente Deputado Giovani Cherini, saudou os presentes e iniciou a reunião, 1º Seminário,<br />
com a pauta: "<strong>Bioenergia</strong> Natural". Convidou para participarem <strong>da</strong> mesa as autori<strong>da</strong>des a seguir<br />
relaciona<strong>da</strong>s: Paulo Fernando Tapia, Prefeito Municipal de Marcelino Ramos, Ruy Carlos Ferri,<br />
Prefeito Municipal em Exercício de Marcelino Ramos; Rogério Marino Muller, Coordenador do<br />
Programa PROBIOMAR; Vilson Machado, Diretor <strong>da</strong> Empresa Vinema Multióleos Vegetais; Sérgio<br />
Copstein, Representante <strong>da</strong> Empresa Star Quimica, Alencar Paulo Rugeri, Engenheiro <strong>da</strong> Emater,<br />
Antonio Carlos Gomes dos Santos, Presidente <strong>da</strong> Câmara Municipal de Vereadores de Marcelino<br />
Ramos e Daniel Maia. Deputado Giovani Cherini cumprimentou a todos e falou do longo trajeto<br />
percorrido por ele e pelo engenheiro Vilson Machado, na luta do plantio <strong>da</strong> mamona. Cherini disse que<br />
as pessoas precisam fazer todo dia algo novo e diferente, e isso só acontece com a ação. A ação de<br />
fazer o seminário em meio a um feriadão é uma ousadia Citou madre Teresa de Calcutá que fala dos<br />
oceanos como sendo uma gota dele. E deputado argumenta dizendo que por isso todos estão aqui para<br />
inovar e criar o grupo <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Disse que os objetivos <strong>da</strong> Comissão são: 1º Desenvolver um<br />
programa gaúcho de bioenergia visando criar ações de pesquisa e uso de biomassa com foco inicial na<br />
produção e aplicação do biodiesel como biocombustível adicionando-o na matriz energética estadual;<br />
2º Realizar três seminários regionais: em Marcelino Ramos, o de hoje, em Palmeira <strong>da</strong>s Missões, dia<br />
três de julho e Rosário do sul, no dia vinte de julho; 3º Reunir empresas interessa<strong>da</strong>s em bioenergia e<br />
criar o grupo <strong>da</strong> bioenergia. O vice-prefeito em exercício Ferri e o prefeito, sobem a tribuna para<br />
assinarem o protocolo de intenções para o desenvolvimento <strong>da</strong> mamona. O prefeito disse que estão<br />
começando os trabalhos de plantio e colheita <strong>da</strong> mamona. Falou <strong>da</strong> certeza que o Brasil será auto<br />
suficiente em energia, mas esclarece que para isso precisamos ter condições de trabalho. Confia no<br />
apoio <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des e do povo. Alerta que só desta forma é que teremos condições de levar o projeto<br />
adiante. Ferri diz que seremos grandes em energia, quando acreditarmos no potencial do povo. Assim é<br />
efetuado o protocolo de intenções com to<strong>da</strong>s as autori<strong>da</strong>des presentes. Rogério Muller disse que é um<br />
aprendiz na escala<strong>da</strong> rumo ao futuro <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Agradeceu aos que creditam no futuro <strong>da</strong> mamona<br />
como combustível. Disse que Marcelino Ramos quer ser o futuro na fabricação do biodisel <strong>da</strong><br />
mamona. Apresentou <strong>da</strong>dos do município com as autori<strong>da</strong>des agro-industriais dizendo que as<br />
principais culturas são milho, soja, cana, feijão, laranja, canola entre outros e agora também grande<br />
produtor de mamona. Falou <strong>da</strong>s suas intenções para que Marcelino Ramos produza de cinco a dez mil<br />
hectares, E que seja uma industria de beneficiamento de álcool través <strong>da</strong> mamona e <strong>da</strong> cana. Mostrou<br />
fotos no telão <strong>da</strong>s lavouras de cana, girassol, canola, madeira, reflorestamento de eucaliptos. Falou que<br />
a mamona tem quarenta e cinco hectares no projeto piloto. Disse que foram os agricultores que<br />
trouxeram o seminário para esta região. Alertou que a mamona pode ter o plantio consorciado, tendo<br />
lavouras de mamona e milho juntas, pois a mamona e tira o gás carbônico do ar e quando planta<strong>da</strong><br />
junto com outra cultura preserva e aju<strong>da</strong> para que a colheita seja certa. Citou o exemplo de agricultores<br />
que plantaram somente feijão e pouco colheram, diferente de quando o plantio esteve junto com a<br />
mamona, quando a colheita foi triplica<strong>da</strong>, além <strong>da</strong> mamona aju<strong>da</strong>r no solo. Rogério encerra lendo a<br />
carta de Henrique Fontana. Vilson Machado (maior autori<strong>da</strong>de na área <strong>da</strong> mamona) disse que a<br />
semente <strong>da</strong> mamona existe há mais de quatro mil e quinhentos anos. Os faraós já usavam. Falou que a<br />
mamona é um produto de origem asiática e com ela dá para fazer mais de setecentos produtos, que vai<br />
<strong>da</strong> borracha aos lubrificantes. Vilson disse que a mamona é o anti-congelante usado nos combustíveis<br />
nos países frios. Que a CASTROL é óleo lubrificante feito à base de mamona. E os fabricantes de<br />
cosméticos (MP-40) com óleo <strong>da</strong> mamona a 3m e Scott Britte usam o óleo de mamona em suas<br />
fabricações. Falou que a Renner Tintas usa óleo de mamona em grande escala, não aparece com esse<br />
nome, mas como (MP). Sua esperança é que o Brasil produza mamona em grande escala, pois será<br />
usado em todos produtos citados e assim ficará baratea<strong>da</strong> a fabricação do óleo diesel. Vilson encerra<br />
sua explanação mostrando todos os produtos feitos com mamona. Sérgio Copstein falou sobre a<br />
9
transformação de óleo vegetais em biodiesel, agradeceu a todos e mostrou o cenário mundial <strong>da</strong><br />
bioenergia, disse que o EUA e a China estão engor<strong>da</strong>ndo em cima do petróleo, mostrou <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s<br />
refinarias e de quanto o Brasil gasta e quanto tem de diesel. Falou <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de termos óleo<br />
vegetal para uso interno e externo. Alencar Rugeri mostrou a todos o cenário nacional na agricultura<br />
de combustível como forma renovável. Disse que o primeiro motor à diesel foi movido a base de óleo<br />
cru de amendoim, isto prova que pode ser feito, porém é necessário investimento. O agricultor precisa<br />
acreditar que é possível e contar com o apoio do deputado Cherini e <strong>da</strong> Comissão de <strong>Bioenergia</strong> para<br />
acontecer o deslanchar do biodiesel Estado. Daniel Maia do BRDE, apresentou as linhas de custeio e<br />
financiamento para o cultivo <strong>da</strong> mamona. Deputado Cherini fez as considerações gerais falando que é<br />
ótimo que o governo federal dê apoio ao projeto biodiesel, para este sonho ir avante Falou que a<br />
comissão de bioenergia quer juntar uma parte de ca<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, com seu conhecimento, para fazer a<br />
grande caminha<strong>da</strong> em busca de alternativas e melhorias no uso do combustível. Caio Rocha expresidente<br />
<strong>da</strong> EMATER, disse que apóia o trabalho do deputado e <strong>da</strong> comissão na busca de novas<br />
alternativas de emprego e recursos para o agricultor. Deputado Giovani Cherini agradeceu a todos e<br />
encerrou a reunião convi<strong>da</strong>ndo para as próximas reuniões. E para constar lavrei a presente ata que após<br />
li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 16 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
ATA nº 03/06<br />
Aos dezenove dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às quatorze horas, na Sala José<br />
Lutzemberger, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, reuniram-se os membros titulares e suplentes <strong>da</strong><br />
Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes os senhores deputados Giovani Cherini-PDT, Presidente e<br />
Valdir Andres, deputado relator, Jerônimo Goergen. O presidente Deputado Giovani Cherini, saudou<br />
os presentes e iniciou a reunião falando do objetivo <strong>da</strong> mesma, conforme a pauta: "Continui<strong>da</strong>de de<br />
encaminhamentos e recebimentos de propostas a serem trata<strong>da</strong>s pela Comissão <strong>da</strong><br />
<strong>Bioenergia</strong>.Aprovação do Of.nº. 069-<strong>2006</strong>-as – Autoria do Dep. Frederico Antunes, que sugere uma<br />
audiência pública oportunizando aos empreendedores, a exposição dos projetos de <strong>Bioenergia</strong> e<br />
Florestal protocolados na FEPAM.". Convidou para participarem <strong>da</strong> mesa os palestrantes a seguir<br />
relacionados: Hélio Santos <strong>da</strong> Frota, represente do BRDE, Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha Gehlen ;<br />
representante do Banco Central; José Carlos Miran<strong>da</strong>, administrador de energias alternativas, Paulo<br />
José Gallas, representando a Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia, Sérgio Luiz Crestani, professor <strong>da</strong><br />
AGPTEA, Andrea Mara Rotta de Oliveira, representando a UERGS e Rogerio Muller, representando.<br />
Falou que a Comissão esteve reuni<strong>da</strong> no Município de Marcelino Ramos e teve o prazer de conhecer<br />
alguns projetos de bioenergia que o município vem fazendo com cana de açúcar e a mamona. Contou<br />
que visitou uma lavoura de mamona que produziu trinta sacos de feijão por hectare e vai produzir em<br />
torno de quatro mil quilos de mamona também por hectare. Falou na vin<strong>da</strong> do Presidente Lula ao<br />
Estado para <strong>da</strong>r inicio a maior usina de biodiesel <strong>da</strong> América Latina. A usina vai consumir oito por<br />
cento <strong>da</strong> soja produzi<strong>da</strong> para fazer biodiesel. Disse que a Comissão de <strong>Bioenergia</strong> é extremamente<br />
importante, porque todos os projetos estão acontecendo de maneira dissocia<strong>da</strong> e a comissão vai juntar<br />
os projetos, preparando-os para um programa estadual de bienergia. Pediu para as enti<strong>da</strong>des<br />
apresentarem suas propostas e sugestões de contribuição no campo <strong>da</strong> bienergia. Falou que pode ser<br />
por escrito. Acredita que o trabalho final vai ser muito rico porque nesta área estão acontecendo coisas<br />
boas no Estado. Disse que com os seminários vão acompanhar tudo e as enti<strong>da</strong>des estão se<br />
prontificando a aju<strong>da</strong>r, como o BRDE, a Caixa e o Banco Central. Cherini falou que para elaboração<br />
do relatório final, a comissão já esta recolhendo material e buscando informações Informou que a<br />
comissão tem dois grupos de trabalho: o de energia e o de energia de formas, que é dos terapeutas.<br />
Quer mostrar que energia é a essência de tudo e aproveitável também na área <strong>da</strong> saúde. Disse que o<br />
plano <strong>da</strong> comissão é caminhar rumo a um grande programa de bioenergia para o Estado, inclusive<br />
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inspirado em Marcelino Ramos. Acredita que em muitos municípios e prefeituras deveriam fazer como<br />
aquele município que tem um articulador de bioenergia, pois isto dá bons resultados em termos de<br />
empregos e ren<strong>da</strong>. Falou do requerimento do deputado Frederico Antunes que sugere uma audiência<br />
publica oportunizando aos empreendedores a exposição dos projetos de bienergia e florestal<br />
protocolados na FEPAM. E <strong>da</strong> importância de aprovar os projetos de bienergia protocolados na<br />
FEPAM, e que uma <strong>da</strong>s grandes dificul<strong>da</strong>des do empreendimento é na área florestal. Deputado Valdir<br />
Andres saudou os presentes e disse que a Comissão é pertinente porque o Estado já tem um papel<br />
predominante no momento. Falou na sua passagem pela Secretaria de Minas e Energia quando teve<br />
oportuni<strong>da</strong>de de participar de reuniões envolvendo o grupo setorial do governo com quatro secretarias.<br />
A Secretaria de Minas e Energias, a Secretaria de Desenvolvimento de Assuntos Regionais, a Ciência<br />
e Tecnologia e a Secretaria <strong>da</strong> Agricultura. Os projetos, já são conhecidos e estão sendo<br />
implementados no estado. Falou que as energias convencionais e fósseis tem <strong>da</strong>ta certa para acabar,<br />
como o petróleo, o carvão mineral e o gás. Portanto to<strong>da</strong> energia consumi<strong>da</strong> no mundo inteiro terá de<br />
ser substituí<strong>da</strong>. Também na energia hidrica dentro de vinte trinta anos o Brasil não terá mais grandes<br />
hidroelétricas para serem construí<strong>da</strong>s, portanto a energia convencional esta entrando numa época de<br />
dificul<strong>da</strong>des e ca<strong>da</strong> ano que passa temos de voltar para as energias alternativas, renováveis entre elas a<br />
bienergia ganhou um destaque especial. Acredita no importante papel <strong>da</strong> comissão para contribuição<br />
no Estado, o trabalho servirá de base e subsídios para o Rio Grande do Sul ser o pioneiro no assunto<br />
bioenergia no Brasil. O deputado Cherini disse que a Comissão de <strong>Bioenergia</strong> já tem os nomes<br />
confirmados para aju<strong>da</strong>rem na elaboração dos projetos, sendo eles: Rogério Marino Muller que é<br />
coordenador do projeto de bioenergia de Marcelino Ramos, Roberto Dalpiaz Rech, representante do<br />
sindicato dos técnicos agrícola, Vilson Neumann Machado presidente <strong>da</strong> Vinema Multióleos Vegetais,<br />
Alencar Paulo Rugeri, representante <strong>da</strong> Emater, Alvaro lima <strong>da</strong> Silva, representante <strong>da</strong> Fecoagro,<br />
Vilson Caetano representando a FEPAGRO, Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha Ghellen representando o Banco<br />
Central, Janize Benetti representando o Banrisul, Luiza Chomencco representando a Fun<strong>da</strong>ção<br />
Zoobotânica, Professor Doutor Andréa Motta de Oliveira representando a UERGS, engenheiro<br />
químico Paulo José Gallas representando Cientec, engenheiro agrônomo representando a Caixa RGS,<br />
Adriano Dagostini representando o Sicredi Central, quimico Mauro de Moura representando a<br />
FEPAM, Professor Derli Schmitt representando a OCERGS, Calos Rebeck representando a CGTE,<br />
doutora Sandra Maria Oliveira Eiloft representando a PUC, Professora Janice representante <strong>da</strong><br />
UNISINOS, Mauricio Flores dos Santos representante do CINTEC, Daniel Maia representante do<br />
BRDE e Carlos Adilio Maia do Nascimento representante do IBPS. Rogério agradeceu ao prefeito de<br />
Marcelino, ao deputado e ao Vilson disse que a produtivi<strong>da</strong>de surpreendeu até a ele. Falou que o<br />
seminário foi um sucesso com to<strong>da</strong>s as representativi<strong>da</strong>des. Trouxe um documento que retrata as<br />
ansie<strong>da</strong>des <strong>da</strong> região de Marcelino Ramos, pediu analise do mesmo e após o protocolo pudessem<br />
lapi<strong>da</strong>-lo para chegarem a um projeto definitivo que contemplassem a região e to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong>des e<br />
municípios vizinhos Disse que a região de Marcelino Ramos não é só produtiva de Mamona, também<br />
de to<strong>da</strong>s outras plantas oleaginosas. Falou que é necessário montar um projeto e levar para o governo<br />
federal, porque eles já que estão aju<strong>da</strong>ndo as comuni<strong>da</strong>des do norte do país e pedirmos apoio também<br />
para o Rio Grande do Sul, porque o estado tem condições de produzir cinco seis vezes mais do que o<br />
norte. O deputado disse que a Comissão vai ter dois momentos: no primeiro, as sugestões <strong>da</strong>s<br />
enti<strong>da</strong>des que terão um prazo para apresentação dos projetos de bioeneregia, e no segundo, a<br />
elaboração <strong>da</strong> proposta de criação do programa estadual de bioenergia, que vai ser protocolado na<br />
Comissão, Assembléia legislativa, e apresentado ao Governo do Estado e Governo Federal. O Banco<br />
Central vai apoiar na parte econômica. Falou que o que se observa é o estabelecimento de uma nova<br />
economia basea<strong>da</strong> em recursos renováveis sendo que o carro chefe é a bioenergia, mas junto são os<br />
bioprodutos. Vê o projeto como multiplicador de ren<strong>da</strong> para o país. Disse que como instituição o<br />
Banco Central tem condições de ter um vinculo com as universi<strong>da</strong>des com as instituições de pesquisas<br />
com o foco de concentrar esforços muito intensos na produção de energia e de bioprodutos e no outro<br />
extremo dessa cadeia o estado presente quando através de licitações e de seus insumos direciona para<br />
produtos combustíveis lubrificantes solventes de base renovável eminentemente vegetal. Paulo José<br />
Gallas disse que a CIENTEC quer <strong>da</strong>r suporte técnico e tecnológico para a comissão, na questão de<br />
11
laboratórios ou seja determinação e análise de produtos e depois no estabelecimento de padrões para os<br />
produtos finais. Hélio dos Santos Frota disse que o BRDE <strong>da</strong> apoio financeiro as empresas que querem<br />
se instalar no Estado. Falou que foi feito um levantamento pelo colega Daniel visando biodiesel já<br />
umas duas ou três empresas e as mesmas já estão se instalando no Rio Grande do Sul. Falou que a<br />
contribuição do BRDE é compor grupos que vão colaborar bastante para pelo menos <strong>da</strong>r um<br />
complemento ou um fecho no tema. Andreia de Oliveira disse que a UERGS se propõe a aju<strong>da</strong>r <strong>da</strong>ndo<br />
cursos específicos e que já tem dois cursos voltados para a área biotecnológica, um de engenharia de<br />
energia e desenvolvimento sustentável e o outro de engenharia de bioprocesso e biotecnologia . Falou<br />
que a UERGS vem realizando um projeto em parceira com a fun<strong>da</strong>ção Liberato e com a URGS para<br />
fazer estudos <strong>da</strong> rota etilica para a produção de biodiesel. Também tem um projeto que é coordenado<br />
pelo professor João Elifante junto com a URGS. Mas a UERGS esta aberta e se dispõe a fazer<br />
parcerias com outras instituições porque se entende que o trabalho em conjunto é que se fortifica para<br />
se ter um avanço mais rápido. A UERGS se propõe através de cursos de graduação e pós graduação<br />
capacitar pessoas para trabalhar. Sérgio Crestani disse que a AGPTEA pensa em apoiar em tudo que a<br />
comissão venha a necessitar conforme o que ca<strong>da</strong> região precisar junto as escolas agrícola. Vilson<br />
Machado disse que todo o Etado esta se movendo, precisamos nos integrar e trabalhar juntos, sem<br />
cobranças, para atingir os ideais com êxito. O deputado Cherini disse que a próxima reunião fica para<br />
dia dez de julho. Pediu a todos para trazerem por escrito a resposta para a pergunta: O que a sua<br />
enti<strong>da</strong>de pode contribuir para uma proposta no campo <strong>da</strong> bienergia? O deputado disse que o deputado<br />
Frederico Antunes pediu uma reunião de bioenergia na área florestal. O presidente agradeceu a todos e<br />
encerrou a reunião convi<strong>da</strong>ndo para dia dez de julho, as quatorze horas, a reunião com to<strong>da</strong>s as<br />
enti<strong>da</strong>des e apresentação dos documentos. Rogério trouxe o pedido de vários prefeitos presentes na<br />
reunião em Marcelino Ramos, <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Agricultura e Secretários Municipais que querem uma<br />
reunião <strong>da</strong> comissão com os prefeitos <strong>da</strong> região Sul e de Santa Catarina. Disse que o grande sucesso<br />
deste projeto será o plantio consorciado com outras lavouras, oportunizando para o agricultor não<br />
plantar somente a mamona, mas outras oleaginosas, isto será uma ren<strong>da</strong> extra. Deputado agradeceu a<br />
todos convi<strong>da</strong>ndo para outras reuniões. E para constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong><br />
vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 19 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini – Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
ATA nº 04/06<br />
Aos vinte dias do mês de julho do ano de dois mil e seis, às nove horas, na Câmara Municipal de<br />
Vereadores de Rosário do Sul, aconteceu a reunião <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes os<br />
senhores deputados Giovani Cherini-PDT. O presidente Deputado Giovani Cherini, saudou os<br />
presentes e iniciou a reunião falando do objetivo <strong>da</strong> mesma, conforme a pauta: “Seminário <strong>da</strong><br />
BIOENERGIA no RS". Convidou para participarem <strong>da</strong> mesa Ney <strong>da</strong> Silva Padilha, Prefeito Municipal<br />
de Rosário do Sul/RS; Ivo Patias, Prefeito Municipal de Jaguari/RS; Lino José Furtado, Presidente <strong>da</strong><br />
Câmara de Vereadores de Rosário/RS; Bandeira Brasil Brilhante Braga, Secretário Municipal de<br />
Planejamento de Rosário do Sul/RS; Vilson Machado, Presidente <strong>da</strong> Vinema Multióleos; Nídio Barni,<br />
representante <strong>da</strong> FEPAGRO; Alencar Paulo Rugeri, representante <strong>da</strong> EMATER; Paulo José Gallas,<br />
representante do CIENTEC Estadual; Carlos Alberto Vaz <strong>da</strong> Silva, representante do Banco Regional<br />
do Extremo Sul, BRDE; Nelson Severo de Castro, Secretário de Minas e Energia do RGS; Renato<br />
Costa, Coordenador Regional <strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Agricultura, representando o Secretário Quintiliano<br />
Vieira; Sérgio Luiz Crestani, representante <strong>da</strong> Associação Gaúcha do Ensino Técnico do Estado RGS;<br />
Victor, Pró-Reitor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Pelotas/RS; Rogério Muller, Secretário <strong>da</strong> Agricultura <strong>da</strong><br />
Bienergia de Marcelino Ramos/RS; Gley Cabeira Menezes, Coordenador Técnico <strong>da</strong> Comissão de<br />
<strong>Bioenergia</strong> <strong>da</strong> Assembléia Legislativa do RS, e ex-prefeito de Rosário do Sul/RS. Anunciou a presença<br />
de Cíntia, Vereadora de Rosário do Sul/RS; Oslena, Vereador de Rosário do Sul/RS; João Alberto<br />
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Flores Pacheco, Secretário de Agricultura de Rosário do Sul/RS; Karen Vasconcelos Silva, Assessora<br />
<strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Agricultura; Valter Pietro, ex-vereador e Assessor agropecuário de Rosário do Sul/RS,<br />
Ruy Vladimir Cunha dos Santos; Secretário <strong>da</strong> Indústria e Comércio de Rosário do Sul; Jorge Oliveira,<br />
Secretario <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> de Rosário do Sul/RS; Geneci Quines, Secretario <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> de Rosário do<br />
Sul/RS; Cícero Fontoura, Assessor Técnico e a Vereadora Maria Eugênia; Carlos Alberto Vaz <strong>da</strong><br />
Silva, representando o BRDE; Iara Regina Pereira, Chefe de Gabinete do Prefeito; Bernardo Apoitia,<br />
Assessor de gabinete <strong>da</strong> Prefeitura de Rosário do Sul; Cleber, jornalista; Renato Quins, Coordenador<br />
de serviço de vigilância, Agrônomo Milton Paes; Coordenador de proteção ambiental, Miguel<br />
Machado Rodrigues, Secretário <strong>da</strong> Agricultura do Município de Quarai; Carlos Cardinal, ex-Deputado<br />
Federal e ex-presidente <strong>da</strong> FEPAGRO; Alisson Sampaio, Vereador de Rosário do Sul/RS; Marcionel<br />
Coelho, Presidente <strong>da</strong> Câmara de Vereadores de Jaguarão; Paulo Fernando Zago, representante do<br />
Banrisul; Ritter, representante <strong>da</strong> EMATER de Marcelino Ramos/RS; Paulo Fernandes, Presidente do<br />
Conselho de Desenvolvimento de Rosário do Sul/RS. O presidente deputado Giovani Cherini disse que<br />
Rosário do Sul é o Município mais importante, é o município rainha <strong>da</strong> mamona do Estado, porque<br />
tem a maior área planta<strong>da</strong> dentro do Estado do Rio Grande do Sul. Justificou por isso o motivo do<br />
seminário acontecer aqui, devido o município estar extremamente aberto para as possibili<strong>da</strong>des e<br />
inovações. Falou que a Comissão de <strong>Bioenergia</strong> é um Fórun que visa desenvolver o programa gaúcho<br />
de bioenergia, objetivando criar ações de estímulos às pesquisas e ao uso <strong>da</strong> biomassa com foco inicial<br />
na produção e aplicação do biodisel, como biocombustível adicionando na matriz energética estatal.<br />
Também que o objetivo é examinar as potenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> bioenergia natural de Rosário do Sul/RS,<br />
visando identificar seus diversos aspectos, propor encaminhamentos, receber sugestões, ouvir<br />
instituições, estabelecer parcerias, acompanhar e apresentar os resultados a socie<strong>da</strong>de gaúcha e<br />
brasileira. Contou que Rosário já é um pólo de mamona e ain<strong>da</strong> possui extensas áreas para cultura.<br />
Falou que em Rosário temos ci<strong>da</strong>dãos ousados e empreendedores, lideranças políticas, técnicos<br />
produtores que aceitaram o desafio. E discutir todo o tipo de energia a energia aeólica, que Osório no<br />
mês de janeiro, arrecadou quase hum milhão de reais de issqn. Alertou do que representa um projeto<br />
desses para um município, que é a mu<strong>da</strong>nça completa <strong>da</strong> história dos recursos. Informou que a cana de<br />
açúcar é uma possibili<strong>da</strong>de de futuro investimento em Marcelino Ramos/RS. Falou na energia <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> holística que incentiva o plantio <strong>da</strong> mamona do girassol. Ney <strong>da</strong> Silva Padilha, Prefeito de Rosário<br />
do Sul/RS, saudou os presentes e cumprimentou o deputado Cherini pelo desafio do projeto, desejando<br />
sucesso. Ivo Patias, Prefeito Municipal de Jaguari/RS, saudou aos presentes e falou <strong>da</strong> importante<br />
proposta do deputado Cherini, que poderá modificar beneficamente o Estado RGS. Lino Rogério<br />
Furtado, saudou os presentes e disse <strong>da</strong> satisfação de poder sediar o encontro. Deputado Cherini<br />
relacionou os temas <strong>da</strong>s palestras, bem como os palestrantes sendo: Potenciali<strong>da</strong>de do Município e <strong>da</strong><br />
Região, palestrante Bandeira Brasil Brilhante Braga; Alternativas Bienergéticas para o RGS (Vinema<br />
Multióleos); com o palestrante engenheiro Vilson Machado; Pesquisas Tecnológicas para a Produção<br />
de Àlcool e Biodiesel com espécie vegetais no RGS, palestrante <strong>da</strong> FEPAGRO, Nídio Bargi;<br />
<strong>Bioenergia</strong> Cenários e Oportuni<strong>da</strong>des, palestrante <strong>da</strong> EMATER; Programa <strong>da</strong> Bienergia, palestrante <strong>da</strong><br />
CIENTEC; Paulo José Gallas; Linhas de Financiamento para o Biodiesel, palestrante do BRDE, Carlos<br />
Alberto Vaz <strong>da</strong> Silva, Gerente adjunto. Falou que finalmente acontecerá um debate geral. Bandeira<br />
Brasil Brilhante saudou a todos e apresentou a estrutura agrária <strong>da</strong> região de Rosário do Sul/RS. Falou<br />
que a região possui a fama de ter latifundiários, e na ver<strong>da</strong>de a grande estrutura é de pequenas<br />
proprie<strong>da</strong>des. Disse que levam palestras para que o pequeno produtor,<br />
insistindo que devem ser dono do seu próprio e pequeno negócio e não pensar que são grande, para<br />
não se atrapalharem. Vilson Machado fez uma exposição de material e explicou o processo <strong>da</strong><br />
caminha<strong>da</strong> <strong>da</strong> mamona. Contou que a mamona gera emprego e divisas. Esclareceu que não adianta<br />
pensar em projetos mirabolantes, o correto é pensar em projetos reais e factíveis, e que sejam rápidos<br />
baseados em pesquisas. E sempre na busca de tecnologias. Nídio Barni, <strong>da</strong> FEPAGRO saudou os<br />
presentes e disse os objetivos que tem no programa é de gerar tecnologia para a produção de álcool e<br />
biodiesel. Apresentou as pesquisas que envolvem a área agrícola, área industrial, biotecnologia e sócio<br />
econômica ambiental. Deputado Cherini disse que a deputa<strong>da</strong> Miriam Marrone tem aju<strong>da</strong>do muito.<br />
Alencar Paulo Rugeri falou sobre <strong>Bioenergia</strong> Cenários e oportuni<strong>da</strong>des <strong>da</strong> EMATER. Também <strong>da</strong><br />
13
elaboração de um plano de ação que deve formalizar parcerias publicas e priva<strong>da</strong>s, auxiliar no<br />
desenvolvimento <strong>da</strong> pesquisa de extensão, ativar a capacitação de técnicos e agricultores, implantar<br />
uni<strong>da</strong>des de observação e desenvolver sistema alternativo a pesquisa. Paulo José Gallas saudou a todos<br />
e fez apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela CIENTEC. Finalizou sua explanação colocando a<br />
CIENTEC a disposição para todo tipo de trabalho junto a Comissão de <strong>Bioenergia</strong>. Carlos Alberto Vaz<br />
<strong>da</strong> Silva, disse que o BRDE esta interessado na questão do Biodiesel e principalmente se coloca em<br />
posição de orgão financiador no BNDS. Informou que o BRDE por ser um banco pequeno só pode ter<br />
agencias nas capitais. Rogério saudou aos presentes e falou sobre o município e a produção de<br />
mamona. Disse que fizeram um plantio consorciado com diversos tipos de vegetais e tiveram produção<br />
que surpreendeu os próprios agricultores. Falou que a mamona é um alto negócio e vai possibilitar a<br />
produção de outras plantas consorcia<strong>da</strong>s, como o caso do feijão, a mamona poderá ser consorcia<strong>da</strong><br />
com o amendoim, com algodão, com a canola, com a melancia, com a moranga, com a abóbora.<br />
Assegura que no final <strong>da</strong> plantação, vão ter um rendimento surpreendente, porque a mamona capta o<br />
nitrogênio do ar e coloca no solo. Com isso revertendo num rendimento muito grande. Disse que na<br />
região de Marcelino Ramos/RS não precisam adubar a terra, para a plantação de mamona, a não ser<br />
que plantem junto com o feijão. Enfatizou que a mamona não gosta de inço. Falou que a intenção é<br />
plantar a cana de açúcar, para a produção de álcool. Carlos Cardinal disse que neste seminário<br />
poderemos ter a solução para o desemprego, a agregação de ren<strong>da</strong>, a viabilização <strong>da</strong> grande<br />
proprie<strong>da</strong>de na mu<strong>da</strong>nça do perfil desta região. Disse que é assunto de altíssima relevância, que pode<br />
influir diretamente na vi<strong>da</strong> econômica do Estado Falou <strong>da</strong> importância do conhecimento e <strong>da</strong> pesquisa,<br />
para que os projetos tenham sucesso. Disse que aposta na área <strong>da</strong> ciência, na área <strong>da</strong> tecnologia e <strong>da</strong><br />
pesquisa. E que o Estado deve criar condições para que as universi<strong>da</strong>des possam aju<strong>da</strong>r na área <strong>da</strong><br />
pesquisa, para acontecer a evolução dos trabalhos e não acontecer o engessamento do Estado. Bandeira<br />
Brasil saudou a todos e disse que o trabalho tem base em cima <strong>da</strong> estrutura agrária <strong>da</strong> região.<br />
Apresentou um levantamento <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des próximas a Rosário, dos produtores que não tem alternativas.<br />
Disse que deve ser leva<strong>da</strong> to<strong>da</strong> a informação técnica, para o produtor rural para se ter sucesso no<br />
biodiesel. Alertou que temos que trabalhar em cima <strong>da</strong> tecnologia e transformação <strong>da</strong>s cabeças <strong>da</strong>s<br />
pessoas. O presidente deputado Giovani Cherini agradeceu a todos os rosarienses presentes e encerrou<br />
a reunião, dizendo que a nossa reflexão é que o município é um espaço geográfico onde os homens e<br />
as mulheres devem ser felizes. Portanto a construção deve ser para eterni<strong>da</strong>de e não em instantes, pois<br />
os filhos, netos e o planeta é que agradecerão. Então é função dos líderes e empreendedores<br />
entenderem e vivenciarem esse processo. Disse que a ousadia preenche os espaços vazios. Deputado<br />
Cherini convidou a todos, para a reunião dia sete de agosto, na sala Alberto Pasqualine, quarto an<strong>da</strong>r<br />
<strong>da</strong> AssembléiaLegislativa. O presidente o agradeceu a todos e encerrou a reunião. E para constar lavrei<br />
a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim secretária desta<br />
comissão.<br />
Sala de reuniões, em 20 de julho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini – Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
ATA Nº 05/06<br />
Aos sete dias do mês de agosto do ano de dois mil e seis, às quatorze horas, na Sala Alberto<br />
Pasqualini, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, reuniram-se os membros titulares e suplentes <strong>da</strong><br />
Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes os senhores deputados Giovani Cherini-PDT. O<br />
presidente deputado Giovani Cherini, saudou os presentes e iniciou a reunião falando do objetivo <strong>da</strong><br />
mesma, conforme a pauta: "Seminário Técnico <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> Bienergia". Convidou para<br />
participarem <strong>da</strong> mesa os palestrantes a seguir relacionados: Doutor Bill Costa, coordenador <strong>da</strong><br />
TECPAR; Doutor Richardson de Souza, coordenador do TECPAR; Aislan Einsen, representando o<br />
presidente <strong>da</strong> Associação Educacional Brasil/Alemanha (AEBA); Aldo Apolinário João, representando<br />
a Prefeitura Municipal de Aranguá/SC; Nidio Antonio Barni, representante <strong>da</strong> FEPAGRO; Paulo José<br />
Gallas, pesquisador <strong>da</strong> CIENTEC; Heitor Álvaro Petry, vice-presidente <strong>da</strong> Afubra; Vilson Neumenn<br />
14
Machado, presidente <strong>da</strong> Finema Multióleos Vegetais; Janice <strong>da</strong> Silva, professora e coordenadora,<br />
representante <strong>da</strong> UNISINOS; Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha Gehlen; representante do Banco Central;<br />
Henrique Fensterseifer, representando a UNIVATES; Diego de Medeiros Zamparetti, engenheiro<br />
agrônomo de Araranguá/SC; Jorge Luiz Castelan, representante do CIENTEC; Sérgio Luiz Crestani,<br />
representante <strong>da</strong> AGEPTEA; Marcilio Dresch, presidente <strong>da</strong> FULBRA. Citou a presença de Nelson<br />
Schuartz, representante <strong>da</strong> Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul; Vilson Caetano, <strong>da</strong> FEPAGRO;<br />
José Ricardo Pfeifer Silveira, representando a FEPAGRO; Christianne Belinzoni de Carvalho,<br />
representante <strong>da</strong> EPAGRO/Araranguá/SC; Luiz Esmael, representante <strong>da</strong> Prefeitura de Araranguá/SC;<br />
Isa Maria Leiria Northfleet, pesquisadora <strong>da</strong> CIENTEC; Rodinei Belmiro Pacheco, representante <strong>da</strong><br />
CIENTEC; Luiza Comenko, representante <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Zoobotânica do RGS; Eliseu Lazarin, técnico<br />
em informática <strong>da</strong> Prefeitura Municipal de Marcelino Ramos; Marcos Turatti, representando a<br />
UNIVATES de Lajeado/RS; Flávio Roberto Varane Junior, Iphoto Estudio, Eduardo Rol<strong>da</strong>ni e Luiz<br />
Alcides Brandini de Boni, do Grupo Tchê Quimica; Mauricio Flores dos Santos, <strong>da</strong> CIENTEC;<br />
Ronaldo Mabilde Lague, consultor <strong>da</strong> FIERGS; Beatriz Weiss de Souza, <strong>da</strong> SMAN <strong>da</strong> Prefeitura<br />
Municipal de Porto Alegre.; Marcos Augusto Cardoso, prefeito de Itacurubi; Luiz Alberto Reginatto,<br />
prefeito de Canudos do Vale, Marcius Joel Corbellini, <strong>da</strong> Secretaria do Estado de Planejamento; Paulo<br />
Roberto Ramse, prefeito municipal de General Câmara; Alencar Carlos Ruber, representante <strong>da</strong><br />
EMATER, Andréia Mara de Oliveira, representante <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual. Cherini agradeceu a<br />
presença de todos e lamentou não poder citar outros nomes de pessoas presentes, por não terem<br />
preenchido a lista de presença <strong>da</strong> Comissão, mas os considera <strong>da</strong> mesma forma pessoas importantes,<br />
de representação dos seus órgãos. O presidente falou que é um dia especial para a Comissão, porque é<br />
uma nova abor<strong>da</strong>gem sobre atitudes empreendedoras, que vem penetrando com força em todos os<br />
ramos do conhecimento humano. Falou que em decorrência de atitudes individualistas limita<strong>da</strong>s por<br />
paradigmas ultrapassados e burocráticos, muitos projetos ficavam apenas nos “inicialmentes”, mas<br />
agora com a parceria de todos vamos ter riqueza de saberes, de experiências e de resultados, junto a<br />
uma concepção cooperativista. Acredita seguramente na colaboração <strong>da</strong> Comissão para o<br />
desenvolvimento <strong>da</strong>s nossas regiões e do nosso país. E no resultado mais significativo que é a<br />
promoção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> do ci<strong>da</strong>dão. Falou que este é um fórum que visa desenvolver o<br />
programa gaúcho de bioenergia, objetivando criar ações de estímulo a pesquisas e uso <strong>da</strong> biomassa,<br />
com foco inicial na produção e aplicação do biodiesel, como biocombustível adicionando-o na matriz<br />
energética estatal. Enfatizou que todos apresentam algo em comum porque tem sinergia, são<br />
empreendedores e aceitam desafios. Lembrou que o mundo esta vivendo a era <strong>da</strong> biomassa, <strong>da</strong><br />
bioenergia e <strong>da</strong> agroenergia. E o resultado mais produtivo é a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> do ci<strong>da</strong>dão.<br />
Richardson, Coordenador do TECPAR saudou os presentes e mostrou através de vídeo o trabalho do<br />
Instituto de Tecnologia do Paraná, no programa de bioenergia. Primeiro fez apresentação do Instituto,<br />
dizendo que é uma instituição pública liga<strong>da</strong> a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do<br />
Paraná, e tem sessenta e seis anos de existência. Contou que o Instituto foi criado para <strong>da</strong>r suporte ao<br />
setor agropecuária do Estado do Paraná. Evoluindo com o passar do tempo, atualmente atende<br />
diferentes áreas <strong>da</strong> química, <strong>da</strong> microbiologia, <strong>da</strong> certificação, <strong>da</strong> produção de imunobiológicos, todos<br />
na área <strong>da</strong> ciência e tecnologia. Informou que tem a uni<strong>da</strong>de dos biocombustíveis, <strong>da</strong> qual é gerente. A<br />
uni<strong>da</strong>de CERBIOL, Centro Brasileiro de referência em biocombustíveis é o resultado de um convênio<br />
<strong>da</strong> Secretaria <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia com o Ministério <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia. A finali<strong>da</strong>de é<br />
desenvolver as ações do programa Paranaense de biocombustíveis. Falou com orgulho que servem de<br />
referencia nacional em biodiesel. Bill Costa disse que o biodiesel produzido nos laboratórios <strong>da</strong><br />
TECPAR não é para comercializar, mas serve para abastecer carros oficiais e proprie<strong>da</strong>des de<br />
agricultores. Disse que desenvolvem o trabalho de tal modo, que servem de modelo para outros<br />
estados, ao mesmo tempo que estimulam e podem aju<strong>da</strong>r outras agriculturas a produzirem biodiesel.<br />
Também citou o apoio recebido para outro projeto, que visa a implantação de miniusinas comunitárias<br />
de óleo vegetal, para junto com o diesel poderem no futuro servir como combustível. A idéia é <strong>da</strong>r<br />
suporte a pequenos agricultores, para que eles possam produzir óleos vegetais <strong>da</strong> maneira mais simples<br />
possível. Encerrou dizendo que fazer um projeto desses na área governamental não é fácil, mas já<br />
avançaram, pois hoje tem a planta do biodiesel, já planta<strong>da</strong>, e tem uma vertente do óleo vegetal para a<br />
15
solução do biodiesel. Informou que investiram bastante na questão do biodiesel, sendo esta uma<br />
questão irreversível, pois é só olhar para o problema do petróleo no mundo, veremos que esse projeto é<br />
a salvação. Aislan Persen <strong>da</strong> AEBA Associação Educacional Brasil/Alemanha, trabalha no Estado, na<br />
área de energias alternativas, que são partes eólicos e projetos de biomassa, isto em prol <strong>da</strong>s energias<br />
alternativas. Contou que a Associação foi cria<strong>da</strong> no ano de dois mil, com o objetivo de trabalhar com<br />
energia e meio ambiente, enfim trabalhar com a parte social. Comentou que a AEBA tem uma série de<br />
organizações agrega<strong>da</strong>s. E foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> com a finali<strong>da</strong>de de fomentar educação e desenvolvimento<br />
científico e tecnológico. Falou que a organização trabalha com profissionais <strong>da</strong>s áreas <strong>da</strong> engenharia,<br />
do direito, e professores voltados para diversas áreas do conhecimento. A missão é utilizar recursos<br />
tecnológicos e científicos, para buscar um ambiente auto-sustentável, priorizando a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>.<br />
Informou que algumas atribuições <strong>da</strong> Instituição são a promoção de seminários, pesquisas, prestação<br />
de serviços junto a comuni<strong>da</strong>de, aprimoramento de recursos humanos, intermediação entre ONGS.<br />
Relatou que alguns projetos feito pela AEBA são os em parceria com FAPERGS, na parte aeólica de<br />
controle de aerogeradores, CNPQ, FINEP, Eletrobrás. Existem projetos de monitoramento ambiental a<br />
distância, e alguns destes projetos são feitos com recursos próprios <strong>da</strong> associação. Mantém projetos de<br />
prestação de serviço para a prefeitura. Lembrou <strong>da</strong> questão do lixo que é uma preocupação prioritária.<br />
AEBA propôs um sistema integrado de tratamento de afluentes que pode ser colocado esgoto cloacal,<br />
ou colocados dejetos de animais. Falou <strong>da</strong> geração de biogás que produz energia, além de poder ser<br />
vendido diretamente para abastecer veículos, também trazendo a vantagem de ser colocado em<br />
cozinhas comunitárias. E sobre o lodo gerado do biodigestor na lavoura, tem a condição de ser um<br />
lodo estabilizado que não agride o meio ambiente. Comentou que esse projeto considerando a parte de<br />
esgoto cloacal urbano, fecha de certa forma um ciclo, porque pegamos o esgoto cloacal, produzimos o<br />
biogás, ou seja, o combustível alternativo, que vai <strong>da</strong>r condições de empresa se estabelecer no<br />
município, gerando empregos, ren<strong>da</strong>, melhorando a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e as condições de saúde.<br />
Reafirmou que esse projeto é passivo de ven<strong>da</strong> de crédito de carbono. Deputado Cherini disse que o<br />
Forun tem o objetivo de construir a política ou o programa gaúcho de bioenergia, para estimular o uso<br />
<strong>da</strong> biomassa com o foco especial na questão do biodiesel, do biocombustível, <strong>da</strong> matriz energética<br />
especialmente a matriz energética estatal. Em segui<strong>da</strong> o presidente abriu o espaço para debates.<br />
Finalmente o deputado Giovani Cherini disse que o mundo esta vivendo a era <strong>da</strong> biomassa, <strong>da</strong><br />
bioenergia , <strong>da</strong> águaenregia. Alertou que todos estamos participando e respondendo sempre as<br />
situações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, então temos o compromisso de fazer com que a bioenergia, faça parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
dos ci<strong>da</strong>dãos gaúchos e dos brasileiros. Encerrou o seminário agradecendo a participação de todos. E<br />
para constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por<br />
mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 07 de agosto de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
16
CONCLUSÔES<br />
Com base nos <strong>da</strong>dos colhidos nas nove reuniões realiza<strong>da</strong>s pela Comissão de <strong>Bioenergia</strong> , nas quais<br />
houve depoimentos de 47 instituições, chegou-se às seguintes conclusões, tendo em vista os objetivos<br />
perseguidos pela Comissão:<br />
- A b ioenergia aquecerá a economia gaúcha e determinará a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de nossa<br />
gente. A parceria entre diferentes setores de governo despertou uma nova vocação em nosso Estado.<br />
As Secretarias <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia (SCT) ; Energia, Minas e Comunicações (SEMC) , e do<br />
Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (SEDAI), e suas enti<strong>da</strong>des vincula<strong>da</strong>s, têm atuado de<br />
forma conjunta neste segmento com resultados empolgantes. Algumas usinas de biodiesel já se<br />
encontram em fase de instalação no Rio Grande do Sul e, certamente, outras integrarão este conjunto.<br />
Numa fase inicial, os investimentos já chegam a R$ 97,3 milhões para uma produção <strong>da</strong> ordem de 340<br />
milhões de litros de biodiesel por ano.<br />
- A bioenergia estimula a diversificação de culturas. A produção de combustíveis a partir de fontes<br />
naturais renováveis é uma solução para contornar limitações econômicas e ambientais do uso de<br />
petróleo e derivados, cujas reservas são esgotáveis, apesar <strong>da</strong> auto-suficiência recentemente anuncia<strong>da</strong>.<br />
Além disso, proporciona a redução <strong>da</strong> poluição do ar e habilita as enti<strong>da</strong>des a pleitearem os recursos<br />
oriundos de créditos de carbono.<br />
-As possibili<strong>da</strong>des de produção de biocombustíveis no Rio grande do Sul são i nquestionáveis pelas<br />
propícias condições geoeconômicas;<br />
-A produção de b ioenergia é uma oportuni<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong>mental para projetar o Rio Grande do Sul no<br />
mercado nacional e internacional;<br />
- Com a produção de biocombustível expande -se a fronteira agrícola gaúcha, viabilizando aumento <strong>da</strong><br />
oferta de emprego e de ren<strong>da</strong>. (O Sul do Brasil consome 21% do total de óleo diesel utilizado no país.<br />
Isso equivale a 7,75 milhões de tonela<strong>da</strong>s. No caso do biodiesel, o Rio Grande do Sul tem a seu favor o<br />
fato de ser o terceiro maior produtor nacional de oleaginosas);<br />
-A cultura de mamona, indica<strong>da</strong> para produção de biodiesel , é altamente rentável no Estado ,<br />
constituindo-se em uma <strong>da</strong>s fontes de ren<strong>da</strong>, principalmente para a agricultura familiar (com o plantio<br />
<strong>da</strong> mamona em alta escala, o Rio Grande do Sul contribuirá para diminuir consideravelmente os<br />
impactos do CO2 no meio ambiente, principal meta do Tratado de Kyoto);<br />
-Os órgãos de pesquisa necessitam de maiores investimentos para a orientação sobre as culturas<br />
oleaginosas com potencial para produção de biodiesel, com ênfase para mamona, canola, girassol,<br />
mandioca e a cana-de-açúcar. Esse trabalho inclui ativi<strong>da</strong>des de zoneamento agrícola, fertili<strong>da</strong>de e<br />
manejo de solos, seleção e melhoramento de materiais genéticos, controle de insetos, doenças e plantas<br />
<strong>da</strong>ninhas, teste de prensas para extração de óleo em projetos de pequena escala, análise de viabili<strong>da</strong>de<br />
econômica para ca<strong>da</strong> cultura, a<strong>da</strong>ptação e desenvolvimento de máquinas e implementos agrícolas para<br />
plantio, tratos culturais e colheita, e finalmente a produção de sementes básicas e certifica<strong>da</strong>s, a fim de<br />
disponibilizar os materiais genéticos aos produtores do Estado . ( O biodiesel vai fortalecer o<br />
agronegócio, o desenvolvimento regional sustentado, a geração de emprego e ren<strong>da</strong>, melhorias <strong>da</strong>s<br />
condições ambientais, redução <strong>da</strong> dependência do petróleo importado, melhoria <strong>da</strong> balança de<br />
pagamentos, exportação de produtos manufaturados);<br />
-O Programa Gaúcho de Biodiesel (Probiodiesel-RS), criado pelo Decreto nº 42.676 com o objetivo<br />
de estimular o desenvolvimento técnico-científico, a produção e uso de biodiesel baseado em óleos<br />
17
vegetais e gordura animal , tem sido importante na atração de novos investimentos no campo <strong>da</strong><br />
bioenergia;<br />
-O Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de <strong>Bioenergia</strong> do Estado do Rio Grande do Sul<br />
(AP/Bionergia RS), criado pelo Decreto nº 44.027 com o objetivo de contemplar todo o arranjo<br />
produtivo e incentivar o cultivo de cana-de-açúcar e oleaginosas ( canola, colza, girassol, amendoim,<br />
soja, linhaça e mamona ) , coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos<br />
Internacionais , tem contribuído para fomentar a produção de bioenergéticos como o biodiesel, por<br />
indústrias estabeleci<strong>da</strong>s no Rio Grande do Sul;<br />
-Inexiste financiamento para a cultura <strong>da</strong> mamona;<br />
-A CaixaRS, como o agente repassador de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social (BNDES), tem sido importante no custeio de investimentos industriais e agrícolas<br />
no setor de bioenergia ;<br />
-O uso <strong>da</strong> bioenergia não pode ser considerado como uma panacéia para todos os problemas<br />
energéticos. Ela deve ser considera<strong>da</strong> junto com outras opções considerando a sua combinação com<br />
outros fatores como: existência de fontes de matéria - prima, empresas produtoras interessa<strong>da</strong>s,<br />
padrões de consumo que lhe sustente e características técnicas de produção;<br />
-Definição de uma política estadual que conduza ao estabelecimento de um mercado para os chamados<br />
produ t os biobaseados ( a nualmente, o Rio Grande do Sul adquire, em seus diversos processos<br />
licitatórios, dezenas de milhares de r eais em materiais e serviços. Uma significativa parcela destes<br />
materiais, ou materiais empregados na execução dos serviços, são de origem fóssil ou não-renovável.<br />
Ao estabelecer-se a exigência ou preferência pelo emprego de produtos biobaseados, em substituição<br />
aos não-renováveis, colocar-se-á o Estado como um efetivo indutor de um mercado para uma nova<br />
classe de produtos, sem despender recursos além <strong>da</strong>queles já destinados às suas aquisições.<br />
Obviamente, a viabili<strong>da</strong>de desta exigência ou preferência deve ser pauta<strong>da</strong> por critérios técnicos);<br />
-Acesso, pela população, às terapias complementares (holísticas) através do Sistema Único de Saúde –<br />
SUS (a Portaria nº 971 do Ministério <strong>da</strong> Saúde já permite tratamentos a base de fitoterapia, acupuntura,<br />
homeopatia e termalismol)<br />
Porto Alegre, 4 de setembro de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini – PDT - Presidente<br />
Deputado Valdir Andres – PP - Relator<br />
Deputa<strong>da</strong> Miriam Marroni – PT (Vice-Presidente)<br />
Deputado Elvino Bonh Gass – PT<br />
Deputado Frei Sérgio – PT<br />
Deputado Frederico Antunes – PP<br />
Deputado Gerson Burmann – PDT<br />
Deputado Iradir Pietroski – PTB<br />
Deputado José Sperotto – PFL<br />
Deputado Adilson Troca – PSDB<br />
Deputa<strong>da</strong> Jussara Cony – PCdoB<br />
Deputado Heitor Schuch – PSB<br />
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ANEXO 1<br />
DECRETO Nº 42.676, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003.<br />
Institui o Programa Gaúcho de Biodiesel - PROBIODIESEL/RS -, e dá outras providências.<br />
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso <strong>da</strong> atribuição que lhe confere<br />
o artigo 82, inciso V, <strong>da</strong> Constituição do Estado,<br />
DECRETA:<br />
Art. 1º - Fica instituído o Programa Gaúcho de Biodiesel - PROBIODIESEL/RS -, com a finali<strong>da</strong>de de<br />
atuar em consonância com o Programa Brasileiro de Biocombustíveis - PROBIODIESEL -, definindo<br />
linhas de atuação para o apoio científico e tecnológico à produção e ampliação do mercado de<br />
consumo de biocombustíveis, a partir do uso de óleos vegetais e gordura animal como matéria-prima<br />
renovável, visando à sua introdução na matriz energética regional.<br />
§ 1º - O Programa instituído por este Decreto terá a supervisão do Secretário de Estado <strong>da</strong> Ciência e<br />
Tecnologia, em interação com a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, Secretaria <strong>da</strong><br />
Coordenação e Planejamento, Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais,<br />
Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento e Secretaria dos Transportes,<br />
cabendo à Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia - CIENTEC - a sua coordenação executiva.<br />
§ 2º - O Programa poderá ser executado com a colaboração de enti<strong>da</strong>des públicas e priva<strong>da</strong>s, que<br />
indicarão os respectivos representantes ao Secretário de Estado <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia.<br />
Art. 2º - São objetivos do Programa Gaúcho de Biodiesel - PROBIODIESEL/RS;<br />
I - contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de produção e para a ampliação do mercado de<br />
consumo de biocombustíveis;<br />
II - contribuir para a redução do consumo de derivado de petróleo e para a redução <strong>da</strong> emissão de<br />
poluentes;<br />
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III - estimular a execução de projetos e pesquisas voltados ao desenvolvimento de tecnologia de<br />
produção e uso de biodiesel;<br />
IV - viabilizar a capacitação e o treinamento de recursos humanos;<br />
V - oportunizar nova dinâmica para a atuação <strong>da</strong> agroindústria gaúcha.<br />
Art. 3º - Os Órgãos <strong>da</strong> Administração Direta e Indireta e as instituições priva<strong>da</strong>s convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s a<br />
participar do Programa Gaúcho de Biodiesel terão suas contribuições defini<strong>da</strong>s nos projetos a serem<br />
executados em parceria, contemplados em instrumentos específicos e pertinentes firmados com a<br />
Secretaria <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia, quando couber, nos quais deverão ser explicitados, inclusive, os<br />
agentes responsáveis pela execução e coordenação de ca<strong>da</strong> projeto.<br />
Art. 4º - O PROBIODIESEL/RS terá sua estrutura organizacional e operacional aprova<strong>da</strong> pelo<br />
Secretário de Estado <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia no prazo de 90 (noventa) dias.<br />
Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na <strong>da</strong>ta de sua publicação, revogando-se as disposições em<br />
contrário.<br />
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 25 de novembro de 2003.<br />
ANEXO 2<br />
DECRETO Nº 44.027, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.<br />
Cria o Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de <strong>Bioenergia</strong> do Estado do Rio Grande do Sul -<br />
AP/BIOENERGIA-RS e dá outras providências.<br />
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso <strong>da</strong> atribuição que lhe confere<br />
o art. 82, inciso V, <strong>da</strong> Constituição do Estado, e<br />
considerando que o fomento à competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s cadeias produtivas que integram a economia<br />
gaúcha, bem como a articulação dos diversos agentes públicos e privados inter-relacionados no<br />
processo de produção, são funções primordiais do Estado;<br />
considerando que o Governo do Estado identifica a produção de energia a partir <strong>da</strong> utilização racional<br />
dos recursos naturais renováveis como fator necessário ao desenvolvimento econômico e social<br />
sustentável do Rio Grande do Sul;<br />
considerando a existência de vários agentes públicos e privados que, no Estado, já desenvolvem<br />
ativi<strong>da</strong>des de pesquisa e geração de energia e insumos energéticos a partir de tais fontes, contribuindo<br />
para a diversificação <strong>da</strong> matriz energética gaúcha, além de impulsionar a geração de emprego e ren<strong>da</strong>;<br />
considerando a importância estratégica <strong>da</strong> substituição de importações de insumos <strong>da</strong> matriz energética<br />
gaúcha, com vistas a evitar a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> arreca<strong>da</strong>ção de ICMS para os estados que nos abasteçam de<br />
álcool ou outros biocombustíveis;<br />
considerando que a integração dos esforços do Governo e <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de consoli<strong>da</strong> o ambiente<br />
favorável para a atração de novos investimentos, contribuindo, desta forma, para a promoção do<br />
desenvolvimento integrado e para a redução <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des regionais e sociais no Rio Grande do<br />
Sul, e<br />
20
considerando, ain<strong>da</strong>, a política governamental de valorização dos Arranjos Produtivos Locais - APL’s<br />
como instrumentos eficazes de desenvolvimento sócio-econômico,<br />
DECRETA:<br />
Art. 1º - Fica criado o Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de <strong>Bioenergia</strong> do Estado do Rio Grande<br />
do Sul - AP/BIOENERGIA-RS, que atuará segundo as diretrizes básicas estabeleci<strong>da</strong>s por este<br />
Decreto.<br />
Parágrafo único - O AP/BIOENERGIA-RS poderá atuar mediante convênios a serem firmados com<br />
agentes públicos e privados locais, nacionais e internacionais.<br />
Art. 2º - O AP/BIOENERGIA-RS terá como objetivo promover a articulação entre todos os agentes<br />
públicos e privados que atuam ou podem vir a atuar na complexa rede dos arranjos produtivos de<br />
bioenergia, com o objetivo de incentivar e maximizar no Rio Grande do Sul a produção, a<br />
competitivi<strong>da</strong>de e o uso <strong>da</strong> bioenergia, nas suas diversas formas, estimulando o fortalecimento, a<br />
ampliação, os ganhos de produtivi<strong>da</strong>de e a diversificação tecnológica de todos os elos <strong>da</strong>s cadeias<br />
produtivas envolvi<strong>da</strong>s.<br />
Art. 3º - O AP/BIOENERGIA-RS será integrado por representantes dos seguintes Órgãos e Enti<strong>da</strong>des:<br />
I - Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais - SEDAI;<br />
II - Secretaria de Energia, Minas e Comunicações - SEMC;<br />
III - Secretaria <strong>da</strong> Agricultura e Abastecimento - SAA;<br />
IV - Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA;<br />
V - Secretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> - SEFAZ;<br />
VI - Secretaria <strong>da</strong> Coordenação e Planejamento - SCP;<br />
VII - Secretaria Ciência e Tecnologia - SCT;<br />
VIII - Secretaria dos Transportes - ST;<br />
IX - Casa Civil <strong>da</strong> Presidência <strong>da</strong> República;<br />
X - Ministério de Minas e Energia - MME;<br />
XI - Ministério <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia - MCT;<br />
XII - Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA;<br />
XIII - Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia - CIENTEC;<br />
XIV - Fun<strong>da</strong>ção Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM;<br />
XV - Fun<strong>da</strong>ção Estadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO;<br />
XVI - Fun<strong>da</strong>ção de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - FAPERGS;<br />
XVII - Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural -<br />
EMATER;<br />
XVIII - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA;<br />
XIX - Banco do Brasil S/A - BB;<br />
XX - Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A - BANRISUL;<br />
XXI - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE;<br />
XXII - Caixa Estadual S/A - Agência de Fomento/RS - CAIXA/RS;<br />
XXIII - Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE;<br />
XXIV - Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - SULGAS;<br />
XXV - Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE;<br />
XXVI - Federação <strong>da</strong>s Associações de Municípios do Rio Grande do Sul - FAMURS;<br />
XXVII - Fórum dos COREDES do Rio Grande do Sul;<br />
XXVIII - Federação <strong>da</strong> Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul - FARSUL;<br />
XXIX - Federação <strong>da</strong>s Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul - FIERGS;<br />
XXX - Federação do Comércio do Estado do Rio Grande do Sul - FECOMÉRCIO;<br />
XXXI - Federação <strong>da</strong>s Associações Comerciais do Rio Grande do Sul - FEDERASUL;<br />
XXXII - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG;<br />
21
XXXIII - Federação <strong>da</strong>s Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul –<br />
FECOAGRO/RS;<br />
XXXIV - Sindicato de Organização <strong>da</strong>s Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS;<br />
XXXV - Sindicato <strong>da</strong> Indústria de óleos Vegetais do Estado do Rio Grande do Sul - SIOLEO;<br />
XXXVI - Associação Gaúcha <strong>da</strong>s Empresas Florestais - AGEFLOR;<br />
XXXVII - Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa no Rio Grande do Sul - SEBRAE -<br />
RS;<br />
XXXVIII - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Rio Grande do Sul - SENAR-RS;<br />
XXXIX - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Sul - SENAI-RS;<br />
XL - Sindicato Intermunicipal <strong>da</strong>s Indústrias de Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias,<br />
Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensa<strong>da</strong>s e Lamina<strong>da</strong>s, Aglomerados e Chapas de<br />
Fibras de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul - SINDIMADEIRA;<br />
XLI - Associação dos Produtores de Cana do Estado do Rio Grande do Sul - APRODECANA;<br />
XLII - Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS;<br />
XLIII - Fun<strong>da</strong>ção Universi<strong>da</strong>de do Rio Grande - FURG;<br />
XLIV - Universi<strong>da</strong>de Federal de Pelotas - UFPEL;<br />
XLV - Universi<strong>da</strong>de de Cruz Alta - UNICRUZ;<br />
XLVI - Universi<strong>da</strong>de Regional Integra<strong>da</strong> do Alto Uruguai e <strong>da</strong>s Missões - URI;<br />
XLVII - Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS;<br />
XLVIII - Universi<strong>da</strong>de Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ;<br />
XLIX - Universi<strong>da</strong>de de Caxias do Sul - UCS;<br />
L - Universi<strong>da</strong>de Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS;<br />
LI - Universi<strong>da</strong>de do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS;<br />
LII - Universi<strong>da</strong>de de Santa Cruz do Sul - UNISC;<br />
LIII - Universi<strong>da</strong>de Luterana do Brasil - ULBRA;<br />
LIV - Grupo Ipiranga S/A;<br />
V - PETROBRAS S/A;<br />
LVI - Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental - IBPS.<br />
Parágrafo único - O Governador do Estado poderá convi<strong>da</strong>r e designar para compor o<br />
AP/BIOENERGIA-RS outros representantes de enti<strong>da</strong>des do setor privado, de organizações <strong>da</strong><br />
socie<strong>da</strong>de civil, de instituições ou órgãos federais, estaduais e municipais, ou profissionais e<br />
autori<strong>da</strong>des, <strong>da</strong> área <strong>da</strong> bioenergia, em número máximo de 20 (vinte).<br />
Art. 4º - O AP/BIOENERGIA-RS será presidido pelo Governador do Estado, que poderá delegar tal<br />
função ao Secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, a cuja Secretaria caberá o<br />
suporte administrativo do mesmo.<br />
Parágrafo único - O Presidente do AP/BIOENERGIA-RS poderá convi<strong>da</strong>r para participar <strong>da</strong>s reuniões<br />
representantes de órgãos e enti<strong>da</strong>des do setor privado ou <strong>da</strong> Administração Direta e Indireta <strong>da</strong> União,<br />
dos Estados e dos Municípios, bem como quaisquer pessoas que possam contribuir para que seus<br />
objetivos sejam atingidos.<br />
Art. 5º - São atribuições do AP/BIOENERGIA-RS:<br />
a) Avaliar permanentemente as condições de inserção <strong>da</strong>s fontes bioenergéticas na matriz de energia<br />
do Estado do Rio Grande do Sul;<br />
b) viabilizar a elaboração de mapeamento <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des de cultivo no território gaúcho <strong>da</strong>s várias<br />
