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Capacitação em destaque - Justiça Federal

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Justiça<br />

<strong>Federal</strong><br />

Informativo da Seção Judiciária do Paraná<br />

Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro - Outubro/2008<br />

Capacitação <strong>em</strong> <strong>destaque</strong><br />

<strong>em</strong> revista<br />

Curitiba<br />

Compilação de dados<br />

sobre o investimento na<br />

capacitação de<br />

servidores na Seção<br />

Judiciária do Paraná<br />

Ensino à distância<br />

começa a ser implantado<br />

Maringá<br />

Londrina<br />

Curitiba<br />

Seção Médica inicia Programa de Ergonomia<br />

Saiba mais sobre a Seção de Apoio aos JEFs de Curitiba


Expediente<br />

JUSTIÇA FEDERAL DO PARANÁ<br />

Administração<br />

Juiz <strong>Federal</strong> MARCELO MALUCELLI – Diretor do Foro<br />

Juiz <strong>Federal</strong> DANILO PEREIRA JUNIOR – Vice-Diretor<br />

MARCOS VENÍCIO HOLANDA – Diretor da Secretaria Administrativa<br />

Subseção Judiciária de Curitiba<br />

Foro <strong>Federal</strong> Manoel de Oliveira Franco Sobrinho<br />

Av Anita Garibaldi, 888 – CEP 80540-180 – Curitiba – Paraná<br />

PABX (41) 3313-4400<br />

1ª a 8ª Varas Federais Cíveis<br />

1ª a 3ª Varas Federais Criminais<br />

1ª a 3ª Varas Federais de Execuções Fiscais<br />

Vara <strong>Federal</strong> Previdenciária<br />

Vara <strong>Federal</strong> do Sist<strong>em</strong>a Financeiro de Habitação<br />

Vara <strong>Federal</strong> Ambiental, Agrária e Residual<br />

Sede Centro<br />

R Voluntários da Pátria, 532 – CEP 80020-000 – Curitiba – Paraná<br />

PABX (41) 3219-7500<br />

1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas do Juizado Especial <strong>Federal</strong> Cível e Previdenciário<br />

1ª e 2ª Turmas Recursais<br />

Subseção Judiciária de Apucarana<br />

R Miguel Simião, 350 – CEP 86800-260 – PABX (43) 3422-9035<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> ROBSON CARLOS DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Campo Mourão<br />

Av José Custódio de Oliveira, 1345 – CEP 87300-020 – PABX (44) 3523-7900<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> CLEBER SANFELICI OTERO<br />

Subseção Judiciária de Cascavel<br />

R Paraná, 2767 – CEP 85802-840 – PABX (45) 3225-4983<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> SUANE MOREIRA DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Foz do Iguaçu<br />

R Edmundo de Barros, 1989 – CEP 85856-310 – PABX (45) 3523-2848<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> PEDRO CARVALHO AGUIRRE FILHO<br />

Subseção Judiciária de Francisco Beltrão<br />

R Tenente Camargo, 1660 – CEP 85601-610 – PABX (46) 3524-6168<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANA CARINE BUSATO DAROS<br />

Subseção Judiciária de Guarapuava<br />

R Professor Becker, 2730 – CEP 85015-230 – PABX (42) 3623-4107<br />

Juizado Especial <strong>Federal</strong> Avançado <strong>em</strong> Pitanga<br />

Av Interventor Manoel Ribas, 420 – CEP 85200-000 – PABX (42) 3646-2425<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> MARCOS JOSEGREI DA SILVA<br />

Subseção Judiciária de Jacarezinho<br />

R Paraná, 833 – CEP 86400-000 – PABX (43) 3525-7401<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> MAURO SPALDING<br />

Subseção Judiciária de Londrina<br />

Av do Café, 543 – CEP 86038-000 – PABX (43) 3325-7414<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> FRANCO MATTOS E SILVA<br />

Subseção Judiciária de Maringá<br />

R XV de Nov<strong>em</strong>bro, 734 – CEP 87013-320 – PABX (44) 3226-1862<br />

Juizado Especial <strong>Federal</strong><br />

Av Cerro Azul, 544 – CEP 87010-000 – PABX (44) 3226-1862<br />

Diretor do Foro: Juiz <strong>Federal</strong> ADRIANO JOSÉ PINHEIRO<br />

Subseção Judiciária de Paranaguá<br />

R Comendador Correia Junior, 662 – CEP 83203-560 – PABX (41) 3422-8910<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANA BEATRIZ VIEIRA DA LUZ PALUMBO<br />

Subseção Judiciária de Paranavaí<br />

Rua São Cristóvão, 144 – CEP 87706-070 – PABX (44) 3422-7396<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> MARCIA VOGEL VIDAL DE OLIVEIRA<br />

Subseção Judiciária de Pato Branco<br />

R Itacolomi, 710 – CEP 85501-240 – PABX (46) 3225-0650<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> LIANE VIEIRA RODRIGUES<br />

Subseção Judiciária de Ponta Grossa<br />

R Theodoro Rosas, 1125 – CEP 84010-180 – PABX (42) 3222-4343<br />

Diretor do Foro: Juíz <strong>Federal</strong> ANTONIO CÉSAR BOCHENEK<br />

Subseção Judiciária de Toledo<br />

Av Maripá, 1185 – CEP 85900-000 – PABX (45) 3278-1459<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> ANDRÉIA CASTRO DIAS<br />

Subseção Judiciária de Umuarama<br />

Av Brasil, 4159 – CEP 87501-000 – PABX (44) 3624-6968<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> NARENDRA BORGES MORALES<br />

Subseção Judiciária de União da Vitória<br />

R Professora Amazília, 780 – CEP 84600-000 – PABX (42) 3522-0091<br />

Diretora do Foro: Juíza <strong>Federal</strong> GRAZIELA SOARES<br />

Juízes Coordenadores<br />

Coordenador da Central de Mandados<br />

Juiz <strong>Federal</strong> FRIEDMANN ANDERSON WENDPAP<br />

Coordenador da Ouvidoria<br />

Juiz <strong>Federal</strong> MARCOS JOSEGREI DA SILVA<br />

Coordenador do Atendimento aos Juizados Especiais Federais<br />

Juiz <strong>Federal</strong> RODRIGO KRAVETZ<br />

Coordenadora da Capacitação<br />

Juíza <strong>Federal</strong> VERA LUCIA FEIL PONCIANO<br />

Coordenador da Biblioteca<br />

Juiz <strong>Federal</strong> NICOLAU KONKEL JUNIOR<br />

Consultor de Descarte de Autos Findos<br />

Juiz <strong>Federal</strong> JOSÉ SABINO DA SILVEIRA<br />

Esta publicação é editada pela<br />

Seção de Comunicação Social<br />

Av Anita Garibaldi, 888 – 6º andar – CEP 80540-180 – Tel (41) 3313-4430<br />

www.jfpr.gov.br / comsoc@jfpr.gov.br<br />

Supervisora da Seção: Marísia Faucz<br />

Jornalista Responsável: Paula Caroline Zarth Padilha (MTE 05289/PR)<br />

Estagiária de Jornalismo: Hélia Scr<strong>em</strong>in<br />

Impressão/Arte-final: Jojafe - Comunicação e Marketing Ltda (3078-6003)<br />

Tirag<strong>em</strong>: 2.200 ex<strong>em</strong>plares<br />

Agenda<br />

TRF define lotação de 13 novos Juízes Federais<br />

Substitutos no Paraná<br />

Os novos magistrados aprovados no XIII Concurso para Provimento de Cargo<br />

de Juiz <strong>Federal</strong> Substituto da 4ª Região assumiram função <strong>em</strong> 13 Varas Federais<br />

do Paraná no dia 1º de outubro. A lotação foi publicada na Portaria nº 243, de 24<br />

de set<strong>em</strong>bro de 2008. Os novos magistrados tomaram posse no dia 15 de set<strong>em</strong>bro,<br />

no Plenário do Tribunal Regional <strong>Federal</strong>, <strong>em</strong> Porto Alegre. Neste concurso,<br />

22 candidatos foram aprovados e 19 foram <strong>em</strong>possados.<br />

Os novos Juízes Federais do Paraná são: Aline Lazzaron Tedesco (Umuarama),<br />

Aloysio Cavalcanti Lima (Toledo), Ana Lúcia Andrade de Aguiar (Foz<br />

do Iguaçu), Braulino da Matta Oliveira Junior (Paranavaí), Bruno Henrique<br />

Silva Santos (Umuarama), Bruno Takahashi (Jacarezinho), Carlos Aurélio<br />

Moreira (União da Vitória), Cristiano Estrela da Silva (Francisco Beltrão),<br />

Daniel Luis Spegiorin (Umuarama), Edilson Vitorelli Diniz Lima (Paranaguá),<br />

Marcel da Silva Augusto Corrêa (Apucarana), Mateus de Freitas Cavalcanti<br />

Costa (Foz do Iguaçu) e Sandro Nunes Vieira (Francisco Beltrão).<br />

Justiça <strong>Federal</strong> amplia Grupo de Segurança<br />

Agentes de Segurança da Seção<br />

Judiciária do Paraná receberam novas<br />

orientações para atuação <strong>em</strong> situações<br />

de alto risco envolvendo magistrados<br />

e servidores, ampliando o Grupo<br />

Operacional de Segurança.<br />

Os agentes têm orig<strong>em</strong> nas diversas<br />

Subseções do Estado, formando pólos<br />

de atuação nas cidades de Foz do<br />

Iguaçu, Maringá, Londrina e Curitiba, quando necessário, visando agilidade nos<br />

deslocamentos. A atuação ostensiva é definida, nestes casos, pela Direção do<br />

