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Em Discussão! acompanhou<br />

projeto em 2010<br />

É a segunda vez que Em Discussão!<br />

aborda o tema lixo. A terceira<br />

edição, de junho de 2010, registrou<br />

audiência pública de quatro comissões<br />

para debater o projeto de lei<br />

que deu origem à Política Nacional<br />

de Resíduos Sólidos.<br />

A revista, então, trazia a íntegra<br />

dos debates. Nas primeiras páginas,<br />

o leitor já tinha acesso a infográficos<br />

e textos para ajudar na compreensão<br />

do tema. Esse tipo de conteúdo,<br />

aliás, deu origem à atual proposta<br />

editorial da revista.<br />

Passados quatro anos, textos<br />

e ilustrações da edição continuam<br />

atuais. Abaixo, um quadro publicado<br />

em 2010, com um resumo do<br />

projeto que viria a se tornar a lei.<br />

Confira a íntegra daquela edição no<br />

site da revista: www.senado.leg.br/<br />

emdiscussao.<br />

Principais pontos da lei aprovada<br />

• A responsabilidade pela disposição<br />

final dos produtos é<br />

compartilhada entre o poder<br />

público, a indústria, o<br />

comércio e o consumidor.<br />

• Fica proibido o lançamento<br />

de resíduos sólidos ou rejeitos<br />

a céu aberto (exceto resíduos<br />

de mineração), em terrenos,<br />

rios, córregos, mares e lagos.<br />

• A destinação final ambientalmente<br />

adequada só ocorre<br />

depois de esgotadas as possibilidades<br />

de reutilização, reciclagem,<br />

compostagem, recuperação<br />

e aproveitamento<br />

energético do lixo.<br />

• O rejeito inerte deverá ser<br />

disposto em aterros de forma<br />

que evitem danos à saúde e<br />

reduzam o dano ambiental.<br />

• Fabricantes, importadores,<br />

distribuidores e comerciantes<br />

de agrotóxicos, pilhas, baterias,<br />

pneus, óleos lubrificantes,<br />

produtos eletrônicos e<br />

de lâmpadas fluorescentes a<br />

vapor de sódio ou mercúrio e<br />

mista terão de estruturar sistema<br />

de logística reversa para<br />

recuperar produtos.<br />

• União, estados e municípios<br />

terão de fazer diagnósticos<br />

e desenvolver planos para o<br />

tratamento de resíduos, com<br />

atuação complementar.<br />

• Indústrias e os setores de<br />

mineração, construção civil,<br />

transporte, saneamento<br />

básico e saúde e outros que<br />

gerem resíduos perigosos<br />

devem elaborar plano de<br />

gerenciamento.<br />

• Produtos reciclados e recicláveis<br />

terão prioridade nas<br />

compras do governo.<br />

• As embalagens deverão ser<br />

fabricadas com materiais que<br />

propiciem a reutilização ou a<br />

reciclagem.<br />

• As cooperativas de catadores<br />

e a indústria de reciclagem<br />

receberão incentivos fiscais.<br />

• O Sistema Nacional de Informações<br />

sobre a Gestão de<br />

Resíduos Sólidos (Sinir) deverá<br />

reunir dados fornecidos<br />

pelos municípios sobre o manejo<br />

do lixo.<br />

• Fica proibida a catação, a<br />

moradia e a criação de animais<br />

domésticos nos aterros.<br />

• Fica proibida a importação<br />

de lixo de outros países.<br />

• A queima de resíduos e<br />

rejeitos não poderá ser<br />

feita a céu aberto, somente<br />

em recipientes, instalações<br />

ou equipamentos próprios,<br />

desde que com<br />

licenciamento.<br />

• Consumidores e condomínios<br />

devem proceder à separação<br />

dos materiais para<br />

coleta seletiva.<br />

• Linhas de financiamento federal<br />

devem fomentar estruturas<br />

de coleta e tratamento<br />

de lixo nas cidades.<br />

• Soluções intermunicipais,<br />

como consórcios, economicamente<br />

viáveis e sustentáveis<br />

serão incentivadas.<br />

Pedro França/Agência Senado<br />

Geraldo Magela/Agência Senado<br />

O que foi DITO<br />

Vencimento do prazo para o fim dos lixões trouxe tema de<br />

volta aos debates do Senado. Aspectos ambientais, econômicos<br />

e sociais da área de resíduos sólidos não escaparam dos<br />

comentários dos senadores e dos especialistas.<br />

A reciclagem é a melhor opção para gerenciar os<br />

resíduos sólidos. No entanto, a carga tributária é um entrave<br />

para que o setor se desenvolva da forma mais eficiente.”<br />

Senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE)<br />

Os excluídos do consumo sobrevivem do lixo dos que consumiram.<br />

Isso é uma falha. O emprego não é digno. Os catadores não querem<br />

isso para seus filhos. Deve haver alternativas de emprego ou de<br />

transferência de renda para eles e uma boa escola para os filhos deles.”<br />

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF)<br />

É necessário que todos se conscientizem sobre a<br />

importância de separar o lixo, sobre o lucro que isso pode<br />

gerar e os benefícios em todos os sentidos: saúde, trabalho,<br />

renda, qualidade de vida e meio ambiente.”<br />

Senador Paulo Paim (PT-RS)<br />

A lei, a política, o decreto são<br />

bem formulados. Mas, quanto<br />

aos instrumentos econômicos e<br />

incentivos fiscais, houve indefinição.”<br />

Diógenes Del Bel, da Associação<br />

Brasileira de Empresas de<br />

Tratamento de Resíduos (Abetre)<br />

Tratar o nosso lixo com mais<br />

carinho é um dos caminhos<br />

para gerar renda, aumentar<br />

a dignidade humana dos<br />

trabalhadores envolvidos,<br />

trazer um avanço civilizatório<br />

importante, com consequências<br />

para a saúde.”<br />

Albino Rodrigues Alvarez,<br />

do Ipea<br />

A coleta seletiva, a sistemática de logística reversa, a<br />

responsabilidade pós-consumo e a reciclagem são instrumentos<br />

fundamentais para a recuperação do conteúdo energético dos<br />

resíduos, minimizando a pressão sobre recursos naturais novos.”<br />

Senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)<br />

Pedro França/Agência Senado Lia de Paula/Agência Senado<br />

12 setembro de 2014 www.senado.leg.br/emdiscussao<br />

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