plantas para uso em bioenergia;<br />
c) buscar a sinergia <strong>da</strong>s ações dos órgãos de pesquisa para ampliar a criação e implantação de espécies<br />
mais produtivas e resistentes;<br />
d) incentivar a atração de investimentos necessários para a conversão em combustível e energia <strong>da</strong><br />
matéria prima vegetal e animal produzi<strong>da</strong> no Rio Grande do Sul;<br />
e) levantar as carências e necessi<strong>da</strong>des para o aprimoramento <strong>da</strong>s cadeias produtivas afins ao objetivo<br />
do AP/BIOENERGIA-RS;<br />
22
f) analisar e recomen<strong>da</strong>r ao Governo do Estado ações para uma melhor adequação <strong>da</strong> política<br />
bioenergética local às políticas nacionais correspondentes;<br />
g) propiciar um sistema de financiamento adequado ao plantio de vegetais como fonte de matéria<br />
prima para bioenergia;<br />
h) estimular o permanente diálogo entre seus membros, de forma a facilitar a integração sinérgica de<br />
suas ativi<strong>da</strong>des.<br />
Art. 6º - O AP/BIOENERGIA-RS instituirá Grupos de Trabalho Temáticos - GTT’s e um Comitê<br />
Executivo.<br />
§ 1º - Os GTT’s serão criados pelo AP/BIOENERGIA-RS sempre que necessários para a análise de<br />
matérias específicas, podendo deles participar técnicos indicados por enti<strong>da</strong>des e órgãos integrantes do<br />
AP/BIOENERGIA-RS.<br />
§ 2º - Ca<strong>da</strong> GTT terá um Secretário Executivo, eleito por seus respectivos membros.<br />
§ 3º - O Comitê Executivo será constituído pelos Secretários Executivos dos GTT’s e terá um<br />
coordenador designado pela Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais - SEDAI.<br />
Art. 7º - No prazo máximo de 120 dias, o AP/BIOENERGIA-RS aprovará o seu Regimento Interno.<br />
Art. 8º - Os membros do AP/BIOENERGIA-RS, bem como os componentes do seu Comitê Executivo<br />
e dos seus GTT’s, e as pessoas convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s para participar de suas reuniões, não farão jus a qualquer<br />
remuneração.<br />
Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na <strong>da</strong>ta de sua publicação, revogando-se as disposições em<br />
contrário.<br />
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 22 de setembro de 2005.<br />
ANEXO 3<br />
O QUE É A ENERGIA?<br />
Tudo o que acontece à nossa volta é provocado pela energia. Olha por uma janela. Se for de dia, o sol<br />
dá-nos luz e calor; se for de noite, as lâmpa<strong>da</strong>s usam a energia eléctrica para produzir luz. O carro que<br />
te leva para a escola ou para casa é abastecido com gasolina, um derivado do petróleo.<br />
Os alimentos que comemos constituem energia que usamos para brincar ou estu<strong>da</strong>r.<br />
Como podes ver a energia faz com que tudo aconteça.<br />
Existem dois grandes tipos de energia, dependendo se ela está em movimento ou armazena<strong>da</strong>.<br />
- A energia em movimento chama-se energia cinética ou dinâmica;<br />
-A energia armazena<strong>da</strong> chama-se energia potencial.<br />
O seguinte exemplo aju<strong>da</strong>-te a perceber a diferença entre estes dois tipos de energia.<br />
Põe uma caneta na ponta <strong>da</strong> tua escrivaninha e empurra-a para o chão. A caneta em movimento usa a<br />
energia cinética. Agora, pousa-a novamente em cima <strong>da</strong> secretária. Tu usaste a tua própria energia<br />
armazena<strong>da</strong> para levantar e mover a caneta; à medi<strong>da</strong> que a afastas do chão ela vai adquirindo ca<strong>da</strong> vez<br />
mais energia, pois quanto mais alta estiver maior é a que<strong>da</strong>. Quando a pousas na secretária ela contém<br />
energia potencial armazena<strong>da</strong>.<br />
A energia pode ser medi<strong>da</strong> de várias maneiras. Uma delas é o Btu (British Thermal Unit), medi<strong>da</strong><br />
britânica que mede a energia calorífica. Um Btu é a quanti<strong>da</strong>de de energia necessária para elevar um<br />
grau Fahrenheit a temperatura de 0,454 litros de água. Um Btu corresponde a um fósforo aceso. Por<br />
exemplo, para fazer uma cafeteira de café são necessários 2000 Btus.<br />
A energia também pode ser medi<strong>da</strong> em joules. São necessários mil joules para igualar um Btu, por<br />
isso:<br />
23
1000 Joules = 1 Btu<br />
Assim, seriam necessários dois milhões de joules para fazer a mesma cafeteira de café.<br />
O nome Joule vem de um físico Inglês que se chamava James Prescott Joule. Ele descobriu que o calor<br />
é um tipo de energia.<br />
Um joule é quanti<strong>da</strong>de de energia necessária para levantar 454 gramas do chão a uma altura de nove<br />
polega<strong>da</strong>s (é aproxima<strong>da</strong>mente 22,86 centímetros).<br />
Na generali<strong>da</strong>de os cientistas preferem medir a energia em joules do que em Btus; por outro lado, o<br />
sistema de medição métrica, metros e quilogramas, é mais usado do que o sistema britânico de "pés" e<br />
"polega<strong>da</strong>s".<br />
Como no sistema métrico mil significa quilo então temos:<br />
1000 joules = 1 Kilojoule = 1 Btu<br />
Uma torra<strong>da</strong> barra<strong>da</strong> com manteiga contém cerca de 315 kilojoules; com esta energia tu poderias:<br />
- caminhar lentamente durante 15 minutos;<br />
- an<strong>da</strong>r depressa durante 6 minutos;<br />
- an<strong>da</strong>r de bicicleta durante 10 minutos;<br />
- dormir durante 1-1/2 horas;<br />
- conduzir um carro durante 60 segundos a 80 quilómetros por hora:<br />
- manter uma lâmpa<strong>da</strong> acesa de 60 watts durante 1-1/2 horas.<br />
ALGUMAS ALTERAÇÕES NA FORMA DE ENERGIA<br />
A energia não pode ser cria<strong>da</strong> nem destruí<strong>da</strong>, mas podemos mu<strong>da</strong>r a sua forma.<br />
A energia armazena<strong>da</strong> nas pilhas <strong>da</strong>s lanternas transforma-se em luz quando as acendemos.<br />
A comi<strong>da</strong> ingeri<strong>da</strong> é armazena<strong>da</strong> no nosso corpo como energia potencial química; quando a usamos<br />
para trabalhar, o que implica movimento, ela constitui energia cinética.<br />
Se comeres demasiado a energia é armazena<strong>da</strong> em forma de gordura.<br />
Quando falas ao telefone a tua voz transforma-se em energia eléctrica, ao mesmo tempo o telefone<br />
transforma essa energia eléctrica em som.<br />
A ENERGIA CALORÍFICA<br />
O calor é uma forma de energia usa<strong>da</strong> em muitas circunstâncias, por exemplo, serve para aquecer as<br />
casas ou cozinhar a comi<strong>da</strong>.<br />
A energia calorífica apresenta-se e move-se de três maneiras;<br />
1. Condução<br />
2. Transmissão<br />
3. Radiação<br />
A condução de calor acontece quando a energia passa directamente de um sítio para o outro. Se<br />
mexeres uma panela de sopa ao lume com uma concha metálica esta aquece. Isto acontece porque o<br />
calor é conduzido <strong>da</strong> parte quente <strong>da</strong> panela para a zona fria <strong>da</strong> concha.<br />
Os metais são excelentes condutores do calor, por isso, os tachos e panelas que a tua mãe usa para<br />
cozinhar são feitos de metal. Outros materiais como o plástico ou a madeira são maus condutores de<br />
calor e a eles chamamos isoladores.<br />
A transmissão é o movimento de gases ou líquidos de um sítio frio para outro mais quente. Se a tal<br />
panela de sopa fosse feita de vidro poderíamos ver as deslocações ocorri<strong>da</strong>s dentro <strong>da</strong> panela. De facto<br />
a sopa quente do fundo <strong>da</strong> panela move-se para cima onde está mais frio, e em sentido inverso, a sopa<br />
que está no cimo <strong>da</strong> panela desloca-se para o fundo onde está mais quente. Desta maneira gera-se um<br />
movimento circular corrente.<br />
O vento é muitas vezes causado por transmissões de calor. Durante o dia, o ar frio vindo do mar<br />
desloca-se de forma a substituir o ar quente <strong>da</strong> terra; à noite a direcção do vento inverte pois, a água<br />
está mais quente relativamente à terra.<br />
24
A radiação é a última forma de movimento <strong>da</strong> energia calorífica. A luz do sol e seu calor não chegam à<br />
terra por condução ou transmissão porque o espaço celeste é quase vazio. Os raios solares são emitidos<br />
em linha rectas e o seu movimento chama-se radiação.<br />
Quando os raios solares atingem a terra a sua radiação é absorvi<strong>da</strong> ou reflecti<strong>da</strong>. As superfícies escuras<br />
absorvem mais a radiação e as claras reflectem-na. Assim, durante o Verão an<strong>da</strong>s mais fresco se usares<br />
roupas claras.<br />
FORMAS DE ENERGIA<br />
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: PETRÓLEO, CARVÃO E GÁS NATURAL<br />
- Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão, o petróleo e o gás natural. Os três foram<br />
formados há milhões de anos na época dos dinossauros, <strong>da</strong>í o nome de combustível fóssil.<br />
- Os combustíveis fósseis são resultado de um processo de decomposição <strong>da</strong>s plantas e dos animais.<br />
- As plantas armazenam a energia recebi<strong>da</strong> do sol transformando-a no seu próprio alimento. A este<br />
processo chama-se fotossíntese. Por sua vez, os animais comem as plantas para adquirirem energia.<br />
Finalmente, as pessoas comem os animais e as plantas para obter a energia necessária para trabalhar.<br />
- Quando as plantas, dinossauros e outras criaturas morreram, a terra decompôs os seus corpos<br />
enterrados, cama<strong>da</strong> por cama<strong>da</strong>, debaixo <strong>da</strong> terra. São necessários dois milhões de anos para que estas<br />
ca ma<strong>da</strong>s de matéria orgânica se transformem em pedra preta e dura a que chamamos o carvão, num<br />
líquido negro: o petróleo, ou ain<strong>da</strong> no gás natural.<br />
- O gás natural é mais leve que o ar, sendo constituído maioritariamente por metano. O metano é um<br />
composto químico simples constituído por átomos de carbono e hidrogênio. A sua fórmula química é o<br />
CH4. Este gás é altamente inflamável e encontra-se em reservatórios subterrâneos perto do petróleo.<br />
Desta forma é bombeado e transportado de forma semelhante a do petróleo.<br />
- O gás natural não tem odor nem pode ser visto, por isso, antes de ser canalizado por tubos até aos<br />
tanques de armazenamento, mistura-se um químico que lhe confere um forte odor parecido com ovos<br />
podres. Assim, é facilmente identifica<strong>da</strong> uma fuga de gás.<br />
- O gás armazenado nos tais tanques é distribuído através de tubos até casas, fábricas e centrais<br />
elétricas servindo de combustível para produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- Os combustíveis fósseis estão em formação desde o tempo dos dinossauros, quando as plantas e<br />
animais morreram. A sua matéria orgânica decompôs-se gradualmente ao longo dos anos até se<br />
transformar em carvão, petróleo e gás natural.<br />
- Os combustíveis fósseis encontram-se normalmente no subsolo e são extraídos de minas (é o caso do<br />
carvão) ou como o petróleo e gás natural retirados através de uma bomba de pressão dos poços<br />
petrolíferos.<br />
- O petróleo é transportado por tubos largos ou em grandes distâncias por navios petrolíferos para<br />
locais onde vai ser transformado noutros produtos.<br />
- Muitos produtos como o plástico e fertilizantes derivam do petróleo.<br />
- Os combustíveis fósseis não são renováveis nem podem ser fabricados, o melhor é a sua preservação.<br />
ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS<br />
- Algumas formas de energia que consumimos são renováveis, nas quais se incluem a energia solar,<br />
eólica, hidráulica e geotérmica. Estes tipos de energia são constantemente renovados.<br />
- Mas, há outras fontes de energia que não são renováveis. Por exemplo, a energia que usamos nos<br />
nossos carros não se pode fabricar; os combustíveis fósseis levam milhões de anos para se formarem e<br />
não podem ser produzidos de um dia para o outro.<br />
- As fontes de energia não renováveis são finitas e esgotam-se (um poço de petróleo não pode ser<br />
enchido pois este combustível é resultado de milhões de anos de decomposição orgânica). Uma vez<br />
gasta, não é possível usá-la de novo, por isso, o melhor é conservar e poupar ao máximo as formas de<br />
energia não renovável.<br />
25
A ENERGIA BIOMASSA<br />
- A biomassa é o material que normalmente imaginamos como lixo. São restos e sobras de to<strong>da</strong> a<br />
espécie: árvores mortas, ramos de árvores, restos de relva corta<strong>da</strong>, cascas de árvores e serradura que<br />
sobram nas carpintarias, sobras de colheitas, cascalho e pedras miú<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s habitação, produtos de<br />
papel e outros objetos que colocamos fora.<br />
- A biomassa pode ser aproveita<strong>da</strong> para produzir eletrici<strong>da</strong>de reduzindo a necessi<strong>da</strong>de de recorrer a<br />
outras fontes de energia.<br />
- Na Califórnia, a biomassa é responsável pela produção de 2,77% de to<strong>da</strong> a energia elétrica.<br />
- O uso <strong>da</strong> biomassa não contribui para o aquecimento global <strong>da</strong> Terra. As plantas usam e armazenam<br />
dióxido de carbono enquanto crescem, depois ele é libertado quando queimamos as plantas. Assim,<br />
termina-se o ciclo de armazenamento do dióxido de carbono. Este gás em quanti<strong>da</strong>des excessivas<br />
provoca o efeito de estufa ou o aquecimento global do planeta.<br />
- A grande vantagem <strong>da</strong> biomassa é que pode ser reutiliza<strong>da</strong> e transforma<strong>da</strong> noutros produtos como o<br />
papel e fertilizantes; acumula-se menos lixo nas lixeiras e é necessária menos terra para depositar o<br />
lixo.<br />
ENERGIA HIDRÁULICA<br />
- Quando chove nas colinas e montanhas a água concentra-se em rios correntes que se deslocam para o<br />
mar. O movimento ou a que<strong>da</strong> <strong>da</strong> água contém energia cinética que pode ser aproveita<strong>da</strong> como fonte<br />
de energia.<br />
- Durante centenas de anos o movimento <strong>da</strong> água foi usado nos moinhos. A passagem <strong>da</strong> água fazia<br />
mover lemes de madeira que estão ligados a uma mó (pedra granítica redon<strong>da</strong> muito pesa<strong>da</strong>). Esta,<br />
ro<strong>da</strong> e mói o milho transformando-o em farinha. Atualmente a corrente <strong>da</strong> água é usa<strong>da</strong> para produzir<br />
energia elétrica.<br />
- Hidra significa água. Energia hidroelétrica é a eletrici<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong> através do movimento <strong>da</strong> água.<br />
A energia hidroelétrica usa a energia cinética <strong>da</strong> água para produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- Normalmente constroem-se diques que param o curso <strong>da</strong> água acumulando-a num reservatório<br />
(barragem). Noutros casos, existem diques que não param o curso natural <strong>da</strong> água, mas obriga-a a<br />
passar pela turbina de forma a produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- Quando se abrem as comportas <strong>da</strong> barragem, a água presa passa pelas lâminas <strong>da</strong> turbina fazendo-a<br />
girar.<br />
- A partir do movimento de rotação <strong>da</strong> turbina o processo repete-se, ou seja, o gerador ligad o à<br />
turbina transforma a energia mecânica em eletrici<strong>da</strong>de.<br />
A ENERGIA NUCLEAR: FISSÃO E FUSÃO<br />
- Outra grande forma de energia é a nuclear - energia presa dentro do núcleo de ca<strong>da</strong> átomo. Uma <strong>da</strong>s<br />
leis <strong>da</strong> natureza é que a energia não pode ser cria<strong>da</strong> nem destruí<strong>da</strong>, mas apenas mu<strong>da</strong>r a forma. A<br />
massa dos corpos pode ser transforma<strong>da</strong> em energia.<br />
- O cientista Albert Einstein criou a seguinte fórmula matemática: E=mc2, significa que a energia (E) é<br />
igual á massa (m) vezes a veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> luz (c) ao quadrado. Os cientistas usaram a fórmula de<br />
Einstein para descobrir a energia nuclear e construir bombas atômicas.<br />
- A fissão nuclear consiste em separar o núcleo de um átomo.<br />
- A separação do núcleo gera energia luminosa e calorífica.<br />
- Numa central nuclear controla-se a reação nuclear para produzir calor e aquecer a água. A água<br />
fervi<strong>da</strong> dentro dos tubos transforma-se em vapor que faz girar a turbina e produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- A fusão nuclear significa juntar vários núcleos para formar um só.<br />
- O sol usa a fusão nuclear do hidrogênio para obter o hélio; neste processo liberta-se luz e calor.<br />
- Por todo o mundo, cientistas têm tentado controlar a fusão nuclear de forma a que esta constitua uma<br />
fonte de energia menos dispendiosa.<br />
26
A energia do mar<br />
- Os oceanos podem ser uma fonte de energia para iluminar as nossas casas e empresas. Neste<br />
momento, o aproveitamento <strong>da</strong> energia do mar é apenas experimental e raro.<br />
-Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: on<strong>da</strong>s, marés e diferenças de temperatura<br />
dos oceanos.<br />
A ENERGIA DAS ONDAS<br />
- A energia cinética do movimento ondular pode ser usa<strong>da</strong> para pôr uma turbina a funcionar. A<br />
elevação <strong>da</strong> on<strong>da</strong> numa câmara de ar provoca a saí<strong>da</strong> do ar lá contido; o movimento do ar pode fazer<br />
girar uma turbina. A energia mecânica <strong>da</strong> turbina é transforma<strong>da</strong> em energia elétrica através do<br />
gerador.<br />
- Quando a on<strong>da</strong> se desfaz e a água recua, o ar desloca-se em sentido contrário passando novamente<br />
pela turbina entrando na câmara por comportas especiais normalmente fecha<strong>da</strong>s.<br />
- Esta é apenas uma <strong>da</strong>s maneiras de retirar energia <strong>da</strong> on<strong>da</strong>s. Atualmente, utiliza-se o movimento de<br />
subi<strong>da</strong>/desci<strong>da</strong> <strong>da</strong> on<strong>da</strong> para <strong>da</strong>r potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo num<br />
cilindro. O êmbolo pode pôr um gerador a funcionar.<br />
-Os sistemas para retirar energia <strong>da</strong>s on<strong>da</strong>s são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma<br />
casa ou algumas bóias de aviso coloca<strong>da</strong>s no mar.<br />
A ENERGIA DAS MARÉS<br />
- A energia <strong>da</strong> deslocação <strong>da</strong>s águas do mar é outra fonte de energia. Para a transformar são<br />
construídos diques que envolvem uma praia. Quando a maré enche a água entra e fica armazena<strong>da</strong> no<br />
dique; ao baixar a maré, a água sai pelo dique como em qualquer outra barragem.<br />
- Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um<br />
aumento do nível <strong>da</strong> água de pelo menos 5,5 metros <strong>da</strong> maré baixa para a maré alta. Existem poucos<br />
locais no mundo onde se verifique tamanha mu<strong>da</strong>nça nas marés.<br />
A ENERGIA TÉRMICA DOS OCEANOS<br />
- O último tipo de energia oceânica usa as diferenças de temperatura do mar. Ao mergulhar no oceano<br />
nota-se que a água se torna mais fria quanto mais profundo for o mergulho. A água do mar é mais<br />
quente na superfície porque está exposta aos raios solares.<br />
- Pode-se usar as diferenças de temperatura para produzir energia, no entanto, são necessárias<br />
diferenças de 38 graus Fahrenheit entre a superfície e o fundo do oceano. Esta fonte de energia é usa<strong>da</strong><br />
no Japão e no Hawai (EUA), mas apenas como demonstração e experiência.<br />
Energia Solar<br />
- O sol sempre foi uma fonte de energia. Por exemplo, quando colocamos as roupas para secar ao sol<br />
usamos o seu calor. As plantas usam a luz do sol para produzir comi<strong>da</strong> e os animais alimentam- se<br />
delas. A decomposição de animais e plantas durante milhões de anos dá origem ao carvão, petróleo e<br />
gás natural. Por isso, os combustíveis fósseis que atualmente dispomos começaram por ser luz solar há<br />
milhões de anos.<br />
- O sol também pode ser usado para aquecer água nas nossas casas e empresas.<br />
- Atualmente as ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s placas solares têm aumentado. Os sistemas solares aquecem as casas, as<br />
empresas e até piscinas.<br />
- A placa solar situa-se nos telhados <strong>da</strong>s casas e prédios expostas ao sol. Este sistema aquece a água<br />
existente nos canos debaixo <strong>da</strong> placa solar.<br />
- A energia solar também pode ser usa<strong>da</strong> para produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- Podemos transformar a luz do sol diretamente em eletrici<strong>da</strong>de usando células solares.<br />
- As células solares, também chama<strong>da</strong>s células fotovoltaicas, podem ser encontra<strong>da</strong>s em pequenas<br />
aplicações como máquinas de calcular ou até em naves espaciais. Este sistema foi desenvolvido na<br />
déca<strong>da</strong> de 50 nos Estados Unido s na construção dos satélites espaciais.<br />
- Quando a pequena célula solar fica exposta ao sol, os elétrons libertam-se do seu núcleo deslocandose.<br />
Eles movem-se para a superfície <strong>da</strong> placa solar. As duas extremi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> célula solar estão liga<strong>da</strong>s<br />
27
por um fio condutor elétrico; assim, o movimento dos elétrons gera uma corrente elétrica. A energia<br />
elétrica <strong>da</strong> célula solar pode então ser usa<strong>da</strong> diretamente nas máquinas de calcular.<br />
A ENERGIA EÓLICA<br />
- A energia cinética do vento também é uma fonte de energia e pode ser transforma<strong>da</strong> em energia<br />
mecânica e elétrica. Um barco à vela usa a energia dos ventos para se deslocar na água. Esta é uma<br />
forma de produzir força através do vento.<br />
- Durante muitos anos, os agricultores serviram-se <strong>da</strong> energia eólica para bombear água dos furos<br />
usando moinhos de vento. O vento também é usado para girar a mó dos moinhos transformando o<br />
milho em farinha. Atualmente o vento é usado para produzir eletrici<strong>da</strong>de.<br />
- O vento forte pode ro<strong>da</strong>r as lâminas de uma turbina a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> para o vento (em vez do vapor ou <strong>da</strong><br />
água é o vento que faz girar a turbina). A ventoinha <strong>da</strong> turbina está liga<strong>da</strong> a um eixo central que<br />
contém em cima um fuso rotativo. Este eixo chega até uma caixa de transmissão onde a veloci<strong>da</strong>de de<br />
rotação é aumenta<strong>da</strong>. O gerador ligado ao transmissor produz energia elétrica.<br />
ANEXO 4<br />
O QUE É BIODIESEL?<br />
Biodiesel é uma alternativa aos combustíveis derivado do petróleo. Pode ser usado em carros<br />
e qualquer outro veículo com motor diesel. Fabricado a partir de fontes renováveis (girassol,<br />
soja, mamona), é um combustível que emite menos poluentes que o diesel. Saiba aqui porque<br />
todos estão falando deste biocombustível.<br />
VANTAGENS DO BIODIESEL<br />
Ca<strong>da</strong> vez mais o preço <strong>da</strong> gasolina, diesel e derivados de petróleo tendem a subir. A ca<strong>da</strong> ano<br />
o consumo aumenta e as reservas diminuem. Além do problema físico, há o problema<br />
político: a ca<strong>da</strong> ameaça de guerra ou crise internacional, o preço do barril de petróleo dispara.<br />
ASPECTOS ECONÔMICOS DO BIODIESEL<br />
Para aumentar sua competitivi<strong>da</strong>de, os custos de produção do biodiesel podem ser<br />
minimizados através <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> dos co-produtos gerados durante o processo de<br />
transesterificação, tais como a glicerina, adubo e ração protéica vegetal.<br />
ESPECIFICAÇÕES DO BIODIESEL<br />
Em função <strong>da</strong> importância do biodiesel e <strong>da</strong> futura regulamentação para sua utilização no<br />
país, o estabelecimento de padrões de quali<strong>da</strong>de para o biodiesel se constitui um fator<br />
primordial para sua adoção ser bem sucedi<strong>da</strong>.<br />
HISTÓRIA E BIODIESEL<br />
Durante a Exposição Mundial de Paris, em 1900, um motor diesel foi apresentado ao público<br />
funcionando com óleo de amendoim. Os primeiros motores tipo diesel eram de injeção<br />
indireta. Tais motores eram alimentados por petróleo filtrado, óleos vegetais e até mesmo por<br />
óleos de peixe.<br />
O combustível especificado como "óleo diesel" somente surgiu com o advento dos motores<br />
diesel de injeção direta, sem pré-câmara. A disseminação desses motores se deu na déca<strong>da</strong> de<br />
50, com a forte motivação de rendimento muito maior, resultando em baixos consumos de<br />
combustível. Além dos baixos níveis de consumos específicos, os motores diesel modernos,<br />
produzem emissões, de certa forma aceitáveis, dentro de padrões estabelecidos.<br />
No Brasil, o pioneiro do uso de biocombustíveis foi o Conde Francisco de Matarazzo.<br />
Nos anos 60, as Indústrias Matarazzo buscavam produzir óleo através dos grãos de café. Para<br />
lavar o café de forma a retirar suas impurezas, impróprias para o consumo humano, foi usado<br />
28
o álcool <strong>da</strong> cana de açúcar. A reação entre o álcool e o óleo de café resultou na liberação de<br />
glicerina, redun<strong>da</strong>ndo em éster etílico, produto que hoje é chamado de biodiesel.<br />
O petróleo assim, foi adquirindo com o aumento do uso de motores a diesel, grande<br />
importância. A dimensão <strong>da</strong> importância que o petróleo adquiriu pôde ser vista com a crise do<br />
petróleo, que elevou os preços em mais de 300% entre 1973 e 1974, porque os países do<br />
Oriente Médio descobriram que o petróleo é um bem não-renovável e que, por isso, iria<br />
acabar algum dia. Os produtores de petróleo então diminuíram a produção, elevando o preço<br />
do barril de US$ 2,90 para US$ 11,65 em apenas três meses. As ven<strong>da</strong>s para os EUA e a<br />
Europa também foram embarga<strong>da</strong>s nessa época devido ao apoio <strong>da</strong>do Israel na Guerra do<br />
Yom Kippur (Dia do Perdão). Com isso, as cotações chegaram a um valor equivalente a US$<br />
40 nos dias de hoje (essa crise aumentou dívi<strong>da</strong> externa brasileira em mais de 40%).<br />
Essa crise representou um ver<strong>da</strong>deiro marco na história energética do Planeta, pois o homem<br />
passou a valorizar as energias, posicionando-as em destaque, com relação aos bens de sua<br />
convivência.<br />
No mundo todo, muitos esforços foram dedicados à superação <strong>da</strong> crise, os quais incidiram,<br />
basicamente, em dois grupos de ações:<br />
(a) conservação ou economia de energia;<br />
(b) usos de fontes alternativas de energia.<br />
A crise do petróleo, juntamente com a crise do açúcar impulsionou o pró-álcool coman<strong>da</strong>dos<br />
pelo professor José Walter Bautista Vi<strong>da</strong>l, que era o então secretário de Tecnologia Industrial,<br />
com o auxílio de uma equipe de profundos conhecedores do setor, passaram a a<strong>da</strong>ptar<br />
motores para o uso de combustíveis de origem vegetal, alternativos aos derivados do petróleo.<br />
Daí surgiu o Pro-álcool, com tecnologia 100% nacional. O programa do Pro-álcool consistia<br />
em transformar energia armazena<strong>da</strong> por meio de organismos vegetais (processo de<br />
fotossíntese) em energia mecânica - forma renovável de se obter energia e, principalmente,<br />
um método que não agride o meio ambiente.<br />
Em 79, a paralisação <strong>da</strong> produção iraniana, conseqüência <strong>da</strong> revolução Islâmica lidera<strong>da</strong> pelo<br />
aiatolá Khomeini, provocou o segundo grande choque do petróleo, elevando o preço médio do<br />
barril ao equivalente a US$ 80 atuais. Os preços permaneceram altos até 1986, quando<br />
voltaram a cair.<br />
Depois <strong>da</strong>s crises do petróleo de 1974 e de 1979, o mundo "resolveu" a questão do petróleo de<br />
duas formas: aumentando a produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> energia e aumentando as taxas de juros a níveis<br />
inéditos. Como resultado, os donos <strong>da</strong>s reservas aumentaram a taxa de extração de petróleo.<br />
Além disso, a maioria dos países consumidores criou impostos sobre o petróleo,<br />
transformando-se em sócios na valorização do produto, o que antes pertencia apenas aos<br />
países <strong>da</strong> Opep.<br />
Entretanto, embora o Pro-álcool tenha sido implementado em 1975, somente a partir de 1979<br />
após o segundo choque do petróleo, que o Brasil, de forma mais ousa<strong>da</strong>, lançou a Segun<strong>da</strong><br />
Fase do Pro-álcool, possuindo uma meta de produção de 7,7 bilhões de litros em cinco anos.<br />
Os financiamentos chegavam a cobrir até 80% do investimento fixo para destilarias à base de<br />
cana-de-açúcar e até 90% para destilarias envolvendo outras matérias-primas, como a<br />
mandioca, sorgo sacarino, babaçu, e outros. Quanto à parte agrícola, os financiamentos<br />
chegavam até 100% do valor do orçamento, respeitando os limites de 80% e 60% do valor <strong>da</strong><br />
produção espera<strong>da</strong>, respectivamente nas áreas <strong>da</strong> SUDAM / SUDENE. A intenção do Estado,<br />
ao implementar o Pro-álcool era, além <strong>da</strong>s metas de aumentar a produção de alimentos e<br />
exportáveis do setor rural, buscando a estabili<strong>da</strong>de interna e também equilíbrio nas contas<br />
externas, também de transferir para a agricultura a responsabili<strong>da</strong>de de tentar superar a crise<br />
do petróleo, que afetara profun<strong>da</strong>mente o Brasil, já que este era grande importador do<br />
produto.<br />
29
O uso energético de óleos vegetais no Brasil foi proposto em 1975, originando o Pró-óleo –<br />
Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos. Seu objetivo era gerar um<br />
excedente de óleo vegetal capaz de tornar seus custos de produção competitivos com os do<br />
petróleo. Previa-se uma mistura de 30% de óleo vegetal no óleo diesel, com perspectivas para<br />
sua substituição integral em longo prazo.<br />
A chama<strong>da</strong> "crise do petróleo" de 1972 foi a mola propulsora <strong>da</strong>s pesquisas realiza<strong>da</strong>s na<br />
época. O lobby canavieiro garantiu o Pro-álcool, mas o desenvolvimento de outros<br />
combustíveis alternativos não teve a mesma sorte, apesar dos fatores agroclimáticos,<br />
econômicos e logísticos positivos. O Brasil passou a produzir álcool em grande escala e, em<br />
1979, quase que 80% <strong>da</strong> frota de veículos produzi<strong>da</strong> no país eram com motores a álcool.<br />
Porem o governo brasileiro arquivava estudos sobre combustíveis alternativos, enquanto a<br />
Comuni<strong>da</strong>de Econômica Européia investia, com sucesso, na pesquisa de combustíveis<br />
alternativos vegetais, entre eles o BIODIESEL de óleo de canola (colza), a matéria prima<br />
mais utiliza<strong>da</strong> na Europa. Na Malásia e nos Estados Unidos foram realizados experimentos<br />
bem sucedidos com palma e soja, respectivamente.<br />
A partir de 1986, o preço do petróleo caiu muito. Os preços deixaram de criar pressão para<br />
economizar energia e aumentar a produtivi<strong>da</strong>de.<br />
No Brasil, por várias razões, incluindo-se a diminuição dos preços do petróleo e o<br />
desinteresse <strong>da</strong> PETROBRAS, as ativi<strong>da</strong>des de produção experimental de óleo diesel vegetal,<br />
foram paralisa<strong>da</strong>s.<br />
Quanto ao pró-álcool, ele foi ficando de lado nas políticas governamentais e por pressões<br />
internacionais, o programa foi paralisado. (já que não é interesse internacional a<br />
independência energética do Brasil).<br />
Se o programa não tivesse sido interrompido, hoje, com to<strong>da</strong> certeza, seríamos independentes<br />
dos combustíveis fósseis e talvez não tão submissos aos organismos econômicos<br />
internacionais.<br />
DÉCADA DE 90<br />
A Primeira guerra do golfo começou em agosto de 1990 com a tentativa do Iraque de anexar<br />
seu vizinho Kuwait. Os Estados Unidos, que até então eram aliados do Iraque contra o Irã,<br />
decidiram intervir na região.<br />
Com a guerra, o golfo pérsico foi fechado e os EUA perderam dois fornecedores de petróleo:<br />
Iraque e o Kuwait.<br />
As especulações sobre o desenrolar <strong>da</strong> guerra levaram os preços do petróleo a subir ao<br />
patamar próximo aos US$ 40 atuais.<br />
Com a rendição de Sad<strong>da</strong>m Hussein, os preços do petróleo voltaram a cair.<br />
No final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 90 foram realizados testes em frotas de ônibus no Brasil com<br />
BIODIESEL (de soja) dos EUA, doado pela American Soybean Association (ASA). Qual<br />
seria o interesse <strong>da</strong> ASA em promover combustíveis de óleo de soja no Brasil? A razão é<br />
muito simples e encontra explicação na ação geopolítica dos EUA, que consiste em estimular<br />
seu maior concorrente a utilizar a produção local de óleo de soja como combustível, deixando<br />
de exportar, isto é, de competir com o produto americano no mercado mundial de óleos<br />
alimentícios. Porém nós temos um potencial gigantesco para produzir biodiesel a partir de<br />
outras fontes que não a soja.<br />
30
FUTURO<br />
Efeito estufa, guerra, desenvolvimento do setor primário e fixação do homem no campo,<br />
fazem com que o investimento na pesquisa, produção e divulgação do biodiesel se espalhem<br />
por todo o país através de feiras, encontros, seminários, etc.<br />
A atual crise do petróleo não é resultado <strong>da</strong>s tensões gera<strong>da</strong>s por alguns países árabes em<br />
conflito com potências ocidentais, mas um problema de aumento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> e falta de<br />
estoques.<br />
O crescimento acelerado nos EUA, aliado ao reaquecimento <strong>da</strong> economia mundial e às baixas<br />
cotações que o produto vinha apresentando nos últimos dez anos, gerou um forte aumento do<br />
consumo de derivados de petróleo.<br />
A instituição americana World Watch Institute, já prognosticou que o Brasil liderará as<br />
nações do mundo ao lado dos Estados Unidos e <strong>da</strong> China como integrante dos GE-8 ("e"<br />
significa environment em inglês e trata <strong>da</strong> ecologia), bem superior ao G-7 composto pelas<br />
nações ricas dominantes deste final de século no hemisfério norte.<br />
POLÍTICAS MUNDIAIS COM RELAÇÃO AO BIODIESEL:<br />
A prática de um menor preço para o biodiesel na Alemanha é explicável pela completa<br />
isenção dos tributos em to<strong>da</strong> a cadeia produtiva desse bio-combustível<br />
Os EUA criaram o Programa de Biodiesel com a meta de produção de cinco bilhões de galões<br />
anuais (20 bilhões de litros por ano). Considerando que um litro de biodiesel equivale em<br />
capaci<strong>da</strong>de energética veicular a 2,5 litros de álcool etílico, o programa americano de<br />
biodiesel equivale a sete vezes o máximo atingido do programa brasileiro do álcool.<br />
Alguns estados americanos obrigam que seja adicionado, pelo menos 2% de biodiesel no óleo<br />
diesel mineral.<br />
Para incentivar e divulgar o biodiesel, A NASA e as Forças Arma<strong>da</strong>s Americanas<br />
consideraram oficialmente o biodiesel, um combustível de excelência para qualquer motor do<br />
ciclo diesel. O Programa Americano de Biodiesel é todo baseado em pequenos produtores e<br />
consumidores.<br />
Depois de amplamente testado e aprovado na Europa e nos EUA, a aceitação brasileira para o<br />
biodiesel se torna mais fácil.<br />
Não se trata simplesmente de adicionar biodiesel, ou substituir o petrodiesel. É necessário<br />
entender a revolução que ocorreria no campo, na indústria, no ambiente, na formação de<br />
ren<strong>da</strong>, no nível de emprego, na oferta de alimentos e outros derivados de oleaginosas após a<br />
extração do óleo, no impacto no preço internacional, entre outros aspectos.<br />
SOLUÇÕES: Para que possamos aproveitar todo o potencial energético brasileiro,<br />
devemos isentar dos impostos to<strong>da</strong> a cadeia produtiva do biodiesel, constitui uma<br />
providência a ser toma<strong>da</strong>, sem a qual não haverá possibili<strong>da</strong>de de competição desse novo<br />
combustível com óleo diesel mineral.<br />
Deve-se eliminar qualquer restrição sem justificativas técnicas ou sócio-ambientais. Promover<br />
um maior apoio a programas regionais. Não se deve <strong>da</strong>r priori<strong>da</strong>de para aqueles que<br />
concentram os interesses nos negócios de combustíveis no Brasil. Uma alternativa viável seria<br />
a produção de biodiesel em sistemas integrados em regiões remotas, pois sabe -se que o custo<br />
de transportes do óleo diesel mineral para tais regiões pode atingir valores exorbitantes. Não<br />
tem sentido privilegiar meia dúzia de usineiros e corporações.<br />
É necessário trabalhar com comuni<strong>da</strong>des, incentivando o trabalhador rural a produzir produtos<br />
para biomassa. Já que a oferta de matérias prima parece ser uma <strong>da</strong>s principais dificul<strong>da</strong>des<br />
restritivas para a implementação de um programa de produção extensiva de biodiesel.<br />
31
Devemos pensar estrategicamente nossa política de combustíveis vegetais alternativos,<br />
avaliando as potenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> produção agrícola de ca<strong>da</strong> região, o desempenho energético e<br />
ambiental de ca<strong>da</strong> cultura, não abrindo mão dos mercados internacionais já conquistados para<br />
nossas commodities tradicionais.<br />
A reativação de programas de bioenergia é fun<strong>da</strong>mental para encontrarmos o caminho para o<br />
desenvolvimento e soberania nacional.<br />
É preciso que os governantes tenham políticas de desenvolvimento diretamente liga<strong>da</strong>s aos<br />
nossos interesses, dizer não aos interesses internacionais, dizer não às políticas neoliberais e<br />
passar a acreditar mais no nosso potencial técnico e humano.<br />
AGORA É HORA DE COLOCAR AS IDÉIAS EM PRÁTICA.<br />
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL<br />
A molécula de óleo vegetal é forma<strong>da</strong> por três ésteres ligados a uma molécula de glicerina, o<br />
que faz dele um triglicídio. O processo para a transformação do óleo vegetal em biodiesel<br />
chama-se TRANSESTERIFICAÇÃO.<br />
BALANÇO ENERGÉTICO DO BIODIESEL<br />
A utilização do biocombustível depende, entre outros fatores, de uma relação positiva entre a<br />
energia consumi<strong>da</strong> no processo de produção, e a energia disponibiliza<strong>da</strong> pelo combustível<br />
produzido.<br />
BIODIESEL BRASIL<br />
O Brasil apresenta grandes vantagens para produção de biocombustíveis, pois apresenta<br />
geografia favorável, situa-se em uma região tropical, com altas taxas de luminosi<strong>da</strong>de e<br />
temperaturas médias anuais. Associa<strong>da</strong> a disponibili<strong>da</strong>de hídrica e regulari<strong>da</strong>de de chuvas,<br />
torna-se o país com maior potencial para produção de energia renovável.<br />
FÁBRICAS DE BIODIESEL<br />
A atual estrutura nacional de produção de biodiesel pode ser caracteriza<strong>da</strong> como incipiente e<br />
fortemente basea<strong>da</strong> em experiências com plantas-piloto, o que resulta num volume de<br />
produção bastante reduzido.<br />
EFEITO ESTUFA - GREENHOUSE EFFECT<br />
O biodiesel permite que se estabeleça um ciclo fechado de carbono no qual o CO2 é<br />
absorvido quando a planta cresce e é liberado quando o biodiesel é queimado na combustão<br />
do motor.<br />
AGRICULTURA FAMILIAR, EMPREGO E O LADO SOCIAL DO BIODIESEL<br />
O grande mercado energético brasileiro e mundial poderá <strong>da</strong>r sustentação a um imenso<br />
programa de geração de emprego e ren<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> produção do biodiesel. A produção de<br />
oleaginosas em lavouras familiares faz com que o biodiesel seja uma alternativa importante<br />
para a erradicação <strong>da</strong> miséria no país.<br />
IMPOSTOS SOBRE BIODIESEL<br />
Assim é reconhecido internacionalmente que o biodiesel, atualmente, não é competitivo em<br />
relação ao óleo diesel, sem que haja fortes incentivos fiscais.<br />
RENDIMENTO DE ÓLEO DAS SEMENTES<br />
As oleaginosas promissoras para a produção do biodiesel, devem ter avalia<strong>da</strong>s suas reais<br />
potenciali<strong>da</strong>des técnicas e seus efeitos secundários.<br />
32
FINANCIAMENTO PARA CONSTRUÇÃO DE USINAS<br />
O BNDES já conta com o Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Energia. Esse<br />
programa tem por objetivo propiciar o aumento <strong>da</strong> oferta, a otimização do consumo atual e a<br />
atração de novos investidores.<br />
GLICERINA - SUB-PRODUTO DO BIODIESEL<br />
A Glicerina é produzi<strong>da</strong> por via química ou fermentativa. Tem uma centena de usos,<br />
principalmente na indústria química. Os processos de produção são de baixa complexi<strong>da</strong>de<br />
tecnológica.<br />
PRÓALCOOL - PROGRAMA BRASILEIRO DE ÁLCOOL<br />
O PROÁLCOOL foi um programa bem-sucedido de substituição em larga escala dos<br />
derivados de petróleo. Foi desenvolvido para evitar o aumento <strong>da</strong> dependência externa de<br />
divisas quando dos choques de preço de petróleo.<br />
ANEXO 5<br />
Colaboração: D. L. Gazzoni<br />
RELATOS DAS ENTIDADES CONVIDADAS ATRAVÉS DE REPRESENTES A<br />
FAZEREM PARTE DE UM GRUPO DE TRABALHO DA COMISSÃO ESPECIAL<br />
DA BIOENERGIA<br />
IBPS<br />
Carlos Nacimento<br />
BIOMASSA – BIOENERGIA – AGROENERGIA<br />
O mundo está vivendo a era <strong>da</strong> biomassa, <strong>da</strong> bioenergia. Abre-se espaço para novo modelo de<br />
agricultura, não alimentar, responsável pela produção de matérias-primas energéticas<br />
renováveis, que deverão substituir gra<strong>da</strong>tivamente o uso de carvão mineral e petróleo, que,<br />
além do esgotamento progressivo, geram graves problemas ambientais. É a agroenergia que<br />
torna-se ca<strong>da</strong> vez mais viabiliza<strong>da</strong> pelo desenvolvimento tecnológico e pela elevação dos<br />
preços do petróleo e seus derivados. A cotação desses combustíveis alcançou patamares que<br />
justificam a procura intensa de novas fontes de energia. Assistimos o limiar do processo de<br />
reconversão <strong>da</strong> matriz energética global. Existe a necessi<strong>da</strong>de de produzir energias<br />
alternativas às gera<strong>da</strong>s pela queima de combustíveis fósseis. A agricultura é chama<strong>da</strong> para<br />
produzir estes combustíveis, renováveis e de menor impacto ambiental.<br />
Haverá a produção em massa de oleaginosas, álcool e biomassa energética. Para diminuir a<br />
necessi<strong>da</strong>de de grande aumento <strong>da</strong> área agriculta<strong>da</strong>, será prioriza<strong>da</strong> a irrigação <strong>da</strong>s lavouras<br />
pelo aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de que proporciona. Essa reconversão, além de gerar trabalho no<br />
campo, proporcionará mu<strong>da</strong>nça na matriz produtiva rural, alterando o quadro inadequado <strong>da</strong>s<br />
monoculturas. Fica evidente a importância <strong>da</strong> irrigação neste contexto. O controle <strong>da</strong><br />
disponibili<strong>da</strong>de hídrica necessária à planta é fun<strong>da</strong>mental para a regulari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> produção. A<br />
diminuição do impacto ambiental, causado pelos insumos químicos, está acontecendo graças<br />
aos avanços <strong>da</strong> biotecnologia, apresentando soluções substitutivas por controle biológico. No<br />
Brasil são irrigados cerca de três milhões de hectares de lavouras, pouco mais de 1% <strong>da</strong> área<br />
irriga<strong>da</strong> no planeta, sendo 1/3 representado pela lavoura de arroz do RS. Nosso país apresenta<br />
dimensões continentais com 8,5 milhões de quilômetros quadrados de superfície. Tem quase<br />
todos os climas, todos os tipos de solo e os maiores índices de insolação. É um ver<strong>da</strong>deiro<br />
laboratório de fotossíntese. Possui a maior floresta natural, a mais extensa fronteira agrícola a<br />
ser explora<strong>da</strong> e a maior reserva de água doce localiza<strong>da</strong> em região compatível com agricultura<br />
33
intensiva. Todos esses fatores o fazem imbatível em potencial comparativo na produção<br />
agrícola.<br />
ÁLCOOL<br />
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, cerca de 440 milhões de tonela<strong>da</strong>s na<br />
última safra e com possibili<strong>da</strong>de de dobrar essa produção em poucos anos. A produção de<br />
álcool de cana, o etanol, atingiu quinze bilhões de litros. A produtivi<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> cana é de<br />
85 tonela<strong>da</strong>s por hectare, sendo a área ocupa<strong>da</strong> pela lavoura de apenas 5 milhões de hectares.<br />
No momento está sendo desenvolvido pelas elites <strong>da</strong> pesquisa acadêmica, elites empresariais<br />
e políticas, programa que visa desenvolver cultivares de cana viáveis em qualquer clima,<br />
resistentes a pragas, podendo a produtivi<strong>da</strong>de chegar a duzentas tonela<strong>da</strong>s por hectare. A meta<br />
é dobrar a produção com pequeno aumento <strong>da</strong> área agriculta<strong>da</strong>, bem como atingir rendimento<br />
de duzentos litros de álcool por tonela<strong>da</strong> de cana com o aproveitamento do álcool residual do<br />
bagaço e <strong>da</strong> palha. O etanol, como combustível puro, misturado no petrodiesel, na gasolina,<br />
ou ain<strong>da</strong> na produção de biodiesel, está a ca<strong>da</strong> dia crescendo em importância e tendo<br />
aumenta<strong>da</strong> sua deman<strong>da</strong> internacional. Seu baixo custo de produção é fun<strong>da</strong>mental na<br />
concorrência com o metanol. O metanol é muito tóxico, derivado do refino de petróleo, e<br />
muito caro quando obtido de vegetais.<br />
ÓLEOS VEGETAIS<br />
São gorduras ou ácidos graxos extraídos dos grãos <strong>da</strong>s oleaginosas, bem como de outras<br />
espécies vegetais. Podem ser usados como óleo bruto após esmagamento e filtragem. Exige<br />
modificações nos motores diesel para otimizar o funcionamento. Já estão sendo fabricados<br />
motores específicos para funcionarem com óleo vegetal bruto. Os óleos vegetais podem ser<br />
otimizados como combustível através de várias tecnologias como craqueamento catalítico,<br />
alcoolize e vários outros processos que se encontram em franco desenvolvimento.<br />
Em 1911, Rudolph Diesel, apresentando seu motor funcionando com óleo de amendoim,<br />
escreveu em prefácio de livro de termodinâmica:<br />
‘Este motor pode ser alimentado com óleos vegetais e poderá aju<strong>da</strong>r muito o<br />
desenvolvimento <strong>da</strong> agricultura. Isso parece um sonho do futuro, mas eu posso predizer<br />
com inteira convicção que esse modo de utilização pode adquirir grande importância.’<br />
BIODIESEL<br />
São ésteres obtidos pela transesterificação de ácidos graxos dos óleos vegetais ou gorduras<br />
animais, submetidos à ação de álcool etílico ou metílico (etanol ou metanol) seguindo-se a<br />
rota tecnológica etílica ou metílica. Como catalisador o mais usado é a so<strong>da</strong> cáustica. A rota<br />
etílica já é chama<strong>da</strong> de ‘rota verde e amarela’, pela importância <strong>da</strong> produção de etanol no<br />
Brasil. O etanol é orgânico, renovável e menos tóxico que o metanol. Cientistas afirmam que<br />
a cana-de-açúcar e as oleaginosas serão imbatíveis como combustível quando jogarem em<br />
dupla. Várias espécies vegetais produzem óleo que pode ser esterificado e transformado em<br />
biodiesel. To<strong>da</strong>s apresentam vantagens e desvantagens. A P&D empenham-se em encontrar<br />
soluções para os problemas. A seguir citaremos alguns dos principais vegetais produtores de<br />
óleo:<br />
1. SOJA: Oleaginosa mais cultiva<strong>da</strong> no Brasil. Produz de dois a três tonela<strong>da</strong>s por hectare,<br />
contendo 20% de óleo em seus grãos. Mercado consoli<strong>da</strong>do para a torta – farelo e<br />
proteína;<br />
2. MAMONA: Produção de dois a três tonela<strong>da</strong>s por hectare, contendo 45% de óleo com<br />
ótima lubrifici<strong>da</strong>de. Vale US$ 1.400 no mercado internacional.<br />
34
3. GIRASSOL: Produção de duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 40% de óleo nas sementes.<br />
4. CANOLA: É a colza modifica<strong>da</strong> geneticamente no Canadá (Canadiun Oil – canola), para<br />
diminuir o teor de ácido erúcico. Produz duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 25% de óleo.<br />
5. ALGODÃO: Produz três tonela<strong>da</strong>s de grãos por hectare, com 20% de óleo. É necessário<br />
definir mercado para a fibra, que é o produto principal.<br />
6. ARROZ: Pode produzir 10 tonela<strong>da</strong>s de grãos por hectare. O pericarpo (farelo) contém<br />
15% de óleo. Está entre os melhores óleos para alimentação humana. Contém gamaorizanol,<br />
antioxi<strong>da</strong>nte de radicais livres.<br />
7. DENDÊ: Palmeira que produz por doze anos sem replantio. Com irrigação por<br />
gotejamento, chega a produzir cinco tonela<strong>da</strong>s de óleo por hectare, que, é desodorizado na<br />
fase de industrialização. É previsto que seja o óleo mais consumido para alimentação<br />
dentro de poucos anos. Será imbatível em preço para o consumidor. É o palm oil<br />
internacional. No Brasil tem como limitante ser considerado cultura exótica pela lei nº<br />
8020. Foi trazido <strong>da</strong> África há 450 anos.<br />
8. PINHÃO MANSO: Nativo do Nordeste e Norte do Brasil. É perene – produz por<br />
cinqüenta anos duas tonela<strong>da</strong>s por hectare, com 30% de óleo. A Embrapa já identificou<br />
dezesseis varie<strong>da</strong>des de pinhão manso. Representa grande potencial na produção de óleo<br />
vegetal.<br />
Ain<strong>da</strong> outras espécies crescem em importância, como babaçu e amendoim, do qual o óleo<br />
chega a valer US$ 1.400 a tonela<strong>da</strong> no mercado internacional. Ca<strong>da</strong> cultura apresenta<br />
vantagens e defeitos. Os problemas estão sendo, e ca<strong>da</strong> vez mais, resolvidos pela P&D<br />
agrícola e industrial. É importante a organização <strong>da</strong> P&D para desenvolver oleaginosas para<br />
climas e solos diversos, bem como a eleição <strong>da</strong>s espécies ser defini<strong>da</strong> por zoneamento<br />
agrícola orientado pelo potencial agro-climatológico de ca<strong>da</strong> região.<br />
GORDURAS ANIMAIS<br />
To<strong>da</strong>s as gorduras animais também podem ser esterifica<strong>da</strong>s, produzindo biodiesel e o<br />
potencial brasileiro é muito grande nessas matérias primas. O Brasil alinha-se entre os<br />
maiores produtores mundiais de carnes. Como exemplo, um boi tem em média dezesseis<br />
quilos de sebo. Com o volume de abate bovino anual atingido no país, pode-se contar com<br />
setecentos mil tonela<strong>da</strong>s/ano de sebo para produzir combustível.<br />
FLORESTAS ENERGÉTICAS E INDUSTRIAIS<br />
Florestas energéticas são aquelas cultiva<strong>da</strong>s com a finali<strong>da</strong>de de obter lenha, carvão vegetal,<br />
briquetes e licor negro. Florestas industriais são cultiva<strong>da</strong>s com o objetivo de alimentar a<br />
indústria de celulose e a indústria moveleira. Em ambas são aproveitados os galhos, gravetos,<br />
cavacos e serragem como biomassa energética. Na produção de florestas o Brasil é imbatível.<br />
Em pólos florestais como a Escandinávia, a Península Ibérica e o Canadá, as florestas<br />
implanta<strong>da</strong>s crescem de dez a trinta metros cúbicos por hectare/ano, enquanto no Brasil,<br />
crescem de cinqüenta a setenta metros cúbicos/ha/ano. Alguns bosques de eucalipto plantados<br />
pela indústria de celulose no sul <strong>da</strong> Bahia chegam a atingir o crescimento de cem metros<br />
cúbicos/ha/ano. São matas obti<strong>da</strong>s pela implantação de mu<strong>da</strong>s clona<strong>da</strong>s por reprodução<br />
meristemática de árvores previamente escolhi<strong>da</strong>s por seleção fenotípica. O solo recebe<br />
adubação racional em macro e micro nutrientes. A engenharia florestal brasileira está muito<br />
avança<strong>da</strong> em biotecnologia, existindo projetos em desenvolvimento para obter árvores com<br />
menor teor de lignina, cuja madeira exigirá menor quanti<strong>da</strong>de de insumos químicos no<br />
35
processo de redução desta substância para liberar as fibras de celulose. Isso diminuirá<br />
consideravelmente o impacto ambiental do processo. Culturas não florestais produtoras de<br />
biomassa energética vêm sendo desenvolvi<strong>da</strong>s. A Embrapa criou varie<strong>da</strong>des de capimelefante,<br />
que denominou capim-guaçu, cuja produção atinge sessenta tonela<strong>da</strong>s de biomassa<br />
seca por hectare ano. O plantio de florestas está em expansão no Brasil, embora a área<br />
planta<strong>da</strong> ocupe apenas 1% do território nacional. O potencial agricultável é muito grande em<br />
zonas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, sem precisar avançar em locais de preservação. Os Estados com maiores<br />
áreas de florestas planta<strong>da</strong>s são respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa<br />
Catarina, Bahia e Espírito Santo.<br />
Florestas naturais maneja<strong>da</strong>s adequa<strong>da</strong>mente, processo já regulamentado por Lei, são fontes<br />
inesgotáveis de biomassa. O manejo florestal consiste na retira<strong>da</strong> planeja<strong>da</strong> de árvores adultas<br />
e reposição de mu<strong>da</strong>s novas em seu lugar, de forma que a floresta tenha maior número de<br />
plantas em crescimento. Assim estará aumentando a capaci<strong>da</strong>de florestal depuradora <strong>da</strong><br />
atmosfera, seqüestrando CO2, gás de efeito estufa, e transformando-o em celulose. Projetos<br />
florestais de implantação e manejo podem ser caracterizados e formatados como Mecanismos<br />
de Desenvolvimento Limpo – MDL, preconizados no Protocolo de Kyoto, gerando negócios<br />
no já existente mercado mundial de carbono.<br />
RESÍDUOS AGRÍCOLAS<br />
É enorme o potencial dos resíduos agrícolas como biomassa energética. Cascas, palhas,<br />
bagaços de vegetais, transformados tecnologicamente, se constituem em cadeias de insumos<br />
energéticos e industriais. Como exemplo eloqüente temos o bagaço <strong>da</strong> cana-de-açúcar. Na<br />
safra 2005/<strong>2006</strong>, a produção de cana no Brasil atingiu quatrocentos e quarenta milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s. Esse volume contém cerca de cento e vinte milhões de tonela<strong>da</strong>s de bagaço, que, se<br />
queimado adequa<strong>da</strong>mente, em caldeiras de alta pressão, poderá gerar o equivalente a<br />
cinqüenta gigawatts de energia elétrica, quatro vezes a geração de Itaipu. O setor<br />
sucroalcooleiro brasileiro é auto-suficiente em energia, queimando bagaço, que é um resíduo<br />
do processamento <strong>da</strong> cana. Mais que 10% <strong>da</strong>s usinas e destilarias de açúcar e álcool<br />
brasileiras, estão vendendo energia excedente de seu consumo ao sistema nacional de<br />
abastecimento energético.<br />
Sistemas de bactérias desenvolvidos em meio de cultura, formado por resíduos agrícolas,<br />
produzem resinas vegetais que substituem polímeros petroquímicos. Já se antevê claramente o<br />
mundo do futuro: orgânico, renovável e ambientalmente sadio e sustentável. Os avanços <strong>da</strong><br />
biotecnologia apontam esse caminho. Incríveis são as possibili<strong>da</strong>des já mapea<strong>da</strong>s pela ciência.<br />
Entretanto, como elo fun<strong>da</strong>mental desta imensa cadeia de desenvolvimento, está a agricultura.<br />
Para que possa cumprir adequa<strong>da</strong>mente esta gigantesca tarefa, é preciso que esteja viva,<br />
saudável e com sua importância reconheci<strong>da</strong> pela socie<strong>da</strong>de. Possuindo essas condições, o<br />
agro brasileiro poderá transformar em riqueza e paz social o incomparável potencial<br />
comparativo que o país inquestionavelmente detém.<br />
PROGRAMA DE BIOENERGIA – COMPETÊNCIAS DA CIENTEC<br />
O avanço tecnológico e o aumento <strong>da</strong> produção, que aquecerão a economia gaúcha e<br />
determinarão a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de povo, necessitam de energia. Nesta área, o<br />
papel <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia (CIENTEC), órgão do Governo do Estado,<br />
vincula<strong>da</strong> à Secretaria de Ciência e Tecnologia do RS, tem sido preponderante.<br />
A parceria entre diferentes setores de governo despertou uma nova vocação em nosso Estado.<br />
Trata-se <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>, uma base sóli<strong>da</strong> na busca do desenvolvimento sustentável. As<br />
Secretarias <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia (SCT); Energia, Minas e Comunicações (SEMC) e do<br />
Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (SEDAI), e suas enti<strong>da</strong>des vincula<strong>da</strong>s, têm<br />
atuado de forma conjunta neste segmento.<br />
36
Em 2003, o governador do Estado assinou o Decreto nº. 42.676, instituindo o Programa<br />
Gaúcho de Biodiesel, cujo gerenciamento ficou a cargo <strong>da</strong> CIENTEC. A partir de então,<br />
passou-se a estruturar um arranjo produtivo local na área de bioenergia, cujos resultados têm<br />
sido empolgantes. Algumas usinas de biodiesel já se encontram em fase de instalação no Rio<br />
Grande do Sul e, certamente, outras integrarão este conjunto. Numa fase inicial, os<br />
investimentos já chegam a R$ 97,3 milhões para uma produção <strong>da</strong> ordem de 340 milhões de<br />
litros de biodiesel por ano.<br />
O Projeto Estruturante de Agroenergia para o RS articulará ações de pesquisas em to<strong>da</strong> a<br />
cadeia de produtiva para incrementar a produção de bioenergia. O grupo formado por 21<br />
enti<strong>da</strong>des envolve universi<strong>da</strong>des e centros de pesquisa, além de cooperativas e associações.<br />
Os pesquisadores já definiram as cinco culturas estratégicas: mamona, canola, girassol,<br />
mandioca e a cana-de-açúcar, sem descartar a soja. O investimento chegará a R$ 4,1 milhões<br />
para <strong>2006</strong> e 2007, sendo R$ 1,5 milhão exclusivo para pesquisa agropecuária oriundos <strong>da</strong><br />
FAPERGS e FINEP.<br />
A bioenergia estimula a diversificação de culturas. A produção de combustíveis a partir de<br />
fontes naturais renováveis é uma solução para contornar limitações econômicas e ambientais<br />
do uso de petróleo e derivados, cujas reservas são esgotáveis, apesar <strong>da</strong> auto-suficiência<br />
recentemente anuncia<strong>da</strong>. Além disso, proporciona a redução <strong>da</strong> poluição do ar e habilita as<br />
enti<strong>da</strong>des a pleitearem os recursos oriundos de créditos de carbono.<br />
A Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia, CIENTEC pode colaborar no Programa <strong>Especial</strong> de<br />
<strong>Bioenergia</strong>, através do desenvolvimento de trabalhos dedicados ao setor Industrial nas<br />
seguintes áreas:<br />
• Biodiesel<br />
• Biomassa.<br />
1. Produção de biodiesel a partir de óleos vegetais:<br />
Atualmente a CIENTEC está participando como parceira do desenvolvimento de projetos de<br />
pesquisa, que são:<br />
a. Projeto PROBIODIESEL-RS, que visa estu<strong>da</strong>r processos de obtenção do biodiesel, rota<br />
metílica e etílica, a partir dos óleos de soja e girassol.<br />
b. Projeto Estruturante do Sistema Estadual de C&T – RS, que visa a consoli<strong>da</strong>ção do<br />
Programa de Agroenergia do Estado, através <strong>da</strong> produção de biodiesel, do<br />
desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento dos co-produtos, na caracterização<br />
e controle de quali<strong>da</strong>de dos insumos e produtos e qualificação de recursos humanos no<br />
setor.<br />
A realização destes projetos trará competência à instituição nas seguintes capacitações:<br />
Consultoria na área de processos de produção de biodiesel.<br />
Caracterização de insumos e produtos (análise, testes e ensaios) do processo de produção de<br />
biodiesel e estabelecimento de protocolos analíticos de controle de quali<strong>da</strong>de do biodiesel.<br />
Produção de biodiesel, em escala de banca<strong>da</strong> e piloto, utilizando catalisadores homogêneos<br />
e heterogêneos.<br />
Estudo <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong>de do biodiesel.<br />
Avaliação do desempenho de motor utilizando diesel e misturas de biodiesel e consoli<strong>da</strong>ção<br />
de resultados.<br />
Desenvolvimento de tecnologias de aproveitamento <strong>da</strong> glicerina visando agregar maior<br />
valor comercial, aumentando a competitivi<strong>da</strong>de do setor.<br />
37
Qualificação de mão-de-obra especializa<strong>da</strong> nas áreas de química analítica e processos<br />
industriais, visando ao estabelecimento <strong>da</strong> massa crítica no processo de produção de<br />
biodiesel, co-produtos e derivados.<br />
Consoli<strong>da</strong>ção de infra-estrutura analítica específica para caracterização de insumos e<br />
produtos <strong>da</strong> cadeia produtiva do biodiesel.<br />
Complementarmente, o desenvolvimento dos projetos acima citados capacitará a CIENTEC a<br />
tornar-se competente na produção de biodiesel a partir de óleo de peixe e outras gorduras<br />
animais.<br />
2. Produção de Álcool:<br />
Estudo de matérias-primas para a produção do álcool etílico (cana-de-açúcar, mandioca,<br />
beterraba, sorgo sacarino, batata doce, inhame, etc.).<br />
Estudo <strong>da</strong> fermentação alcoólica de mostos derivados <strong>da</strong>s matérias-primas acima cita<strong>da</strong>s.<br />
3.- Aproveitamento Energético de Biomassa<br />
A Fun<strong>da</strong>ção de Ciência e Tecnologia tem larga experiência na produção de energia<br />
térmica (calor, vapor, gás combustível) a partir de diferentes combustíveis fósseis e<br />
biomassas. A CIENTEC desenvolveu tecnologias multicombustível de combustão,<br />
gaseificação e calcinação que já foram, inclusive, repassa<strong>da</strong>s para a indústria. Assim, na área<br />
de <strong>Bioenergia</strong>, a instituição pode colaborar na avaliação técnica de utilização <strong>da</strong>s mais<br />
diversas biomassas (casca de arroz, resíduos florestais, entre outros) para a geração de calor<br />
industrial ou para geração de energia elétrica em pequenas centrais termoelétricas.<br />
4.- Estudos de impacto ambiental:<br />
A CIENTEC possui pessoal capacitado para a realização de estudos técnicos visando à<br />
obtenção de licenciamento ambiental de ativi<strong>da</strong>des produtivas dos mais variados setores<br />
industriais. A título ilustrativo, citamos os principais empreendimentos em que a instituição<br />
atuou, com destaque na obtenção de licenças ambientais junto aos órgãos ambientais<br />
competentes:<br />
• EIA/RIMA <strong>da</strong> Usina Termoelétrica de Candiota Fase C – 350 MW,<br />
• EIA/RIMA <strong>da</strong> Usina a Carvão <strong>da</strong> CTSUL – 650 MW de Cachoeira do Sul,<br />
• EIA/RIMA <strong>da</strong> Usina a Gás Natural de Uruguaiana – 500 MW,<br />
• EIA/RIMA <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong> REFAP, Canoas,<br />
• EIA/RIMA's de algumas mineradoras de carvão.<br />
5 - Infra-estrutura Laboratorial<br />
A CIENTEC atua como laboratório oficial do Estado e possui uma rede de laboratórios, em<br />
sua maioria já credencia<strong>da</strong> junto ao INMETRO, estando capacita<strong>da</strong> a realizar análises e<br />
ensaios em matérias-primas e produtos <strong>da</strong>s mais diferentes áreas, prestando relevantes<br />
serviços a mais de sessenta anos, tanto para a indústria, quanto aos poderes públicos federal,<br />
estaduais e municipais.<br />
Como Instituição de pesquisa, está habilita<strong>da</strong> a conduzir trabalhos de pesquisa, consultorias e<br />
