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Livro 4 - SEaD da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

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Programa <strong>de</strong> qualificação a distância<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do Turismo<br />

<strong>Livro</strong> 4<br />

Curso <strong>de</strong> Regionalização do Turismo


Programa <strong>de</strong> qualificação a distância<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do Turismo<br />

Florianópolis, 2008<br />

Ministério<br />

do Turismo


Curso <strong>de</strong><br />

Regionalização do Turismo <strong>Livro</strong> 4<br />

Roteirização Turística<br />

Promoção e Apoio à Comercialização


Governo <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong><br />

PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />

Luiz Inácio Lula <strong>da</strong> Silva<br />

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />

José Alencar Gomes <strong>da</strong> Silva<br />

Ministério do Turismo<br />

MINISTRO DE ESTADO DO TURISMO - Interino<br />

Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho<br />

SECRETÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS DO TURISMO<br />

Airton Pereira<br />

DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAÇÃO, ARTICULAÇÃO<br />

E ORDENAMENTO TURÍSTICO<br />

Tânia Brizolla<br />

SECRETÁRIO NACIONAL DE PROGRAMAS<br />

DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO<br />

Fre<strong>de</strong>rico Silva <strong>da</strong> Costa<br />

DIRETOR DE QUALIFICAÇÃO, CERTIFICAÇÃO<br />

E DE PRODUÇÃO ASSOCIADA AO TURISMO<br />

Diogo Joel Demarco<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong><br />

REITOR<br />

Alvaro Toubes Prata<br />

VICE-REITOR<br />

Carlos Alberto Justo <strong>da</strong> Silva<br />

Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância<br />

COORDENAÇÃO GERAL<br />

Cícero Ricardo França Barboza<br />

COORDENAÇÃO FINANCEIRA<br />

Vladimir Arthur Fey<br />

Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária<br />

DIRETOR EXECUTIVO<br />

Carlos Fernando Miguez<br />

GERENTE DE EXTENSÃO<br />

Fábio Silva <strong>de</strong> Souza


Ficha Técnica<br />

Produção <strong>de</strong> Conteúdo – Ministério do Turismo<br />

COORDENAÇÃO GERAL<br />

Tânia Brizolla<br />

COORDENAÇÃO TÉCNICA<br />

Ana Clévia Guerreiro Lima<br />

EQUIPE TÉCNICA<br />

Bruno Wendling<br />

Daniele Velozo<br />

Laura Mary Marques Fernan<strong>de</strong>s<br />

COLABORADORAS<br />

Aline Delmanto<br />

Walkyria Bueno Camargo Moraes<br />

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO<br />

Norma Martini Moesch<br />

Tiragem: 3.600 exemplares<br />

1ª Edição<br />

B823p Brasil. Ministério do Turismo. Secretaria <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Turismo<br />

Programa <strong>de</strong> Qualificação a Distância para o Desenvolvimento do<br />

turismo : roteirização turística, promoção e apoio à comercialização / Ministério<br />

do Turismo, coor<strong>de</strong>nação Tânia Brizolla, Ana Clévia Guerreiro Lima.<br />

– [Brasília] : o Ministério : Florianópolis : <strong>SEaD</strong>/<strong>UFSC</strong>, 2008.<br />

108 p.<br />

Curso <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – <strong>Livro</strong> 4<br />

Inclui bibliografia<br />

ISBN: 978-85-7426-030-3<br />

1. Turismo – Administração. 2. Roteirização turística. 3. Marketing <strong>de</strong><br />

serviços (Turismo). I. Brizolla, Tânia. II. Lima, Ana Clévia Guerreiro.<br />

III. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>. Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância.<br />

IV. Título.<br />

CDU: 380.8<br />

Catalogação na publicação por: Onélia Silva Guimarães CRB-14/071


Desenvolvimento Educacional – Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância<br />

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E<br />

SUPERVISÃO GERAL<br />

Ana Luzia Dias Pereira<br />

SUPERVISÃO EDUCACIONAL E<br />

CONTROLE DE PRODUÇÃO<br />

Karine Pereira Goss<br />

Marivone Piana<br />

DESIGN INSTRUCIONAL<br />

Marina Cabe<strong>da</strong> Egger Moellwald<br />

Ana Cláudia Félix Gualberto<br />

Christiane Fabíola Momm<br />

Rogério Pereira Santos<br />

APOIO PEDAGÓGICO<br />

Karin Rodrigues Moritz<br />

Aman<strong>da</strong> Chraim<br />

Ana Maria Elias Rodrigues<br />

Juliana Schumacker Lessa<br />

REVISÃO TEXTUAL<br />

Marcelo Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Souza<br />

Rosângela Santos <strong>de</strong> Souza<br />

DESIGN GRÁFICO<br />

João Henrique Moço<br />

Pricila Cristina <strong>da</strong> Silva<br />

Rafael <strong>de</strong> Queiroz Oliveira<br />

Renata Miguez<br />

Thaís <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Santos<br />

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO<br />

Rosemeri Maria Pereira<br />

Maicon Barzotto<br />

Murillo Lagranha Flores<br />

SUPORTE TÉCNICO EM COMPUTAÇÃO<br />

Leandro Almei<strong>da</strong><br />

Rafael Santos Barboza<br />

Rodrigo Rocha Coelho<br />

PRODUÇÃO DE MÍDIAS AUDIOVISUAIS<br />

Delmar dos Santos Gularte<br />

Jonatan Jumes<br />

Mauro Flores<br />

UNIDADE ADMINISTRATIVA<br />

E MONITORIA<br />

Nádia Rodrigues <strong>de</strong> Souza<br />

Débora I. Nascimento<br />

Diego Lapa <strong>da</strong> Silveira<br />

Dilton Ferreira Júnior<br />

Juciara Ramos Cor<strong>de</strong>iro<br />

Juliana Elias Rodrigues


Ministério do Turismo


O Ministério do Turismo agra<strong>de</strong>ce sua participação no Programa <strong>de</strong> Qualificação<br />

a Distância. Esta formação significará um diferencial importante<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento do turismo do Brasil: o diferencial do conhecimento,<br />

que vai <strong>da</strong>r mais quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na gestão <strong>da</strong>s políticas públicas para o<br />

setor. Parabéns por ter escolhido o Curso <strong>de</strong> Implementação do Programa<br />

<strong>de</strong> Regionalização do Turismo.<br />

O turismo é uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica <strong>da</strong> iniciativa priva<strong>da</strong>. Mas o po<strong>de</strong>r<br />

público tem papel fun<strong>da</strong>mental na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> políticas e ações, na organização<br />

e articulação entre todos os segmentos envolvidos, e na garantia<br />

<strong>de</strong> recursos para infra-estrutura, promoção e qualificação.<br />

Com o surgimento do Ministério do Turismo em 2003, por iniciativa do<br />

Presi<strong>de</strong>nte Lula, a nova Política Nacional <strong>de</strong> Turismo instituiu um mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>, que buscou organizar, articular e integrar os<br />

gestores do turismo – públicos, privados e do terceiro setor – nos estados<br />

e municípios, especialmente nos que compõem as regiões turísticas.<br />

A união <strong>de</strong>ssa prática do Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros<br />

do Brasil com o Programa Nacional <strong>de</strong> Qualificação fez surgir o Programa<br />

<strong>de</strong> Qualificação a Distância para o Desenvolvimento do Turismo.<br />

Ele vai permitir que as políticas públicas sejam leva<strong>da</strong>s ao conhecimento<br />

direto dos que, nos municípios, trabalham para <strong>da</strong>r mais quali<strong>da</strong><strong>de</strong> à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

a partir <strong>de</strong> diretrizes do Plano Nacional do Turismo. O programa<br />

é alternativa para a qualificação <strong>de</strong> gestores nos mais <strong>de</strong> 5.500 municípios<br />

brasileiros, especialmente os 3.819 que compõem as 200 regiões turísticas<br />

brasileiras.<br />

A expectativa é <strong>de</strong> que, em alguns <strong>de</strong>stinos, o turismo passe a posicionarse<br />

como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior importância na formação do Produto Interno<br />

Bruto (PIB), o que significa sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> economia e, sobretudo,<br />

garantia <strong>de</strong> empregos, ocupações, ren<strong>da</strong>, diminuição <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />

<strong>da</strong> pobreza. Para que se mantenha como fonte geradora <strong>da</strong>s riquezas do<br />

lugar, o turismo tem que ser planejado, com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> organização<br />

e <strong>de</strong> gestão.<br />

Desenvolvido pela iniciativa priva<strong>da</strong>, o turismo tem a missão <strong>de</strong> participar<br />

diretamente do crescimento econômico e gerar divi<strong>de</strong>ndos sociais, orientado<br />

por políticas públicas claras e auxiliado pelos investimentos públicos.<br />

Em cinco anos, o Ministério do Turismo injetou cerca <strong>de</strong> R$ 4,5 bilhões<br />

em ações e projetos <strong>de</strong> infra-estrutura, qualificação e promoção.


