04.11.2014 Views

ARTE E LITERATURA NO SÉC. XX - Câmara Municipal de Vila ...

ARTE E LITERATURA NO SÉC. XX - Câmara Municipal de Vila ...

ARTE E LITERATURA NO SÉC. XX - Câmara Municipal de Vila ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DAVID SANTOS<br />

Licenciatura em História, variante <strong>de</strong> História <strong>de</strong><br />

Arte, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas da<br />

Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, 1995.<br />

Mestre em História Política e Social pela Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas da Universida<strong>de</strong><br />

Lusófona <strong>de</strong> Lisboa, 2003.<br />

Doutorando em Arte Contemporânea, Colégio das<br />

Artes, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Entre 1998 e 2009 foi docente do ensino superior<br />

(Professor Assistente e Auxiliar Convidado, na Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Design – IADE/ Lisboa e na Escola das<br />

Artes – Universida<strong>de</strong> Católica Portuguesa/Porto).<br />

É curador e crítico <strong>de</strong> arte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.<br />

Coor<strong>de</strong>nador do Museu do Neo-Realismo (<strong>Vila</strong><br />

Franca <strong>de</strong> Xira), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.<br />

VÍTOR VIÇOSO<br />

Licenciatura em Filologia Românica, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, 1974.<br />

Doutoramento em Literatura Portuguesa, na<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras <strong>de</strong> Lisboa, em 1989.<br />

Entre Outubro <strong>de</strong> 1974 e Março <strong>de</strong> 1989 foi<br />

Professor Assistente, tendo sido a partir <strong>de</strong>ssa<br />

data e até à aposentação, Professor Auxiliar na<br />

mesma Faculda<strong>de</strong>.<br />

Colaborou como Formador <strong>de</strong> Professores <strong>de</strong><br />

Português <strong>de</strong> 1991 a 2000 (Programa Foco).<br />

O Curso <strong>ARTE</strong> E <strong>LITERATURA</strong> <strong>NO</strong> SÉCULO <strong>XX</strong> <strong>de</strong>stina-se a<br />

professores dos 2º C e 3º C / Grupo <strong>de</strong> recrutamento 300 e 400 /<br />

secundário (Português e História) [acreditado pelo CCPFC]<br />

(50 horas = 2 créditos) e público em geral.<br />

INSCRIÇÕES:<br />

professores: tel. 219 587 535 - Centro <strong>de</strong> Formação Infante Dom Pedro<br />

público: tel. 263 285 626 - Museu do Neo-Realismo<br />

Preço: Professores - 70 euros / Público geral - 30 Euros<br />

MUSEU DO NEO-REALISMO<br />

Rua Alves Redol, nº 45<br />

2600-099 <strong>Vila</strong> Franca <strong>de</strong> Xira<br />

neorealismo@cm-vfxira.pt<br />

Tel.: 263 285 626<br />

Fax: 263 284 818<br />

www.cm-vfxira.pt<br />

www.museudoneorealismo.pt<br />

CENTRO DE FORMAÇÃO<br />

INFANTE D. PEDRO<br />

Se<strong>de</strong> na Escola Secundária<br />

<strong>de</strong> Gago Coutinho<br />

Rua Heróis da Aviação<br />

2615-205 Alverca do Ribatejo<br />

dfidp.vfx@gmail.com<br />

http.//cfidp.esgc.pt<br />

Câmara <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Vila</strong> Franca <strong>de</strong> Xira<br />

curso<br />

<strong>ARTE</strong> E <strong>LITERATURA</strong> <strong>NO</strong> SÉC. <strong>XX</strong><br />

início 8 SET’12 sábados <strong>de</strong> manhã Museu do Neo-Realismo<br />

Em colaboração com o Centro <strong>de</strong> Formação Infante D. Pedro


Da autonomia da arte à sua experiência interdisciplinar:<br />

transformações essenciais na arte no século <strong>XX</strong><br />

David Santos<br />

Alguns tópicos da literatura portuguesa do século <strong>XX</strong><br />

Vítor Viçoso<br />

SI<strong>NO</strong>PSE:<br />

Na segunda meta<strong>de</strong> do século <strong>XX</strong>, a prática artística sofreu uma extraordinária<br />

expansão dos seus propósitos estéticos, processuais e disciplinares.<br />

A dimensão interdisciplinar que então se anunciava parecia contrariar<br />

o isolamento teórico-prático em que havia caído o mo<strong>de</strong>rnismo da<br />

abstração norte-americana. O caminho <strong>de</strong> reflexão traçado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

início do século pelos teóricos mo<strong>de</strong>rnistas, elaborando cuidadosamente<br />

uma linha <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e filiação formal que ligava Manet a Jackson<br />

Pollock, passando por Cézanne, o cubismo, e as várias abstrações,<br />

sugeria um sólido edifício <strong>de</strong> leitura e interpretação on<strong>de</strong> tudo se justificava<br />

<strong>de</strong> modo linear e essencialista, culminando no apogeu da arte mo<strong>de</strong>rna<br />

norte-americana do segundo pós-guerra. O formalismo, a autonomia<br />

e a pureza dos meios disciplinares aí entendidos seriam no entanto<br />

questionados pelo cruzamento disciplinar ambiguamente iniciado pelo<br />

minimalismo e confirmado, <strong>de</strong> modo mais radical, pela impureza formal e<br />

<strong>de</strong> conteúdo proposta pelas práticas pós-minimalistas <strong>de</strong> artistas como<br />