Foro.<br />

Os seguranças receberam treinamento para atuação individual e <strong>em</strong> grupo,<br />

incluindo ações como identificação de explosivos, manuseio de armamento,<br />

capacitação para medidas preventivas e de <strong>em</strong>ergência, deslocamentos para<br />

audiências de risco. Os d<strong>em</strong>ais agentes da Justiça <strong>Federal</strong> também receberão<br />

treinamento na área, conforme previsto <strong>em</strong> normativo do CJF, regulamentado pela<br />

IN-40-H-06 do TRF4, propiciando capacitação adequada às novas tecnologias.<br />

De acordo com o Juiz <strong>Federal</strong> Marcelo Malucelli, a Direção do Foro está<br />

investindo na modernização de armamentos e sist<strong>em</strong>as de segurança condizentes<br />

com a realidade, ampliando as medidas e técnicas de segurança já existentes.<br />

O curso foi realizado entre os dias 13 e 16 de outubro, pela <strong>em</strong>presa Tees<br />

Brazil Ltda, com carga horária de 36 horas e foi acompanhado pelo Supervisor<br />

da Seção de Segurança, Fábio Luiz dos Santos. Entre os conteúdos abordados,<br />

destacam-se, ainda, técnicas de retenção e desarme, combates <strong>em</strong> ambientes<br />

confinados, técnicas de controle para resistência a prisão, imobilização e contenção<br />

de agressores, formação de comboios, técnicas de <strong>em</strong>barque/des<strong>em</strong>barque e<br />

defesa contra agressões armadas.<br />

Magistrados participam de curso de tiro<br />

No dia 20 de set<strong>em</strong>bro, dez Juízes Federais de<br />

Curitiba participaram de um curso preliminar<br />

de tiro na Acad<strong>em</strong>ia Militar do Guatupê,<br />

orientados por ex-agentes da Polícia <strong>Federal</strong>.<br />

A <strong>em</strong>presa Tees Brazil Ltda foi contratada<br />

para que todos os magistrados do Paraná<br />

realiz<strong>em</strong> o curso. O cronograma ainda será<br />

definido.<br />

02 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Em foco<br />

Seção Judiciária inicia Programa de Medicina do<br />

Trabalho e Ergonomia<br />

O Programa de Medicina do Trabalho e Ergonomia, iniciativa da<br />

Direção do Foro, foi incorporado ao Programa de Promoção de Saúde<br />

do Magistrado e Servidor da Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná e aprimorado<br />

para chegar a todas as Subseções do Estado, a partir do mês de<br />

outubro.<br />

O Programa surgiu <strong>em</strong> resposta à necessidade de se atuar na prevenção<br />

de probl<strong>em</strong>as osteomusculares relacionados ao trabalho e de<br />

se repensar a infra-estrutura e ergonomia dos diversos ambientes de<br />

trabalho da SJPR. O foco do Programa são os magistrados e servidores<br />

<strong>em</strong> exercício na Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná. Em recente pesquisa de<br />

condições de saúde realizada entre os integrantes da SJPR, cerca de<br />

30% dos pesquisados afirma que possui algum tipo de dor ou desconforto<br />

ao utilizar o computador no trabalho, por ex<strong>em</strong>plo. Como o trabalho judiciário t<strong>em</strong> cada vez mais incorporado<br />

o uso de ferramentas tecnológicas, se faz<strong>em</strong> necessárias orientações a qu<strong>em</strong> as utiliza e adequações<br />

destes meios a fim de se resguardar a saúde do trabalhador.<br />

Até o final desta ano, o Programa levará a todas as Subseções uma equipe multidisciplinar contratada,<br />

supervisionada pela Seção Médica e Odontológica, da <strong>em</strong>presa de saúde ocupacional Health Total, composta<br />

de Médico do Trabalho, Fisioterapeuta, Técnico <strong>em</strong> Segurança do Trabalho e Higienista do Trabalho, que irão<br />

inspecionar e entrevistar cada magistrado e servidor sobre a utilização das ferramentas de trabalho, mobiliário,<br />

postura, além de avaliação das condições físicas dos postos de trabalho.<br />

A partir desta análise, os magistrados e servidores receberão orientações individuais adequações ao ambiente<br />

de trabalho às suas necessidades e à Administração será possível<br />

adequar as infra-estruturas a fim de melhorar ainda mais as condições<br />

de trabalho no Órgão.<br />

Aos entrevistados nos quais for<strong>em</strong> identificados indícios de probl<strong>em</strong>as<br />

de saúde será oferecida consulta médica para orientações específicas.<br />

Além disso, serão abordadas <strong>em</strong> palestras informativas as principais<br />

medidas de prevenção de doenças relacionadas ao trabalho, no<br />

que diz respeito à saúde osteomuscular, e orientações para melhoria<br />

da qualidade de vida no trabalho. As visitas começaram no Núcleo de<br />

Recursos Humanos, <strong>em</strong> Curitiba, no dia 14 de outubro e o cronograma<br />

para os outros setores e as Subseções será divulgado <strong>em</strong> breve.<br />

Prevenção de doenças cardiovasculares<br />

Nos dias 30 de set<strong>em</strong>bro e 7 de outubro, a Seção Médica realizou <strong>em</strong> Curitiba nas Sedes Ahú e Bagé, respectivamente,<br />

o Programa de Avaliação e Prevenção das Doenças Cardiovasculares. Ao todo, 137 servidores<br />

passaram por avaliações individuais que inclu<strong>em</strong> aferição de pressão, cálculo do IMC (índice de massa corporal),<br />

medição da porcentag<strong>em</strong> de<br />

água e gordura corporal e exames<br />

de taxa de glic<strong>em</strong>ia e de colesterol.<br />

Essas ações de saúde faz<strong>em</strong> parte<br />

do Programa de Promoção de Saúde<br />

do Magistrado e do Servidor da<br />

Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná e serão<br />

levadas às Subseções do Interior<br />

<strong>em</strong> cronograma a ser definido.<br />

Ahú<br />

Bagé<br />

03 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Institucional<br />

1.900 processos sentenciados<br />

<strong>em</strong> Londrina<br />

A Vara <strong>Federal</strong> de Execuções Fiscais<br />

de Londrina realizou, <strong>em</strong> duas etapas,<br />

mutirão para analisar 3.800 processos<br />

sobrestados. A primeira etapa, realizada<br />

entre os dias 10 e 18 de julho, resultou<br />

<strong>em</strong> 1.900 despachos para intimação<br />

dos exeqüentes e na organização<br />

dos autos por data de prescrição. Esta<br />

fase foi coordenada pelo Juiz <strong>Federal</strong><br />

Substituto Roberto Lima Santos.<br />

Após as intimações e o protocolo de<br />

petições pelas partes, 1.900 processos<br />

foram sentenciados com extinção por<br />

prescrição na segunda etapa do mutirão,<br />

realizada no período de 9 a 12<br />

de set<strong>em</strong>bro. Após o prazo de recurso,<br />

será realizado novo mutirão para análise<br />

desses processos. A segunda etapa<br />

foi coordenada pelo Juiz <strong>Federal</strong> Artur<br />

Cesar de Souza. Participaram do mutirão<br />

servidores de diversas Varas Federais<br />

de Londrina.<br />

Acordo <strong>em</strong> 60% dos processos <strong>em</strong><br />

Maringá<br />

Audiências foram coordenadas pelo Juiz <strong>Federal</strong><br />

Anderson Furlan<br />

Nos dias 30 de set<strong>em</strong>bro e 1º de<br />

outubro, a Vara <strong>Federal</strong> de Execuções<br />

Fiscais de Maringá realizou, sob a coordenação<br />

do Juiz <strong>Federal</strong> Anderson Furlan<br />

Freire da Silva, 20 audiências que<br />

resultaram <strong>em</strong> 12 acordos <strong>em</strong> processos<br />

com parcelamento das Execuções,<br />

representando índice de 60%.<br />

Mensalmente, com esses acordos,<br />

a Vara irá arrecadar R$ 34,5 mil. Dois<br />

outros casos foram redesignados, com<br />

possibilidade de acordo futuro. A Vara<br />

<strong>Federal</strong> de Execuções de Maringá possui<br />

6.264 processos <strong>em</strong> tramitação.<br />

Pré-audiências <strong>em</strong> processos<br />

habitacionais<br />

A Vara <strong>Federal</strong> do Sist<strong>em</strong>a Financeiro<br />

de Habitação de Curitiba realizou, na<br />

s<strong>em</strong>ana de 22 a 26/09 e nos dias 29<br />

e 30/09, mutirão de pré-audiência de<br />

conciliação <strong>em</strong> 223 processos, resultando<br />

<strong>em</strong> 47 acordos e 35 audiências redesignadas.<br />

Os processos são de contratos<br />

gerenciados pela CEF/ EMGEA/ COHAB/<br />

BANESTADO, com a participação dos<br />

Juízes Federais Anne Karina S. Amador<br />

Costa, Juíza Titular da Vara do SFH,<br />

do Coordenador do Sistcon no Paraná,<br />

José Antonio Savaris, e dos juízes Anderson<br />

Furlan Freire da Silva, Giovanna<br />

Mayer, Marcos Francisco Canalli e Fabrício<br />

Bittencourt da Cruz. As audiências,<br />

que são mensais, são realizadas na Av.<br />

Anita Garibaldi, 888, 7º andar, Ahú.<br />

JEF: Tarde de Conciliações Previdenciárias <strong>em</strong> Curitiba<br />

Juiz <strong>Federal</strong> José Antonio Savaris coordena a Tarde de Conciliações Previdenciárias no 1ª Vara do JEF de Curitiba<br />

