16.11.2014 Views

o-livro-perdido-de-enki-zacharia-sitchin - Terra 2358

o-livro-perdido-de-enki-zacharia-sitchin - Terra 2358

o-livro-perdido-de-enki-zacharia-sitchin - Terra 2358

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

templos, cujas cúspi<strong>de</strong>s alcançavam o céu, por seus <strong>de</strong>uses foram<br />

abandonados. Não há domínio <strong>de</strong> senhorio nem <strong>de</strong> realeza; cetro e tiara<br />

<strong>de</strong>sapareceram. Nas ribeiras dos dois gran<strong>de</strong>s rios, em outro tempo<br />

exuberantes e cheios <strong>de</strong> vida, só crescem as más ervas. Ninguém<br />

percorre seus meio-fios, ninguém busca os caminhos; a florescente<br />

Sumer é como um <strong>de</strong>serto abandonado. Quão <strong>de</strong>solada está a terra, lar<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>uses e homens! Nessa terra caiu a calamida<strong>de</strong>, uma calamida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconhecida para o homem. Uma calamida<strong>de</strong> que a Humanida<strong>de</strong><br />

nunca antes tinha visto, uma calamida<strong>de</strong> que não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ter. Em<br />

todas as terras, do oeste até o este, pousou-se uma mão <strong>de</strong> quebra e<br />

<strong>de</strong> terror. Os <strong>de</strong>uses, em suas cida<strong>de</strong>s, estavam tão in<strong>de</strong>fesos como os<br />

homens!<br />

Um Vento Maligno, uma tormenta nascida em uma distante planície,<br />

uma Gran<strong>de</strong> Calamida<strong>de</strong> forjada em seu atalho.<br />

Um vento portador <strong>de</strong> morte nascido no oeste se encaminhou para o<br />

este, estabelecido seu curso pela sorte.<br />

Uma <strong>de</strong>voradora tormenta como o dilúvio, <strong>de</strong> vento e não <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong>struidora, <strong>de</strong> ar envenenado, não <strong>de</strong> ondas, entristecedora. Pela<br />

sorte, que não pelo <strong>de</strong>stino, engendrou-se; os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>uses, em seu<br />

conselho, a Gran<strong>de</strong> Calamida<strong>de</strong> provocaram. Enlil e Ninharsag o<br />

permitiram; só eu estive suplicando para que se contivessem. Dia e<br />

noite, por aceitar o que os céus <strong>de</strong>cretam, argumentei, mas em vão!<br />

Ninurta, o filho guerreiro <strong>de</strong> Enlil, e Nergal, meu próprio filho, liberaram<br />

as venenosas armas na gran<strong>de</strong> planície.<br />

Não sabíamos que um Vento Maligno seguiria ao resplendor!, choram<br />

eles agora em sua angústia. Quem podia predizer que a tormenta<br />

portadora <strong>de</strong> morte, nascida no oeste, tomaria seu curso para o este?,<br />

lamentam-se os <strong>de</strong>uses agora. Em suas cida<strong>de</strong>s sagradas,<br />

permaneceram os <strong>de</strong>uses, sem acreditar que o Vento Maligno tomaria<br />

sua rota para o Sumer. Um após o outro, os <strong>de</strong>uses fugiram <strong>de</strong> suas<br />

cida<strong>de</strong>s, seus templos abandonaram ao vento. Em minha cida<strong>de</strong>, Eridú,<br />

não pu<strong>de</strong> fazer nada por <strong>de</strong>ter a nuvem venenosa. Fujam a campo<br />

aberto!, dava instruções às pessoas; com Ninki, minha esposa, a cida<strong>de</strong><br />

abandonei. Em sua cida<strong>de</strong>, Nippur, lugar do Enlace Céu-<strong>Terra</strong>, Enlil não<br />

pô<strong>de</strong> fazer nada para <strong>de</strong>tê-lo. O Vento Maligno se equilibrou sobre o<br />

Nippur. Em sua nave celestial, Enlil e sua esposa partiram<br />

apressadamente. No Ur, a cida<strong>de</strong> da realeza do Sumer, Nannar a<br />

seu pai Enlil implorou ajuda; no lugar do templo que ao céu em sete<br />

<strong>de</strong>graus se eleva, Nannar se negou a consi<strong>de</strong>rar a mão da sorte. Meu<br />

pai, você que me engendrou, gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>us que a Ur conce<strong>de</strong>u a realeza,<br />

não <strong>de</strong>ixe entrar o Vento Maligno!, apelou Nannar. Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>us que<br />

<strong>de</strong>creta as sortes, <strong>de</strong>ixa que Ur e seus habitantes se livrem, seus<br />

louvores prosseguirão!, apelou Nannar. Enlil respon<strong>de</strong>u a seu filho<br />

Nannar: Nobre filho, à sua admirável cida<strong>de</strong> concedi a realeza, mas não<br />

lhe concedi reinado eterno. Toma a sua esposa Ningal e foge da cida<strong>de</strong>!<br />

Nem sequer eu, que <strong>de</strong>creto as sortes, posso impedir seu <strong>de</strong>stino!<br />

Assim falou Enlil, meu irmão; ai, ai, que não era <strong>de</strong>stino! O dilúvio não<br />

tinha causado uma calamida<strong>de</strong> maior sobre <strong>de</strong>uses e terrestres; ai, que<br />

não era <strong>de</strong>stino! O Gran<strong>de</strong> Dilúvio estava <strong>de</strong>stinado a acontecer; mas<br />

não a Gran<strong>de</strong> Calamida<strong>de</strong> da tormenta portadora <strong>de</strong> morte. Por romper<br />

uma promessa, por uma <strong>de</strong>cisão do conselho foi provocada; pelas<br />

Armas <strong>de</strong> Terror foi criada. Por uma <strong>de</strong>cisão, que não pelo <strong>de</strong>stino,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!