Promover a qualificação <strong>da</strong>s pessoas e a melhoria dos serviços é tarefa <strong>de</strong><br />

ponta do MTur para que o Brasil alcance níveis internacionais <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

no turismo. Mais ain<strong>da</strong> quando se aproxima o ano <strong>de</strong> 2014, em<br />

que o Brasil vai receber os milhares <strong>de</strong> visitantes para os jogos <strong>da</strong> Copa do<br />

Mundo <strong>de</strong> Futebol, em que o Brasil terá a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> única <strong>de</strong> mostrarse<br />

ao mundo como um País <strong>de</strong>senvolvido e qualificado para abrigar um<br />

evento <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> importância internacional.<br />

De 2003 a 2007, o ministério investiu R$ 82 milhões em ações <strong>de</strong> qualificação.<br />

O Programa <strong>de</strong> Qualificação a Distância para o Desenvolvimento<br />

do Turismo é mais um passo <strong>da</strong>do rumo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um setor<br />

qualificado, sustentado e competitivo. O programa amplia os canais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização do conhecimento, possibilitando a formação <strong>de</strong> 9 mil<br />

pessoas no País.<br />

Desejo a você, aluno, bom proveito neste Curso a distância que o Ministério<br />

do Turismo está oferecendo em parceria com a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, que já tem comprova<strong>da</strong> e exitosa experiência nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ensino. Vamos juntos, nós e você, somarmos ao movimento<br />

<strong>de</strong> valorização do turismo do Brasil!<br />

Luiz Barretto<br />

Ministro <strong>de</strong> Estado do Turismo - Interino


Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>


O conhecido adágio “O Brasil é o país do futuro” – com seu irônico complemento<br />

implícito, “e sempre será” – po<strong>de</strong>ria fazer sentido há algum<br />

tempo se aplicado ao turismo. Nos anos mais recentes, já não faz mais.<br />

País <strong>de</strong> extraordinária diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> biológica, paisagística, cultural e histórica,<br />

o gigante <strong>da</strong> América do Sul costumava ficar em segundo plano<br />

nas principais rotas turísticas internacionais. Este quadro <strong>de</strong> subutilização<br />

do potencial está se transformando rapi<strong>da</strong>mente, graças a uma série <strong>de</strong><br />

iniciativas articula<strong>da</strong>s <strong>de</strong> profissionalização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, envolvendo parcerias<br />

entre o setor público e o privado.<br />

Afinal, turismo não se faz só com belas paisagens. Um conjunto <strong>de</strong> ingredientes<br />

é vital para fazer com que a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dinamize a geração <strong>de</strong><br />

emprego e ren<strong>da</strong>: boa infra-estrutura <strong>de</strong> transporte, hospe<strong>da</strong>gem, saneamento,<br />

comunicação e segurança; divulgação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>; e, tão importante<br />

quanto os <strong>de</strong>mais, o comprometimento com a educação, em especial a<br />

qualificação permanente dos profissionais do setor. Tais investimentos são<br />

significativos, é certo, mas se justificam diante do gran<strong>de</strong> retorno social <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Em 2007, o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarques turísticos no mundo atingiu 898 milhões,<br />

6% a mais em relação ao ano anterior, estima a Organização Mundial<br />

<strong>de</strong> Turismo (UNWTO). Foi o quarto ano consecutivo <strong>de</strong> crescimento<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950 avança em média 6,5% ao ano. No Brasil, em<br />

2007, <strong>de</strong>sembarcaram 5 milhões <strong>de</strong> passageiros estrangeiros – Argentina,<br />

Estados Unidos e Portugal li<strong>de</strong>ram o ranking <strong>de</strong> países emissores. Os gastos<br />

<strong>de</strong> turistas estrangeiros em visita ao País alcançaram o recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> US$<br />

4,953 bilhões, um incremento <strong>de</strong> 14,76% em relação a 2006.<br />

Transformar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em instrumento eficaz <strong>de</strong> inclusão social é uma<br />

<strong>da</strong>s principais metas do Programa <strong>de</strong> Qualificação a Distância para o Desenvolvimento<br />

do Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo em<br />

parceria com a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> (<strong>UFSC</strong>). Pela primeira<br />

vez no País, uma política <strong>de</strong> turismo enfatiza essa preocupação e dá<br />

a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> importância também ao turismo interno. Mais que isso, dispõe<br />

<strong>de</strong> instrumentos legais e fiscais para que a inclusão não fique apenas na<br />

retórica.<br />

Por meio <strong>de</strong> três Cursos <strong>de</strong> Extensão Universitária, gratuitos e realizados<br />

a distância, o Programa oferta 9 mil vagas para gestores <strong>de</strong> turismo em<br />

todo o território nacional. O material didático é composto <strong>de</strong> cinco livros:<br />

o primeiro abor<strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e ação municipal


para a regionalização; o segundo, sensibilização, mobilização e institucionalização<br />

<strong>da</strong> Instância <strong>de</strong> Governança; o terceiro trata <strong>da</strong> elaboração e<br />

implementação <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Regionalização <strong>de</strong> Turismo; o quarto, <strong>da</strong><br />

roteirização, promoção e comercialização <strong>de</strong> produtos turísticos; o quinto<br />

livro enfoca os sistemas <strong>de</strong> Informações Turísticas e <strong>de</strong> Monitoria e Avaliação.<br />

O rol <strong>de</strong> beneficiados com o Programa inclui os estu<strong>da</strong>ntes e aposentados,<br />

que po<strong>de</strong>rão conhecer o Brasil a preços razoáveis; os trabalhadores do<br />

setor, que terão melhor qualificação profissional; os <strong>de</strong>sempregados, que<br />

ganharão novas opções <strong>de</strong> trabalho; o setor turístico, que terá a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gerar mais ren<strong>da</strong>, e o governo, que terá amplia<strong>da</strong> a arreca<strong>da</strong>ção<br />

<strong>de</strong> tributos. Assim a <strong>UFSC</strong>, por meio <strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância<br />

(<strong>SEaD</strong>), cumpre o seu papel <strong>de</strong> levar relevantes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino<br />

e aprendizagem para além dos limites <strong>da</strong>s suas salas <strong>de</strong> aula. O País do<br />

futuro está sendo construído agora, com trabalho e competência.<br />

Boa viagem!<br />

Alvaro Toubes Prata<br />

Reitor <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>


Guia do Curso


Você está iniciando o primeiro Curso do Programa <strong>de</strong> Qualificação a distância para o<br />

Desenvolvimento do Turismo – o Curso <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – promovido<br />

pela Secretaria Nacional <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo, do Ministério do<br />

Turismo (MTur).<br />

Realizado pela Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) com apoio<br />

<strong>da</strong> Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância (<strong>SEaD</strong>) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong><br />

(<strong>UFSC</strong>), o Curso terá três meses <strong>de</strong> duração, contabilizando 120 horas-aula.<br />

Neste Guia você terá uma visão geral <strong>de</strong> como o Curso está estruturado em relação à metodologia<br />

<strong>de</strong> ensino adota<strong>da</strong>, a Educação a Distância (EaD).<br />

Durante todo o <strong>de</strong>senvolvimento do Curso, você po<strong>de</strong>rá consultar nosso Sistema <strong>de</strong> Apoio<br />

ao Aluno a Distância, formado por tutores e monitores especialmente orientados para atendê-lo.<br />

Dessa forma, você receberá orientações para estu<strong>da</strong>r a distância e realizar suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, aproveitando, assim, to<strong>da</strong> a estrutura pe<strong>da</strong>gógica e didática planeja<strong>da</strong><br />

e construí<strong>da</strong> para que você tenha um aprendizado significativo.<br />

Bom trabalho!


Como o Curso está estruturado?<br />

Todo estu<strong>da</strong>nte é um agente <strong>da</strong> construção do conhecimento, capaz <strong>de</strong><br />

realizar leituras dos próprios cenários em que está imerso, estabelecer objetivos,<br />

traçar estratégias e <strong>de</strong>finir procedimentos para alcançar os resultados<br />

pretendidos.<br />

Ao estu<strong>da</strong>r e apren<strong>de</strong>r a distância, sua trajetória <strong>de</strong> aprendizagem será<br />

autônoma e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Para que a EaD atinja seus objetivos pe<strong>da</strong>gógicos,<br />

é necessário que você tenha uma postura <strong>de</strong> aprendizado madura,<br />

reflexiva e colaborativa. Participe, portanto, <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s propostas neste<br />

Curso. Utilize todos os recursos educacionais que lhe foram disponibilizados<br />

e, principalmente, troque muita informação com seus colegas e<br />

tutores.<br />

Lembre-se que para a realização <strong>de</strong>ste Curso você recebeu um kit didático<br />

composto por cinco livros e uma vi<strong>de</strong>oaula (em DVD). Além <strong>de</strong>ste kit,<br />

estão a sua disposição outros recursos educacionais também muito importantes<br />

para a construção do seu conhecimento. São eles:<br />

••<br />

Teleconferência<br />

••<br />

Fóruns (<strong>de</strong> conteúdo; <strong>de</strong> avaliação do Curso e Intervalo Interativo)<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Chats<br />

Oficinas virtuais<br />

Lições virtuais<br />

Bibliotecas (virtual e participativa)<br />

Repositórios virtuais<br />

••<br />

Seminários presenciais<br />

Excluindo os seminários presenciais, todos esses recursos serão disponibilizados<br />

no Ambiente Virtual <strong>de</strong> Ensino e Aprendizagem (AVEA).<br />

Na primeira semana do Curso, haverá uma Ambientação Virtual. Não<br />

<strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> participar <strong>de</strong>sta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial, pois ela é imprescindível para<br />

que você receba orientação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> sobre o uso <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as ferramentas<br />

que compõem o AVEA. Além disso, nesta semana você vai se apresentar<br />

aos seus colegas e ao seu tutor (por meio <strong>da</strong> construção do seu perfil, <strong>da</strong><br />

sua participação no chat <strong>de</strong> abertura do Curso e nos dois fóruns que serão<br />

disponibilizados). Aguar<strong>da</strong>mos sua participação.


O cronograma do Curso será publicado no AVEA durante a semana<br />

<strong>de</strong> Ambientação Virtual. Fique atento! Organize seu estudo<br />

<strong>de</strong> acordo com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas.<br />

Acesse o Portal do Curso<br />

O Portal do Curso é uma plataforma <strong>de</strong> acesso livre, aberta ao público em<br />

geral, on<strong>de</strong> você encontrará informações atualiza<strong>da</strong>s referentes ao Curso<br />

(notícias, <strong>da</strong>ta e horários <strong>de</strong> teleconferência, chats, fóruns etc.).<br />

Neste Portal, você também po<strong>de</strong>rá conferir as questões mais recorrentes<br />

que surgirão ao longo do Curso. As respostas <strong>de</strong>stas questões serão<br />

publica<strong>da</strong>s no espaço <strong>de</strong>nominado FAQs (“dúvi<strong>da</strong>s freqüentes”), que<br />

será atualizado semanalmante pelo Apoio Pe<strong>da</strong>gógico <strong>da</strong> <strong>SEaD</strong>. Assim,<br />

antes <strong>de</strong> encaminhar ao seu tutor uma dúvi<strong>da</strong> remanescente, acesse este<br />

espaço e veja se ela já não foi respondi<strong>da</strong>.<br />

Acesse o Portal do Curso <strong>de</strong> Regionalização do Turismo por<br />

meio <strong>de</strong> dois en<strong>de</strong>reços eletrônicos disponíveis na Internet:<br />

http://www.turismo.gov.br/ead e http://www.sead.ufsc.br<br />

Através <strong>de</strong>sse Portal, você terá acesso ao Ambiente Virtual <strong>de</strong> Ensino e<br />

Aprendizagem (AVEA).<br />

Acesse o Ambiente Virtual <strong>de</strong> Ensino e<br />

Aprendizagem (AVEA) do Curso<br />

O AVEA é uma plataforma virtual <strong>de</strong> acesso restrito. Ou seja, somente<br />

você, seus colegas, tutores, monitores e as equipes <strong>da</strong> <strong>SEaD</strong>/<strong>UFSC</strong> e do<br />

Ministério do Turismo têm acesso a este ambiente colaborativo.<br />

Para acessá-lo, você <strong>de</strong>ve entrar no Portal do Curso e utilizar o login e a<br />

senha que lhe foram enviados quando você confirmou a sua inscrição.