Em sua primeira “Tarde de Conciliações Previdenciárias”, a 1ª Vara do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> Cível e Previdenciário de Curitiba realizou, no dia 17 de set<strong>em</strong>bro,<br />

34 audiências, com efetivação de 17 acordos <strong>em</strong> processos envolvendo benefícios<br />

por incapacidade.<br />

Dezenas de acordos propostos pelo INSS e aceitos pelos beneficiários vêm<br />

sendo homologados independent<strong>em</strong>ente da realização de audiências. As Tardes<br />

de Conciliações Previdenciárias buscam acordo nos feitos <strong>em</strong> que a parte autora<br />

manifesta nos autos a não aceitação aos termos da proposta de conciliação formulada<br />

pelo INSS.<br />

Em audiência, o magistrado e os conciliadores auxiliares esclarec<strong>em</strong> à parte<br />

autora e dialogam com o advogado sobre a conveniência da composição do litígio<br />

pela via conciliatória. Como conseqüência, a conciliação se mostra possível ainda<br />

quando era vista como improvável.<br />

Nesta primeira data para conciliações, participaram os Conciliadores Luis Renato<br />

Martins de Almeida e Rebeca Tatiane da Costa, o Juiz <strong>Federal</strong> José Antonio<br />

Savaris, titular da 1ª Vara do JEF Cível e Previdenciário de Curitiba, além de servidores<br />

e estagiários da vara.<br />

Na opinião do magistrado, a técnica de conciliação, mesmo após a recusa de<br />

uma das partes, significa a valorização da postura conciliatória assumida pelo<br />

INSS, ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que constitui ferramenta hábil para se aferir <strong>em</strong> que<br />

medida suas propostas são efetivamente vantajosas ao beneficiário, aprimorandose<br />

o processo de estreitamento da relação entre o Poder Público e a sociedade.<br />

Segundo o juiz, “é grande a satisfação <strong>em</strong> se ver encerrado um litígio judicial<br />

<strong>em</strong> termos realmente benéficos a uma pessoa carente, especialmente quando se<br />

percebe que esta teve pleno discernimento do que lhe foi proposto e dos efeitos<br />

concretos próprios da composição amigável. De outra parte, a realização de acordos<br />

<strong>em</strong> 50% dos processos <strong>em</strong> que havia anterior recusa d<strong>em</strong>onstra que s<strong>em</strong>pre<br />

há espaço para a conciliação”.<br />

VI Jogos da Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná<br />

A Subseção de Paranavaí realizou nos dias 27 e 28<br />

de set<strong>em</strong>bro a 6ª edição dos Jogos da Justiça <strong>Federal</strong> do<br />

Paraná. Os jogos foram disputados na Associação do Pessoal<br />

da Caixa Econômica <strong>Federal</strong> de Paranavaí (APCEF)<br />

e na Chácara da Catedral de Paranavaí, envolvendo 240<br />

pessoas entre servidores, magistrados, funcionários, estagiários<br />

e respectivos parentes das Subseções de Paranavaí, Curitiba, Guarapuava,<br />

Foz do Iguaçu, Cascavel, Jacarezinho, Apucarana, Umuarama, Maringá, Ponta<br />

Grossa, Pato Branco, Londrina e Francisco Beltrão.<br />

O evento contou com a colaboração da ASSERJUSPAR, SINJUSPAR, APAJUFE,<br />

ASSOJAF, Comissão Organizadora da XIII S<strong>em</strong>ana da Justiça <strong>Federal</strong>, Fipal Fiat<br />

Paranavaí, Corpo de Bombeiros e Sanepar.<br />

FUTEBOL MASCULINO - Maringá<br />

Artilheiro - João Luiz (Maringá): 4 gols<br />

Melhor Goleiro - Eleandro (Maringá)<br />

Equipe mais disciplinada: Jacarezinho/Apucarana<br />

TRUCO - Tibério (Paranavaí) e Carlos (Londrina)<br />

Campeões<br />

FUTEBOL FEMININO - Maringá<br />

Artilheira - Fernanda (Maringá): 3 gols<br />

Melhor Goleira - Katiuce (Cascavel)<br />

VÔLEI DE AREIA MISTO - Maringá<br />

SINUCA - Moacir e Valdir (Guarapuava)<br />

04 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Institucional<br />

Doação de valores de prestações pecuniárias <strong>em</strong><br />

Ponta Grossa<br />

No dia 01 de outubro, a Subseção Judiciária<br />

de Ponta Grossa realizou Audiência Pública<br />

presidida pelo Juiz <strong>Federal</strong> Substituto<br />

da 1ª Vara <strong>Federal</strong>, Dr. Fabrício Bittencourt<br />

da Cruz e pelo Juiz <strong>Federal</strong> da 2ª Vara <strong>Federal</strong>,<br />

Dr. Antonio César Bochenek.<br />

A audiência deu prosseguimento ao Programa<br />

de Distribuição das Prestações Pecuniárias,<br />

criado na 2ª Vara <strong>Federal</strong> da Subseção<br />

Judiciária de Ponta Grossa <strong>em</strong> 2005, pela Portaria 01/05. Em 2006 foi editada<br />

a Portaria Conjunta nº 01/06 que incluiu a 1ª Vara <strong>Federal</strong> ao programa e definiu<br />

novos procedimentos, e, ainda na Portaria Conjunta nº 01/2008 foram estabelecidas<br />

algumas alterações do programa.<br />

Pelo programa, já foram distribuídos R$ 92 mil entre 22 entidades da região.<br />

Nesta audiência foi rateado o valor de R$ 18.675,00 para entidades conveniadas:<br />

o Asilo São Vicente de Paulo de Ponta Grossa, o Provopar de Tibagi e o Provopar<br />

de Fernandes Pinheiro.<br />

Os valores servirão a projetos para aquisição de equipamentos e materiais<br />

necessários para o Programa Clube de Mães, para o projeto “Oficinas da Família”<br />

(cursos de pintura e bordados para mulheres de baixa renda) e para aquisição de<br />

utensílios e equipamentos de cozinha e refeitório, contribuindo para a qualidade<br />

de vida dos idosos.<br />

Os valores são provenientes de prestações pecuniárias no cumprimento de<br />

penas ou condição para a suspensão processual nos feitos criminais <strong>em</strong> andamento<br />

no Juízo.<br />

Diretores administrativos<br />

participam de curso de<br />

desenvolvimento gerencial<br />

O curso Desenvolvimento de Competências<br />

Gerenciais para Maximizar<br />

Resultados, ministrado pelo consultor<br />

Fernando Velloso Filho, foi realizado nos<br />

dias 06 e 07/10, na Sede Ahú, <strong>em</strong> Curitiba.<br />

O treinamento é direcionado aos<br />

Diretores dos Núcleos Administrativos,<br />

da Central de Mandados e ao Diretor da<br />

Secretaria Administrativa, Marcos Venício<br />

Holanda. O curso t<strong>em</strong> o objetivo de<br />

treinar os diretores para o exercício de<br />

cargos de chefia, visando maximizar a<br />

produtividade setorial.<br />

Curso de Administração do T<strong>em</strong>po<br />

e Liderança <strong>em</strong> Curitiba<br />

Justiça <strong>Federal</strong> encerra curso de Formação de<br />

Brigada de Incêndio nas Subseções<br />

Nos dias 13 e 14 de outubro, a última turma do curso de Formação de Brigada<br />

de Incêndio participou de treinamento <strong>em</strong> Maringá, que contou, ainda, com a<br />

participação de servidores de Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama. A primeira<br />

turma participou do curso <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro nesta mesma Subseção.<br />

Em set<strong>em</strong>bro, participaram do treinamento servidores de Londrina, Jacarezinho<br />

e Apucarana (dias 02 e 03/09 e 08 e 09/10), Guarapuava, Francisco Beltrão,<br />

Pato Branco e União da Vitória (dias 30/09 e 1º/10) e Foz do Iguaçu, Cascavel<br />

e Toledo (nos dias 18 e19/09). Os servidores de Ponta Grossa e Paranaguá participaram<br />

do curso <strong>em</strong> Curitiba, iniciando as atividades para as Subseções <strong>em</strong><br />

agosto.<br />

Servidores da Subseção Judiciária<br />

de Curitiba encerraram as turmas que<br />

participaram do Curso de Administração<br />

do T<strong>em</strong>po e Liderança, que teve início<br />

<strong>em</strong> Foz do Iguaçu no mês de julho. Em<br />

Curitiba, foram cinco turmas, com encerramento<br />

<strong>em</strong> 30 de set<strong>em</strong>bro.<br />

Cojef realiza encontro de Diretores<br />

de Secretaria da 4ª Região<br />

Maringá<br />

Guarapuava<br />

Londrina<br />

Foz do Iguaçu<br />

A Coordenadoria dos Juizados Especiais<br />

Federais da 4ª Região realizou, <strong>em</strong><br />

Curitiba, nos dias 02 e 03 de outubro,<br />

Encontro dos Diretores de Secretaria<br />

dos JEFs da 4ª Região. O evento teve a<br />

participação do Des<strong>em</strong>bargador <strong>Federal</strong><br />

Néfi Cordeiro, coordenador da Cojef, e<br />

incluiu no cronograma painéis, projetos,<br />

fóruns e oficinas de trabalho com<br />

os t<strong>em</strong>as “Mapeamento dos processos<br />

críticos nos JEFs para efeito de padronização<br />

e melhorias”, “Controle Gerencial<br />

nos JEFs”, “Contribuições da ergonomia<br />

à redução de sofrimento no trabalho” e<br />

“O estado atual do Processo Eletrônico<br />

na 4ª Região”.<br />

05 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Especial Capacitação<br />