assessorias técnicas nas mais diferentes linhas, inclusive na área de bioenergia, e sua estrutura<br />
permite a atuação de forma autônoma ou em parcerias, possibilitando a captação de recursos<br />
financeiros disponibilizados pelo governo brasileiro ou instituições internacionais para a<br />
condução de projetos específicos na área de energia.<br />
ANEXO 6<br />
BIOCOMBUSTÍVEIS & BIOPRODUTOS<br />
Apresentação<br />
A indústria biobasea<strong>da</strong> apresenta-se como uma abrangente e diversifica<strong>da</strong> área, com uma<br />
multiplici<strong>da</strong>de de matérias-primas, processos e produtos. Envolve os segmentos de<br />
38
agricultura, reflorestamento, químico, madeiro-moveleiro, construção, textil, coureirocalçadista<br />
e farmacêutico. De fato, a indústria biobasea<strong>da</strong> apresenta-se mais como uma<br />
economia emergente do que um simples ramo industrial.<br />
É imperiosa, quando fala-se em bioenergia, a visão integra<strong>da</strong> do uso <strong>da</strong> biomassa, isto é, com<br />
fonte de energia e como fonte de matérias-primas, através do desenvolvimento de processos<br />
tecnológicos que permitam a conversão de diferentes biomassas em biocombustíveis e<br />
bioprodutos.<br />
Ações Propostas<br />
Diversas formas de incentivos e apoios vêm sendo destinados a este segmento, sobretudo<br />
aqueles focados na questão energética (Programas Pró-Biodiesel e Agroenergia), com<br />
resultados eminentes. De forma complementar, propomos a definição de políticas de<br />
incentivos que conduzam ao estabelecimento de um mercado para os chamados produtos<br />
biobaseados. Esta é uma visão diversa à abor<strong>da</strong>gem tradicional, em que são direcionados<br />
recursos para P&D nas áreas de interesse, porém acreditamos ser altamente eficaz na<br />
consecução de seus objetivos, considerando a difícil conjuntura econômica de nosso Estado.<br />
As ações propostas traduzem-se nos seguintes eixos de atuação:<br />
1. Aquisição preferencial de produtos biobaseados<br />
Anualmente, o Rio Grande do Sul adquire, em seus diversos processos licitatórios, dezenas de<br />
milhares de Reais em materiais e serviços. Uma significativa parcela destes materiais, ou<br />
materiais empregados na execução dos serviços, são de origem fóssil ou não-renovável. Ao<br />
estabelecer-se a exigência ou preferência pelo emprego de produtos biobaseados, em<br />
substituição aos não-renováveis, colocar-se-á o Estado como um efetivo indutor de um<br />
mercado para uma nova classe de produtos, sem despender recursos além <strong>da</strong>queles já<br />
destinados às suas aquisições. Obviamente, a viabili<strong>da</strong>de desta exigência ou preferência deve<br />
ser pauta<strong>da</strong> por critérios técnicos.<br />
Um exemplo <strong>da</strong> aplicação deste princípio, onde todos os seus desdobramentos estão<br />
explicitados, é o “Federal Biobased Products Preferred Procurement Program – FB4P”<br />
(Programa Federal de Aquisição Preferencial de Produtos Biobaseados), em execução pelo<br />
Departamento de Estado Norte-Americano. As diretrizes deste programa estabelecem a<br />
preferenciabili<strong>da</strong>de ou obrigatorie<strong>da</strong>de na aquisição de uma série de insumos os quais serão,<br />
necessariamente, biobaseados. À medi<strong>da</strong> que novos produtos são apresentados ao mercado,<br />
uma comissão científica vincula<strong>da</strong> ao Departamento de Agricultura o analisa, caracterizandoo,<br />
ou não, como um “biobased”. Quando há somente um fabricante do produto biobaseado,<br />
sua aquisição é considera<strong>da</strong> “preferencial”.<br />
Quando houver um segundo fabricante e preços competitivos, sua aquisição passa a ser<br />
obrigatória. Outro ponto de destaque neste programa é o estabelecimento do critério de “custo<br />
global”, onde, além do preço do fornecimento propriamente dito, são computados também<br />
vários custos vinculados. Neste aspecto, o governo Norteamericano elaborou a plataforma<br />
“BEES - Building for Environmental and Economic Sustainability” (Construindo a<br />
Sustentabili<strong>da</strong>de Econômica e Ambiental), onde qualquer interessado pode avaliar uma ampla<br />
gama de aspectos de seus produtos, resultando num escore final que quantifica a<br />
“sustentabili<strong>da</strong>de” de seu produto. Este escore, que representa seu “custo global”, é<br />
empregado nos processos licitatórios.<br />
BEES measures the environmental performance of products by using the internationallystan<strong>da</strong>rdized<br />
and science-based life-cycle assessment approach specified in ISO 14000<br />
stan<strong>da</strong>rds. All stages in the life of a product are analyzed: raw material acquisition,<br />
manufacture, transportation, installation, use, and recycling and waste management.<br />
Economic performance is measured using the ASTM stan<strong>da</strong>rd life-cycle cost method, which<br />
covers the costs of initial investment, replacement, operation, maintenance and repair, and<br />
39
disposal. See BEES Scores for an overview of the BEES scoring system and its use in the<br />
FB4P context.<br />
Um caso típico de aplicação desta plataforma é a aquisição de serviços <strong>da</strong>s mais diversas<br />
naturezas como, por exemplo, terraplanagem. Nesta situação, são diferenciados o impacto de<br />
itens como combustíveis, que podem ser fósseis (diesel, gasolina) ou renováveis (biodiesel,<br />
álcool), óleos para comando hidráulicos (derivados de petróleo ou de base vegetal) entre<br />
muitos outros itens. O escore resultante definirá a melhor aquisição.<br />
2. Legislação Ambiental<br />
Uma cadeia produtiva estabeleci<strong>da</strong> sobre insumos renováveis apresenta, de modo geral, um<br />
impacto ambiental vária vezes menor que uma cadeia similar, em bases não-renováveis. Esta<br />
é uma característica inerente à maioria dos bioprodutos, já que dependem <strong>da</strong> viabili<strong>da</strong>de de<br />
criações ou culturas agrícolas para sua própria existência. Isto confere a este segmento um<br />
aspecto de “tecnologia limpa”, num foco até mesmo mais amplo que uma manufatura com<br />
“zero descarte”.<br />
Nota-se que, nas instalações de processamento avançado, como a <strong>da</strong> Cargill Dow Polymers –<br />
Nebraska-USA, os descartes <strong>da</strong>s etapas intermediárias <strong>da</strong> fabricação são insumos para outros<br />
segmentos ou encontram pronta aplicação como rações ou aditivos alimentares.<br />
Adicionalmente, o produto final desta fábrica é o PLA, um plástico biodegradável.<br />
De forma similar, o emprego de bioprodutos (solventes, tintas, adesivos, lubrificantes, etc),<br />
como insumos em processos fabris, em substituição a seus similares, petroquímicos, confere<br />
um perfil de “sustentabili<strong>da</strong>de” a estes processos, mesmo sem qualquer alteração no seu<br />
produto final ou processo produtivo.<br />
Para traduzir estes benefícios e características em termos efetivos, propomos que os órgãos<br />
responsáveis pela operacionalização <strong>da</strong> legislação ambiental (SEMA, FEPAM,...) incluam,<br />
em seus normativos, a previsão do uso de bioprodutos. Desta forma, ao ser consulta<strong>da</strong> a<br />
legislação ambiental, o interessado já identificará classes distintas de produtos, com<br />
igualmente distintas exigências quanto ao seu uso e destinação final.<br />
Perspectivas<br />
A adoção dos mecanismos expressos nos eixos de atuação mencionados traduzem a função<br />
diretiva do Estado sobre a economia. Ao definir, claramente, seus propósitos e visão de<br />
futuro, o governo transmite aos seus ci<strong>da</strong>dãos a segurança necessária para a realização de<br />
investimentos, sobretudo àqueles que impliquem em algum grau de risco.<br />
Estas propostas, concebi<strong>da</strong>s para atuarem em conjunto, apresentam grande sinergia pois<br />
estimulam, por um lado, o investimento na produção dos chamados produtos biobaseados ao<br />
destinar-lhes o mercado de compras estatais e, por outro lado, potencializam seu emprego nos<br />
mais variados segmentos, ao prever legislação que reconheça o caráter sustentável dos<br />
bioprodutos frente aos seus congêneres de origem fóssil.<br />
Importante destacar a moderni<strong>da</strong>de destas iniciativas, as quais possibilitam ao Estado executar<br />
suas funções básicas sem que isto implique em aporte financeiro ou renúncia a receitas<br />
futuras.<br />
Engº Paulo Ricardo <strong>da</strong> Cunha Gehlen<br />
Banco Central do Brasil<br />
Referências Bibliográficas<br />
1. CANADA. Horticulture and special crops division. Discussion ramework: Developing<br />
Biobased Industries in Cana<strong>da</strong>: Canadian New Uses Council – CANUC, Market and<br />
Industry Services Branch. jun. 2001. 70p.<br />
40
2. USA. DEPARTMENT OF ENERGY. Plant/Crop-Based Renewable Resources 2020 – A<br />
Vision to Enhance U.S. Economic Security Trouhg Renewable Plant/Crop-Based<br />
Resource Use. Department of Agriculture, Department of Commerce's National Institute of<br />
Stan<strong>da</strong>rds and Technology, jan. 1998. 24p.<br />
3. AEBIOM . European Biomass Association . Association Européenne pour la Biomasse.,<br />
dec 2001. Apresenta artigos sobre o uso de biomassa. Disponível em:<br />
http://www.ecop.ucl.ac.be/aebiom. Acesso em: 12 ago. 2002.<br />
4. AMERICAN BIOENERGY ASSOCIATION. 2002. Apresenta as propostas ao orçamento<br />
do Estado americano direcionando recursos para pesquisa e desenvolvimento em biomassa.<br />
Disponível em:http://www.biomass.org/alerts.htm. Acesso em: 05 ago. 2002.<br />
4. FINEP. Financiadora de Estudos e Projetos, 2002. Apresenta editais de fomento científico<br />
e tecnológico. Disponível em: http://www.finep.org.br. Acesso em: 05 ago. 2002.<br />
Bibliografia Complementar<br />
1. CARIOCA, J. O. B.; ARORA, H. L. Biomassa – Fun<strong>da</strong>mentos e Aplicações<br />
Tecnológicas. Fortaleza: UFC, 1984. 644p.<br />
2. BRASÍLIA. Ministério <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia. Academia Brasileira de<br />
Ciências. Ciência tecnologia e inovação: desafio para a socie<strong>da</strong>de brasileira – Livro<br />
verde. Brasília: 2001. 250p.<br />
ANEXO 7<br />
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS<br />
Profª Janice <strong>da</strong> Silva<br />
Área : Ciências Exatas e Tecnológicas<br />
Coordenação Executiva do Curso de Engenharia de Alimentos<br />
Período: junho a setembro/<strong>2006</strong><br />
PÓLO DE TECNOLOGIAS BIOBASEADAS: BIOCOMBUSTÍVEIS & BIOPRODUTOS<br />
PÓLO DE ALIMENTOS<br />
Contextualização<br />
O emprego de recursos renováveis, também conhecidos como biomassa, apresenta-se como alternativa<br />
para o desenvolvimento sustentado, com potencial para produção de grande parte dos insumos e<br />
combustíveis hoje derivados <strong>da</strong> petroquímica, a custos competitivos e com melhor desempenho<br />
técnico. Cadeias produtivas biobase<strong>da</strong>s já são reali<strong>da</strong>de na Europa, Canadá e Estados Unidos, com<br />
notável agregação de valor a todos os setores envolvidos. O desenvolvimento deste segmento está<br />
sendo conduzido por fatores econômicos, sociais e ambientais. Combustíveis, energia, alimentos e<br />
insumos químicos, oriundos <strong>da</strong> biomassa, conduzem a um parque industrial desvinculado de flutuações<br />
do preço do petróleo, potencializando o estabelecimento de um novo segmento industrial, voltado para<br />
a produção de novos e melhores produtos.(CANADAHORTICULTURE AND SPECIAL CROPS<br />
DIVISION, 2001; USA-DEPARTMENT OF ENERGY, 1998; AEBIOM, 2001).<br />
Cereais, por exemplo, são empregados na produção de alimentos e rações enquanto suas cascas, fibras<br />
e outros materiais celulósicos podem ser utilizados na produção de energia, combustíveis e insumos<br />
químicos. Estas instalações de processamento integrado, conheci<strong>da</strong>s como "biorrefinarias"<br />
demonstram que a indústria biobasea<strong>da</strong> pode expandir-se em sinergia com o processamento de<br />
alimentos, agregando valor à produção agrícola e reforçando a sua vocação alimentícia.<br />
(CANADAHORTICULTURE AND SPECIAL CROPS DIVISION, 2001).<br />
Nestes arranjos produtivos, outras formas de biomassa como rejeitos florestais, lixo<br />
41
municipal, resíduos industriais, bem como os resíduos agrícolas, deixam de representar problemas e<br />
assumem valor estratégico como insumos desta nova e emergente economia. As cifras de<br />
investimentos programados em pesquisa e desenvolvimento ultrapassam os US$3 bilhões, para os<br />
próximos 5 anos, somente na América do Norte. (CANADA-HORTICULTURE AND SPECIAL<br />
CROPS DIVISION, 2001; AMERICAN BIOENERGY ASSOCIATION, 2002).<br />
A figura 1- a seguir, apresenta um esquema ilustrando a aplicação de processos tecnológicos,<br />
possibilitando a conversão de biomassas em produtos finais.<br />
Tecnologias biobasea<strong>da</strong>s é um conjunto amplo de tecnologias potencializadoras e habilitadoras do<br />
emprego econômico <strong>da</strong>s várias formas em que se apresentam os recursos renováveis, também<br />
conhecidos como biomassa.<br />
Recursos<br />
Renováveis<br />
• Vegetais Processos Produtos<br />
– agricultura Biotecnológicos Biobaseados<br />
– silvicultura<br />
– algas Biocatálise (Enzimas) • <strong>Bioenergia</strong><br />
• Animais Fermentação (Microorganismos) • Biocombustíveis<br />
– criações • Insumos:<br />
– pesca – bioquímicos<br />
• Microorganismos<br />
– biosolventes<br />
• Resíduos Processos – bioplásticos<br />
– municipais Termoquímicos – biolubrificantes<br />
– industriais Pirólise – biosurfactantes<br />
– agrícolas Gaseificação – bioadesivos<br />
– florestais Liquefação – biosensores<br />
– aqüicultura Combustão<br />
Figura 1: Tecnologias de conversão de biomassas.<br />
Destaca-se que industrias biobasea<strong>da</strong>s, por utilizarem recursos renováveis, reduzem a emissão de gases<br />
vinculados ao efeito estufa, apresentando ain<strong>da</strong>, reduzi<strong>da</strong> geração de resíduos sólidos, líquidos e<br />
gasosos. Como as fontes de matérias-primas para estas indústrias provêm <strong>da</strong> biomassa, o crescimento<br />
deste segmento incrementará os rendimentos <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de rural, com decorrente geração e qualificação<br />
de postos de trabalho e distribuição de ren<strong>da</strong>. A figura 2 apresenta a desvinculação entre o crescimento<br />
econômico e a degra<strong>da</strong>ção ambiental com a aplicação de tecnologias biobasea<strong>da</strong>s. Tais tecnologias<br />
apresentam-se como uma oportuni<strong>da</strong>de estratégica de desenvolvimento sustentável.<br />
42
Figura 2: Relação entre o crescimento econômico e aspectos ambientais<br />
Parcerias e ações coordena<strong>da</strong>s entre os diversos setores industriais, universi<strong>da</strong>des e governo<br />
apresentam-se como formas de possibilitar à indústria biobasea<strong>da</strong> realizar o seu pleno potencial. Estas,<br />
entre outras ações, são desafios que caracterizam o Pólo de Tecnologias Biobasea<strong>da</strong>s. O Pólo de<br />
Alimentos, proposta integra<strong>da</strong> ao Pólo de Tecnologias Biobasea<strong>da</strong>s, envolve as questões relativas ao<br />
solo, plantio, novos cultivares até o armazenamento, o processamento, isto é, a industrialização dos<br />
alimentos.<br />
Na reali<strong>da</strong>de, é perceptível nos dias de hoje, uma nova dinâmica do mercado de alimentos, deman<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
pela socie<strong>da</strong>de: exigindo quali<strong>da</strong>de e pratici<strong>da</strong>de nos alimentos. Enten<strong>da</strong>-se quali<strong>da</strong>de no seu amplo<br />
conceito: na abor<strong>da</strong>gem nutricional (produtos com quali<strong>da</strong>de nutricional), na abor<strong>da</strong>gem de processos<br />
(produção e gestão), incluindo-se também as questões ambientais.<br />
A socie<strong>da</strong>de está compreendendo, ca<strong>da</strong> vez mais, a importância e a vinculação entre os alimentos e a<br />
saúde, entre os alimentos e a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>. Estes são os eixos norteadores do Pólo de Alimentos<br />
<strong>da</strong> Unisinos: Saúde, Quali<strong>da</strong>de e Tecnologia.<br />
A Unisinos, através <strong>da</strong> sua infraestrutura (laboratórios, miniusinas, etc.) e competência acadêmica<br />
(Cursos de Graduação) está apta a responder as mais varia<strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s decorrentes <strong>da</strong> dinâmica<br />
proposta pelos Pólos de Desenvolvimento. Neste particular destaca-se o curso de Engenharia de<br />
Alimentos que, em sintonia com o conceito de Pólos de Desenvolvimento <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de, propõe e<br />
apresenta expertise nas seguintes áreas alinha<strong>da</strong>s ao foco do Programa Gaúcho de <strong>Bioenergia</strong>:<br />
• Aplicações Avança<strong>da</strong>s de Óleos Vegetais: fins alimentares e não alimentares (óleos combustíveis e<br />
lubrificantes);<br />
43
• Conversão <strong>da</strong> casca de arroz por processo pirolítico – Geração de bio-produtos: bio-oil; carvão<br />
ativo.<br />
Referências<br />
CANADA. Horticulture and special crops division. Discussion Framework:Developing Biobased<br />
Industries in Cana<strong>da</strong>: Canadian New Uses Council – CANUC, Market and Industry Services<br />
Branch. jun. 2001. 70p.<br />
USA. DEPARTMENT OF ENERGY. Plant/Crop-Based Renewable Resources 2020 – A Vision to<br />
Enhance U.S. Economic Security Trouhg Renewable Plant/Crop-Based Resource Use.<br />
Department of Agriculture, Department of Commerce's National Institute of Stan<strong>da</strong>rds and<br />
Technology, jan. 1998. 24p.<br />
AEBIOM . European Biomass Association . Association Européenne pour la Biomasse., dec 2001.<br />
Apresenta artigos sobre o uso de biomassa. Disponível em: .<br />
Acesso em: 12 ago. 2002.<br />
AMERICAN BIOENERGY ASSOCIATION. 2002. Apresenta as propostas ao orçamento do Estado<br />
americano direcionando recursos para pesquisa e desenvolvimento em biomassa. Disponível em:<br />
http://www.biomass.org/alerts.htm>. Acesso em: 05 ago. 2002.<br />
UNISINOS. Planejamento Estratégico. Documento Pólos de Desenvolvimento, 2002.<br />
UNISINOS. Planejamento Estratégico. Documento Desenvolvimento Regional, 2003.<br />
UNISINOS. Unici<strong>da</strong>de. Disponível em: . Acesso em: 04 ago.<br />
<strong>2006</strong>.<br />
ANEXO 8<br />
APRESENTAÇÕES FEITAS NAS REUNIÕES E SEMINÁRIOS DA COMISSÃO<br />
ESPECIAL DE BIOENERGIA<br />
BIODIESEL<br />
44
Deman<strong>da</strong> Energética Primaria<br />
Mundial<br />
7 000<br />
Mtoe<br />
6 000<br />
5 000<br />
4 000<br />
3 000<br />
2 000<br />
Oil<br />
Natural gas<br />
Coal<br />
Other renewables<br />
1 000<br />
Nuclear power<br />
Hydro power<br />
0<br />
1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030<br />
Os combustíveis fosseis representaram quase 90%<br />
do crescimento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de energia até 2030<br />
MATRIZ ENERGETICA BRASILEIRA<br />
Hidroeletreci<strong>da</strong>de<br />
Hidroeletre-<br />
14.0%<br />
ci<strong>da</strong>de<br />
14.0%<br />
Gas Natural<br />
Gás Natural<br />
7.5%<br />
7.5%<br />
Carvão<br />
Carvão<br />
6.6%<br />
6.6%<br />
Petroleo<br />
43.1%<br />
Petróleo<br />
43.1%<br />
Cana de Açúcar 12,6%<br />
Lenha/Carvão Vegetal 11,9%<br />
Outros 2,5%<br />
Biomassa<br />
Biomassa<br />
27.0%<br />
27.0%<br />
Urânio<br />
Uranio<br />
1.8%<br />
1.8%<br />
45
• Por que produzir Biodiesel?<br />
1 - alternativa renovável e inesgotável para o<br />
combustível de origem fóssil<br />
-Disponibili<strong>da</strong>de de petróleo<br />
-Evolução dos preços<br />
2 - auto suficiência energética<br />
3 – razões ambientais/ecológicas:<br />
-1 t biodiesel evita emissão de 2,5 t de<br />
CO2 se comparado ao Diesel<br />
4 – questões estratégicas<br />
Por que produzir<br />
Biodiesel no Brasil ?<br />
– Fortalecimento do Agronegócio<br />
– Desenvolvimento regional sustentado<br />
– Geração de emprego e ren<strong>da</strong><br />
– Melhoria nas condições ambientais<br />
– Redução <strong>da</strong> dependência do petróleo importado<br />
– Melhoria na Balança de Pagamentos<br />
– Exportação de produtos manufaturados<br />
46
Regulamentação Brasileira:<br />
a<br />
2012<br />
Mercado Potencial:<br />
800 milhões de<br />
Litros/ano<br />
Mercado Firme:<br />
1 bilhão de<br />
Litros/ano<br />
Mercado Firme:<br />
2,4 bilhões de<br />
Litros/ano<br />
MARCO REGULATÓRIO ELABORADO EM 2004<br />
-MP 214/04<br />
-MP<br />
• Atribui competência à ANP para regular cadeia de produção e uso<br />
do biodiesel.<br />
• Estabelece os percentuais de mistura de 2 a 5% e o<br />
monitoramento <strong>da</strong> inserção do biodiesel no mercado pelo CNPE<br />
MP: : Institui Modelo Tributário, Certificação Social ( selo verde ) e<br />
aproveitamentos dos créditos de carbono (MDL)<br />
-Decreto regulamentar do Modelo Tributário<br />
• Diferencia as alíquotas (Região, Produtor e matéria –prima)<br />
-Resoluções <strong>da</strong> ANP<br />
• Produtor de Biodiesel, Especificação e Regras de Comercialização<br />
-Resolução: Programa de Financiamento do Biodiesel –<br />
BNDES<br />
47
LEILÕES DE OFERTA DE<br />
BIODIESEL<br />
- Importante passo <strong>da</strong>do pelo governo<br />
- Primeiro leilão: 70 milhões de m³ ao preço<br />
aproximado R$ 1,90 /litro<br />
-Segundo leilão: 170 milhões de m³ ao preço<br />
aproximado R$ 1,80/litro<br />
-Tranqüili<strong>da</strong>de e garantia para a iniciativa<br />
priva<strong>da</strong> de investir na cadeia do Biodiesel<br />
Capaci<strong>da</strong>de Autoriza<strong>da</strong> de Plantas de<br />
Produção de Biodiesel<br />
Empresa<br />
Soyminas<br />
Agropalma<br />
Brasil Biodiesel<br />
Biolix<br />
Brasil Biodiesel<br />
NUTEC<br />
Fertibom<br />
Renobras<br />
Local<br />
Cássia/MG<br />
Bélem/PA<br />
Teresina/PI<br />
Rolândia/PR<br />
Floriano/PI<br />
Fortaleza/CE<br />
Catanduva/SP<br />
Dom Aquino/MT<br />
Capaci<strong>da</strong>de<br />
Autoriza<strong>da</strong><br />
(m³/dia)<br />
40<br />
80<br />
2<br />
30<br />
90<br />
2,4<br />
20<br />
20<br />
*Capaci<strong>da</strong>de<br />
Anual<br />
Estima<strong>da</strong><br />
(milhões m³/ano)<br />
12<br />
24<br />
0,6<br />
9<br />
27<br />
0,72<br />
6<br />
6<br />
84<br />
Fonte ANP<br />
*300 dias de operação<br />
48
• OFERTA DE MATÉRIAS – PRIMAS:<br />
é o principal custo de produção (70-80%)<br />
• LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA<br />
• TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO<br />
• CAPACITAÇÃO E RECURSOS HUMANOS<br />
• COMUNICAÇÃO<br />
• POLÍTICAS PÚBLICAS EQUILIBRADAS<br />
OPORTUNIDADES<br />
• Mercado Brasileiro<br />
B2 – 0,8 bilhões de litros/ano<br />
B5 - 2,1 bilhões de litros/ano<br />
B20 – 8,4 bilhões de litros/ano<br />
B100 – 40 bilhões de litros/ano<br />
• Mercado Externo<br />
- EUA – consumo diesel 180 bilhões<br />
de litros/ano<br />
-EUROPA<br />
– 2010: 5,75%<br />
– 2020: 20,0%<br />
49
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
CONSUMO MUNDIAL DE OLEOS<br />
VEGETAIS PARA BIODIESEL<br />
(em milhões de tonela<strong>da</strong>s)<br />
2000 2002 2004 <strong>2006</strong> 2008<br />
ÓLEOS VEGETAIS<br />
X<br />
ÓLEO PARA AQUECIMENTO E DIESEL<br />
• A média dos estoques no principais países exportadores de<br />
óleos vegetais em 2005 foi <strong>da</strong> ordem de 3,6 milhões/tons;<br />
- Isto equivale ao consumo de aproxima<strong>da</strong>mente 20 horas de<br />
óleo pra aquecimento e diesel.<br />
• O total global <strong>da</strong>s exportações dos principais óleos vegetais em e<br />
2005 foi <strong>da</strong> ordem de 37,6 milhões/tons;<br />
- Isto equivale ao consumo de óleo para aquecimento e diesel<br />
de 9 dias.<br />
• A produção global de óleos vegetais é <strong>da</strong> ordem 115 milhões/<br />
tons.<br />
- Isto significa um consumo de óleo pra aquecimento e diesel<br />
de 27 dias<br />
50
• O que é Biodiesel ?<br />
- Quimicamente é definido como ésteres<br />
monoalquilados de ácidos graxos derivados de<br />
lipídeos ou ácidos graxos de ocorrência natural e<br />
pode ser produzido, juntamente com a glicerina,<br />
através <strong>da</strong> reação (transesterificação) de<br />
triglicerídeos com etanol ou metanol na presença<br />
de um catalisador ácido ou básico<br />
950 kg 156 kg<br />
Óleo vegetal + Etanol<br />
(Triglicerídeos)<br />
(Álcool)<br />
⇒<br />
1.000 kg 120 kg<br />
Biodiesel + Glicerina<br />
(Éster)<br />
Catalisador = KOH, NaOH ou alcóxidos<br />
Materiais com teor alto de<br />
ácidos graxos livre devem<br />
ser pré-tratados ou<br />
esterificados para<br />
alcançarmos alto s índices<br />
de conversão na<br />
transisterificação.<br />
51
Tailândia<br />
Índia<br />
Inglaterra<br />
Alemanha<br />
África do Sul<br />
EUA<br />
Indonésia<br />
Cenários<br />
52
PERSPECTIVAS PARA BIODIESEL NO<br />
BRASIL<br />
Diversi<strong>da</strong>de matérias primas e<br />
especifici<strong>da</strong>des regionais<br />
Área disponível para expansão agrícola<br />
Desenvolvimento tecnológico e inovação<br />
Impactos diretos e indiretos no uso do<br />
solo:<br />
Competição pelo uso <strong>da</strong>s matérias primas,<br />
preços e custos; desmatamento, etc.<br />
Elaboração de cenários<br />
Experiência do Pró-álcool (“curva de<br />
aprendizado”)<br />
Sergio Copstein<br />
comercial@quimicastar.com.br<br />
ANEXO 9<br />
BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO<br />
DO EXTREMO SUL<br />
PROBIODIESEL - BRDE<br />
financiamentos para o desenvolvimento do Biodiesel<br />
Junho de <strong>2006</strong><br />
Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> Bionergia<br />
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul<br />
O BRDE<br />
CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO<br />
A INSTITUIÇÃO<br />
• Instituição Financeira Pública fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1961<br />
• <strong>Especial</strong>izado em crédito de médio e longo prazos<br />
• Controlado pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.<br />
CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO<br />
BRDE E O BIODIESEL<br />
Buscando participar deste importante processo de desenvolvimento econômico brasileiro o BRDE, a<br />
partir do crédito disponibilizado pelo BNDES, organizou e apresenta as seguintes linhas de<br />
financiamento.<br />
Tais linhas podem financiar até 90%<br />
• dos projetos industriais e até 100% dos projetos agrícolas<br />
53
OBJETIVO<br />
Apoiar investimentos em to<strong>da</strong>s as fases <strong>da</strong> produção de biodiesel:<br />
• fase agrícola,<br />
• produção de óleo bruto,<br />
• produção de biodiesel,<br />
• armazenamento, logística,<br />
• equipamentos para a produção de biodiesel.<br />
Apoiar a aquisição de máquinas e equipamentos homologados para uso de biodiesel ou de óleo vegetal<br />
bruto;<br />
Apoiar investimentos em beneficiamento de co-produtos e subprodutos do biodiesel.<br />
BENEFICIÁRIOS<br />
Empresas e produtores rurais vinculados à produção de biodiesel<br />
EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS<br />
CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO<br />
Diferencia<strong>da</strong>s para quem possui o Selo Combustível Social concedido pelo Ministério do<br />
Desenvolvimento Agrário<br />
Selo Combustível Social: Produtores de biodiesel que promovam a inclusão social de agricultores<br />
familiares que lhes forneçam matérias-primas<br />
ITENS FINANCIÁVEIS<br />
- construção, ampliação ou reforma de prédios e instalações;<br />
- capital de giro, associado, ao investimento fixo financiável;<br />
- programas ou projetos de gestão para a quali<strong>da</strong>de;<br />
- desenvolvimento de produtos e processos;<br />
- controle ambiental e tratamento de efluentes;<br />
- centros ou laboratórios de pesquisa;<br />
- treinamento e qualificação de pessoal;<br />
- racionalização do consumo de energia;<br />
OBRAS CIVIS E INSTALAÇÕES<br />
CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS<br />
Custo Financeiro<br />
Porte <strong>da</strong><br />
Empresa Clientes com Selo<br />
Demais<br />
Combustível<br />
Taxas e Participação<br />
Clientes<br />
Social<br />
Micro,<br />
Pequena e<br />
Média<br />
Grande<br />
TJLP + 5% a.a.<br />
TJLP + 6% a.a.<br />
TJLP +<br />
7% a.a<br />
Participação<br />
Clientes com Selo<br />
Combustível<br />
Social<br />
Até 90%<br />
Demais<br />
Clientes<br />
Até 80% 54
Prazos de Pagamento:<br />
Reconversul: Até 96 meses com carência de até 24 meses<br />
Demais Regiões: até 60 meses com carência de até 24 meses<br />
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS<br />
Porte <strong>da</strong><br />
Empresa<br />
Custo Financeiro<br />
Com Selo<br />
Combustível<br />
Social<br />
Demais<br />
Clientes<br />
Par<br />
ticipa<br />
ção<br />
Normal<br />
Prazo<br />
<strong>Especial</strong> (*)<br />
Micro,<br />
Pequena e<br />
Média<br />
Até 60 Até 75<br />
meses meses<br />
incluindo incluindo<br />
* TJLP + 7,5% TJLP + 8% a.a.<br />
até 12 até 12<br />
<strong>Especial</strong>: O prazo a.a. especial ou TJLP se refere + às ou operações TJLP + para 7% aquisição Até de máquinas meses e equipamentos de meses que de<br />
Grande<br />
sejam homologados 6,5% pelo a.a. fabricante p/ para utilizar a.a. p/ pelo menos 20% 80% de biodiesel carência ou óleo vegetal carência bruto<br />
adicionado ao Reconversul<br />
diesel.<br />
Reconversul<br />
PRODUTORES RURAIS<br />
LINHAS TRADICIONAIS DE FINANCIAMENTO AGRÍCOLA<br />
BENEFICIÁRIOS DO CRÉDITO RURAL:<br />
Empresas de qualquer porte, cooperativas de produtores rurais e pessoas físicas, com efetiva atuação<br />
no segmento agropecuário.<br />
LIMITE DE OPERAÇÕES:<br />
É permiti<strong>da</strong> a concessão de mais de um crédito para o mesmo tomador, na mesma linha de crédito,<br />
desde que o somatório dos valores concedidos não ultrapassar o limite de valor estabelecido para a<br />
referi<strong>da</strong> linha de crédito<br />
rural.<br />
PRODUTORES RURAIS<br />
TJLP + 5% a.a.<br />
Até<br />
100%<br />
LINHAS TRADICIONAIS DE FINANCIAMENTO AGRÍCOLA<br />
55
•MODERAGRO – Correção de solos<br />
•MODERFROTA – Máquinas e Implementos<br />
•MODERINFRA – Armazenagem e Irrigação<br />
•PRODECOOP – Cooperativas Agrícolas<br />
•PRONAF AGRONIDÚSTRIA p/ Cooperativa<br />
MODERAGRO<br />
correção de solos e sistematização de várzeas com vistas ao aumento <strong>da</strong> produção de grãos.<br />
Itens Financiáveis:<br />
I - aquisição, transporte, aplicação e incorporação de corretivos (calcário, gesso e outros);<br />
II - gastos realizados com adubação verde;<br />
III - implantação de práticas conservacionistas do solo e de adequação ambiental de proprie<strong>da</strong>des<br />
rurais;<br />
Condições Operacionais:<br />
Valor<br />
Prazo<br />
Custo Financeiro<br />
Até R$ até 60 meses, incluí<strong>da</strong> a<br />
200.000,00<br />
MODERFROTA:<br />
carência de até 24 meses<br />
Colheitadeiras, tratores agrícolas e implementos associados;<br />
8,75% a.a.<br />
Prazo:<br />
I - tratores e implementos: até 05 anos;<br />
II - colheitadeiras: até 06 anos.<br />
Até 100%<br />
Limite de Participação<br />
Para clientes com ren<strong>da</strong> agropecuária<br />
bruta anual inferior a R$ 150.000,00<br />
Custos<br />
Financeiros<br />
até jun. <strong>2006</strong>:<br />
9,75% a.a.<br />
Após: 7,75%a.a.<br />
MODERINFRA<br />
Até 90%<br />
para os demais beneficiários<br />
-Sistemas de irrigação, inclusive obras de infra-estrutura associa<strong>da</strong>s;<br />
-Implantação e ampliação de uni<strong>da</strong>de armazenadora individual ou coletiva.<br />
Prazo: até 08 anos, incluídos até 03 anos de carência.<br />
Até jun. <strong>2006</strong>:<br />
12,75% a.a. Após:<br />
10,75%a.a.<br />
Limite de Valor<br />
Individual - até R$ 600 mil<br />
Coletivo - até R$ 1.800 mil<br />
Limite de<br />
Participação<br />
Até 100%<br />
Custo<br />
Financeiro<br />
8,75% a.a.<br />
56
PRODECOOP - O Programa de Desenvolvimento Cooperativo<br />
Setores e ações enquadráveis:<br />
-industrialização de derivados de oleaginosas;<br />
-realocação de plantas de processamento de oleaginosas;<br />
-Instalação e ampliação de uni<strong>da</strong>des armazenadoras;<br />
-estudos, projetos e tecnologia; treinamento; Integralização de quotas-partes;<br />
-despesas pré-operacionais; obras civis e instalações;<br />
-máquinas e equipamentos nacionais; despesas de importação;<br />
-capital de giro associado ao projeto de investimento;<br />
Prazo: até 12 anos, incluí<strong>da</strong> a carência de até 3 anos.<br />
Limite de Valor: até R$ 35 milhões por cooperativa<br />
Faturamento anual <strong>da</strong> Cooperativa<br />
Limite de<br />
Participação<br />
Encargos<br />
Financeiros<br />
Inferior a R$ 50 milhões<br />
(+) de R$ 50milhões e (-) de R$ 100milhões<br />
Acima de R$ 100 milhões<br />
PRONAF Agroindústria para Pessoa Jurídica<br />
BENEFICIÁRIAS:<br />
Até 90%<br />
Até 80%<br />
Até 70%<br />
até jun./06:<br />
10,75% a.a.<br />
após:<br />
8,75%a.a.<br />
Cooperativas, associações, ou outras pessoas jurídicas constituí<strong>da</strong>s de agricultores familiares dos<br />
Grupos “C”, “D’’ e “E”, observado que a pessoa jurídica deve ter no mínimo, 90% de seus<br />
participantes ativos agricultores familiares, e que comprovarem, no projeto técnico, que mais de 70%<br />
<strong>da</strong> matéria-prima a beneficiar ou industrializar são de produção própria ou de associados/participantes.<br />
FINALIDADES:<br />
Investimentos, inclusive em infra-estrutura, que visem ao beneficiamento, processamento e<br />
comercialização <strong>da</strong> produção agropecuária,<br />
Taxa de Juros: 3,0% a.a.<br />
Prazo Total até 8 (oito) anos; Carência: até 3 (três) anos.<br />
ANEXO 10<br />
57
MAMONA PETRÓLEO<br />
VERDE<br />
Uma alternativa de ver<strong>da</strong>de<br />
58
MAMONA PETRÓLEO<br />
VERDE<br />
Uma alternativa de ver<strong>da</strong>de<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
MAMONA<br />
Corpo e Alma<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
59
PROJETO<br />
MAMONA<br />
Aproveitamento<br />
+ DE 700 Produtos<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
Aproveitamento<br />
<strong>da</strong> Planta<br />
CLOROFILA<br />
SERICULTURA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
CELULOSE<br />
SUBSTRATO<br />
FIBRA TEXTIL<br />
CRÉDITO DE<br />
CARBONO<br />
60
PROJETO<br />
MAMONA<br />
APROVEITAMENTO DO GRÃO<br />
ÓLEOS<br />
TORTAS<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
APROVEITAMENTO INDUSTRIAL<br />
Óleos<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
61
PROJETO<br />
MAMONA<br />
APROVEITAMENTO INDUSTRIAL<br />
Óleos<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
APROVEITAMENTO<br />
DA TORTA<br />
ADUBOS<br />
RAÇÃO ANIMAL<br />
ISOLADOS<br />
PROTEICOS<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
62
PROJETO<br />
MAMONA<br />
MERCADO<br />
AGROINDÚSTRIA<br />
RÍCINO / QUÍMICA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
O PORQUÊ<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
M. Ramos<br />
DO PROJETO<br />
Camaquã<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
63
Rio Grande<br />
do Sul<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
O X DA QUESTÃO<br />
PRODUTIVIDADE ( kg/ha)<br />
Paraná<br />
São Paulo<br />
Ceará<br />
Piauí<br />
Bahia<br />
Pernambuco<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA<br />
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO<br />
Rendimento de grão de cultivares de mamona, 1ª e 2ª safras, em<br />
experimentos conduzidos por 18 meses em Pelotas, RS, Embrapa<br />
Clima Temperado, 2005<br />
C u ltiv a re s<br />
1 .ª S a fra 2 .ª S a fra 2 .ª S a fra 1 .ª e 2 .ª S a fra s<br />
K g /h a<br />
(p o d a a lta )<br />
K g /h a<br />
(p o d a b a ix a )<br />
K g /h a<br />
p o d a a lta<br />
K g /h a<br />
p o d a b a ix a<br />
K g /h a<br />
C u ltiv a r T 1 2 .4 8 3 a 1 7 0 7 a 1 .6 7 4 a 4 .1 9 0 4 .1 5 7<br />
A L G u a ra n i 2 0 0 2 2 .8 0 0 a 1 0 8 2 b c 1 .2 4 4 b 3 .8 8 2 4 .0 4 4<br />
IA C G u a ra n i 2 .5 9 3 a 1 0 8 9 b c 1 .0 2 2 b 3 .6 8 2 3 .6 1 5<br />
C a fe lis ta 2 .3 5 1 a 1 .3 0 5 a b c 1 .3 1 8 a b 3 .6 5 6 3 .6 6 9<br />
IA C 8 0 2 .3 6 6 a 1 0 2 6 c 1 .0 9 1 b 3 .3 9 2 3 .4 5 7<br />
A L P re ta 1 .5 0 3 b 1 5 2 9 a b 1 .3 2 9 a b 3 .0 3 2 2 .8 3 2<br />
M é d ia 2 .3 4 9 1 .2 8 9 1 .2 7 9 3 .6 3 9 3 .6 2 9<br />
64
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA<br />
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO<br />
Desempenho agronômico de cultivares de mamona, conduzidos com<br />
po<strong>da</strong> baixa, safra 2004/05, Pelotas, RS, Embrapa Clima Temperado, 2005.<br />
VARIEDADE Altura Rend. Grão Prod./planta Rend.total Rend.grão<br />
PODA BAIXA (Cm) % (g) Kg/ha Kg/ha<br />
CULTIVAR T1 122 B 62 AB 453 A 2.680 A 1674 A<br />
AL PRETA 162 A 56 C 405 AB 2.378 AB 1329 AB<br />
CAFELISTA 107 B 67 A 335 AB 1.977 BC 1318 AB<br />
AL GUARANI 2002 98 B 67 A 332 AB 1.874 BC 1244 B<br />
IAC 80 103 B 58 BC 339 AB 1.878 BC 1091 B<br />
IAC GUARANI 97 B 66 A 319 B 1.560 C 1022 B<br />
MEDIA 114 63 364 2058 1279<br />
CV 14,3 14,8 18,8 18,3 17,2<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
O PROBLEMA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
65
PROJETO<br />
MAMONA<br />
A SOLUÇÃO PA<strong>RCE</strong>RIA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
PARADIGMA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
66
SAA<br />
DPV<br />
CESM<br />
FEPAGRO<br />
EMATER/RS<br />
CIÊNCIA-TECNOLOGIA<br />
SEDAI<br />
CASA CIVIL<br />
BANCOS<br />
UNIVERSIDADES<br />
INDÚSTRIAS<br />
COOPERATIVAS<br />
IICA/OEA<br />
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA<br />
GOVERNADOR<br />
MINAS E ENERGIA<br />
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO<br />
O Projeto Mamona foi desenvolvido, testado e organizado para o Estado do Rio<br />
Grande do Sul em três modelos de exploração agrícola:<br />
MODELO DE EXPLORAÇÃO 1- VIABILIDADE ECONÔMICA<br />
MODELO DE EXPLORAÇÃO 2- VIABILIDADE ECONÔMICA<br />
MODELO DE EXPLORAÇÃO 3- VIABILIDADE ECONÔMICA<br />
VERSÂO MACROECONÔMICA-Região 01<br />
Além dos modelos de exploração 1,2 e3 e <strong>da</strong> Versão Macroeconômica<br />
necessitam ser concluídos os Sub-Projetos de apoio a produção.<br />
SUB-PROJETO DE PESQUISA AGRONÔMICA DA MAMONEIRA<br />
SUB-PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA AOS MAMONICULTORES<br />
SUB-PROJETO DE CRÉDITO RURAL AOS MAMONICULTORES<br />
SUB-PROJETO DE INCENTIVOS FISCAIS Á CULTURA DA MAMONEIRA<br />
67
Modelo de Exploração Agrícola 1<br />
O modelo de exploração agrícola<br />
1 (área de 200 ha é totalmente<br />
mecanizado). Apresenta, além <strong>da</strong><br />
viabili<strong>da</strong>de agronômica,<br />
coeficientes de eficiência<br />
econômica que permite qualificálo<br />
como ativi<strong>da</strong>de de ponta,<br />
quando comparado com outras<br />
ativi<strong>da</strong>des em exploração.<br />
Modelo de Exploração Agrícola 2<br />
O modelo de exploração agrícola 2<br />
constitui-se numa alternativa de<br />
produção do Projeto Mamona para as<br />
pequenas e micro uni<strong>da</strong>des de<br />
produção. A inclusão do minifúndio<br />
que varia de 1 a 10 hectares, prendese<br />
basicamente a preocupação com o<br />
emprego e geração de ren<strong>da</strong> para<br />
esta segmento onde se localiza a<br />
grande maioria dos pobres rurais.<br />
68
Modelo de Exploração Agrícola 3<br />
O modelo de exploração 3 (30 ha)<br />
situa-se intermediariamente entre o<br />
modelo de exploração 1 (200 ha,<br />
totalmente mecaniza<strong>da</strong>) e o modelo<br />
de exploração 2 (5 ha, com tecnologia<br />
de tração animal/manual) portanto, a<br />
característica deste módulo é a<br />
tecnologia mista onde é adota<strong>da</strong> a<br />
tração mecânica com máquinas de<br />
tamanho reduzido, nas fases de<br />
preparo do solo e alguns tratos<br />
culturais e tecnologia manual em<br />
algumas tarefas de cultivo e na<br />
colheita e manuseio pós-colheita.<br />
REGIÕES DE PROGRAMAÇÃO<br />
DA AGROINDUSTRIALIZAÇÃO<br />
DA MAMONA – ESTADO DO<br />
RIO GRANDE DO SUL<br />
69
REGIÕES DE<br />
PROGRAMAÇÃO DA<br />
AGROINDUSTRIALIZAÇÃO<br />
DA MAMONA – ESTADO<br />
DO RIO GRANDE DO SUL<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
EMPREGOS<br />
63.000<br />
20.000<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
83.000<br />
70
LAVOURAS PILOTO DE MAMONA - 2001<br />
LAVOURAS PILOTO DE MAMONA - 2002<br />
71
CULTIVO DE MAMONA EM TERRAS BAIXAS - 2000<br />
Mamona com 26 dias<br />
de nasci<strong>da</strong> - 27/11/2005<br />
Mamona com 34 dias<br />
de nasci<strong>da</strong> - 04/12/2005<br />
Fotos Lavoura<br />
72
Lavoura mamona <strong>2006</strong><br />
CACHO DE MAMONA<br />
PRODUZIDO EM SOLO<br />
MA<strong>RCE</strong>LINENSE – <strong>2006</strong><br />
PRODUTOR: FAMÍLIA NILSON<br />
73
LAVOURAS PILOTO – MA<strong>RCE</strong>LINO RAMOS <strong>2006</strong><br />
16 de junho de <strong>2006</strong><br />
74
Lavoura família Nilson 16 junho de <strong>2006</strong><br />
Lavoura família Nilson 16 junho de <strong>2006</strong><br />
75
Sistemas de Plantio<br />
76
Sistemas de Colheita<br />
Sistemas de Secagem<br />
77
Descascadora de Mamona<br />
Empresa<br />
• 2001, criação <strong>da</strong> Vinema<br />
Multióleos Vegetais Indústria<br />
Comércio Importação e<br />
Exportação LTDA, braço<br />
comercial e Industrial do<br />
Projeto Mamona – RS,<br />
instala<strong>da</strong> em Camaquã/RS.<br />
78
PRODUTOS PRODUZIDOS E<br />
• Sementes de Mamona<br />
• Óleo de Mamona<br />
• Torta e adubos orgânicos<br />
• Substratos agrícola<br />
• Tecnologia <strong>da</strong> Mamona<br />
COMERCIALIZADOS<br />
SUBSTRATO AGRÍCOLA DE MAMONA<br />
79
RECEBIMENTO, BENEFICIAMENTO, CLASSIFICAÇÃO E EMBALAGEM DE SEMENTES<br />
Produção de Óleo<br />
• 1999, 1ª Extração de óleo de<br />
Mamona comercial no Estado do<br />
Rio Grande do Sul, com ótimas<br />
quali<strong>da</strong>des.<br />
80
Histórico<br />
• 1982, início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de pesquisa com mamona no RS.<br />
• 1984, primeiras lavouras no município de Camaquã no RS,<br />
• 1997, 200 ha – 11 cultivares, 8 indeiscentes 3 deiscentes.<br />
• 1997, participação com EMATER – RS <strong>da</strong> 17ª EXPOINTER.<br />
• 1997, iniciado a elaboração do Projeto Mamona - RS.<br />
Histórico<br />
• 1998, concluído o Projeto Mamona - RS, versão Macro-econômica e<br />
protocolado na Secretaria <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia, sob nº 1.111-98/2 em 30 de<br />
dezembro de 1998.<br />
• 1999, apresentado o projeto na Assembléia Legislativa, Comissão de Ciência<br />
e Tecnologia.<br />
• 2004 , apresentado o projeto Mamona/RS no 1º Congresso Brasileiro <strong>da</strong><br />
Mamona em Campina Grande/PA.<br />
• 2005, apresentado o projeto Mamona/RS ao Governador do Estado.<br />
• 2005, aprova<strong>da</strong> pela Assembléia Legislativa e sanciona<strong>da</strong> pelo Governador a<br />
lei nº 12.354, que cria a Política Gaúcha de Incentivo ao Cultivo <strong>da</strong> Mamona -<br />
MAMONA-RS, de Autoria do Deputado Giovani Cherini.<br />
81
Divulgação<br />
• A partir de 1994, a Mamona passou a ser divulga<strong>da</strong> no RS.<br />
• Mais de 90 palestras em Universi<strong>da</strong>des, Órgãos Governamentais, Assembléia<br />
Legislativa, Cooperativas, Congressos, Seminários, Câmaras de Vereadores,<br />
Escolas e Comuni<strong>da</strong>des Rurais.<br />
• 1999, editado a Cartilha Mamona Petróleo Verde e manuais de instrução para<br />
plantio.<br />
• 2000, participação <strong>da</strong> 20ª EXPOINTER e apresentação <strong>da</strong> máquina<br />
descascadora de Mamona fabrica<strong>da</strong> no RS, ganhadora do prêmio Melhores <strong>da</strong><br />
Terra 2000.<br />
• 2004, editado a Cartilha ‘Petróleo Verde - Uma Alternativa de Ver<strong>da</strong>de’.<br />
• 2005, reeditado a Cartilha Petróleo Verde - Uma Alternativa de Ver<strong>da</strong>de.<br />
Fomento<br />
• De 1997 a <strong>2006</strong>, foram planta<strong>da</strong>s, do paralelo 27º sul ao 33º sul e<br />
meridianos do 50º ao 57º e altitudes a partir de 4m, mais de 700<br />
lavouras piloto, com produtivi<strong>da</strong>des acima de 2.700 kg/ha, com<br />
ótimos rendimentos em óleo.<br />
82
O BJETIVOS DO PROJETO MAMONA NO<br />
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL<br />
- Implantação de 200.000 hectares de mamona<br />
- Instalação do 06 uni<strong>da</strong>des industriais próprias e/ou em parcerias<br />
- Beneficiar 500.000 tonela<strong>da</strong>s de bagas de mamona anualmente<br />
- Produzir 1.000.000 de sacos de substratos (25.000 tonela<strong>da</strong>s) por ano<br />
- Produzir 270.000 tonela<strong>da</strong>s de adubos orgânicos por ano<br />
- Produzir 210.000 tonela<strong>da</strong>s de óleo de mamona base por ano<br />
POSIÇÃO ATUAL DO PROJETO<br />
• 2005, aprova<strong>da</strong> pela Assembléia Legislativa e sanciona<strong>da</strong> pelo<br />
Governador a lei nº 12.354, que cria a Política Gaúcha de<br />
Incentivo ao Cultivo <strong>da</strong> Mamona - MAMONA-RS.<br />
• 2005 – Municípios criam lei municipal: Rio Grande, Palmeira<br />
<strong>da</strong>s Missões, Mariana Pimentel, Marcelino Ramos.<br />
• 2005 – Vinema Multióleos Vegetais assina protocolo de<br />
intenções com prefeituras.<br />
• 2005 – Vinema Multióleos Vegetais assina contrato de parceria<br />
agroindustrial com produtores.<br />
83
Apresentação do Projeto<br />
Mamona RS ao presidente<br />
Lula durante sua visita a<br />
Passo Fundo RS, pelo<br />
duputado Giovane<br />
Cherinni.<br />
20 junho de <strong>2006</strong><br />
25<br />
Lavoura de mamona BR 148 em assentamento no Maranhão<br />
25 de julho de <strong>2006</strong><br />
84
25<br />
Secagem de mamona em assentamento no Maranhão<br />
25 de julho de <strong>2006</strong><br />
Apresentação do<br />
Secagem de mamona varie<strong>da</strong>de BR 148 em assentamento no Maranhão<br />
25 de julho de <strong>2006</strong>.<br />
85
PROJETO<br />
MAMONA<br />
PORQUE MAMONA ?<br />
-PRODUTO NATURAL<br />
- BIODEGRADÁVEL / RENOVÁVEL<br />
VEL<br />
-- INSUMO BÁSICOB<br />
-- 100% APROVEITÁVEL<br />
VEL<br />
-- GERA EMPREGOS<br />
-- FONTE DE DIVISAS<br />
-- TECNOLOGIA DE PONTA<br />
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
APOIO<br />
• Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Comissão de Ciência e Tecnologia e Frente<br />
Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, Comissão <strong>Especial</strong> de <strong>Bioenergia</strong>.<br />
• EMATER – RS<br />
• IICA – Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola<br />
• SINTARGS – Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul<br />
• AGPTEA - Assossiação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola do Estado do Rio Grande do Sul<br />
• EMBRAPA – Clima Temperado Pelotas/RS<br />
• CRA /RS – Conselho Federal de Administração<br />
Conselho Regional de Administração<br />
• Governo do Estado do Rio Grande do Sul<br />
• IBPS – Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Meio-ambiente<br />
• JUMIL – Máquinas Agrícolas<br />
• URSUS – Máquinas e Tratores<br />
• Coordenação Estadual:<br />
• Engenheiro Vilson Neuman Machado<br />
• Execução:<br />
• Vinema Multióleos Vegetais Indústria Comércio Importação e Exportação LTDA<br />
• Endereço:<br />
• Rua Major João Meireles, 202 – Centro – CEP 96.180-000<br />
• Fone/Fax (51) 3671 0221/3692 1738 e Cel: (51) 9214-6280<br />
• Camaquâ – RS<br />
• email: projetomamonars@yahoo.com.br<br />
86
Vinema<br />
Multióleos Vegetais<br />
PROJETO<br />
MAMONA<br />
MENSAGEM<br />
VER E ENXERGAR NESTA<br />
CULTURA MILENAR UMA<br />
GRANDE OPORTUNIDADE PARA<br />
O USO DE TECNOLOGIA DE<br />
PONTA, GERAÇÃO DE<br />
EMPREGO,<br />
RENDA,<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO LIMPA E<br />
DESENVOLVIMENTO.<br />
MAMONA É VEGETAL,<br />
BIODEGRADÁVEL, NATURAL E<br />
NÃO DEIXA RESÍDUOS.<br />
Vilson<br />
ANEXO 11<br />
PROGRAMA PARANAENSE DE BIOENERGIA “PR – BIOENERGIA”<br />
RESUMO<br />
O Programa Paranaense de <strong>Bioenergia</strong> foi criado com a finali<strong>da</strong>de de gerir e fomentar ações<br />
de pesquisa e desenvolvimento, aplicações e uso <strong>da</strong> biomassa no Estado do Paraná, com o<br />
foco inicial na produção e aplicação do biodiesel como biocombustível, adicionando-o na<br />
matriz energética estadual.<br />
A concepção do Programa insere aspectos como inclusão social e desenvolvimento regional<br />
através de geração de emprego e ren<strong>da</strong>, impacto na quali<strong>da</strong>de do ambiente através de redução<br />
de poluentes, entre outros.<br />
O programa tem por objetivo demonstrar a viabili<strong>da</strong>de técnica e econômica <strong>da</strong> utilização do<br />
óleo de origem vegetal em substituição ao óleo diesel na movimentação de tratores e<br />
máquinas utiliza<strong>da</strong>s nas proprie<strong>da</strong>des rurais.<br />
Os objetivos específicos do Programa são: produzir óleo vegetal, com baixo custo, visando a<br />
substituição do óleo diesel utilizado na proprie<strong>da</strong>de e conseqüentemente diminuindo custos na<br />
produção de alimentos e contribuindo com a melhoria do meio ambiente; utilizar pequenas<br />
áreas, no período normal de safra ou no período <strong>da</strong> safrinha ou inverno, para o cultivo de<br />
plantas oleaginosas, visando à produção de biocombustível; utilização de tortas residuais do<br />
processo de extração do biocombustível para alimentação animal ou comercialização; estu<strong>da</strong>r<br />
a tecnologia de produção e suas modificações; caracterizar óleos vegetais e o biodiesel com<br />
eles produzidos, execução de testes de aplicação de biodiesel puro e de suas misturas com o<br />
diesel comum. O estudo sobre o uso de óleos vegetais puros e misturados com o diesel<br />
comum também faz parte do escopo do projeto.<br />
INTRODUÇÃO<br />
87
O Programa Paranaense de <strong>Bioenergia</strong> foi criado pelo Governador Roberto Requião através<br />
do Decreto 2101 de 10 de Novembro de 2003. Tem por objetivos gerir e fomentar ações de<br />
pesquisa e desenvolvimento, aplicações e uso <strong>da</strong> biomassa no Estado do Paraná, com foco<br />
inicial na produção e na aplicação do biodiesel como um biocombustível, adicionando-o à<br />
matriz energética estadual.<br />
Considera-se, no contexto do Programa Paranaense de <strong>Bioenergia</strong>, o desenvolvimento<br />
tecnológico do biodiesel e a inserção de um novo agente na economia estadual, com inclusão<br />
social, geração de ren<strong>da</strong> e empregos, geração de tecnologia local e produtos para exportação.<br />
A regionalização e o aproveitamento dos recursos locais têm papel de destaque.<br />
Entre as ações propostas para o desenvolvimento do Programa, algumas já em fase de<br />
execução, estão o projeto e a implantação de uma usina semi-industrial para a produção de<br />
biodiesel, além <strong>da</strong> caracterização e identificação <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des do girassol e do nabo<br />
forrageiro como matérias primas para a fabricação de biodiesel e do plantio de áreas para a<br />
vali<strong>da</strong>ção agronômica de tais oleaginosas.<br />
Estão também previstos testes em banca<strong>da</strong> com os óleos de soja, algodão, girassol, nabo<br />
forrageiro e de caroço de algodão in natura, e com os ésteres etílicos desses materiais.<br />
Um programa monitorado de uso de biodiesel em tratores e máquinas agrícolas está incluído<br />
no desenvolvimento do Programa.<br />
O presente trabalho tem por objetivo apresentar com detalhe o desenvolvimento do Programa<br />
Paranaense de <strong>Bioenergia</strong>.<br />
2. JUSTIFICATIVAS<br />
O grande mercado energético brasileiro e mundial poderá <strong>da</strong>r sustentação a um imenso<br />
programa de geração de emprego e ren<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> produção do biodiesel.<br />
Estudos desenvolvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério <strong>da</strong><br />
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério <strong>da</strong> Integração Nacional e Ministério <strong>da</strong>s<br />
Ci<strong>da</strong>des mostram que a ca<strong>da</strong> 1 % de substituição de óleo diesel por biodiesel produzido com a<br />
participação <strong>da</strong> agricultura familiar podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no campo,<br />
com uma ren<strong>da</strong> média anual de aproxima<strong>da</strong>mente R$ 4.900,00 por emprego.<br />
Admitindo-se que para um emprego no campo são gerados três empregos na ci<strong>da</strong>de, seriam<br />
criados, então, 180 mil empregos. Numa hipótese otimista de 6% de participação <strong>da</strong><br />
agricultura familiar no mercado de biodiesel, seriam gerados mais de 1 milhão de empregos.<br />
Faz-se, a seguir, uma comparação entre a criação de postos de trabalho na agricultura<br />
empresarial e na familiar. Na agricultura empresarial, em média, emprega-se um trabalhador<br />
para ca<strong>da</strong> 100 hectares cultivados, enquanto que, na familiar, a relação é de apenas 10<br />
hectares por trabalhador. Os <strong>da</strong>dos acima mostram claramente a importância de priorizar a<br />
agricultura familiar na produção de biodiesel.<br />
A produção de oleaginosas em lavouras familiares faz com que o biodiesel seja uma<br />
alternativa importante para a erradicação <strong>da</strong> miséria no País, pela possibili<strong>da</strong>de de ocupação<br />
de enormes contingentes de pessoas.<br />
A inclusão social e o desenvolvimento regional, especialmente via geração de emprego e<br />
ren<strong>da</strong>, devem ser os princípios orientadores básicos <strong>da</strong>s ações direciona<strong>da</strong>s ao biodiesel, o que<br />
implica dizer que sua produção e consumo devem ser promovidos de forma descentraliza<strong>da</strong> e<br />
não-excludente em termos de rotas tecnológicas e matérias-primas utiliza<strong>da</strong>s.<br />
O consumo de combustíveis fósseis derivados do petróleo tem um significativo impacto na<br />
quali<strong>da</strong>de do meio ambiente. A poluição do ar, as mu<strong>da</strong>nças climáticas, os derramamentos de<br />
óleo e a geração de resíduos tóxicos são resultados do uso e <strong>da</strong> produção desses combustíveis.<br />
A poluição do ar nas grandes ci<strong>da</strong>des é, provavelmente, o mais visível impacto <strong>da</strong> queima dos<br />
derivados de petróleo. Nos Estados Unidos, os combustíveis consumidos por automóveis e<br />
caminhões são responsáveis pela emissão de 67% do monóxido de carbono – CO, 41% dos<br />
óxidos de nitrogênio - NOx, 51% dos gases orgânicos reativos, 23% dos materiais<br />
88
particulados e 5% do dióxido de enxofre - S02. Além disso, o setor de transportes também é<br />
responsável por quase 30% <strong>da</strong>s emissões de dióxido de carbono - CO2, um dos principais<br />
responsáveis pelo aquecimento global. O relatório do Painel Intergovernamental de Mu<strong>da</strong>nças<br />
Climáticas - IPCC de 2001 mostrou que o nível total de emissões de CO2 em 2000 foi de 6,5<br />
bilhões de tonela<strong>da</strong>s.<br />
O biodiesel permite que se estabeleça um ciclo fechado de carbono no qual o CO2 é<br />
absorvido quando a planta cresce e é liberado quando o biodiesel é queimado na combustão<br />
do motor. Um estudo conjunto do Departamento de Energia e do Departamento de<br />
Agricultura dos Estados Unidos mostra que o biodiesel reduz em 78 % as emissões líqui<strong>da</strong>s<br />
de CO2.<br />
O efeito <strong>da</strong> maior concentração de CO2 na atmosfera é um agravamento do originalmente<br />
benéfico efeito estufa, isto é, o planeta tende a se aquecer mais do que o normal; em outras<br />
palavras, a temperatura média <strong>da</strong> Terra tende a subir, podendo trazer graves conseqüências<br />
para a humani<strong>da</strong>de.<br />
Estudos realizados pelo Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas -<br />
LADETEL, <strong>da</strong> USP, mostram que a substituição do óleo diesel mineral pelo biodiesel resulta<br />
em reduções de emissões de 20% de enxofre, 9,8% de anidrido carbônico, 14,2% de<br />
hidrocarbonetos não queimados, 26,8 % de material particulado e 4,6% de óxido de<br />
nitrogênio. Estudo <strong>da</strong> União Européia mostra emissões de NOx (óxidos de nitrogênio)<br />
marginalmente piores que as do diesel de petróleo.<br />
Os benefícios ambientais podem, ain<strong>da</strong>, gerar vantagens econômicas para o País. O Brasil<br />
poderia enquadrar o biodiesel nos acordos estabelecidos no protocolo de Kyoto e nas<br />
diretrizes dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL. Existe, então, a possibili<strong>da</strong>de<br />
de ven<strong>da</strong> de cotas de carbono por meio do Fundo Protótipo de Carbono - PCF, pela redução<br />
<strong>da</strong>s emissões de gases poluentes, e também de créditos de seqüestro de carbono, por meio do<br />
Fundo Bio de Carbono - BCF, administrados pelo Banco Mundial.<br />
Países como Japão, Espanha, Itália e países do norte e leste europeu têm demonstrado<br />
interesse em produzir e importar biodiesel, especialmente pela motivação ambiental. Na<br />
União Européia, a legislação de meio ambiente estabeleceu que, em 2005, 2% dos<br />
combustíveis consumidos deverão ser renováveis e, em 2010, 5%.<br />
Ressalte-se que a matriz energética brasileira é uma <strong>da</strong>s mais limpas do mundo, onde no ano<br />
de 2001, 35,9% <strong>da</strong> energia forneci<strong>da</strong> no Brasil era de origem renovável. No mundo, esse valor<br />
é de 13,5%, enquanto que nos Estados Unidos é de apenas 4,3%.<br />
3. OBJETIVOS<br />
O desenvolvimento de novas tecnologias permite a substituição parcial do óleo diesel por<br />
insumos de origem vegetal, proporcionando uma redução na exportação de divisas. Essas<br />
novas tecnologias permitem também o incremento <strong>da</strong>s economias locais, movimentando os<br />
seguimentos de produção de matérias-primas (oleaginosas), de transformação de produtos, de<br />
comércio e de fornecedores de insumos, serviços e máquinas agrícolas.<br />
3.1. Objetivo Geral<br />
Demonstrar a viabili<strong>da</strong>de técnica e econômica <strong>da</strong> utilização do óleo de origem vegetal em<br />
substituição ao óleo diesel na movimentação de tratores e máquinas utiliza<strong>da</strong>s nas<br />
proprie<strong>da</strong>des rurais.<br />
3.2. Objetivos Específicos<br />
Viabilizar a produção de óleo vegetal, com baixo custo, visando à substituição do óleo diesel<br />
utilizado na proprie<strong>da</strong>de e, conseqüentemente, diminuindo custos na produção de alimentos e<br />
contribuindo para melhoria do meio ambiente;<br />
Utilizar pequenas áreas, no período normal de safra ou no período <strong>da</strong> safrinha ou inverno,<br />
para o cultivo de plantas oleaginosas, visando à produção de biodiesel.<br />
Utilização de tortas residuais do processo de extração do biocombustível para alimentação<br />
animal ou comercialização.<br />
89
Estudo <strong>da</strong> tecnologia de produção de biodiesel e suas modificações.<br />
Caracterização de óleos vegetais e do biodiesel com eles produzidos.<br />
Execução de testes de aplicação de biodiesel puro e de suas misturas com o diesel comum.<br />
4. ESTRATÉGIA<br />
As estratégias que serão utiliza<strong>da</strong>s em conjunto pela SEAB e SETI/TECPAR são apresenta<strong>da</strong>s<br />
na Figura 1.<br />
PR BIOENERGIA<br />
MATÉRIA PRIMA<br />
SEAB<br />
BIOCOMBUSTÍVEL<br />
TECPAR<br />
ÓLEO<br />
MODIFICADO<br />
BIODIESEL<br />
SEAB<br />
ÓLEO+<br />
IN NATURA TECPAR<br />
+<br />
UNIVERSIDADES<br />
Figura 1. Definição de responsabili<strong>da</strong>des na execução do Programa Paranaense de <strong>Bioenergia</strong>.<br />
4.1. Estratégia utiliza<strong>da</strong> pela SEAB<br />
Instalação de uni<strong>da</strong>des de produção e testes de biocombustível com as culturas do girassol e<br />
nabo forrageiro, ou outras plantas oleaginosas nas diversas regiões do Estado, de acordo com<br />
a aptidão agrícola de ca<strong>da</strong> cultura, em conjunto com produtores rurais. Estas uni<strong>da</strong>des serão<br />
instala<strong>da</strong>s e acompanha<strong>da</strong>s pela EMATER-Paraná em integração com as Universi<strong>da</strong>des de<br />
Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Unioeste, Unicentro, EMBRAPA e IAPAR.<br />
Introdução de novas varie<strong>da</strong>des/híbridos de girassol na safrinha e safra, nabo forrageiro e<br />
outras espécies oleaginosas, com implantação de experimentos para definição de tecnologias<br />
de produção para as condições do Estado do Paraná.<br />
Análise de grãos, de óleos e tortas e testes para definição de alternativas de uso <strong>da</strong>s tortas.<br />
4.2. Estratégia utiliza<strong>da</strong> pela SETI/TECPAR<br />
Este planejamento estratégico explora os aspectos associados com a produção de biodiesel no<br />
Estado do Paraná, a partir de diversas matérias-primas, basicamente óleos vegetais de<br />
oleaginosas tais como a soja e o girassol, entre outros.<br />
Considera-se, no contexto deste trabalho, a utilização <strong>da</strong>s diversas fontes renováveis de<br />
biomassa disponíveis no Estado para a produção de biodiesel, de modo a inserir um novo<br />
agente na economia estadual, além de fortalecer a agricultura familiar através de arranjos<br />
produtivos locais, com o aproveitamento dos recursos regionais.<br />
Em relação à logística estima<strong>da</strong> para atender o desenvolvimento do Programa, além <strong>da</strong><br />
uni<strong>da</strong>de de produção semi-industrial, incluem-se:<br />
Infra-estrutura laboratorial para caracterização físico-química <strong>da</strong>s matérias-primas (óleo<br />
vegetal bruto), insumos (por exemplo etanol) e do biodiesel produzido, além de estudos sobre<br />
a síntese de biodiesel a partir de óleos de oleaginosas alternativas.<br />
Recursos humanos para a operacionalização <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de industrial de produção de biodiesel.<br />
Algumas ações já estão sendo desenvolvi<strong>da</strong>s pelas instituições participantes do Programa<br />
Paranaense de <strong>Bioenergia</strong> tais como:<br />
90
Estudo do processo de obtenção do éster etílico de óleos vegetais a partir de óleos brutos e<br />
caracterização físico-química do biodiesel produzido (CERBIO, UEPG e UFPR). No<br />
momento estão sendo estu<strong>da</strong>dos os óleos de girassol e nabo forrageiro.<br />
Planejamento de uma uni<strong>da</strong>de de produção de biodiesel a ser instala<strong>da</strong> no campus do<br />
TECPAR.<br />
Participação do CERBIO/TECPAR no Programa Nacional de Biodiesel como um dos<br />
laboratórios de referência para o Grupo de Trabalho Interministerial do Biodiesel, visando a<br />
avaliação do biodiesel nacional com vistas à liberação do uso do biodiesel no país (B2) em<br />
novembro próximo.<br />
Participação do CERBIO/TECPAR no PROBIODIESEL do MCT como principal executor<br />
desse programa.<br />
ANEXO 12<br />
BRASIL, SUPERPOTÊNCIA DA BIOENERGIA<br />
Em 2004 AS EXPORTAÇÕES DE ÁLCOOL PRODUZIDO A PARTIR DA CANA-DE-<br />
AÇÚCAR TOTALIZARÃO US$ 2 BILHÕES, QUASE TRÊS VEZES MAIS DO QUE<br />
NO ANO PASSADO.<br />
RIO DE JANEIRO.- A alta do preço do petróleo e a iminente entra<strong>da</strong> em vigor do Protocolo<br />
de Kyoto, graças à ratificação por parte <strong>da</strong> Rússia, aceleram um processo que leva o Brasil a<br />
se afirmar como uma potência <strong>da</strong> bioenergia. As exportações de álcool produzido a partir <strong>da</strong><br />
cana-de-açúcar devem passar de 800 milhões de litros, no ano passado, para dois milhões este<br />
ano, e a expansão tende a se manter com independência dos preços do petróleo. São muitos os<br />
países que, como o Japão, se preparam para adicionar etanol à sua gasolina ou aumentar a<br />
quanti<strong>da</strong>de desse álcool no combustível, para reduzir a poluição.<br />
Espera-se que as fontes renováveis tenham um decisivo impulso global com a entra<strong>da</strong> em<br />
vigor do Protocolo de Kyoto (1997), que controla a emissão de gases causadores do efeito<br />
estufa, responsáveis pela mu<strong>da</strong>nça climática. O Senado <strong>da</strong> Rússia anunciou, no dia 27 de<br />
outubro, a ratificação do tratado. Uma vez promulgado pelo Executivo, o Protocolo entrará<br />