Participe dos chats e fóruns<br />

Os chats são espaços para a discussão dos temas referentes ao conteúdo<br />

do Curso, bem como para a troca <strong>de</strong> experiência com seus colegas e o seu<br />

tutor. Eles duram, em média, 1 hora-aula e ocorrem em tempo real, possibilitando<br />

uma comunicação direta entre todos os participantes.<br />

Todos os chats são mediados pelo seu tutor, que é o responsável pela abertura<br />

<strong>da</strong> sala e pela apresentação do tema, além <strong>de</strong> intervir para que a discussão<br />

em foco se mantenha <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> temática proposta.<br />

Para você aproveitar bem os chats, fique atento aos seguintes pontos:<br />

••<br />

Não se atrase! Acesse o AVEA do seu Curso no dia e na hora<br />

agen<strong>da</strong>dos.<br />

••<br />

Clique no grupo do seu tutor (que está localizado no quadro chat).<br />

A visualização do <strong>de</strong>bate ocorrerá a partir do momento <strong>de</strong> sua entra<strong>da</strong>.<br />

Não é possível, portanto, ler as mensagens anteriores. Por<br />

isso, é importante que você acompanhe o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início.<br />

••<br />

Ao entrar na sala <strong>de</strong> chat, cumprimente a todos, seja cordial.<br />

••<br />

Fique atento ao fato <strong>de</strong> que apenas entrar e sair <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong> chat,<br />

além <strong>de</strong> ser inconveniente, não configura participação. Participar é<br />

colaborar para a construção <strong>de</strong> um conhecimento coletivo, opinando,<br />

questionando e dialogando.<br />

•• Se você tiver alguma dúvi<strong>da</strong> específica em relação a outras temáticas<br />

abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s no Curso, que não estão diretamente relaciona<strong>da</strong>s<br />

com a discussão proposta no chat, entre em contato com o seu tutor<br />

posteriormente. Não utilize este espaço para conversar sobre temas<br />

transversais.<br />

••<br />

Para encerrar a sua participação, <strong>de</strong>speça-se <strong>de</strong> todos e feche a janela<br />

<strong>de</strong> chat.<br />

Os fóruns são espaços <strong>de</strong> comunicação on<strong>de</strong> você po<strong>de</strong> trocar idéias sobre<br />

questões específicas, tanto em relação ao conteúdo, quanto em relação à<br />

avaliação do Curso.<br />

Nas terças-feiras pela manhã, o Apoio Pe<strong>da</strong>gógico <strong>da</strong> <strong>SEaD</strong> publica as<br />

questões dos fóruns no AVEA do Curso. E você terá até as 22 horas<br />

(horário <strong>de</strong> Brasília) <strong>da</strong> segun<strong>da</strong>-feira seguinte para postar seus comentários.<br />

Ca<strong>da</strong> fórum ficará aberto, portanto, durante sete dias consecutivos.<br />

Este período é fun<strong>da</strong>mental para que todos possam ter tempo <strong>de</strong><br />

construir, argumentativamente, suas respostas.


Lembre-se! Sua participação em, pelo menos, três Fóruns <strong>de</strong> Conteúdo configura-se<br />

como pré-requisito para sua certificação neste Curso. Participe!<br />

Nos Fóruns <strong>de</strong> Avaliação do Curso, sua participação é facultativa. No entanto,<br />

é bom lembrar que a sua avaliação é extremamente importante<br />

para garantirmos a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> nossa estrutura educacional, <strong>da</strong> forma<br />

como fazemos EaD. Por isso, não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> publicar sua opinião sobre os<br />

recursos educacionais que serão disponibilizados neste Curso. Aguar<strong>da</strong>mos<br />

sua contribuição!<br />

O Intervalo Interativo é um outro espaço virtual, também um fórum, no<br />

qual você po<strong>de</strong> trocar experiências e organizar grupos <strong>de</strong> discussão com<br />

seus colegas do Curso sem a interferência <strong>de</strong> um tutor. Assim, em qualquer<br />

dia e horário, você po<strong>de</strong> utilizar este espaço para conversar com seus<br />

colegas. Ao contrário dos fóruns <strong>de</strong> conteúdo e <strong>de</strong> avaliação, o Intervalo<br />

Interativo ficará disponível no AVEA durante todo o período do Curso.<br />

Atenção! Consulte as <strong>da</strong>tas e os horários dos chats e mantenhase<br />

atualizado sobre os temas que serão abor<strong>da</strong>dos nos fóruns<br />

que estão em an<strong>da</strong>mento.<br />

Assista à teleconferência<br />

A teleconferência é um programa <strong>de</strong> televisão transmitido ao vivo, via<br />

satélite, com recepção por antena parabólica. Seu principal objetivo é o <strong>de</strong><br />

ampliar os conteúdos disponibilizados nos materiais didáticos, oferecendo<br />

atualização e aprofun<strong>da</strong>mento em relação ao tema do Curso, além <strong>de</strong><br />

propiciar a interação dos espectadores com os especialistas.<br />

Você po<strong>de</strong> assistir à teleconferência em qualquer lugar on<strong>de</strong> houver um<br />

aparelho <strong>de</strong> televisão conectado a uma antena parabólica. To<strong>da</strong>s as antenas<br />

parabólicas instala<strong>da</strong>s no Brasil po<strong>de</strong>m receber sua transmissão. Mas,<br />

para que isso ocorra, fique atento às seguintes informações:<br />

••<br />

••<br />

verifique com antecedência se os equipamentos estão funcionando<br />

(TV e antena parabólica) e se estão regulados na freqüência indica<strong>da</strong><br />

(1.220 MHz);<br />

procure organizar e ajustar o canal com antecedência. Cinco minutos<br />

antes <strong>de</strong> iniciar a teleconferência, você verá uma imagem com<br />

o logotipo do Curso e ouvirá a seguinte mensagem: “Dentro <strong>de</strong>


instantes, você irá assistir a uma teleconferência do Programa <strong>de</strong><br />

Qualificação a Distância para o Desenvolvimento do Turismo”.<br />

Isto irá facilitar a i<strong>de</strong>ntificação do canal.<br />

Fique atento! A teleconferência po<strong>de</strong> ser vista pelo AVEA, por antena<br />

parabólica e pela Internet (streaming). Além disso, quando você receber<br />

o seu certificado <strong>de</strong> conclusão do Curso, também receberá uma cópia<br />

<strong>de</strong>sta teleconferência (em CD) para que você possa assisti-la sempre<br />

que <strong>de</strong>sejar.<br />

Mobilize-se para assistir à teleconferência em grupo, aproveitando o<br />

material impresso para promover um <strong>de</strong>bate sobre a regionalização<br />

no seu Estado.<br />

Durante a teleconferência, você po<strong>de</strong> fazer perguntas aos especialistas<br />

que estiverem participando do programa por e-<br />

mail ou telefone. Participe!<br />

Assista à vi<strong>de</strong>oaula<br />

A vi<strong>de</strong>oaula tem como objetivo ilustrar, reforçar e complementar o conteúdo<br />

do Curso – a temática <strong>da</strong> regionalização do turismo no Brasil. Não<br />

<strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> assisti-la quantas vezes consi<strong>de</strong>rar necessário, pois trata-se <strong>de</strong> um<br />

importante recurso didático.<br />

Além <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r você a operacionalizar a construção <strong>da</strong> principal ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ste Curso – seu Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo Regional<br />

–, a vi<strong>de</strong>oaula retrata, <strong>de</strong>ntre vários temas, duas experiências <strong>de</strong> um<br />

turismo efetivamente sustentável: o exemplo <strong>de</strong> Bonito, no Mato Grosso<br />

do Sul, e <strong>da</strong> Serra Gaúcha, no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

Estu<strong>de</strong> com o livro<br />

O material impresso constitui a base do Curso, pois abor<strong>da</strong> os principais<br />

conteúdos que serão aprofun<strong>da</strong>dos no AVEA. Para uma melhor assimilação<br />

do conteúdo, sugerimos que você:<br />

•• sublinhe os trechos que achar importante e elabore seus próprios<br />

resumos;


• tenha o hábito <strong>de</strong> fazer esquemas e anotações ao longo do texto;<br />

• anote as dúvi<strong>da</strong>s que surgirem durante a leitura e esclareça-as<br />

com seus colegas e seu tutor ao participar dos fóruns <strong>de</strong> conteúdo,<br />

chats etc.;<br />

• preste atenção na forma como seu livro está estruturado. Ela<br />

sinaliza informações relevantes, como representado nas seguintes<br />

páginas.<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Formação <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>s<br />

Localiza<strong>da</strong> no canto superior<br />

<strong>da</strong>s páginas.<br />

Destaque<br />

A ação concerta<strong>da</strong> refere-se a uma ação coletiva na qual muitos<br />

elementos diferentes atuam <strong>de</strong> forma combina<strong>da</strong>, como se<br />

fossem um só corpo.<br />

Quadros <strong>de</strong> texto para <strong>de</strong>stacar<br />

informações importantes<br />

sobre o tema retratado.<br />

Em geral, os <strong>de</strong>stinos turísticos <strong>de</strong> sucesso abrangem uma região ou um roteiro<br />

turístico que engloba, <strong>de</strong> forma complementar, atrativos, serviços e segmentos<br />

turísticos <strong>de</strong> distintas locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Glossário<br />

Destaca conceitos, termos técnicos<br />

etc., <strong>de</strong>finidos no final <strong>de</strong><br />

ca<strong>da</strong> livro.<br />

Entre no chat para discutir sobre a importância do planejamento para que haja<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Entre em contato com seu tutor e informe-se sobre a <strong>da</strong>ta<br />

e o horário, para que você possa participar. Aproveite o espaço do chat para trocar idéias<br />

e discutir suas questões!<br />

Chats<br />

Chama<strong>da</strong> para a participação<br />

dos chats.<br />

Fóruns<br />

Acesse nosso AVEA, participe do Fórum <strong>de</strong> Conteúdo 4 e discuta o tema <strong>da</strong> sensibilização!<br />

Contribua com a sua reflexão e faça bom uso <strong>da</strong>s contribuições <strong>de</strong> seus colegas.<br />

Chama<strong>da</strong> para a participação<br />

dos fóruns <strong>de</strong> conteúdo com<br />

indicação do tema proposto.<br />

Assista à vi<strong>de</strong>oaula e acompanhe o <strong>de</strong>poimento sobre as Instâncias <strong>de</strong> Governança.<br />

Vi<strong>de</strong>oaula<br />

Indicação <strong>de</strong> conteúdo presente<br />

na vi<strong>de</strong>oaula.<br />

17<br />

Número <strong>da</strong> página<br />

Localizado no canto inferior<br />

<strong>da</strong> página.