Profissionalização pela capacitação<br />

Justiça <strong>Federal</strong> investe <strong>em</strong> seus servidores para aperfeiçoar a qualificação profissional<br />

A Seção Judiciária do Paraná v<strong>em</strong> buscando cada vez<br />

mais a excelência dos serviços prestados ao cidadão e prova<br />

disso é o planejamento estratégico elaborado para o biênio<br />

2007-2009, o qual prevê, entre as metas traçadas pela Direção<br />

do Foro, a redução de 20%, no mínimo, do passivo de<br />

processos judiciais, e o alcance de índices superiores a 50%<br />

de satisfação entre os destinatários da prestação jurisdicional.<br />

Uma das ações mais eficazes para se alcançar esses<br />

objetivos é o investimento na capacitação dos servidores.<br />

Em decorrência da Lei nº 11.416, de 15 de dez<strong>em</strong>bro de<br />

2006, o Conselho da Justiça <strong>Federal</strong> (CJF) lançou o PNC -<br />

Plano Nacional de Capacitação, um programa voltado para o<br />

aprimoramento dos servidores da Justiça <strong>Federal</strong>, de acordo<br />

com as peculiaridades de cada região. Criado pelo Conselho<br />

<strong>em</strong> julho de 2007 e lançado nacionalmente <strong>em</strong> março de<br />

2008, v<strong>em</strong> atingindo seus objetivos com êxito na Seção Judiciária<br />

do Paraná, antes mesmo de sua implantação.<br />

Os bons resultados não são apenas reflexo da política<br />

implantada pelo CJF, mas de um trabalho desenvolvido ao<br />

longo de vários anos, focado tanto nas áreas afetas ao judiciário<br />

quanto nas áreas comportamentais e gerenciais. O<br />

Diretor do Foro, Juiz <strong>Federal</strong> Marcelo Malucelli, defende a<br />

idéia de que os cursos não dev<strong>em</strong> ser apenas teóricos, simplesmente<br />

para constar do currículo ou atender a uma exigência<br />

legal, mas também, e principalmente, dev<strong>em</strong> ser de<br />

cunho prático, respeitando a área de atuação do servidor.<br />

O início<br />

A preocupação da Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná com a capacitação<br />

de servidores v<strong>em</strong> de longa data. Em julho de<br />

1994, o Juiz <strong>Federal</strong> Alexandre Vidigal de Oliveira, hoje na<br />

Seção Judiciária do Distrito <strong>Federal</strong>, ressaltou a importância<br />

da criação do Centro de Estudos e Treinamento (CET),<br />

“a capacitação funcional é t<strong>em</strong>a que atualmente v<strong>em</strong> despertando<br />

singular interesse quanto à obtenção de melhores<br />

resultados da atividade de trabalho, sendo inclusive uma<br />

das soluções <strong>em</strong>preendidas na busca da ‘qualidade total’,<br />

Curso RH: 47ª Integração<br />

objetivo, aliás, cujo alcance fora recent<strong>em</strong>ente manifestado<br />

por esta Direção do Foro da Seção Judiciária do Paraná.”<br />

Assim, foi criado o CET pela Portaria nº 1024, de 18 de<br />

agosto de 1994, da Direção do Foro, que contava com um<br />

juiz coordenador e um servidor.<br />

O primeiro curso realizado foi Estrutura do Poder Judiciário<br />

Nacional e a Competência da Justiça <strong>Federal</strong> de Primeira<br />

e Segunda Instâncias, seguido de outros como Treinamento<br />

e Reciclag<strong>em</strong> de Oficiais de Justiça Avaliador; Primeiros<br />

Socorros e Normas de Prevenção e Combate a Incêndio;<br />

Atendimento ao Público e Qualidade no Trabalho; Procedimentos<br />

de Plantão; além de cursos na área de Informática<br />

e Contadoria e o I Programa de Integração, realizado <strong>em</strong><br />

set<strong>em</strong>bro de 1998, destinado aos servidores recém nomeados,<br />

que acontece até hoje e está na 53ª edição.<br />

A atualidade<br />

Curso de Processo Civil<br />

Em março de 2003, a Resolução nº 11 do TRF4, determinou<br />

a migração do conteúdo desenvolvido no Centro de<br />

Estudos e Treinamento, para a área de Recursos Humanos,<br />

com a denominação de Assessoria Básica à Capacitação e,<br />

posteriormente, <strong>em</strong> abril de 2006, Seção de Capacitação.<br />

Além de outras atribuições, a Seção é responsável pelo<br />

planejamento e coordenação, <strong>em</strong> conjunto com a Seção de<br />

Desenvolvimento Humano e Seção de Pessoal, dos eventos<br />

relacionados à integração de novos servidores nomeados<br />

para a Seção Judiciária do Paraná, b<strong>em</strong> como o planejamento<br />

e execução dos programas de capacitação para os<br />

d<strong>em</strong>ais servidores, aproveitando o capital intelectual do<br />

quadro de magistrados e servidores, ou contratando profissionais<br />

especializados.<br />

EaD – Ensino à Distância<br />

Como parte do planejamento estratégico da Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná relativo ao Programa Permanente de Capacitação<br />

dos Servidores, a Direção do Foro está realizando um estudo destinado à implantação do processo de ensino/<br />

aprendizag<strong>em</strong> à distância, o qual permitirá a participação de um maior número de servidores nos cursos ofertados.<br />

De acordo com a Dra. Vera Lúcia Feil Ponciano, Juíza Coordenadora dos Programas da Qualidade e da Capacitação<br />

no Paraná, a implantação de EaD trará uma redução significativa dos valores gastos com os treinamentos, porque serão<br />

eliminados os custos com diárias e deslocamentos. Estas verbas economizadas poderão ser utilizadas na ampliação do<br />

número de cursos ofertados e também no refinamento da formação dos gestores de competências, como recém normatizado<br />

pelo Conselho da Justiça <strong>Federal</strong>, nos planos de capacitação editados – Plano nacional de Capacitação (PNC)<br />

e Gestão por Competências (GESCOM).<br />

O estudo está sendo desenvolvido pelo Núcleo de Informática e pela Seção de Capacitação. Estima-se que, <strong>em</strong> meados<br />

de 2009, a nova modalidade de treinamento já estará implantada.<br />

06 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Especial Capacitação<br />

Seleção das áreas de capacitação<br />

O planejamento é feito com base <strong>em</strong> pesquisas periódicas<br />

junto a magistrados e servidores, a fim de identificar<br />

áreas <strong>em</strong> que seja necessária capacitação; por coleta de<br />

dados das avaliações dos cursos anteriores; <strong>em</strong> virtude das<br />

inovações tecnológicas, como implantação de novos sist<strong>em</strong>as<br />

informatizados e alterações de procedimentos tanto<br />

processuais quanto administrativos.<br />

Identificadas as necessidades, a Seção de Capacitação<br />

propõe um cronograma de atividades, supervisionado pelo<br />

juiz coordenador, que é submetido à apreciação da Direção<br />

do Foro. De acordo com o último levantamento, os cursos<br />

mais solicitados são Direito Processual Civil, Direito Previdenciário,<br />

Direito Tributário, Português/Redação Jurídica,<br />

Direito Penal e Processual Penal, Direito Administrativo.<br />

De acordo com a Seção, alguns dos principais objetivos<br />

dos treinamentos são: preparar as pessoas para a execução<br />

de tarefas peculiares à Justiça <strong>Federal</strong>; desenvolver novas<br />

habilidades e conceitos; transmitir informações pertinentes<br />

à rotina de trabalho; propiciar a troca de experiências; e<br />

atualizar os servidores quanto à legislação pertinente ao judiciário<br />

federal.<br />

Convênios<br />

Sist<strong>em</strong>a Integrado de Administração Financeira-SIAFI<br />

A Justiça <strong>Federal</strong> do Paraná mantém um convênio com<br />

o Tribunal de Justiça do Paraná - TJ (Termo de Convênio<br />

nº 04/2007), Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região<br />

- TRT9 e Tribunal Regional Eleitoral-TRE/PR (Termo de Convênio<br />

nº 08/05), com o objetivo de promover o intercâmbio<br />

de experiência entre os servidores dos quatro diferentes órgãos<br />

do Poder Judiciário.<br />

Vários cursos de interesses comuns a esses órgãos são<br />

realizados otimizando recursos e atingindo um número<br />

expressivo de servidores. Legislação de Pessoal, Sist<strong>em</strong>a<br />

Integrado de Administração Financeira (SIAFI), Prática de<br />

Sindicância e de Processo Disciplinar, Gestão de Contratos<br />

Administrativos, são alguns dos cursos ministrados na Justiça<br />

<strong>Federal</strong> pelo convênio firmado.<br />

Os servidores participam, ainda, de treinamentos promovidos<br />

pela Emagis - Escola da Magistratura do Tribunal<br />

Regional <strong>Federal</strong> da 4ª Região - e do próprio TRF4, estes de<br />

fundamental importância para o melhor aproveitamento das<br />

ferramentas de trabalho.<br />

Além da capacitação do público interno, a JFPR disponibiliza<br />

aos advogados de todo estado o treinamento para<br />

a utilização do e-proc, sist<strong>em</strong>a eletrônico de tramitação de<br />