em vigor, pois estará completado o número de países necessários: aqueles que emitem 55%<br />
dos gases que provocam o efeito estufa.<br />
No Brasil, o combustível de fonte renovável recupera a populari<strong>da</strong>de que teve nos anos 80, e<br />
não apenas pelo seu preço menor. Cresce rapi<strong>da</strong>mente a procura por automóveis<br />
bicombustíveis, que podem utilizar gasolina, álcool ou qualquer mistura de ambos, que foram<br />
lançados no ano passado. Em 1985 e 1986, os veículos movidos a álcool atingiram a<br />
fantástica proporção de 76% do total produzido no Brasil. Mas problemas de abastecimento e<br />
preços afetaram a credibili<strong>da</strong>de do programa Proálcool, de substituição de combustíveis,<br />
iniciado depois <strong>da</strong> crise do petróleo de 1973.<br />
A produção de automóveis a álcool atingiu o fundo do poço em 1997, quando foi de 0,06% do<br />
total, segundo <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores<br />
(Anfavea). Desde então, registrou uma lenta recuperação, acentua<strong>da</strong> desde o ano passado,<br />
quando 84.173 automóveis que usam álcool combustível, incluindo bicombustíveis,<br />
representaram 4,6% do total produzido. Este ano, essa quanti<strong>da</strong>de deve crescer cinco vezes, já<br />
91
que a produção de janeiro a setembro somou 253.817 uni<strong>da</strong>des, sendo que em setembro foram<br />
32% do total do mês.<br />
A possibili<strong>da</strong>de de usar um ou outro combustível contribui, junto com o preço, para resgatar a<br />
confiança no álcool, uma vez que elimina o risco de desabastecimento ou súbito aumento de<br />
preços. Além disso, to<strong>da</strong> gasolina no Brasil contém de 20% a 24% de álcool anidro, reduzindo<br />
o consumo de petróleo e a poluição. E já se começa a produzir aviões para fumigação<br />
movidos a etanol. O subsidiado desenvolvimento do Proálcool custou cerca de US$ 40<br />
bilhões, mas o país “já recuperou esses gastos” e agora colhe os frutos, inclusive pela<br />
tecnologia desenvolvi<strong>da</strong>, disse ao Terramérica o pesquisador Osvaldo Stella Martins, do<br />
Centro Nacional de Referência em Biomassa.<br />
A cana necessária para fazer do Brasil o maior produtor mundial de açúcar e álcool gera<br />
grande quanti<strong>da</strong>de de bagaço, fonte de calor e eletrici<strong>da</strong>de, que serve o mercado energético,<br />
além de alimentar as próprias centrais açucareiras e destilarias. Agora, o novo programa de<br />
biodiesel entusiasma pesquisadores e empresários. O governo anunciou que autorizará, em<br />
novembro deste ano, sua adição ao diesel, na proporção de 2%, que chegará a 5% dentro de<br />
alguns anos. Além de reduzir importações e melhorar o meio ambiente, esse programa será de<br />
inclusão social, ao gerar centenas de milhares de empregos e favorecer a agricultura familiar<br />
em áreas pobres, segundo o ministro <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.<br />
Por essa razão se pensa em priorizar a produção a partir <strong>da</strong> mamona (Ricinus communis) no<br />
nordeste, a região mais pobre do país, mas o biodiesel de mamona deverá ser fortemente<br />
subsidiado, já que custa o triplo do petrolífero, disse Martins, engenheiro mecânico com<br />
doutorado em Ecologia e Recursos Naturais. O óleo de mamona, matéria-prima de centenas<br />
de produtos químicos, medicinais e cosméticos, tem grande deman<strong>da</strong> mundial não atendi<strong>da</strong>, e<br />
seria mais lógico promover sua produção como insumo industrial, em lugar de utilizá-lo para<br />
biodiesel e carregar a socie<strong>da</strong>de com o custo dos subsídios para “resolver um problema” <strong>da</strong><br />
Petrobrás, acrescentou o especialista. O problema é que a Petrobrás deve produzir diesel sem<br />
enxofre, por motivos ambientais, e lhe convém substituir esse aditivo lubrificante por<br />
biodiesel, transferindo custos à socie<strong>da</strong>de, explicou Martins.<br />
De todo modo, também se pesquisa no sentido de produzir biodiesel a partir de vários outros<br />
vegetais, e inclusive a partir de resíduos orgânicos urbanos. A alternativa que mais entusiasma<br />
o especialista, bem como a Laércio Couto, engenheiro florestal e presidente <strong>da</strong> Rede Nacional<br />
de Biomassa para Energia, é a utilização de dejetos de madeira e agrícolas. A produção de<br />
madeira aproveita apenas 45% <strong>da</strong> árvore, e deixa uma “fantástica” riqueza em biomassa, disse<br />
Couto ao Terramérica. Os resíduos compactados em esferas ou cilindros, para reduzir volume<br />
e umi<strong>da</strong>de, além de facilitar o transporte, começam a ser exportados para a Europa. No ano<br />
passado foram vendi<strong>da</strong>s 40 mil tonela<strong>da</strong>s, enquanto a deman<strong>da</strong> é de dois milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s, ressaltou.<br />
O Brasil, com sua disponibili<strong>da</strong>de de terras, sol e água, é um grande produtor de biomassa, e a<br />
fotossíntese faz do país uma potência energética, segundo José Batista Vi<strong>da</strong>l, o “pai” do<br />
Proálcool. Entretanto, as longas distâncias e a insuficiente infra-estrutura que encarecem o<br />
transporte ain<strong>da</strong> travam o negócio energético bem além do aproveitamento local, lembrou<br />
Couto.<br />
ANEXO 13<br />
E A MAMONA VAI MUITO BEM OBRIGADO<br />
92
Em 2003 quando foi lançado o programa brasileiro do biodiesel, a mamona foi eleita como a<br />
planta símbolo do biodiesel. Pela propagan<strong>da</strong> do programa podia-se plantar mamona do<br />
Oiapoque ao Chuí. Era plantar e colher lucros. Não se respeitou à vocação agrícola de ca<strong>da</strong><br />
região, o zoneamento agrícola, tipo de solo, entre outras questões elementares para o sucesso<br />
do plantio. Em resumo: Plante que o biodiesel garante. O resultado vimos, embora muito<br />
pouco divulgado, foram produtores com a mamona colhi<strong>da</strong>, preço abaixo do custo, poucos<br />
compradores, etc.etc. Plantou mamona ficou com o mico na mão.<br />
BALANÇO ENERGÉTICO DO BIODIESEL<br />
A utilização do novo combustível depende, entre outros fatores, de uma relação positiva entre<br />
a energia consumi<strong>da</strong> no processo de produção, e a energia disponibiliza<strong>da</strong> pelo combustível<br />
produzido. É fun<strong>da</strong>mental ter um balanço energético positivo para a utilização racional de<br />
derivados de biomassa como combustíveis.<br />
Por exemplo, estudos detalhados de custos energéticos conduzidos para o etanol no contexto<br />
brasileiro, indicam que para ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de energia investi<strong>da</strong> na agroindústria canavieira,<br />
são produzi<strong>da</strong>s cerca de 8,3 uni<strong>da</strong>des de energia renovável. Comparativamente, nos EUA o<br />
etanol tem uma relação de apenas 1,3.<br />
No Brasil, alguns estudos precursores do balanço energético na produção de biodiesel foram<br />
realizados nos anos 80. Avaliando o biodiesel de soja, determinou-se uma relação<br />
produção/consumo de 1,42. Uma avaliação preliminar mais recente para o biodiesel de soja,<br />
sem ter em conta os subprodutos, estimou uma deman<strong>da</strong> energética de 30 MJ por litro de<br />
biodiesel, resultando em uma relação produção/consumo de 1,43.<br />
Outros estudos chegaram a um balanço energético de aproxima<strong>da</strong>mente 5,6 para o dendê, e de<br />
4,2 para a macaúba, o que confirma o potencial <strong>da</strong>s palmáceas como fonte de matéria-prima,<br />
ou seja, maior produtivi<strong>da</strong>de e disponibili<strong>da</strong>de de resíduos de valor energético.<br />
O Brasil dispõe de poucos estudos sobre o balanço energético do biodiesel. O tema é<br />
importante e deve ser melhor explorado para fun<strong>da</strong>mentar decisões corretas.<br />
O balanço energético <strong>da</strong> produção depende muito <strong>da</strong> matéria-prima e processos.<br />
ANEXO 14<br />
FÁBRICAS DE BIODIESEL<br />
FÁBRICAS<br />
A Biodiesel Eco Óleo foi uma pioneira no mercado e construiu a primeira usina de biodiesel<br />
em Chapadão do Céu – GO, trabalhando no sistema de escambo, através do uso cativo. O<br />
produtor “planta” seu biocombustível. A fábrica foi construí<strong>da</strong> em 2003, antes <strong>da</strong><br />
regulamentação do governo.<br />
Nas últimas duas déca<strong>da</strong>s houve um avanço respeitável nas pesquisas relativas ao biodiesel,<br />
assim, além dos vários testes de motores, algumas plantas piloto começaram a ser construí<strong>da</strong>s<br />
em diferentes ci<strong>da</strong>des. Recentemente, o biodiesel deixou de ser um combustível puramente<br />
experimental e passou para as fases iniciais de comercialização.<br />
RENDIMENTO DE ÓLEO DAS SEMENTES<br />
As oleaginosas promissoras para a produção do biodiesel, devem ter avalia<strong>da</strong>s suas reais<br />
potenciali<strong>da</strong>des técnicas e seus efeitos secundários como o aproveitamento dos seus<br />
subprodutos e em função desse diagnóstico, modelar essa produção, considerando as<br />
características <strong>da</strong> regionalização como sazonali<strong>da</strong>de e escala periódica, para definição de qual<br />
93
tecnologia é aplicável, qual o tamanho <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des produtoras e principalmente os aspectos<br />
relacionados à quali<strong>da</strong>de do biodiesel, fatores que implicam na sua aceitação pelo mercado.<br />
Com relação à seleção de óleos vegetais com potencial tecnológico para a produção de<br />
biodiesel, existem os óleos monoinsaturados, que necessitam ser melhor investigados quanto<br />
aos seus problemas, como o índice de iodo. Outra categoria seriam os óleos de características<br />
únicas, como é o caso do óleo de mamona. Existe uma categoria extremamente importante,<br />
que são os óleos laurílicos, derivados <strong>da</strong>s palmáceas, que por serem saturados conferem as<br />
melhores proprie<strong>da</strong>des ao biodiesel. Ésteres destes últimos tem estabili<strong>da</strong>de à oxi<strong>da</strong>ção<br />
significativamente melhor.<br />
ANEXO 15<br />
UCRÂNIA QUER MODELO BRASILEIRO DE BIOENERGIA<br />
ONGs vão entregar hoje ao governo sugestão de uso de biomassa Vinte anos após o desastre<br />
nuclear de Chernobyl, o pior <strong>da</strong> história, a Ucrânia vive uma polêmica: seguir construindo<br />
usinas atômicas ou desenvolver o que está sendo chamado de "modelo brasileiro", com a<br />
promoção de energias alternativas, principalmente a biomassa.<br />
Há poucas semanas, o governo de Kiev apresentou uma nova estratégia energética para o país<br />
até 2030, prevendo a construção de 11 usinas nucleares, além <strong>da</strong> reforma de outras 12. Para<br />
ambientalistas e vítimas do desastre de Chernobyl, a iniciativa foi um afronta.<br />
Grupos <strong>da</strong> oposição, ativistas, cientistas e vítimas de Chernobyl reagiram e, hoje, apresentam<br />
uma proposta para que o país reduza progressivamente o porcentual de energia nuclear no<br />
consumo total <strong>da</strong> Ucrânia. "Não podemos deixar um grupo decidir o futuro energético do país.<br />
Preparamos uma proposta que será leva<strong>da</strong> ao governo durante os eventos que marcam os 20<br />
anos do acidente de Chernobyl", afirmou ao Estado Anna Onisinova, presidente <strong>da</strong> Mama 86,<br />
ONG cria<strong>da</strong> pelas mães de crianças que sofreram as conseqüências <strong>da</strong>s radiações.<br />
ANEXO 16<br />
H-BIO REDUZIRÁ A IMPORTAÇÃO DE DIESEL EM 25% ATÉ 2008<br />
Produto deverá incrementar mercado de óleo de soja que terá a Petrobras como comprador<br />
Com sua utilização no processo de produção de um tipo de óleo diesel de melhor quali<strong>da</strong>de, a<br />
partir do início de 2007 o mercado de óleo de soja não será mais o mesmo. A Petrobras vai<br />
entrar firme como um dos maiores compradores do produto numa medi<strong>da</strong> que deve mexer<br />
com cotações, produção, logística e outros componentes <strong>da</strong> cadeia do agronegócio. Pelos<br />
planos de produção iniciais do H-Bio, como é conhecido o novo diesel, serão necessários 256<br />
mil metros cúbicos do óleo vegetal no primeiro ano e de 425 mil metros cúbicos em 2008.<br />
Isso significa 16,4% do que o Brasil exporta anualmente, ou 2.821 mil metros cúbicos. O<br />
impacto do novo produto reduzirá as importações de diesel em 15% no primeiro ano e de 25%<br />
em 2008, significando redução de US$ 240 milhões na saí<strong>da</strong> de divisas.<br />
Estas informações foram forneci<strong>da</strong>s na manhã de ontem pelo Diretor de Abastecimento <strong>da</strong><br />
Petrobras, Paulo Roberto Costa, durante a realização do primeiro teste de produção industrial<br />
do país do H-Bio, realizado na Refinaria de Araucária (Repar), <strong>da</strong> Petrobras no Paraná, com a<br />
presença do presidente Luís Inácio Lula <strong>da</strong> Silva. O teste marcou o lançamento do programa<br />
H-Bio Diesel.<br />
O presidente confirmou que tanto o H-Bio como o biodiesel são componentes importantes de<br />
sua estratégia de montar parcerias com países pobres para que passem a produzir o que<br />
94
denominou de "combustível verde". "Nós temos a tecnologia e poderemos fazer parcerias<br />
com países pobres africanos para que eles exportem para Europa. Este não é um projeto<br />
apenas para o Brasil, mas para muitos outros países mais pobres", disse o presidente.<br />
Acompanhavam o presidente os embaixadores de Camarões, Gabão e Venezuela.<br />
Paulo Roberto Costa confirmou que a empresa está em negociações com o Agência Nacional<br />
do Petróleo (ANP) para que entre setembro e outubro estejam defini<strong>da</strong>s as regras destas<br />
aquisições, de maneira semelhante ao que ocorre com o biodiesel, onde a estatal compra<br />
100% <strong>da</strong> produção do País para misturá-la ao óleo diesel numa proporção de 2% atualmente e<br />
que chegará a 5% em 2008. Para o presidente <strong>da</strong> Petrobras, José Sérgio Gabrielli, "o biodiesel<br />
e o H-Bio são complementares e representam um novo tipo de economia de combustível no<br />
cenário mundial".<br />
O processo do H-Bio foi desenvolvido no centro de pesquisas <strong>da</strong> Petrobras por uma equipe<br />
lidera<strong>da</strong> pelo pesquisador Jefferson Roberto Gomes, homenageado pelo presidente <strong>da</strong><br />
República na Repar. Em 18 meses de trabalho a Petrobras descobriu que poderia acrescentar<br />
óleo vegetal na fase de refino para a produção de diesel, obtendo um combustível com as<br />
mesmas características moleculares do diesel convencional, mas com menor teor de enxofre e<br />
uma melhor capaci<strong>da</strong>de de queima e que na área técnica ficou conhecido como "diesel de<br />
boutique". "A composição molecular do H-Bio já está presente no diesel mineral, por isso não<br />
há problemas", explicou Alípio Ferreira Pinto, do Centro de Pesquisas <strong>da</strong> Petrobras.<br />
Os primeiros testes realizados na refinaria Gabriel Passos (MG) demonstraram a viabili<strong>da</strong>de<br />
técnica e comercial do processo que começou a ganhar escala industrial ontem em Araucária.<br />
O H-Bio exige uma planta que possua uni<strong>da</strong>de de hidrotratamento e, na primeira etapa, será<br />
produzido no Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais com investimentos de US$ 38<br />
milhões. Em 2008 entram em operação outras duas refinarias. A entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> etapa de<br />
operações exigirá outros US$ 20 milhões de investimentos. A Petrobras já registrou duas<br />
patentes de criação e aperfeiçoamento do processo de produção na Europa, EUA e no Brasil.<br />
Segundo Gabrielli, "se houver um momento em que o preço do óleo de soja fique muito<br />
acima do óleo diesel importado o programa pode ser descontinuado já que não exige grandes<br />
investimentos e aproveita a capaci<strong>da</strong>de existente nas refinarias. Mas ele é tão vantajoso<br />
economicamente que não a acreditamos que isso vá acontecer", explicou.<br />
A Petrobras testou uma mistura de 20% de H-Bio no diesel na fase de pesquisa e não<br />
encontrou problemas. Na fase industrial, a mistura caiu para 18% mas ela depende do perfil e<br />
capaci<strong>da</strong>de de hidrogenação de ca<strong>da</strong> refinaria. Para Gabrielli, "na média, a mistura deverá<br />
chegar a 15%". O diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa garantiu que nestas<br />
proporções "não haverá a necessi<strong>da</strong>de de qualquer mu<strong>da</strong>nça ou a<strong>da</strong>ptações nos motores dos<br />
veículos".<br />
O presidente Luis Inácio Lula <strong>da</strong> Silva classificou o H-Bio como "uma revolução de grandeza<br />
incomensurável para o Século 21 na área de combustíveis". Segundo ele, o novo diesel deve<br />
garantir aos produtores de soja o mesmo equilíbrio que hoje têm os produtores de cana-deaçúcar<br />
com o álcool. "Com o biodiesel trouxemos o pequeno produtor para a área de produção<br />
de combustíveis. Agora, com o H-Bio, estamos trazendo o agronegócio", destacou o<br />
presidente.<br />
ANEXO 17<br />
Gazeta Mercantil - 14/06/<strong>2006</strong><br />
95
SEBO DE BOI VIRA BIODIESEL<br />
A Refinaria de Manguinhos, arren<strong>da</strong><strong>da</strong> para uma empresa paulista, a Ponte Di Ferro<br />
Comércio e Indústria de Combustíveis, iniciou recentemente a produção de biodiesel de sebo<br />
bovino. No dia 1º de julho a primeira entrega do produto será feita para a Petrobrás que, até o<br />
fim do ano, receberá 31 milhões de litros de biodiesel de sebo, o que abre nova perspectiva<br />
para a agroindústria.<br />
"O biodiesel pode ser feito a partir de várias matérias-primas oleaginosas, e o sebo liquefeito é<br />
um óleo como qualquer outro", diz o produtor Carlos Zveibil Neto, que desenvolveu a<br />
tecnologia com aju<strong>da</strong> do Centro de Pós-Graduação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de<br />
Janeiro.<br />
Um pouco mais barato do que o biodiesel de óleo de soja, que Zveibil também produz, mas<br />
em outra uni<strong>da</strong>de, em Taubaté (SP), o combustível feito de sebo tem potencial, já que ca<strong>da</strong><br />
boi abatido fornece 15 quilos de sebo aproveitável (o sebo junto <strong>da</strong> pele não é usado). Com o<br />
abate de 23 milhões de cabeças no ano passado, <strong>da</strong>dos do IBGE e <strong>da</strong> Scot Consultoria, o<br />
potencial brasileiro é produzir quase 350 milhões de litros de biodiesel de sebo/ano. Hoje, o<br />
sebo é mais usado como combustível em caldeiras de frigoríficos.<br />
INVENÇÃO ITALIANA<br />
O biodiesel feito de sebo não é invenção brasileira, mas sim italiana, tanto que a metalúrgica<br />
Dedini, de Piracicaba (SP), adquiriu o know how e está iniciando a produção de equipamentos<br />
para fazer biodiesel de sebo, com licença <strong>da</strong> Balestra, empresa italiana. Esses equipamentos,<br />
porém, já encomen<strong>da</strong>dos pela Ponte Di Ferro e por um grande frigorífico, que também<br />
pretende usar sebo para biodiesel, permitem produzir de forma contínua, mas são caros e não<br />
estão disponíveis.<br />
Para adiantar o início <strong>da</strong> produção, pois ganhou um leilão para entregar 50 milhões de litros à<br />
Petrobrás, a Ponte Di Ferro passou a produzir no sistema desenvolvido pela UFRJ, de<br />
batela<strong>da</strong>. Ela compra o sebo semi-processado de uma graxaria de Jales (SP), já com a acidez e<br />
a quanti<strong>da</strong>de de água reduzi<strong>da</strong>s. Ao recebê-lo, a Ponte Di Ferro liquefaz o sebo, o que não<br />
exige muita energia, já que com 60 graus ele já derrete.<br />
O próximo passo é misturar o metanol e alguns componentes químicos. Para ca<strong>da</strong> matériaprima<br />
destina<strong>da</strong> à produção de biodiesel há um tratamento especial. Da soja, é preciso retirar<br />
o fósforo; do girassol, a cera; do algodão, as fibras, e o sebo também exige certas reações<br />
químicas. Processado, o sebo oferece três produtos: o biodiesel, que é igual ao produto feito<br />
de soja ou de girassol, cujo odor lembra o do álcool; a glicerina loira, que também é vendi<strong>da</strong>;<br />
e a água mistura<strong>da</strong> com metanol, que pode ser recuperado posteriormente, para reutilização.<br />
ANÁLISE<br />
O biodiesel de sebo já foi analisado pelos laboratórios credenciados pela Petrobrás e atingiu<br />
as normas <strong>da</strong> Agência Nacional de Petróleo (ANP). Ele só não é indicado para exportação<br />
porque, a menos de 5 graus, precipita a gordura, enquanto o biodiesel de soja é mais<br />
resistente, precipitando a 0 grau.<br />
Embora esteja confiante no biodiesel de sebo, Zveibil enumera alguns problemas. O sistema<br />
que está usando, de batela<strong>da</strong>, é menos adequado do que as usinas que encomendou. "Se há um<br />
problema na produção, a usina o corrige logo, enquanto no sistema de batela<strong>da</strong> corre-se o<br />
risco de perder uma quanti<strong>da</strong>de maior do produto até que o erro seja corrigido."<br />
O outro problema é o preço - R$ 650 por tonela<strong>da</strong> de sebo processado, pois há poucas<br />
graxarias. Outro problema é a logística, pois tem que transportar o sebo por mais de 800<br />
quilômetros. "O transporte torna inviável fazer biodiesel com sebo de Estados distantes", diz.<br />
96
E, justamente por causa do custo do transporte, ele está produzindo igualmente biodiesel a<br />
partir de soja, 19 milhões de litros, que também serão entregues à Petrobrás.<br />
O Estado de S. Paulo - 28/06/06<br />
ANEXO 16<br />
CANA CRESCE COMO FONTE ENERGÉTICA<br />
Álcool e cogeração representam 13,9% do total, perto dos 15% <strong>da</strong>s fontes de origem<br />
hidráulica. A cana-de-açúcar está muito próxima de se tornar a segun<strong>da</strong> principal fonte<br />
energética do País. Em 2005, graças ao aumento de 7,7% na produção de álcool, a cana já<br />
representou a terceira maior fonte de energia do Brasil, com 13,9% <strong>da</strong>s 218,6 milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s equivalentes de petróleo (tep) oferta<strong>da</strong>s no País, segundo o Balanço Energético<br />
Nacional, do Ministério <strong>da</strong>s Minas e Energia (MME). À frente <strong>da</strong> cana, só petróleo e<br />
derivados, com 38,4% <strong>da</strong> oferta total, e energia hidráulica e elétrica, com 15% - apenas 1,1<br />
ponto percentual de vantagem sobre a cana.<br />
De 1970, quando foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), até o ano passado, a<br />
produção de energia primária <strong>da</strong> cana saltou na<strong>da</strong> menos do que 744,4%, o que representa a<br />
média de 21,3% ao ano. "A oferta de energia <strong>da</strong> cana pode superar a hidráulica a partir de<br />
2010, quando dezenas de novas usinas entrarão em operação", opina Adriano Pires,<br />
especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), com sede no<br />
Rio.<br />
Só o mercado interno de carros bicombustível, cuja frota deverá ultrapassar 5 milhões de<br />
uni<strong>da</strong>des ain<strong>da</strong> em 2009, justifica os investimentos para dobrar a produção de etanol para algo<br />
próximo a 28 bilhões de litros em 2010. Cinco milhões de carros consumindo uma média<br />
anual de 2,4 mil litros deman<strong>da</strong>riam 12 bilhões de litros de álcool hidratado. Mas ain<strong>da</strong> é<br />
preciso de álcool anidro para misturar à gasolina, na proporção de pelo menos 20%, e atender,<br />
se houver produção suficiente, a parte <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de vários países do mundo que estão atrás<br />
do álcool de cana brasileiro.<br />
"Em ver<strong>da</strong>de, se o potencial de cogeração de energia elétrica através do bagaço <strong>da</strong> cana fosse<br />
devi<strong>da</strong>mente aproveitado, a oferta de energia <strong>da</strong> cana seria muito maior", declara Luiz Carlos<br />
Rubiano, presidente <strong>da</strong> Auston Consult, empresa de Ribeirão Preto especializa<strong>da</strong> em análise<br />
de viabili<strong>da</strong>de de negócios no setor sucroalcooleiro.<br />
Segundo Rubiano, os projetos de cogeração de energia por meio do bagaço <strong>da</strong> cana não<br />
decolaram devido às restrições de financiamento impostas pelo governo na criação do<br />
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), em 2004. "As<br />
usinas do País poderiam estar vendendo, agora, pelo menos 2 mil MW de potência de energia<br />
do bagaço, mas o total pouco passa de 500 MW", diz.<br />
Técnicos <strong>da</strong> União <strong>da</strong> Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) afirmam que o<br />
potencial de cogeração <strong>da</strong>s usinas ultrapassa 15 mil MW, se usa<strong>da</strong>s tecnologias modernas e,<br />
além do bagaço, a palha <strong>da</strong> cana-de-açúcar.<br />
"Vários investidores em usinas de açúcar e destilarias de álcool decidiram postergar projetos<br />
de cogeração por meio do bagaço <strong>da</strong> cana devido às restrições no financiamento", diz<br />
Rubiano. Segundo ele, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)<br />
exige garantia de 130%, o que inibe o investimento.<br />
97
"Em termos energéticos, o Brasil está em posição bastante avança<strong>da</strong> em relação ao mundo",<br />
diz Pires, do CBIE. Segundo ele, a tendência é que diminua o peso <strong>da</strong>s fontes não-renováveis<br />
na matriz energética mundial, devido a questões ambientais e ao alto preço do petróleo. O<br />
Balanço Energético Nacional, do MME, mostra que 44,7% <strong>da</strong> energia oferta<strong>da</strong> no Brasil em<br />
2005 veio de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar e a hidráulica. É um <strong>da</strong>do alentador<br />
quando comparado à oferta de energia renovável no planeta, que atingiu somente 13,3% em<br />
2003. E ain<strong>da</strong> mais vantajoso em comparação à OCDE, que reúne os países mais ricos do<br />
mundo, que registrou míseros 6% de oferta de energia renovável em 2003.<br />
O Balanço Energético de 2005 mostra que a oferta total de energia saltou 2,47% em 2005 -<br />
índice próximo ao do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,3% -, enquanto a energia <strong>da</strong> cana<br />
aumentou 5,9%, para 30,4 milhões de tep. Mais do que a cana, cresceram apenas a energia<br />
hidráulica e elétrica (6,1%) e gás natural (7,4%).<br />
ANEXO 17<br />
Gazeta Mercantil - 28/06/<strong>2006</strong><br />
NOSSO FUTURO ENERGÉTICO MUNDIAL<br />
Artigo Martin Wolf<br />
O que teve início no Reino Unido e alastrou-se para o noroeste <strong>da</strong> Europa - e mais além -, no<br />
início do Século XIX, é freqüentemente denominado "revolução industrial". Um nome mais<br />
apropriado seria "revolução energética". Os recursos naturais que deram sustentação à era na<br />
qual a humani<strong>da</strong>de entrou há cerca de dois séculos são a antiquíssima luz solar ou, mais<br />
prosaicamente, os combustíveis fósseis. A humani<strong>da</strong>de também aprendeu como extrair e usar<br />
combustíveis produzidos por plantas ao longo de vários milhões de anos.<br />
Deepak Lal, o respeitado economista especialista em desenvolvimento, qualificou o resultado<br />
como "crescimento prometeico", numa referência ao titã mítico que deu o fogo à humani<strong>da</strong>de.<br />
Como observou Bjorn Lomborg, o controvertido acadêmico dinamarquês, "se pensarmos por<br />
um momento na energia que empregamos em termos de ´criados´, com ca<strong>da</strong> um deles dotado<br />
<strong>da</strong> mesma potência de um ser humano, ca<strong>da</strong> pessoa na Europa Ocidental é hoje atendi<strong>da</strong> por<br />
150 criados, cerca de 300 nos EUA e, mesmo na Índia, ca<strong>da</strong> pessoa tem 15 criados para<br />
ajudá-la" - The Sceptical Environmentalist (Cambridge University Press, 2001). Não foi por<br />
acaso que a revolução energética resultou no (quase total) desaparecimento <strong>da</strong> escravidão e <strong>da</strong><br />
servidão. As máquinas puseram fim à servidão e libertaram as mulheres <strong>da</strong> labuta enfadonha,<br />
fatigante e quotidiana no lar. Só onde máquinas não podem (até agora) substituir seres<br />
humanos - nos cui<strong>da</strong>dos prestados a crianças e idosos, por exemplo - isso ain<strong>da</strong> não é ver<strong>da</strong>de.<br />
Segundo especialistas do Departamento de Energia dos EUA, a produção anual mundial de<br />
energia resultante <strong>da</strong> queima de combustíveis fósseis cresceu de praticamente zero em meados<br />
do século 18 para 350 bilhões de bilhões de joules (350 exajoules) no início deste milênio.<br />
Apenas desde 1900, a produção (e o consumo) de energia <strong>da</strong> queima de combustíveis fósseis<br />
cresceu 16 vezes. E dobrou desde o fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960.<br />
De acordo com Angus Maddison, respeitado historiador econômico, o PIB mundial cresceu<br />
19 vezes (em termos de pari<strong>da</strong>de de poder de compra - PPC) entre 1900 e 2001. No mesmo<br />
período, o consumo de to<strong>da</strong>s as formas comerciais de energia cresceu 18 vezes. A alta<br />
correlação é extraordinária. Entre 1975 e 2001, porém, o PIB mundial cresceu 120%, ao passo<br />
que o consumo de energia comercial cresceu apenas 60%. Mas até mesmo esse aumento de<br />
98
eficiência não resultou em que<strong>da</strong> na deman<strong>da</strong> energética. O consumo de energia comercial<br />
cresceu no decorrer de qualquer período dilatado.<br />
Com o passar do tempo, as fontes de energia comercial mu<strong>da</strong>ram. No século 20, petróleo e<br />
gás natural tornaram-se ca<strong>da</strong> vez mais importantes em relação ao carvão, principal fonte de<br />
energia <strong>da</strong> era do vapor. Mesmo assim, o consumo do carvão continuou crescendo. Ao longo<br />
do século 20, as fontes de energia comercial, excluídos os combustíveis fósseis, também<br />
cresceram em importância. As mais dignas de nota foram as energias hidrelétrica e nuclear.<br />
Mas, em 2002, a proporção de energia comercial mundial gera<strong>da</strong> por hidrelétricas e usinas<br />
nucleares foi, respectivamente, de apenas 6,5% e 6,4%, ao passo que fontes geotérmicas e<br />
outras não-convencionais geraram apenas 1,4%. Acima de tudo, o consumo de combustíveis<br />
fósseis continuou crescendo.<br />
Quais são então as perspectivas de consumo futuro? A resposta é simples: sem uma mu<strong>da</strong>nça<br />
radical na tendência, o consumo continuará a crescer. Basta considerar os padrões de<br />
consumo energético per capita em um conjunto de países importantes entre 1980 e 2002.<br />
Quatro pontos destacam-se nos <strong>da</strong>dos. Em primeiro lugar, alguns países ricos conseguiram<br />
conter o aumento do consumo de energia per capita, apesar de grandes aumentos no Produto<br />
Interno Bruto (PIB) per capita (em termos de PPC). O Reino Unido, palco de<br />
desindustrialização, é um bom exemplo: entre 1980 e 2002, a deman<strong>da</strong> energética britânica<br />
per capita cresceu 3%, ao passo que o GDP per capita cresceu 59%. Em uma análise não<br />
publica<strong>da</strong>, Bernard Wasow, <strong>da</strong> Century Foun<strong>da</strong>tion, de Nova York, argumenta que,<br />
considerando o mundo como um todo, quando o PIB per capita dobra, o consumo energético<br />
cai 40%. O consumo de energia cresce menos do que o padrão de vi<strong>da</strong>, mas continua<br />
crescendo.<br />
Em segundo lugar, alguns países avançados usam mais insumos energéticos do que outros.<br />
Em qualquer nível de PIB per capita, os EUA usam cerca de duas vezes mais energia do que o<br />
Japão ou o Reino Unido. Além disso, os EUA usam cerca de três vezes mais energia per<br />
capita do que o Japão em transporte. Esse maior uso deve-se em parte à dimensão do país e ao<br />
clima mais rigoroso (o que deve também valer para a Austrália), mas também reflete os níveis<br />
de preços e, portanto, a ineficiência energética do padrão de consumo.<br />
Em terceiro lugar, países em desenvolvimento com crescimento rápido e países em rápi<strong>da</strong><br />
industrialização, em especial, tendem a incrementar mais o seu uso energético. Entre 1980 e<br />
2002, o consumo energético per capita na Coréia do Sul cresceu 300%, ao passo que seu PIB<br />
per capita aumentou 270%. Por fim, o chinês médio usa, respectivamente, um décimo e um<br />
quinto <strong>da</strong> energia consumi<strong>da</strong> pelo americano e japonês médios. E o indiano médio usa menos<br />
de metade <strong>da</strong> energia consumi<strong>da</strong> pelo chinês médio. Suponhamos que no curso <strong>da</strong>s próximas<br />
duas déca<strong>da</strong>s e meia, China e Índia sigam trajetória desenvolvimentista semelhante à <strong>da</strong><br />
Coréia do Sul. Então, em 2030, os dois países, juntos, estarão consumindo pelo menos três<br />
vezes mais energia do que os EUA hoje.<br />
Os prováveis crescimentos <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por energia são consideráveis. Em todo o mundo,<br />
sugere a Agência Internacional de Energia (AIE), a deman<strong>da</strong> (em termos de barris de<br />
petróleo) poderá crescer cerca de 60% entre 2002 e 2030. Em termos absolutos, o maior<br />
aumento será em geração de eletrici<strong>da</strong>de, que é também o maior consumidor de energia<br />
comercial. Mas, com base nas tendências atuais, a deman<strong>da</strong> também continuará crescendo na<br />
maioria dos segmentos de ativi<strong>da</strong>de econômica. Acima de tudo, embora os países em<br />
desenvolvimento respon<strong>da</strong>m por cerca de 50% <strong>da</strong> atual deman<strong>da</strong> energética mundial, a eles<br />
corresponderá cerca de 75% do crescimento entre 2002 e 2030. Se o desenvolvimento<br />
continuar a propagar-se neste século, a deman<strong>da</strong> por energia comercial poderá ser<br />
99
quintuplica<strong>da</strong>, sugere Wasow. Mesmo isso seria menos de um terço do aumento registrado no<br />
século passado.<br />
O que é, então, que o profundo nexo entre desenvolvimento econômico e consumo energético<br />
significam para o futuro <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de? A resposta é que ele aponta para quatro grandes<br />
questões. Primeiro, de onde provirá to<strong>da</strong> essa energia? Segundo, o que isso significa para a<br />
segurança energética? Terceiro, no que implica ele para nossa capaci<strong>da</strong>de de enfrentar a<br />
ameaça de mu<strong>da</strong>nça climática? E, por último, de que maneira pode a política econômica <strong>da</strong>r<br />
sua contribuição? Pretendo abor<strong>da</strong>r essas questões em colunas futuras. Mas um ponto já está<br />
claro: se alguém acredita que será fácil reduzir o consumo energético mundial está sonhando.<br />
Valor Econômico - 29/05/<strong>2006</strong><br />
ANEXO 18<br />
PETROBRAS FAZ NOVOS ESTUDOS SOBRE A VIABILIDADE DO H-BIO<br />
A Petrobras começa a aprofun<strong>da</strong>r nos próximos dias os testes sobre a viabili<strong>da</strong>de econômica<br />
do H-Bio - novo combustível derivado <strong>da</strong> mistura de um óleo vegetal com o petróleo que foi<br />
anunciado pelo governo federal como alternativa para o suprimento de diesel a partir dos<br />
próximos dois anos.<br />
Segundo Sylvestre de Vasconcelos Calmon, gerente de tecnologia de refino <strong>da</strong> Petrobras e<br />
responsável pelos testes com o H-Bio, as próximas baterias serão realiza<strong>da</strong>s nas refinarias de<br />
Betim (MG) e Araucária (PR). "Serão feitos testes em outras refinarias e sob outras condições<br />
para avaliar o custo logístico para a produção em escala industrial", disse ele.<br />
Conforme o gerente, os primeiros estudos foram realizados na Refinaria Gabriel Passos<br />
(Regap), onde foi confirma<strong>da</strong> a viabili<strong>da</strong>de técnica do biocombustível. "É cedo para falar em<br />
economici<strong>da</strong>de. As nossas plantas não foram construí<strong>da</strong>s para receber óleo vegetal".<br />
Ele observa que hoje as refinarias não têm estrutura adequa<strong>da</strong> para receber o óleo vegetal.<br />
Não há cálculos sobre o custo de transporte do produto até as refinarias - diferentemente do<br />
diesel, que segue por dutos, o H-Bio terá de ser transportado por rodovias. Foi justamente por<br />
saber que essa estrutura de transporte não existe que nos testes já realizados a Petrobras optou<br />
pelo percentual de 10% de mistura de óleo vegetal com petróleo - volume máximo de óleo<br />
vegetal que a refinaria conseguiria receber nas condições atuais.<br />
Na produção do H-Bio, o petróleo e o óleo vegetal passam por um processo químico com o<br />
hidrogênio - <strong>da</strong>í o "H" -, formando um combustível com as mesmas características do diesel<br />
derivado de petróleo, mas com menor teor de enxofre. Conforme cálculos <strong>da</strong> Petrobras, a<br />
adoção <strong>da</strong> mistura de 10%, que não implica investimentos em infra-estrutura <strong>da</strong>s refinarias,<br />
poderá gerar uma deman<strong>da</strong> por óleo vegetal equivalente a 256 milhões de litros por ano. Isso<br />
se o H-Bio for adotado de maneira regular, o ano todo, e a mistura se tornar obrigatória - duas<br />
variáveis que ain<strong>da</strong> não estão defini<strong>da</strong>s.<br />
"A Petrobras poderá processar o H-Bio ou não, dependendo <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> no momento,<br />
dependendo do preço do óleo, do preço do petróleo. Será uma decisão gerencial basea<strong>da</strong> em<br />
preços", pondera Calmon, esclarecendo que se trata de um programa complementar ao<br />
programa nacional de biodiesel e sem a obrigatorie<strong>da</strong>de de uma produção fixa.<br />
O anúncio do novo combustível pelo governo federal foi recebido com grande otimismo por<br />
representantes <strong>da</strong> cadeia produtiva <strong>da</strong> soja. A Associação Brasileira de Agribusiness (Abag)<br />
100
considerou que a deman<strong>da</strong> fixa por óleo de soja para produzir o H-Bio pode até mesmo frear a<br />
decisão <strong>da</strong>s indústrias esmagadoras de produzir óleo e farelo na Argentina.<br />
Leandro Ponchio, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica<strong>da</strong><br />
(Cepea) <strong>da</strong> Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), diz que as<br />
expectativas recaem sobre a soja por ser a oleaginosa com mais oferta disponível e com custo<br />
competitivo em relação a outras matérias-primas.<br />
Ponchio observa que o farelo é o principal produto <strong>da</strong>s indústrias e é obtido simultaneamente<br />
no processo de produção do óleo. "Se as indústrias elevam a oferta, haverá que<strong>da</strong> no preço do<br />
farelo e elas tentarão repassar a diferença elevando o preço do óleo. Esse equilíbrio precisa ser<br />
avaliado", afirma.<br />
Até o momento, não é possível precisar em quanto os programas de biocombustíveis poderão<br />
favorecer os produtores de oleaginosas. A Associação Brasileira <strong>da</strong>s Indústrias de Óleos<br />
Vegetais (Abiove) não tem estimativa de deman<strong>da</strong> pela soja para biocombustíveis.<br />
Uma projeção para biodiesel, basea<strong>da</strong> no consumo de diesel no país aponta que, para a<br />
mistura obrigatória de 2%, a partir de 2008, será necessário produzir na região Centro-Sul 601<br />
milhões de litros de biodiesel por ano. O programa do governo prevê para a região a<br />
predominância do biodiesel de soja pela oferta abun<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> matéria-prima. Mas até agora, as<br />
usinas têm preferido matérias-primas mais baratas, como sebo animal e nabo forrageiro.<br />
De seis empresas que participaram do leilão do Ministério de Minas e Energia, apenas a<br />
Granol produz o biodiesel de soja. Dos 315,5 mil metros cúbicos (ou 315,5 milhões de litros)<br />
arrematados no leilão e que serão fornecidos à Petrobras a partir de julho, a Granol produzirá<br />
90 mil metros cúbicos. Os outros - ofertados por Binatural, Biocapital, Brasil Biodiesel, Ponte<br />
di Ferro e Renobrás - terão como matérias-primas o sebo, a mamona, o nabo e o girassol.<br />
ANEXO 19<br />
Cibelle Bouças - Valor Econômico - 08/06/<strong>2006</strong><br />
PESQUISAS DE AGROCOMBUSTÍVEIS<br />
Arlindo Villaschi<br />
A boa e oportuna notícia de um centro de excelência <strong>da</strong> Embrapa. Bastante oportuno o<br />
governo brasileiro comemorar 33 anos <strong>da</strong> bem-sucedi<strong>da</strong> história <strong>da</strong> Embrapa com a criação<br />
do centro de pesquisas de agrocombustíveis. Por um lado, porque demonstra a maturi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
instituição ao não se acomo<strong>da</strong>r diante dos louros do passado e estar sempre buscando manterse<br />
na vanguar<strong>da</strong> do conhecimento em sua área de atuação. Assim, como está sendo concebi<strong>da</strong><br />
a operacionalização desse centro, vale muito mais seu poder catalisador do que sua<br />
localização física; muito mais sua capaci<strong>da</strong>de de arregimentar novos parceiros para a pesquisa<br />
científica/tecnológica e o estudo de oportuni<strong>da</strong>des de negócios do que seus eventuais<br />
laboratórios.<br />
Por outro lado, a iniciativa há que ser sau<strong>da</strong><strong>da</strong> porque a visão sob a qual se cria esse novo<br />
centro de excelência está alinha<strong>da</strong> com o que deve ser buscado para a competitivi<strong>da</strong>de<br />
empresarial em tempos de economia do aprendizado. Esta, ao contrário do que ocorreu em<br />
outras fases do progresso econômico, está centra<strong>da</strong> em processos interativos que resultam em<br />
101
novos conhecimentos que ensejam vantagens competitivas dinâmicas aos agentes econômicos<br />
que participam desses processos.<br />
Ou seja, o centro será de excelência na medi<strong>da</strong> em que for capaz de arregimentar tanto o<br />
conhecimento sistematizado (cuja transmissão e tratamento fica ca<strong>da</strong> vez mais facilita<strong>da</strong> pelas<br />
tecnologias <strong>da</strong> informação e <strong>da</strong>s comunicações) quanto aquele de conteúdo tácito. A obtenção<br />
deste está ca<strong>da</strong> vez mais associa<strong>da</strong> a redes de cooperação que se fun<strong>da</strong>mentam muito mais na<br />
confiança do que em relações hierárquicas.<br />
Os casos de sucesso mais recentes indicam que as "janelas de oportuni<strong>da</strong>des" podem ser<br />
encontra<strong>da</strong>s tanto em força de trabalho qualifica<strong>da</strong> quanto em recursos naturais. O bemsucedido<br />
caso indiano em diversas áreas (dentre as quais geralmente se destaca a de software)<br />
ilustra bem o exemplo em que as vantagens competitivas dinâmicas encontraram importante<br />
apoio em recursos humanos qualificados para a produção de inovações a partir de bem<br />
articula<strong>da</strong>s interações com seus usuários (existentes e/ou potenciais).<br />
A origem do também bem-sucedido caso de competitivi<strong>da</strong>de nórdica em inovações<br />
(tecnológicas, de processos, de produtos) ao longo <strong>da</strong> cadeia produtiva florestal pode ser<br />
encontra<strong>da</strong> na disponibili<strong>da</strong>de de recursos naturais. Mas há muito as empresas do "cluster<br />
florestal" desses países não têm no manejo e exploração de suas florestas o principal<br />
ingrediente de sua competitivi<strong>da</strong>de nesse setor.<br />
Ao contrário, eles são destaques no cenário mundial pelos avanços permanentes que fazem na<br />
área de máquinas e equipamentos (tanto para a silvicultura quanto para o processamento de<br />
madeira e celulose) e no design de móveis e de papéis de alto valor agregado.<br />
Dessa forma, mais do que a Bangalore <strong>da</strong> agroenergia, o que se afigura para o Brasil num<br />
futuro próximo é a constituição de uma articulação de governos (federal, estaduais e<br />
municipais), empresas, centros de pesquisa e socie<strong>da</strong>de civil que certamente resultará em uma<br />
vantagem competitiva para o País na produção de energia renovável. Mais importante, essa<br />
vantagem competitiva, ain<strong>da</strong> que inicialmente tenha como ingrediente a disponibili<strong>da</strong>de de<br />
recursos naturais, ca<strong>da</strong> vez mais se firmará no conhecimento que estará sendo gerado através<br />
de interações entre usuários e produtores de inovações.<br />
A inovação é processo social que tende a ser mais bem-sucedido em ambientes em que a<br />
cooperação volta<strong>da</strong> para o aprendizado é facilita<strong>da</strong> por arranjos institucionais outros que não<br />
aqueles intermediáveis pelo mercado. Dessa forma, a constituição de um consórcio de<br />
organizações governamentais e priva<strong>da</strong>s voltado para a produção de agrocombustível no País<br />
e sua difusão no mundo é uma demonstração de maturi<strong>da</strong>de de todos que dele participam.<br />
Afinal, há muito se sabe que, em tempos de economia do aprendizado, para se tornar<br />
competitivo no mercado há que se ser cooperativo na fase de geração de novos<br />
conhecimentos.<br />
Gazeta Mercantil<br />
ANEXO 20<br />
CONGRESSO NA SUÉCIA DEBATE RUMOS DA BIOENERGIA<br />
O Congresso Mundial de <strong>Bioenergia</strong> <strong>2006</strong>, realizado em Jönköping, na Suécia, reuniu o maior<br />
grupo de pessoas conhecedoras no campo <strong>da</strong> bioenergia, com representantes de mais de 50<br />
países participantes.<br />
102
O Primeiro Ministro <strong>da</strong> Suécia, Göran Persson, disse, eu seu discurso, que, numa visão de<br />
futuro, será possível se libertar <strong>da</strong> dependência do petróleo e dos combustíveis fósseis. Há seis<br />
meses ele designou uma Comissão de Petróleo na Suécia, onde o objetivo estabelecido foi de<br />
diminuir a dependência do petróleo até 2020. “Não vamos nos desfazer do petróleo; apenas <strong>da</strong><br />
nossa dependência”.<br />
Persson explica que para que tenha êxito, a bioenergia deverá exercer um papel crucial. Não<br />
se trata de uma solução completa, mas parcial. Isso em si já é importante. O conhecimento<br />
tecnológico nesse campo já está em operação. Não apenas o know how, mas, também, o<br />
"show how" (mostrar como fazer).<br />
Existem várias razões pelas quais deveríamos nos livrar <strong>da</strong> dependência do petróleo. A mais<br />
importante delas é a ameaça <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça climática. Tal ameaça, a partir <strong>da</strong> queima <strong>da</strong><br />
gasolina, do carvão e do gás não pode ser ignorado. Trata-se de uma profun<strong>da</strong> questão moral.<br />
Uma questão de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de.<br />
É por isso que os mais pobres, aqueles que já vivem nos lugares mais vulneráveis ao redor do<br />
mundo, são aqueles que serão mais afetados pela mu<strong>da</strong>nça climática. São eles que se virão<br />
forçados a abandonarem os seus lares.<br />
A outra questão é entre gerações. Não temos o direito de usufruir de um mundo em melhores<br />
condições do que aquele que deixamos para os nossos filhos. Essa mesma questão exige que<br />
tentemos fazer algo para resolver tal questão. Mas, no que diz respeito à dependência do<br />
petróleo, existe uma problemática que vai além <strong>da</strong> perspectiva moral. Também inclui políticas<br />
- política de segurança e economia. “Quando falo de nos libertarmos <strong>da</strong> dependência do<br />
petróleo, não se trata de um sonho a respeito de tempos passados. Trata-se, contudo, de novas<br />
tecnologias e novas soluções, apesar de geralmente enraiza<strong>da</strong>s em idéias previamente<br />
testa<strong>da</strong>s. Isso está relacionado a novos investimentos, pesquisa e desenvolvimento”.<br />
Na Suécia, desde 1994, a intensi<strong>da</strong>de energética na socie<strong>da</strong>de foi reduzi<strong>da</strong> em quase 20%.<br />
Emissões de dióxido de carbono foram reduzi<strong>da</strong>s. “Introduzimos impostos ambientais, bem<br />
como outras alavancas políticas. E, simultaneamente, presenciamos um crescimento per<br />
capita mais alto do que o <strong>da</strong> UE, <strong>da</strong> OCDE ou dos EUA, em termos de média, nos últimos dez<br />
anos. Portanto, não acredito muito quando dizem que as eleva<strong>da</strong>s ambições ambientais<br />
representam ameaças a empregos e crescimentos. Na ver<strong>da</strong>de, o oposto é ver<strong>da</strong>deiro”,<br />
concluiu o Primeiro ministro.<br />
O Congresso Mundial de <strong>Bioenergia</strong> reuniu em três dias 1.150 delegados <strong>da</strong> conferência de<br />
60 países, mais de 100 expositores, e 4.005 visitantes <strong>da</strong> feira. A edição deste ano, a segun<strong>da</strong><br />
realiza<strong>da</strong>, foi provavelmente a maior conferência e feira de bioenergia realiza<strong>da</strong> até hoje. "É<br />
excepcional que uma feira comercial se consagre tão rápido internacionalmente," observa o<br />
líder de projetos <strong>da</strong> Elmia, Alan Sherrard.<br />
“<strong>Bioenergia</strong> é essencialmente um assunto profun<strong>da</strong>mente ético. Como podemos deixar um<br />
mundo para os nossos filhos que esteja em melhores ou piores condições do que aquele que<br />
her<strong>da</strong>mos de nossos pais?” pergunta o Primeiro-Ministro G?ran Persson em seu discurso de<br />
abertura.<br />
Uma imagen do potencial de exportação para bioenergia sueca: o Primeiro-Ministro G?ran<br />
Persson senta ao lado de uma delegação <strong>da</strong> maior empresa de energia do mundo, a State Grid<br />
Corporation <strong>da</strong> China.<br />
Oportuni<strong>da</strong>de<br />
O governo sueco estabeleceu a meta de livrar-se <strong>da</strong> dependência sueca no petróleo até 2020.<br />
Apesar de não ser impossível, a tarefa será difícil e exigirá muito trabalho árduo, por parte de<br />
todo mundo. Em jogo não está apenas um mero meio copo de petróleo, como no exemplo <strong>da</strong><br />
Torre Eiffel, mas todo um oceano de um líquido ca<strong>da</strong> vez mais caro.<br />
103
"Ninguém ficará surpreso se os preços de petróleo chegarem, em breve, a cem dólares o barril<br />
- um nível que era considerado impossível há poucos anos," disse o Primeiro-Ministro sueco.<br />
Contudo, simultaneamente ele disse que a tarefa proporciona enormes oportuni<strong>da</strong>des para a<br />
Suécia, que é um dos líderes no desenvolvimento de novos sistemas de energia. Cerca de 25%<br />
<strong>da</strong> deman<strong>da</strong> energética dessa nação já provém de biocombustíveis.<br />
A visão <strong>da</strong> Suécia como independente do petróleo atraiu a atenção no exterior. Em seu<br />
discurso ele enfatizou que a Suécia já obteve avanços significativos. Apenas 10% dos lares<br />
dessa nação são aquecidos com petróleo. A Suécia possui 40 anos de experiência com<br />
fábricas distritais de aquecimento, nas quais o petróleo já foi substituído, em grande parte, por<br />
biocombustíveis.<br />
Person acrescentou que o foco <strong>da</strong> Suécia em biocombustíveis não se trata apenas de uma<br />
questão econômica e ambiental. As reservas mundiais de petróleo estão, em grande parte,<br />
localiza<strong>da</strong>s em partes politicamente instáveis do mundo. A dependência no petróleo gera um<br />
risco de segurança, algo que o Presidente norte-americano George W. Bush está deixando<br />
ca<strong>da</strong> vez mais claro.<br />
No caso <strong>da</strong> Suécia, os aspectos positivos para um distanciamento do petróleo predominam. A<br />
bioenergia é um campo crescente, que gera empregos e divisas, na exportação. Em sua visão<br />
de uma nação livre do petróleo, Persson encontrou um conceito que une o cui<strong>da</strong>do com o<br />
meio ambiente com a geração de empregos e um crescimento econômico continuado. A<br />
Suécia do futuro não será dependente de nenhum tipo de energia, nem de bioenergia. E a<br />
matéria prima de base florestal é um recurso que obviamente não se esgotará enquanto o país<br />
possuir uma indústria de base florestal inteiramente dependente desse recurso.<br />
Revista <strong>da</strong> Madeira – junho de <strong>2006</strong> – nº 97<br />
ANEXO 21<br />
BIOENERGIA: DO BRASIL PARA O MUNDO<br />
Além de ser o pioneiro na produção <strong>da</strong> bioenergia para uso em transporte automotivo, até<br />
recentemente, o Brasil era o único país a possuir um programa para a substituição dos<br />
combustíveis fósseis - o Pro-álcool.<br />
A produção de biodiesel, uma reali<strong>da</strong>de na Europa e nos Estados Unidos, deve constituir, no<br />
Brasil, uma meta mais ambiciosa, tanto em termos de defesa do meio ambiente, quanto <strong>da</strong><br />
geração de empregos no campo, portanto, de cunho social.<br />
Produzimos, com eficiência, plantas oleaginosas cujos frutos, reagindo com o álcool, dão<br />
origem ao tipo de combustível próprio para os motores de auto-combustão. Já dominamos<br />
plenamente a tecnologia para a transformação dos óleos vegetais em rica fonte de energia,<br />
matéria-prima para o biodiesel.<br />
Dentre as oleaginosas disponíveis, a soja é a campeã, em termos de custo e de volume de<br />
produção, por permitir uma forma de agricultura mecanizável, podendo assim ocupar grandes<br />
áreas e abrindo campo para altos investimentos.<br />
Os benefícios, que o Brasil vem obtendo com isso, têm sido muitos em termos de<br />
fortalecimento <strong>da</strong> agricultura e <strong>da</strong> agroindústria, com a geração de empregos e<br />
desenvolvimento tecnológico.<br />
104
Observa-se, hoje, o empenho do governo federal para o incentivo ao uso do óleo de mamona.<br />
Esse empenho se justifica pelo fato <strong>da</strong> mamona crescer espontaneamente, nas áreas rurais de<br />
todo o País. Assim, se os preços forem compensadores, os agricultores terão condições de<br />
colher, secar, peneirar e ensacar manualmente os grãos, sem a necessi<strong>da</strong>de de grandes<br />
investimentos. Suas características químicas e físicas permitem aplicações como lubrificante<br />
de alto desempenho ou como impermeabilizante (neste caso, após hidrogenação), mais nobres<br />
que biodiesel. Tudo isso justifica o incentivo e até o subsídio à produção, principalmente,<br />
pelos benefícios sociais.<br />
Outras fontes de óleo com características semelhantes, sob o ponto de vista químico, são as<br />
palmáceas, como o coco, o babaçu, o dendê. Entre as palmáceas, o babaçu apresenta maior<br />
potencial, pois, além do óleo, tem como subprodutos o amido, as fibras e um carvão vegetal<br />
de alta quali<strong>da</strong>de.<br />
Planta nativa brasileira, o babaçu tem sido criminosamente erradicado, para <strong>da</strong>r lugar a<br />
pastagens. Assim, há necessi<strong>da</strong>de urgente de um programa que incentive o melhor<br />
aproveitamento desta fonte de bioenergia. Atualmente existem estudos que mostram as<br />
melhores formas de cultivo e de processamento do babaçu, substituindo os processos atuais,<br />
que além de artesanais, exploram o trabalho escravo e o infantil.<br />
O dendê é a oleaginosa de maior produtivi<strong>da</strong>de entre as palmeiras, por se desenvolver bem em<br />
regiões úmi<strong>da</strong>s. O problema que se tem com essa cultura é a agressão sofri<strong>da</strong> por pragas, o<br />
que exige o uso de agrotóxicos. Faz-se necessário, assim, um programa de pesquisas no<br />
sentido de debelar este problema, o que permitirá que o dendê passe a ser uma rica fonte de<br />
óleo para uso industrial.<br />
Importante fonte de energia, ain<strong>da</strong> pouco explora<strong>da</strong> no Brasil, é o carvão vegetal. A matéria<br />
substitui, com grande vantagem, o carvão mineral, na produção de aço com melhor quali<strong>da</strong>de.<br />
Alem disso, o carvão vegetal exige a plantação de vastas áreas de florestas de eucaliptos, o<br />
que traz vantagens para o meio ambiente. É pouco divulgado o fato que uma floresta madura<br />
absorve pequena quanti<strong>da</strong>de de CO2, enquanto uma floresta em crescimento o absorve em<br />
altos volumes, gerando quanti<strong>da</strong>de aproxima<strong>da</strong>mente igual de oxigênio. Assim, as jovens<br />
florestas que estão substituindo pastagens ou terrenos não aráveis contribuem para a redução<br />
do efeito estufa.<br />
Outra vantagem do eucalipto é que ele deposita, anualmente, cerca de 25 cm de matéria<br />
orgânica no solo, melhorando sua fertili<strong>da</strong>de. Com as condições favoráveis de extensão<br />
territorial e de clima, além dos conhecimentos já desenvolvidos, o Brasil tem condições de<br />
liderar o mundo na produção de carvão vegetal, deixando de depender <strong>da</strong> importação de<br />
carvão mineral.<br />
Note-se que a economia de divisas é apenas uma <strong>da</strong>s vantagens, quando se pensa na geração<br />
de oportuni<strong>da</strong>des para melhor aproveitamento <strong>da</strong> nossa condição climática e territorial:<br />
combinando a produção de biomassa e mineral, poderemos exportar metais puros e suas ligas,<br />
no lugar dos minerais, o que representa exportar, indiretamente, a produção agrícola.<br />
(Nilton Nunes Toledo engenheiro de Produção, mestre em Engenharia Mecânica,<br />
professor doutor do Departamento de Engenharia de Produção <strong>da</strong> POLI-USP e em<br />
Administração <strong>da</strong> Produção <strong>da</strong> FEA-USP, é especialista em bioenergia).<br />
Gazeta Mercantil - 30/06/<strong>2006</strong><br />
105
ANEXO 22<br />
BIOCOMBUSTÍVEIS IMPULSIONA OLEAGINOSAS<br />
O crescimento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> mundial por oleaginosas, como o dendê e a soja, superará o<br />
aumento <strong>da</strong> produção em outubro próximo, reduzindo os estoques mundiais e sustentando os<br />
preços em seus níveis atuais, segundo informou a publicação Oilworld. O consumo de<br />
oleaginosas registrará alta de 17 milhões de tonela<strong>da</strong>s, passando ao total de 396 milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s, enquanto a produção aumentará em 6 milhões de tonela<strong>da</strong>s, para 392 milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s, segundo o artigo finalizado em 23 de junho e divulgado aos assinantes <strong>da</strong> Oilworld<br />
por e-mail dia 26.<br />
A estimativa de crescimento <strong>da</strong> produção, de 1,5%, deve ser compara<strong>da</strong> à taxa média de<br />
crescimento anual <strong>da</strong> produção, de 4,2%, registra<strong>da</strong> nos 10 anos anteriores, informou a<br />
Oilworld. "A perspectiva para o longo prazo indica um aumento dos preços <strong>da</strong>s oleaginosas e<br />
dos óleos vegetais devido à alta <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por energia", informou o relatório. "Os<br />
fun<strong>da</strong>mentos econômicos mu<strong>da</strong>ram devido ao crescimento <strong>da</strong> produção de biodiesel e <strong>da</strong><br />
decorrente alta <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por óleos vegetais."<br />
Os governos de todo o mundo pretendem ampliar a utilização de biocombustíveis para reduzir<br />
a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões dos chamados gases geradores<br />
do efeito estufa. A União Européia (UE) definiu a meta de 5,75% para o uso de<br />
biocombustíveis em relação à quanti<strong>da</strong>de total de gasolina e óleo diesel comercializa<strong>da</strong> até 31<br />
de dezembro de 2010.O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais obtidos do<br />
esmagamento do dendê, <strong>da</strong> semente de canola e <strong>da</strong> soja ou de gordura animal. O etanol pode<br />
ser produzido a partir de cereais, beterraba ou cana-de-açúcar.<br />
O preço do óleo de soja, o tipo de óleo vegetal mais utilizado do mundo, subiu cerca de 20%<br />
este ano, para US$ 26,12 a libra-peso na Bolsa de Mercados Futuros de Chicago. Os contratos<br />
futuros de farelo de soja recuaram 11% no mesmo período, para US$ 174,70 a tonela<strong>da</strong> na<br />
mesma bolsa, devido ao aumento <strong>da</strong> oferta. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial<br />
de soja, seguidos pelo Brasil.<br />
O azeite de dendê, que é o óleo vegetal mais negociado do mundo, subiu 3,4% desde o início<br />
deste ano, passando a custar 1.463 ringit (US$ 397) a tonela<strong>da</strong> na Malásia, seu maior<br />
produtor. Esse preço deve subir para a média de US$ 475 a tonela<strong>da</strong>, ou 1.749 ringit, no<br />
período entre julho de <strong>2006</strong> e junho de 2007, 10% a mais do que a média dos 12 meses<br />
anteriores, informou o relatório.<br />
A deman<strong>da</strong> por 17 tipos de óleos e gorduras aumentará em 8,3 milhões de tonela<strong>da</strong>s, ou 5,7%,<br />
no ano que se iniciará em outubro próximo, passando a totalizar 153,1 milhões de tonela<strong>da</strong>s,<br />
disse a Oliworld. Esse aumento é mais acelerado do que o crescimento <strong>da</strong> produção, cuja alta<br />
deve alcançar 7,03 milhões de tonela<strong>da</strong>s, ou 4,8%, passando a 152,87 milhões de tonela<strong>da</strong>s. O<br />
ganho previsto é o menor dos últimos três anos.O crescimento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> mundial por<br />
oleaginosas, como o dendê e a soja, superará o aumento <strong>da</strong> produção em outubro próximo,<br />
reduzindo os estoques mundiais e sustentando os preços em seus níveis atuais, segundo<br />
informou a publicação Oilworld. O consumo de oleaginosas registrará alta de 17 milhões de<br />
tonela<strong>da</strong>s, passando ao total de 396 milhões de tonela<strong>da</strong>s, enquanto a produção aumentará em<br />
6 milhões de tonela<strong>da</strong>s, para 392 milhões de tonela<strong>da</strong>s, segundo o artigo finalizado em 23 de<br />
junho e divulgado aos assinantes <strong>da</strong> Oilworld por e-mail dia 26.<br />
106
A estimativa de crescimento <strong>da</strong> produção, de 1,5%, deve ser compara<strong>da</strong> à taxa média de<br />
crescimento anual <strong>da</strong> produção, de 4,2%, registra<strong>da</strong> nos 10 anos anteriores, informou a<br />
Oilworld. "A perspectiva para o longo prazo indica um aumento dos preços <strong>da</strong>s oleaginosas e<br />
dos óleos vegetais devido à alta <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por energia", informou o relatório. "Os<br />
fun<strong>da</strong>mentos econômicos mu<strong>da</strong>ram devido ao crescimento <strong>da</strong> produção de biodiesel e <strong>da</strong><br />
decorrente alta <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> por óleos vegetais."<br />
Os governos de todo o mundo pretendem ampliar a utilização de biocombustíveis para reduzir<br />
a dependência dos combustíveis fósseis e diminuir as emissões dos chamados gases geradores<br />
do efeito estufa. A União Européia (UE) definiu a meta de 5,75% para o uso de<br />
biocombustíveis em relação à quanti<strong>da</strong>de total de gasolina e óleo diesel comercializa<strong>da</strong> até 31<br />
de dezembro de 2010.O biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais obtidos do<br />
esmagamento do dendê, <strong>da</strong> semente de canola e <strong>da</strong> soja ou de gordura animal. O etanol pode<br />
ser produzido a partir de cereais, beterraba ou cana-de-açúcar.<br />
O preço do óleo de soja, o tipo de óleo vegetal mais utilizado do mundo, subiu cerca de 20%<br />
este ano, para US$ 26,12 a libra-peso na Bolsa de Mercados Futuros de Chicago. Os contratos<br />
futuros de farelo de soja recuaram 11% no mesmo período, para US$ 174,70 a tonela<strong>da</strong> na<br />
mesma bolsa, devido ao aumento <strong>da</strong> oferta. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial<br />
de soja, seguidos pelo Brasil.<br />
O azeite de dendê, que é o óleo vegetal mais negociado do mundo, subiu 3,4% desde o início<br />
deste ano, passando a custar 1.463 ringit (US$ 397) a tonela<strong>da</strong> na Malásia, seu maior<br />
produtor. Esse preço deve subir para a média de US$ 475 a tonela<strong>da</strong>, ou 1.749 ringit, no<br />
período entre julho de <strong>2006</strong> e junho de 2007, 10% a mais do que a média dos 12 meses<br />
anteriores, informou o relatório.<br />
A deman<strong>da</strong> por 17 tipos de óleos e gorduras aumentará em 8,3 milhões de tonela<strong>da</strong>s, ou 5,7%,<br />