Dica<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Orientações que visam à elaboração<br />

do Plano Estratégico <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento do Turismo.<br />

Preste bastante atenção a estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, pois são elas que dão o suporte a todo o<br />

sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> uma Instância <strong>de</strong> Governança, além <strong>de</strong> fazerem sua manutenção.<br />

Links<br />

Indicação <strong>de</strong> informação complementar<br />

disponível na Internet.<br />

@<br />

Caso você tenha interesse específico nesta forma <strong>de</strong> governança, observe o que<br />

estabelece a Lei nº 6.015, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1973, no art. 120 e respectivos incisos,<br />

em relação ao processo <strong>de</strong> legalização, acessando o seguinte en<strong>de</strong>reço eletrônico:<br />

www.planalto.gov.br/ccvil_03/leis/l60/5.htm.<br />

Biblioteca virtual<br />

Indicação do material disponível<br />

na Biblioteca Virtual do<br />

Curso.<br />

Veja o Quadro 3 - Procedimentos e instrumentos para a implementação do processo <strong>de</strong><br />

constituição <strong>de</strong> uma Associação Regional <strong>de</strong> Turismo, disponível em nosso AVEA. Esse é<br />

um dos mo<strong>de</strong>los para aju<strong>da</strong>r você a construir uma Instância <strong>de</strong> Governança Regional.<br />

Saiba Mais<br />

Indicação <strong>de</strong> outras leituras a<br />

fim <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>r o assunto<br />

abor<strong>da</strong>do.<br />

i<br />

Confira, no Módulo Operacional 3 - Institucionalização <strong>da</strong> Instância <strong>de</strong> Governança<br />

Regional, os passos para a criação <strong>de</strong> uma OSCIP. Acesse este Módulo em nossa<br />

Biblioteca Virtual.<br />

Resumo<br />

Resumo<br />

Localizado ao final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, apresenta as principais<br />

idéias e os conceitos discutidos.<br />

18<br />

Nesta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, você apren<strong>de</strong>u sobre a importância do processo <strong>de</strong> Sensibilização<br />

no engajamento <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> na re<strong>de</strong> do turismo e na aceitação <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nças necessárias ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um turismo sustentável com boa<br />

infra-estrutura. Na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> a seguir, você verá alguns aspectos do processo <strong>de</strong><br />

Mobilização.<br />

Organize seu estudo<br />

Em EaD, você organiza seu tempo <strong>de</strong> estudo e a elaboração <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

previstas, partindo <strong>da</strong> orientação recebi<strong>da</strong> pelo seu tutor.<br />

No processo <strong>de</strong> aprendizagem a distância, é você quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quando e<br />

como vai estu<strong>da</strong>r e, para isso, é fun<strong>da</strong>mental ter disciplina e <strong>de</strong>dicação.<br />

Seus horários e locais <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>vem ser organizados conforme seu ritmo<br />

<strong>de</strong> trabalho.


Faça um roteiro do tempo que você precisa <strong>de</strong>dicar, semanalmente, para<br />

estu<strong>da</strong>r:<br />

••<br />

••<br />

organize-se para estu<strong>da</strong>r as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos livros, assistir à teleconferência<br />

e à vi<strong>de</strong>oaula, para participar dos chats e fóruns e para elaborar<br />

o Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo Regional,<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> final do Curso;<br />

i<strong>de</strong>ntifique, no conteúdo impresso ou virtual, os pontos que mais<br />

lhe interessam e que mais têm relação com sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional.<br />

Para isso, acompanhe os <strong>de</strong>bates (chats, fóruns etc.) que serão<br />

<strong>de</strong>senvolvidos em relação a estas temáticas.<br />

Procure utilizar todos os recursos disponíveis <strong>de</strong> maneira integra<strong>da</strong><br />

e não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> participar <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas neste<br />

Curso. Sua participação é fun<strong>da</strong>mental para o sucesso do<br />

aprendizado que estamos construindo conjuntamente!<br />

Sistema <strong>de</strong> Apoio ao Aluno a Distância<br />

O Sistema <strong>de</strong> Apoio ao Aluno a Distância está organizado para realizar<br />

o acompanhamento e a avaliação do seu processo <strong>de</strong> estudo e <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Ele é formado por tutores e monitores que irão lhe oferecer os<br />

subsídios necessários para um melhor aproveitamento do Curso.<br />

Horário <strong>de</strong> atendimento <strong>da</strong> tutoria e <strong>da</strong> monitoria<br />

<strong>de</strong> segun<strong>da</strong> a sexta- feira , em três turnos:<br />

manhã: 8h até às 12h<br />

tar<strong>de</strong>: 13h até às 17h<br />

noite: 18h até às 22h


Tutoria<br />

Você contará com um tutor, que estará à sua disposição para orientá-lo a<br />

respeito dos seguintes procedimentos:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

orientação para a utilização do AVEA;<br />

orientação para realização e entrega <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s propostas;<br />

orientação para a realização <strong>da</strong>s oficinas e lições virtuais;<br />

••<br />

mediação nos <strong>de</strong>bates virtuais ( chats e fóruns);<br />

••<br />

••<br />

organização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em grupo;<br />

esclarecimento <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s em relação ao conteúdo.<br />

Ca<strong>da</strong> tutor será responsável por um mesmo grupo <strong>de</strong> alunos, do início<br />

ao fim do Curso. Durante a Ambientação Virtual, você receberá um<br />

e-mail <strong>de</strong> apresentação do seu tutor. Também haverá um chat <strong>de</strong> ambientação<br />

para que você possa se apresentar e conhecer seus colegas <strong>de</strong><br />

turma. Aproveite!<br />

Atenção! Procure entrar em contato com o seu tutor nos<br />

horários e dias combinados para atendimento. Utilize os seguintes<br />

recursos:<br />

e-mail (que lhe será enviado na primeira semana do Curso)<br />

fax: (0xx48) 39521901<br />

telefone: 0800-6488001<br />

Seu tutor fará contatos semanais (por e-mail ou pelo AVEA) para acompanhar<br />

o an<strong>da</strong>mento dos seus estudos. Por isso, é importante que você<br />

mantenha seus <strong>da</strong>dos ca<strong>da</strong>strais atualizados. Principalmente seu en<strong>de</strong>reço<br />

eletrônico.


Monitoria<br />

Os monitores são responsáveis pelo esclarecimento <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s administrativas<br />

relaciona<strong>da</strong>s ao <strong>de</strong>senvolvimento do Curso. Entre em contato<br />

com a monitoria caso ocorra alguma <strong>da</strong>s seguintes situações:<br />

••<br />

mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço postal ou e-mail durante o Curso, até o momento<br />

<strong>de</strong> receber o seu certificado. É fun<strong>da</strong>mental que seus <strong>da</strong>dos<br />

estejam sempre atualizados;<br />

••<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em acessar o AVEA, em função <strong>de</strong> problemas com logins<br />

e/ou senhas;<br />

••<br />

erro nas informações (nome completo e/ou en<strong>de</strong>reço) que constam<br />

na etiqueta <strong>da</strong> embalagem <strong>de</strong>ste kit;<br />

••<br />

não recebimento do kit completo do Curso (cinco livros e uma<br />

vi<strong>de</strong>oaula).<br />

Atenção! Entre em contato com a Monitoria através dos seguintes<br />

recursos:<br />

e-mail: turismo@sead.ufsc.br<br />

fax: (0xx48) 39521901<br />

telefone: 0800-6434466<br />

Seminários Presenciais<br />

Neste Curso, você terá a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> um Seminário<br />

Presencial que será oferecido no seu Estado. Nesta ocasião, você trocará<br />

experiências com as equipes técnicas do Ministério do Turismo e <strong>da</strong><br />

<strong>SEaD</strong>/<strong>UFSC</strong> e com seus colegas <strong>de</strong> Curso. To<strong>da</strong> a programação dos Seminários<br />

Presenciais será publica<strong>da</strong> com antecedência no AVEA. Aproveite<br />

este momento para compartilhar eventuais dúvi<strong>da</strong>s sobre o conteúdo do<br />

Curso e discutir os passos para a elaboração <strong>de</strong> um Plano Estratégico direcionado<br />

ao seu território turístico, pois esta é a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> final do Curso,<br />

pré-requisito para receber seu Certificado <strong>de</strong> conclusão.


Certificação<br />

Os concluintes receberão um Certificado <strong>de</strong> Extensão Universitária registrado<br />

pela <strong>UFSC</strong>. Os critérios para a conclusão do Curso são os seguintes:<br />

••<br />

••<br />

participar <strong>de</strong>, no mínimo, três fóruns <strong>de</strong> conteúdo;<br />

elaborar o Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo.<br />

Lembre-se! Para um bom aproveitamento do Curso, é necessário<br />

que você fique atento ao seguinte:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

utilize regularmente os materiais didáticos disponibilizados;<br />

consulte seu tutor sempre que você tiver alguma dúvi<strong>da</strong><br />

em relação ao conteúdo;<br />

assista à teleconferência;<br />

assista à vi<strong>de</strong>oaula;<br />

• participe dos chats, fóruns <strong>de</strong> conteúdo e <strong>de</strong> outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

colaborativas propostas.<br />

Acesse sempre o Portal do Curso e o AVEA. Seja muito bem-vindo e faça<br />

bom uso dos recursos disponíveis e <strong>da</strong> aprendizagem adquiri<strong>da</strong>. Chegou a<br />

hora <strong>de</strong> criar planos estratégicos para to<strong>da</strong>s as regiões do Brasil!<br />

Contato<br />

Secretaria <strong>de</strong> Educação a Distância –<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong><br />

Rua Dom Joaquim, 757<br />

Centro<br />

CEP 88015-310<br />

Florianópolis – SC<br />

turismo@sead.ufsc.br


Sumário


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1 - Roteirização turística<br />

Introdução...................................................................................... 38<br />

Roteirização turística..................................................................... 40<br />