processos nos Juizados Especiais Federais Cíveis e Previdenciários,<br />

mediante convênio firmado com a Ord<strong>em</strong> dos<br />

Advogados do Brasil - Seccional Paraná.<br />

Estatísticas<br />

Em 2007, foram realizados 99 cursos pelas Seções de<br />

Capacitação e de Desenvolvimento Humano, incluindo as<br />

edições nas Subseções, totalizando 30 t<strong>em</strong>as diversos. Foram<br />

ofertados cerca 24 horas de treinamento/servidor, considerando<br />

32.117 horas-aula e 1.317 servidores na ativa. Os<br />

treinamentos, todos presenciais, foram realizados <strong>em</strong> sua<br />

maioria nas Subseções Judiciárias de Curitiba, Cascavel, Foz<br />

do Iguaçu, Londrina e Maringá. Na área de desenvolvimento<br />

humano, destacaram-se Desenvolvimento de Equipes e<br />

Treinamento Gerencial; na área técnica, os cursos relacionados<br />

ao Direito Civil e Processual Civil, Direito Penal e Processual,<br />

Direito Previdenciário e Língua Portuguesa.<br />

Cursos ofertados <strong>em</strong> 2008 pela Seção de Capacitação<br />

(1.174 servidores treinados até set<strong>em</strong>bro)<br />

- Treinamento de Processo Eletrônico para Servidores;<br />

- Gestão de Autos Judiciais Findos;<br />

- Direito Tributário;<br />

- ITIL;<br />

- Análise de Relatórios no SIAFI;<br />

- PAD e Sindicância;<br />

- Cálculos Previdenciários;<br />

- Crimes de Competência da JF;<br />

- Direito Penal;<br />

- Assistência Judiciária Gratuita;<br />

- Execução Penal;<br />

- Gestão de Contratos Administrativos;<br />

- Direito Administrativo;<br />

- Administração do T<strong>em</strong>po e Liderança;<br />

- Processo Civil para Oficiais de Justiça;<br />

- Formação de Brigada de Incêndio.<br />

Gestão de Autos Findos<br />

07 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Gente que faz a Justiça<br />

Seção de Apoio aos JEFs prioriza o<br />

atendimento aos jurisdicionados<br />

Estrutura ampliada e perfil dos servidores facilitam<br />

acesso à justiça<br />

Criada <strong>em</strong> 2005, a Seção de Apoio aos JEFs primou pelo<br />

atendimento àqueles que buscam soluções mais rápidas<br />

junto aos Juizados Especiais Federais (JEFs) Cíveis e Previdenciários,<br />

que hoje conta com quatro varas <strong>em</strong> Curitiba.<br />

Vinculada à Direção do Foro, é responsável pelo atendimento<br />

aos jurisdicionados e pela supervisão e auxílio às perícias<br />

judiciais determinadas pelos JEFs.<br />

O atendimento é realizado por quatro servidoras, auxiliadas<br />

por duas estagiárias de Direito, uma de Serviço Social<br />

e uma aprendiz, a fim de orientar os cidadãos e fazer a<br />

triag<strong>em</strong> de casos de competência dos JEFs. Se o valor da<br />

causa for de até 60 salários mínimos dispensa-se a assistência<br />

de advogado, podendo o próprio autor ingressar com<br />

o pedido e acompanhar o trâmite da ação; nesses casos a<br />

servidora elabora a petição inicial na hora e junta os documentos<br />

necessários. Casos que exig<strong>em</strong> uma análise mais<br />

minuciosa, há o encaminhamento a um dos três Núcleos<br />

Perícias<br />

De 3 a 14 de nov<strong>em</strong>bro de 2008, serão realizadas<br />

perícias designadas pela 1ª Vara do Juizado Especial <strong>Federal</strong><br />

Cível e Previdenciário. A expectativa é realizar 300<br />

perícias. Este número é próximo à quantidade de atendimentos<br />

mensais na Seção de Apoio aos JEFs. Em agosto,<br />

foram realizadas 325 perícias e 356 <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro.<br />

Os médicos peritos são nomeados pelos juízes para<br />

atender individualmente os jurisdicionados. Quando há<br />

necessidade de exame físico, a enfermeira responsável<br />

pelo setor acompanha o procedimento. Em qualquer<br />

ocasião, a perícia pode ser acompanhada por perito enviado<br />

pelo INSS ou ainda por um assistente técnico, que<br />

deve ser um médico nomeado pela parte. Os honorários<br />

periciais são pagos pela Justiça <strong>Federal</strong>, posteriormente<br />

re<strong>em</strong>bolsados pela parte que perde a ação, exceto<br />

quando for beneficiária de Justiça Gratuita.<br />

de Prática Jurídica (NPJ), oriundos de convênios firmados<br />

com as Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil), o Centro<br />

Universitário Curitiba (Unicuritiba) e a Universidade Tuiuti<br />

do Paraná (UTP), onde os alunos e professores orientadores<br />

auxiliam os jurisdicionados. O agendamento diário é feito<br />

ainda no primeiro contato pelo atendimento e é limitado a<br />

seis casos por NPJ.<br />

A grande procura é por revisão de benefícios do INSS<br />

(Instituto Nacional do Seguro Social), principalmente requisição<br />

de auxílio-doença e revisão de aposentadoria. Há ainda,<br />

casos fora da competência dos juizados ou aos quais não<br />

cabe ação judicial. Nesses casos, o papel dos atendentes é<br />

orientar cuidadosamente o cidadão que procura a Justiça<br />

<strong>Federal</strong>. A Supervisora da Seção, Elisolete Bakarji, considera<br />

o perfil de qu<strong>em</strong> trabalha ali muito importante, pois o<br />

atendimento exige atenção e tratamento diferenciado. Para<br />

ela, toda a equipe gosta do que faz, o que colabora para a<br />

qualidade das tarefas desenvolvidas.<br />

As perícias médicas judiciais, agendadas pelos JEFs, têm<br />

o auxílio de duas servidoras, uma delas da área de enfermag<strong>em</strong>,<br />

que verificam o agendamento, auxiliam os peritos,<br />

recepcionam e encaminham os periciandos. Desde 2005, há<br />

um local reservado no prédio para atender às perícias da 1ª,<br />

2ª e 3ª Varas dos Juizados. Quatro salas, equipadas com<br />

mesa, computador, maca, balança e banheiro, receb<strong>em</strong> as<br />

perícias de Psiquiatria, Medicina do Trabalho, Ortopedia e<br />

Cardiologia. Os exames médicos designados pela 4ª Vara<br />

também são feitos por peritos nomeados, mas fora do espaço<br />

físico da Justiça <strong>Federal</strong>.<br />

Saúde<br />

No Setor de Perícias, campanhas de vacinação e<br />

prevenção para magistrados e servidores, b<strong>em</strong> como<br />

os atendimentos de <strong>em</strong>ergência são realizados por<br />

uma servidora da área de enfermag<strong>em</strong>. Os programas<br />

de saúde desenvolvidos pela Seção Médica têm o auxílio<br />

da servidora do setor de perícias, inclusive naqueles<br />

que ocorr<strong>em</strong> nas Subseções do interior.<br />

Números<br />

70 é o número médio de atendimentos diários<br />

47 ações foram ajuizadas pela Seção <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro<br />

32 destas ações envolviam pedido de auxílio-doença<br />

205 casos foram agendados para os três Núcleos de<br />

Prática Jurídica no mesmo mês.<br />

Seção de Apoio aos Juizados<br />

Edifício Bagé - Rua Voluntários da Pátria, 532 - Centro<br />

Setor Localização Horário de atendimento Telefone<br />

Atendimento 1º andar De segunda a sexta, das 9h às 18h 3219-7502<br />

Núcleos de Prática Jurídica 1º andar De segunda a sexta, das 9h às 18h<br />

Setor de Perícias Médicas 9º andar De segunda a sexta, das 8h às 19h 3219-7506<br />

08 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Saiba Mais<br />

Jurisprudência das Turmas Recursais dos<br />

Juizados Especiais Federais do Paraná<br />

LANÇAMENTO FISCAL DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.<br />

EMPREGADOR RURAL QUE DECLAROU PERANTE A PREVIDÊNCIA SOCIAL TER CONTRATADO BÓIA-FRIA.<br />

LEGALIDADE.<br />

EQUIPARAÇÃO DO BÓIA-FRIA AO SEGURADO EMPREGADO E NÃO AO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL.<br />

RESPONSABILIDADE DAS CONTRIBUIÇÕES PELO EMPREGADOR<br />

Na sessão de julgamento de 28/08/2008, a 1ª Turma<br />

Recursal, por maioria, firmou entendimento de que é<br />

possível o lançamento do débito fiscal e multa <strong>em</strong> nome<br />

do <strong>em</strong>pregador rural que prestou declaração para fins<br />

de prova perante a Previdência Social informando que<br />

havia contratado bóia-fria <strong>em</strong> sua propriedade. Além de<br />

questões envolvendo a decadência do direito de lançar<br />

e outras relacionadas à formalidade do procedimento<br />

de lançamento fiscal, a discussão central recaiu sobre<br />

a qualificação do trabalhador bóia-fria como segurado<br />

<strong>em</strong>pregado ou contribuinte individual.<br />

A conclusão do Colegiado foi de que o bóia-fria<br />

é equiparado ao segurado <strong>em</strong>pregado, na forma do<br />

artigo 11, I, a, da Lei 8.213/91 e artigo 12, I, a da Lei<br />

8.212/91, pois, no período <strong>em</strong> que ficam à disposição<br />

dos proprietários rurais, estão caracterizados os<br />

requisitos da relação de <strong>em</strong>prego (subordinação/<br />

r<strong>em</strong>uneração/não eventualidade).<br />

Decidiu a Turma que a previsão do segurado<br />

contribuinte individual, como aquele que “presta serviço<br />

de natureza urbana ou rural, <strong>em</strong> caráter eventual, a<br />

Voluntariado<br />

Dia das Crianças na Justiça <strong>Federal</strong><br />

uma ou mais <strong>em</strong>presas, s<strong>em</strong> relação de <strong>em</strong>prego”, não<br />

