R - Instituto Superior de Engenharia do Porto
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ARTIGO TÉCNICO<br />
Henrique Jorge <strong>de</strong> Jesus Ribeiro da Silva; António Augusto Araújo Gomes<br />
<strong>Instituto</strong> <strong>Superior</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
QUEDAS DE TENSÃO<br />
EM INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO<br />
1 ENQUADRAMENTO<br />
Numa instalação eléctrica, por motivos técnicos e funcionais,<br />
a tensão aplicada aos terminais das cargas, isto é, <strong>do</strong>s<br />
equipamentos <strong>de</strong> utilização, <strong>de</strong>ve manter-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s limites.<br />
Cada equipamento possui uma tensão estipulada, fixada pela<br />
norma respectiva. A aplicação <strong>de</strong> tensões abaixo <strong>do</strong>s limites<br />
<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong> prejudicar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sses<br />
equipamentos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> reduzir a sua vida útil ou mesmo<br />
impedir o seu funcionamento.<br />
As quedas <strong>de</strong> tensão nas instalações <strong>de</strong>vem ser calculadas<br />
durante a fase <strong>de</strong> projecto, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser cumpri<strong>do</strong>s os limites<br />
máximos fixa<strong>do</strong>s pelos respectivos regulamentos aplicáveis.<br />
2 QUEDA DE TENSÃO<br />
- Apenas se levam em conta as impedâncias longitudinais,<br />
resistências e indutâncias, <strong>de</strong>sprezan<strong>do</strong>-se as<br />
admitâncias transversais, perditâncias e capacitâncias.<br />
Em instalações <strong>de</strong> Baixa Tensão, o comprimento das<br />
canalizações não vai além das poucas centenas <strong>de</strong><br />
metros e sen<strong>do</strong> a frequência utilizada a frequência<br />
industrial <strong>de</strong> 50Hz é possível <strong>de</strong>sprezar, para as mais<br />
baixas secções, os efeitos da indutância, capacitância e<br />
pelicular, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se assim os condutores como<br />
resistências puramente hómicas. Daí termos:<br />
Z = R + jX ≅ R Y = G + JB ≅ 0<br />
L<br />
- Tomar-se-á uma temperatura <strong>do</strong> condutor igual à<br />
máxima admissível em regime permanente.<br />
Para o receptor da Fig. 1, a queda <strong>de</strong> tensão que importa<br />
observar é a diferença entre os valores absolutos das<br />
tensões à partida e à chegada, isto é,<br />
c<br />
Na <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> uma fórmula aplicável à <strong>de</strong>terminação da<br />
queda <strong>de</strong> tensão num circuito ter-se-ão em conta os<br />
seguintes pontos:<br />
- Consi<strong>de</strong>ram-se sistemas trifásicos em regime<br />
equilibra<strong>do</strong>;<br />
U 0 − U 1<br />
Da figura 1 <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong><br />
triangular, a diferença entre as leituras <strong>do</strong>s voltímetros V0 e<br />
V1 há-<strong>de</strong> ser menor que a indicação <strong>do</strong> voltímetro Vz. Daí<br />
que esta tensão não nos interesse muito para o objectivo em<br />
vista, isto é, o <strong>do</strong> dimensionamento <strong>do</strong> cabo.<br />
V<br />
R<br />
jω<br />
L<br />
I −<br />
V<br />
V − V −<br />
0<br />
1<br />
V<br />
Fig. 1 – Circuito monofásico RL<br />
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