Objetivos e resultados.................................................................................40<br />

O marketing no âmbito <strong>da</strong> roteirização.................................................41<br />

Processo <strong>de</strong> roteirização turística................................................. 43<br />

Envolvimento dos atores............................................................................45<br />

Definição <strong>de</strong> competências e funções...................................................47<br />

Avaliação e hierarquização dos atrativos turísticos..........................47<br />

Análise <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> segmentos.................................48<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos possíveis impactos socioculturais,<br />

ambientais e econômicos..........................................................................52<br />

Elaboração do roteiro específico.............................................................53<br />

Levantamento <strong>da</strong>s ações necessárias para<br />

a implementação do roteiro turístico....................................................54<br />

Definição dos preços a serem cobrados e teste<br />

do roteiro turístico........................................................................................55<br />

Qualificação dos serviços turísticos........................................................57<br />

Promoção e comercialização....................................................................58<br />

Monitoria e avaliação...................................................................................59<br />

Resumo........................................................................................... 61


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2 - Promoção e apoio à comercialização<br />

Mercado turístico........................................................................... 66<br />

Produto turístico............................................................................................67<br />

Deman<strong>da</strong> turística.........................................................................................73<br />

Aproximação entre oferta e <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística.................................75<br />

Mercado turístico e marketing.....................................................76<br />

Promoção turística......................................................................... 78<br />

Processo <strong>de</strong> promoção turística...............................................................79<br />

Instrumentos e formas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> produtos turísticos.......80<br />

Comercialização turística.............................................................. 85<br />

Processo <strong>de</strong> comercialização turística...................................................86<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos principais agentes e <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> competências e funções no processo <strong>de</strong> promoção<br />

e comercialização <strong>de</strong> roteiros turísticos....................................... 91<br />

Plano <strong>de</strong> negócios do produto turístico....................................... 92<br />

O que é o plano <strong>de</strong> negócios....................................................................92<br />

Por que <strong>de</strong>ve ser feito?................................................................................92<br />

Quando <strong>de</strong>ve ser elaborado......................................................................93<br />

Como se faz um plano <strong>de</strong> negócios para um roteiro turístico......94<br />

Resumo......................................................................................... 100<br />

Glossário....................................................................................... 101<br />

Fontes <strong>de</strong> consulta....................................................................... 104


<strong>Livro</strong> 4


Duas Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s compõem este livro. A primeira <strong>de</strong>staca a roteirização turística, que organiza<br />

e integra a oferta turística brasileira a partir dos princípios <strong>da</strong> participação, flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, mostrando-se como elemento-chave para permitir que os recursos<br />

resultantes do incremento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística <strong>de</strong> uma região possam promover a inclusão<br />

social e auxiliar na redução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais e regionais, criando condições<br />

para que os objetivos propostos pelo Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros<br />

do Brasil sejam alcançados.<br />

A segun<strong>da</strong> discute a promoção e a comercialização <strong>de</strong> produtos, caracteriza<strong>da</strong> pelo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> relações com o mercado, que culminarão em ações comerciais. A promoção turística<br />

é fun<strong>da</strong>mental para que o roteiro torne-se conhecido e <strong>de</strong>sejado, levando ao aumento<br />

<strong>da</strong> visitação, do tempo <strong>de</strong> permanência e do gasto médio do turista nos <strong>de</strong>stinos brasileiros.<br />

Essa Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> o auxiliará na montagem <strong>de</strong> uma estrutura sóli<strong>da</strong> <strong>de</strong> comercialização, etapa<br />

vital para que seja possível a todos os interessados o acesso ao produto promovido.


Roteirização turística<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1


Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> viajante<br />

Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> viajante<br />

Minha vi<strong>da</strong> é an<strong>da</strong>r por esse país<br />

Pra ver se um dia <strong>de</strong>scanso feliz<br />

Guar<strong>da</strong>ndo as recor<strong>da</strong>ções<br />

Das terras on<strong>de</strong> passei<br />

An<strong>da</strong>ndo pelos sertões<br />

E dos amigos que lá <strong>de</strong>ixei<br />

(...)<br />

Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

Introdução<br />

••<br />

O que é um roteiro turístico?<br />

••<br />

O que se enten<strong>de</strong> por roteirização turística?<br />

Po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r roteiro turístico como um itinerário caracterizado por<br />

um ou mais elementos que lhe conferem i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>finido e estruturado<br />

para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão, promoção e comercialização turística<br />

<strong>da</strong>s locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que formam o roteiro.<br />

Partindo <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição anterior, é possível dizer que a roteirização turística<br />

é o processo que visa propor aos diversos atores envolvidos com o turismo<br />

orientações para a elaboração dos roteiros turísticos. Estas orientações<br />

vão auxiliar na integração e na organização <strong>de</strong> atrativos, equipamentos,<br />

serviços turísticos e infra–estrutura <strong>de</strong> apoio ao turismo, resultando na<br />

consoli<strong>da</strong>ção dos produtos <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> região.<br />

Esta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> trata <strong>de</strong> estabelecer a forma <strong>de</strong> organizar e integrar a oferta<br />

turística brasileira no contexto <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> regionalização do turismo.<br />

São justamente os produtos, serviços e equipamentos turísticos, além <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s complementares relaciona<strong>da</strong>s ao turismo, que compõem essa<br />

oferta e que serão objeto do processo <strong>de</strong> roteirização aqui <strong>de</strong>scrito.<br />

Devemos enten<strong>de</strong>r a roteirização turística como um passo fun<strong>da</strong>mental,<br />

pelo papel que po<strong>de</strong> exercer na busca pelo <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico<br />

<strong>de</strong> nosso País. Sua correta implementação po<strong>de</strong> contribuir para o<br />

aumento do fluxo <strong>de</strong> turistas para um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>stino, assim como<br />

para aumentar seu tempo <strong>de</strong> permanência e os gastos que realizam.<br />

Dessa forma, <strong>de</strong>senha-se a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que, em médio prazo, tenhamos<br />

uma melhor distribuição <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> criação e <strong>da</strong> ampliação<br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, em <strong>de</strong>corrência do crescimento organizado e planejado<br />

do fluxo turístico <strong>de</strong> um <strong>de</strong>stino, o que representa maior volume<br />

<strong>de</strong> recursos financeiros chegando à região.<br />

Vamos esclarecer o que se enten<strong>de</strong> por roteirização turística.<br />

38<br />

O Brasil é um país que po<strong>de</strong> se orgulhar <strong>de</strong> ter uma gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atrativos turísticos distribuídos por seu enorme território. Esses atrativos<br />

po<strong>de</strong>m ser naturais, como praias, rios, florestas e animais, e culturais,<br />

como artesanato, culinária, festas folclóricas e outras manifestações.


Roteirização turística<br />

É a partir <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação e <strong>da</strong> potencialização dos atrativos que se inicia a<br />

organização do processo <strong>de</strong> roteirização, fazendo com que a oferta turística<br />

<strong>de</strong> uma região torne-se mais rentável e comercialmente viável.<br />

O que significa dizer que a oferta turística se tornará mais rentável e comercialmente<br />

viável?<br />

Quando sua organização é capaz <strong>de</strong> gerar mais empregos, postos <strong>de</strong> trabalho<br />

e circulação <strong>de</strong> dinheiro, dizemos que a oferta torna-se mais rentável.<br />

Quando são estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s as condições para <strong>de</strong>senvolver o turismo <strong>de</strong><br />

modo a aproveitar o potencial dos atrativos a partir do planejamento <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística, gerando <strong>de</strong>senvolvimento econômico para a região,<br />

dizemos que a oferta torna-se comercialmente viável.<br />

Seu Plano Estratégico aponta para uma oferta turística rentável? Reflita<br />

sobre isto!<br />

A roteirização confere reali<strong>da</strong><strong>de</strong> turística aos atrativos que estão<br />

dispersos através <strong>de</strong> sua integração e organização.<br />

Um dos objetivos do Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros<br />

do Brasil é a diversificação <strong>da</strong> oferta turística.<br />

A roteirização é fun<strong>da</strong>mental para atingir esse objetivo por meio <strong>da</strong> estruturação,<br />

<strong>da</strong> oferta e <strong>da</strong> aceitação <strong>de</strong> produtos diferenciados nos mercados nacional<br />

e internacional.<br />

A roteirização auxilia o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, elaboração e consoli<strong>da</strong>ção<br />

<strong>de</strong> novos roteiros turísticos e, além disso, tem como função apontar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aumento dos investimentos em projetos já existentes, seja na melhoria<br />

<strong>da</strong> estrutura atual, seja na qualificação dos serviços turísticos oferecidos.<br />

Como tem caráter participativo, a roteirização <strong>de</strong>ve estimular a integração<br />

e o compromisso <strong>de</strong> todos os protagonistas <strong>de</strong>sse processo, não <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar seu papel <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> inclusão social, resgate e<br />

preservação dos valores culturais e ambientais existentes.<br />

A roteirização <strong>de</strong>ve ter como foco a construção <strong>de</strong> parcerias, que po<strong>de</strong>m se<br />

<strong>da</strong>r nos níveis municipal, regional, estadual, nacional e internacional, <strong>de</strong> modo<br />

a buscar o aumento <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios nas regiões turísticas.<br />

39


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

Roteirização turística<br />

Objetivos e resultados<br />

Neste tópico, veremos o objetivo geral e os objetivos específicos do processo<br />

<strong>de</strong> roteirização, assim como os resultados esperados <strong>de</strong> suas ações.<br />

Os objetivos gerais <strong>da</strong> roteirização são:<br />

••<br />

estruturar, or<strong>de</strong>nar, qualificar e ampliar a oferta <strong>de</strong> roteiros turísticos<br />

<strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong> e organiza<strong>da</strong>.<br />

Seus objetivos específicos po<strong>de</strong>m ser assim <strong>de</strong>scritos:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

fortalecer a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> regional;<br />

incentivar o empreen<strong>de</strong>dorismo;<br />

estimular a criação <strong>de</strong> novos negócios e a expansão dos que já existem;<br />

ampliar e qualificar serviços e equipamentos turísticos;<br />

facilitar o acesso <strong>da</strong>s pequenas e microempresas do mercado turístico<br />

regional, estadual, nacional e internacional;<br />

consoli<strong>da</strong>r e agregar valor aos produtos turísticos;<br />

••<br />

i<strong>de</strong>ntificar e apoiar a organização <strong>de</strong> segmentos turísticos;<br />

