<strong>Teatro</strong> <strong>de</strong> <strong>Arena</strong> :: :: SUMÁRIO: 1.<strong>Teatro</strong> <strong>de</strong> <strong>Arena</strong> 2.Cronologia: • Década <strong>de</strong> 1950 (imagens <strong>de</strong> espetáculos) • Década <strong>de</strong> 1960 (imagens <strong>de</strong> espetáculos) • Década <strong>de</strong> 1970 (imagens <strong>de</strong> espetáculos) 7
:: Depoimentos - IDART 30 Anos :: TEATRO DE ARENA 8 O <strong>Teatro</strong> <strong>de</strong> <strong>Arena</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> iniciou suas ativida<strong>de</strong>s em 11 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1953, sob a direção <strong>de</strong> José Renato. Na verda<strong>de</strong>, a primeira experiência em “arena” aconteceu na Escola <strong>de</strong> Arte Dramática <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> – EAD, quando Renato, ainda aluno, por intermédio <strong>de</strong> seu professor, o crítico teatral do jornal O Estado <strong>de</strong> S. <strong>Paulo</strong> informou-o sobre essa nova modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço, em experiência feita nos Estados Unidos, pela diretora Margo Jones. O fato, naquele momento que mais atraia os alunos eram as facilida<strong>de</strong>s econômicas e <strong>de</strong> espaço que a nova forma propiciava. Era possível montar espetáculos em qualquer lugar, dispensando cenários. Mais tar<strong>de</strong>, a disposição em arena, aproximando o público dos atores irá suscitar experimentos também em interpretação. Foi assim que o primeiro espetáculo <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong>u-se na EAD, em 1951, com a peça “O Demorado A<strong>de</strong>us”, <strong>de</strong> Tennessee Williams, dirigido por José Renato. Uma vez formado, ele e seus companheiros Geraldo Mateus, Emílio Fontana e Sérgio Sampaio fundam a organização “<strong>Teatro</strong> <strong>de</strong> <strong>Arena</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, fazendo sua primeira apresentação nas <strong>de</strong>pendências do Museu <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna, ainda na rua 7 <strong>de</strong> abril, nº230. “Esta noite é nossa”, <strong>de</strong> Stafford Dickens, dirigida pelo próprio José Renato foi a peça <strong>de</strong> estréia, reunindo os jovens atores: Renata Blaustein, Monah Delacy, Sérgio Britto, John Herbert e Henrique Becker. O comentário, no noticiário teatral do jornal O Estado <strong>de</strong> S. <strong>Paulo</strong> é esclarecedor: “A estréia <strong>de</strong> hoje no Museu <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna reveste-se <strong>de</strong> especial importância porque introduz no nosso teatro profissional uma nova técnica <strong>de</strong> apresentação, em que os atores são colocados no centro da sala <strong>de</strong> exibição como nos circos, ficando circundados pelos espectadores. Referimo-nos naturalmente ao chamado teatro <strong>de</strong> arena, idéia que nasceu nos Estados Unidos, por motivos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m econômica, mantendo-se e <strong>de</strong>senvolvendo-se, contudo, por motivos também artísticos, isto é, pela intimida<strong>de</strong>, pela comunicação que estabelece entre o público e os atores”. Inicialmente o grupo que foi o primeiro da América do Sul a utilizar o espaço arena questionava-se sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> montar qualquer texto, sem recursos cenográficos e sem per<strong>de</strong>r o “essencial” dos mesmos. É feito então a montagem <strong>de</strong> “Uma mulher e três palhaços”, obra <strong>de</strong>