A Redescoberta de Belém
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10<br />
Obras aumentam capacida<strong>de</strong><br />
ANA investe<br />
420 milhões<br />
na Portela<br />
A ANA – Aeroportos <strong>de</strong> Portugal, vai pôr<br />
em marcha o Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
do Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, que representa<br />
um investimento total a rondar os 420<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Este conjunto signifi cativo <strong>de</strong> obras, que<br />
arrancam em Setembro, vão alargar a<br />
capacida<strong>de</strong> do Aeroporto da Portela, tendo<br />
em conta que a ANA preten<strong>de</strong> mantê-lo<br />
em funcionamento até 2017. A conclusão<br />
dos trabalhos está prevista para 2009.<br />
Com a ampliação, o aeroporto vai fi car<br />
preparado para receber 15 a 16 milhões <strong>de</strong><br />
passageiros por ano, contra os cerca <strong>de</strong> 10<br />
milhões actuais.<br />
As obras vão passar pelo alargamento<br />
das três plataformas <strong>de</strong> estacionamento,<br />
para acolher 60 aeronaves, em vez das 51<br />
actuais. A parte da carga vai ser transferida,<br />
para libertar espaço junto à zona <strong>de</strong><br />
passageiros, que também vai ser ampliada.<br />
Em <strong>de</strong>clarações à imprensa, o presi<strong>de</strong>nte<br />
da ANA, Guilhermino Rodrigues disse que<br />
“se fosse preciso construir um aeroporto <strong>de</strong><br />
raiz neste mesmo espaço, nunca seria feito<br />
como está”, e acrescentou que quaisquer<br />
obras que se façam na Portela “serão<br />
sempre remendos”.<br />
• NOTICIÁRIO<br />
NACIONAL<br />
Áreas <strong>de</strong> intervenção<br />
O Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento foi dividido<br />
em cinco projectos (áreas <strong>de</strong> manobra, novo<br />
complexo <strong>de</strong> carga, instalações terminais<br />
– expansão, instalações terminais benefi ciação/<br />
remo<strong>de</strong>lação, e ainda um projecto para outras<br />
obras).<br />
Para além das intervenções já referidas, vai ser<br />
feita uma nova plataforma Sul, a remo<strong>de</strong>lação<br />
da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> média tensão, instalação <strong>de</strong> novas<br />
centrais <strong>de</strong> frio e aquecimento, remo<strong>de</strong>lação<br />
da sala <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque, dos aceso verticais e<br />
da recolha <strong>de</strong> bagagem e ainda a remo<strong>de</strong>lação<br />
da antiga sala <strong>de</strong> check-in e dos níveis 5 e 6 da<br />
aerogare.<br />
As alterações introduzidas vão permitir passar<br />
<strong>de</strong> 34 para 40 movimentos por horas, mesmo<br />
em situações <strong>de</strong> baixa visibilida<strong>de</strong>. Na carga, o<br />
limite actual é <strong>de</strong> 80 mil toneladas, passando<br />
para as 150 mil <strong>de</strong>pois das obras.<br />
A aerogare vai ser dotada com 19 pontes<br />
telescópicas (mangas), contra as actuais<br />
sete que, ainda assim, estão limitadas a<br />
<strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> aeronaves.<br />
Na zona Norte, a <strong>de</strong>molição dos terminais<br />
<strong>de</strong> carga da Groundforce e portway vão dar<br />
lugar a um novo busgate, com sete pontes<br />
telescópicas, cinco das quais duplas, para<br />
aviões do tipo 747-400 (Jumbo).<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> bagagem<br />
vai aumentar para os cinco mil volumes por<br />
hora, muito mais que os actuais 1800.<br />
Os aparelhos <strong>de</strong> raio X vão ser centralizados,<br />
para acelerar as transferências <strong>de</strong> passageiros<br />
que chegam nos voos da manhã, do Brasil e <strong>de</strong><br />
África, e que coinci<strong>de</strong> com o período <strong>de</strong> pico<br />
da Portela.<br />
Nova sinalética<br />
Para além dos cinco projectos já citados, o<br />
Aeroporto da Portela vai lançar um concurso<br />
para a instalação <strong>de</strong> uma nova sinalética<br />
interna, que vai permitir melhorar <strong>de</strong> forma<br />
signifi cativa a informação aos passageiros.<br />
A ANA prevê que este novo sistema esteja<br />
instalado até ao fi m do corrente ano.<br />
As áreas <strong>de</strong> retalho também vão sofrer<br />
alterações, resultantes do processo <strong>de</strong><br />
remo<strong>de</strong>lação.<br />
Durante os três anos <strong>de</strong> duração das obras,<br />
a ANA vai activar um plano <strong>de</strong> contingência,<br />
para minimizar os inconvenientes para<br />
os passageiros, principalmente durante o<br />
período <strong>de</strong> Verão.<br />
Desta forma, vai ser reactivado um terminal<br />
provisório no Aeródromo <strong>de</strong> Trânsito <strong>de</strong><br />
Figo Maduro, com o apoio da Força Aérea<br />
Portuguesa.<br />
Para o director do Aeroporto <strong>de</strong> Lisboa,<br />
Francisco Severino, “todas as obras em<br />
aeroportos são extremamente complexas,<br />
uma vez que não é possível fechar o<br />
aeroporto e abri-lo remo<strong>de</strong>lado”.<br />
Por isso, está já em marcha um plano<br />
<strong>de</strong> cooperação entre todas as entida<strong>de</strong>s<br />
responsáveis pelo funcionamento da<br />
Portela, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os empreiteiros, às entida<strong>de</strong>s<br />
policiais, passando pela navegação aérea,<br />
áreas operacionais, fi scalização e entida<strong>de</strong><br />
coor<strong>de</strong>nadora.