no ano que se iniciará em outubro próximo, passando a totalizar 153,1 milhões de tonela<strong>da</strong>s,<br />
disse a Oliworld. Esse aumento é mais acelerado do que o crescimento <strong>da</strong> produção, cuja alta<br />
deve alcançar 7,03 milhões de tonela<strong>da</strong>s, ou 4,8%, passando a 152,87 milhões de tonela<strong>da</strong>s. O<br />
ganho previsto é o menor dos últimos três anos.<br />
Gazeta Mercantil - 31/05/<strong>2006</strong><br />
ANEXO 23<br />
O FUTURO CHAMA-SE BIOENERGIA<br />
OU DA NECESSIDADE DE PRODUZIRMOS BIODIESEL NO BRASIL<br />
Rafael Greca de Macedo<br />
O deputado , que foi prefeito de Curitiba, e Ministro de Estado, propõe um Programa para o<br />
PR e o BR , com apoio <strong>da</strong> Copel, para produção de biodiesel, a partir de óleo usado de<br />
cozinha, e <strong>da</strong> planta chama<strong>da</strong> pinhão manso ou “purgante de cavalo” – conforme estudos já<br />
realizados no Brasil e com êxitos técnicos comprovados. Atualmente existem novos grupos de<br />
engenheiros e técnicos retomando os trabalhos; também de bagaço e palha de cana de açúcar<br />
– temos estudos já avançados de Ricardo Audi, <strong>da</strong> empresa Raudi, sócia <strong>da</strong> Coopcana em São<br />
Carlos do Ivaí (PR) e IPT (SP).O autor ain<strong>da</strong> refere os estudos estratégicos do professor<br />
Bautista Vi<strong>da</strong>l, do Instituto Sol de Brasília, criador do programa brasileiro Pró-Alcool.<br />
Preocupa-se o autor com os rumos <strong>da</strong> política estratégica do Governo brasileiro, no seu<br />
entender equivoca<strong>da</strong>.Pede que o Brasil pense seu futuro <strong>da</strong> Biomassa, com bioengenharia e<br />
biopolíticos.<br />
107
A Engenharia brasileira, e no mundo todo, está diante do problema <strong>da</strong> modificação <strong>da</strong>s fontes<br />
de energia.<br />
Este é o século <strong>da</strong> escassez do petróleo, do urânio e do gás natural. Nossos filhos verão o fim<br />
do petróleo, nossos netos verão o fim do gás natural.<br />
O petróleo acaba em 2040. O gás natural, em 2060. O urânio termina em 2070, mantidos os<br />
níveis atuais de consumo e de descoberta de novas reservas.<br />
Um estudo estratégico do governo japonês, pelo seu departamento de energias NEDO,<br />
analisou as perspectivas deste século, no qual fica claro que o poder <strong>da</strong>s nações, sobre as<br />
outras, varia na proporção em que detém o controle <strong>da</strong>s melhores fontes de energia.<br />
Hoje em dia, o Japão importa 79,8% <strong>da</strong> energia que consome e 99,8% do petróleo.<br />
O Japão perdeu a guerra, virou potência ocupa<strong>da</strong>, por isto o Japão paga as despesas norteamericanas<br />
no Oriente Médio. 85,5% do petróleo do mundo vem do Oriente Médio.<br />
Os EUA sabem que o importante não é ter reservas de petróleo, é ter o domínio sobre as<br />
reservas de petróleo.<br />
Com o poder de controle <strong>da</strong> oferta do petróleo, os EUA tem definido quem pode crescer,<br />
quem não pode crescer. China, Índia nações emergentes terão seus futuros crescimentos<br />
sujeitos as disponibili<strong>da</strong>des energéticas internacionais.<br />
As reservas de petróleo livres caminham para a escassez.<br />
Mesmo as <strong>da</strong>s plataformas submarinas, que o governo Lula vergonhosamente leiloou, em<br />
agosto de 2004.<br />
O petróleo no Brasil é de alta densi<strong>da</strong>de. Seria preciso, e patriótico, ampliar e a<strong>da</strong>ptar to<strong>da</strong>s<br />
refinarias brasileiras para petróleo pesado parte <strong>da</strong> tarefa já realiza<strong>da</strong>.<br />
Nós importamos, ain<strong>da</strong>, quanti<strong>da</strong>des significativas de petróleo leve para preparar os blends de<br />
refino (petróleo estrangeiro) e exportamos petróleo brasileiro que é pesado. É falsa a idéia<br />
vendi<strong>da</strong> <strong>da</strong> auto-suficiência. Basta ler nosso balanço anual de Importações emitido pelo MF<br />
para verificar que o primeiro item é petróleo e outro também importante é o diesel. Não<br />
somos auto-suficientes e nunca seremos em petróleo.<br />
Engenheiros experientes alertam: fazer refinarias de petróleo agora é perigoso. Não <strong>da</strong>rá<br />
tempo para pagá-las. É uma temeri<strong>da</strong>de estratégica construir uma refinaria de petróleo hoje.<br />
Mesmo assim, devemos ampliar as existentes, fazendo os up grades necessários.<br />
* Estratégico seria começar a planejar e construir bio refinarias.<br />
A energia dita a posição <strong>da</strong>s nações no mundo. A Inglaterra do século 19 man<strong>da</strong>va, potência<br />
de primeira linha, senhora <strong>da</strong>s minas de carvão, do transporte e do controle do comércio, em<br />
inglês, “coal”.<br />
No século 20, os EUA assumiram o controle <strong>da</strong> produção de óleo e comercialização do<br />
petróleo, após o fim <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong> Guerra mundial, como parte do seu botim, se tornando<br />
potencia de primeira linha.<br />
No século 21, os EUA ain<strong>da</strong> permanecerão na liderança do planeta Terra, controlando a<br />
produção <strong>da</strong>s biomassas - sinônimo de bioenergias. Já estão pondo em prática seus objetivos<br />
estratégicos,porque logo tirarão o aparente atraso, com seu programa de produção de<br />
biomassa: produzir 1 bilhão de tonela<strong>da</strong>s ao ano.<br />
QUEM TIVER BIOCOMBUSTÍVEIS TERÁ FUTURO.<br />
O biodiesel será um deles no Brasil junto com outras fontes renováveis<br />
O professor Bautista Vi<strong>da</strong>l conta que, num colóquio, na Inglaterra, falou que o Brasil,<br />
energeticamente auto-sustentável, com seu pró-álcool de sucesso, poderia ser uma nova<br />
Arábia Saudita.<br />
108
Um doutor inglês, acrescentou, de improviso, “forever”, para sempre.<br />
PODEMOS SER UMA “ARÁBIA SAUDITA VERDE”, PARA SEMPRE.<br />
Bautista Vi<strong>da</strong>l vê futuro para o Brasil, com o fim <strong>da</strong> era dos combustíveis fósseis. “A<br />
extensão continental, os trópicos inun<strong>da</strong>dos de sol, credenciam o Brasil a ser produtor, não só<br />
de álcool, mas de biocombustíveis. Quais o biodiesel de mamona, soja, girassol.”<br />
A dizer que o Brasil será salvador do mundo, o engenheiro Vi<strong>da</strong>l ain<strong>da</strong> não conhece o<br />
biodiesel paranaense, de bagaço e palha de cana-de-açúcar, idéia que prospera na fábrica<br />
Raudi, em São Carlos do Ivaí.<br />
E nem a idéia de produção de biodiesel, a partir <strong>da</strong> reciclagem de óleo de cozinha usado,<br />
objeto de proposta <strong>da</strong> empresa NSG-Consultoria Lt<strong>da</strong>., dentro do programa “Energia Verde”,<br />
já apresentado à Copel.<br />
A única fonte permanente de energia para a terra é o sol.<br />
Quando to<strong>da</strong>s as outras perecerem, permanecerá o brilho do sol.<br />
Isso torna o nosso Brasil a mais escolhi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s nações <strong>da</strong> Terra, pela possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> geração<br />
de bio-energia.<br />
A luz do sol, permitira a síntese do carbono e o hidrogênio, formas de energias renováveis,<br />
auto-sustentáveis. O carbono é o próprio ciclo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, como aprendemos nas aulas<br />
elementares de Química Orgânica.<br />
Nos anos felizes em que fui prefeito de Curitiba, entre 1993 e 1996, foi só instalarmos a<br />
primeira linha de ônibus a álcool na nossa ci<strong>da</strong>de. Nosso exemplo foi copiado anos depois<br />
pela ci<strong>da</strong>de de Estocolmo. Existem no grande município sueco 300 ônibus, de transporte<br />
público, movidos a álcool. Fazem parte do grande plano estratégico europeu de combustíveis<br />
alternativos ALTENER. Mostramos um caminho que não foi seguido. Só serviu para <strong>da</strong>r<br />
embasamento a outras nações. Um exemplo foi à visita de importante executivo estratégico<br />
dos Estados Unidos que apareceu por aqui. Era o então senador do Partido Democrata<br />
Timothy Wirth. Depois do presidente Clinton, do presidente Al Gore e do secretário de<br />
Estado, a quarta pessoa na hierarquia de decisões do Departamento de Estado.<br />
Wirth, então de olho na criação de um projeto nacional de produção de biomassa para os<br />
Estados Unidos – uma espécie de pró-álcool dos norte-americanos – ouviu falar dos ônibus de<br />
Curitiba e lhe despertou a curiosi<strong>da</strong>de.<br />
A nossa idéia e realização fez surgir convites para falar <strong>da</strong> inédita experiência em transportes<br />
públicos. Apresentei os conceitos em Universi<strong>da</strong>des americanas <strong>da</strong> Costa Leste, de Harvard,<br />
em Boston, passando por Nova Iorque, até a magnífica Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Virgínia, com<br />
campus na proprie<strong>da</strong>de de Thomas Jefferson, conheci<strong>da</strong> como Monticello.<br />
Fui também recebido, em colóquio estratégico e tecnológico, na sede do Departamento de<br />
Estado, em Washington.<br />
Engana-se quem pensa que a mais poderosa <strong>da</strong>s nações <strong>da</strong> terra, que acaba de trocar sangue<br />
por petróleo, seja no Afeganistão, seja no Iraque, e vive, permanentemente, ameaçando de<br />
invasão o Irã, não quer produzir biomassa.<br />
Engenheiros brasileiros tem se manifestado sobre a importância estratégica <strong>da</strong> Biomassa,<br />
alertam que: “ain<strong>da</strong> neste trimestre, os EUA soltarão o seu plano sobre biomassa, mais<br />
ambicioso que o protocolo de Kyoto. Bush, pressionado pela que<strong>da</strong> de populari<strong>da</strong>de após os<br />
furacões que destruíram as refinarias dos estados do Texas e <strong>da</strong> Louisiania, terá que <strong>da</strong>r uma<br />
resposta ecológica”.<br />
Há estudos, no Canadá, que denunciam: o diesel, quando de sua queima, pela liberação de<br />
partículas de carbono e fuligens, e a liberação de uma grande gama de componentes orgânicos<br />
e inorgânicos, gera sérios problemas para a saúde humana.<br />
109
Entre os quais, asma e câncer pulmonar.<br />
Com a devastação dos furacões, as guerras do Oriente, o preço do barril do petróleo beirando<br />
os 70 dólares, situação que só tende a se agravar, tudo leva a crer que o petróleo, no mundo,<br />
acaba ain<strong>da</strong> antes de acabar.<br />
Até 2030, os EUA pretendem substituir 30% <strong>da</strong> sua matriz energética por biomassa, querem<br />
atingir a meta de um bilhão de tonela<strong>da</strong>s, por ano.<br />
Hoje, os EUA já produzem 11 milhões de tonela<strong>da</strong>s de álcool de milho, para se ter uma idéia<br />
de comparação, o Brasil produz 14 milhões de tonela<strong>da</strong>s de cana-de-açúcar.<br />
Os norte-americanos já deram parti<strong>da</strong> aos seus ambiciosos programas e, pasmem, até usando<br />
algas marinhas.<br />
O FUTURO CHAMA-SE BIOCOMBUSTÍVEIS, O FUTURO É A BIOMASSA.<br />
As universi<strong>da</strong>des canadenses e norte-americanas estão mu<strong>da</strong>ndo as engenharias aumentando<br />
as cadeiras e especializações, formando técnicos para fazer uso de:<br />
Biomassas,<br />
Biolubrificantes,<br />
Bioplásticos,<br />
Bioadesivos,<br />
Biofitas,<br />
Bioemulsionantes,<br />
...e BIODIESELS,<br />
A óleoquímica tem mais virtudes do que a petroquímica.<br />
Na contramão <strong>da</strong> história, o Brasil acaba de destruir suas empresas de óleoquímica, na era<br />
FHC.<br />
O uso <strong>da</strong> biomassa já é reali<strong>da</strong>de, exemplos: A lingerie, usa<strong>da</strong> pelas mulheres, é de óleos<br />
vegetais, as hastes dos óculos também são de óleo vegetal – nylon 11 – que substitui o aço, e<br />
de óleo de mamona. A tinta de avião a jato e <strong>da</strong>s naves espaciais é à base de óleo vegetal. Não<br />
é de aditivos de petróleo. É biotinta.<br />
Os biocombustíveis são o início de um processo de modificação energética no segmento de<br />
transportes.<br />
Usam os mesmos motores que os alimentados por combustão de gasolina, óleo diesel e álcool,<br />
se houver misturas até 2%. É o chamado “B2”, do inglês Blend 2% .<br />
Depois vem o Blend 5%, “B5”, para o B20 são necessárias modificações.<br />
Em o uso de 100%, “B100”, a Alemanha tem 2,5 milhões de veículos.<br />
Os EUA já têm 2,9 milhões de veículos utilizando na forma de blends.<br />
Em 1995, no Salão de Automóvel de Frankfurt, o presidente <strong>da</strong> Volkswagen anunciou, que o<br />
futuro dos motores de seus carros a diesel iriam também ter suas garantias estendi<strong>da</strong>s para o<br />
biodiesel.<br />
O mundo tem 6 bilhões de pessoas, mas é <strong>da</strong> União Européia, com 340 milhões de<br />
consumidores ricos, que vem a maior força para os biocombustiveis. Para o controle <strong>da</strong><br />
deman<strong>da</strong> do petróleo. A União Européia vende a idéia para todos. Inclusive, a legislação<br />
prevê para o ano de 2010, a adoção de combustíveis renováveis, em 20% de seu consumo.<br />
A ONU já acolheu a idéia, no seu programa Clean Development Mechanisme -<br />
Programa de Desenvolvimento Limpo.<br />
Técnicos alertam:<br />
110
“O biodiesel previsto na norma técnica <strong>da</strong> Europa EN 14214. é um metil éster, O biodiesel<br />
previsto na norma técnica dos EUA. é de metil éster e etil éster”.<br />
O biodiesel do Brasil, é uma mistura <strong>da</strong>s duas.<br />
UMA NORMA HÍBRIDA. O que é péssimo para nosso país.<br />
Igual ao que aconteceu com os vídeos, conseguimos adotar um sistema de reprodução de<br />
imagens singular, diferente de todos os outros países do mundo.<br />
O mundo adotou a norma européia para biodiesel, o Brasil – que é contado entre as nações<br />
com melhores chances de desenvolver o programa – tem uma norma híbri<strong>da</strong>.<br />
A especificação brasileira está erra<strong>da</strong>. Transportar biodiesel, dentro <strong>da</strong> especificação atual<br />
com um teor residual de 0.5% de metanol, seria transportar coquetéis molotov.<br />
O programa brasileiro ain<strong>da</strong> prevê plantação de dendê no Brasil equatorial, para a produção<br />
de biodiesel de palma, o chamado “palm oil”.<br />
Hoje, o Brasil importa óleo <strong>da</strong> palma <strong>da</strong> Malásia, para a deman<strong>da</strong> interna de ácidos graxos,<br />
usados na indústria <strong>da</strong> alimentação.<br />
Fazer biodiesel de mamona e óleo de palma, é uma opção pelo pior.<br />
Mesmo assim, estamos avançando.<br />
O presidente Lula, pela Medi<strong>da</strong> Provisória 214, publica<strong>da</strong> no Diário Oficial <strong>da</strong> União, em 14<br />
de setembro de 2004, criou a Agência Nacional de Petróleo e Biodiesel, mu<strong>da</strong>ndo o nome <strong>da</strong><br />
então Agência Nacional de Petróleo .<br />
E foi só isso que fez.<br />
A mu<strong>da</strong>nça de nome já é um progresso.<br />
Custa caro ser pobre, mas a pior pobreza é a <strong>da</strong>s idéias.<br />
Devemos temer pela engenharia do futuro do Brasil. Imersos num projeto de apenas pagar a<br />
dívi<strong>da</strong> externa, de “fazer a lição de casa”, como diz o Meirelles, estamos nos esquecendo de<br />
nós mesmos, enquanto Nação, enquanto projeto coletivo. É preciso desconfiar quando os<br />
norte-americanos elogiam o Brasil: é sinal que estamos a ca<strong>da</strong> dia mais servis.<br />
Uma análise dos mercados para biodiesel, mostra a União Européia com 80% do mercado<br />
produtor mundial.<br />
Os EUA estão começando, como já falei.<br />
O Brasil não aparece.<br />
O governo italiano isenta o biodiesel para uso de aquecimento domiciliar. Por isso, na Itália,<br />
já se polui menos nas áreas onde se fazia uso de diesel nos aquecimentos domiciliares e<br />
públicos.<br />
Mas, a Itália é pequena, a Europa é urbaniza<strong>da</strong>, ocupa<strong>da</strong> há milênios.<br />
Os europeus não têm terra para plantar.<br />
O Brasil tem 240 milhões de hectares de terras agriculturáveis.<br />
Hoje, só ocupa 70 milhões de hectares.<br />
O Brasil é a grande fronteira agrícola do mundo.<br />
Mas até isso é controlado. Tudo é controlado. O Banco Mundial cortou o crédito dos<br />
produtores de cana.<br />
Precisamos reagir. Construir a energia do futuro. Não podemos abdicar do futuro. Não<br />
podemos abjurar a esperança.<br />
Já disse, que há imediata possibili<strong>da</strong>de no Paraná, de produção de biodiesel a partir de bagaço<br />
e palha de cana-de-açúcar, já falei <strong>da</strong> proposta <strong>da</strong> empresa carioca NSG-Consultoria Lt<strong>da</strong> a<br />
Copel, para instalação de uma usina de reciclagem de óleo usado de cozinha.<br />
111
Na proposta <strong>da</strong> Raudi-Coopcana, de São Carlos de Ivaí, de fazer biodiesel doce, a partir de<br />
bagaço e palha de cana-de-açúcar, pelo método IPT/ Fischer Tropps deverão ser levados em<br />
conta os custos e os balanços de massa e energia. O volume de matéria prima disponível na<br />
sua uniformi<strong>da</strong>de e quanti<strong>da</strong>de nos sinaliza como uma <strong>da</strong>s soluções e geraria milhares de<br />
empregos no interior, se multiplica<strong>da</strong> em modelo, junto a to<strong>da</strong>s as 31 usinas de cana e álcool<br />
do Paraná.<br />
A proposta <strong>da</strong> NSG, limparia esgotos e rios, preveniria enchentes, reciclaria detritos,<br />
normalmente lançados nas tubulações, poderia ser interessante até para empresas como a<br />
Sanepar.<br />
Pois considerem que é preciso um milhão de litros de água para decompor um litro de óleo<br />
usado de cozinha.<br />
Este óleo torna o leito dos rios impermeáveis. Sem falar na proliferação de doenças, com<br />
formigas, ratos e baratas, que, nos esgotos, se alimentam de óleo velho, e proliferam.<br />
Eu, quando prefeito, vi a quanti<strong>da</strong>de de ratos, na Rua XV, no canal do Rio Ivo até a Praça<br />
Zacarias, em Curitiba, todos consumidores <strong>da</strong> gordura velha do tradicional “Bar do Cachorro<br />
Quente”, ou “Bar Triângulo”.<br />
Mas, as potenciali<strong>da</strong>des do Brasil não param aí.<br />
Ain<strong>da</strong> temos o “pinhão manso”.<br />
China e Índia fazem biomassa com “jatropha curca”, que é na<strong>da</strong> mais, na<strong>da</strong> menos, o nosso<br />
pinhão manso, planta nativa brasileira, que cresce do Paraná ao Ceará.<br />
O professor Kumar, um dos inspiradores do programa de biomassa <strong>da</strong> Índia, perguntado onde<br />
conseguiu sementes de “jatropha curca”, disse, rindo, “trouxe-as do Brasil, há 30 anos. Foram<br />
colhi<strong>da</strong>s na caatinga do Ceará”.<br />
Informações de técnicos <strong>da</strong> empresa NSG-Consultoria Lt<strong>da</strong>., disseram-me que a história<br />
recor<strong>da</strong> ter sido a ci<strong>da</strong>de do Rio de Janeiro, ilumina<strong>da</strong> com óleo de pinhão manso, no<br />
passado.<br />
O PINHÃO MANSO TRARIA IMENSAS VANTAGENS.<br />
É recuperador de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s e solos desertificados. A torta de pinhão manso resolveria<br />
uma parte de nossas necessi<strong>da</strong>des agrícolas, de falta de fósforo no solo. Hoje, os adubos com<br />
fósforo são importados.<br />
O pinhão manso, por ser planta nativa, poderia ser incorporado na reserva legal obrigatória,<br />
prevista no Código Florestal, para as fazen<strong>da</strong>s.<br />
Os príncipes De Orleans e Bragança, D.Pedro e D.Fernando disseram-me que a história<br />
recor<strong>da</strong> ter sido a ci<strong>da</strong>de do Rio de Janeiro, ilumina<strong>da</strong> com óleo de pinhão manso, no<br />
passado.<br />
Moradores, na sua infância, de fazen<strong>da</strong>, em Jundiaí do Sul, no Norte Pioneiro, os mesmos<br />
Orleans e Bragança lembram ter o óleo de pinhão manso, no interior do Paraná, movimentado<br />
tratores, durante a escassez de petróleo <strong>da</strong> 2ª Guerra Mundial.<br />
O povo chama esta planta, este pinhão manso, de “purgante de cavalo”.<br />
Poderia ser um purgante, para expurgar a incompetência estratégica do Brasil moderno.<br />
O que não se faz, não existe.<br />
Precisamos fazer o futuro.<br />
Ao invés de Petrobrás, porque não uma Biobrás?<br />
Ou muitas Biobrás, também com as cooperativas e a iniciativa priva<strong>da</strong>.<br />
Por que não usarmos biodiesel para os ônibus urbanos de Curitiba e Região Metropolitana?<br />
Seria uma forma de fornecer combustível mais barato às empresas de transporte, de gerar<br />
melhor saúde para o nosso povo, de sairmos na frente, de restaurarmos a “Capital Ecológica”<br />
dos nossos sonhos.<br />
Aí sim, talvez se cumpra a promessa eleitoral do prefeito de Curitiba, de baixar a passagem<br />
do transporte coletivo, sem destruir a quali<strong>da</strong>de do sistema, fato que a população já está<br />
112
percebendo, e se queixando. (cf. pesquisa publica<strong>da</strong> na Gazeta do Povo <strong>da</strong> última segun<strong>da</strong>feira)<br />
.<br />
Mentes mais críticas estarão se perguntando: E a escala de produção?<br />
Uma perspectiva conservadora e preliminar define que, tendo a Região Metropolitana de<br />
Curitiba, uma população de 2,4 milhões de pessoas, a produção de óleo usado de cozinha<br />
deve ser de 1,8 litros por habitante, por ano, o que equivale a 4,2 milhões de litros de óleo, o<br />
que pode gerar 4 milhões de litros de combustível reciclado.<br />
A conta é para B2 – 2% de biodiesel misturado ao diesel convencional.<br />
Para o biodiesel doce, a conta é outra.<br />
Ao se considerar que 6 quilos de bagaço e palha de cana geram 1 quilo de biodiesel doce, ou<br />
1,25 litros de combustível, tem-se que o norte e noroeste do Paraná, com cerca de 31 usinas,<br />
poderá gerar através do bagaço e palha de cana de açúcar – (hoje queimados ou depositados<br />
sobre o arenito) – o expressivo volume de 2 bilhões e 200 milhões de litros por ano.<br />
E ain<strong>da</strong>, como já disse, 400 empregos por usina, criando uma cadeia produtiva regional de<br />
12.400 empregos. (Cálculos de Ricardo Audi e Ricardo Audi Filho)<br />
De óleo usado de cozinha, de bagaço e palha de cana-de-açúcar, ou de pinhão manso – e de<br />
tudo o mais que seja capaz de produzir biomassa – nosso futuro chama-se<br />
BIOCOMBUSTÍVEIS.<br />
COM BIOENGENHARIA E UMA BIOPOLÍTICA, SEREMOS AUTOSUFICIENTES EM<br />
ENERGIA, ENQUANTO BRILHAR O SOL<br />
ve seguir em breve para a votação.<br />
Parte II<br />
BIOENERGIA DE FORMAS<br />
ATAS DAS RENIÕES DA COMISSÃO ESPECIAL DA BIOENERGIA DE FORMAS<br />
ATA nº 01/06<br />
Aos cinco dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às dezesseis horas, na Sala José<br />
Lutzemberger, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, aconteceu a reunião de pauta “A <strong>Bioenergia</strong> em<br />
todos os segmentos <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> Humana” <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes o deputado<br />
Giovani Cherini-PDT, Presidente e os convi<strong>da</strong>dos a seguir relacionados: Iara Brito, Roberto Dalpiaz<br />
Rech, O presidente Deputado Giovani Cherini, saudou os presentes e iniciou a reunião falando que<br />
esta é a primeira reunião de <strong>Bioenergia</strong> de Formas, que é a bioenergia em todos os segmentos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
humana. Disse que bioenergia é ter a coragem de fazer diferente. Acredita termos que ousar para<br />
sermos felizes. Alerta que numa casa legislativa discutir energia é muito difícil, mas também porque<br />
no mundo até há pouco tempo, as pessoas avaliavam energia com preconceito, afirmando que era<br />
bruxaria e charlatanismo. Argumentou que somos uma socie<strong>da</strong>de forma<strong>da</strong> de conceito e preconceito e<br />
com prática quase zero. Disse que a felici<strong>da</strong>de humana sem muito beijo, abraço, olhar, elogio não<br />
existe, é como uma flor que murcha com a falta de água. O presidente agradeceu a presença de todos,<br />
informando que esta foi a primeira reunião <strong>da</strong>s que participou, na Assembléia Legislativa, que teve<br />
presença total dos convi<strong>da</strong>dos. Em segui<strong>da</strong> pediu as pessoas que se apresentassem <strong>da</strong>ndo o nome e o<br />
trabalho que fazem. Amaury Stock, trabalha com heiki e florais; Neusa V de Vieira, trabalha no<br />
Solaris- Núcleo de Cosmos Ciência, com biopsicaenergética , renascimento e várias terapias holísticas;<br />
113
Maria Zuleika Silva, holoterapeuta, trabalha no Centro Integrado de Holoterapia Biodinâmica; Carlito<br />
Antonio Beureen, trabalha na COPRINS- Cooperativa de Saúde Porto Alegre, com energia flotônica e<br />
energia magnética; Maria Odila Rosignolo, trabalha com terapias integra<strong>da</strong>s; José Antonio Moreira,<br />
trabalha na COPRINS, com terapia corporal, com a estrutura óssea, muscular e articulações,<br />
quiropraxia e ostiopratia; Luiz Fernando Low é esotérico; José Ribeiro, do Centro holístico A Luz do<br />
Prana, trabalha com regressão, psicoterapia reencarnacionista, terapia aquantica, reiki e cromoterapia;<br />
Marley Silveira Soares, trabalha no Centro A Luz do Prana, com regressão, cromoterapia,<br />
aromaterapia e terapia reencarnacionista; Vera Regina D. Belíssima, trabalha com nutrição, iridologia<br />
e massoterapia; Nadia Marisia Ferreira, psicope<strong>da</strong>goga aposenta<strong>da</strong>, gosta de visualização, faz exercício<br />
com crianças e auxilia universitárias no trabalho de conclusão de curso; Mauricio Machado de<br />
Quadros, terapeuta corporal, faz massagem chantala. Pesquisador atuando na linha de hipinose, lado<br />
holístico <strong>da</strong> energia, auxilia na cura <strong>da</strong> saúde sem tanta medicação; Daniela Binato, terapeuta<br />
vibracional, trabalha com reiki, florais, programação neurolinguistica, cromoterapia e massagem<br />
energética; Doralice Ferreira Gomes, terapeuta floral, Bach Pratctitioner. Professora do programa<br />
internacional para formação de terapeutas florais Bach Pratctitioner, curso reconhecido pela Inglaterra;<br />
Elizabeth Remor Krowczuk, professora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul e pesquisadora<br />
na Espanha no grupo interdisciplinar em drogas e dependências de Madri. Terapeuta floral <strong>da</strong><br />
medicina energética, psiquiatria e psicanalista clínico e di<strong>da</strong>ta. Trabalha para prevenção e criação do<br />
estilo de vi<strong>da</strong> saudável; Sérgio Ribeiro, acupunturista, trabalha com terapia tradicionais orientais,<br />
professor do curso “Ponto de Luz” de acupuntura, naturopatia e afins; Ana Claudia Elias <strong>da</strong> Silva,<br />
trabalha com reiki, florais e -terapia energética; Luciana Flath, estu<strong>da</strong>nte de psicologia, terapeuta<br />
bioexpressiva forma<strong>da</strong> como terapeuta holística bioenergética. Trabalha com arte, conhecimentos e<br />
bioenergia; Emilia Santos, terapeuta holística, <strong>da</strong> UNIPAZ trabalha com florais, com massagens<br />
ayervédica, com shiatsu. Forma<strong>da</strong> em Chacraterapia, com abor<strong>da</strong>gem na biopsicologia; Andre Zanella<br />
faz parte do Portal Brasil Holístico (portal de terapeutas holísticos na Internet); Noé Antonio,<br />
massagista emocional, trabalha com suprimentos alimentares, babosa, abelha, meditação biodinâmica e<br />
alquimia interior; Altair Danielski, terapeuta holístico, atua na harmonização e equilíbrio <strong>da</strong>s forças<br />
vitais, reki, carunareiki. Faz hipnose com regressões a vi<strong>da</strong>s passa<strong>da</strong>s. É escritor; Ruben Espagnolo<br />
Fernández, tem um Instituto de Pesquisa ligado a trabalhos de geobiologia, ciência disciplinar<br />
reconheci<strong>da</strong> pela NASA. Trabalho focado para bioarquitetura e autoconhecimento <strong>da</strong>s pessoas,<br />
harmonizando-as com o ambiente que moram. Na NASA vêem vi<strong>da</strong> dentro e fora do Planeta; Sandra<br />
Maria Gianotti, trabalha com energia junto aos excepcionais e índios. E com xamanismo; Rosi<br />
Goi<strong>da</strong>nich, dá cursos de geobiologia e flor <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que é a ativação do nosso corpo de luz. A<br />
geobiologia estu<strong>da</strong> a ciência na terra. Trabalha a energia espiritual; Mauro Rosso, Sociólogo, terapeuta<br />
especialista em parapsicologia e hipnose. Presidente <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Riograndense de hipnologia; Ana<br />
Lúcia M. Lorandi, arquiteta, pesquisadora e divulgadora <strong>da</strong> nova energia. Mestre em fengsuei.<br />
Trabalha em Florianópolis, com um grupo holístico na terapia do pânico no trânsito. Faz trabalho<br />
social junto com a Caixa Econômica Federal projetando casas para pessoas pobres; Helena Vicensi,<br />
proprietária <strong>da</strong> “Escola para formação de terapeutas naturistas e holísticos”, (terapeutas tridimensionais<br />
que li<strong>da</strong>m com o corpo, alma e mente do ser humano) em Erechim. A escola também existe em Santa<br />
Catarina, Paraná e Goiana; Maria Helena Damiani, psicóloga e jungiana transpessoal, trabalha com<br />
terapias vibracionais, reiki, com cristais, florais e chacraterapia; Lucila Palacio, enfermeira e terapeuta<br />
holística, integra o grupo do espaço de terapias vibracionais, apometria aquantica, reiki hon hon,<br />
florais, terapias reencarnacionistas, regressão terapêutica e massoterapia; Valmir Silva Cardoso, faz<br />
parte de corpo multidisciplinar <strong>da</strong> COPRINS, empresa prestadora de serviço e recurso integrado de<br />
saúde. A empresa oferece convenio com diversas órgãos, entre eles Banco Central, Banco do Brasil.<br />
Tem associação de médicos nutricionistas e terapeutas. Atende nutrição clinica, fitoterapia,<br />
homeopatia, medicina ortomolecular, quiropraxia, mirolalograma (exame do fio de cabelo); Ana Maria<br />
Azevedo do Santos, professora e coordenadora do curso de pós graduação de terapia floral. Administra<br />
o Centro Vica; Sônia Beatriz K. <strong>da</strong> Rocha, terapeuta floral e reikiniana. O Deputado Cherini disse que<br />
é ótimo estar na presença de pessoas que trabalham pela vi<strong>da</strong> de forma anônima. E que Deus o coloca<br />
sempre perto de pessoas boas, para junto fazerem obras. Entende que a vi<strong>da</strong> é um ir e vir permanente.<br />
114
E precisamos ousar colocando na Comissão de <strong>Bioenergia</strong>, as terapias holísticas. Falou que o mais<br />
difícil, são diferentes fontes pensarem que a solução do mundo é a linha que trabalha. Citou a portaria<br />
do Governo Federal, do Ministério <strong>da</strong> Saúde, sobre terapias alternativas. Dizendo que não visa luta<br />
contra médicos, pois são importantes e necessários, quer apenas que o terapeuta possa trabalhar junto,<br />
com a terapia holística como complemento. Falou do beneficio <strong>da</strong> portaria do senhor presidente <strong>da</strong><br />
republica, que acolhe para o SUS a acupuntura, homeopatia, fitoterapia e termalismo, que é o uso de<br />
águas, minerais com finali<strong>da</strong>de terapêutica. Cherini informou que na Assembléia tem um projeto que<br />
dispõe sobre atendimento terapêutico nas áreas de acupuntura, homeopatia, reiki, fitoterapia,<br />
musicoterapia, técnicas orientais e terapia corporal nas uni<strong>da</strong>des de saúde dos hospitais mantidos pelo<br />
poder público ou a eles conveniados, convencionados a outras providências. Leu os artigos: 1º As<br />
uni<strong>da</strong>des de saúde, os hospitais mantidos pelo Poder Público ou a eles vinculados colocaram a<br />
disposição <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, atendimento terapêutico nas áreas de acupuntura, homeopatia, reiki,<br />
fitoterapia, técnicas orientais e terapia corporal. Artigo 2º Orientação e supervisão do atendimento<br />
terapeutico referido no artigo 1º desta lei deve estar pelo órgão competente conforme vier a estar<br />
estabelecido em regulamento. O presidente sugeriu as terapias florais e o estudo de novas alternativas.<br />
Alertou que podem ser produzidos outros projetos e a comissão vai debater. Sérgio Ribeiro, disse que<br />
só existe uma lei regulamenta<strong>da</strong> no Brasil de acupuntura técnica, com prescrições defini<strong>da</strong>s, carga<br />
horária defini<strong>da</strong>, não existem outras regulamentações também necessárias. Cherini disse que o projeto<br />
não foi apresentado porque quer ouvir sugestões dos demais terapeutas. Doralice falou que no Brasil já<br />
existe facul<strong>da</strong>de de musicoterapia e que na PUC a professora Maria Helena faz um trabalho com<br />
crianças hospitaliza<strong>da</strong>s com leucemia. Helena Vicensi sugere que os pedidos sejam encaminhados<br />
junto com os pedidos de outros estados que já estão em an<strong>da</strong>mento, para unidos e com força<br />
conseguirem a legislação. Ruben disse que existem ferramentas para aprovar, pois em Cuba os<br />
radistesitas foram reconhecidos como ciência porque trabalharam em grupos. Falou na existência de<br />
documentos internacionais que podem aju<strong>da</strong>r para aprovação nas áreas mais urgentes. Disse que na<br />
China tem curso universitário de feshui. Na Polonia trabalhos científicos. Na Dinamarca e países<br />
baixos trabalhos científicos biônicos e cursos universitários de radistesistas. Falou no preconceito que<br />
os terapeutas sofrem e que até a NASA reconhece os trabalhos dos terapeutas holísticos. Alertou que<br />
quem esta com projeto tem que se cercar de segurança Sugere formarem subcomissões e através <strong>da</strong><br />
Internet, juntar documentação para fortalecer o projeto <strong>da</strong> comissão. José Antonio Moreira falou de<br />
técnicas orientais e <strong>da</strong>s técnicas corporais sugerindo que entre no projeto, a massoterapia, a ostiopatia e<br />
a quimopraxia. Emilia Santos falou que o curso de massoterapia que já possui registro na Secretaria <strong>da</strong><br />
Saúde e que chiatso e massagem energéticas são considera<strong>da</strong>s extensões. Zuleica Silva falou sobre<br />
projeção e estudo de conscieciologia. Quer colocar a holoterapia biodinâmica como proposta.<br />
Deputado Cherini agradeceu a Ana Maria, Sônia e Amaury pelo trabalho que fazem para alteração <strong>da</strong><br />
lei, entrando a questão <strong>da</strong> nomenclatura, retirando o termo alternativo para complementar e a inclusão<br />
<strong>da</strong> terapia floral. Ana Maria disse que não só na troca de alternativo pelo complementar, mas também<br />
pelo integrativo, porque to<strong>da</strong>s terapias podem trabalha<strong>da</strong>s concomitantemente. Falou <strong>da</strong> importância<br />
do trabalho <strong>da</strong> comissão porque o terapeuta trabalha com a saúde e a medicina tradicional com as<br />
doenças Disse que a função do terapeuta é preservar, estimular e promover a saúde. Deputado Cherini<br />
acredita que o projeto de lei deva ser escrito na seguinte ordem, na ementa: dispõe sobre atendimento<br />
de prática integrativas e complementares. Primeiro o titulo, depois as práticas. O integrativo e<br />
complementar deve ser explicado no corpo do projeto. Pediu atitudes no sentido de todos integrarem<br />
os conhecimentos. Sugeriu práticas integrativas e complementares. Disse que concomitante a<br />
discussão do projeto de lei, a comissão terá quatro páginas do livro “Relatório Final”que vai ser escrito<br />
enfocando a bioenergia dentro <strong>da</strong> área de ca<strong>da</strong> um. Pediu para o dia dezenove, às dezesseis horas, na<br />
reunião <strong>da</strong> comissão, todos trazerem por escrito seus trabalhos. Disse que a comissão tem duas tarefas<br />
principais, uma o livro escrito sobre bioenergia, com quatro páginas, apresentando a divulgação do<br />
trabalho de ca<strong>da</strong> um, com nome, telefone etc. E a outra é o Seminário de <strong>Bioenergia</strong> de Formas que vai<br />
acontecer na Assembléia, em agosto. No seminário estu<strong>da</strong>ram o projeto e apresentaram sugestões, com<br />
materiais. Rosi Goi<strong>da</strong>nich disse que a Ciência já provou que as doenças, quase na totali<strong>da</strong>de são<br />
causa<strong>da</strong>s pelas energias negativas acumula<strong>da</strong>s na terra. O trabalho que apresenta na comissão é a<br />
115
limpeza <strong>da</strong> terra. Deputado disse que é preciso sintetizar os trabalhos e idéias. Que o grupo de pessoas<br />
que compõe a comissão, são profissionais de muita quali<strong>da</strong>de e riqueza. Falou que vai entrar nos<br />
projetos as energias ou as terapias complementares, as energias renováveis, o biocombustível, o<br />
biodiesel, a biomassa, energia eólica, energia elétrica, enfim tudo que é renovável, justamente visando<br />
a renovação em função <strong>da</strong> crise do petróleo mundial <strong>da</strong> poluição. Informou que o Japão tem<br />
equipamentos de reciclagem dentro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e é imediatamente. O Brasil só recicla Quinze por cento,<br />
oitenta e cinco vai para natureza. Lixo também é energia pode ser transformado em energia. O<br />
Deputado Giovani Cherini agradeceu a todos e encerrou a reunião convi<strong>da</strong>ndo para as próximas<br />
reuniões. E para constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor<br />
presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 05 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
ATA nº 02/06<br />
Aos dezenove dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às dezesseis horas, na Sala José<br />
Lutzemberger, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, aconteceu a reunião de pauta “O Profissional<br />
Holístico e suas Técnicas” <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes Iara Brito, Roberto<br />
Dalpiaz Rech, representantes do Deputado Giovani Cherini, Presidente <strong>da</strong> Comissão de <strong>Bioenergia</strong>;<br />
Lucila Palcio, enfermeira, especialização em psicossomática; Daniela Binato, licencia<strong>da</strong> em letras<br />
especialização em florais; Sérgio Ribeiro, técnico em acumpuntura; Jussara Oliveira, psicóloga e<br />
terapeuta floral; Rosi Goi<strong>da</strong>nich, terapeuta; Nádia Ferreira, psicipe<strong>da</strong>goga, funcionária pública<br />
aposenta<strong>da</strong>; Ruben Espagnolo, arquiteto e radistesista; Elizabeth Remosr Krowczuk médica,<br />
professora <strong>da</strong> UFRGS, psicanalista; Ana Maria Azevedo dos Santos, terapeuta floral <strong>da</strong> Vica-Centros<br />
de Terapias Florais; Maria Zuleica Souza Silva, psicóloga e holoterapeuta; Luciana Flath, estu<strong>da</strong>nte de<br />
psicologia; Mauricio Quadros, terapeuta; Vera Bellinio, nutricionista; Maria Odila Rossignolo<br />
Londero, terapeuta ortomolecular <strong>da</strong> Clínica Inverls; Renato de Jess Padilha, professor <strong>da</strong> UCS e <strong>da</strong><br />
Escola Biocentrus; Alexandre Mendonça, médico veterinário homeopata; Maria Helena Damiani,<br />
psicóloga; Helena Vicensi, terapeuta professora <strong>da</strong> Escola Biocentrus de Erechim/RS; Luciano Ferrari<br />
e Angela Coral, psicólogos e consultores <strong>da</strong> empresa Kor Business. Iara Brito e Roberto Dalpiaz Rech<br />
iniciaram sau<strong>da</strong>ndo a todos presentes. Iara disse que o objetivo <strong>da</strong> mesma é reconhecer a função social<br />
do profissional holístico. Identificar as diversas formas de bioenergia e emprego <strong>da</strong>s técnicas<br />
vibracionais dentro do contexto biopsico social. Em segui<strong>da</strong> leu a metáfora “O bambu Chinês” –<br />
Depois de planta<strong>da</strong> a semente, não se vê na<strong>da</strong>, absolutamente na<strong>da</strong>, por quatro anos. Durante quatro<br />
anos, todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical<br />
e horizontalmente pela terra. Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce até atingir vinte e<br />
quatro metros. Iara alerta que é preciso formar as estruturas de nossos objetivos, para depois colhermos<br />
os frutos. As raízes vão se fortalecendo para depois aparecer a estrutura. Disse que o investimento que<br />
vem de um processo longo de nutrir o crescimento. Mas com paciência, perseverança, trabalhando e<br />
nutrindo no quinto ano a mu<strong>da</strong>nça se processa, o bambu irá atingir vinte e quatro metros e as raízes<br />
firmes no chão. Falou que o bambu mostra que não podemos desistir fácil <strong>da</strong>s coisas, especialmente<br />
nos nossos trabalhos, projetos que envolvem mu<strong>da</strong>nças de comportamento para ações novas. Roberto<br />
concluiu a leitura dizendo que somos responsáveis pelos nossos pensamentos e ações. Qualquer<br />
contratempo que ocorra não irá abalar o que está bem estruturado. Pois temos perseverança, coesão,<br />
uni<strong>da</strong>de, determinação e flexibili<strong>da</strong>de. Iara disse que a comissão visa discutir as diversas técnicas de<br />
energia dentro do contexto individual e coletivo, pessoal e social. Os terapeutas harmonizam,<br />
equilibram o ser humano dentro do seu contexto bio psico social. Roberto lembrou o que ficou<br />
definido na primeira reunião, dito pelo deputado Giovani Cherini, sobre os passos dos trabalhos <strong>da</strong><br />
comissão que será elaborado um relatório final <strong>da</strong> comissão e para a execução do mesmo, deve<br />
acontecer um seminário técnico <strong>da</strong> comissão com profissionais <strong>da</strong> área, no dia 03 de agosto, na<br />
116
Assembléia Legislativa. Disse que no seminário será definido a profissionalização do terapeuta<br />
holístico, com a seguinte abor<strong>da</strong>gem: Que profissional sou? A ética. A formação por instituições<br />
reconheci<strong>da</strong>s. E que o seminário será aberto para os presentes falarem de suas técnicas e relatarem suas<br />
posições dentro <strong>da</strong> área terapêutica. Falou que no debate deve se propor a estabelecer um foco na<br />
figura profissional do terapeuta. A questão <strong>da</strong> formação e <strong>da</strong> ética. Como as técnicas bioenergéticas<br />
são aplica<strong>da</strong>s dentro do contexto bio psico social. A atualização e a formação do profissional.<br />
Atualização constante. Este será o foco do Seminário. Iara e Roberto agradeceram a todos e<br />
convi<strong>da</strong>ram para a próxima reunião, no dia vinte e seis de junho, às dezesseis horas, aqui neste mesmo<br />
local, <strong>da</strong>ndo por encerra<strong>da</strong> a reunião de hoje. E para constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e<br />
aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 19 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo - Secretária<br />
ATA nº 03/06<br />
Aos vinte e seis dias do mês de junho do ano de dois mil e seis, às dezesseis horas, na Sala Sarmento<br />
Leite, 4º an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, aconteceu a reunião com o objetivo de “Montagem do<br />
Seminário <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong> de Formas” <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes Iara Brito,<br />
representante do Deputado Giovani Cherini, Presidente <strong>da</strong> Comissão de <strong>Bioenergia</strong>; Andre Zanella;<br />
Luciana Flath, Terapeuta Bioenergética e estu<strong>da</strong>nte de psicologia; Juliane Dullius, terapeuta Floral e<br />
Massoterapeuta; Doralice Ferreira Gomes, Bach Pratitioner e Terapeuta Floral; Helena Vicensi,<br />
terapeuta professora <strong>da</strong> Escola Biocentrus de Erechim/RS; Maria Odila Rossignolo Londero,<br />
Terapeuta Ortomolecular; Jussara Oliveira, psicóloga e terapeuta floral; Elizabeth Remosr Krowczuk<br />
médica, professora <strong>da</strong> UFRGS, pesquisadora e psicanalista holística; Maria Zuleica Souza Silva,<br />
psicóloga e holoterapeuta; Rosi Goi<strong>da</strong>nich, terapeuta Geobióloga; Jucelino Santos, Terapeuta Prático;<br />
Edna Azevedo, Cristaloterapeuta; Jorge Azevedo, Terapeuta Holístico; G. Sérgio Ribeiro,<br />
Acumpunturista; Giovani <strong>da</strong> Rosa Rampini, Terapeuta Holístico; Nádia Marísia Ferreira,<br />
Psicope<strong>da</strong>goga. Iara disse que o objetivo <strong>da</strong> reunião, hoje, é apresentação <strong>da</strong> relação de nomes, do<br />
grupo de terapeutas que irão colaborar na execução dos trabalhos de montagem do Seminário <strong>da</strong><br />
<strong>Bioenergia</strong> de Formas, e apresentação dos tópicos que irão debater no seminário, conforme ficou<br />
definido na reunião anterior. Lembrou que o seminário será realizado no mês de agosto e tem a<br />
finali<strong>da</strong>de de definir a profissionalização do terapeuta holístico. Disse que é necessário união e<br />
perseverança, entre os profissionais, para conquistarem os seus maiores ideais, um deles a legalização<br />
<strong>da</strong> profissão. A seguir relacionou os nomes do grupo de terapeutas, sendo: Maria Odila Rossignolo<br />
Londero, Rose Goi<strong>da</strong>nich, Jussara Oliveira, Nadia Ferreira, Elizabeth Remor, Sérgio Ribeiro, Zuleika<br />
Souza Silva, Maurício Quadros, Helena Vicensi, Luciana Flat, Luciano Ferrari, Lucila Palacio, José<br />
Antonio Moreira, Luciana Ferrarini. Falou no que ficou estabelecido para os tópicos a serem debatidos<br />
no Seminário, sendo: Que tipo de terapeuta sou eu? O Perfil do Terapeuta; Ética do Terapeuta<br />
Holístico. Legislação. Advogado, e representante <strong>da</strong> FEPLAN; Perfil do Cliente; Terapia Holística<br />
Ciência ou Religião e ain<strong>da</strong> outros tópicos dentro <strong>da</strong>s terapias energéticas: Física Quântica; Analise do<br />
Filme Quem Somos Nós?; Projetos de Coprings; Unimundo; Auto-gestão; Projeto Empresarial e<br />
Terapia Floral para Mulheres. Iara disse que este será o foco do Seminário. Também lembrou o que<br />
ficou definido na primeira reunião, dito pelo Presidente <strong>da</strong> Comissão Deputado Giovani Cherini, que<br />
será elaborado um Relatório Final <strong>da</strong> Comissão e do Seminário sairão elementos que farão parte<br />
concreta deste livro. Iara agradeceu a todos presentes e deu por encerra<strong>da</strong> a reunião. Em segui<strong>da</strong><br />
concedeu uma entrevista para a TV Assembléia, sobre o tema <strong>da</strong> proposta do Seminário de <strong>Bioenergia</strong><br />
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de Formas. E para constar lavrei a presente ata que após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor<br />
presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 26 de junho de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini - Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo – Secretária<br />
ATA nº 04/06<br />
Aos sete dias do mês de agosto do ano de dois mil e seis, às oito horas, no Plenarinho João Neves, 3º<br />
an<strong>da</strong>r <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, aconteceu a reunião de pauta “I Seminário Técnico de <strong>Bioenergia</strong><br />
de Formas” <strong>da</strong> Comissão <strong>Especial</strong> <strong>da</strong> <strong>Bioenergia</strong>. Presentes Deputado Giovanio Cherini, presidente <strong>da</strong><br />
Comissão de <strong>Bioenergia</strong>, Iara Brito e Roberto Dalpiaz Rech, terapeutas, coordenadores e assessores <strong>da</strong><br />
Comissão; Lucila Palacio, enfermeira, especialização em psicossomática; Helena Vicensi, terapeuta<br />
professora <strong>da</strong> Escola Biocentrus de Erechim/RS; Maria Zuleica Souza <strong>da</strong> Silva, psicóloga e<br />
holoterapeuta; Mauro José Santim, educador-Terapeuta; Elizabeth Remor Krowczuk; médica,<br />
professora <strong>da</strong> UFRGS, psicanalista; Jussara Canteiro de Oliveira; psicóloga e terapeuta floral; Maria<br />
Odila Rossignolo Londero; terapeuta ortomolecular <strong>da</strong> Clínica Inverls; Doralice Ferreira Gomes; Bach<br />
Practitioner e professora do Programa Internacional; Ruben Espagnolo, arquiteto e radistesista; Juliane<br />
Dullius, terapeuta Floral e Bach Practitioner; Mauricio Quadros, terapeuta corporal e holístico;<br />
Giovani <strong>da</strong> Rosa Rampinini, terapeuta holístico e transpessoal; Marise de Almei<strong>da</strong> Ramos, diretora<br />
técnica <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Educacional e Cultural Padre Labdel de Moura; Ana Maria Azevedo dos Santos,<br />
terapeuta floral <strong>da</strong> Vica-Centros de Terapias Florais; Luciano Vieira Ferrarini; psicólogo e consultor<br />
<strong>da</strong> empresa Kor Business; Luciana Flath, estu<strong>da</strong>nte de psicologia. O presidente deputado Giovani<br />
Cherini saudou a todos os presentes e disse estar satisfeito com os trabalhos <strong>da</strong> Comissão, que esta<br />
repercutindo até no interior do Estado. Falou que o objetivo do seminário é reconhecer a atuação do<br />
terapeuta holístico e suas práticas integrativas e complementares, visando qualificar a vi<strong>da</strong> do homem<br />
e do seu meio. Apresentar o Projeto de Lei nº223/<strong>2006</strong> com a nova estruturação e abrangência. Disse<br />
que a intenção do evento é a reflexão durante a manhã de debates. Reafirmou que os terapeutas devem<br />
caminhar para terem uma identi<strong>da</strong>de coletiva. Que o propósito é criar métodos, meios e estratégias<br />
para valorização <strong>da</strong> profissão Buscar a transformação social necessária para a construção de um<br />
universo não fragmentado, vivenciando o amor como um bem fun<strong>da</strong>mental. Falou que o objetivo <strong>da</strong><br />
Comissão Temporária, instala<strong>da</strong> de dezesseis de maio a quatro de setembro, é desenvolver um<br />
programa gaúcho de bionergia com a realização de seminários, busca de parcerias e reunir pessoas<br />
interessa<strong>da</strong>s em: estudos, pesquisas e relatórios. Pretende <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de nos trabalhos com os<br />
terapeutas holísticos, após o dia quatro de setembro. O importante é o espírito de trabalharem juntos,<br />
espírito de união e cooperativismo. Uma ver<strong>da</strong>deira sinergia de ações na construção de um novo<br />
paradigma. Falou que no primeiro momento do seminário é esta reflexão, esta sinergia. Num segundo<br />
momento o seminário deve tratar dos temas: Que tipo de energia trabalhamos nós? Que tipo de energia<br />
universal, com linguagem e métodos próprios que visam integrar o ser humano na sua totali<strong>da</strong>de. Nos<br />
próximos momentos os temas serão apresentados pelos palestrantes a seguir enumerados: Que<br />
profissionais somos nós? E como queremos ser reconhecidos, por Lucila Palácio, Helena Vicensi e<br />
Zuleika Souza Silva, tratando do tema “O perfil do terapeuta holístico diante do contexto bio psico<br />
social”; Autogestão, por Mauro Santin; Ética Profissional, por Elizabeth Remor e Jussara Oliveira. O<br />
deputado Cherini disse que ao falarmos em ética, devemos pensar numa ética de vanguar<strong>da</strong>, de novos<br />
tempos, livrando-nos de preconceitos, insensibili<strong>da</strong>de e asperezas. Devemos pensar numa ética que<br />
enalteça a digni<strong>da</strong>de do ser humano, na sua plenitude. Outros temas apresentados serão: Interação<br />
Cliente – Terapeuta, pelos palestrantes Maria Odila Londero, Doralice Gomes, Rubem Spagnolo e<br />
Juliane Pullius; Terapia-Ciência e Espirituali<strong>da</strong>de, por Giovani Rampini e Mauricio Quadros; Atuação<br />
Profissional, por Marise De Almei<strong>da</strong> Ramos, Ana Maria Azevedo e Helena Vicensi; Holismo e Saúde,<br />
118
tema inspirado no filme “Ponto de Mutação – De Bern Capra”, por Luciano Ferrini. O deputado<br />
Cherini passou a palavra para a palestrante Lucila Palácio que disse trabalhar a partir <strong>da</strong> doença, <strong>da</strong><br />
saúde, <strong>da</strong> prevenção, <strong>da</strong>s doenças físicas, emocionais e doenças espirituais. Falou que as pessoas<br />
procuram consultas com terapeutas holísticos, também chamados terapeutas alternativos,<br />
complementares e integrativos, devido ao tempo limitado <strong>da</strong>s consultas médicas e não oportunizam o<br />
bem estar, o conforto e o apoio que o consultante busca. O terapeuta holísitico leva em média uma<br />
hora no seu atendimento. Também a atração pelos remédios oriundos de crenças antigas, aí entra a<br />
fitoterapia. E a recomen<strong>da</strong>ção de amigos, revistas, jornais, rádio e até de alguns medicos. Outro fator<br />
importante é o desejo de ser tratado holísticamente e não só na remoção dos sintomas. Lucila informou<br />
que nos Estados Unidos, as consultas com terapeutas holísticos são trinta por cento maiores que as<br />
com os médicos. No Canadá, sessenta e cinco por cento dos médicos recebem pedidos de seus<br />
pacientes para serem tratados com terapias alternativas. Na Inglaterra, um a ca<strong>da</strong> clinico geral, ou um a<br />
ca<strong>da</strong> oito especialista, já trabalham com terapias complementares, além disso temos noventa por cento<br />
do serviço de saúde que oferecem as terapias alternativas, como a reflexoterapia, a cromoterapia e a<br />
massagem, principalmente em setores que atende cancer e aids. Disse que terapia quer dizer<br />
armonizar, equilibrar e holísitica vem <strong>da</strong> palavra grega “olus” que é o todo. Informou que o terapeuta<br />
holistico pode ser definido como profissional que tem a abor<strong>da</strong>gem holistica e trabalha com várias<br />
técnicas naturais, com o objetivo de proporcionar armonia, equilibrio, auto-conhecimento, evolução<br />
espiritual aos seus clientes, que também podemos chamar de pacientes ou consultantes. Esse terapeuta<br />
holístico é o grande educador <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, pois ele concientiza a preservação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de<br />
todos. O terapeuta holistico não faz e não realiza diagnostico de doenças, pois isso é papel do médico,<br />
ele apenas realiza o diagnóstico energético do paciente, aonde é avaliado todos os aspectos sóciopsiquico<br />
utilizando várias técnicas naturais. A palestrante citou algumas técnicas de diagnósticos: a<br />
iridologia, a queriangrafia, a radiestesia. Disse que atualmente na área holistica, existem mais de<br />
sessenta técnicas naturais para serem utiliza<strong>da</strong>s. Reafirmou que o terapeuta holistico deve garantir a<br />
segurança no atendimento de seu paciente, com todo o sigilo profissional. Existem tres pilares<br />
importantes na caminha<strong>da</strong> do terapeuta holistico: o auto-conhecimento, porque dedica-se ao<br />
sememelhante, deve tratar-se de sí, assim discobrindo suas abili<strong>da</strong>des naturais, então seu trabalho sairá<br />
com distinção e excelencia. Deve manter sua mente sadia, ter pensamentos positivos e uma postura<br />
tranquila perante as suas dificul<strong>da</strong>des pessoais. Ter fé em seus amparadores espirituais, com isso<br />
manterá o seu gradiente energético alto e a conexão será bastante fácil. Deve trabalhar o seu centro de<br />
consciencia, seu ego, portanto transformar a vai<strong>da</strong>de e arrogância em inteligência. Se não trabalhar<br />
com todos esses aspectos, ocasionará a formação de elementais negativos que se alojam nos chacras,<br />
.sugando e desestruturando o ser. Recomendou meditações, relaxamento, respirações, alimentação<br />
adequa<strong>da</strong>, para ser um terapeuta equilibrado. Helena Vicensi falou que um terapeuta precisa ter uma<br />
visão ampla, para saber qual a mais adequa<strong>da</strong> para a pessoa que o procura. Depois ter a mais específica<br />
para se aprofun<strong>da</strong>r. O terapeuta deve ter conhecimento teórico e prático. Ter conhecimento histórico<br />
filosófico científico, mas não esquecer <strong>da</strong> medicina oriental e orve<strong>da</strong>, que toca o ser humano. Saber de<br />
onde vieram as terapias e como chegaram até nós. E também conhecimentos indígenas. Disse que os<br />
terapeutas usam a ciência e não são empíricos, mostram na prática. Maria Zuleika Silva disse que a<br />
cosmovisão é fun<strong>da</strong>mental para todo o trabalho do terapeuta holista, que é o holoterapeuta e o paciente<br />
com holociente. Holo é o todo, a visão total, e a analise começa em si próprio, depois segue no<br />
conhecimento do outro. Mauro Santim disse que com auto-gestão, cabe ao terapeuta trazer o essencial<br />
em primeiro lugar, e a ioga é a prática de conhecimento. Deputado Cherini falou sobre ética, palavra<br />
tão dita, bendita, tantas vezes mal dita. Falou que devemos pensar em ética de vanguar<strong>da</strong>, de novos<br />
tempos livrando-nos de preconceitos, incensibilio<strong>da</strong>des, asperezas tão maléficas. Pensar numa ética<br />
que enalteça a digni<strong>da</strong>de do ser humano na sua plenitude. Essa é a nossa grande tarefa, até talvez<br />
tenhamos que escrever de novo o que significam as palavras, porque a prática as vezes é bem diferente<br />
do significado inicial de ca<strong>da</strong> palavra. Elizabeth Remor falou <strong>da</strong> questão filosófica <strong>da</strong> ética, <strong>da</strong> ética ou<br />
filosofia moral que o homem é responsável pela estrutura social e a quantinui<strong>da</strong>de de valores de acordo<br />
com o momento. Disse que a etica trata dos valores, dos deveres sociais do homem e suas opbrigações<br />
entre sí e a comuni<strong>da</strong>de. Falou que a caracterização geral <strong>da</strong> ética basea-se nos seguintes pressupostos<br />
119
a liber<strong>da</strong>de, o conhecimento, a conciência o ato humano e a responsabili<strong>da</strong>de desses quatro<br />
pressupostos devem estar intrinsicamente enrraisados no profissional que opta ser. A proposta é de<br />
uma filosofia moral que armonize a medi<strong>da</strong> do possível os desejos inconscientes, as formas de<br />
satisfaze-los e vi<strong>da</strong> social.Só pode ser realiza<strong>da</strong> pela consciencia e pela vontade livre. Justificou que se<br />
somos eticamente livres e responsáveis é porque aprendemos a discriminar as fronteiras entre o<br />
permitido e o proibido, tendo como critério e ideal a ausência <strong>da</strong> violência interna e externa.<br />
Argumentou que o código de ética ao falanr no sentido amplo como referencial, não pode ser fruto de<br />
uma mera teorização de certos e errados, deve resultar de uma ação longa, de uma doutrina, de um<br />
sentido pleno de vi<strong>da</strong>, de uma cultura de vi<strong>da</strong>, assinalar caminhos a percorrer, aju<strong>da</strong>r os que necessitam<br />
que estão de uma forma lenta e aqueles que estão muito arrojados. Jussara Canteiro de Oliveira<br />
apresentou o código ético organizado pela Art Flor, com uma comissão de terapeutas, constitui<strong>da</strong><br />
especialmente para elaborar o código, durante dois anos de esaustivo debate. Colocou a disposição de<br />
todos, para servir de subsídio na elaboração de outros códigos, para outras categorias, dizendo que o<br />
documento é importante e indispensável para a regulamentação <strong>da</strong> profissão. Falou que escolher ser<br />
terapeuta profissional é diferente, de ser terapeuta consigo mesmo, e antes de cui<strong>da</strong>r dos outros, ser<br />
coerente, além do principio ético, o terapeuta deve fazer sua auto-avaliação, para poder aju<strong>da</strong>r e<br />
acompanhar outras pessoas. Falou que a profissão de terapeuta não significa apenas a opção por uma<br />
determina<strong>da</strong> profissão, mas trata-se de uma proposta missonária, onde o cui<strong>da</strong>r do outro também<br />
envolve a experiência de cui<strong>da</strong>r de si mesmo. Sobre Interação Cliente – Terapeuta Maria Odila<br />
Londero disse que movimento é vi<strong>da</strong> e tudo que se ve é um trabalho sincronizado a busca ca<strong>da</strong> vez<br />
mais consciente pela quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, pelo auto-conheceimento fisico e emocional, espirirtual é uma<br />
constante consciente. A nossa capaci<strong>da</strong>de de perceber e enxergar as coisas. A maturi<strong>da</strong>de que<br />
adquirimos através de nossas atitudes é que nos proporciona o enxergar, o perceber determina<strong>da</strong>s<br />
coisas ou não é por isso que o nosso ponto de parti<strong>da</strong> tem que ser a observação. Estar atento a tudo e a<br />
todos Doralice Gomes disse que o que mobiliza uma pessoa a buscar um terapeuta é num certo<br />
momento quando a pessoa se sente fragiliza<strong>da</strong>. Falou que ilude-se aquele quem tem a pretensão de<br />
curar alguem, pois a própria pessoa pode fazer no mais profundo do seu ser. Disse que compreende aos<br />
terapeutas o papel de guias, conselheiros e educadores, o papel de um irmão mais velho que já<br />
experimentou muita coisa e assim pode acolher o sofrimento de quem o procura. Falou que precisamos<br />
atender sentindo com o coração, com muita humil<strong>da</strong>de e irreverência, acima de tudo devemos<br />
agradecer a ca<strong>da</strong> pessoa que nos procura a oportuni<strong>da</strong>de de aprendizado e troca de experiência. Rubem<br />
Spagnolo perguntou será que o terapeuta holistico não pode ser ateu? Disse que ao atender faz um<br />
estudo <strong>da</strong> pessoa, quando nasceu, ano, hora etc, depois de saber os <strong>da</strong>dos o terapeuta pode atender com<br />
segurança. E até saber <strong>da</strong>s crenças do seu cliente. Imaginem uma pessoa que não cre em na<strong>da</strong>, como<br />
vais chegar nela. Falou que é muito dificil chegar na causa <strong>da</strong> doença, se não conhece o mapa <strong>da</strong><br />
pessoa, se o terapeuta não conhce a historia <strong>da</strong> pessoa, onde e de que forma vive. Juliane Pullius disse<br />
de sua experiência no papel de moderador fez o papel de terapeuta profissional. Discutindo um<br />
assunto, fazia a transformação percebendo o crescimento profissional. Disse que é importante a<br />
humil<strong>da</strong>de de reconhecermos as nossas caracteristicas, as nossas falhas, as nosssas preetensões e o que<br />
que o cliente está nos trazendo de sabedoria. Sobre Terapia-Ciência e Espirituali<strong>da</strong>de, Mauricio<br />
Quadros disse que terapia holistica tem como objetivo promover a integração entre a ciência e a<br />
espirituali<strong>da</strong>de. Pessoas são seres biosociais espirituais que se realizam na comuni<strong>da</strong>de de pessoas e na<br />
comuni<strong>da</strong>de dos povos do mundo. Falou que a espirituali<strong>da</strong>de consiste naquilo que produz o ser<br />
humano, uma mu<strong>da</strong>nça interior, a espirituali<strong>da</strong>de equivale as motivações maiores e ultimas, sendo o<br />
ideal sua utopia, sua paixão e a mistica pela qual vive e luta, e com a qual contagia, a nossa maneira de<br />
viver, responsabili<strong>da</strong>de individual, os principios basicos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em socie<strong>da</strong>de. Falou que<br />
espirituali<strong>da</strong>de e ciencia é um modo de olhar a si mesmo e a vi<strong>da</strong>, além de aju<strong>da</strong>r a viver melhor,<br />
significa considerar o ser humano na sua totali<strong>da</strong>de, dimensão física, intelectual, emocional, espiritual<br />
e ambiental acompanhando por um grande desejo de crescimento interior. Disse que o ser humano é<br />
um ser em relação consigo mesmo com seu semelhantes com a nautreza e com a divin<strong>da</strong>de. A<br />
existencia do, sentido mais profundo é o amor. o valor mais alto é Deus. Giovani Rampinini disse que<br />
falar em espirituali<strong>da</strong>de não tem na<strong>da</strong> a ver com filosofia religiosa, e nem com religião. Disse que a<br />
120
nossa mente cria a nossa reali<strong>da</strong>de, que espiritualli<strong>da</strong>de, terapia e ciência estão ligados diretamente ao<br />
pensamento. É a forma que queremos que as coisas aconteçam na nossa vi<strong>da</strong>. A partir <strong>da</strong>í do mais belo<br />
ao mais terrivel. Disse que todos temos poder pessoal ligado a estrutura <strong>da</strong> divin<strong>da</strong>de. Precisamos estar<br />
sempre em processo de cura. Deputado Cherini disse que é necessário instalar a bio<strong>da</strong>nça. No tema<br />
“Atuação Profissional”, Marise de Almei<strong>da</strong> Ramos disse que que a FEPLAM tem ca<strong>da</strong>stro de curso<br />
para terapeutas, para trabalharem com profissonais ou apenas para auto-conhecimentoinformou o site:<br />
www.feplam. Fotoflog.com.br. Ana Maria Azevedo disse que ve atuação profissional de terapeuta<br />