engloba o trabalhador bóia-fria, pois se refere àquelas<br />

pessoas que prestam serviços rurais diversos do<br />

trabalho tipicamente exercido pelo <strong>em</strong>pregado rural,<br />

a ex<strong>em</strong>plo dos prestadores de serviços de preparação<br />

da terra e nivelamento de terreno, de pulverização<br />

de defensivos agrícolas, de serviços armazenamento<br />

ou, ainda, aqueles relacionados à consultoria agrícola,<br />

pecuária, ambiental, florestal etc.<br />

Assim, com a equiparação do trabalhador bóia-fria<br />

ao segurado <strong>em</strong>pregado, a obrigação de arrecadação<br />

e recolhimento das contribuições previdenciárias se<br />

transfere ao <strong>em</strong>pregador, seja ele pessoa física ou<br />

jurídica, segundo estabelece o art. 30, inciso I, alínea<br />

“a”, da Lei 8.212/91, de modo que, sob este aspecto,<br />

não houve ilegalidade no lançamento de débito fiscal,<br />

relativo às contribuições previdenciárias não recolhidas<br />

oportunamente, b<strong>em</strong> como da multa pela não inscrição<br />

do segurado.<br />

Fonte: autos nº 2008.70.95.000003-7.<br />

Curitiba<br />

A Associação Cidadania <strong>em</strong> Ação realizou arrecadação de R$ 2.026,50 <strong>em</strong><br />

dinheiro e dezenas de brinquedos, doces, livros, materiais de higiene e<br />

alimentação para bebês. Foram beneficiadas as instituições Lar Escola Dr<br />

Leocádio José Correia, Lar O Bom Caminho, Associação Curitibana dos Órfãos<br />

da Aids e Centro de Integração Digital.<br />

Umuarama<br />

No dia 9 de outubro, magistrados e servidores de Umuarama promoveram<br />

uma festa para 85 crianças, de até 4 anos, da Creche Risoleta Naves. Com o<br />

valor arracado <strong>em</strong> campanha, de R$ 365,00, foi realizada a com<strong>em</strong>oração com<br />

bolo, refrigerante, bombons, doces e balões.<br />

Ponta Grossa<br />

O Grupo de Voluntariado de Ponta Grossa promoveu no dia 08 de outubro<br />

uma festa especial para com<strong>em</strong>oração do Dia das Crianças, com a<br />

participação dos filhos e netos dos terceirizados e servidores da Subseção.<br />

Houve a participação de 36 crianças até doze anos de idade.<br />

09 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Saúde<br />

Check-up de saúde<br />

Dr Allan Berno Carvalho<br />

Supervisor da Seção Médica e Odontológica<br />

Embora só a partir dos anos 80 o check-up tenha sido incorporado de vez à medicina preventiva, estes exames<br />

já haviam ganhado sua primeira forma no fim da década de 50, com o início do programa espacial americano,<br />

quando os candidatos a astronauta tinham sua aptidão verificada por uma série de avaliações físicas.<br />

O objetivo de se realizar um check-up é detectar doenças <strong>em</strong> estágio inicial, quando maior é a chance de<br />

ser<strong>em</strong> curadas. Isto faz com que o tratamento seja mais eficaz, custe menos e evita o aparecimento de probl<strong>em</strong>as<br />

mais sérios.<br />

O check-up de saúde deve ser um exame personalizado, s<strong>em</strong>pre indicado por um médico após um exame<br />

clínico minucioso e da investigação de hábitos de vida e histórico familiar do paciente.<br />

Em adultos, estes exames normalmente dev<strong>em</strong> ter freqüência anual a partir dos 18 anos, ou periodicidade<br />

específica de acordo com condições de cada indivíduo, especialmente quando há maior risco para doenças como<br />

diabetes e hipertensão, quando o paciente é tabagista ou quando há histórico familiar de doenças cardiovasculares,<br />

por ex<strong>em</strong>plo. No caso das consultas odontológicas, também pode ser s<strong>em</strong>estral de acordo com o risco de<br />

desenvolvimento de doenças bucais.<br />

Embora o check-up seja um exame personalizado e que só é definido após consulta médica, há exames que<br />

são básicos independent<strong>em</strong>ente da faixa etária de homens e mulheres, como por ex<strong>em</strong>plo:<br />

Glic<strong>em</strong>ia: analisa as taxas de açúcar no sangue e é importante para detectar o aparecimento do diabetes;<br />

Perfil Lipídico (Colesterol e Triglicérides): quando <strong>em</strong> níveis indesejados indicam risco de infartos e derrames,<br />

devido à deposição de gorduras no sist<strong>em</strong>a circulatório;<br />

Pressão arterial: o risco de doenças cardiovasculares é aumentado quando a pressão arterial não se encontra<br />

dentro da normalidade;<br />

Eletrocardiograma: exame que registra a atividade elétrica do coração;<br />

Teste ergométrico: o paciente é submetido a esforço, seja <strong>em</strong> esteira ou bicicleta ergométrica e com isso<br />

é medida a capacidade de irrigação das artérias coronárias;<br />

Ácido Úrico: quando essa substância é encontrada <strong>em</strong> excesso aumenta os riscos de lesões nas articulações<br />

e pedras nos rins;<br />

TSH: para investigação do funcionamento da glândula tireóide;<br />

Radiografia do Tórax: para investigação e diagnóstico de doenças como o câncer e enfis<strong>em</strong>a pulmonar;<br />

Exame de fezes: Investiga sangue oculto nas fezes, sinal de possíveis lesões intestinais, que pod<strong>em</strong> resultar<br />

<strong>em</strong> câncer;<br />

Avaliação oftalmológica;<br />

Exame odontológico de rotina.<br />

Alguns exames específicos para mulheres:<br />

• Mamografia: se há existência de tumores, estes pod<strong>em</strong> ser detectados <strong>em</strong> fase inicial por esse exame.<br />

• Papanicolau e Coloscopia: para a identificação de infecções e lesões pré-cancerosas no útero;<br />

• Densiometria Óssea: para prevenção da osteoporose;<br />

• Ultra-sonografia transvaginal: recomendado para a prevenção de câncer.<br />

Alguns exames específicos para homens:<br />

• PSA: a dosag<strong>em</strong> de PSA no sangue pode indicar a presença de um tumor de próstata;<br />

• Toque retal - exame que permite identificar alterações no tamanho e na consistência da próstata.<br />

Dependendo da idade n<strong>em</strong> todos esses exames precisam ser realizados anualmente. É importante salientar<br />

que só uma consulta médica pode determinar a necessidade e periodicidade dos exames.<br />

A Seção Médica e Odontológica coloca-se à disposição para esclarecimentos de dúvidas e orientações,<br />

mas l<strong>em</strong>bra que, se houver interesse de realização do check-up de saúde, tanto a consulta médica quanto os<br />

exames compl<strong>em</strong>entares dev<strong>em</strong> ser buscados junto ao convênio médico.<br />

10 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Artigo<br />

Breves considerações acerca da prisão do<br />

depositário judicial<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Gerson Luiz Rocha<br />

1ª Vara <strong>Federal</strong> de Execuções Fiscais de Curitiba<br />

O t<strong>em</strong>a relativo à restrição à liberdade de locomoção decorrente<br />

da prisão do infiel depositário, admitida pelo constituinte<br />

originário ao dispor que “não haverá prisão civil por<br />

dívida, salvo a do responsável pelo inadimpl<strong>em</strong>ento voluntário<br />

e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário<br />

infiel”, ganhou relevância a partir do Pacto Internacional<br />

dos Direitos Civis e Políticos e da Convenção Americana<br />

sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica),<br />

tratados que foram ratificados pelo Brasil e internalizados<br />

mediante os Decretos Legislativos nºs 226/91 e 27/92, estabelecendo,<br />

o primeiro deles, que “ninguém poderá ser<br />

preso apenas por não cumprir uma obrigação contratual”,<br />

e o segundo, que ninguém “deve ser detido por dívida”,<br />

ressalvados os casos de mandados judiciais “expedidos <strong>em</strong><br />

virtude de inadimpl<strong>em</strong>ento de obrigação alimentar”.<br />

No RE 466.343, cujo julgamento encontra-se <strong>em</strong> vias<br />

de conclusão perante o Supr<strong>em</strong>o Tribunal <strong>Federal</strong>, cuida<br />

a Corte, especificamente, da análise da constitucionalidade<br />

da prisão do depositário prevista no Decreto-lei nº 911/69,<br />

norma que trata do contrato de compra e venda com alienação<br />

fiduciária <strong>em</strong> garantia. O voto proferido pelo Relator,<br />

não obstante reconheça a inconstitucionalidade da prisão<br />

do depositário neste caso, o faz não pela modificação do entendimento<br />

consolidado no Supr<strong>em</strong>o Tribunal <strong>Federal</strong> acerca<br />

da internalização das normas sobre direitos fundamentais<br />

oriundas de tratados internacionais, que até a Emenda<br />

45/2004 eram recepcionadas pela ord<strong>em</strong> interna com autoridade<br />

de lei ordinária (vide, ADI 1.480, j. 04/09/1997, DJ<br />

18/05/2001 e HC 81319/GO, j. 24/04/2002, DJ 19/08/2005),<br />

mas por razão inteiramente diversa, qual seja, pelo reconhecimento<br />

de que a norma examinada afronta a garantia<br />

constitucional na medida <strong>em</strong> que amplia a possibilidade de<br />

interferência do Estado na liberdade do cidadão, por equiparação,<br />

ou seja, por alçar o devedor-fiduciante à condição de<br />

“depositário”, desbordando da autorização de prisão concedida<br />

pelo constituinte originário, que estava circunscrita ao<br />

depósito genuíno, previsto no Código Civil Brasileiro.<br />

Ocorre que, na esteira deste debate, centrado que estava<br />

na constitucionalidade da prisão do depositário fundada<br />

no DL 911/69, precipitou-se, inadvertidamente, a discussão<br />

acerca da prisão do depositário judicial, fato que t<strong>em</strong> culminado<br />