••<br />

promover o <strong>de</strong>senvolvimento regional.<br />

Quando são atingidos os objetivos citados, os resultados esperados são os<br />

seguintes:<br />

40<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

fortalecimento <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> regional;<br />

aumento <strong>da</strong> visitação, <strong>da</strong> permanência e do gasto médio do turista;<br />

<strong>de</strong>sfrute <strong>de</strong> experiências genuínas por parte dos turistas;<br />

atuação <strong>de</strong> pequenas e microempresas no mercado turístico;<br />

criação e ampliação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho;<br />

aumento <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> e melhoria na sua distribuição;<br />

favorecimento <strong>da</strong> inclusão social e redução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais<br />

e sociais;


Roteirização turística<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

inclusão <strong>de</strong> municípios nas regiões e nos roteiros turísticos;<br />

consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional;<br />

consoli<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> roteiros turísticos mais competitivos;<br />

ampliação e diversificação <strong>da</strong> oferta turística, consoli<strong>da</strong>ndo um<br />

dos objetivos do Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros<br />

do Brasil.<br />

Você já começou a elaborar os objetivos gerais e específicos <strong>de</strong> seu Plano?<br />

Reflita sobre eles, tendo como base o que você acabou <strong>de</strong> ler.<br />

O marketing no âmbito <strong>da</strong> roteirização<br />

O marketing é um instrumento essencial no processo <strong>de</strong> roteirização.<br />

Marketing é um conjunto <strong>de</strong> técnicas utiliza<strong>da</strong>s para a comercialização e a<br />

distribuição <strong>de</strong> um produto entre os diferentes consumidores (Balanzá et<br />

al, 2003).<br />

Este conjunto <strong>de</strong> técnicas po<strong>de</strong> auxiliar os produtores <strong>de</strong> bens e serviços<br />

no sentido <strong>de</strong> permitir que o resultado <strong>de</strong> sua produção satisfaça às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e às expectativas dos consumidores. A roteirização <strong>de</strong>ve levar em<br />

conta a importância do marketing, já que sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong> é eminentemente<br />

mercadológica, ou seja, visa à organização e à estruturação do mercado<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços turísticos.<br />

Mas atenção! É necessário que estejamos atentos para o fato<br />

<strong>de</strong> que o marketing não <strong>de</strong>ve ser percebido somente sob o<br />

aspecto <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong>, já que ele estará presente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

estruturação do roteiro turístico, <strong>de</strong>sempenhando papel importante<br />

como mecanismo <strong>de</strong> articulação entre a oferta e a<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística.<br />

To<strong>da</strong>s as ações <strong>de</strong> marketing volta<strong>da</strong>s para o turismo <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar,<br />

principalmente, quatro características próprias <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s turísticas:<br />

Intangibili<strong>da</strong><strong>de</strong> – O consumidor não po<strong>de</strong> experimentar os produtos e serviços<br />

turísticos antes <strong>de</strong> consumi-los.<br />

41


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

Perecibili<strong>da</strong><strong>de</strong> – Os serviços turísticos são altamente perecíveis, já que não<br />

po<strong>de</strong>m ser estocados.<br />

Inseparabili<strong>da</strong><strong>de</strong> – A produção e o consumo <strong>de</strong> um serviço são simultâneos,<br />

não sendo possível pensar produção, estocagem, ven<strong>da</strong> e consumo<br />

como processos separados.<br />

Variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> – O ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> um serviço não po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r garantias <strong>de</strong> que<br />

ele será prestado <strong>de</strong> maneira uniforme e idêntica sempre.<br />

i<br />

Para saber mais sobre marketing verifique o Módulo Operacional 7 – Roteirização<br />

Turística, disponível na nossa Biblioteca Virtual. Usufrua!<br />

Conclui–se que:<br />

O marketing é ferramenta essencial em todos os passos do processo<br />

<strong>de</strong> roteirização, pois auxilia o produtor a conceber bens e serviços<br />

que satisfaçam as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as expectativas do consumidor.<br />

Os principais usuários <strong>da</strong>s ferramentas <strong>de</strong> marketing são as locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que<br />

recebem turistas e o tra<strong>de</strong> turístico.<br />

O que significa o termo tra<strong>de</strong> turístico?<br />

Tra<strong>de</strong> é o conjunto <strong>de</strong> agentes, operadores, hoteleiros e <strong>de</strong>mais prestadores<br />

<strong>de</strong> serviços turísticos. Trata–se <strong>de</strong> palavra inglesa que, nesse contexto,<br />

po<strong>de</strong> ser traduzi<strong>da</strong> por “negócios” e que teve seu uso consagrado no turismo<br />

brasileiro, caracterizando os atores citados na <strong>de</strong>finição anterior.<br />

Com relação às locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que recebem turistas, estas buscam <strong>de</strong>senvolver<br />

economicamente as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s turísticas e utilizam ferramentas <strong>de</strong> marketing<br />

e planejamento para isso.<br />

No que se refere ao tra<strong>de</strong>, o marketing é utilizado para manter e melhorar<br />

suas posições <strong>de</strong> mercado, enfrentar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s impostas pelo ambiente<br />

aos seus negócios e i<strong>de</strong>ntificar oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e ameaças que possam<br />

influenciar seus resultados financeiros.<br />

Aproveite este momento para avaliar se você está abor<strong>da</strong>ndo o<br />

marketing em seu Plano Estratégico e como esta abor<strong>da</strong>gem está<br />

sendo feita.<br />

42


Roteirização turística<br />

O marketing é um processo que contempla a elaboração, a atribuição <strong>de</strong><br />

preço, a promoção e as formas <strong>de</strong> distribuição dos produtos.<br />

Para aprofun<strong>da</strong>r seus conhecimentos sobre os processos <strong>de</strong> promoção<br />

e comercialização dos produtos, suas ações coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s e os casos <strong>de</strong><br />

sucesso relacionados a essas ações, você po<strong>de</strong> consultar o Módulo Operacional<br />

8 – Promoção e Apoio à Comercialização, que está disponível em<br />

nossa Biblioteca Virtual.<br />

i<br />

A partir <strong>de</strong> agora, você verá os passos do processo <strong>de</strong> roteirização.<br />

Processo <strong>de</strong> roteirização turística<br />

A elaboração dos roteiros turísticos <strong>de</strong>ve ter como base a oferta<br />

turística efetiva e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística efetiva ou potencial.<br />

Sua operacionalização <strong>de</strong>ve ser feita por meio <strong>da</strong> promoção e<br />

<strong>da</strong> comercialização.<br />

Por oferta turística efetiva, é possível enten<strong>de</strong>r a oferta <strong>de</strong> produtos e<br />

serviços efetivamente existente numa região.<br />

A <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística efetiva é a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços efetivamente<br />

consumi<strong>da</strong> pelos turistas, sendo que a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> potencial po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

como a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços que po<strong>de</strong> vir a ser consumi<strong>da</strong><br />

em face <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado nível <strong>de</strong> oferta e levando–se em consi<strong>de</strong>ração<br />

a existência <strong>de</strong> fatores facilitadores.<br />

Para iniciar o processo <strong>de</strong> roteirização, antes <strong>de</strong> tudo, é necessário que se<br />

conheça a situação atual <strong>da</strong> região turística e, em especial, a situação dos<br />

municípios com potencial para integrar roteiros turísticos.<br />

O levantamento <strong>da</strong> situação atual <strong>da</strong> região <strong>de</strong>ve ser realizado pela Instância<br />

<strong>de</strong> Governança Regional, com o auxílio dos <strong>de</strong>mais atores envolvidos<br />

no processo.<br />

Para maiores <strong>de</strong>talhes sobre Instância <strong>de</strong> Governança Regional, consulte<br />

o Módulo Operacional 3 – Instância <strong>de</strong> Governança Regional, na nossa Biblioteca<br />

Virtual.<br />

i<br />

43


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

O objetivo é conhecer a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> região e <strong>de</strong> seu mercado turístico.<br />

Para realizar essa análise situacional, é necessário:<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

levantar e sistematizar informações, estudos, projetos e inventários<br />

referentes à oferta e à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística;<br />

i<strong>de</strong>ntificar as linhas <strong>de</strong> financiamento existentes ou a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

investimentos públicos e privados <strong>da</strong> região turística;<br />

i<strong>de</strong>ntificar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial para fins <strong>de</strong> promoção e comercialização.<br />

Mas atenção! Nas regiões on<strong>de</strong> o Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

do Turismo Regional tenha sido elaborado, o diagnóstico<br />

ou análise situacional <strong>da</strong> região turística apresentado<br />

no Plano <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado.<br />

i<br />

Para saber mais sobre o Plano Estratégico <strong>de</strong> Desenvolvimento do Turismo<br />

Regional, consulte o Módulo Operacional 4 – Elaboração <strong>de</strong> Plano Estratégico<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento Regional, disponível em nossa Biblioteca Virtual.<br />

É justamente essa visão geral <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> região que vai subsidiar os<br />

passos do processo <strong>de</strong> roteirização. Esses passos serão tratados nesta Seção<br />

e para ca<strong>da</strong> um foi <strong>de</strong>stacado um tópico específico. São eles:<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

6.<br />

7.<br />

8.<br />

9.<br />

envolvimento dos atores;<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> competências e funções;<br />

avaliação e hierarquização dos atrativos turísticos;<br />

análise <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> segmentos;<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos possíveis impactos socioculturais, ambientais e<br />

econômicos;<br />

elaboração do roteiro específico;<br />

levantamento <strong>da</strong>s ações necessárias para a implementação do roteiro<br />

turístico;<br />

fixação dos preços a serem cobrados e teste do roteiro turístico;<br />

qualificação dos serviços turísticos;<br />

44


Roteirização turística<br />

10.<br />

11.<br />

promoção e comercialização;<br />

monitoria e avaliação.<br />

Preste atenção a todos estes passos, eles são fun<strong>da</strong>mentais para o trabalho<br />

<strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> Roteiros Turísticos, envolvendo seu bairro, ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ou região. Este é um bom momento para rever o que você já elaborou.<br />

Então, vamos aos passos do processo <strong>de</strong> roteirização.<br />

Envolvimento dos atores<br />

Os animadores do processo <strong>de</strong> roteirização turística, que em geral são<br />

representantes <strong>da</strong>s Instâncias <strong>de</strong> Governança Regionais <strong>da</strong>s regiões turísticas,<br />

<strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar as pessoas a serem envolvi<strong>da</strong>s no processo a partir<br />

dos grupos representados pelo po<strong>de</strong>r público, empresários e socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil.<br />