floral, em cima de dois pilares básicos, um o conhecimento técnico cientifico, o conhecimento di<strong>da</strong>tico<br />
que buscamos nos bancos, e o outro o auto-conhecimento. Sobre Holismo e Saúde, inspirado no filme<br />
“Ponto de Mutação – De Bern Capra”, Luciano Ferrini disse que normalmente aprendemos na dor, e os<br />
terapeutas corporais pegam o processo bem adiantado. Disse que podemos trabalhar com o preventivo<br />
e escolhemos adoecer para trabalhar. Falou na antidese ou pelo amor ou pela dor. A evolução é a<br />
vantagem de podermos aprender com a experiencia. Falou que devemos nos questionar, porque<br />
escolhemos pela dor e não pelo amor. Precisamos reescrever nossos valores. Disse que somos o<br />
resultado <strong>da</strong> nossa interação com o ambiente. As vezes é necessário buscar a nascente do rio,<br />
aventurar-se , isto auxilia o entimento mais profundo <strong>da</strong>s coisas, permitindo uma visão mais clara <strong>da</strong><br />
situação que estamos vivenciando e um posicionamento futuro mais qualificado. Falou que só<br />
podemos construir no coletivo e o deputado nos pede apoio para podermos avançar. Trazer mais e<br />
mais pessoas para avançar. Alertou que o imediatismo e a pressa nos traz infortunio, temos que<br />
caminhar lentamente para conquistarmos nossos desafios. O deputado cherini convidou todos para<br />
visitarem as casas de atendimento em Passo Fundo, Santa Maria e Porto Alegre, na rua Duque de<br />
Caxias, to<strong>da</strong>s as quartas feiras às dezessete horas, para fazerem um trabalho de cura gratuito. O<br />
presidente deputado Giovani Cherini finalizou sugerindo ao grupo fazer outro encontro, passar um fim<br />
de semana juntos, para ca<strong>da</strong> palestrante apresentar a vivencia do que fala. A idéia é ter a teoria e a<br />
pratica, discutir e projetar. Falou de um segundo encontro dos terapeutas holistico, para março de dois<br />
e sete. E <strong>da</strong> organização <strong>da</strong> feira de holistica. Agradeceu a todos transmitindo sua satisfação pelo<br />
seminário, salientando que o mesmo apresentou muitas riquezas. Fraternamente pediu para todos<br />
ficarem de pé, <strong>da</strong>rem-se as mãos, fecharem os olhos e falou palavras de entusiasmo, de compaixão e de<br />
plenitude do amor. Amor incondicional com a semente do bem, com a semente <strong>da</strong> alegria, com a<br />
semente <strong>da</strong> coragem, com a semente <strong>da</strong> felici<strong>da</strong>de, com a semente do amor próprio, com a semente do<br />
amor ao nosso semelhante. O deputado encerrou a reunião. E para constar lavrei a presente ata que<br />
após li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai assina<strong>da</strong> pelo senhor presidente e por mim secretária desta comissão.<br />
Sala de reuniões, em 07 de agosto de <strong>2006</strong>.<br />
Deputado Giovani Cherini – Presidente<br />
Maria <strong>da</strong> Graça Santos Camargo – Secretária<br />
ANEXO 1<br />
LANDELL DE MOURA E SEUS ESTUDOS DE BIOENERGIA<br />
Ignácio Landell de Moura contou que quando seu tio morreu, achou, nos seus pertences, "Uma caixa<br />
cheia de coisas e uma porção de chapas fotográficas". Mandou ampliar as fotos e viu "coisas<br />
misteriosas", que não soube explicar o que era. Inocente, levou todo aquele material a um padre que<br />
imediatamente o recolheu e nunca mais o devolveu, alegando que aquilo poderia "comprometer a<br />
igreja". Talvez estas fotografias ain<strong>da</strong> estejam de posse <strong>da</strong> igreja em algum lugar, mas Ignácio fez<br />
buscas e não conseguiu obter nenhuma informação consistente, mesmo déca<strong>da</strong>s após o falecimento de<br />
Padre Landell (Livro: Landell de Moura - B.Hamilton Almei<strong>da</strong>).<br />
121
É possível que estas fotos fossem o que já foi chamado de fotos Kirlian, e que hoje justamente em<br />
homenagem ao padre Landell de Moura aos seus pioneiros estudos nesta área de conhecimento, este<br />
tipo de foto é chama<strong>da</strong> de foto bioeletrográfica, ou cujo estudo é chamado de Bioeletrografia. Porque<br />
essa inferência, qual seja a de concluir que embora não se tenha esta máquina de fotografar como<br />
prova, se possa concluir que ele construiu algum dispositivo com esse objetivo? Já discutiremos isso<br />
começando pelos apontamentos do caderno "A".<br />
Não se têm também os protótipos de seus aparelhos que foram construídos nos Estados Unidos para<br />
obtenção <strong>da</strong>s patentes do Transmissor de On<strong>da</strong>s, do Telefone Sem Fio e do Telégrafo Sem Fio, obti<strong>da</strong>s<br />
em 1904, nos EE.UU.<br />
Em seus estudos padre Landell descobriu uma forma de energia que circun<strong>da</strong> os corpos dos seres<br />
vivos, a qual ele chamou de PERIANTO e que deixa claro que ele construiu um dispositivo, que<br />
permitiu fotografar o fenômeno.Vejamos os enunciados relativamente ao que ele chamou de<br />
PERIANTO, ( o que está em torno do homem).<br />
Em seu caderno "A" de apontamentos está escrito:<br />
1) Todo o corpo humano está como que envolvido de um elemento de forma vaporosa, mais ou menos<br />
densa, segundo a natureza ou estado do individuo ou ambiente em que ele se acha. Esse elemento<br />
quando adquire uma tensão capaz de vencer os obstáculos que se opõe à sua expansão, escoa do corpo<br />
humano sob a forma de descargas dirsruptivas ou silenciosas, tal qual como sucede coma a<br />
eletrici<strong>da</strong>de. E os fenômenos que nestas ocasiões se dão, têm muita analogia com os elétricos estáticos<br />
e dinâmicos, com relação aos outros corpos semelhantes.<br />
2) Pelo que cheguei à conclusão de que se trata de um fenômeno que constitui uma varie<strong>da</strong>de dos<br />
fenômenos produzidos pela eletrici<strong>da</strong>de ou pela causa <strong>da</strong> eletrici<strong>da</strong>de, do calor, <strong>da</strong> luz, etc..<br />
3) Em todo caso, para facilitar o estudo do elemento "R" que existe no corpo humano atribuo-o ao<br />
PERIANTO, porque como o seu nome está dizendo, ele é um efeito do elemento R, como a tensão<br />
elétrica é um efeito <strong>da</strong> eletrici<strong>da</strong>de que se acumula em volta dos condutores.<br />
4) Não posso atribuí-lo à eletrici<strong>da</strong>de existente no corpo humano, porque, como veremos em outros<br />
lugares, se de um lado oferece muita analogia com a eletrici<strong>da</strong>de, por outro lado apresentava-se com<br />
certas e determina<strong>da</strong>s características que me obrigaram a distingui-lo, ou <strong>da</strong>r-lhe o nome de Perianto<br />
ao efeito e à causa do elemento "R", isto é, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de relação entre o psiquismo superior e o inferior.<br />
5) O PERIANTO é por si INVISIVEL,mas por intermédio de certas luzes pode tornar-se VISÍVEL e<br />
até mesmo ser FOTOGRAFADO , se usarmos ou intercalarmos entre o corpo, cujo perianto estu<strong>da</strong>mos<br />
e a luz especial, uma prancha ou papel apropriado.<br />
6) Um pequeno animal, preferivelmente de pelo curto, posto nestas circunstâncias e dentro de um tubo<br />
apropriado, se mediante uma máquina de vácuo, ver-se-á que, quando o animal permanecer quieto, em<br />
estado de agonia, que na prancha se desenhará, sob forma vaporosa a figura do animal. Ver-se-á mais<br />
que ao expirar o mesmo, essa forma vaporosa ELEVAR-SE-Á na prancha.<br />
7) Poder-se-á ver também diretamente quando, mediante certas luzes, se puder conseguir o fenômeno<br />
<strong>da</strong> INTERFERÊNCIA DE RAIOS. E há casos em que, quando a condensação se torna bem densa,<br />
com certas e determina<strong>da</strong>s luzes, removendo o animal, no lugar em que ele se achava, permanecerá,<br />
por instantes o seu PERIANTO, formando um DUO com ele, que, não raras vezes, em vez de se<br />
apresentar sob a forma branca vaporosa, se mostra COMPACTO e COLORIDO, com as cores naturais<br />
do animal, devido também à luz. O que prova que o PERIANTO é devido a uma vibração de um<br />
elemento mais sutil que o ar.<br />
Bom, vemos que Landell fotografou o perianto, disso não temos dúvi<strong>da</strong>, ele o declara. Quais métodos<br />
poderia ter utilizado? Não temos a tal máquina, mas sabemos que ele utilizou uma bobina de<br />
Ruhmkorff em seu Transmissor de On<strong>da</strong>s, um gerador de alta tensão. Esse seria um possível meio que<br />
teria utilizado, pois sabemos que Semyon Kirlian (1939) também gerou um campo alternado de alta<br />
tensão, para obter sua foto e é também possível observar como efeito <strong>da</strong>s altas freqüências gera<strong>da</strong>s nas<br />
122
obinas de Tesla. Hoje temos máquinas mais sofistica<strong>da</strong>s, utilizando tecnologia de nosso tempo, como<br />
as utiliza<strong>da</strong> pelo brasileiro Newton Milhomens, o russo Konstantin Korotkov, e alemão Peter Mandell<br />
que fotografam o "Perianto" de Landell de Moura e cuja correta interpretação <strong>da</strong>s fotos, de acordo com<br />
os padrões de interpretação criados por ca<strong>da</strong> um destes pesquisadores, podem auxiliar no diagnóstico<br />
de algumas enfermi<strong>da</strong>des e que na Rússia é aceito como meio legal pelo ministério de saúde russo.<br />
Infelizmente não se têm to<strong>da</strong>s as anotações científicas de Landell. No caderno "A" onde está a teoria<br />
suporte do "Perianto" estão faltando 16 misteriosas páginas... Quais informações nelas estariam<br />
conti<strong>da</strong>s que não ficaram para testemunhar o seu conteúdo... ? Padre Landell considerava já a seu<br />
tempo o pensamento como um fenômeno energético ondulatório.<br />
O Brasil deve um tributo a Landell de Moura e espero que um dia quando for mais estu<strong>da</strong>do e<br />
compreendido justiça lhe seja feita! Seu nome ain<strong>da</strong> não é lembrado como deve.<br />
ANEXO 2<br />
PL 223/<strong>2006</strong><br />
Dispõe sobre atendimento terapêutico nas áreas de Acupuntura, Homeopatia, Reiki, Fitoterapia,<br />
Musicoterapia e Técnicas Orientais de Terapia Corporal nas uni<strong>da</strong>des de saúde e nos hospitais<br />
mantidos pelo Poder Público ou a ele convencionados e dá outras providências.<br />
Art. 1° As uni<strong>da</strong>des de saúde e os hospitais mantidos pelo Poder Público ou a ele vinculados<br />
colocarão à disposição <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de atendimento terapêutico nas áreas de Acupuntura, Homeopatia,<br />
Reiki, Fitoterapia, Musicoterapia e Técnicas Orientais de Terapia Corporal.<br />
Art. 2° A orientação e supervisão do atendimento terapêutico referido no art. 1° desta Lei <strong>da</strong>r-se-á<br />
pelo órgão competente, conforme vier a ser estabelecido em regulamento.<br />
Art. 3° Esta Lei poderá ser regulamenta<strong>da</strong> para garantir a sua execução.<br />
Art. 4° Esta Lei entra em vigor na <strong>da</strong>ta de sua publicação.<br />
Sala de Sessões, 02 de maio de <strong>2006</strong>.<br />
Justificativa:<br />
Venho, com a presente proposição, insistir no cumprimento de preceito constitucional, que por vezes é<br />
ignorado por completo pelo Poder Público, senão vejamos:<br />
Constituição Federal, art. 196 - "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante<br />
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e aos acesso<br />
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".<br />
Em vários países do mundo, e também no Brasil, a prática <strong>da</strong> acupuntura, <strong>da</strong> homeopatia, Reiki,<br />
Fitoterapia, Musicoterapia e Técnicas Orientais de Terapia Corporal e de terapias afins está hoje muito<br />
dissemina<strong>da</strong>, sendo utiliza<strong>da</strong> por uma parcela considerável <strong>da</strong> população, que busca a solução para<br />
inúmeros problemas de saúde.<br />
Hoje, no Brasil, em especial nas grandes capitais, o número de profissionais que atuam na área é<br />
significativo, sendo certo que existem em funcionamento várias enti<strong>da</strong>des de classe volta<strong>da</strong>s para a<br />
defesa <strong>da</strong> acupuntura, <strong>da</strong> homeopatia, Reiki, Fitoterapia, Musicoterapia e Técnicas Orientais de<br />
Terapia Corporal, como técnica eficaz no tratamento de distúrbios do organismo humano.<br />
123
No Estado do Rio Grande do Sul, a prática no campo holístico tem crescido muito. Os pacientes destas<br />
medicinas alternativas são geralmente pacientes que não conseguem resolver seus problemas de saúde<br />
através <strong>da</strong> medicina comum.<br />
Considerando ser esta uma alternativa para uma vi<strong>da</strong> saudável e que a saúde é dever do Estado,<br />
apresentamos este projeto com o objetivo de fazer com que o poder público não fique alheio ao tema e<br />
crie instrumentos adequados para que a população possa usufruir dos conhecimentos dos especialistas<br />
na prática de terapias afins, principalmente, pelas que vêm menciona<strong>da</strong>s no Projeto de Lei.<br />
Dessa forma, e diante <strong>da</strong> crescente deman<strong>da</strong> <strong>da</strong> população gaúcha por essas práticas, apresentamos este<br />
projeto para que o objeto nele disposto represente um avanço no tocante ao estabelecimento de uma<br />
política de saúde mais plena, abrangente e acessível à população gaúcha.<br />
Sala de Sessões, 02 de maio de <strong>2006</strong>.<br />
ANEXO 3<br />
LEGISLAÇÃO<br />
Neste assunto acreditamos poder ser um pouco mais otimistas e ousados, pois os terapeutas e os<br />
legisladores estão se empenhando efetivamente pela regulamentação <strong>da</strong>s terapias e exercício <strong>da</strong><br />
função. Até agora haviam alguns simpatizantes dispersos com pouco conhecimento de causa, quanto<br />
às terapias e sua regulamentação. Hoje existem pessoas em postos-chave com a diferença que são<br />
também terapeutas. Como exemplos citamos nosso Deputado, Giovani Cherini do RS e o Deputado<br />
Padre Pedro, SC. Entendemos as dificul<strong>da</strong>des que encontram em face de resistências, indiferenças,<br />
poucos recursos para propor e criar leis.<br />
Perguntamos o que falta para que as terapias integradoras sejam reconheci<strong>da</strong>s e comprova<strong>da</strong>s em seu<br />
valor e cheguem à população, não por mãos de profissionais alopatas, mas por “profissionais”,<br />
esmera<strong>da</strong>mente preparados em terapia natural, holística, espiritual ou “integradora”?<br />
É sabido que a grande maioria <strong>da</strong>s terapias tem uma longa história, mas estão sendo “redescobertas” e<br />
revaloriza<strong>da</strong>s por serem tão antigas como a espécie humana. É preciso uma reeducação de nós todos<br />
nessa área. Quem foi que “raptou”, bem como camuflou ou “encapsulou” os conhecimentos dos nossos<br />
ancestrais e indígenas. Fazendo leis para que só fossem prepara<strong>da</strong>s e usa<strong>da</strong>s “poções” de farmácia, de<br />
clínicas e de hospitais por alopatas?<br />
É isto que nós queremos?<br />
O que efetivamente falta é a representativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s terapias e terapeutas junto aos órgãos públicos e<br />
categorias profissionais, imbuídos <strong>da</strong> filosofia de saúde preventiva e não com visão alopatizante desta<br />
ciência de conservação do Ser Humano e do Universo com fins comerciais em primeiro lugar. A ca<strong>da</strong><br />
instante estamos ouvindo, surpresos, sobre crimes contra a nossa prodigiosa flora e fauna brasileira,<br />
atitudes que visam apenas alopatizar ou obter lucros fabulosos.<br />
Cremos ser <strong>da</strong> máxima importância, fazermo-nos presentes nas Câmaras de Vereadores, na Vigilância<br />
Sanitária, nas Coordenadorias e Conselhos Regionais e nas Secretarias de Saúde, nos órgãos<br />
legisladores, e sobretudo unirmo-nos para debater constantemente os problemas que envolvem a<br />
prevenção <strong>da</strong> saúde de cunho natural, sem conservantes ou isolamento de princípios ativos, cuja ação<br />
isola<strong>da</strong> pode estar minando a tradição popular de que as plantas, ervas e outras formas têm ação<br />
curativa in natura, devi<strong>da</strong>mente dosa<strong>da</strong>s.<br />
Precisamos abrirmo-nos mais e chamar ou ir até outros setores ou grupos interessados em nossa luta<br />
organiza<strong>da</strong>!<br />
Temos bons profissionais terapeutas. É preciso atraí-los e conseguir que doem um pouco do seu<br />
tempo, talentos e do seu sucesso para esta causa maior!<br />
Parabéns pelo trabalho <strong>da</strong> equipe do Deputado Cherini, <strong>da</strong> Iara e para nós aqui, hoje.<br />
Cremos que nosso lema deva ser: “Por causa <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des somos vitoriosos<br />
HELENA VICENSI<br />
124
Pe<strong>da</strong>goga pós-gradua<strong>da</strong> em Orientação Educacional e Organização e Métodos<br />
R Bioterapeuta Alternativa, Massoterapeuta, Terapeuta Floral e em Homeopatia, Reikiana,<br />
Radiestesista,<strong>Especial</strong>ista em Psicossomática<br />
R Diploma de Mestre em Terapias Alternativas pelo Instituto de Medicina Oriental (final do mês de<br />
julho de <strong>2006</strong>)<br />
R Uma <strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>doras e diretora atual do Centro de Formação de Terapeutas BIOCENTRUS<br />
ANEXO 4<br />
COMO VIVER DE ACORDO COM AS LEIS DO UNIVERSO<br />
São muitos os cientistas, filósofos e religiosos que já estu<strong>da</strong>ram as leis físicas do Universo. Para<br />
vivermos em harmonia com este campo de possibili<strong>da</strong>des imensuráveis, vale a pena conhecermos as<br />
três leis básicas <strong>da</strong> natureza <strong>da</strong> energia: a força que permeia o universo!<br />
A primeira lei diz que tudo vibra. Portanto, tudo é pura vibração e está em constante transformação. A<br />
ciência moderna vem corroborando idéias postula<strong>da</strong>s e apresenta<strong>da</strong>s pelos budistas há muito tempo. O<br />
budismo diz que “mente” e “matéria” são altamente interdependentes, a física quântica postula que a<br />
energia apresenta uma proprie<strong>da</strong>de fun<strong>da</strong>mental: jamais se esgota. Isto é, a energia não se extingue,<br />
transforma-se em uma outra forma de energia.<br />
Por vibrar em diversas veloci<strong>da</strong>des, os nossos sentidos captam a aparência <strong>da</strong> energia de formas<br />
diversas. Quando mais lenta for a vibração energética, mais sóli<strong>da</strong> será sua aparência.<br />
Einstein é um exemplo do que estamos falando. A equação E = mc² (a energia é igual à massa vezes o<br />
quadrado <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> luz) nos diz que a matéria se converte em energia a partir de um fator “c”,<br />
que é a veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> luz. Ou seja, há uma equivalência entre massa e energia, elas podem<br />
transformar-se uma na outra, sendo que a densi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> massa - mais ou menos sutil - está relaciona<strong>da</strong><br />
com a veloci<strong>da</strong>de de deslocamento.<br />
Matéria é energia condensa<strong>da</strong>. A energia pode se apresentar em diferentes estados de condensação,<br />
dependendo do quanto as partículas ou moléculas estão concentra<strong>da</strong>s. Assim, quando temos um estado<br />
energético em que as moléculas estão muito coesas, temos uma matéria mais densa ou cristaliza<strong>da</strong>,<br />
como no nosso corpo físico. Quando as moléculas de energia estão menos coesas, temos o corpo sutil.<br />
Por exemplo, uma pedra possui uma vibração bem mais lenta que o perfume de uma flor, que por sua<br />
vez é mais lento que um pensamento!<br />
A segun<strong>da</strong> lei afirma: porque tudo vibra é preciso fluir; e para tanto, é preciso estar num ligeiro estado<br />
de desequilíbrio. Esta lei vale tanto para a água quanto para a nossa vi<strong>da</strong>.<br />
A terceira lei ressalta: a energia de determina<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de ou vibração atrai uma outra quali<strong>da</strong>de ou<br />
vibração do mesmo tipo. Isto quer dizer, a energia move-se de forma circular: tudo aquilo que<br />
emanamos retorna para nós mesmos.<br />
O conhecimento destas três leis nos alerta para o fato de que ca<strong>da</strong> um de nós possui um diapasão<br />
interior que está em constante ressonância com os outros. Para que esta ressonância seja harmoniosa, é<br />
preciso que saibamos aplicar estas três leis em nossa vi<strong>da</strong> cotidiana.<br />
No entanto, sabemos quão trabalhoso é manter a vi<strong>da</strong> positiva. Por exemplo, como aplicar estas leis<br />
quando estamos preocupados?<br />
Primeiro, vamos fechar os olhos e respirar profun<strong>da</strong>mente algumas vezes. Agora, com to<strong>da</strong><br />
sinceri<strong>da</strong>de, devemos responder para nós mesmos: “Com que freqüência tenho sido tomado pela<br />
energia <strong>da</strong> preocupação”? É importante nos questionarmos desta forma, pois na maioria <strong>da</strong>s vezes não<br />
estamos conscientes do hábito de nos preocuparmos.<br />
A preocupação é uma espécie de estresse auto-aplicado. Sua energia é densa e pesa<strong>da</strong>. Torna nossos<br />
pensamentos fixos, paralisados, e seu retorno é constante, surge como pensamentos obsessivos e mais<br />
preocupações.<br />
125
A preocupação é um peso extra do qual precisamos aprender a nos soltar. Ao aplicar a primeira lei,<br />
iremos lembrar que na<strong>da</strong> é definitivo! Até mesmo a morte é apenas mais um ponto de passagem para<br />
outro ciclo.<br />
No entanto, não vamos nos aprofun<strong>da</strong>r na morte como exemplo, pois este não é o momento de<br />
intensificarmos nossas percepções! Afinal, para aplicarmos a segun<strong>da</strong> lei, isto é, para fazer com que a<br />
energia para<strong>da</strong> <strong>da</strong> preocupação volte a fluir, todo drama deve ser evitado. É hora de simplificar.<br />
Quando nos vemos paralisados diante <strong>da</strong>s transformações, vale a pena lançarmos mão do conceito<br />
taoista Wu Wei: o caminho <strong>da</strong> tranqüili<strong>da</strong>de, conhecido como fazer sem agir.<br />
Wu Wei não significa exatamente o não-fazer, mas o não se opor à corrente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, evitando esforços<br />
e preocupações desnecessários. Assim como diz o ditado popular: “O que resiste persiste”!<br />
Este conceito foi apresentado por Lao Tsé em seu livro clássico Tao Te King no século 6 a.C. e até<br />
hoje é altamente aplicável, pois respeita as leis <strong>da</strong> energia.<br />
Ele parte do princípio que o mundo é uma teia imensa, na qual infinitos fatores diferentes interagem<br />
contínua e constantemente. Portanto, se nos mantivermos calmos, iremos emanar calma, e, como<br />
revela a terceira lei, a energia <strong>da</strong> mesma quali<strong>da</strong>de emana<strong>da</strong> irá retornar. Fazer sem agir é cultivar a<br />
energia com a qual queremos li<strong>da</strong>r e deixar sua natureza se manifestar.<br />
É a prática de ir contra a corrente sem resistir, sem lutar contra ela, mas mantendo-nos calmos e<br />
deixando a corrente fazer todo o trabalho.<br />
Para o ritmo frenético <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de, esta teoria surge como loucura ou até mesmo<br />
irresponsabili<strong>da</strong>de. No entanto, o controle excessivo com que tentamos levar a vi<strong>da</strong> contradiz a<br />
segun<strong>da</strong> lei <strong>da</strong> energia, que nos lembra que é necessário certo desequilíbrio para a energia fluir.<br />
Por pouco que aplicarmos o princípio Wu Wei, veremos que algo diferente e positivo acontece. Neste<br />
sentido, o maior trabalho ocorre dentro de nós e pode levar a vi<strong>da</strong> to<strong>da</strong> para amadurecer. Pois é por<br />
meio <strong>da</strong> aceitação profun<strong>da</strong> <strong>da</strong> natureza impermanente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que encontraremos paz para emanar e<br />
atrair calma e sereni<strong>da</strong>de ao nosso redor. Se até o momento de nossa morte tivermos cultivado este<br />
estado Wu Wei, aí sim, não teremos mais na<strong>da</strong> com que nos preocuparmos...<br />
Bel Cesar é terapeuta e dedica-se ao atendimento de pacientes que enfrentam o processo <strong>da</strong> morte.<br />
Autora dos livros Viagem Interior ao Tibete, Morrer não se improvisa e O livro <strong>da</strong>s Emoções pela<br />
editora Gaia.<br />
ANEXO 5<br />
HOMEOPATIA ANIMAL E VEGETAL<br />
A Homeopatia faz parte <strong>da</strong> família <strong>da</strong>s terapias vibracionais e essencialmente bioenergéticas. Apesar<br />
de ser identificado como medicamento ela não deixa de ser um produto de ação energética agindo<br />
diretamente na energia vital, a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> dos produtores e também, dos animais<br />
que os sustentam. A resistência aos antibióticos, vermífugos e o grande problema de resíduos destes<br />
produtos no leite, faz com que tenhamos que procurar alternativas mais baratas e mais eficientes no<br />
combate aos principais problemas <strong>da</strong> pecuária leiteira de hoje: mastite, endo e ectoparasitas.<br />
Desde setembro de 1998 na COOPASUL (Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do<br />
Sul LTDA) vem intensificando a prática <strong>da</strong> Homeopatia, e isto tem trazido muitos benefícios. A<br />
redução dos problemas sanitários foi observa<strong>da</strong> já nos primeiros seis meses, com uma que<strong>da</strong> nos<br />
atendimentos clínicos em 52% (cinqüenta e dois por cento). A quali<strong>da</strong>de do leite entregue na<br />
cooperativa também melhorou muito. A diferença entre os resultados de proprie<strong>da</strong>des com<br />
homeopatia e sem homeopatia é significativa.<br />
Os animais “agradecem” aos produtores, pois estes não usarão mais injeções ou aplicarão produtos<br />
químicos que os prejudiquem.<br />
Há pouco mais de 200 anos, Samuel Hahnemann deu início á uma medicina, que hoje pode ser<br />
considera<strong>da</strong> um dos sustentáculos <strong>da</strong> sobrevivência do homem na Terra. Talvez nem ele mesmo<br />
imaginasse que todo seu conhecimento pudesse ser empregado nas mais diversas áreas: Medicina<br />
126
Humana, Medicina Veterinária e Agronomia. Tudo isso por causa de uma frase que ele traduziu de um<br />
livro de Sócrates que dizia: “o semelhante se cura com o semelhante”. Desde a mais remota<br />
antigüi<strong>da</strong>de, o homem lutou contra as doenças, sempre armado do propósito de conservar e recuperar a<br />
saúde perdi<strong>da</strong> ou abala<strong>da</strong> (BRUNINI). Não se pode negar os grandes avanços <strong>da</strong> medicina, porém<br />
percebemos que quanto mais evolui, no sentido de serem lançados no mercado medicamentos mais<br />
potentes, mais evolui também a resistência <strong>da</strong>s bactérias, hoje chama<strong>da</strong>s de super-bactérias. Novos<br />
medicamentos, novas doenças, velhos doentes. Eis aí o grande diferencial <strong>da</strong> Homeopatia ao tratar os<br />
doentes e não as doenças. E uma coisa que temos observado é que além <strong>da</strong> cura, a homeopatia animal<br />
tem sido muito eficiente na prevenção de doenças, sem provocar resistências. Com o objetivo de<br />
promover a homeostasia do animal, estamos conseguindo o equilíbrio do meio ambiente que está<br />
sendo alimentado com o esterco e urina de animais saudáveis. Percebemos a volta <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do solo,<br />
com sua microflora e microfauna que estavam sendo aniquilados com o uso, e abuso, de adubos<br />
químicos, venenos e até dos próprios medicamentos nos animais. Quem fica satisfeito com tudo isso é<br />
o produtor, que estava sendo empurrado à falência, gastando o que não tinha, e não tendo resultados<br />
esperados ou prometidos pelas multinacionais dos remédios. Os produtores dizem: “a homeopatia me<br />
tirou <strong>da</strong> falência”, ou, “estava querendo desistir, pois não sabia mais o que fazer para curar meus<br />
animais”.<br />
A homeopatia entra na história como um dos meios para redução do custo de produção do leite. Esta<br />
redução é alcança<strong>da</strong> pelo menor gasto com doenças comuns como a mastite, controle de endo e<br />
ectoparasitas, e a discussão sobre a produção do leite ecológico, ou leite orgânico. A procura por<br />
métodos curativos e preventivos, fez <strong>da</strong> homeopatia a principal arma para libertar o produtor <strong>da</strong><br />
escravidão <strong>da</strong>s multinacionais <strong>da</strong> farmácia, que hoje é a 2 a indústria em crescimento no mundo,<br />
perdendo apenas para a indústria de armamento.<br />
Politicamente, a homeopatia representa um grande poder, a ver<strong>da</strong>deira arte de curar.<br />
RESULTADOS COM MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS A CAMPO<br />
Hahnemann, em seu Organon <strong>da</strong> Arte de Curar, inicia seus ensinamentos dizendo que nossa única<br />
missão é tornar saudáveis os doentes, o que se chama curar, e que este deve ser nosso ideal, com o<br />
restabelecimento rápido, suave e duradouro <strong>da</strong> saúde. A remoção e destruição integral <strong>da</strong> doença. Nos<br />
parágrafos 273 e 274 ele comenta sobre a utilização de apenas um medicamento para alcançar a cura.<br />
No parágrafo 27 temos a descrição <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de curativa dos medicamentos, baseado nos sintomas<br />
semelhantes <strong>da</strong> doença. MORENO (2000) comenta a utilização dos medicamentos homeopáticos<br />
baseados em sensações e funções.<br />
FORÇA VITAL<br />
“Saúde significa liber<strong>da</strong>de do corpo físico em relação a dor, ao se atingir um estágio de bem estar;<br />
liber<strong>da</strong>de em relação à paixão no nível emocional, o que resulta num estado dinâmico de sereni<strong>da</strong>de e<br />
calma; e liber<strong>da</strong>de em relação ao egoísmo, na esfera mental, o que resulta na total unificação com a<br />
ver<strong>da</strong>de”. Saúde é o livre fluxo de energia vital pelo organismo.<br />
Força Vital: é a ligação entre o espírito e a matéria de um ser vivo, e a única capaz de sofrer<br />
alterações.<br />
“O organismo material sem a força vital não é capaz de nenhuma sensação, nenhuma função, nenhuma<br />
autoconservação. To<strong>da</strong>s as sensações se derivam e to<strong>da</strong>s as funções vitais se realizam unicamente por<br />
meio do ser imaterial (força vital) que anima o organismo material tanto na saúde como na doença”.<br />
“Quando uma pessoa adoece, é somente esta força vital espiritual, ativa por si mesma (automática) e<br />
presente em to<strong>da</strong>s as partes do organismo, que é primariamente desorganiza<strong>da</strong> pela influência<br />
dinâmica de um agente morbífico hostil à vi<strong>da</strong>. Unicamente a força vital neste estado anormal é capaz<br />
de prover o organismo com as sensações desagradáveis, inclinando-o aos processos irregulares que<br />
chamamos doença, pois como é um poder invisível em si mesmo e somente cognoscível por seus<br />
efeitos no organismo, sua perturbação mórbi<strong>da</strong> somente se dá a conhecer pelas manifestações anormais<br />
nas sensações e nas funções <strong>da</strong>quelas partes do organismo expostas aos sentidos do observador e do<br />
médico, isto é, pelos sintomas mórbidos e de nenhum outro modo pode ser reconheci<strong>da</strong>”.<br />
127
* Vi<strong>da</strong> imaterial - impregna o organismo, e na doença o desequilíbrio impregna ca<strong>da</strong> célula e ca<strong>da</strong><br />
porção <strong>da</strong> economia humana.<br />
* Vi<strong>da</strong> é liber<strong>da</strong>de, e a morte é a conseqüência do organismo querer a liber<strong>da</strong>de.<br />
* A causa <strong>da</strong> doença é um milhão de vezes mais sutil e estas não podem ser vistas pelo olho humano.<br />
Os menores objetos visíveis não são senão resultado de coisas ain<strong>da</strong> mais sutis, e portanto a causa<br />
localiza-se no interior.<br />
* Agentes morbíficos são simplesmente formas extremamente refina<strong>da</strong>s de substância simples que<br />
podemos chamar vírus, idéia acessível ao raciocínio humano.<br />
* Tudo aquilo que aparece perante os olhos deriva-se de um centro, <strong>da</strong> mesma forma que o próprio<br />
homem é formado a partir de um centro que tem o poder de evoluir e este é um dom do Criador.<br />
* É somente quando uma causa de caráter mórbido (isto é, o interior de um vírus, na forma de<br />
substância simples) perturba o princípio vital, que este demostra algum tipo de consciência de si<br />
mesmo. Se não houvesse nenhuma influência perturbadora no interior do homem, ele jamais teria<br />
sintomas.<br />
* Alguns médicos dizem: “algum dia teremos um remédio capaz de curar o câncer”, tendo em mente<br />
unicamente os sintomas do câncer, isto é, aos sintomas que representam os resultados <strong>da</strong> doença e não<br />
os sintomas que representam a própria doença.<br />
* O câncer é o resultado de uma desordem que deve ser devolvi<strong>da</strong> à ordem e cura<strong>da</strong>.<br />
* Vamos alcançar a cura de uma doença ao pensarmos no que aconteceu antes dela aparecer.<br />
• É requisito básico para um homeopata tornar-se perito em sintomas, saber julgar a amplitude e a<br />
evolução <strong>da</strong> doença pelo estudo <strong>da</strong> sintomatologia.<br />
* Segundo o holismo, dentro de um todo chamado universo, existem todos menores, cujos padrões,<br />
esquemas e manifestações correspondem ao modelo universal - macro e microcosmo. Tal como a<br />
energia do universo, existe uma força animando o microcosmo que habita em ca<strong>da</strong> um de nós.<br />
* Antes de Einstein enunciar a lei <strong>da</strong> energia, Hahnemann já havia descoberto a relação direta <strong>da</strong><br />
matéria com a energia. A força medicamentosa de um remédio é energética, ultrapassando o número<br />
de Avogrado, portanto imensurável.<br />
* Doença é a tentativa do corpo restabelecer sua harmonia. É o ser adoecido para equilibrar.<br />
* Curar-se é compreender o sentido <strong>da</strong> doença, é evoluir com a adversi<strong>da</strong>de. Curar não significa tirar a<br />
doença e sim eliminar-lhe a causa existencial profun<strong>da</strong>.<br />
* A pessoa pode sarar e continuar portadora <strong>da</strong> causa <strong>da</strong> doença, esta encontrará outra forma de<br />
manifestar-se. Sabemos também que a ver<strong>da</strong>deira cura é aquela que segue a trajetória centrífuga (de<br />
dentro para fora) e que o inverso disto é chamado por nós de supressão.<br />
* No estado de saúde a energia vital que anima a parte material do corpo humano, reina de maneira<br />
absoluta.<br />
* I Coríntios 12:26 - o homem como um todo e não em partes.<br />
• O homem não adoece por pe<strong>da</strong>ços ou órgãos, ele adoece no todo e expressa seu desequilíbrio<br />
energético nesta ou naquela região do corpo. E dessa forma a energia vital é uma força<br />
cooperadora que harmoniza os órgãos na sua totali<strong>da</strong>de. (princípio vitalista).<br />
•<br />
Um exemplo - Apis meliphica – Homeopatia<br />
Medicamento feito a partir <strong>da</strong> trituração <strong>da</strong> abelha inteira (LATHOUD), enquanto a Apis vivus é<br />
prepara<strong>da</strong> com o veneno <strong>da</strong> abelha. Age sobre os tecidos ocasionando edema <strong>da</strong> pele e <strong>da</strong>s mucosas:<br />
inchaço, tonali<strong>da</strong>de vermelha rosa<strong>da</strong>, dores de pica<strong>da</strong>s, dolorimento, derrames edematosos e anasarca<br />
(BOERICKE). VOISIN, recomen<strong>da</strong> este medicamento para o tratamento de edema em mucosas.<br />
TIEFENTHALER, diz que Apis deve ser fornecido para animais com edema fisiológico agudo do<br />
úbere, desde que o animal não tenha sede, o que é visto em todos os casos até o momento. BRUNINI<br />
analisa a busca pelo raciocínio analógico, <strong>da</strong>s manifestações de Apis, que alguns indivíduos<br />
apresentam, tanto do ponto de vista orgânico, quanto mental. Com base em todos estes relatos, é que<br />
Apis mel., tem sido utilizado para o tratamento de edema de úbere de vacas e novilhas. É utiliza<strong>da</strong> em<br />
12 CH, 10 gotas, 3 vezes ao dia, iniciando o tratamento 5 a 10 dias antes do parto. No caso abaixo, as<br />
128
fotografias foram tira<strong>da</strong>s 4 dias antes do parto e a última fotografia foi feita 12 horas após o parto, com<br />
o úbere já totalmente desinflamado.<br />
O MEDICAMENTO SIMILAR DOS ANIMAIS DE PRODUÇÃO<br />
Sabemos que os medicamentos do gênio epidêmico são capazes de controlar de 75 a 90% <strong>da</strong><br />
população. Baseando-se neste valor, seria possível que dos 5.250 animais tratados com homeopatia na<br />
COOPASUL, teríamos em torno de 500 animais que não seriam curados com o medicamento do gênio<br />
epidêmico. Porém o que temos observado é um número muito reduzido de animais que ain<strong>da</strong> persistem<br />
os problemas de mastite. Para os animais que ain<strong>da</strong> não estão curados, procuramos, através de uma<br />
consulta, encontrar o medicamento similar <strong>da</strong>quele animal. Segue abaixo 2 histórias de animais<br />
tratados com o medicamento similar.<br />
ALEXANDRE MENDONÇA<br />
MÉDICO VETERINÁRIO, pela Universi<strong>da</strong>de Federal de Viçosa/ MG (1997).<br />
Curso de <strong>Especial</strong>ização em Homeopatia, Setembro de 1999 a Setembro de 2001, IBEHE, 866 horas.<br />
Ministra Curso de Homeopatia Animal e Vegetal pela BIOCENTRU desde 2002.<br />
Coordenador na área de Veterinária junto aos agricultores <strong>da</strong> COOPASUL de Campinas do Sul.<br />
Realiza palestras a pedido de órgãos públicos e particulares.<br />
ANEXO 6<br />
TERAPIA FLORAL - OS FLORAIS DE BACH<br />
A Terapia Floral tem início com O Dr. Edward Bach, médico inglês (1896-1936), nascido em<br />
Moseley, uma pequena vila próxima de Birmingham.<br />
Em 1906 entra para a Facul<strong>da</strong>de de Medicina de Birmingham, havendo concluído o seu curso em<br />
1912, aos 26 anos. Trabalhou no Hospital Universitário de Londres. Após a conclusão de seu curso de<br />
graduação especializou-se ain<strong>da</strong> em Saúde Pública, Patologia e Bacteriologia. Interessado sempre em<br />
evitar que as pessoas adoecessem, dedica-se à pesquisa de vacinas em seu laboratório. Em 1917 é<br />
acometido de uma forte hemorragia, causa<strong>da</strong> por um tipo de câncer, e desmaia sobre sua banca<strong>da</strong>.<br />
Atendido pelos colegas, e sem que houvesse recobrado a consciência, é submetido a uma cirurgia de<br />
urgência, autoriza<strong>da</strong> por sua família. Ao recobrar os sentidos é informado <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de de seu caso, e<br />
que lhe restam no máximo três meses de vi<strong>da</strong>. Assim que recupera um pouco de suas forças retorna ao<br />
laboratório decidido a deixar seu trabalho o mais adiantado possível. O tempo vai passando, sua<br />
melhora acontece, assim como a cura de sua enfermi<strong>da</strong>de. Nesse momento o Dr. Bach percebe que sua<br />
cura deveu-se ao fato de estar profun<strong>da</strong>mente envolvido com seu trabalho. Deduz que um vivo<br />
interesse na vi<strong>da</strong> pode ser um valioso elemento para o restabelecimento do paciente, e que o estado<br />
mental pode ser um fator determinante para a cura.<br />
A seguir vai trabalhar no Hospital Homeopático de Londres.<br />
Conhece a obra do Dr. Hahnemann e os conceitos <strong>da</strong> homeopatia que vali<strong>da</strong>m o seu pensamento sobre<br />
a ver<strong>da</strong>deira causa <strong>da</strong>s doenças.<br />
Sente-se inconformado com os métodos tradicionais de tratamento <strong>da</strong> medicina ortodoxa, que vêem o<br />
paciente baseados numa visão mecanicista do ser humano, separando a mente do corpo. Existe uma<br />
preocupação em tratar sintomas, lutando contra a doença, combatendo-a, esquecidos do ser humano<br />
que adoeceu. O Dr. Bach compara a uma aldeia que é incendia<strong>da</strong> e saquea<strong>da</strong> por assaltantes que<br />
descem de seu reduto, um forte construído no alto de uma colina. Após, os aldeões ocupam-se em<br />
enterrar seus mortos e reconstruir suas casas, sem se <strong>da</strong>r conta de onde vêm os ataques, que assim<br />
continuarão a acontecer.<br />
O Dr. Bach começa a observar como os pacientes reagem aos tratamentos, e que de acordo com essas<br />
reações a doença evoluía ou regredia. Observou que o mesmo tratamento aplicado em diversos<br />
129
pacientes nem sempre curava a mesma enfermi<strong>da</strong>de, e que os medicamentos eram eficazes para alguns<br />
e para outros não traziam nenhum alívio. No entanto, notou que pacientes com características<br />
semelhantes em seu temperamento melhoravam com o mesmo tratamento. Ficou claro para ele que<br />
para a cura <strong>da</strong> enfermi<strong>da</strong>de a índole do paciente tinha muita importância.<br />
Certa ocasião, em que o Dr. Bach compareceu a um jantar, ficou observando os convi<strong>da</strong>dos, que<br />
conversavam em grupos. Ficou imaginando que as pessoas de ca<strong>da</strong> grupo poderiam adoecer de uma<br />
mesma doença, porém a reação de ca<strong>da</strong> uma seria diferente. Um poderia ficar revoltado, sentindo-se<br />
vítima do destino, outro se conformaria e desistiria de lutar pela vi<strong>da</strong>, outro ain<strong>da</strong> poderia ficar muito<br />
amedrontado, um outro poderia entrar em desespero, e assim por diante.<br />
O Dr. Bach começou então seu trabalho na Teoria dos Tipos.<br />
Em 1928, vai para o País de Gales, atendendo a um chamado interior, para visitar o país de seus<br />
ancestrais, e tão querido por ele.<br />
Lá encontra os dois primeiros florais: Mimulus, que ele reconhece como sendo para as pessoas que<br />
sentem medo de coisas comuns do dia a dia e Impatiens para as pessoas agita<strong>da</strong>s e impacientes.<br />
Havendo sentido esses dois estados mentais negativos em si mesmo, reconheceu que recebera dessas<br />
flores a coragem (Mimulus) para ser ele mesmo e seguir sem medo o que ele buscava e percebeu sua<br />
impaciência para descobrir logo muitas outras flores, havendo recebido então a calma de que precisava<br />
para continuar seu trabalho (Impatiens). A seguir encontra o Clematis, para as pessoas sonhadoras e<br />
com dificul<strong>da</strong>de em concretizar seus ideais.<br />
Certo de que este era o sistema simples que ele buscava, começou a tratar as pessoas que o procuravam<br />
com essas três essências. Entusiasmado com os resultados obtidos decide fechar sua clínica e seu<br />
laboratório em Londres, e vai em busca de outras essências, junto à natureza.<br />
Desde então até 1935, num exaustivo trabalho encontra os 38 florais que integram seu sistema, para os<br />
mais diversos estados de sofrimento. Reúne os florais em 7 grupos: para o Medo, para a Insegurança,<br />
para a Falta de interesse no presente, para a Solidão, para a Hipersensibili<strong>da</strong>de, para o Desespero e<br />
para os Preocupados com o bem estar dos outros.<br />
Além <strong>da</strong>s 38 essências o Dr. Bach deixou um composto de 5 florais chamado Rescue Remedy para<br />
situações agu<strong>da</strong>s e emergenciais e o Rescue Cream para tratamento de todo tipo de problemas<br />
dermatológicos e traumáticos <strong>da</strong> pele.<br />
Em 1935 o Dr. Bach declara que o seu trabalho está completo, e o sistema abrange todos os estados<br />
mentais negativos, não sendo necessário acrescentar mais nenhuma essência. Em novembro desse<br />
mesmo ano morre tranqüilamente em Mount Vernon, a casa em que viveu seus dois últimos anos de<br />
vi<strong>da</strong>, e que é hoje o Bach Centre. Os atuais curadores mantendo a promessa feita ao Dr. Bach<br />
continuam produzindo os Florais <strong>da</strong> mesma forma que ele os fazia, conservando a pureza e a<br />
simplici<strong>da</strong>de do sistema.<br />
O Princípio dos Florais de Bach é o <strong>da</strong> Transformação. Se temos medo, dentro de nós existe a<br />
coragem, e o floral vai transformar o sentimento negativo em positivo.<br />
É simples.<br />
Esta transformação se dá de forma gra<strong>da</strong>tiva, conforme as próprias palavras do Dr. Bach “de uma<br />
forma gentil”.<br />
Os Florais de Bach não tem contra indicações ou efeitos colaterais, e não interferem em nenhum outro<br />
tratamento a que o paciente esteja submetido, apenas complementa e aju<strong>da</strong> no restabelecimento do<br />
ânimo e do equilíbrio para uma recuperação mais rápi<strong>da</strong>. Não pretende de forma alguma substituir<br />
cui<strong>da</strong>dos médicos ou psicológicos quando estes se façam necessários.<br />
Os Florais de Bach são feitos de flores que crescem silvestres na Inglaterra e no País de Gales. O Dr.<br />
Bach teve o cui<strong>da</strong>do de não colocar nenhuma planta tóxica em seu sistema, para evitar qualquer<br />
problema em seu uso.<br />
As flores são colhi<strong>da</strong>s na época de sua floração, coloca<strong>da</strong>s em uma cuba de cristal com água pura <strong>da</strong><br />
fonte e expostas à luz do sol durante algumas horas (Método solar) ou fervi<strong>da</strong>s (Método de fervura). A<br />
seguir são coa<strong>da</strong>s e conserva<strong>da</strong>s em Brandy. Tornam-se as Tinturas-Mãe, que ficam no Bach Centre. A<br />
Nelson’s, o mais antigo laboratório <strong>da</strong> Inglaterra está encarregado de proceder a diluição nos frascos<br />
de 10ml, chamados stock, e de sua exportação para o mundo inteiro.<br />
130
Era desejo do Dr. Bach que em ca<strong>da</strong> lar houvesse um Kit com os 38 florais e o Rescue Remedy, bem<br />
como a indicação para o uso de ca<strong>da</strong> essência, e que ca<strong>da</strong> dona de casa pudesse tratar sua própria<br />
família. Isto era o seu ideal. Para a maioria <strong>da</strong>s pessoas, no entanto, isto é impossível, pelo alto custo<br />
do kit. Também as pessoas precisariam conhecer as indicações de ca<strong>da</strong> floral, e mais que isso, serem<br />
capazes de perceber as emoções e estados mentais negativos em seus familiares, e em si mesmas.<br />
Sabemos que isso não é tão simples assim, pois há todo um envolvimento emocional embutido. Surgiu<br />
então a necessi<strong>da</strong>de de que uma pessoa não comprometi<strong>da</strong> pudesse ter um olhar isento de qualquer<br />
julgamento e capaz de perceber a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>quele que sofre. Surge o terapeuta floral. Este deve ser<br />
alguém que tenha um profundo conhecimento <strong>da</strong>s indicações de ca<strong>da</strong> essência, e estar imbuído de sua<br />
tarefa como um guia, um conselheiro e um educador. Deverá ser capaz de identificar a necessi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>quele que o procura, aconselhar o floral mais indicado e educa-lo no sentido de que saiba para o quê<br />
está tomando determina<strong>da</strong> essência, e o positivo que se espera como resultado. Este procedimento leva<br />
a um auto conhecimento que liberta o paciente. Em situações futuras em que ele sentir a mesma<br />
necessi<strong>da</strong>de, já saberá qual o floral que deverá tomar.<br />
O terapeuta floral deverá sempre ter em mente que ele próprio precisa constantemente estar<br />
trabalhando em seu próprio processo de cura, bem como atender a quem o busca com humil<strong>da</strong>de,<br />
simplici<strong>da</strong>de e compaixão.<br />
Um pequeno livro <strong>da</strong> Editora Pensamento chamado “Os Remédios Florais do Dr. Bach” de 80 páginas,<br />
reúne os dois livros escritos pelo Dr. Bach, ou seja o “Cura-te a ti mesmo – uma explicação sobre a<br />
real causa e a cura <strong>da</strong>s doenças” e “Os doze remédios e outros remédios – a indicação do uso de ca<strong>da</strong><br />
floral”. Este pequeno livro deve ser o livro de cabeceira de todo terapeuta floral, independente do<br />
sistema que use, pois o conhecimento <strong>da</strong> filosofia, <strong>da</strong>s causas que estão por trás de ca<strong>da</strong> sofrimento<br />
humano é muito importante para o processo de cura.<br />
Precisamos ain<strong>da</strong> distinguir a terapia com florais <strong>da</strong> terapia floral, propriamente dita.<br />
Hoje em dia alguns médicos, dentistas e veterinários já usam os florais em suas consultas, dessa forma<br />
complementando o tratamento com os remédios alopáticos ou homeopáticos. Também alguns<br />
psicólogos estão utilizando os florais para tratarem os distúrbios psicológicos detectados nas consultas,<br />
dessa forma aju<strong>da</strong>ndo seus pacientes a melhorarem mais rapi<strong>da</strong>mente no seu processo de auto<br />
conhecimento. Nestes casos trata-se <strong>da</strong> terapia com florais.<br />
A terapia floral é <strong>da</strong> competência do terapeuta floral. Este deve ter uma sóli<strong>da</strong> formação no<br />
conhecimento <strong>da</strong>s essências e na compreensão do funcionamento do ser humano como um todo, sendo<br />
portanto um terapeuta holístico.<br />
Lembremos o que o Dr. Bach diz no capítulo III de seu livro: ”O que conhecemos como doença é o<br />
estágio final de um distúrbio muito mais profundo; e, para assegurar um absoluto sucesso no<br />
tratamento, é óbvio que cui<strong>da</strong>r apenas do resultado final não será um procedimento de todo efetivo, a<br />
menos que a causa fun<strong>da</strong>mental também seja suprimi<strong>da</strong>.”<br />
A causa fun<strong>da</strong>mental são nossos estados mentais negativos. Os florais são capazes de transforma-los<br />
em estados mentais positivos, nos devolvendo o equilíbrio e a paz interiores. Assim, harmonizados<br />
com nossa Alma, não precisaremos adoecer e poderemos encontrar a felici<strong>da</strong>de.<br />
Doralice Ferreira Gomes<br />
Bach Practitioner – BZP – 2000-04.04F<br />
Curso Superior em Música pela UFRGS, pós graduação em História <strong>da</strong> Cultura pela PUC e Bach<br />
Practitioner forma<strong>da</strong> pelo Programa Internacional de Educação dos Florais de Bach no Brasil,<br />
registro no Bach Centre <strong>da</strong> Inglaterra. É professora credencia<strong>da</strong> pelo Bach Centre (Inglaterra) a<br />
ministrar o Nível 1 e 2 do referido Programa Internacional no Rio Grande do Sul.<br />
ANEXO 7<br />
PSICOSSOMÁTICA PSICANALÍTICA: UMA VISÃO HOLÍSTICA<br />
Introdução<br />
131
A idéia de psicossomática confunde-se com as próprias origens <strong>da</strong> medicina e <strong>da</strong> filosofia com a<br />
distinção por Anaxagores (Século V a.C.) entre Soma e Psique.<br />
O termo psicossomático vem do grego “psyché”= alma e “soma” = corpo.<br />
Sócrates e seus discípulos acreditavam na idéia de que o homem seria constituído não apenas de um<br />
substrato material, o corpo e suas funções, mas também de uma essência imaterial, vincula<strong>da</strong> aos<br />
sentimentos e à ativi<strong>da</strong>de do pensamento, a alma.<br />
Hipócrates (pai <strong>da</strong> medicina) introduziu a idéia de uni<strong>da</strong>de funcional do corpo, onde psyché, alma,<br />
exerce uma função reguladora. “O corpo humano é um todo, sujas partes se interpenetam. O corpo<br />
possui um elemento interior de coesão, a alma; ela cresce e diminui, renasce a ca<strong>da</strong> instante até a<br />
morte; é a grande parte orgânica do ser”.Ele considerava o homem como uma uni<strong>da</strong>de organiza<strong>da</strong>, mas<br />
passível de desorganizar-se, e tal desorganização contribuiria a uma emergência de uma doença.<br />
Hipócrates ressaltava a importância <strong>da</strong> observação clínica e <strong>da</strong> anamnese; o doente deveria ser visto<br />
numa dimensão histórica (o passado, o presente e o seu futuro).<br />
O vitalismo foi à inspiração <strong>da</strong> noção de psicossomática. O termo psicossomático foi introduzido na<br />
medicina em 1818, pelo psiquiatra Heinroth, para expressar “ a influência <strong>da</strong>s paixões sexuais sobre a<br />
tuberculose, a epilepsia e o câncer”, posteriormente criou o termo Somatopsíquico (1828), para<br />
caracterizar as alterações evidencia<strong>da</strong>s no corpo como reflexo do psiquismo. Groddeck (1923) com sua<br />
obra “ OLivro d’Isso” marca o nascimento <strong>da</strong> psicossomática moderna. Franz Alexander (1929) <strong>da</strong><br />
Escola Psicossomática de Chicago, que dá um novo significado a Medicina Psicossomática.<br />
A maioria dos pioneiros <strong>da</strong> psicossomática foram oriundos do movimento psicanalítico, seguidores de<br />
Freud, interessaram-se em estu<strong>da</strong>r algumas doenças orgânicas, tais como: asma, alergias, enxaquecas,<br />
distúrbios digestivos, eczema, psoríase, neurodermite, retocolite hemorrágica, úlcera gástrica e<br />
duodenal, hipertensão essencial, artrite reumatóide, tireotoxicose e a estreita relação entre conflitos<br />
emocionais específicos, e estruturas <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de e esses tipos de doenças somáticas. Na déca<strong>da</strong> de<br />
40 emergiram as vertentes psicofisiológicas, as do campo <strong>da</strong> psiconeuroimunologia,<br />
neuropsicoimunologia, tentando encontrar respostas para o enigma <strong>da</strong> mediação psicossomática <strong>da</strong><br />
relação entre emoções e o adoecer, e <strong>da</strong>s passagens entre o corpo e psique. “Medicina Psicossomática<br />
ou Psicossomática é o estudo do fenômeno psicossomático que é a modificação opera<strong>da</strong> pela ação de<br />
um agente psíquico”.<br />
A Psicossomática Psicanalítica renasce nos anos 50, partindo <strong>da</strong>s concepções psicanalíticas freudianas,<br />
referência à metapsicologia. Um dos grupos de psicanalistas liderados por Pierry Marty, em 1972,<br />
fundou o “Instituto de Psicossomática de Paris”, intensificam os estudos no campo de doenças<br />
psicossomáticas, mostrando que esses sujeitos psicossomáticos eram diferentes dos neuróticos e<br />
apresentavam determina<strong>da</strong>s características sob a denominação de reação branca, sendo esta<br />
decorrente de um pensamento operatório, caracterizado por uma limitação <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des<br />
simbólicas e carência <strong>da</strong> elaboração fantasística. Para esses psicanalistas, os sintomas não têm<br />
uma significação e, pelo contrário, seriam decorrentes de uma falta de simbolização e uma carência de<br />
representações.<br />
As concepções sobre os fenômenos psicossomáticos são congruentes com as teorizações desses<br />
autores: para Groddeck é a linguagem do órgão; para Dumbar a neurose do órgão; para Alexander a<br />
neurose vegetativa; para os franceses Marty et al. O pensamento operatório; para Valabrega a<br />
conversão psicossomática; para os Kleinianos a conversão somática.<br />
Guir (1997) discorre que muitos psicanalistas acreditam que o ver<strong>da</strong>deiro resultado <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong>s<br />
pulsões esta na medicina psicossomática, definindo-a como “o estudo <strong>da</strong>s formas pelas quais os<br />
impulsos instintivos, privados de suas fontes naturais de satisfação, afetam o funcionamento do corpo”.<br />
Lacan, do ponto de vista clínico usa a expressão fenômeno psicossomático, faz distinção entre as<br />
reações psicossomáticas e o indivíduo psicossomático. Segundo Lacan “o corpo se deixa levar a<br />
132
escrever traços escritos - as lesões psicossomáticas, semelhantes a ver<strong>da</strong>deiros ‘hieróglifos’, uma<br />
escrita ‘para não ler’, ele usa uma constelação de termos ‘hieróglifos’. ‘traço marco’, ‘assinatura’,<br />
‘selo’, ‘corpo considerado cartucho revelando o nome próprio’, marcas’, etc., para tentar conceituar<br />
fenômenos psicossomáticos”<br />
Os fenômenos psicossomáticos se caracterizam por uma lesão do órgão ou sistemas, exemplo, sendo a<br />
pele vista como o maior órgão do corpo humano, destacamos a psoríase, como uma <strong>da</strong>s doenças de<br />
pele muito freqüente na clínica psicossomática.<br />
Em psicanálise fala-se de um corpo pulsional separado <strong>da</strong> carne, quando tratamos de fenômenos<br />
psicossomáticos. A lesão psicossomática ‘psoríase’, por exemplo, é espécie de marcação no corpo,<br />
uma tatuagem que dá carne a esse órgão irreal de lamela que é a libido.<br />
Sabemos que inúmeros estudiosos, há tempos vêm discorrendo sobre a importância do significado <strong>da</strong>s<br />
doenças, como ressalta Viktor Frankel; “O ‘desejo de sentido’ encontra-se na vi<strong>da</strong>. Se o sentido <strong>da</strong><br />
interpretação dá-se a conhecer, a doença é combati<strong>da</strong> com maior eficácia”.<br />
O corpo é palco de acontecimentos desconhecidos <strong>da</strong> alma, ou, segundo o escritor Peter Altenberg: “A<br />
doença é o grito de uma alma agredi<strong>da</strong>”. Portanto, trata-se de descobrir o que a agride, e para tanto o<br />
corpo oferece as indicações necessárias. O corpo pode ser alcançado à condição de palco no qual<br />
encontramos representa<strong>da</strong> a nossa tarefa de crescimento e aprendizado. O meio de expressão do corpo<br />
é a linguagem simbólica, do modo como a encontramos em todos os mitos e tradições religiosas, nas<br />
ilustrações de len<strong>da</strong>s e contos de fa<strong>da</strong>s e, naturalmente, nesse veículo simples e direto que é a<br />
linguagem corrente. Deve-se sempre buscar o significado <strong>da</strong> região afeta<strong>da</strong>, e lá se informar sobre o<br />
significado simbólico do ambiente do problema. O órgão afetado, sua simbologia e função, e desse<br />
modo ao plano <strong>da</strong> incidência do problema. A interpretação cui<strong>da</strong>dosa do que esta transcorrendo com o<br />
ser psicossomático é imprescindível, para viabilizar um tratamento pertinente a produzir insights no<br />
sujeito doente, ele próprio querer curar-se com aju<strong>da</strong> psicoterapica, e a prevenção de reedições de<br />
lesões em órgãos ou sistemas seja plenamente possível.<br />
Atualmente a literatura psicossomática psicanalítica tem procurado mostrar uma nova<br />
concepção do adoecer e do gerar saúde: a concepção psicossomática holística.<br />
ABORDAGEM NO TRATAMENTO DO SUJEITO ‘ DOENTE’ PSICOSSOMÁTICO<br />
Quando estamos diante de um sujeito psicossomático, devemos estar cônscios de que este homem é<br />
um ser total, corpo ‘soma’, alma ‘psyque’ e mente indissolúveis.<br />
O trabalho de investigação psicanalítica do fenômeno psicossomático consiste primeiramente que o<br />
investigador se aproprie de um conjunto de instrumentos que o orientem o pensamento e a ação dele<br />
psicanalista interessado em desejar compreender esse fenômeno ‘a psoríase’, ou outros como as<br />
úlceras, as retocolítes, ou a asma, formas de manifestação somática do sujeito ‘doente’ psicossomático<br />
no setting de trabalho, seja na clinica priva<strong>da</strong>, ou num ambulatório <strong>da</strong> rede pública. O fun<strong>da</strong>mental<br />
nesse trabalho é saber ouvir e ain<strong>da</strong> in<strong>da</strong>gar. É preciso praticar uma escuta especial, bem distinta <strong>da</strong><br />
prática médica contemporânea. Ao ouvir a história do sujeito ‘doente’, durante a escuta analítica deve<br />
o analista estar atento ao comportamento, expressões de sentimentos, expressão corporal, o que ele<br />
verbaliza, o que esconde, o que prioriza, o tom de voz, atos falhos, xister, fantasias, medos.<br />
Seja qual for à natureza <strong>da</strong> queixa ou do sofrimento envolvido, a consulta psicossomática consiste na<br />
escuta atenta <strong>da</strong> queixa “orgânica”, como primeira expressão de um conjunto muitíssimo mais amplo<br />
de expressões e significações, na tentativa de remeter aqueles sofrimentos à totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> existência do<br />
sujeito, fun<strong>da</strong>mentalmente, à sua condição de ser humano que sofre, e que pode e sabe falar de seus<br />
sofrimentos.<br />
Portanto em psicossomática a queixa constitui-se como uma deman<strong>da</strong> de investigação que se inicia<br />
quase que obrigatoriamente pelo sintoma que o sujeito ‘paciente’ apresenta e, deste vai em direção à<br />
estrutura inconsciente que o sobredetermina.<br />
133
Esse trabalho consiste em sessões psicoterápicas individuais, orienta<strong>da</strong>s para a investigação <strong>da</strong>s<br />
incidências dos conflitos psíquicos sobre os processos ou funções corporais que tenham se constituído<br />
em sintomas psicossomáticos. O método utilizado não se distingue do método analítico clássico,<br />
consiste na escuta e leitura dos sintomas com o paciente adotando a livre associação, em busca do<br />
sentido de seus sintomas e <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de imanente a seus sofrimentos. O fluxo <strong>da</strong>s sessões transcorrem<br />
pelas associações livres e pela transferência, desta forma transcorre o trabalho e o sujeito ‘doente’vai<br />
gra<strong>da</strong>tivamente chegando ao insight e a possibili<strong>da</strong>de de passar a viver a vi<strong>da</strong> com mais digni<strong>da</strong>de.<br />
O objeto próprio <strong>da</strong> investigação psicossomática é o sofrimento do sujeito, especificamente na forma<br />
de sintomas que ele apresenta, estes são os motivos deste buscar aju<strong>da</strong> do profissional. Os sintomas,<br />
quando relatados na consulta psicossomática, deixam de ser os fatos físicos, para serem o discurso que<br />
os anuncia. A prática psicossomática faz-se psicanalítica: o sintoma é o fruto do sujeito, pertence a ele,<br />
é biográfico.<br />
Não <strong>da</strong>ria um roteiro para se obter uma história do sujeito psicossomático, mas considero<br />
importantíssimo é investigar quais são as representações do indivíduo: como o psicossomático encara a<br />
sua história, seus projetos, seus erros/ equívocos, seus acertos, seu sucesso e seus fracassos? Como<br />
concebe seu destino? Como encara seus vínculos? Como é a sua vi<strong>da</strong> conjugal e familiar? E sua vi<strong>da</strong><br />
sexual? Que representações ele ou ela tem sobre seu próprio corpo? Como vê as diferentes funções?<br />
Quais são os significados que atribui ao comer, ao dormir, ao ato de excretar, ao prazer e à dor? Como<br />
vê as diferentes partes de seu corpo, qual é a relação imaginária que tem com seus diferentes órgãos,<br />
em especial aquele(s) afetado(s) hoje? Como se estrutura sua imagem corporal? Qual é a construção<br />
interna do seu ‘estar doente’. A doença e a saúde, que representações pessoais e familiares tem? O que<br />
significa a per<strong>da</strong> ou restrição <strong>da</strong>s diferentes capaci<strong>da</strong>des? Amor, trabalhar, se relacionar, se locomover,<br />
ter independência? Quem é assim, sofre, ou sofreu <strong>da</strong> doença?<br />
Outra questão relevante é pesquisar junto ao sujeito ‘paciente’ psicossomático quanto ao seu<br />
tratamento. Que idéias e fantasias ele tem em relação á medicina, à psicanálise, e a terapia holística? A<br />
que tratamentos já se submeteu? Com que resultados?Qual foi a sua experiência com diferentes formas<br />
em que se manejaram o fenômeno psicossomático?Quais são seus temores e expectativas associa<strong>da</strong>s<br />
ao lugar, tempo e forma do trabalho terapêutico ou psicoterapêutico que recorreu?<br />
O trabalho psicoterapêutico consiste fun<strong>da</strong>mentalmente em auxiliar o sujeito a investigar a si mesmo,<br />
através do discurso que produz, no interior de uma relação transferencial. Olhar para seus próprios<br />
funcionamentos mentais, fantasmáticos, corporais; aprende a reconhecer suas expressões, apropriar-se<br />
de si mesmo. Traduzir-se, aprendendo a linguagem de seus sintomas, a linguagem que seu corpo<br />
inventa para expressar o seu viver.<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
O psicoterapeuta tem que ter consciência que o que esta em jogo é o ser humano total que sofre os<br />
seus sintomas, encontra-se em desequilíbrio biopsicosocial, encontra-se desarmônico, em conflito, mas<br />
o ser pode falar, como sujeito humano, e com a elaboração psíquica de sua história tornar-se capaz de<br />
reescrevê-la. O sujeito psicossomático é autor de sua própria história, o responsável primeiro e<br />
último por aquilo que faz <strong>da</strong>quilo que é. É desta forma que ele pode curar-se, adotando formas<br />