Robert Morris, Robert Smithson ou Richard Serra. É sobre essa fase <strong>de</strong><br />

transição que importa i<strong>de</strong>ntificar alguns dos fatores que estão na génese<br />

da pluralida<strong>de</strong> interdisciplinar da arte contemporânea.<br />

I P<strong>ARTE</strong>:<br />

A teoria mo<strong>de</strong>rnista: uma leitura formalista da arte mo<strong>de</strong>rna<br />

1. Os paradigmas da arte: evoluções, permanências e transformações.<br />

2. As características formalistas da obra <strong>de</strong> arte: os conceitos <strong>de</strong> “forma<br />

significante”, “planarida<strong>de</strong>” e “bidimensionalida<strong>de</strong> pictórica”.<br />

3. Elaboração e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> uma “teoria mo<strong>de</strong>rnista” (<strong>de</strong> Clement Greenberg<br />

a Harold Rosemberg e Michael Fried).<br />

4. Do expressionismo abstracto às "color-field paintings". Conceito e<br />

prática <strong>de</strong> uma “Post-Painterly Abstraction”.<br />

II P<strong>ARTE</strong>:<br />

Do minimalismo à prática artística pós-minimalista:<br />

início do pós-mo<strong>de</strong>rnismo?<br />

5. Minimalismo e fenomenologia. “Nem pintura, nem escultura”: o<br />

“objeto”, a “tridimensionalida<strong>de</strong>” e o site specific work.<br />

6. A expansão do pós-minimalismo: “process art”; “land art”,<br />

“earthworks”, “body art”, “happening”, “performance”, “pop art”, “arte<br />

povera” e “conceptual art”.<br />

7. A “horizontalida<strong>de</strong>”, o “texto”, a “política” e o “efémero” na assunção<br />

<strong>de</strong> uma arte “pós-medium”.<br />

8. O “corpo” e o lugar” como expressões i<strong>de</strong>ntitárias. “Alterida<strong>de</strong>” e<br />

“realismo traumático” na re<strong>de</strong>finição e mapeamento do real.<br />

I P<strong>ARTE</strong>:<br />

A crise sociocultural e política, o Apocalipse e a rutura nas representações<br />

estéticas do sujeito.<br />

1. Raul Brandão: do <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ntismo-simbolismo ao expressionismo - A<br />

máscara, a dor e o sonho (uma poética do grito) - Húmus (1917): uma<br />

estética do fragmento (1) – da escrita da crise à crise da escrita. Os<br />

Pescadores (1923): escrever como quem pinta<br />

2. A geração do Orpheu – O 1º Mo<strong>de</strong>rnismo - A tradição e as vanguardas:<br />

Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917) - Da centração à fragmentação<br />

e <strong>de</strong>scentração do eu (Fernando Pessoa e Mário <strong>de</strong> Sá-<br />

Carneiro) - Heteronímia pessoana: a dramaturgia das máscaras poéticas<br />

e a cenografia do vazio - Livro do Desassossego <strong>de</strong> Bernardo<br />

Soares: uma estética do fragmento (2) - Uma leitura romanesca do<br />

heterónimo Ricardo Reis: O Ano da Morte <strong>de</strong> Ricardo Reis (1984) <strong>de</strong><br />

José Saramago - Almada Negreiros: da provocação anti-burguesa<br />

(Manifesto Anti-Dantas, 1915; A Cena do Ódio, 1915) à reinvenção da<br />

inocência <strong>de</strong> dizer o mundo (A Invenção do Dia Claro, 1921)<br />

II P<strong>ARTE</strong>:<br />

A geração da Presença (1927-1940) – O 2º Mo<strong>de</strong>rnismo<br />

3. O retorno a uma mitologia do autor (originalida<strong>de</strong>, sincerida<strong>de</strong> e personalida<strong>de</strong><br />

literária) - A recentração dramática na dualida<strong>de</strong> do eu – a<br />

cena da conflitualida<strong>de</strong> intimista e metafísica na poesia <strong>de</strong> José Régio<br />

- A representação intimista e os códigos socioculturais na narrativa:<br />

Davam Gran<strong>de</strong>s Passeios aos Domingos (1942) <strong>de</strong> José Régio; O<br />

Barão (1942) <strong>de</strong> António Ma<strong>de</strong>ira (Branquinho da Fonseca)<br />

III P<strong>ARTE</strong>:<br />

O Neo-Realismo: a busca <strong>de</strong> uma poética da emancipação popular.<br />

4. Da era da originalida<strong>de</strong> intimista da Presença à era da socialida<strong>de</strong> - A<br />

politização da estética: a arte como fator <strong>de</strong> transformação do mundo<br />

(a centração no “eu social”) - Da mimese da alterida<strong>de</strong> social à encenação<br />

<strong>de</strong> uma voz coral (o nós) - Alves Redol - Gaibéus (1939): do<br />

documentário à simbologia sociopolítica - Barranco <strong>de</strong> Cegos (1961):<br />

as liturgias do po<strong>de</strong>r totalitário - O épico-lírico em Soeiro Pereira Gomes<br />

(Esteiros, 1942) e em Manuel da Fonseca (O Fogo e as Cinzas,<br />

1953) - A poesia <strong>de</strong> Carlos <strong>de</strong> Oliveira: o canto interventor e a caligrafia<br />

intimista.<br />

IV P<strong>ARTE</strong>:<br />

O Surrealismo: a rebeldia da imaginação contra os imperativos da<br />

Razão.<br />

5. A tradição da rutura - A reinvenção do homo <strong>de</strong>mens e do homo lu<strong>de</strong>ns<br />

- Humor e subversão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!