Todos os grupos <strong>de</strong>vem estar representados <strong>de</strong> maneira equilibra<strong>da</strong><br />

para garantir que os interesses sejam consi<strong>de</strong>rados sob todos os aspectos.<br />

Vejamos quais são os grupos <strong>de</strong> agentes a serem envolvidos no processo<br />

<strong>de</strong> roteirização:<br />

1º grupo – po<strong>de</strong>r público. Devem ser envolvidos os representantes<br />

dos órgãos governamentais municipais, estaduais e fe<strong>de</strong>rais que se<br />

mostrarem necessários ao bom an<strong>da</strong>mento do processo.<br />

2º grupo – empresários. Devem ser envolvidos os profissionais <strong>da</strong><br />

ca<strong>de</strong>ia produtiva do turismo, ou seja, o conjunto <strong>de</strong> prestadores <strong>de</strong><br />

serviços que atuam direta ou indiretamente nessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

3º grupo – socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil. Devem ser envolvidos diferentes segmentos<br />

sociais, como organizações locais, associações comunitárias,<br />

instituições <strong>de</strong> ensino, organizações não governamentais (ONGs),<br />

associações comerciais, entre outras.<br />

Nesta etapa do processo, para o efetivo envolvimento <strong>de</strong> todos<br />

e para o sucesso do trabalho, é indispensável o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> sensibilização e mobilização.<br />

Conforme visto no livro 2, as ações <strong>de</strong> sensibilização e mobilização possibilitarão<br />

o repasse <strong>de</strong> informações importantes aos atores envolvidos no<br />

processo.<br />

45


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

i<br />

O conteúdo referente a tais informações po<strong>de</strong> ser visualizado no Módulo<br />

Operacional 7 – Roteirização Turística, disponível na nossa Biblioteca Virtual.<br />

Com relação à formação <strong>de</strong> parcerias, trata-se <strong>de</strong> ação muito importante<br />

para o bom an<strong>da</strong>mento do processo <strong>de</strong> roteirização. Para se efetivar a formação<br />

<strong>de</strong> parcerias, recomen<strong>da</strong>-se:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

i<strong>de</strong>ntificar li<strong>de</strong>ranças entre os agentes;<br />

analisar e avaliar parcerias já estabeleci<strong>da</strong>s;<br />

estabelecer diretrizes para a formação <strong>de</strong> novas parcerias;<br />

articular as parcerias com parceiros reais e potenciais, como o Sistema<br />

S (SENAI, SESC, SENAC, SEBRAE, SENAR e SESCOOP) e<br />

instituições <strong>de</strong> ensino técnico e superior na área <strong>de</strong> turismo;<br />

criar um fórum <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates permanente para a discussão dos assuntos<br />

<strong>de</strong> interesse comum.<br />

Para que as ações cita<strong>da</strong>s sejam bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tornar ca<strong>da</strong> vez mais efetivo o envolvimento dos agentes com o processo<br />

<strong>de</strong> roteirização, sugere-se que sejam utilizados os seguintes instrumentos:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

eventos – reuniões, palestras, oficinas e seminários, tele e vi<strong>de</strong>oconferências;<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s lúdicas;<br />

documentos orientadores;<br />

••<br />

ví<strong>de</strong>os e CD–ROMS;<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

cursos;<br />

conversas formais e informais;<br />

Internet, rádios e TVs;<br />

boletins informativos, jornais, revistas e outros periódicos;<br />

re<strong>de</strong>s em âmbito municipal, regional, estadual e nacional, em especial<br />

a Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Regionalização do Turismo.<br />

46


Roteirização turística<br />

Atenção! Lembre-se <strong>de</strong> um ponto fun<strong>da</strong>mental:<br />

No processo <strong>de</strong> roteirização, <strong>de</strong>verão ser envolvidos, além <strong>da</strong> Instância<br />

<strong>de</strong> Governança Regional, representantes do po<strong>de</strong>r público, dos empresários,<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil organiza<strong>da</strong> e <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> ensino.<br />

Isto está contemplado em seu Plano?<br />

Definição <strong>de</strong> competências e funções<br />

Agora que já se tratou do envolvimento dos atores, é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

as competências e funções dos diferentes atores citados no item anterior.<br />

Trata–se <strong>de</strong> tarefa fun<strong>da</strong>mental para que seja possível <strong>de</strong>finir os responsáveis<br />

(quem) e o método utilizado para planejar (como) as ações que visam<br />

<strong>de</strong>senvolver e inserir um roteiro no mercado turístico.<br />

O Quadro <strong>de</strong> Competências 7, que apresenta as funções <strong>da</strong>s instituições<br />

e segmentos sociais envolvidos com a roteirização, po<strong>de</strong> ser visualizado<br />

no nosso AVEA.<br />

Avaliação e hierarquização dos<br />

atrativos turísticos<br />

Defini<strong>da</strong>s as competências dos principais atores envolvidos com o processo<br />

<strong>de</strong> roteirização, é possível tratar <strong>da</strong> avaliação e <strong>da</strong> hierarquização dos<br />

atrativos. Antes, é preciso <strong>de</strong>finir o conceito <strong>de</strong> atrativo turístico.<br />

Atrativos turísticos são locais, objetos, equipamentos, pessoas,<br />

fenômenos, eventos ou manifestações capazes <strong>de</strong> motivar o<br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> pessoas para conhecê–los.<br />

Os atrativos po<strong>de</strong>m ser classificados em categorias: atrativos naturais,<br />

atrativos culturais, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, realizações técnicas, científicas<br />

e artísticas e eventos permanentes.<br />

Partindo <strong>da</strong> categorização exposta na Figura 14 – Quadro <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong><br />

atrativos turísticos, que está em nosso AVEA, po<strong>de</strong>–se dizer que a avaliação<br />

e a hierarquização <strong>de</strong> atrativos permitem classificá–los a partir <strong>de</strong><br />

47


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

seus valores específicos, bem como i<strong>de</strong>ntificar os elementos que po<strong>de</strong>m<br />

influenciar no aproveitamento turístico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les.<br />

A Figura 14 – Quadro <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> atrativos turísticos encontra-se em<br />

nosso AVEA.<br />

Os atrativos que <strong>de</strong>monstram maior potencial e melhor estrutura para<br />

recepção <strong>de</strong> turistas <strong>de</strong>vem ter priori<strong>da</strong><strong>de</strong> na estruturação <strong>de</strong> roteiros. É a<br />

partir <strong>de</strong>sse momento que o roteiro passa a ser um produto turístico com<br />

valor <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>finido.<br />

O Anexo 10 – Sugestão <strong>de</strong> metodologia <strong>de</strong> hierarquização <strong>de</strong> atrativos turísticos<br />

apresenta uma a<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> metodologia utiliza<strong>da</strong> pela Organização<br />

Mundial do Turismo (OMT) e pelo Centro Interamericano <strong>de</strong> Capacitação<br />

Turística (CICATUR) para a hierarquização <strong>de</strong> atrativos turísticos e<br />

está disponível em nosso AVEA.<br />

Análise <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> segmentos<br />

Com base nos passos tratados nos itens anteriores, <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong> uma<br />

análise <strong>de</strong> mercado, visando conhecer:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

o mercado potencial e concorrente;<br />

o potencial <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e as a<strong>de</strong>quações necessárias para estruturar<br />

um roteiro turístico;<br />

as novas tendências do mercado.<br />

Com essas informações, <strong>de</strong>ve ser estruturado um Plano <strong>de</strong> Negócios para<br />

o roteiro turístico a cargo <strong>da</strong> iniciativa priva<strong>da</strong>. O tema será tratado na<br />

próxima Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, Promoção e Apoio à Comercialização.<br />

48


Roteirização turística<br />

No que diz respeito ao tema <strong>de</strong>ste documento, po<strong>de</strong>mos dizer que os roteiros<br />

turísticos, para se tornarem produtos competitivos e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidos em função <strong>da</strong> oferta turística e a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> acordo<br />

com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> turistas, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> caracterizar segmentos turísticos específicos.<br />

A segmentação é entendi<strong>da</strong> como uma forma <strong>de</strong> organizar o<br />

turismo para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão e, principalmente,<br />

para fins <strong>de</strong> mercado. Po<strong>de</strong> ser estabeleci<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> elementos<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> oferta em um <strong>de</strong>terminado território<br />

ou pelas características e variáveis <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Vejamos quais são as características e variáveis <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Características <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>:<br />

•• Elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>: trata–se <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> às mu<strong>da</strong>nças na estrutura dos<br />

preços e nas diversas condições econômicas do mercado.<br />

••<br />

••<br />

Sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>: trata–se <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> com relação às condições sociopolíticas.<br />

Sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>: diz respeito às alterações no volume e na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, causa<strong>da</strong>s por épocas <strong>de</strong> tempora<strong>da</strong> (férias, por exemplo),<br />

estações e condições climáticas.<br />

Variáveis <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>:<br />

••<br />

Fatores <strong>de</strong>mográficos: i<strong>da</strong><strong>de</strong> e sexo dos turistas.<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Fatores sociológicos: crenças religiosas, profissão, estado civil, formação<br />

educacional e nível cultural.<br />

Fator econômico: ren<strong>da</strong>.<br />

Fatores turísticos: transporte e alojamento utilizado, <strong>de</strong>stinos preferidos,<br />

objeto e duração <strong>da</strong> viagem e preferências com relação às<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> entretenimento.<br />

49


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

Com relação à segmentação pela oferta, po<strong>de</strong>mos dizer que ela <strong>de</strong>fine<br />

tipos <strong>de</strong> turismo, tais como:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

ecoturismo;<br />

turismo rural;<br />

turismo <strong>de</strong> aventura;<br />

turismo cultural;<br />

turismo <strong>de</strong> pesca etc.<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> turismo é realiza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> existência, em<br />

um território, <strong>de</strong> certas características comuns, tais como:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, práticas e tradições comuns (esportivas, agropecuárias,<br />

<strong>de</strong> pesca, manifestações culturais, manifestações <strong>de</strong> fé);<br />

aspectos e características comuns (geográficas, históricas, arquitetônicas,<br />

urbanísticas, sociais);<br />

<strong>de</strong>terminados serviços e infra-estrutura comuns (serviços públicos,<br />

equipamentos hoteleiros e <strong>de</strong> lazer).<br />

A segmentação pela <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, cujas características e variáveis já foram<br />

enumera<strong>da</strong>s neste item, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> certos<br />

grupos <strong>de</strong> consumidores, caracterizados com base em alguns fatores que<br />

<strong>de</strong>terminam suas <strong>de</strong>cisões, preferências e motivações, ou seja, pelas características<br />

e variáveis já trata<strong>da</strong>s.<br />

Atenção! Relembre um ponto <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância.<br />

Os produtos e roteiros turísticos, <strong>de</strong> modo geral, são <strong>de</strong>finidos<br />

em função <strong>da</strong> oferta e <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, <strong>de</strong> modo a caracterizar<br />

segmentos turísticos específicos.<br />

50<br />

Na estruturação <strong>de</strong> produtos e elaboração <strong>de</strong> roteiros, a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> a<br />

ca<strong>da</strong> roteiro <strong>de</strong>termina o reconhecimento <strong>de</strong> sua vocação turística, levando<br />

em consi<strong>de</strong>ração os aspectos <strong>da</strong> oferta. A “cara” do roteiro, portanto, é<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> segmentação, possibilitando uma melhor estruturação<br />

dos produtos a serem comercializados.