<strong>em</strong> decisões que equiparam um e outro s<strong>em</strong> a necessária<br />

distinção. A conseqüência desta ausência de tratamento<br />

específico das diversas espécies de depósito admitidos pelo<br />

ordenamento ordinário brasileiro, buscando submetê-los,<br />

igualmente, a um único substrato jurisprudencial, simplificador,<br />

é preocupante, na medida <strong>em</strong> que a prevalecer tal<br />

entendimento, <strong>em</strong> especial com relação ao depósito judicial,<br />

retira-se do juiz um valioso instrumento para a condução<br />

eficaz do já combalido processo de execução, seguindo-se,<br />

com isso, <strong>em</strong> direção diametralmente oposta àquela apontada<br />

atualmente tanto pelo pensamento doutrinário quanto<br />

pelo legislador, no sentido da maximização da efetividade<br />

do processo, e que t<strong>em</strong> levado, inclusive, a amplas reformas<br />

na execução prevista no Código de Processo Civil.<br />

Sob o prisma da distinção entre as diversas espécies de<br />

depósito admitidas no direito brasileiro, a prisão do depositário<br />

judicial infiel, que t<strong>em</strong> natureza processual e não contratual,<br />

está prevista, atualmente, no §3º, do art. 666, do<br />

Código de Processo Civil, norma ali inserida pela reforma<br />

provida pela Lei nº 11.382/2006, e que na verdade apenas<br />

positivou o que já estava cristalizado, de há muito, na Súmula<br />

619 do Supr<strong>em</strong>o Tribunal <strong>Federal</strong> (“A prisão do depositário<br />

judicial pode ser decretada no próprio processo <strong>em</strong><br />

que se constituiu o encargo, independent<strong>em</strong>ente da propositura<br />

de ação de depósito”).<br />

A garantia fundamental estabelecida pelo constituinte<br />

t<strong>em</strong> o alcance delimitado às hipóteses <strong>em</strong> que a prisão decorre<br />

do inadimpl<strong>em</strong>ento de dívida civil, o que implica <strong>em</strong><br />

reconhecer que não há vedação genérica à possibilidade de<br />

prisão que não seja decorrente de ilícito penal, ou melhor,<br />

que não há impedimento a que o legislador ordinário estabeleça<br />

outras hipóteses de prisão por ilícito de natureza<br />

civil, tais como a prisão do portador de título de crédito (art.<br />

885) e por resistência à ord<strong>em</strong> judicial de penhora de bens<br />

(art. 662).<br />

Cuidando especificamente do depósito judicial, é preciso<br />

observar, <strong>em</strong> primeiro lugar, que o depositário judicial atua<br />

no processo como auxiliar da Justiça, conforme prescreve<br />

o art. 139, do Código de Processo Civil (“São auxiliares do<br />

juízo, além de outros, ... o depositário, ...”). Portanto, ao<br />

assumir tal encargo o depositário judicial passa a exercer<br />

um múnus público, recebendo do juízo, <strong>em</strong> confiança, os<br />

bens que tenham sido objeto de penhora, seqüestro, arresto,<br />

etc., a fim de guardá-los e conservá-los até que lhes<br />

seja dada a destinação apropriada. Não há, entre o depositário<br />

judicial e a parte credora, qualquer espécie de relação.<br />

A relação jurídica que se estabelece no caso do depósito<br />

judicial é entre o juízo e o depositário, de modo que é<br />

intuitivo concluir que este depósito não t<strong>em</strong> relação direta<br />

com a dívida inadimplida pelo devedor que figura no pólo<br />

passivo da execução, pouco importando, para este efeito,<br />

que o depósito recaia, eventualmente, nas mãos do próprio<br />

devedor. Conseqüent<strong>em</strong>ente, a prisão do depositário<br />

judicial pelo descumprimento das obrigações de guarda e<br />

conservação atinentes ao múnus público assumido na condição<br />

de auxiliar do Poder Judiciário, na consecução de sua<br />

função primordial, que é a de prestar jurisdição efetiva, não<br />

encontra identidade com a hipótese de prisão civil por dívida<br />

referida na Constituição <strong>Federal</strong> ou nos tratados internacionais<br />

acima mencionados.<br />

Ao contrário, a prisão, nesta hipótese, configura uma<br />

dentre as diversas medidas de preservação da dignidade da<br />

Justiça, visando a coibir o Cont<strong>em</strong>pt of Court, isto é, a inibir<br />

a prática de atos que possam vir a afrontar a autoridade<br />

das decisões judiciais. Não se confunde, por conseguinte,<br />

com a prisão por dívida civil a que alude a garantia constitucional<br />

aqui examinada. No Supr<strong>em</strong>o Tribunal <strong>Federal</strong> este<br />

é o posicionamento que prevalece no âmbito da Primeira<br />

Turma, como reflete a seguinte decisão (HC 92.541/PR, j.<br />

19/02/2008, DJe 24/04/2008, Relator Ministro Menezes Direito).<br />

O t<strong>em</strong>a, entretanto, ainda não foi objeto de deliberação<br />

definitiva pelo Pleno, havendo entendimento divergente<br />

no âmbito da Segunda Turma.<br />

Por fim, sob o aspecto da proporcionalidade da medida<br />

judicial <strong>em</strong> exame, penso que a ord<strong>em</strong> judicial deve ser<br />

analisada quanto aos aspectos da necessidade, adequação<br />

e estrita proporcionalidade, <strong>em</strong> cada caso concreto, não<br />

sendo possível estabelecer, a priori, uma conclusão genérica,<br />

por este prisma, quanto à constitucionalidade ou não<br />

do instituto.<br />

11 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008


Domínio Público<br />

Esta coluna disponibiliza textos já divulgados no link www.dominiopublico.com.br, mantido pelo Ministério da Educação. Nesta edição, leia o conto<br />

“Suje-se Gordo!” da obra “Relíquias de Casa Velha”, de Machado de Assis (1839-1908), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo.<br />

É o fundador da Cadeira nº 23 da Acad<strong>em</strong>ia Brasileira de Letras, que <strong>em</strong> 2008 rel<strong>em</strong>bra 100 anos de sua morte.<br />