melhores de elaborar seu sofrimento e conduzir suas relações com a família, a vi<strong>da</strong> profissional<br />
inserido em seu contexto sociocultural com mais harmonia. O sujeito autoconsciente <strong>da</strong> importância de<br />
utilizar todos os conhecimentos e meios disponíveis para mu<strong>da</strong>r e reestruturar seu estilo de viver,<br />
resgatar sua auto-estima, sua energia vital “bio-energia humana’ e atingir seu nível de equilíbrio<br />
biofisicopsicoespiritual-social, enfim realizar seu projeto de valorização <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> (ecologia humana).<br />
Acredito que ser ético e a busca <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de no trabalho psicanalítico auxilia o sujeito psicossomático a<br />
curar-se, e ser feliz.<br />
Elizabeth Remor Krowczuk*<br />
134
* Dra. Filosofia e Ciências <strong>da</strong> Educação, em Toxicologia,Universi<strong>da</strong>de Santiago de Compostela<br />
(USC) Espanha. Profa. Adjunto, Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise e Educação <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Psicanalista Clinico e Di<strong>da</strong>ta,<br />
Neuropsiquiatria, Sanitarista, Centro Integrado de Psicanálise -RS. Pesquisadora Grupo<br />
Interdisciplinar sobre Drogas e Novas Adições de Madri-Espanha. Profa. Pesquisadora PG –<br />
Drogodependencias, Dep.Metodos de Investigación e Diagnóstico en Educación <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de<br />
Santiago de Compostela, Espanha. Membro do Conselho Cientifico RE-CREART Revista<br />
Internacional do Grupo IACAT Compostela,Espanha.<br />
ANEXO 8<br />
ESTÉTICA VIBRACIONAL<br />
UM PROCESSO MULTIDIMENSIONAL DE AMPLIAÇÃO DE CONSCIÊNCIA<br />
Nas últimas três déca<strong>da</strong>s a comuni<strong>da</strong>de científica mundial avança em direção a uma crítica à ciência<br />
moderna. A chama<strong>da</strong> tendência pós-estruturalista problematiza o conhecimento científico, que se<br />
orienta pela preocupação de se constituir como sistema formal, a crítica que ao assim fazer, a ciência<br />
trata a natureza, a socie<strong>da</strong>de e a cultura como fenômenos regulares e universais. Surge assim, um novo<br />
modelo de interpretação <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de.<br />
Os estudos em Física e em Neurologia, conforme Goswami(1998) e Damásio(2000), através de David<br />
Bohm e Karl Pribam, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Londres e Stanford, respectivamente, antecedidos pela<br />
contribuição <strong>da</strong> Física Quântica e <strong>da</strong> Teoria <strong>da</strong> Relativi<strong>da</strong>de, abarcam na ciência, temáticas<br />
considera<strong>da</strong>s não científicas, até então, bem como, à inserção de novos métodos de pesquisa e de<br />
novos instrumentos de medi<strong>da</strong>, que possibilitam, numa abor<strong>da</strong>gem experimental, experiências<br />
paranormais como temas de pesquisa. Caso, por exemplo, <strong>da</strong> transcomunicação que se utiliza <strong>da</strong><br />
Engenharia Eletrônica e <strong>da</strong> bioeletrografia, em fase de reconhecimento, que usa a máquina Kirlian<br />
como instrumento de aferição de campos bioenergéticos.<br />
O sobrenatural pode aparecer, agora, como parte <strong>da</strong> natureza e dos processos históricos e culturais.<br />
Entre os novos temas científicos, os fenômenos paranormais, incluídos na temática <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong><br />
consciência, passam a ser entendidos como fenômenos normais. Wilber (1992) afirma que nossos<br />
cérebros constroem matematicamente a reali<strong>da</strong>de concreta, interpretando freqüências provenientes de<br />
outras dimensões, um domínio de reali<strong>da</strong>de primária, significativa, que transcende o tempo e o espaço.<br />
O que surge é uma mu<strong>da</strong>nça de mentali<strong>da</strong>de que abarca to<strong>da</strong> a ciência.<br />
De maneira especial, esses autores afirmam que a paranormali<strong>da</strong>de é ignora<strong>da</strong> porque fere as bases do<br />
conhecimento hegemônico. A nova mentali<strong>da</strong>de compromete a ciência com a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de<br />
todo o universo. A indissociabili<strong>da</strong>de sujeito-objeto e a relação complementar partícula-on<strong>da</strong> permitem<br />
ver o mundo como um sistema dinâmico, auto-regulável e interconectado. Esta nova visão de mundo<br />
acaba por instaurar a crise <strong>da</strong> fragmentação e <strong>da</strong> neutrali<strong>da</strong>de. A idéia passa a ser de uma ecologia<br />
profun<strong>da</strong>, sendo que tudo no cosmos está relacionado e to<strong>da</strong> a ação provoca uma reação. Logo, na<br />
indissociabili<strong>da</strong>de partícula-on<strong>da</strong> e tempo-espaço, o que fizermos a qualquer elemento do universo<br />
estaremos fazendo a nós mesmos. Reduz-se, assim, a perspectiva analítica todo-partes e surge a<br />
perspectiva HOLON – o todo está nas partes e as partes estão no todo.<br />
No que diz respeito à transformação pessoal, experiências profun<strong>da</strong>mente transformadoras podem ser<br />
decorrentes de processos de sintonização com padrões de energia altamente “sutis”. O termo<br />
transcendência pode vir a evidenciar-se como uma descrição desse estado. Transcendência é, assim,<br />
um princípio que se evidencia pelo processo evolutivo, que é, pois, imanente-transcendente,<br />
profun<strong>da</strong>mente comprometido com o aqui e agora, logo com o sensível.<br />
A Estética Vibracional com esta abor<strong>da</strong>gem que envolve o sensível, surge no ano de 2002, na linha de<br />
pesquisa Estudos Semióticos <strong>da</strong> Natureza e <strong>da</strong> Cultura – no Programa de Pós – Graduação em<br />
Educação, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio Grande do Sul. Integra-se ao grupo Movimento pela<br />
135
Transcendência através do Sensível do NIETE (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Transdisciplinares<br />
sobre Espirituali<strong>da</strong>de).<br />
A Estética Vibracional movimenta-se no campo <strong>da</strong>s teorias do conhecimento <strong>da</strong>s Artes, sendo<br />
construí<strong>da</strong> pelo princípio <strong>da</strong> Religação dos Saberes (Morin, 2002) envolvendo distintas áreas do<br />
conhecimento, indo <strong>da</strong> Física Quântica e <strong>da</strong> Neurociência, à Psicologia Integral, <strong>da</strong> Filosofia<br />
(fenomenologia) à Semiótica. Insere-se na proposta epistemológica dos “Paradigmas Emergentes”,<br />
organizados a partir de conceitos nucleares de complexi<strong>da</strong>de, complementarie<strong>da</strong>de, partícula-on<strong>da</strong>,<br />
rede, estrutura-processo, estruturas dissipativas, indissociabili<strong>da</strong>de espaço-tempo – possíveis devido<br />
aos avanços <strong>da</strong> Física Quântica, <strong>da</strong> Neurologia, <strong>da</strong> Biologia, <strong>da</strong> Química, <strong>da</strong>s Ciências <strong>da</strong> Linguagem e<br />
outras.<br />
Na abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> pesquisa Estética Vibracional - Um Processo Multidimensional de Ampliação de<br />
Consciência, a busca de entendimento do mundo, do universo visível e invisível é assumido pela<br />
fenomenologia-hermenêutica. O que exige propor a relação entre o pensamento e a experiência,<br />
através de um movimento que envolve reversibili<strong>da</strong>de entre sensível e inteligível.<br />
A Estética Vibracional se fun<strong>da</strong>menta a partir dos seguintes conceitos: Consciência, Contínuo e<br />
Descontínuo, Experiência Estética e Imaginação Simbólica. Constitui-se a partir <strong>da</strong> compreensão dos<br />
Campos Vibracionais (Campos sutis, bioenergéticos) e dos Campos Híbridos (Campo de Energia<br />
Humana em interação com o Campo de Energia Cósmica).<br />
A proposta deste trabalho é a conexão entre a Ciência e a Espirituali<strong>da</strong>de, na relação do conhecimento<br />
do Ocidente com o Oriente. Assim, a espirituali<strong>da</strong>de se dá na abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> ciência, e o que se busca é<br />
o que chamo de Estética Biocósmica, através <strong>da</strong> Educação Transdisciplinar. O Sujeito Estésico (aquele<br />
que sente) a partir <strong>da</strong> Experiência Estética, experimenta<strong>da</strong> em Vivência Consciencial tem a<br />
possibili<strong>da</strong>de de ultrapassar to<strong>da</strong> duali<strong>da</strong>de, encontrar a Uni<strong>da</strong>de, a Totali<strong>da</strong>de, tornando-se um Ser<br />
Cósmico (Ser Integral).<br />
As instituições educacionais-culturais: universi<strong>da</strong>des, escolas e centros culturais, interrelacionados<br />
como espaços de vivências e as múltiplas Experiências Estéticas, permeiam o processo<br />
multidimensional de ampliação de consciência. A Estética Vibracional tem por objetivo, proporcionar<br />
Experiências Estéticas em vivencias conscienciais nos espaços educacionais-culturais, de forma que as<br />
vivências estejam basea<strong>da</strong>s numa abor<strong>da</strong>gem inter e transdisciplinar, visando um ser humano<br />
multidimensional, social, cósmico e uma ética biocósmica.<br />
O trabalho se volta à formação de professores e parte <strong>da</strong> Experiência Estética de dez pessoas no<br />
Seminário Vivencial l, realizado num período de três meses, na Facul<strong>da</strong>de de Educação <strong>da</strong> UFRGS.<br />
Ultrapassando as fronteiras <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de, se encaminha à educação continua<strong>da</strong>, à formação de<br />
terapeutas, profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saúde, <strong>da</strong>s artes e demais interessados.<br />
ESTÉTICA, EDUCAÇÃO E ESPIRITUALIDADE NO TE<strong>RCE</strong>IRO MILÊNIO<br />
O momento planetário em que vivemos nos dá oportuni<strong>da</strong>de de entrarmos em contato com todo<br />
universo de informações, oriun<strong>da</strong>s de diversas fontes indicando caminhos, fazendo aflorar significados<br />
muitas vezes não produzidos ain<strong>da</strong> pela consciência, ou quem sabe anestesiados pela cotidiani<strong>da</strong>de. O<br />
processo de transformação pelo qual passa nossa civilização tem sua complexi<strong>da</strong>de compreendi<strong>da</strong><br />
também pela globalização (técnica, econômica enquanto prática desigual e segregacionista). Nesse<br />
momento é importante o resgate <strong>da</strong> multidimensionali<strong>da</strong>de do ser humano, assim como, estabelecer<br />
novos parâmetros, criar novas perspectivas de vi<strong>da</strong>, perceber de modo mais amplo a reali<strong>da</strong>de,<br />
partindo <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong>de que cerca o universo biocósmico.<br />
Essa visão mais complexa de reali<strong>da</strong>de consiste em ultrapassar to<strong>da</strong> duali<strong>da</strong>de mediante uma vivência<br />
multidimensional. Para tanto, pressupõe-se uma perspectiva holográfica entre o local e o universal,<br />
perspectiva fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> na expressão – o todo está nas partes e as partes estão no todo. Isso implica<br />
que todos os seres estejam em estado de interconexão, interinfluenciação, concepção que certamente<br />
não se confunde com o processo desagregador de globalização pelo qual passa nossa civilização.<br />
A reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><strong>da</strong> por uma abor<strong>da</strong>gem multidimensional de ser humano, de natureza, de cultura e de<br />
ciência, é dinâmica, compreendi<strong>da</strong> como um sistema onde a relação, do sujeito com o mundo é de<br />
totali<strong>da</strong>de. Nesta perspectiva, o indivíduo existe num inter-relacionamento e interdependência dentre<br />
136
todos os componentes do sistema, porém, a proprie<strong>da</strong>de de tal sistema não é igual à soma de seus<br />
componentes. O observador vai influenciar o objeto observado, e o objeto influenciar o observador, vai<br />
existir, portanto, uma inter-relação e interdependência de todos os fenômenos: físicos, biológicos,<br />
psicológicos, sociais e culturais.<br />
Capra (1983), diz que a física passa <strong>da</strong>s limitações de uma ótica de mundo absoluta, mecanicista e<br />
revela-se com uma nova visão, onde o universo deixa de ser visto como uma máquina e se adota uma<br />
visão orgânica, ecológica. A matéria-base para to<strong>da</strong> existência, o mundo material <strong>da</strong>do por objetos<br />
separados, ganha um novo conceito não reducionista que se apresenta como um todo harmonioso e<br />
indivisível como uma rede, um complexo interado, uma teia de relações dinâmicas, no qual o<br />
observador e sua consciência são incluídos de um modo indissociável. Assim, a física quântica e a<br />
teoria <strong>da</strong> relativi<strong>da</strong>de revelam à física moderna que não existe e nem pode existir a objetivi<strong>da</strong>de<br />
“pura”, que o pensamento científico não tem que ser necessariamente reducionista e mecanicista e que<br />
as concepções multidimensionais e multirelacionais, logo, ecológicas, são também, cientificamente<br />
váli<strong>da</strong>s.<br />
É importante que se perceba que a concepção de mundo aqui trata<strong>da</strong>, não desconsidera outras formas<br />
de abor<strong>da</strong>gens e reali<strong>da</strong>des, assim como, não pretende esgotar-se em si, até porque traz uma visão de<br />
mundo que ain<strong>da</strong> está se estabelecendo. A teoria <strong>da</strong> relativi<strong>da</strong>de, com a introdução de novas<br />
concepções de reali<strong>da</strong>de traz também a idéia de que um corpo, enquanto matéria densa (massa,<br />
agregado de átomos), não pode continuar desempenhando o papel determinante na ciência, já que<br />
existem conexões.<br />
O corpo é a mediação do ser no mundo, ou seja, o ser se manifesta no mundo através do corpo; há que<br />
se considerar, portanto, a manifestação deste como energia que pulsa, se manifesta, surge como<br />
presença, expressão, num universo de relações. Esta maneira de perceber e sentir o corpo determina o<br />
grau de consciência que ca<strong>da</strong> um consegue imprimir nas ativi<strong>da</strong>des que desempenha, interligando-se<br />
com o micro e o macrocosmo. O corpo não é somente uma construção social resultante de um processo<br />
histórico, de condicionamentos pessoais, sociais e culturais aos quais está imerso, mas revela a uni<strong>da</strong>de<br />
complexa que é o humano, o qual sofre influências de várias instâncias e dimensões.<br />
O olhar aqui proposto é certamente o de pensarmos o corpo para além de um amontoado de átomos, de<br />
uma matéria densa, pois é massa que tal como a luz, vibra numa determina<strong>da</strong> freqüência, ou<br />
freqüências, porque também é energia que se manifesta como presença, como expressão na<br />
Experiência Estética, é este corpo que chamo de Corpo Vibracional neste trabalho.<br />
A Experiência Estética assume um significado cultural, na medi<strong>da</strong> em que ultrapassa a idéia de arte<br />
enquanto disciplina calca<strong>da</strong> na mera manipulação de materiais. A arte, nesta ótica, não é uma<br />
epistemologia, nem uma linguagem que procura a formalização e o enquadramento<br />
unidimensionalizando as diferentes dimensões <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, pelo contrário, se distancia de uma arte<br />
vazia de sentido, enquanto espaço fechado em si mesmo e engaja<strong>da</strong> com a reprodutibili<strong>da</strong>de técnica.<br />
Neste patamar, a arte já não assume o papel de signo de distinção social aceita e consagra<strong>da</strong> pelas<br />
instâncias hegemônicas do sistema globalizante, que a considera como um valor mercantil, midiático a<br />
promover um consenso no nível simbólico.<br />
Conforme Duarte Jr.(2001) o mundo antes de ser tomado como matéria inteligível, surge a nós como<br />
objeto sensível, sendo o sensível o que pode ser percebido pelos sentidos. O “sensível” é objeto<br />
próprio do conhecimento sensível, assim como o “inteligível” é o objeto próprio do conhecimento<br />
inteligível. Segundo o autor, o importante é que o saber sensível e o conhecimento intelectivo se<br />
complementem.<br />
A educação aqui, se volta ao sensível, ao sentido <strong>da</strong> estética, <strong>da</strong> “aisthesis” que em grego indica a<br />
capaci<strong>da</strong>de primordial do ser humano de sentir a si próprio e ao mundo num todo integrado,<br />
relacionado. A “aisthesis” de acordo com Duarte Jr.(2001) restitui o conhecimento intuitivo, os seus<br />
direitos, contra o privilégio tradicionalmente concedido ao conhecimento conceitual. A “aisthesis” nos<br />
permite resgatar o conhecimento <strong>da</strong>do pela imaginação simbólica, que até então ficou de lado<br />
enquanto forma de conhecimento.<br />
Maffesoli(1996) afirma que a estética deve ser entendi<strong>da</strong> como simbolismo e lógica comunicacional,<br />
que pressupõe uma conjunção entre as partes até então separa<strong>da</strong>s. Numa perspectiva simbólica as<br />
137
elações inserem-se no enfoque ecológico, de responsabili<strong>da</strong>de e interlocução, onde campos<br />
vibratórios e energéticos tomam parte nas interações físicas, já que o ser humano é feito de matérias<br />
densas e sutis.<br />
A estética além de simbolismo é lógica comunicacional que nos faz “sentir juntos”, vibrar,<br />
experimentar coletivamente, trocar com o outro, afetar e deixar-nos afetar. Além disso, é permitir-se e<br />
dedicar-se ao desenvolvimento e refinamento dos sentidos, que nos colocam diante do mundo, e nos<br />
possibilitam tanto receber quanto emanar vibrações.<br />
Maffesoli(1996) diz que a estética é um compartilhamento, um “imperativo vital” em que mesmo na<br />
ordem epistemológica, a razão é invadi<strong>da</strong> pela imaginação; assim, pensamento e sentimentos atuam<br />
juntos. O inteligível e o sensível se complementam, e o que importa é o presente eterno, o do mito e o<br />
do simbolismo – sinergia que abor<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong>de ou surreali<strong>da</strong>de como símbolo vivo. A estética pode<br />
ser entendi<strong>da</strong> como a facul<strong>da</strong>de de sentir em comum, uma vez que conforme Kant(1929) já não nos<br />
atemos ao objeto estético como tal, mas ao processo que nos faz admirar, contemplar as coisas.<br />
Pela via <strong>da</strong> estética, podemos entender a arte não apenas como uma racionali<strong>da</strong>de abstrata, mas um<br />
fato existencial, uma conjunção total que apreende o objeto estético de corpo inteiro. Entender a<br />
estética como “Estesia” que rompe com a “anestesia” do dia-a-dia, nos possibilitando o<br />
reencantamento do mundo, onde a arte penetra a vi<strong>da</strong> e a vi<strong>da</strong> a arte - nesse sentido a vi<strong>da</strong> passa a ser<br />
uma obra de arte. Além disso, esse “sentir com”, se constitui em fator de politização, além de<br />
componente ético de formação do indivíduo; concepção que vincula a corporali<strong>da</strong>de e as interações<br />
com a natureza e a cultura.<br />
À educação cabe transcender as atuais fronteiras disciplinares e conceituais, de forma que, nenhuma<br />
teoria ou modelo seja mais importante do que outro, pois ca<strong>da</strong> situação pode requerer um método<br />
diferenciado e, ain<strong>da</strong> assim, todos eles podem ser compatíveis. A educação ao transcender as barreiras<br />
disciplinares se volta ao sensível, assim vai pela via <strong>da</strong> transdisciplinari<strong>da</strong>de(Nicolescu,2001), pois<br />
está entre, através e para além de qualquer disciplina na busca do Ser Integral. O importante é ir além<br />
<strong>da</strong>s distinções disciplinares convencionais, qualquer que seja a linguagem adequa<strong>da</strong> para descrever<br />
diferentes aspectos <strong>da</strong>s múltiplas reali<strong>da</strong>des inter-relaciona<strong>da</strong>s.<br />
A espirituali<strong>da</strong>de nos remete à ampliação de consciência para uma abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, onde se<br />
passa de uma visão antropocêntrica à visão biocósmica, o que requer mu<strong>da</strong>nças do ser interno (autotransformação)<br />
ao mundo externo. Da ótica de uma ecologia rasa (visão de mundo alicerça<strong>da</strong> em<br />
valores antropocêntricos) à ecologia profun<strong>da</strong>. Conforme Capra, reconhecendo a interdependência<br />
fun<strong>da</strong>mental de todos os fenômenos, o observador percebe a conexi<strong>da</strong>de com o observado e com todo<br />
o cosmos, torna-se evidente que esta percepção é espiritual em sua essência mais profun<strong>da</strong>.<br />
As artes enquanto produtoras de conhecimento e estéticas, atravessa<strong>da</strong>s por essa dinâmica e inseri<strong>da</strong>s<br />
dentro desse contexto histórico-cultural complexo, procuram formas de expressão que potencializem<br />
humanamente o processo. A estética, a educação e a espirituali<strong>da</strong>de tornam-se possibili<strong>da</strong>des de<br />
transcendência pelo sensível, onde a emergência do sagrado pelo reencantamento do viver passa a ser<br />
experimentado pelas vivências estéticas, o que equivale a dizer, corporais e simbólicas (mitos e ritos).<br />
A abor<strong>da</strong>gem multidimensional coloca que somos capazes de transcendência e flexibili<strong>da</strong>de, que são<br />
poderes latentes. A palavra chave nessa abor<strong>da</strong>gem, dentro <strong>da</strong> concepção pe<strong>da</strong>gógica, é<br />
“autoconhecimento” enquanto crença no potencial humano, onde a evolução é constante e permanente<br />
na busca <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong> consciência, que começa com o processo de auto-transformação , trabalho<br />
sobre si, para a expressão fora de si, de maneira que o amor seja a mola mestra <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, pois amar é<br />
conhecer, não sendo possível conhecer sem amar.<br />
A aprendizagem e a educação ocorrem o tempo todo nas interações, na dialógica, na amorosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />
relações, na compreensão mútua, na soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, nas atitudes de afetar e deixar-se afetar. De acordo<br />
com Maturana(1999), a educação vai ocorrer o tempo todo no convívio com o outro; de maneira<br />
recíproca, ocorre uma transformação estrutural, contingente com uma história no conviver e na troca<br />
afetiva.<br />
A Estética Vibracional pressupõe, portanto, uma concepção de educação com um enfoque<br />
epistemológico; em função <strong>da</strong> indissociabili<strong>da</strong>de existência-conhecimento, e outro existencial;<br />
138
enquanto uma <strong>da</strong>s dimensões do sensível. Algumas idéias como a consciência em expansão, a<br />
multidimensionali<strong>da</strong>de e a ecologia profun<strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentam esta concepção de educação.<br />
A Consciência em Expansão – Se volta ao entendimento de que os fatos <strong>da</strong> mente são de natureza<br />
energética, envolvendo intuição, sensações, percepção, sentimentos e pensamento em interconexão<br />
com o universo. A perspectiva social e cultural surge como responsabili<strong>da</strong>de pelo ambiente do qual<br />
fazemos parte junto com os demais seres do universo, em permanente processo de interinfluenciação.<br />
A Multidimensionali<strong>da</strong>de – Nos remete a uma dimensão energética de ordem vibracional, de natureza<br />
contínua e sutil, enquanto sua manifestação é <strong>da</strong> ordem do plano <strong>da</strong>s formas materiais, logo<br />
descontínua e fragmenta<strong>da</strong>, mas junto a esse descontínuo está o contínuo, por isso holográfico ou<br />
multidimensional. Manifesta-se como descontínuo, mas sua apreensão é através do resgate <strong>da</strong> on<strong>da</strong><br />
que todo descontínuo manifesta, logo, envolve instâncias de reali<strong>da</strong>de que vão dos níveis mais sutis,<br />
como a mente, o espírito e a consciência. A criação <strong>da</strong> mente com os elementos do entorno vibratório<br />
onde se coloca a partir de diferentes estados de ser, como é o caso dos vórtices energéticos (chácras),<br />
até o corpo mais denso(corpo físico).<br />
A Ecologia Profun<strong>da</strong> – a que se refere Capra(1997) e outros autores, reconhece a interdependência<br />
fun<strong>da</strong>mental de todos os fenômenos, o observador percebe a conexi<strong>da</strong>de com o observado e com todo<br />
o cosmos. A Ecologia Profun<strong>da</strong> é desdobra<strong>da</strong> em ecologia interior, social e planetária. O enfoque aí se<br />
desloca de uma concepção antropocêntrica, para uma concepção cósmica.<br />
VALQUÍRIA PEZZI PARODE<br />
Doutoran<strong>da</strong> na Facul<strong>da</strong>de de Educação (PUCRS)<br />
Mestre em Educação (UFRGS)<br />
<strong>Especial</strong>ista em Educação de Jovens e Adultos (UFRGS)<br />
Bacharel em Artes Plásticas (UFRGS)<br />
Licencia<strong>da</strong> em Ciências Sociais (UFRGS)<br />
Terapeuta Multidimensional e pesquisadora na área <strong>da</strong> Arte, Educação, Espirituali<strong>da</strong>de, Ciências<br />
Humanas e Sociais.<br />
ANEXO 9<br />
BIOENERGIA E TERAPIA REICHIANA<br />
Wilhelm Reich nasceu no dia 24 de março de 1897 na Áustria, em 1946 naturalizou-se norteamericano.<br />
Por volta de 1920 através de uma série de pesquisas começou a aprofun<strong>da</strong>r o estudo <strong>da</strong> Psicanálise e <strong>da</strong><br />
Psicologia unindo conhecimentos <strong>da</strong> Fisiologia à Sociologia.<br />
Reich verificou que em nosso organismo existe uma energia específica à qual chamou de <strong>Bioenergia</strong><br />
ou Orgone.<br />
Ele designou sete pontos de bloqueios energéticos, os quais chamou de couraças, que são mecanismos<br />
de contenção <strong>da</strong>s emoções. Essas couraças estão ordena<strong>da</strong>s em segmentos que são: olhos, boca,<br />
pescoço, tórax, diafragma, barriga e pélvis.<br />
Sabemos que desde o nascimento vão sendo armazena<strong>da</strong>s na nossa memória as experiências vivi<strong>da</strong>s. O<br />
relacionamento mãe e filho, a troca de olhares entre os dois, influencia o modo como o mundo e a vi<strong>da</strong><br />
serão encarados. Dessa forma, temos que olhares receptivos influenciam positivamente, ao passo que<br />
olhares hostis negativamente.<br />
Ao longo do nosso desenvolvimento, experienciamos situações de choques emocionais, traumas,<br />
sustos, proibições que limitam o relacionamento humano nos levando a reprimir sentimentos pelo<br />
medo de não sermos aceitos. Cria-se dentro de nós uma duali<strong>da</strong>de que gera medos, angústias e culpas.<br />
Trabalhando através de exercícios corporais e vivências a Terapia Reichiana aju<strong>da</strong> a restabelecer o<br />
fluxo energético afrouxando as couraças, trazendo mais contato com as emoções e a possibili<strong>da</strong>de de<br />
sermos mais criativos, espontâneos e felizes.<br />
139
Maria Beatriz Paetzel<br />
Terapeuta Reichiana<br />
ANEXO 10<br />
TERAPIA FLORAL<br />
A Terapia Floral é um tratamento que consiste em usar as vibrações existentes nas flores para<br />
proporcionar um equilíbrio, tanto no nível emocional quanto no físico, trazendo bem-estar e quali<strong>da</strong>de<br />
de vi<strong>da</strong> para as pessoas. Os florais tratam <strong>da</strong> alma, <strong>da</strong>s emoções e <strong>da</strong> harmonia interior, assim como<br />
também tratam do nosso lado sombra: os medos, a ansie<strong>da</strong>de, as angústias, a depressão, as tristezas, as<br />
mágoas, os apegos, a raiva, etc., e como hoje a medicina tradicional já admite que quase to<strong>da</strong>s as<br />
doenças físicas têm origem emocional, os florais podem ser um potente preventivo. Além disso, a<br />
Terapia Floral busca auxiliar o ser humano em seu caminho de autoconhecimento para que ele tenha<br />
consciência <strong>da</strong>s emoções e sentimentos que possam estar interferindo no seu desenvolvimento pessoal<br />
e na sua jorna<strong>da</strong> espiritual. Portanto, os florais resgatam a nossa força interior e as nossas virtudes,<br />
trazendo equilíbrio e aumentando nosso padrão vibratório. Dessa forma, esta terapia aju<strong>da</strong> o indivíduo<br />
a desenvolver atitudes e pensamentos mais saudáveis, criando uma harmonia nos estados mentais,<br />
emocionais e espirituais.<br />
Os Florais de Bach foram os pioneiros nesse método de tratamento através <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de usando as<br />
essências de flores silvestres. Essa terapia foi descoberta e desenvolvi<strong>da</strong> na Inglaterra por Dr. Edward<br />
Bach, cientista, bacteriologista e médico, que fez suas descobertas entre os anos de 1920 e 1930. São<br />
38 essências à base de flores e plantas prepara<strong>da</strong>s homeopaticamente usa<strong>da</strong>s para tratar aspectos<br />
diferentes em relação às emoções e sentimentos.<br />
O Dr. Bach viu que eram os estados emocionais que originavam as doenças ou as agravavam. Assim<br />
ele dedicou-se a identificar as plantas que melhoravam ou corrigiam esses estados de espírito de forma<br />
a levar a pessoa a sentir-se melhor para que assim seu corpo tivesse mais energia e capaci<strong>da</strong>de para<br />
combater a doença. Ele verificou que de na<strong>da</strong> adiantava tratar o corpo sem tratar os estados de espírito<br />
<strong>da</strong> pessoa. Para tratar o corpo torna-se necessário que a pessoa modifique o seu estado de espírito em<br />
relação à doença e em relação à vi<strong>da</strong>, pois a doença não é mais do que o resultado <strong>da</strong> maneira como a<br />
pessoa vê e aceita o mundo à sua volta. Assim as essências florais do Dr. Bach procuram melhorar os<br />
diversos estados de espírito e aju<strong>da</strong>m ver o mundo e to<strong>da</strong>s as suas manifestações de maneira mais<br />
positiva. Essas essências estimulam a capaci<strong>da</strong>de que o corpo possui para curar-se a si mesmo, através<br />
do equilíbrio <strong>da</strong>s sensações negativas auxiliando a pessoa a ter mais autocontrole, a sentir-se bem<br />
consigo mesma e a usufruir <strong>da</strong>quilo que a vi<strong>da</strong> lhe oferece de bom.<br />
Os florais atuam nos corpos suprafísicos (mental, emocional e etérico), purificando to<strong>da</strong> energia mal<br />
qualifica<strong>da</strong> que existe, evitando que esses bloqueios energéticos atinjam o corpo físico trazendo a<br />
doença. Por esse motivo, os florais são gotas divinas atuando como ver<strong>da</strong>deiro preventivo. Além disso,<br />
têm o poder de acalmar, de elevar o padrão vibratório, de purificar, de harmonizar e tornar as pessoas<br />
melhores em busca de seu equilíbrio emocional e <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>deira felici<strong>da</strong>de.<br />
Ao pingar uma essência floral sob a língua, o “campo de consciência” dessa essência entra em contato<br />
com a estrutura sutil <strong>da</strong> pessoa. As essências florais limpam, reequilibram, harmonizam e<br />
desbloqueiam todo o sistema energético sutil. Por exemplo, se uma pessoa se queixa de medo, uma<br />
essência floral que trata desse tema traz à consciência a virtude <strong>da</strong> coragem. A pessoa começa a<br />
identificar o que lhe traz medo e a entender como e por quê isso ocorre. A fase seguinte do efeito <strong>da</strong><br />
terapia floral é inicia<strong>da</strong> à medi<strong>da</strong> que a pessoa introduz uma mu<strong>da</strong>nça de padrões de pensamentos,<br />
respostas e atitudes. Essa nova consciência e as mu<strong>da</strong>nças realiza<strong>da</strong>s levam à conquista <strong>da</strong> coragem e<br />
<strong>da</strong> confiança que essa pessoa necessita para dissolver seus medos. Os florais vão atuar justamente nos<br />
corpos suprafísicos, purificando, limpando e transmutando as energias negativas e destrutivas<br />
contrárias à vontade do nosso Eu Superior. A atuação direta nos núcleos de consciência faz com que a<br />
nossa freqüência energética aumente e criamos um estado maior de equilíbrio e harmonia.<br />
140
Através <strong>da</strong> Psicossomática, ciência que tem como objeto os mecanismos de interação entre as<br />
dimensões mental e corporal <strong>da</strong> pessoa, descobriu-se que a doença se aloja primeiro nos corpos sutis<br />
antes de se manifestar no corpo físico. A manifestação física <strong>da</strong> doença é o último estágio de um<br />
processo desarmônico do etérico, mental ou emocional.<br />
Além disso, palavras, pensamentos e sentimentos negativos baixam o padrão vibratório de qualquer<br />
indivíduo, poluindo com isso todos os que nos rodeiam e também o ambiente. As Formas-pensamento<br />
ficam pairando nos lugares onde nos encontramos e, na maioria <strong>da</strong>s vezes, nos tornamos vítimas <strong>da</strong>s<br />
nossas próprias criações e emanações energéticas. Aqui entra a nossa interação corpo e mente. Os<br />
nossos pensamentos interferem diretamente na nossa saúde e aí que a Psicossomática se encaixa.<br />
Desven<strong>da</strong>r os mecanismos psíquicos que acabam desencadeando várias doenças está sendo um desafio<br />
tanto para os médicos como para os psicólogos. O reconhecimento dessa ciência pelos médicos está<br />
ampliando bastante o campo de investigação e procurando estabelecer uma relação de causa e efeito<br />
entre nossa mente e nosso corpo. Se pensarmos positivo, automaticamente vamos atrair essa energia<br />
para nós. E se fizermos ao contrário, vamos criar energias negativas e atrair somente vibrações de<br />
baixa freqüência. Por isso, somos responsáveis por tudo o que acontece em nossas vi<strong>da</strong>s, justamente<br />
por ter a escolha dos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações. No momento em que<br />
conseguimos compreender que somos aquilo que pensamos, temos a escolha de pensar negativo ou<br />
positivo. Tudo acontece através <strong>da</strong>s nossas criações mentais e isso é fun<strong>da</strong>mental num tratamento<br />
terapêutico, pois é a partir dessa consciência que começamos a gerar nossa cura em todos os níveis. A<br />
nossa mente abra portas para to<strong>da</strong>s as situações que queremos atrair e a ciência já está estu<strong>da</strong>ndo<br />
profun<strong>da</strong>mente essa questão.<br />
A Terapia Floral vai atuar na nossa consciência, trazendo a tona os processos que precisam ser<br />
trabalhados, liberados e reorganizados internamente. Apesar disso, o terapeuta precisa direcionar seu<br />
foco na quali<strong>da</strong>de dos pensamentos desse paciente / cliente, pois é através disso que se descobre a<br />
quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> dele. A mente do ser humano tem o poder de aumentar o sistema imunológico,<br />
aumentar a produção de serotonina, hormônio relacionado à sensação de bem-estar, e também a<br />
produção de endorfinas, que são substâncias que aliviam a dor.<br />
As essências florais agem através <strong>da</strong> energia vital <strong>da</strong>s flores e atuam através dos campos de energias<br />
do ser humano, influenciando o bem-estar mental, emocional e físico. Através <strong>da</strong> natureza que<br />
recebemos to<strong>da</strong> essa energia e força. Foi através <strong>da</strong> descoberta do Dr. Bach que ficou evidente que as<br />
flores tinham uma outra missão além de embelezar o Planeta, doar seu perfume e alimentar outros<br />
seres, pois ca<strong>da</strong> flor carrega uma ligação com determina<strong>da</strong> estrutura emocional humana. Portanto, os<br />
florais possuem um fator energético determinado ou uma quali<strong>da</strong>de que os seres humanos precisam<br />
desenvolver e trabalhar internamente.<br />
Os florais são coadjuvantes num tratamento médico, pois a função do terapeuta floral é tratar os fatores<br />
emocionais que levaram a pessoa a desenvolver alguma doença. Além disso, levam o ser humano ao<br />
caminho do autoconhecimento e na descoberta <strong>da</strong>s suas potenciali<strong>da</strong>des. Através disso, ele pode ter<br />
consciência do que deve ser mu<strong>da</strong>do em si mesmo e <strong>da</strong>s suas capaci<strong>da</strong>des para atingir uma harmonia<br />
interior.<br />
Enfim, a Terapia Floral tem como objetivo estimular o ser humano a se aprofun<strong>da</strong>r em si mesmo,<br />
buscando saúde e um equilíbrio nas suas emoções e sentimentos. Auxilia na ampliação <strong>da</strong> consciência,<br />
melhorando sua visão de mundo e sua integração com outros seres, eliminando sentimentos negativos<br />
e purificando a alma. Todos esses benefícios promovem um resgate <strong>da</strong>s virtudes e quali<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong><br />
um, desenvolvendo a nossa força interior, acor<strong>da</strong>ndo talentos e nos mostrando que somos plenamente<br />
responsáveis pela nossa vi<strong>da</strong>.<br />
Daniela Palacio Binato<br />
Licencia<strong>da</strong> em Letras – Unisinos – RS; Terapeuta Floral, Terapeuta Reikiana, Bioterapeuta,<br />
Practitioner em Neurolingüística, Massoterapeuta, Cromoterapeuta, Aromaterapeuta, Terapeuta<br />
Bioenergética.<br />
141
ANEXO 11<br />
A CURA DO SER MULTIDIMENSIONAL<br />
“O universo foi criado uma vez, mas nós nos criamos a ca<strong>da</strong> pensamento.”<br />
(Deepak Chopra)<br />
Ao longo de nossas vi<strong>da</strong>s nos tornamos extremamente dependentes de alternativas externas para curar<br />
nossas dores internas. No entanto, nesta busca incessante pela cura miraculosa percebemos que nosso<br />
corpo não é simplesmente uma complexa máquina biológica passível de conserto. Quantas vezes<br />
realizamos baterias de exames clínicos, tentando desven<strong>da</strong>r a causa de uma dor de cabeça crônica ou<br />
de um distúrbio digestivo recorrente. Quantas vezes falhamos na tentativa de detectar a origem de<br />
tanto desconforto físico e/ou emocional. Na reali<strong>da</strong>de, muitas perguntas permanecem sem resposta e<br />
muitas pessoas continuam a carregar o seu pesado fardo de problemas imaginários, mas nem por isso<br />
menos doloridos. Felizmente, o advento do paradigma holístico nos despertou a percepção de que o<br />
mundo exterior é, na reali<strong>da</strong>de, um reflexo de nosso mundo interior, espelhando nossa consciência,<br />
pensamentos, emoções e sentimentos.<br />
Este novo paradigma veio vali<strong>da</strong>r, por meio de estudos científicos, a sabedoria dos orientais que vê os<br />
seres humanos como um microcosmo dentro do macrocosmo. O princípio holográfico, desven<strong>da</strong>do<br />
pela física quântica, confirma que os seres humanos são mais do que a soma de um conjunto de<br />
substâncias químicas liga<strong>da</strong>s umas às outras. Os princípios que determinam o fluxo de energia através<br />
do universo são os mesmos que dinamizam o sistema energético humano, formando uma imensa teia<br />
dinâmica. Assim sendo, não somos partes separa<strong>da</strong>s de um todo. Somos um todo. Há uma sutil força<br />
vital que organiza a estrutura dos componentes moleculares dos seres vivos, criando uma sinergia<br />
responsável pela renovação e reconstrução de seus veículos celulares de expressão. Somente no<br />
momento <strong>da</strong> desintegração desta roupagem biológica transitória é que a força vital abandona esta rede<br />
sistêmica, restando apenas um conjunto desorganizado de substâncias químicas. (Richard Gerber,<br />
1988)<br />
Na ver<strong>da</strong>de, o processo de cura do ser multidimensional inicia com a compreensão de que a vi<strong>da</strong> nesta<br />
dimensão é uma oportuni<strong>da</strong>de de aprendizagem que engloba o relacionamento extremamente<br />
complexo do indivíduo consigo mesmo, com o outro e com o meio ambiente. Ser um organismo vivo<br />
integral e saudável implica na consciência do processo multidimensional. Este processo envolve o<br />
equilíbrio dinâmico entre sistemas energéticos que apresentam diferentes freqüências vibratórias. Ao<br />
reconhecermos, em nosso corpo físico, a manifestação de energias sutis decodifica<strong>da</strong>s de acordo com<br />
o grau de nossa evolução espiritual, torna-se possível a conexão com nosso sábio interior.<br />
Ao se manifestar neste abrigo biológico temporário <strong>da</strong> alma humana, nossa ver<strong>da</strong>deira essência foi<br />
encoberta e esqueci<strong>da</strong>. Nossa sabedoria interior foi soterra<strong>da</strong> pelos escombros causados pelos nossos<br />
instintos de sobrevivência e nossa necessi<strong>da</strong>de primordial de conforto e de prazer físico. Fomos<br />
criando bloqueios e couraças de ordem espiritual, mental, emocional e física no intuito de nos proteger<br />
de nossos medos e inseguranças. Nossa tendência a “reagir” ao invés de “agir” faz com que sejamos<br />
conduzidos por nossos instintos inferiores e pelos estímulos recebidos do meio ambiente, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />
e <strong>da</strong>s pessoas que nos rodeiam. Esta atitude torna ain<strong>da</strong> mais difícil a tarefa de administrar os aspectos<br />
negativos de nosso plano inferior.<br />
Contudo, ao nos responsabilizarmos pela nossa cura percebemos o potencial <strong>da</strong> força de nosso<br />
pensamento na desprogramação de nossos bloqueios emocionais e memórias traumáticas. Este<br />
processo de autocura nos conscientiza de nossa capaci<strong>da</strong>de de criar hologramas saudáveis,<br />
sintonizando e alinhando nosso sistema psiconeuroimunológico. Passamos, então, a perceber com<br />
clareza que são os aspectos mais sutis de nosso ser multidimensional que governam nosso<br />
comportamento e determinam nosso bem-estar físico e emocional.<br />
142
A espirituali<strong>da</strong>de e a ciência passam a coexistir, no momento em que o ser humano se torna consciente<br />
de que existe uma troca permanente de energia entre o indivíduo e seu meio e que, além disso, ca<strong>da</strong><br />
sistema vivo é responsável por sua auto-organização. Esta organização é conquista<strong>da</strong> a partir do<br />
interior do indivíduo, dependendo do grau de consciência que tem de seu próprio inconsciente. O<br />
corpo físico é motivado e nutrido pela força de nosso espírito e, no momento em que nos distanciamos<br />
de nossa ver<strong>da</strong>deira essência, perdemos a sintonia entre nossos pensamentos, palavras e ações. Esta<br />
falta de harmonia gera um estado de desequilíbrio que afeta nossos corpos sutis um após o outro, num<br />
efeito cascata, chegando a atingir o nível físico, se não for efetuado nenhum procedimento de limpeza<br />
e realinhamento energético.<br />
Através <strong>da</strong> percepção de que os seres humanos são constituídos de energia densa e sutil torna-se<br />
possível tratar a saúde e a doença sob um ponto de vista holístico. A doença deixa de ser apenas uma<br />
simples conseqüência <strong>da</strong> exposição a substâncias químicas tóxicas, germes, traumas físicos ou ain<strong>da</strong><br />
herança de genes anormais. As tradições Orientais consideram a doença como uma resultante de<br />
desequilíbrios crônicos de energia emocional e maneiras inadequa<strong>da</strong>s de interagirmos com nós<br />
mesmos e com os outros. A medicina vibracional, inspira<strong>da</strong> nestas tradições, reconhece que as<br />
emoções e o espírito podem interferir em nosso bem-estar geral, gerando doenças por meio de<br />
ligações energéticas e neurohormonais entre o corpo, a mente e o espírito. Nossas emoções deixam de<br />
ser apenas o resultado de reações neuroquímicas dos centros emocionais de nosso cérebro, pois elas<br />
resultam de um vasto campo de energia espiritual que flui através de nosso corpo multidimensional.<br />
Assim sendo, somos um complexo e integrado sistema energético que representa um abrigo biológico<br />
transitório que possibilita a manifestação <strong>da</strong> Consciência Divina. A consciência é a alma desta<br />
máquina biológica e suas proprie<strong>da</strong>des permitem ao ser humano expandir-se além do próprio corpo.<br />
Desta forma, possuímos um corpo que é energizado e motivado pela força de nosso espírito e de nossa<br />
alma. O resgate dos métodos de cura milenar dos orientais nos possibilita a ampliação de nossa visão<br />
do conceito de saúde e doença. Ao nos tornarmos conscientes de que somos um sistema dinâmico de<br />
bioenergia, abrimos as portas para a possibili<strong>da</strong>de de pré-diagnosticar desequilíbrios e influenciar<br />
positivamente a saúde e o bem-estar. Passamos, então, a considerar as terapias vibracionais como<br />
ferramentas bioenergéticas úteis na aceleração e otimização do reequilíbrio do complexo<br />
corpo/mente/espírito. (Richard Gerber, 1988)<br />
Através <strong>da</strong> terapia bioenergética, vamos ativar nosso curador interior criando benefícios de múltiplo<br />
alcance, tais como equilibrar nosso sistema energético sutil, acessar níveis de consciência mais<br />
profundos, nutrir nosso corpo físico com energia vital e espiritual, desenvolver nossa percepção<br />
corporal, abrir nossos corações para o afeto e a compaixão, reduzir ou eliminar desequilíbrios<br />
emocionais e físicos, resgatar a auto-estima e o prazer de viver. Assim, lançar mão <strong>da</strong> terapia<br />
bioenergética consiste em ativar recursos internos e externos com os quais buscamos purificar, alinhar<br />
e equilibrar a energia vital de nosso campo bioenergético.<br />
A terapia bioenergética é muito abrangente. Ela nos permite entrar em contato mais profundo com a<br />
reali<strong>da</strong>de do nosso Eu interior para o resgate de nossa ver<strong>da</strong>deira essência. Curar-se pela terapia<br />
bioenergética é sentir novamente o livre fluir <strong>da</strong> energia em todo nosso ser. A cura do ser sutil é o ato<br />
de perdoar a nós mesmos e aos outros. É o pensamento, a palavra ou a atitude positiva que escolhemos<br />
em nosso dia-a-dia.. É o ato de reconhecer que não há erros, apenas situações de aprendizagem. É o<br />
fato de perceber que não há obstáculos, apenas mu<strong>da</strong>nças, desafios e aprendizagens. A cura do ser<br />
multidimensional inclui, quando necessário, o “cui<strong>da</strong>do” de nossos corpos sutis através de terapias<br />
vibracionais, tais como a Terapia Floral, Cromoterapia, Radiestesia, Reiki, Terapia Prânica, Massagem<br />
Ayurvédica, Shiatsu e muitas outras. Implica, também, em adotarmos um estilo de vi<strong>da</strong> saudável, com<br />
alimentação equilibra<strong>da</strong>, exercícios moderados, higiene mental e meditação. A cura <strong>da</strong> nossa<br />
roupagem biológica inclui, acima de tudo, a aceitação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> nesta dimensão, bem como a busca do<br />
bem-estar físico e <strong>da</strong> paz interior. Acessando nosso sábio interior teremos condições de fazer escolhas<br />
mais sábias para transformar nossa vi<strong>da</strong> num poema inspirado ou numa canção harmoniosa.<br />
143
TERAPIAS VIBRACIONAIS INTEGRADAS<br />
O terapeuta holístico pode lançar mão de várias terapias complementares, integrando-as de acordo com<br />
a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pessoa que o procura. Após uma entrevista (ficha de anamnese), um tratamento<br />
holístico pode incluir, por exemplo, o uso de essências florais, exercícios holísticos e terapia corporal<br />
bioenergética. A terapia vibracional atua em vários níveis ou freqüências, permitindo que ca<strong>da</strong> um<br />
cresça por meio <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça dos aspectos <strong>da</strong> consciência que estão bloqueados. Quando as<br />
vibrações <strong>da</strong> alma humana se encontram em conflito, a mente fica imersa em estados negativos, como<br />
medo, angústia, ódio e ciúme. Estes desajustes afetam negativamente a psique <strong>da</strong> pessoa,<br />
manifestando-se em forma de bloqueio energético e conseqüentes couraças físicas e emocionais.<br />
A essência floral desencadeia uma movimentação sutil, fazendo com que a zona de conflito seja<br />
acessa<strong>da</strong>. O potencial interno de ca<strong>da</strong> um é despertado e a personali<strong>da</strong>de volta a perceber o<br />
ver<strong>da</strong>deiro significado <strong>da</strong> existência. Ocorrem, então, mu<strong>da</strong>nças profun<strong>da</strong>s e permanentes no<br />
estado emocional e na consciência corporal do indivíduo, como uma resposta à conexão com o Eu<br />
mais profundo. A terapia corporal bioenergética - tal como Shiatsu, Massagem Ayurvédica, Terapia<br />
Prânica ou Reiki - representa também um instrumento de ativação e potencialização <strong>da</strong> cura interna, na<br />
medi<strong>da</strong> em que auxilia na limpeza e alinhamento dos nádis (canais energéticos sutis), dos meridianos e<br />
dos chakras. Nestas terapias, a circulação é restaura<strong>da</strong>, ativando a energia vital, melhorando o funcionamento<br />
dos órgãos e prevenindo doenças. O desbloqueio dos canais e centros energéticos alivia a<br />
sensação de dor e aju<strong>da</strong> o ser humano a reencontrar sua plenitude. Esses efeitos vão beneficiar o<br />
físico e fazer com que as emoções e pensamentos fluam com maior equilíbrio, proporcionando<br />
um bem-estar geral e um sentimento de inteireza.<br />
Emilia Santos<br />
Terapeuta Holística<br />
Emilia Santos é forma<strong>da</strong> em Letras (UFRGS) e tem <strong>Especial</strong>ização em Ensino <strong>da</strong> Língua<br />
Inglesa (UFRGS). É Aprendiz <strong>da</strong> Turma IV <strong>da</strong> Formação Holística de Base <strong>da</strong> UNIPAZ-SUL e<br />
participou dos Cursos Biopsicologia I, II e Avançado com a Monja Dra. Susan Andrews em São<br />
Paulo. Realizou Cursos de Formação em Massoterapia, Shiatsu, Tao-Shiatsu, Massagem Ayurvédica,<br />
Terapia Floral, Terapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão. É também Reikiana,<br />
Cromoterapeuta, Terapeuta Prânica e Radiestesista. Realiza pesquisa sobre “Corpos Sutis, Nádis e<br />
Chakras” há 5 anos e ministra o Curso “Jorna<strong>da</strong> de Cura através <strong>da</strong> Chakraterapia” desde 2004<br />
ANEXO 12<br />
A HOLOTERAPIA BIODINÂMICA<br />
A Holoterapia Biodinâmica é um tratamento terapêutico destinado a promover o autoconhecimento e a<br />
autocura do ser humano através <strong>da</strong> auto-análise profun<strong>da</strong> basea<strong>da</strong> na história pessoal anterior e<br />
posterior ao nascimento do holociente (paciente). Faz parte desta história, o inter-relacionamento <strong>da</strong><br />
pessoa com seres que permeiam o Universo, estejam nesta ou em outras dimensões, considerando o<br />
homem um ser multidimensional. O tratamento é direcionado para que o holociente descubra seus<br />
próprios recursos de autocura.<br />
A Holoterapia é biodinâmica porque acelera o processo de cura através <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong>s bioenergias e<br />
de métodos e técnicas de reelaboração e reestruturação de idéias contribuindo sempre para a<br />
concretização de mu<strong>da</strong>nças de pensamentos e comportamentos.<br />
A Holoterapia estu<strong>da</strong> o ser humano como uma consciência que existe em sua essência, independente<br />
do corpo físico. Propõe um trabalho amplo, aju<strong>da</strong>ndo e esclarecendo o holociente, quanto às suas<br />
dificul<strong>da</strong>des e potenciali<strong>da</strong>des, analisando-as nas suas múltiplas facetas intra e extrafísicas. Considera<br />
que há comportamentos, idéias e sentimentos expressos pelo ser humano que não conseguem ser<br />
144
explicados pela ciência convencional e que somente com uma abor<strong>da</strong>gem espiritual/multidimensional<br />
a pessoa encontrará mecanismos de cura.<br />
É um trabalho terapêutico destinado a to<strong>da</strong>s as pessoas interessa<strong>da</strong>s em uma terapia holística breve,<br />
que facilita a compreensão do universo individual do ser, sua relação com a família, amigos e todos os<br />
seres do universo. Trata do corpo, <strong>da</strong> mente e do espírito.<br />
É uma proposta terapêutica educativa multidimensional procurando aproveitar todos os conhecimentos<br />
do universo. Isto significa utilizar o antigo e o novo conhecimento, analisar, reciclar e ampliar<br />
relacionando-o com o extrafísico. Na prática terapêutica não importa a crença, pois se trabalha todo<br />
tipo de conhecimento que o holociente traz. Todo conteúdo é aproveitado. Tudo pode ser reciclado.<br />
Trabalha-se para que a pessoa possa entender o que ela vivenciou, o que vivencia, aju<strong>da</strong>ndo-a a pensar<br />
e a entender o que ocorre com ela. Parte-se <strong>da</strong> premissa de que ca<strong>da</strong> um tem o direito de acreditar<br />
naquilo que quer, mas é importante fazer isto com lucidez.<br />
Por ser uma terapêutica multidimensional, mantém uma interação entre a equipe de holoterapeutas,<br />
holociente e a equipe extrafísica (consciências que vivem em outras dimensões). O holoterapeuta, além<br />
de fazer uso do conhecimento <strong>da</strong> ciência convencional, utiliza o parapsiquismo ou sexto sentido que<br />
não é visto sob o enfoque religioso/místico e sim como um atributo natural que na maioria <strong>da</strong>s vezes<br />
precisa ser desenvolvido para ser bem aproveitado.<br />
Na Holoterapia Biodinâmica a pessoa aprende a fazer a sua autoterapia através <strong>da</strong> compreensão de si<br />
mesma, aprendendo a se auto-avaliar entendendo e compreendendo suas dificul<strong>da</strong>des, suas doenças,<br />
aprofun<strong>da</strong>ndo o autoconhecimento através <strong>da</strong> aprendizagem criativa, associativa e multidimensional. O<br />
ato de pensar é ampliado através <strong>da</strong> auto-análise profun<strong>da</strong>, onde a pessoa se reconhece como um ser<br />
integralizado no universo como um todo. O sexto sentido é aprendido e explicitado continuamente,<br />
fazendo parte do tratamento e <strong>da</strong> cura <strong>da</strong> pessoa, pois através deste outro atributo, inerente a todos os<br />
seres humanos em evolução, o ser desven<strong>da</strong> os mistérios, ou melhor, a sua holobiografia, através <strong>da</strong><br />
rememoração de suas outras vi<strong>da</strong>s e até mesmo desta, compreendendo assim, seu universo íntimo,<br />
conhecendo e reconhecendo-se como um ser em tratamento, educativo multidimensional, eliminando<br />
suas patologias e parapatologias, através <strong>da</strong> autocura promovi<strong>da</strong> por si mesmo.<br />
A autocura faz parte <strong>da</strong> evolução de todos os seres em estágios evolutivos. Todos nós temos<br />
mecanismos de defesa, de tratamento e cura <strong>da</strong> nossa mente e do nosso corpo. É preciso reaprender,<br />
relembrar. E tal fato é possível através <strong>da</strong> rememoração. A Holoterapia trabalha com a holomemória<br />
do holociente através de técnicas educativas. Promove a aprendizagem <strong>da</strong> reelaboração e<br />
reestruturação de idéias, que influi na mu<strong>da</strong>nça de comportamentos reprogramados pela própria<br />
pessoa. Ela aprende a buscar inúmeros recursos para estar sempre repensando e reprogramando suas<br />
idéias e comportamentos para melhor. A autoterapia é contínua.<br />
A interação com a origem multidimensional, o contato com outras reali<strong>da</strong>des, o confronto com pontos<br />
de vistas múltiplos através de outras pessoas, estejam aqui ou em outras dimensões, proporcionam uma<br />
nova visão de mundo e maiores chances de autocura.<br />
Para os casos de patologias e parapatologias crônicas, a holoterapia oferece aju<strong>da</strong> holoterápica. O<br />
holociente é assistido de forma que possa conviver com a doença de maneira a compreender e<br />
minimizar os efeitos nocivos. Possibilita que viva melhor tomando a medicação, se for o caso, ou<br />
desenvolvendo idéias que possam ajudá-lo a sair <strong>da</strong> condição de vítima ou de algoz, permitindo a si<br />
mesmo uma possível cura, senão do corpo, mas <strong>da</strong> mente, se preparando para uma nova vi<strong>da</strong> futura.<br />
A Holoterapia não vê só o aqui-agora, o tratamento também é indicado para a remissão de doenças<br />
mesmo em holocientes terminais ou vegetativos, porque a sua visão não é embasa<strong>da</strong> nesta vi<strong>da</strong> e sim<br />
no preparo <strong>da</strong> pessoa para a sua dessoma (desencarnação) e sua vivência em outras dimensões. A<br />
Holoterapia Biodinâmica trata o ser humano para a compreensão e cura <strong>da</strong>s doenças, sejam elas do<br />
corpo, <strong>da</strong> mente ou do espírito. O tratamento é enfocado no corpo <strong>da</strong>s idéias denominado de<br />
145
mentalsoma ou corpo mental, porque só através dele se pode realizar a cura <strong>da</strong> consciência (pessoa).<br />
Todos os recursos e técnicas aplica<strong>da</strong>s visam a reestruturação <strong>da</strong>s idéias e comportamentos tendo como<br />
conseqüência, a cura <strong>da</strong> mente e do corpo do assistido. As intervenções são sempre realiza<strong>da</strong>s na<br />
mente, mesmo que a doença esteja no corpo físico <strong>da</strong> pessoa.<br />
Como uma nova abor<strong>da</strong>gem terapêutica desenvolve procedimentos e técnicas próprias. Embora<br />
algumas sejam oriun<strong>da</strong>s de outras práticas, estas apresentam peculiari<strong>da</strong>des específicas, como por<br />
exemplo, o uso <strong>da</strong> associação livre na jardinoterapia (técnica aplica<strong>da</strong> no jardim), em que os estímulos<br />
são a natureza e alguns detalhes dispostos em alguns recantos do local.<br />
As bioenergias são utiliza<strong>da</strong>s como recurso básico presente em to<strong>da</strong>s as intervenções holoterápicas.<br />
A Holoterapia Biodinâmica entende como bioenergias to<strong>da</strong>s as energias que estão dispersas no mundo,<br />
e que representam a fonte de vi<strong>da</strong> e movimento no universo. Considera que estas energias além de<br />
apresentar tipos, quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de variáveis têm atributos como: ritmo, intensi<strong>da</strong>de, veloci<strong>da</strong>de e<br />
direção. Estes aspectos são observados e aplicados no uso <strong>da</strong>s bioenergias.<br />
A utilização <strong>da</strong>s <strong>Bioenergia</strong>s na Holoterapia Biodinâmica ocorre na formação do campo holoterápico,<br />
que é composto <strong>da</strong>s energias conscienciais dos holoterapeutas, holocientes, <strong>da</strong>s consciências de outras<br />
dimensões (amparadores, mestres, outros), dos elementos <strong>da</strong> natureza e dos animais. Essa energia é<br />
dinâmica passando por mutações de acordo com os estados conscienciais (mentais) de todos os seres<br />
envolvidos. Existe um campo bioenergético permanente nos espaços holoterápicos, mas há a formação<br />
de um campo específico para ca<strong>da</strong> holociente que depende <strong>da</strong> condição e necessi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> um.<br />
Um outro uso <strong>da</strong>s bioenergias, é associando-as ao parapsiquismo (sexto sentido) em que se utiliza a<br />
mobilização <strong>da</strong>s energias fazendo uso de seus atributos de movimento, ritmo, intensi<strong>da</strong>de, direção e<br />
veloci<strong>da</strong>de, para desbloqueio dos chacras – pontos de energia do corpo energético – para maior<br />
potencialização energética e abertura dos canais paraperceptivos, para que estejam aptos a captar<br />
informações de outras dimensões (sexto sentido), constituindo-se em potente recurso de autocura.<br />
A dinâmica de atendimento holoterápico se dá em várias mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des:<br />
a) Holoterapia Breve<br />
b) Holoterapia Intensiva<br />
c) Assessoria Terapêutica<br />
d) Preparação e Acompanhamento pré e pós-operatório<br />
e) Holoterapia para Casais<br />
f) Holoterapia para Família<br />
A Holoterapia Biodinâmica atende a to<strong>da</strong>s as faixas etárias através de programações específicas para<br />
bebês, crianças, adolescentes, adultos, senescentes, além de futuros casais, gestantes e futuros pais.<br />
Como procedimentos básicos, utiliza-se a dinâmica verbal e técnicas bioenergéticas.<br />
Na primeira entrevista o atendimento tem duração de duas horas, sendo que na primeira hora é feita a<br />
dinâmica verbal e no restante é realizado um trabalho bioenergético, constando de clarividência facial<br />
e exteriorização de energia para os chacras: coronochacra, frontochacra, laringochacra, cardiochacra,<br />
umbilicochacra, esplênicochacra, sexochacra (kun<strong>da</strong>lini), palmochacras, plantochacras, chacra <strong>da</strong>s<br />
axilas, chacra nucal e umeral.<br />
A dinâmica verbal terá seu início na entrevista e continuará sendo intercala<strong>da</strong> pelas ativi<strong>da</strong>des que o<br />
holociente fará. Este passará por várias ativi<strong>da</strong>des para dinamizar seu processo holoterápico.<br />
As técnicas bioenergéticas são associa<strong>da</strong>s a técnicas para tratamento do corpo emocional, físico e<br />
mental e são aplica<strong>da</strong>s de acordo com a necessi<strong>da</strong>de do holociente. Algumas apresentam finali<strong>da</strong>des<br />
amplas que se aplicam a todos os holocientes e são inclusas na programação padrão, como por<br />
exemplo: projecioterapia, hidroprojeção, sonoterapia, jardinoterapia, fototerapia, musicoprojeção,<br />
acesso ao curso intermissivo e procedência extrafísica.<br />
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Além <strong>da</strong> dinâmica verbal e <strong>da</strong>s técnicas bioenergéticas o holociente assiste a uma aula holoterápica,<br />
para receber esclarecimentos básicos sobre a dinâmica de atendimento e informações sobre as<br />
bioenergias e sua utilização como recurso terapêutico. Também preenche uma anamnese, com a<br />
finali<strong>da</strong>de de realizar uma retrospectiva consciencial, para uma profun<strong>da</strong> auto-análise, além de<br />
fornecer conteúdo para os holoterapeutas aprofun<strong>da</strong>rem seu diagnóstico e paradiagnóstico – leitura<br />
extrafísica <strong>da</strong> holomemória do holociente e <strong>da</strong> sua holobiografia.<br />
O atendimento é realizado por uma dupla de holoterapeutas. Um deles estará interagindo com o<br />
holociente, explicando as técnicas, fazendo a dinâmica verbal, enquanto o outro estará mais atento às<br />
ocorrências intra e extrafísicas, interagindo ocasionalmente com o holociente.<br />
Desde a primeira entrevista os holoterapeutas fazem o rapport com o holociente, através do uso do seu<br />
parapsiquismo. Antes do atendimento fazem a mobilização <strong>da</strong>s energias, e preparam<br />
bioenergéticamente o ambiente para o atendimento. Na interação com o holociente os holoterapeutas<br />
fazem a leitura do campo informacional do mesmo, procurando perceber as intercorrências<br />
extrafísicas: fenômenos parapsíquicos, presença de consciências de outras dimensões, passagens de<br />
retrocognições, sinais de parapatologias etc. Há casos em que se consegue assimilar idéias,<br />
sentimentos, situações não expressas verbalmente. Aos poucos os holoterapeutas vão trabalhando os<br />
conteúdos acessados pelo holociente aju<strong>da</strong>ndo-o a fazer sua auto-análise ao mesmo tempo em que<br />
assistem extrafisicamente.<br />
ANEXO 13<br />
AROMATERAPIA<br />
Maria Zuleika Souza <strong>da</strong> Silva<br />
Psicóloga e Holoterapeuta<br />
Inicialmente quem primeiro utilizou a Aromaterapia foram as civilizações antigas como Egito, Índia e<br />
China. Os Indianos eram os maiores adeptos destas técnicas que eram utiliza<strong>da</strong>s em massagens (na<br />
medicina ayurvedica) eram também utilizados para purificar e perfumar os ambientes com incensos e<br />
difusores para afastar as energias mal qualifica<strong>da</strong>s, tratar problemas de pele, físicos com uso <strong>da</strong>s<br />
infusões. No Egito a Aromaterapia era muito utiliza<strong>da</strong> nos processos de mumificação. Aqui no<br />
ocidente esta terapia foi cria<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s descobertas do perfumista e químico René Maurice<br />
Gatefosse no início do século 20.<br />
Foi a “redescoberta” <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des terapêuticas dos óleos essenciais. Em 1928 Gatefosse<br />
trabalhando em uma de suas experiências sofreu uma queimadura em uma <strong>da</strong>s mãos num acidente de<br />
laboratório. Desesperado de dor, mergulhou sua mão num recipiente de óleo essencial de lavan<strong>da</strong>, e<br />
observou que, além do alívio imediato, a sua pele cicatrizou com mais rapidez , evitou possível<br />
infecção e ficou totalmente sem marcas.<br />
Então a partir disto Gatefosse começou a estu<strong>da</strong>r a ação do óleo essencial de lavan<strong>da</strong> e sua proprie<strong>da</strong>de<br />
de regeneração celular, e estendeu a pesquisa para outros óleos essenciais aromáticos, batizando assim<br />
sua descoberta como AROMATERAPIA , então Gatefosse começou a difundir este conhecimento, e<br />
seus seguidores o passariam ao resto <strong>da</strong> Europa.<br />
A Aromaterapia é a prática terapêutica que utiliza os óleos essenciais 100% puros, ela trabalha na<br />
prevenção e/ ou tratamento auxiliar de problemas físicos, energéticos e psicológicos, visando<br />
proporcionar um bem estar geral do ser. Trata e embeleza a pele, auxilia na cura de doenças comuns,<br />
relaxa o corpo e a mente, cura a alma.<br />
A prática <strong>da</strong> Aromaterapia está sendo ca<strong>da</strong> vez mais difundi<strong>da</strong> em todo o mundo como um ótimo<br />
complemento no tratamento de pacientes. Na França a Aromaterapia faz parte <strong>da</strong> formação médica.<br />
Os adeptos <strong>da</strong>s “Terapias Complementares” recentemente voltaram a <strong>da</strong>r uma atenção a esta terapia,<br />
que também esta sendo utiliza<strong>da</strong> na industria cosmética, que a incorporou em diversos produtos.<br />
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A extração destes óleos de folhas,madeiras,galhos, frutos, pétalas e raízes (que são compostos de<br />
várias substâncias químicas como álccois, aldeídos, ésteres, fenóis, hidrocarbonetos, etc... - havendo<br />
sempre a permanência de uma ou duas delas , caracterizando assim os aromas). Este processo exige<br />
uma enorme quanti<strong>da</strong>de de plantas que são submeti<strong>da</strong>s à destilação a vapor, extração por solvente ou<br />
por pressão. Nem todos os óleos essenciais possuem aroma agradável ao olfato, na ver<strong>da</strong>de o que<br />
importa são suas proprie<strong>da</strong>des terapêuticas. Ex: Para um litro de óleo essencial de rosas é preciso uma<br />
tonela<strong>da</strong> de pétalas.Os óleos essenciais são procedentes de variados cantos do mundo e seu preço é<br />
sempre elevado e individual, já as essências que geralmente encontramos no mercado que são de<br />
“origem sintética” possuem em geral cheiro agradável e não tem qualquer proprie<strong>da</strong>de terapêutica.<br />
Os óleos essenciais devem ser “sempre” diluídos pois assim podemos evitar intoxicações e reações<br />
alérgicas, esta diluição é feita com um óleo vegetal (que chamamos de óleo carreador) como o de<br />
girassol, gérmen de trigo, amêndoas ou semente de uva, para que ele lhe sirva de veículo de penetração<br />
e absorção no organismo, este óleo vegetal (carreador) tem de ser de boa quali<strong>da</strong>de e procedência.<br />
Também podem ser diluídos em álcool de cereais, preservando-se assim suas proprie<strong>da</strong>des químicas<br />
atuando físico-quimicamente no organismo humano, e no olfato através do sistema límbico.<br />
O tratamento <strong>da</strong> AROMATERAPIA traz equilíbrio físico, mental e espiritual. Os óleos essenciais<br />
restauram as energias e desencadeiam substâncias como dopamina e serotonina, que amenizam os<br />
efeitos do estresse e outros sintomas apresentados. São substâncias orgânicas, voláteis, puras e<br />
extremamente potentes, são considerados a “alma” de uma planta e são os principais componentes<br />
bioquímicos de ação terapêutica <strong>da</strong>s plantas medicinais.<br />
Esta terapia enfatiza a necessi<strong>da</strong>de de uma indicação criteriosa para ca<strong>da</strong> caso. Uma detalha<strong>da</strong><br />
avaliação do paciente e conhecer os mais diversos fatores que podem estar ou ter contribuído para<br />
determina<strong>da</strong> manifestação. Ca<strong>da</strong> ser é único, então os óleos não fazem igual efeito para to<strong>da</strong>s as<br />
pessoas, mesmo que os sintomas sejam semelhantes. Isto é natural. Afinal igual problema pode ter<br />
causas distintas em pessoas diferentes.<br />
Após esta avaliação, é preciso saber sob que forma a aplicação <strong>da</strong> AROMATERAPIA será mais<br />
adequa<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> caso:<br />
Tratamentos utilizados:<br />
Banhos de imersão: 10 a 12 gotas de óleo essencial diluído em 10ml de óleo vegetal (carreador).<br />
Fricção: 01 a 02 gotas de óleo essencial diluí<strong>da</strong> em uma pequena quanti<strong>da</strong>de de óleo vegetal<br />
(carreador).<br />
Compressa: Diluí<strong>da</strong> em 05 gotas de óleo essencial em 01 litro de água. Frias para as áreas mais<br />
incha<strong>da</strong>s e contusões; quentes para as áreas dolori<strong>da</strong>s “dependendo <strong>da</strong> avaliação”; mornas para<br />
tratamento de peles em geral.<br />
Spray/Difusão: Até 08 gotas de óleo essencial em um réchaud com água, ou até 20 gotas de óleo<br />
essencial para ca<strong>da</strong> 50ml de água/álcool de cereais (em partes iguais).<br />
Massagem: Até 25 gotas de óleo essencial diluído para ca<strong>da</strong> 50ml de óleo vegetal (carreador) ou<br />
adiciona<strong>da</strong>s de 02 a 05 gotas em 50gr de base de creme neutra “que não contenha óleo mineral na<br />
composição”.<br />
Puros: Somente os óleos de Lavan<strong>da</strong> e Tea Tree são seguros para serem aplicados puros com auxilio<br />
de um cotonete em pequenas áreas: espinhas, pequenos cortes, pica<strong>da</strong>s de insetos etc...<br />
Quando utilizados nos banhos chuveiro ou de imersão colocamos os óleos na banheira ou ofurô ou na<br />
própria bucha (esponja de banho) .<br />
Podem ser utilizados indiretamente como incensos ou inalação feita com difusores, spray ou<br />
vaporizador dispersando assim o odor pelo ambiente ou conforme avaliação com vapor direcionado<br />
para o rosto ou corpo do cliente.<br />
Estes óleos diluídos são muito utilizados em estéticas pois potencializam o efeito <strong>da</strong>s mascaras, cremes<br />
de massagem, esfoliantes e cosméticos diversos, acelerando assim o tratamento e trazendo excelentes<br />
resultados.<br />
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Neste tratamento também pode ser utiliza<strong>da</strong> a técnica com compressas faciais e corporais quentes ou<br />
frias.<br />
Na massagem corporal estes óleos são rapi<strong>da</strong>mente absorvidos pela pele. Os óleos essenciais são<br />
aplicados diretamente na região problemática ou em aplicações tópicas, feitas sobre os meridianos<br />
utilizados na Acupuntura. Na Massoterapia e Drenagem Linfática a interação é ain<strong>da</strong> mais visível e<br />
seus efeitos benéficos são duplos, pois são estimula<strong>da</strong>s a circulação venosa, linfática e alívio dos<br />
pontos de tenção e contratura muscular. Juntamente com o efeito dos aromas através do olfato, chegam<br />
até o cérebro provocando sensações de relaxamento, prazer e estímulos que agem em todo o corpo.<br />
Também podemos colocar algumas gotas do óleo no travesseiro do cliente proporcionando assim um<br />
relaxamento maior.<br />
EXEMPLOS DE TRATAMENTO:<br />
Para Stress:<br />
02 gotas de óleo essencial de laranja<br />
01 gota de óleo essencial de gengibre<br />
02 gotas de óleo essencial de manjerona<br />
Ou<br />
05 gotas de óleo essencial de manjerona<br />
05 gotas de óleo essencial de lavan<strong>da</strong><br />
02 gotas de óleo essencial de ylang ylang<br />
Adiciona<strong>da</strong>s em 30ml de óleo vegetal ou creme e aplica<strong>da</strong>s em todo o corpo junto com uma massagem<br />
relaxante trazem um alívio significativo para o stress.<br />
Proprie<strong>da</strong>des de alguns dos óleos essenciais:<br />
Benjoim: Calmante, estimulante, ótimo para resfriados e aju<strong>da</strong> a aumentar o fluxo <strong>da</strong> urina.<br />
Car<strong>da</strong>momo: Tônico, estimulante, revigorante, aju<strong>da</strong> na digestão, náusea, queimação e diarréia.<br />
Camomila: Calmante, levanta os espíritos, aju<strong>da</strong> com problemas do sono, relaxante, aju<strong>da</strong> a reduzir<br />
dores físicas e inflamações.<br />
Eucalipto: Estimula o sistema imunológico, descongestionante, poderoso antibacterial e antiviral.<br />
Gengibre: Problemas de artrite, dores musculares, reumatismo e fadiga.<br />
Jasmim: Câimbras e dores relaciona<strong>da</strong>s ao ciclo menstrual.<br />
Lavan<strong>da</strong>: Calmante, cicatrizante, antiviral, descongestionante, analgésico, antidepressivo e tem efeito<br />
se<strong>da</strong>tivo e pode ser aplicado em queimaduras, acne, lesões e pica<strong>da</strong>s de insetos.<br />
Limão: Tônico, aju<strong>da</strong> em problemas de gengivite, ulceras na boca e é ótimo para tratamentos em<br />
cortes.<br />
Mangerona: Tem ação calorosa tanto no corpo como na mente, analgésico e se<strong>da</strong>tivo.<br />
Melissa: Calmante para mente e corpo e trata de alergias em geral.<br />
Laranja: Refrescante, antidepressivo, purificante, se<strong>da</strong>tivo e aju<strong>da</strong> em problema de diarréia crônica.<br />
Rosa: Efeito limpante, purificante, tônico adstringente e possui proprie<strong>da</strong>des rejuvenescedoras, é<br />
indicado para tensões nervosas pessoas que precisam de harmonia, confiança e compaixão.<br />
Ylang ylang: Antidepressivo, tem efeito afrodisíaco auxilia no tratamento de impotência e frigidez<br />
estimula a libido, se<strong>da</strong>tivo relaxante e alivia a ansie<strong>da</strong>de.<br />
Também são utilizados incensos conforme a necessi<strong>da</strong>de do tratamento.<br />
Alecrim: Para pessoas calmas em demasia que precisam de estímulo. Também para limpeza de<br />
ambientes.<br />
Alfazema: Para limpeza geral e praticas de meditação.<br />
Dama <strong>da</strong> noite: Ativa a imaginação e a libido.<br />
Morango: Acalma e refresca o ambiente.<br />
Ópio: Para pessoas que precisam de harmonia. Também para energizar os ambientes.<br />
Pêssego: Para pessoas com dificul<strong>da</strong>de de relacionamentos trabalho, amizades e no amor.<br />
Rosa: Para pessoas que precisam de harmonia, confiança e compaixão.<br />
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Etc...<br />
Ana Claudia Elias <strong>da</strong> Silva<br />
Terapeuta Floral CRT:34879<br />
ANEXO 14<br />
APOMETRIA QUÂNTICA<br />
Somos seres multidimencionais interagindo constantemente como almas desde o nascimento. Para que<br />
a alma possa interagir em diferentes reali<strong>da</strong>des se utiliza de veículos capazes de se manifestar em<br />
vários planos de acordo com a vibração e densi<strong>da</strong>de. Esses veículos são os corpos sutis. Nossa ciência<br />
reconhece a existência de 12 dimensões confirmando assim nossa multidimensionali<strong>da</strong>de.<br />
A Apometria Quântica não se encontra atrela<strong>da</strong> a nenhuma religião ou dogma, apenas são aceitos<br />
conceitos universalistas e espiritualistas fun<strong>da</strong>mentados numa Grande Fraterni<strong>da</strong>de Universal de Luz,<br />
forma<strong>da</strong> por consciências que se congregam no intuito de resgatar seus próprios princípios divinos e<br />
também os de seus semelhantes.<br />
A palavra Apometria quer dizer: Apo (além) e Metron (medi<strong>da</strong>). Sua origem surgiu em 1965, no<br />
Hospital Espírita de Porto Alegre-RS, quando o Dr. Luiz Rodrigues aplicava uma técnica de<br />
tratamento diferente chama<strong>da</strong> “Hipnometria”. Depois de participar de várias sessões, o Dr. José<br />
Lacer<strong>da</strong> de Azevedo comprovou a eficácia <strong>da</strong> técnica e sabia que o desdobramento dos corpos era<br />
produzido por fortes campos magnéticos e que a contagem projetava os pulsos energéticos para que o<br />
mesmo acontecesse. Então, o termo “Hipnometria” foi trocado por Apometria, surgindo um dos mais<br />
importantes trabalhos <strong>da</strong> Medicina Espiritual e anímica que iria revolucionar todos os conceitos de<br />
tratamento <strong>da</strong>s doenças emocionais, psíquicas e físicas.<br />
A Apometria Quântica nasceu <strong>da</strong> união dos conhecimentos deixados pelo Dr.Lacer<strong>da</strong> com a<br />
experiência adquiri<strong>da</strong> por Rodrigo Romo e a equipe de estudiosos de Florianópolis-SC, que durante<br />
anos de estudo e prática acoplaram várias técnicas e terapias. É uma nova proposta de cura espiritual<br />
buscando, com amor e respeito, desmistificar antigos conceitos arraigados na psique humana que<br />
impedem nossa evolução. Na Apometria, podemos navegar por essas dimensões de forma consciente<br />
utilizando o corpo mental, morontial e com restrições o astral. Para que isso aconteça deverão existir<br />
forças capazes de criar as condições necessárias.<br />
Sempre que efetuamos um desdobramento apométrico, nos valemos <strong>da</strong> principal energia responsável<br />
por tudo o que existe que é a Energia Cósmica, infinita e permanentemente a nossa disposição, pronta<br />
para ser mol<strong>da</strong><strong>da</strong>, projeta<strong>da</strong> e manipula<strong>da</strong> pela nossa mente e vontade. A mente é o instrumento de<br />
expressão e de consciência do nosso espírito e <strong>da</strong> nossa alma, sendo que o padrão mental de um ser<br />
determina seu estágio evolutivo e vibracional, pois essas freqüências interagem com nosso corpo<br />
magnético, criando um efeito de irradiação de on<strong>da</strong>s eletromagnéticas que são projeta<strong>da</strong>s ao nosso<br />
redor e interferindo no ambiente.<br />
Tudo é criação mental e dessa maneira convivemos com o mundo, criando, modelando ou destruindo.<br />
Os pensamentos são um conjunto de impulsos elétricos os quais possuem forma, sentido e intensi<strong>da</strong>de<br />
que somados a nossa energia emocional criam poderosas Formas Pensamentos capazes de curar ou de<br />
destruir. O pensamento é energia, on<strong>da</strong>s de propagação, por isso ele é regido pelas mesmas leis que<br />
regem a energia eletromagnética. A energia irradia<strong>da</strong> por uma forma pensamento ultrapassa<br />
dimensões, espaço e tempo, propagando-se no campo eletromagnético e nos ambientes através dos<br />
átomos que são condutores de energia. Assim a propagação <strong>da</strong> luz dos nossos corpos passa a ser<br />
diretamente proporcional ao aspecto vibracional de ca<strong>da</strong> um dos nossos pensamentos e sentimentos.<br />
Além <strong>da</strong> força cósmica e mental, temos outra força que provém do nosso corpo físico que se encontra<br />
armazena<strong>da</strong> em ca<strong>da</strong> um dos nossos átomos. Conheci<strong>da</strong> como ectoplasma e é produzi<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong><br />
condensação <strong>da</strong> energia vital dentro do campo eletromagnético. A energia ectoplasmática possui uma<br />
polari<strong>da</strong>de neutra e a partir dos nossos pensamentos e sentimentos é que <strong>da</strong>mos a carga à mesma. Esta<br />
150
energia pode criar campos de força para a proteção como também destruir energeticamente uma forma<br />
pensamento ou elemental negativo.<br />
Enfim, na Apometria Quântica são usa<strong>da</strong>s as forças: energia cósmica, força mental, força física. As<br />
Leis que atuam na Apometria Quântica são:<br />
1ª lei - Do Desdobramento dos corpos (do terapeuta e do paciente) – com domínio <strong>da</strong> força mental e<br />
emocional.<br />
2ª lei - Do Acoplamento- através de comandos.<br />
3ª lei - Da Ação a Distância pela consciência desdobra<strong>da</strong> - atuando em outras dimensões, espaços,<br />
lugares e também na linha temporal.<br />
4ª lei - A Criação dos Campos de Força - usando o nosso ectoplasma, força mental, o poder do<br />
sentimento e a força cósmica.<br />
5ª lei - Ajustamento <strong>da</strong> Sintonia Vibratória - usando comandos e símbolos.<br />
6ª lei - Linha do Tempo - desdobramento temporal a partir dos comandos ou impulsos energéticos.<br />
7ª lei - Do Choque do tempo - não existem limites temporais nem dimensionais para a projeção,<br />
estando estes apenas condicionados a preparação do indivíduo e a freqüência vibratória do mesmo.<br />
To<strong>da</strong>s as leis <strong>da</strong> mecânica quântica e física quântica são perfeitamente aplicáveis em to<strong>da</strong>s as<br />
dimensões. Uma <strong>da</strong>s técnicas usa<strong>da</strong>s na apometria quântica e usa<strong>da</strong>s amplamente na apometria<br />
tradicional é a Impulsoterapia ou a contagem de pulsos efetua<strong>da</strong> para direcionar e aglutinar a energia<br />
cósmica na criação de objetos, situações, campos de força, ferramentas de cura etc. Além dos impulsos<br />
e comandos são utilizados símbolos, que são arquétipos formatados dentro <strong>da</strong> geometria sagra<strong>da</strong>, que<br />
servem de ferramentas para o terapeuta que estiver sintonizado nas freqüências crísticas de Amor e<br />
Luz.<br />
A finali<strong>da</strong>de deste trabalho é atuar na cura emocional, psíquica e física abrangendo as áreas de<br />
desobsessão, vi<strong>da</strong>s passa<strong>da</strong>s, translocação dimensional dos corpos, resgate cármico, retira<strong>da</strong> de<br />
energias intrusas, alinhamento dos corpos, limpeza e varredura dos planos sutis, reali<strong>da</strong>des paralelas e<br />
ancoramento de energias <strong>da</strong>s Hierarquias de Luz. Todos os conhecimentos adquiridos pelo terapeuta<br />
devem ser usados na Luz, para Luz e pela Luz.<br />
Fonte: “Apometria Quântica Estelar”<br />
Rodrigo Romo e Carina Greco<br />
ANEXO 15<br />
Lucila Palácio<br />
Terapeuta Holística - CRT 34693<br />
Enfermeira - Coren 19647<br />
Formação em:<br />
Psicossomática , Bioenergética Massoterapia, Terapia de Florais, Terapia Reencarnacionista,<br />
Regressão Terapêutica, Apometria Quântica, Apometria Quântica<br />
CHAKRATERAPIA<br />
O Ser humano é uma ponte entre os reinos: material e espiritual; assim sendo, ele possui uma<br />
capaci<strong>da</strong>de ilimita<strong>da</strong> e inata para o conhecimento, a sabedoria, a vitali<strong>da</strong>de, a saúde, o amor, mas está<br />
vagamente consciente destes recursos que traz dentro de si e falha em experenciar o poder pessoal que<br />
lhe é um legado como ser espiritual.<br />
O poder de cura faz parte <strong>da</strong> memória ancestral do ser humano, sendo um ato de aprendizagem<br />
constante.<br />
Nosso corpo e nossa reali<strong>da</strong>de externa são a projeção física do nosso ser interior. A origem <strong>da</strong> doença<br />
não é material. To<strong>da</strong> doença, todo bloqueio físico ou psíquico, indica que nós nos afastamos, nos<br />
distanciamos de nossas necessi<strong>da</strong>des reais, do projeto de vi<strong>da</strong> que nos corresponde individualmente no<br />
espaço-tempo em questão.<br />
151
Através dos bloqueios que chamamos na vi<strong>da</strong> corrente de “problemas e obstáculos”, podemos<br />
descobrir o caminho que nos leva à cura, a nós mesmos, porque ao adoecer temos a oportuni<strong>da</strong>de de<br />
fazer uma reflexão sobre o sentido <strong>da</strong> nossa existência.<br />
A cura implica, deste modo, um sutoconhecimento, conhecer-se= com+nascer, isto é, renascer consigo<br />
próprio.<br />
As transformações que decorrem do processo <strong>da</strong> Chakraterapia levam ao desenvolvimento pessoal;<br />
sem autoconhecimento e evolução não há cura ver<strong>da</strong>deira.<br />
Saúde é um estado de constante evolução e transformações que devemos perseguir sempre, pois<br />
dificilmente ele é alcançado totalmente.<br />
Saúde é o resultado do exercício cotidiano de transformações e evolução dentro do movimento<br />
contínuo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
Somos seres de energia, pura vibração e fazemos parte de um sistema energético chamado Cosmos.<br />
Possuímos, basicamente, a energia que her<strong>da</strong>mos geneticamente de nossos antepassados, a energia que<br />
provém <strong>da</strong> alimentação, a energia que provém<strong>da</strong> Terra(Telúrica, mais densa) e a enrgia que provém <strong>da</strong><br />
respiração(Prana,mais sutil), sendo que a soma de to<strong>da</strong>s estas energias é que forma o biótipo<br />
energético de ca<strong>da</strong> pessoa e que lhe é único.<br />
Para que um organismo se mantenha sadio e saudável, tanto física, quanto psiquicamente, é preciso<br />
que haja um equilíbrio entre todos os seus órgãos, sua mente, seu campo energético e seu meio<br />
ambiente. Neste caso, a energia flui livremente por todo o organismo dirigi<strong>da</strong> por nossa consciência.<br />
No momento em que há uma desarmonia entre a consciência dentro de nós, o nosso plano de vi<strong>da</strong> e<br />
nossa experiência de vi<strong>da</strong> –há um conflito- a energia não circula mais livremente e vivemos um<br />
bloqueio que irá se refletir em nosso corpo, nossa reali<strong>da</strong>de material, nossas emoções, nossa<br />
personali<strong>da</strong>de e nossas realações de trabalho, família, etc.<br />
Curar-se é desenvolver o que nos corresponde, é experienciar o bem estar, a harmonia e o equilíbrio<br />
que provém do livre fluir <strong>da</strong> energia no nosso organismo.<br />
Um trauma, um abalo emocional, produz alterações energéticas intensas, que nos levam ao<br />
desequilíbrio orgânico ou psicológico que, se não tratado, que levam à doença.<br />
As atitudes mentais também podem afetar a harmonia <strong>da</strong> energia sutil, todo o campo energético do<br />
indivíduo, seu bem estar, sendo sua causa o pensamento e seu efeito a desarmonia.<br />
A desarmonia geral, enquanto desequílibrio energético, é a conseq6uência do bloqueio <strong>da</strong> energia<br />
estagnação ou sua cristalização, sendo que o resultado psicossomático aparece no corpo físico, uma<br />
vez que nossas emoções são estímulos mentais interagindo com os “chakras” e todo o campo de<br />
energia sutil que acompanha o corpo físico.<br />
Chakra em Sânscrito significa “ro<strong>da</strong>”. Chakras são, pois, vórtices de energia vitl que captam,<br />
armazenam e distribuem esta energia para todo o organismo.<br />
Os chakras se encontram no corpo bioplasmático, que é uma emanação de energia com cerca de 1 cm<br />
do corpo físico, e são interligados por canais chamados NADIS. São inúmeros.<br />
A linguagem dos chakras e sua relação com o corpo físico e áreas <strong>da</strong> consciência nos possibilita “ler”<br />
como em um espelho máico, sintomas, traumas, doenças e ca<strong>da</strong> momento de ruptura e transformação<br />
em nossa vi<strong>da</strong>, pois o corpo traz, armazenado em si, to<strong>da</strong> a nossa história.<br />
Uma vez que somos seres de pura energia, é fácil de entender como ocorre a cura.<br />
Com energia se transforma a estrutura <strong>da</strong> matéria. Se dividimos uma célula, teremos uma molécula,<br />
prótons, elétrons, nêutrons, até chegarmos a uma estrutura onde não há mais nenhuma espécie de<br />
matéria física, só pura vibração, o Quark.<br />
O ser humano sendo constituído por uma estrutura molecular de partículas subatômicas, pode ter uma<br />
estrutura manipula<strong>da</strong>, transforma<strong>da</strong>, e nós, seres humanos, possuímos a capaci<strong>da</strong>de de manipular certas<br />
energias ain<strong>da</strong> não cataloga<strong>da</strong>s pelos cientistas.<br />
O corpo físico compacto do ser humano é uma ilusão perceptiva.<br />
O trabalho energético consiste em dissolver bloqueios que apareçam no alinhamento dos chakras e em<br />
todo campo energético do ser, pois ca<strong>da</strong> chakra está ligado a um plexo do corpo físico, um sistema,<br />
determina<strong>da</strong> glândula, um sentido, uma frequência vibratória e a uma área <strong>da</strong> consciência.<br />
152
A harmonização dos chakras pode causar transformações na pessoa que ela não quer viver. Então ela<br />
resiste e regride.As recaí<strong>da</strong>s irão se espaçando até que as pessoas se conscientize de que, realmente,<br />
deseja curar-se. São degraus de uma esca<strong>da</strong> que o indivíduo precisa “subir” passo a passo em sua<br />
evolução.<br />
To<strong>da</strong> cura é uma co-criação. Não se pode curar uma pessoa que não deseja a cura, que está se punindo<br />
inconscientemente.<br />
O resgate <strong>da</strong> criativi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> intuição revelados na nossa dimensão cósmica nos leva à cura.<br />
Ser saudável é resgatar e desenvolver o que lhe é próprio, e a chakraterapia harmoniza e equilibra,<br />
reconecta o indivíduo a sua essência.<br />
Curar-se significa voltar ao estado de conforto, equilíbrio <strong>da</strong> energia, bem estar, é voltar à uni<strong>da</strong>de.<br />
A chakraterapia promove a ampliação <strong>da</strong> consciência a auto-cura e cura de males físicos ou psíquicos.<br />
Leva o indivíduo a cultivar valores essenciais e a estabelecer relações mais harmoniosas consigo<br />
próprio com a vi<strong>da</strong> e com os outros.<br />
A prática <strong>da</strong> chakraterapia permite elevar o nível de energia <strong>da</strong> pessoa, e reduzir o stress. Aju<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong>,<br />
a ampliar a auto-estima, a alegria de viver, bem como ativa a memória, criativi<strong>da</strong>de e intuição, também<br />
se mostra útil no tratamento <strong>da</strong> depressão, angústia, insônia, fobias, obesi<strong>da</strong>de e outras perturbaçãoes<br />
emocionais.<br />
Um indivíduo alinhado á sua essência dificilmente adoece.<br />
Maria Helena Damiani<br />
Psicóloga Transpessoal CRP: 07/08161<br />
ANEXO 16<br />
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO-COMPORTAMENTAL<br />
“O alinhamento energético nas empresas e o aprimoramento <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong>de educativa e preventiva<br />
em saúde, segurança e quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> nas empresas”.<br />
1. Temas para coordenação do comitê geral<br />
• Definição de foco e de resultados<br />
• Estruturação <strong>da</strong>s áreas-chave de interesse<br />
• Definição dos comitês <strong>da</strong>s áreas-chave<br />
• Acompanhamento <strong>da</strong>s pautas, definição de objetivos e resultados<br />
2. O alinhamento bioenergético nas empresas<br />
• Introdução à metodologia do alinhamento estratégico-comportamental<br />
• A importância <strong>da</strong>s três ecologias<br />
• desafio nas empresas: aprimorar a mentali<strong>da</strong>de educativa e preventiva na gestão empresarial<br />
Temas para a coordenação do Comitê:<br />
Sugestão de áreas-chave de interesse do comitê<br />
Comitê 1 - Projeto de Lei<br />
Comitê 2 - Formação e certificação de profissionais<br />
Comitê 3 - Resultados clínicos comprovados ou resultados ao cliente<br />
Comitê 4 - Alternativas de melhoria <strong>da</strong>s questões de saúde nas empresas<br />
Comitê 5 - Educação com mentali<strong>da</strong>de integral<br />
153
INTRODUÇÃO A METODOLOGIA:<br />
O que é a metodologia do alinhamento estratégico-comportamental?<br />
O alinhamento estratégico-comportamental visa ajustar a estrutura empresarial a partir <strong>da</strong> integração<br />
do comportamento <strong>da</strong>s lideranças e do consenso quanto aos objetivos <strong>da</strong> empresa.<br />
O alinhamento bioenergético nas empresas<br />
A importância do paradigma ecológico para o aprimoramento <strong>da</strong>s lideranças e dos modelos de gestão<br />
nas empresas:<br />
• Ecologia pessoal (amor-próprio)<br />
• Ecologia social (relacionamentos)<br />
• Ecologia planetária (ambiente)<br />
O alinhamento bioenergético nas empresas<br />
O grande desafio: aprimoramento <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong>de educativa e preventiva nas questões de saúde,<br />
segurança e quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> nas empresas:<br />
• Administração e Recursos Humanos;<br />
• Modelo de gestão que priorize o equilíbrio <strong>da</strong>s questões humanas, tecnológicas e econômicas;<br />
• Liderança (o líder como referência ou modelo de influência construtiva na formação <strong>da</strong>s pessoas);<br />
• Qualificação <strong>da</strong> cultura organizacional para melhoria dos resultados em saúde, segurança e<br />
quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> no trabalho.<br />
Luciano Ferrarini<br />
Psicólogo e consultor de empresas.<br />
Sócio- Presdidente <strong>da</strong> empresa Korr Business- relações com resultado s/c LTDA<br />
ANEXO 17<br />
RADIÔNICA<br />
Escrever sobre radiônica é um assunto que encanta e importante de compartilhar com os interessados,<br />
um a vez que ele é um tema ca<strong>da</strong> vez mais discutido nos meios acadêmicos, envolvendo alunos,<br />
professores, pesquisadores e radiestesistas.<br />
Para sua abor<strong>da</strong>gem, há que se buscarem na história aqueles que ousaram com seus experimentos. Os<br />
primeiros estudos são classificados como era pré-radiônica, a qual antecedeu a atual radiônica.<br />
Paracelsus (1490-1541) encontrava na natureza o campo de sua aprendizagem por meio <strong>da</strong> observação<br />
dos fenômenos naturais. Em sua opinião, a doença tem origem no campo sutil e depois passa para o<br />
campo físico.<br />
Jobn Baptista Van Helmont (1577-1644) foi um discípulo e seguidor do Dr. Paracelsus. Acreditava<br />
que o homem influenciava seus semelhantes com sua energia.<br />
Baron Karl Reichenback (1788-1869) informava que na natureza encontra-se<br />
energia vin<strong>da</strong> de diversos lugares, tais como, seres vivos animais e homens.<br />
Essa energia chama-se odica.<br />
Já o Dr. Christiam Samul Habnnemann (1795-1871), conhecido como o pai <strong>da</strong><br />
homeopatia, em sua descoberta afirma que ?semelhante atrai semelhante?.<br />
Contudo, a maioria dos historiadores considera o século XX como o século do surgimento <strong>da</strong><br />
radiônica propriamente dita.<br />
O Dr.Albert Abrahams (1863-1924) concluiu seu curso de Medicina na América e transferiu-se, para<br />
seguir seus estudos, para a Universi<strong>da</strong>de de Heidelberg, onde se graduou. Após uma déca<strong>da</strong> de<br />
154
pesquisa, publicou em 1910,? Novos Conceitos de Diagnósticos e de Tratamento?. Nesta obra<br />
defendeu com veemência que to<strong>da</strong> matéria emite energia. Iniciou seus experimentos e desenvolveu<br />
equipamentos de radiônica para tratamento de órgãos nos seres vivos.<br />
Seu primeiro instrumento chamou-se ?ocilosclast?. Chamou atenção, nesta época, de vários médicos<br />
quiropatas, mas uma se destacou como sua seguidora, a dra. Ruth Drown (1896-1966). Foi muito<br />
importante e deixou diversas informações sobre radiônica, além de criar novos instrumentos. Fazia<br />
tratamento à distância, obtendo bons resultados. Utilizou a borracha como um dos componentes dos<br />
seus equipamentos. Ela foi a pioneira, desenvolvendo a primeira máquina<br />
capaz de produzir remédios vibracionais a partir <strong>da</strong> fixação de índices vibracionais.<br />
Também conseguia fazer diagnóstico à distância com uma amostra de sangue num papel filtro.<br />
A Dra. Ruth recebeu homenagem em 1946, no Museu de Nova York <strong>da</strong> Ciência<br />
e Indústria, por ter se destacado em seus estudos na melhora <strong>da</strong> saúde <strong>da</strong>s pessoas. Muito dos atuais<br />
equipamentos ain<strong>da</strong> têm o perfil <strong>da</strong>s idéias <strong>da</strong> Dra. Ruth. Desoladoramente, esta dedica<strong>da</strong> médica foi<br />
presa, com seus equipamentos, ao atingir 70 anos de i<strong>da</strong>de.<br />
Outro estudioso que muito contribuiu para o desenvolvimento de radiônica foi o engenheiro civil<br />
George de La Warr (1904- 1069). Fundou um laboratório de pesquisas em Oxford (Inglaterra). Nele<br />
desenvolveu um aparelho radiônico para diagnóstico, que é utilizado atualmente. Também<br />
desenvolveu pesquisas à distância, com o uso de plantas.<br />
Outros nomes que merecem ser citados como colaboradores importantes no desenvolvimento <strong>da</strong><br />
radiônica:<br />
Malcom Era (1913-1979). Dedicou-se intensamente ao campo mental; David Tansley. Iniciou estudos<br />
de radiônica em 1970. A ele, pensador e crítico do assunto radiônica, pode-se atribuir o avanço na<br />
forma de fazer diagnóstico com critérios rigorosos.<br />
Atualmente, é com dificul<strong>da</strong>de que se consegue encontrar no mercado o equipamento<br />
do Dr. Tansley, porém há que se entender que a radiônica é um estudo (e trabalho) ain<strong>da</strong> pouco<br />
conhecido no Brasil, mesmo que o número de seus interessados venha crescendo nos últimos anos.<br />
Existe linha de pensadores que, curiosamente, estu<strong>da</strong>m este assunto sob ângulos diferentes. Uns<br />
relacionam a radiônica como magia cerimonial, ou seja, a comunicação entre o operador e a máquina.<br />
Assim, é pré-requisito para este estudo ou trabalho ter domínio de magia. Outros falam <strong>da</strong> radiônica,<br />
fazendo uma relação com os gráficos. O certo em tudo isso é que estas caixas pretas<br />
ain<strong>da</strong> guar<strong>da</strong>m muitos segredos e que cabe aos interessados ir descobrindo as novi<strong>da</strong>des. Sua utili<strong>da</strong>de<br />
é ampla no campo terapêutico, potencializará remédios e limpeza de campos energéticos, além de<br />
tratamento à distância para pessoas, animais, plantações e empresas.<br />
Prof. Renato Padilha.<br />
Relações Públicas, Radiestesista. Prof <strong>da</strong> Escola Biocentru de Erechim-RS<br />
ANEXO 18<br />
BIOENERGIA<br />
O que você tem feito <strong>da</strong> sua energia vital? O que está por detrás de tudo o que você acredita? De<br />
onde vem a força que transforma a sua reali<strong>da</strong>de? Como explica as coincidências e oportuni<strong>da</strong>des<br />
que surgem do na<strong>da</strong>?<br />
Há mais de 400 bilhões de bits de informação por segundo que passam fora <strong>da</strong> nossa percepção<br />
habitual, acostuma<strong>da</strong> a reconhecer apenas 2 mil bits relacionados ao monitoramento do ambiente,<br />
corpo e tempo. Mas, elas existem e são mais reais do que as nossas emoções podem permitir.<br />
155
O sentimento tem um poder profundo de unir o pensamento a uma sensação física capaz de alterar<br />
nossas convicções sobre qualquer coisa. Áreas do cérebro responsáveis pelo mecanismo de satisfação<br />
definem o que queremos, outras de prazer definem o que gostamos e to<strong>da</strong>s elas ativa<strong>da</strong>s pelos<br />
neurotransmissores no sistema nervoso e os hormônios na corrente sanguínea. Sem esquecer os<br />
sistemas de alerta que correspondem a organizações bem defini<strong>da</strong>s como Autônomas Simpáticas.<br />
A aceitação <strong>da</strong> idéia de que existe mais do que conhecemos e que isso se reflete nos nossos<br />
pensamentos e emoções e vice-versa, que a repetição de um comportamento nocivo desencadeia uma<br />
somatização desarmoniosa no ponto físico mais vulnerável, que hormônios vitais só são produzidos<br />
em agradáveis estados emocionais são alguns dos aspectos trabalhados pela bioenergética.<br />
Todos os conceitos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> muito estu<strong>da</strong>dos em sala de aula são aplicados nesta prática de Física,<br />
Química até chegar na Biologia. Assim como as cama<strong>da</strong>s atômicas e subatômicas, criamos um campo<br />
energético gigante ao nosso redor dividido em estados de consciência - uns bem comuns como o<br />
pensamento e emoçoes, outros mais profundos como a existência e Vontade.<br />
E o centro do nosso ser está situado o complexo de glândulas e sistemas pelas quais elas são<br />
responsaveis. Na Bionergética podemos perceber como esses chakras interagem com o estímulo<br />
mental e seu reflexo nas crenças e manifestações. A Bíblia trata do início ao fim de abor<strong>da</strong>gens<br />
bioenergéticas, com ênfase CLARA na descrição do Apocalipse-a revelação.<br />
A canalização positiva deste potencial do sistema límbico, harmonizando a mente aos estímulos<br />
emocionais, criando a identi<strong>da</strong>de do Ser como o senhor <strong>da</strong> sua ver<strong>da</strong>de, livre de padrões que limitem<br />
suas habili<strong>da</strong>des e expressão representa o papel do Homem na Terra, de realizar seu Espírito.<br />
A Bioenergética é o mecanismo de cura <strong>da</strong> Terapia Bioexpressiva. A base de to<strong>da</strong>s as vivências,<br />
exercícios, metas e consultas. É o conhecimento do qual a terapeuta faz uso para resgatar a essência<br />
Divina que habita em todos nós, na consciência de estarmos interligados com tudo o que demais existe.<br />
ANEXOS 18<br />
BIOENERGIA<br />
Luciana Flat<br />
Terapeuta biexpressiva<br />
Estu<strong>da</strong>nte de Psicologia FACCAT<br />
Na busca de um melhor entendimento sobre as bioenergias estamos departamentalizando estas<br />
informações, isto é, repartindo o conhecimento, de forma que os indivíduos possam absorver esses<br />
ensinamentos. Dividiremos este conteúdo em três segmentos: Energia Imanente, Energia Consciêncial<br />
e as <strong>Bioenergia</strong>s.<br />
Há aproxima<strong>da</strong>mente 5 bilhões de anos, um fragmento incandescente se desprendeu <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s ou<br />
porções externas do sol. Esse fragmento entra em uma determina<strong>da</strong> órbita em obediência à Mecânica<br />
Celeste, iniciando o Planeta Terra. Esse planeta é o mais novo <strong>da</strong> família solar, nascia e iniciava a sua<br />
peregrinação cósmica. Começavam neste momento as interações energéticas.<br />
Com o nascimento <strong>da</strong> terra, surgia a energia imanente, um tipo de energia que permeia to<strong>da</strong>s as coisas,<br />
todos os reinos e todos os seres. É um fenômeno universal, identificado em épocas, civilizações,<br />
lugares. Desde as antigas tradições ocultas, esotéricas e pré-científicas. A energia imanente é a energia<br />
primária, difusa e dispersa em to<strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des do universo. Ela é essencial, impessoal, metavísivel e<br />
onipresente. A energia imanente é a reali<strong>da</strong>de mais aproxima<strong>da</strong> <strong>da</strong> perfeição ou não-entrópica, o<br />
sinergismo em um nível quase absoluto.<br />
156
Vivemos como ondulações de energia no vasto oceano de energia cósmica. A energia imanente é a<br />
matriz primordial e fun<strong>da</strong>mental do universo, através dela e com ela, fizemos parte e interagimos com<br />
todo o cosmos, os planetas, as estrelas e todos os reinos <strong>da</strong> natureza.<br />
A vi<strong>da</strong> é manti<strong>da</strong> através <strong>da</strong>s energias imanentes e ela se manifesta no Todo, e se a estrutura for<br />
desmembra<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> desaparece. Ela representa a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s experiências e possibili<strong>da</strong>des que se<br />
tornam disponíveis ao longo <strong>da</strong> existência de um sujeito ou <strong>da</strong> essência humana em geral.<br />
Então, tudo o que surgiu sobre o mundo cognoscível se desprendeu ou é oriundo de um ponto do<br />
universo o que se tornou seu próprio ponto central, com a que<strong>da</strong> se transformou em matéria. Estamos<br />
circun<strong>da</strong>dos por um campo infinito de energias imersos em um sutil oceano de energia vital primordial<br />
que continuamente está a fluir e vibrar num movimento de expansão e a partir do ponto central, o<br />
grande coração cósmico.<br />
O fluxo contínuo dessa elergia universal e imanente é também denominado ki (japonês), orgônio<br />
(Willhelm Reich: 1897/1957); Prana (Iogues: Índia); Sincronici<strong>da</strong>de (Carl Gustav Jung: 1875/1961);<br />
Acasa (Hindus); Azote (alquimistas); Campo Unificado (Albert Einstein); Energia Cósmica, energia<br />
biótica, energia invisível, energia pré-física (George De La Warr); Energia Primal, Energia Primordial,<br />
Energia Vital, Energia Universal, Fluido Vital (Allan Kardec).<br />
Como se observa, na relação desta sinonímia que foi trazi<strong>da</strong> e registra<strong>da</strong> na Cosmoscienciologia<br />
(Valdo Vieira) estas denominações e termos <strong>da</strong> energia imanente que a rigor não são todos sinônimos,<br />
mas se equivalem em suas finali<strong>da</strong>des convergentes, representam diferentes nomes para o mesmo tipo<br />
de conceito, a humani<strong>da</strong>de está tendo conhecimento e enetendimento dessa energia que permeia o<br />
Cosmos, aparentemente onipresente, multímo<strong>da</strong> e constrata<strong>da</strong> trinta séculos antes <strong>da</strong> Era Cristã.<br />
Do ponto de vista geral, aceita-se hoje que to<strong>da</strong> matéria é energia, sendo inconcebível a Criação sem<br />
energia, não a vemos e não a tocamos, mas observamos tão somente suas manifestações. Sabemos que<br />
não são físicas,não podem ser cria<strong>da</strong>s, nem destruí<strong>da</strong>s, mas transferi<strong>da</strong>, capta<strong>da</strong>, transforma<strong>da</strong>,<br />
modula<strong>da</strong>, emiti<strong>da</strong>, projeta<strong>da</strong> pelas estruturas do subconsciente humano e potencializa, assim,<br />
influindo nos fenômenos para-normais e na projetabili<strong>da</strong>de.<br />
Segundo a Conscienciologia a energia imanente constitui fator essencial para a explicação satisfatória<br />
de ocorrências como: Acupuntura, autodefesas extra-físicas, autoluminosi<strong>da</strong>de, ballonment (robustez<br />
energética por captação) banho energético, estado vibracional, digitopressura, homeopatia, passes<br />
curativos, rastro de Luz do psicossoma, etc.<br />
Segundo Einstein: E=mC², esta equação, demonstra que bio, a matéria e a energia interagem entre si e<br />
são interconversíveis, portanto, interliga<strong>da</strong>s e coexistentes. Então, matéria e energia são a mesma<br />
coisa.<br />
A energia imanente quando capta<strong>da</strong> pelo ser humano se transforma em Energia Consciencial, essa<br />
energia é a que nós absorvemos <strong>da</strong>s fontes de energia imanente e a empregamos em tudo o que<br />
fizemos. Ela parece ser responsável pelos atributos ou quali<strong>da</strong>des conquista<strong>da</strong>s pela personali<strong>da</strong>de<br />
humana, chama<strong>da</strong>s: encanto pessoal, carisma, glamour, axé, it, magnetismo pessoal, sex-appeal,<br />
vibração, vitali<strong>da</strong>de.<br />
A ação <strong>da</strong> Energia consciencial evidencia estar intimamente liga<strong>da</strong> a mecanismos homeostáticos,<br />
mantendo o organismo humano num estado plenamente sadio. A Energia Consciencial altera o<br />
movimento molecular, produz calor durante as transmições terapêuticas afetando os processos autoreguladores,<br />
que mantêm a ordem nos sistemas iológicos, e isso, capacita o organismo a vencer a<br />
entropia.<br />
157
A Energia Consciencial pode ser transferi<strong>da</strong> de um doador para o receptor humano. Experiências<br />
demostram que a água trata<strong>da</strong> com energia covencional mu<strong>da</strong> a cor <strong>da</strong> solução cristal, a liga de<br />
hidrogênio, e as proprie<strong>da</strong>des de eletrici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água.<br />
Através <strong>da</strong> Energia consciencial, cria-se formas, pensamentos, assédios intrafísicos, criações,<br />
objetivos, acoplamentos químicos, acupuntura.<br />
A energia Consciencial se mobiliza pela ação <strong>da</strong> vontade de uma consciência encarna<strong>da</strong>. Ela é tão<br />
poderosa que penetra nos corpos humanos e nos corpos dos animais.<br />
Todos possuímos Energia Consciencial no corpo inteiro e o alimentamos com ela, armazenamos uma<br />
maior quanti<strong>da</strong>de no eixo cérebro-espinhal e no plexo solar. A qualificação d Energia Consciencial<br />
especifica o grau de evolução do indivíduo no egocarma (seu carma) e no grupocarma (carma grupal,<br />
família e amigos) que está inserido e na equipe evolutiva física e extrafísica (assédios e amparadores).<br />
Quanto maior a evolução maior é a freqüência energética que é demonstra<strong>da</strong> pela lucidez e maturi<strong>da</strong>de<br />
a consciência, o refinamento dos pensamentos, a incorruptibili<strong>da</strong>de cosmoética, o senso de<br />
comuni<strong>da</strong>de, o fraternismo e a capaci<strong>da</strong>de de discernimento.<br />
Quanto menor a modificação que se imprime à energia Imanente, ou seja, quanto mais pura você a<br />
devolver para as pessoas com quem contacta e para o Planeta Terra (meio ambiente), melhor será a<br />
quali<strong>da</strong>de universalista e doadoura de sua energia para o bem geral, isto quer dizer, sem contaminação<br />
dos pensamentos e emoções, maior será a sua identificação com o Cosmos.<br />
A Energia Imanente quando capta<strong>da</strong> por seres humanos se transforma em uma Energia Consciencial e<br />
as Consciênciais se transformam em “<strong>Bioenergia</strong>s”.<br />
A consciência ou ego opera através <strong>da</strong>s bioenrgias e se liga aos veículos de manifestação ou corpos<br />
conscienciais também através <strong>da</strong>s bioenergias. As bioenergias são o melhor que o ser conquistou em<br />
freqüência. Ela é o nosso cartão de visitas físico e extrafísico ou somos vistos pelos seres extrafísicos,<br />
pela cor de nossas auras e o brilho imanado por elas. A imagem que eu transmito aos outros é a<br />
exteriorização <strong>da</strong>s bioenergias, a palavra é a energia que exteriorizamos ao outro e para o planeta com<br />
valores conquistados.<br />
Evoluir é domar completamente as bioenergias e emprega-las com inteligência e conscienciabili<strong>da</strong>de<br />
que é, buscar o domínio máximo possível sobre as emoções e os pensamentos.<br />
A evolução <strong>da</strong> consciência baseia-se na conquista do aperfeiçoamento máximo de sua Energia<br />
Consciencial personalíssima, que se organiza como bioenergia e mobiliza buscando o aperfeiçoamento<br />
e ampliando a reali<strong>da</strong>de intima do ser. Para que o organismo se mantenha sadio, físico e psiquicamente<br />
é necessário que haja a homeostase holossomática (Conscienciologia) ou todos os veículos<br />
conscienciais equilibrados, e assim, o indivíduo promove a autocura que é a busca incessante <strong>da</strong><br />
consciência pelo estado de saúde integral, física, energética, psicológica, emocional e mental. A<br />
autocura é um posicionamento mental conquistado através <strong>da</strong>s bioenergias e nutri<strong>da</strong>s pela Energia<br />
Consciencial.<br />
No Universo existem duas reali<strong>da</strong>des: a consciência e as energias. A consciência se utiliza <strong>da</strong>s energias<br />
para se manifestar. As revoluções conscienciais mais profun<strong>da</strong>s são aquelas promovi<strong>da</strong>s pela própria<br />
consciência e através <strong>da</strong>s bioenergias. Resulta do domínio <strong>da</strong>s bioenergias <strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong> e no poder<br />
<strong>da</strong> consciência de decidir o próprio destino. Este é o ser evolucionante ele mobiliza a reciclagem<br />
intraconsciencial. É a redefinição de suas vivências lúci<strong>da</strong>s implantando um novo patamar de<br />
bioenergias que é autoconscienciabili<strong>da</strong>de. As bioenergias são forças imprescindíveis ao processo vital<br />
humano. Elas se reconstituem num manancial em reservas de força, tanto físicas quanto emocionais,<br />
mentais e psicológicas, prontas par equilibrar o indivíduo nos seus múltiplos processos evolutivos.<br />
Entretanto, é indipensável saber bem utilizar as bioenergias, <strong>da</strong>r-lhes aproveitamento, seja canalizando,<br />
desbloqueando, desassimilando, harmonizando, reconciliando e liberando a energia benigna,<br />
158
eparadora na superação dos próprios limites, e assim, sendo proporcionado paz aos diferentes veículos<br />
conscienciais.<br />
Quando a pessoa se concentra nas bioenergias, mobiliza essa corrente energética que é notável fluxo<br />
de força, pois associa ao seu próprio sistema, o sistema do corpo mental que é capaz, através <strong>da</strong><br />
vontade, gerar, mu<strong>da</strong>r, reciclar, transferir, inverter o fluxo, ou sentido <strong>da</strong> eenrgia para um ou outro<br />
corpo sutil.<br />
As energias estão na base de todos os acontecimentos. Mesmo antes deles ocorrerem no plano físico.<br />
Todos os pensamentos, sentimentos e emoções devem estabelecer-se na ver<strong>da</strong>de, no que é ético, justo,<br />
oportuno e correto para todos. A autentici<strong>da</strong>de é a quali<strong>da</strong>de de intenções na manifestação consciencial<br />
é confirma<strong>da</strong> pelas energias, não apenas pelo comportamento observável ou pelas atitudes de um<br />
indivíduo, mas pela postura <strong>da</strong>s suas bioenergias. Os nossos atos devem estar isentos de intenções<br />
nefastas, de dolo, de vontade de atingir negativamente ou de a descompensarem um outro ser. Se não<br />
tenho certeza do que é mais correto no momento, aguarde, espere clarear seus pensamentos e emoções,<br />
pesquise, colha a informação antes de agir, para evitar to<strong>da</strong> a energia que movimentamos que é<br />
egocarma e o grupocarma. Atua como uma lei de efeito e causa <strong>da</strong>s Energias Conscienciais como a lei<br />
de ressonância a “ Trama Cármica” é constituí<strong>da</strong> pelos filamentos do rastro pensênico ou dos<br />
pensamentos que a a consciência deixa à sua passagem de forma incessante que se constituem em<br />
“pega<strong>da</strong>s energéticas” (Valdo Vieira)<br />
Nossa vi<strong>da</strong> relacional começou muito antes <strong>da</strong> existência que nos encontramos hoje. A consciência<br />
humana carrega consigo a autobiografia afetiva e ela é a Energia Eonsciencial do ser. O passado nos<br />
afeta de maneira cosnciencial. As Energias Conscienciais adquirem características próprias, distintas e<br />
singulares, devido à emissão de pensamentos e ela contém um padrão específico, próprio de<br />
informações e essas informações são visíveis, facilmente detecta<strong>da</strong>s e chama-se vitali<strong>da</strong>de, força<br />
presencial, carisma, força mental, libido e etc.<br />
To<strong>da</strong> a matéria é deriva<strong>da</strong> <strong>da</strong> Energia Imanente e to<strong>da</strong> energia consciencial deriva<strong>da</strong> <strong>da</strong> energia<br />
Imanente essa fórmula constitui a chave para o entendimento do carma, que é o comprometimento<br />
evolutivo pessoal e grupal.<br />
Vivemos vi<strong>da</strong> de consenqüências, insconsciência e também inconseqüências. A Cosncienciologia nos<br />
diz que era consciencial aquela na qual a média <strong>da</strong>s consciências encontrar-se-á suficientemente<br />
evoluí<strong>da</strong>s, através dos autoenfrentamentos, redefinições, revoluções conscienciais e cosmoéticas,<br />
cria<strong>da</strong>s pelas vivências consciênciais lúci<strong>da</strong>s, autoevolutivas que convi<strong>da</strong> o ser a ampliar a reali<strong>da</strong>de<br />
íntima, promovendo a autocura que é a evolução em novo patamar alcançado que é<br />
autoconscienciabili<strong>da</strong>de.<br />
Bibliografia:<br />
BALONA, Malú. Autocura através <strong>da</strong> reconcialização. Rio de janeiro: IIPC, 2003<br />
Síndrome do estrangeiro. 2.ed. Rio de Janeiro: IIPC, 2000<br />
BENTO, Zuleica Monteiro. Renascendo na luz. Porto alegre: Fun<strong>da</strong>ção Educacional e Editorial<br />
Universalista. 2003<br />
Congresso Internacional de Projectologia.1;1990. rio de Janeiro. Anais.. rio de Janeiro. IIPC, 1990<br />
DETHLEFSEN, Rüdiger. A doença como caminho. São Paulo: Cultrix, 2003<br />
Encontro de Pesquisa <strong>da</strong> Consciência,3.;2002, Caxias do Sul. Anais do 3° EPECON. Caxias do sul:<br />
APC, 2002.<br />
SULFRIN, Luis Roberto. Sensisibili<strong>da</strong>de e consciência. Porto Alegre: fun<strong>da</strong>ção educacional e<br />
Editorial Universalista, 2002<br />
TOBEM, bob; WOLF, Alan Fred. Espaço, tempo e além. São Paulo: cultrix, 1989.<br />
VICENZI, Luciano. Coragem para evoluir. Rio de Janeiro. IIPC, 2001<br />
VIEIRA, Waldo. Manual <strong>da</strong> proéxis. Rio de janeiro: IIPC, 1997<br />
Nossa evolução, Rio de Janeiro: IIPC, 1994<br />
159
O que é conscienciologia. Rio de Janeiro: IIPC, 1994<br />
Projectologia. Londrian e editora Universalista, 1990<br />
Neuza Vale Vieira<br />
Terapeuta BioenergéticaFun<strong>da</strong>dora e diretora do Solares Núcleo de Cosmociência<br />
ANEXO 20<br />
A SAÚDE INTEGRAL DA MULHER<br />
Prevenção e Cura através <strong>da</strong> Terapia Floral<br />
A terapia Floral é muito nova enquanto técnica terapêutica e sinaliza uma maneira diferente de<br />
interpretar a doença e a saúde.<br />
Embasa<strong>da</strong> em paradigmas <strong>da</strong> física quântica ela ain<strong>da</strong> não encontra respaldo nos meios acadêmicos<br />
tradicionais, apesar dos benefícios que ela tem proporcionado no alívio de sofrimentos e desarmonias<br />
dos seres humanos.<br />
Está enquadra<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> medicina vibracional e reconheci<strong>da</strong> como tal pela organização mundial <strong>da</strong><br />
saúde desde 1976, atuando por comparação, de forma semelhante à homeopatia nos chamados “corpos<br />
sutis”, ou corpos de energia, que formam junto com o corpo físico , a anatomia humana.<br />
As essências florais não são medicamentos no sentido alopático, uma vez que são considerados<br />
remédios vibracionais, mas aju<strong>da</strong>m as pessoas a se confrontarem tranquilamente com suas dificul<strong>da</strong>des<br />
e a resolver seus problemas de forma mais harmônica. Possibilitam através <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong><br />
consciência, que a pessoa se conheça melhor e com isso assuma a responsabili<strong>da</strong>de pela sua saúde<br />
integral. Elas expandem nossa compreensão de como cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> saúde reconhecendo uma relação entre<br />
o corpo e a alma, entrelaçando os aspectos espiritual, emocional e físico do bem estar.<br />
A terapia floral é um conhecimento milenar e tem origem na sabedoria <strong>da</strong>s antigas civilizações do<br />
extremo oriente, dos índios do continente americano e dos aborígenes <strong>da</strong> Austrália.<br />
Um médico inglês, Dr. Edward Bach, redescobriu esse conhecimento elaborando to<strong>da</strong> uma filosofia<br />
para a nossa compreensão de como funcionam as essências florais.<br />
Embora outros estudiosos do assunto, em épocas anteriores, também tenham contribuído para esse<br />
estudo, cabe ao Dr. Bach o mérito de ter nos legado esse conhecimento, de forma mais sistematiza<strong>da</strong>.<br />
A partir de suas pesquisas com 36 essências florais, outros pesquisadores de várias partes do mundo<br />
continuaram seu trabalho e hoje existem cerca de 2.500 essências sendo experimenta<strong>da</strong>s, muitas delas<br />
com resultados comprovados em inumeras pessoas.<br />
Este é um movimento muito poderoso, que surge com muita força e simultaneamente em diversas<br />
partes do planeta, apoiando processos de harmonização individual e coletiva tendo em vista a<br />
necessi<strong>da</strong>de de buscar a saúde integral <strong>da</strong>s pessoas e <strong>da</strong>s organizações.<br />
Através de reflexão interior, auto-observação, consulta e diálogo com um profissional especializado<br />
em terapia floral, é possível a compreensão <strong>da</strong>s situações e dos desafios <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que trazem<br />
desarmonia à pessoa exigindo reformulações.<br />
É importante que a pessoa tenha consciência dos objetivos positivos <strong>da</strong> transformação a ser feita, assim<br />
como <strong>da</strong>s áreas de dor e sofrimento que serão mobiliza<strong>da</strong>s no tratamento. Esse trabalho não é fácil e<br />
exige por parte do profissional que acompanha esse processo, um conhecimento do assunto em<br />
profundi<strong>da</strong>de, além de sensibili<strong>da</strong>de e capaci<strong>da</strong>de intuitiva bem desenvolvi<strong>da</strong>.<br />
Esse conhecimento será obtido através do Curso de Formação em Terapia Floral, que se propõe a<br />
oferecer uma fun<strong>da</strong>mentação teórica e prática que vai embasar o conhecimento sobre a medicina <strong>da</strong><br />
alma, ensinando o participante a pensar vibracionalmente e possibilitando-lhe segurança para<br />
desempenhar o papel de facilitador.<br />
160
O CENTHAURUS - Centro Escola de Terapias Alternativas, empresa responsável pelo sub-projeto é<br />
uma instituição de caráter clínico e educacional, cria<strong>da</strong> em maio de 1992 visando o atendimento<br />
clínico multidisciplinar, bem como a formação de terapeutas florais.<br />
É pioneiro, no Rio Grande do Sul, na organização do Curso de Formação de Terapeuta Floral, tendo<br />
iniciado a 1a turma em 1993 e atualmente ministrando o 4 o Curso de Formação.<br />
Jussara C. de Oliveira<br />
Diretora do Centhaurus, organiza e ministra o curso, é psicóloga forma<strong>da</strong> na PUC em 1968 e<br />
terapeuta floral desde 1990. Iniciou sua formação como terapeuta floral com a Dra. Carmem Monari,<br />
no curso sobre Florais de Bach e posteriormente aprofundou conhecimentos de outros sistemas,<br />
participando de seminários com os pesquisadores dos sistemas: Minas, Agnes, Araretama, Filhas de<br />
Gaia e Vi<strong>da</strong>, (Brasileiros); Bush Flower Essence e Living Essences (Austrália); Alaska, Desert<br />
Alchemy (Arizona), Holan<strong>da</strong>, Himalaya e Pacífico (Canadá). Também especializou-se no Sistema<br />
Desert Alchemy, no próprio habitat <strong>da</strong>s essências, no deserto do Arizona, através de vários cursos<br />
com a pesquisadora Cynthia Kemp Scherer .<br />
ANEXO 21<br />
O TERAPEUTA EDUCADOR E O EDUCADOR TERAPEUTA<br />
Nesta minha caminha<strong>da</strong> de quatro déca<strong>da</strong>s, tenho navegado por muitos mares do amor. Sim, porque o<br />
amor possui muitos mares, muitas águas, muitas formas, muitas faces, muitas vi<strong>da</strong>s. Vi<strong>da</strong>s que vieram<br />
antes e que irão depois; vi<strong>da</strong>s que foram, que são e que serão; vi<strong>da</strong>s que vêm, vi<strong>da</strong>s que vão. Nesse vai<br />
e vem de to<strong>da</strong>s as vi<strong>da</strong>s, apenas o amor permanece. Permanece por ser eterno, permanece por SER. O<br />
amor não força, não enquadra, não impões limites – além dos naturais, é claro -, simplesmente deixa<br />
qua a vi<strong>da</strong> siga seu fluxo natural e seja o que é: plena de transformação. O amor mu<strong>da</strong> na<strong>da</strong> ou<br />
ninguém, mas transforma (vem antes, é a própria e vai além <strong>da</strong> forma), transforma tudo no que veio<br />
para ser.<br />
Três coisas são absolutas e não podem ser destruí<strong>da</strong>s: consciência, ser e amor. Você estará amando<br />
quando souber que você é amor. O amor é o impulso <strong>da</strong> evolução que expande a vi<strong>da</strong>. Qualquer desejo<br />
de crescer está seguindo o fluxo do amor. Se você bloquear seus desejos, vai bloquear seu caminho<br />
natural de crescimento. O amor é o início <strong>da</strong> jorna<strong>da</strong>, o seu fim e a própria jorna<strong>da</strong>. (...) o amor se<br />
baseia, não no modo como você age ou sente, mas no seu nível de consciência. (...) a mente julga o que<br />
é bom ou mau; o amor só traz o bem. As outras pessoas parecem erra<strong>da</strong>s quando as perspectivas delas<br />
não correspondem às suas. Todos os desacordos são resultados <strong>da</strong> má compreensão do nível de<br />
consciência <strong>da</strong> outra pessoa (Deepak Chopra).<br />
O que é o Amor, se não essa energia que nos move <strong>da</strong> luz ao húmus, do húmus à concepção, <strong>da</strong><br />
concepção à luz, <strong>da</strong> luz às relações, <strong>da</strong>s relações à vi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> à morte, <strong>da</strong> morte ao Ser? Que sou eu,<br />
que é você, se não frutos dessa energia que nos leva à sinergia e nos faz viver, do mesmo amor que nos<br />
conduz, também, à dor, que nos faz crescer?<br />
O que é a educação se não uma atitude de puro amor, de entrega, de envolviemnto, de compromisso<br />
com a p´ropria vi<strong>da</strong> e a vi<strong>da</strong> do outro, de compromisso com a vi<strong>da</strong> de todos os sres que dão sentido à<br />
existência, de compromisso com to<strong>da</strong>s as vi<strong>da</strong>s as quais dão sentido à própria vivência? O que é a<br />
educação se não fazer brotar sentido no jardim <strong>da</strong>s infâncias e no jardim dos sentidos de ca<strong>da</strong> pessoa?<br />
O que é a educação, se não, pelo poder <strong>da</strong> autogestão e <strong>da</strong> sugestão, pôr-se a serviço de to<strong>da</strong>s as vi<strong>da</strong>s.<br />
Ao falar em serviço – o viço do ser -, falo também em servir – vir a ser . se estou em pleno viço, sirvo,<br />
e se sirvo no viço do ser, eu sou. Eu sou o próprio serviço e, dessa forma me transformo, pela magia do<br />
amor, em Educador e, <strong>da</strong> dor, em Terapeuta, porque, pela minha inteireza, curo a inteireza do outro ao<br />
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servir e, no serviço, venho a ser, me torno quem sou. Então, sou educador ao educar para a cura, e sou<br />
Terapeuta ao mediar a cura pela educação.<br />
Mauro José Santin<br />
Pe<strong>da</strong>gogp. <strong>Especial</strong>ização em psicologia Transpessoal – UNIPAZ<br />
ANEXO 22<br />
QUEM É O TERAPEUTA HOLÍSTICO?<br />
é aquele indivíduo que interpreta os sinais <strong>da</strong> naturea, na naturea humana, por ter conhecimento:<br />
técnico, científico, dos livros sagrados <strong>da</strong> naturea e do coração; dos sonhos e dos eventos <strong>da</strong><br />
eixistência, no que concerne à sua atuação (Reiki, Massagem,...) agrangendo to<strong>da</strong>s as dimensões do<br />
Ser Humano, corpo, alma e mente, visando a reintegração deste com o Espírito Universal, tendo<br />
ciência de que seu papel é simplesmente cui<strong>da</strong>r e não curar, já que a natureza que cura e se cura. Antes<br />
de tudo o terapeuta cui<strong>da</strong> do que não é doente em nós, ou seja, o SOPRO Sagrado=Espírito.<br />
Saúde plena para o terapeuta refere-se ao equilíbrio entre o corpo, a alma e a consci~encia enquanto<br />
habitados pelo espírito. O terapeuta cui<strong>da</strong> do corpo que o templo do espírito, cui<strong>da</strong> do desejo<br />
orientando-o para o essencial, cui<strong>da</strong> do imaginal que são os arquétipos (modelos) que estruturam a<br />
nossa consciência; cui<strong>da</strong> de si enquanto cui<strong>da</strong> do outro e cui<strong>da</strong> do outro enquanto cui<strong>da</strong> de si.<br />
O terapeuta holístico tem consciência que, ele e a pessoa atendi<strong>da</strong> por ele, são ambos microcosmos que<br />
os tornam um, num todo. Por exemplo, ao trabalhar o aspecto dos física está atingindo to<strong>da</strong> a estrutura<br />
cósmica desse ser. Isso só é possível se conhcer as partes que compõem a todo: corpo, alma e mente.<br />
O papel do terapeuta é despertar o SER no Ser Humano, aju<strong>da</strong>ndo-o a retornar à sua origem de ligação<br />
com o criador de onde veio, integral, saudável, em perfeito equilíbrio. Quando se separa <strong>da</strong> fonte<br />
criadora o corpo físico somatiza e a doença instala-se, pois já estava na psique pelo rompimento do<br />
campo energético.<br />
Como o terapeuta entenderá seu cliente se não tiver conhecimento do ser matéria. Ser Espírito e ser<br />
mente ligado ao Espírito Universal?<br />
Holismo é uma forma de compreendermos a posição que ocupamos no mundo. Somos um todo com as<br />
partes inter-relaciona<strong>da</strong>s.<br />
Helena Vicensi<br />
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