Uma noite, há muitos anos, passeava eu<br />

com um amigo no terraço do Teatro de S. Pedro<br />

de Alcântara. Era entre o segundo e o terceiro<br />

ato da peça A Sentença ou o Tribunal do<br />

Júri. Só me ficou o título, e foi justamente o<br />

título que nos levou a falar da instituição e de<br />

um fato que nunca mais me esqueceu.<br />

– Fui s<strong>em</strong>pre contrário ao júri, – disse-me<br />

aquele amigo, – não pela instituição <strong>em</strong> si, que<br />

é liberal, mas porque me repugna condenar<br />

alguém, e por aquele preceito do Evangelho;<br />

“Não queirais julgar para que não sejais julgados”.<br />

Não obstante, servi duas vezes. O tribunal<br />

era então no antigo Aljube, fim da Rua dos<br />

Ourives, princípio da Ladeira da Conceição.<br />

Tal era o meu escrúpulo que, salvo dois,<br />

absolvi todos os réus. Com efeito, os crimes<br />

não me pareceram provados; um ou dois processos<br />

eram mal feitos. O primeiro réu que<br />

condenei era um moço limpo, acusado de haver<br />

furtado certa quantia, não grande, antes<br />

pequena, com falsificação de um papel. Não<br />

negou o fato, n<strong>em</strong> podia fazê-lo, contestou<br />

que lhe coubesse a iniciativa ou inspiração<br />

do crime. Alguém, que não citava, foi que lhe<br />

l<strong>em</strong>brou esse modo de acudir a uma necessidade<br />

urgente; mas Deus, que via os corações,<br />

daria ao criminoso verdadeiro o merecido castigo.<br />

Disse isso s<strong>em</strong> ênfase, triste, a palavra<br />

surda, os olhos mortos, com tal palidez que<br />

metia pena; o promotor público achou nessa<br />

mesma cor do gesto a confissão do crime.<br />

Ao contrário, o defensor mostrou que o abatimento<br />

e a palidez significavam a lástima da<br />

inocência caluniada.<br />

Poucas vezes terei assistido a debate tão<br />

brilhante. O discurso do promotor foi curto,<br />

mas forte, indignado, com um tom que parecia<br />

ódio, e não era. A defesa, além do talento<br />

do advogado, tinha a circunstância de ser a<br />

estréia dele na tribuna. Parentes, colegas e<br />

amigos esperavam o primeiro discurso do rapaz,<br />

e não perderam na espera. O discurso<br />

foi admirável, e teria salvo o réu, se ele pudesse<br />

ser salvo, mas o crime metia-se pelos<br />

olhos dentro. (..) Houve réplica do promotor<br />

e tréplica do defensor. O presidente do tribunal<br />

resumiu os debates, e, lidos os quesitos,<br />

foram entregues ao presidente do Conselho,<br />

que era eu. (...)<br />

Um dos jurados do Conselho, cheio de corpo<br />

e ruivo, parecia mais que ninguém convencido<br />

do delito e do delinqüente. O processo foi<br />

examinado, os quesitos lidos, e as respostas<br />

dadas (onze votos contra um); só o jurado<br />

ruivo estava inquieto. No fim, como os votos<br />

assegurass<strong>em</strong> a condenação, ficou satisfeito,<br />

disse que seria um ato de fraqueza, ou coisa<br />

pior, a absolvição que lhe déss<strong>em</strong>os. Um dos<br />

jurados, certamente o que votara pela negativa,<br />

– proferiu algumas palavras de defesa do<br />

moço. O ruivo, – chamava-se Lopes, – replicou<br />

com aborrecimento:<br />

– Como, senhor? Mas o crime do réu está<br />

mais que provado.<br />

– Deix<strong>em</strong>os de debate, disse eu, e todos<br />

SUJE-SE GORDO!<br />

concordaram comigo.<br />

– Não estou debatendo, estou defendendo<br />

o meu voto, continuou Lopes. O crime está<br />

mais que provado. O sujeito nega, porque<br />

todo o réu nega, mas o certo é que ele cometeu<br />

a falsidade, e que falsidade! Tudo por<br />

uma miséria, duzentos mil-réis! Suje-se gordo!<br />

Quer sujar-se? Suje-se gordo!<br />

“Suje-se gordo!” Confesso-lhe que fiquei de<br />

boca aberta, não que entendesse a frase, ao<br />

contrário, n<strong>em</strong> a entendi n<strong>em</strong> a achei limpa, e<br />

foi por isso mesmo que fiquei de boca aberta.<br />

Afinal caminhei e bati à porta, abriram-nos, fui<br />

à mesa do juiz, dei as respostas do Conselho<br />

e o réu saiu condenado. O advogado apelou;<br />

se a sentença foi confirmada ou a apelação<br />

aceita, não sei; perdi o negócio de vista.<br />

Quando saí do tribunal, vim pensando na<br />

frase do Lopes, e pareceu-me entendê-la.<br />

“Suje-se gordo!” era como se dissesse que o<br />

condenado era mais que ladrão, era um ladrão<br />

reles, um ladrão de nada. (...). Cheguei<br />

a desandar um pouco, a ver se descobria o<br />

Lopes para lhe apertar a mão; n<strong>em</strong> sombra<br />

de Lopes. No dia seguinte, lendo nos jornais<br />

os nossos nomes, dei com o nome todo dele;<br />

não valia a pena procurá-lo, n<strong>em</strong> me ficou de<br />

cor. (...)<br />

Em prosa disse-me ele, muito t<strong>em</strong>po depois,<br />

que eu não devia faltar ao júri, para o<br />

qual acabava de ser designado. Respondi-lhe<br />

que não compareceria, e citei o preceito evangélico;<br />

ele teimou, dizendo ser um dever de<br />

cidadão, um serviço gratuito, que ninguém<br />

que se prezasse podia negar ao seu país. Fui<br />

e julguei três processos.<br />

Um destes era de um <strong>em</strong>pregado do Banco<br />

do Trabalho Honrado, o caixa, acusado de<br />

um desvio de dinheiro. Ouvira falar no caso,<br />

que os jornais deram s<strong>em</strong> grande minúcia,<br />

e aliás eu lia pouco as notícias de crimes. O<br />

acusado apareceu e foi sentar-se no famoso<br />

banco dos réus. Era um hom<strong>em</strong> magro e ruivo.<br />

Fitei-o b<strong>em</strong>, e estr<strong>em</strong>eci; pareceu-me ver<br />

o meu colega daquele julgamento de anos<br />

antes. Não poderia reconhecê-lo logo por estar<br />

agora magro, mas era a mesma cor dos<br />

cabelos e das barbas, o mesmo ar, e por fim a<br />

mesma voz e o mesmo nome: Lopes.<br />

– Como se chama? perguntou o presidente.<br />

– Antônio do Carmo Ribeiro Lopes.<br />

Já me não l<strong>em</strong>bravam os três primeiros<br />

nomes, o quarto era o mesmo, e os outros<br />

sinais vieram confirmando as r<strong>em</strong>iniscências;<br />

não me tardou reconhecer a pessoa exata daquele<br />

dia r<strong>em</strong>oto. Digo-lhe aqui com verdade<br />

que todas essas circunstâncias me impediram<br />

de acompanhar atentamente o interrogatório,<br />

e muitas coisas me escaparam. Quando me<br />

dispus a ouvi-lo b<strong>em</strong>, estava quase no fim.<br />

Lopes negava com firmeza tudo o que lhe era<br />

perguntado, ou respondia de maneira que trazia<br />

uma complicação ao processo. Circulava<br />

os olhos s<strong>em</strong> medo n<strong>em</strong> ansiedade; não sei<br />

até se com uma pontinha de riso nos cantos<br />

Machado de Assis<br />

da boca.<br />

Seguiu-se a leitura do processo. Era uma<br />

falsidade e um desvio de cento e dez contos<br />

de réis. Não lhe digo como se descobriu o crime<br />

n<strong>em</strong> o criminoso, por já ser tarde; a orquestra<br />

está afinando os instrumentos. O que<br />

lhe digo com certeza é que a leitura dos autos<br />

me impressionou muito, o inquérito, os documentos,<br />

a tentativa de fuga do caixa e uma<br />

série de circunstâncias agravantes; por fim o<br />

depoimento das test<strong>em</strong>unhas. Eu ouvia ler ou<br />

falar e olhava para o Lopes. Também ele ouvia,<br />

mas com o rosto alto, mirando o escrivão,<br />

o presidente, o teto e as pessoas que o iam<br />

julgar; entre elas eu. Quando olhou para mim<br />

não me reconheceu; fitou-me algum t<strong>em</strong>po e<br />

sorriu, como fazia aos outros. (...)<br />

Enquanto os dois oradores falavam, vim<br />

pensando na fatalidade de estar ali, no mesmo<br />

banco do outro, este hom<strong>em</strong> que votara<br />

a condenação dele, e naturalmente repeti comigo<br />

o texto evangélico: “Não queirais julgar,<br />

para que não sejais julgados”. Confesso-lhe<br />

que mais de uma vez me senti frio. Não é que<br />

eu mesmo viesse a cometer algum desvio de<br />

dinheiro, mas podia, <strong>em</strong> ocasião de raiva,<br />

matar alguém ou ser caluniado de desfalque.<br />

Aquele que julgava outrora, era agora julgado<br />

também.<br />

Ao pé da palavra bíblica l<strong>em</strong>brou-me de<br />

repente a do mesmo Lopes: “Suje-se gordo!”<br />

Não imagina o sacudimento que me deu esta<br />

l<strong>em</strong>brança. Evoquei tudo o que contei agora,<br />

o discursinho que lhe ouvi na sala secreta, até<br />

àquelas palavras: “Suje-se gordo!” Vi que não<br />

era um ladrão reles, um ladrão de nada, sim<br />

de grande valor. O verbo é que definia duramente<br />

a ação. “Suje-se gordo!” Queria dizer<br />

que o hom<strong>em</strong> não se devia levar a um ato<br />

daquela espécie s<strong>em</strong> a grossura da soma. A<br />

ninguém cabia sujar-se por quatro patacas.<br />

Quer sujar-se? Suje-se gordo!<br />

Idéias e palavras iam assim rolando na<br />

minha cabeça, s<strong>em</strong> eu dar pelo resumo dos<br />

debates que o presidente do tribunal fazia. Tinha<br />

acabado, leu os quesitos e recolh<strong>em</strong>o-nos<br />

à sala secreta. Posso dizer-lhe aqui <strong>em</strong> particular<br />

que votei afirmativamente, tão certo<br />

me pareceu o desvio dos cento e dez contos.<br />

(...) Mas parece que n<strong>em</strong> todos leram com os<br />

mesmos olhos que eu. Votaram comigo dois<br />

jurados. Nove negaram a criminalidade do<br />

Lopes, a sentença de absolvição foi lavrada<br />

e lida, e o acusado saiu para a rua. A diferença<br />

da votação era tamanha que cheguei<br />

a duvidar comigo se teria acertado. Podia ser<br />

que não. Agora mesmo sinto uns repelões de<br />

consciência. Felizmente, se o Lopes não cometeu<br />

deveras o crime, não recebeu a pena<br />

do meu voto, e esta consideração acaba por<br />

me consolar do erro, mas os repelões voltam.<br />

O melhor de tudo é não julgar ninguém para<br />

não vir a ser julgado. Suje-se gordo! suje-se<br />

magro! suje-se como lhe parecer! o mais seguro<br />

é não julgar ninguém... Acabou a música,<br />

vamos para as nossas cadeiras.<br />

12 Justiça <strong>Federal</strong> <strong>em</strong> revista | Ano XXI | Nº 110 | Set<strong>em</strong>bro-Outubro/2008

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