Roteirização turística<br />

Você já pensou sobre a oferta e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística ao trabalhar a elaboração<br />

dos roteiros em seu município ou região? Lembre-se: alguns aspectos<br />

<strong>de</strong>vem ser levados em consi<strong>de</strong>ração. Veja a seguir alguns <strong>de</strong>sses<br />

aspectos, no que diz respeito ao mercado turístico atual:<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

exigências e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado turístico;<br />

perfil do turista que procura a região;<br />

a<strong>de</strong>quação dos produtos turísticos existentes às exigências e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do mercado turístico atual;<br />

perfil do turista que o mercado turístico atual está preparado para<br />

aten<strong>de</strong>r;<br />

satisfação do turista em relação aos serviços e produtos oferecidos.<br />

Por sua vez, com relação ao mercado turístico que se espera aten<strong>de</strong>r, é<br />

importante que se leve em consi<strong>de</strong>ração os seguintes aspectos:<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

perfil do turista que o mercado local espera aten<strong>de</strong>r;<br />

a<strong>de</strong>quação e estruturação <strong>de</strong> novos roteiros;<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial local;<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte dos empreendimentos turísticos existentes<br />

para embasar as ações, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do turismo;<br />

satisfação do turista em relação aos serviços e produtos oferecidos.<br />

Ain<strong>da</strong> no tema <strong>da</strong> segmentação, o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Turismo (EM-<br />

BRATUR), visando especificamente o mercado <strong>de</strong> turistas estrangeiros,<br />

vem trabalhando com macrotemas, pelos quais <strong>de</strong>fine os segmentos e<br />

produtos turísticos brasileiros promovidos e divulgados em <strong>de</strong>terminados<br />

países e públicos. São eles:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

cultura;<br />

ecoturismo;<br />

esportes;<br />

negócios e eventos;<br />

sol e praia.<br />

51


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

O Ministério do Turismo e a EMBRATUR vêm estabelecendo diretrizes e<br />

estratégias para promover e or<strong>de</strong>nar alguns segmentos turísticos, em parceria<br />

com outros ministérios e instituições, acessíveis no Portal Brasileiro<br />

do Turismo na Internet (www.turismo.gov.br).<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos possíveis impactos<br />

socioculturais, ambientais e econômicos<br />

Em geral, a i<strong>de</strong>ntificação dos impactos positivos e negativos <strong>de</strong> um processo<br />

faz parte <strong>de</strong> seu sistema <strong>de</strong> monitoria e avaliação. Des<strong>de</strong> as primeiras<br />

ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s até a implementação <strong>de</strong> um processo, a monitoria<br />

e avaliação <strong>de</strong>vem estar presentes. Todos os passos apresentados <strong>de</strong>vem<br />

ser avaliados e monitorados, com o objetivo <strong>de</strong> medir a eficácia <strong>da</strong>s ações<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s e os possíveis impactos causados por elas.<br />

Entre em contato com seu tutor e informe-se sobre a <strong>da</strong>ta e o horário<br />

do chat que trata sobre os impactos positivos e negativos a serem monitorados.<br />

Aproveite o espaço do chat para trocar idéias e discutir suas<br />

questões!<br />

No entanto, <strong>de</strong>vido à importância e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se avaliar os possíveis<br />

impactos negativos quando <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição do roteiro turístico, <strong>da</strong>mos <strong>de</strong>staque<br />

a essa ação como um passo do processo <strong>de</strong> roteirização com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> promover a melhor condução do processo <strong>de</strong> roteirização.<br />

Mas o que é impacto?<br />

Impacto é uma ação ou um conjunto <strong>de</strong> ações que inci<strong>de</strong> sobre<br />

<strong>de</strong>terminado aspecto ou situação, originando uma transformação<br />

em seu comportamento ao longo do tempo.<br />

É importante dizer que, apesar <strong>de</strong> tratarmos neste tópico dos impactos<br />

negativos, os impactos po<strong>de</strong>m ser positivos ou negativos, gerando conseqüências<br />

(ambientais, socioculturais e econômicas) que po<strong>de</strong>m ser benéficas<br />

ou não.<br />

52


Roteirização turística<br />

No processo <strong>de</strong> roteirização, <strong>de</strong> acordo com as recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> OMT<br />

(1998), os impactos negativos a serem monitorados são apresentados<br />

na Figura 15 – Quadro <strong>de</strong> impactos negativos a serem monitorados, que está<br />

posta<strong>da</strong> em nosso AVEA.<br />

Deve–se, neste passo, realizar uma análise para consi<strong>de</strong>rar a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> impactos negativos. Nos casos em que essa possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mostre-se real, a análise servirá como base para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />

sobre a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se re<strong>de</strong>finir o roteiro ou <strong>de</strong> rea<strong>de</strong>quá-lo com o objetivo<br />

<strong>de</strong> diminuir os impactos produzidos.<br />

Para que um produto tenha quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é essencial<br />

que ele seja estruturado levando em consi<strong>de</strong>ração os princípios<br />

<strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental, sociocultural e econômica.<br />

Para que os princípios <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sejam <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente respeitados,<br />

o monitoramento dos impactos negativos é tarefa fun<strong>da</strong>mental. Você já<br />

viu o conteúdo acerca <strong>da</strong> temática <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, na primeira Uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do livro 1 <strong>de</strong>ste Curso.<br />

Elaboração do roteiro específico<br />

Vimos que a operacionalização do processo <strong>de</strong> roteirização tem início<br />

com o levantamento dos atrativos potenciais existentes, suas categorias e<br />

tipologias, seguido pela análise e eventual hierarquização <strong>de</strong>sses atrativos.<br />

Com isso, faz–se um estudo <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado e dos recursos<br />

disponíveis, conforme o caráter comercial dos atrativos.<br />

No passo seguinte, vimos que se <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntificar as vocações turísticas e, conseqüentemente,<br />

o direcionamento para um segmento <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> específico,<br />

além <strong>de</strong> avaliar os potenciais impactos negativos ao longo do processo.<br />

A partir <strong>de</strong> agora, você tem a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturar o roteiro e<br />

transformá-lo em produto. Para isso, é preciso i<strong>de</strong>ntificar as condições<br />

<strong>de</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> operacional do produto a ser elaborado, avaliando os seguintes<br />

pontos:<br />

53


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

••<br />

qualificação <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra emprega<strong>da</strong>;<br />

•• oferta <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> hospe<strong>da</strong>gem;<br />

•• oferta <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> alimentação e lazer;<br />

•• oferta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio, como transporte, guias etc.;<br />

•• acolhimento e hospitali<strong>da</strong><strong>de</strong> comunitária.<br />

Atenção! Nem sempre é possível colocar, em um primeiro roteiro,<br />

todos os atrativos <strong>de</strong> uma região turística. É recomendável<br />

que só sejam colocados no roteiro os atrativos que realmente<br />

têm possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitamento, ou seja, que estejam<br />

prontos para receber turistas. Isso não significa a <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong> atrativos e recursos que não tenham sido contemplados<br />

no roteiro. À medi<strong>da</strong> que forem estruturados e organizados,<br />

esses atrativos e recursos po<strong>de</strong>m ser incorporados ao roteiro<br />

numa etapa posterior. O papel <strong>de</strong> elaboração do roteiro específico<br />

é <strong>da</strong> iniciativa priva<strong>da</strong>.<br />

Levantamento <strong>da</strong>s ações necessárias<br />

para a implementação do roteiro turístico<br />

Na elaboração <strong>de</strong> um roteiro, é preciso que se faça uma análise criteriosa<br />

<strong>da</strong>s ações necessárias para a implementação do produto a ser elaborado.<br />

Essas ações dizem respeito à infra–estrutura <strong>de</strong> apoio ao turismo, à qualificação<br />

dos equipamentos e serviços turísticos, à capacitação específica e ao<br />

levantamento <strong>da</strong>s eventuais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para sua implementação.<br />

No contexto <strong>de</strong>ssas ações, vale reforçar, é importante que se esteja atento<br />

para i<strong>de</strong>ntificar:<br />

54<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

as carências <strong>da</strong> região referentes à infra-estrutura turística e <strong>de</strong> apoio<br />

ao turismo;<br />

as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualificação dos equipamentos e serviços turísticos;<br />

as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação específica;<br />

as eventuais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a implementação do roteiro (aspectos<br />

legais, políticos, socioculturais e ambientais).


Roteirização turística<br />

Preste atenção a to<strong>da</strong>s estas questões na elaboração do seu Plano<br />

Estratégico e roteiros turísticos!<br />

Outra ação indispensável para a implementação do roteiro é o estabelecimento<br />

<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga dos atrativos que o integram, bem como<br />

<strong>de</strong> todo o roteiro. O que é capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> um atrativo?<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga significa, no contexto <strong>de</strong>sta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, o<br />

nível máximo aceitável <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um atrativo pelo visitante,<br />

com alto nível <strong>de</strong> satisfação para os usuários e mínimos efeitos<br />

negativos para os recursos utilizados.<br />

Alguns instrumentos são recomen<strong>da</strong>dos para se levantar as ações <strong>de</strong> que<br />

trata esta seção. São eles:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

eventos, como reuniões, oficinas e seminários;<br />

visitas técnicas;<br />

pesquisas <strong>de</strong> campo;<br />

diagnósticos anteriores;<br />

consultas à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Definição dos preços a serem cobrados<br />

e teste do roteiro turístico<br />

Tão logo o roteiro esteja <strong>de</strong>finido, po<strong>de</strong>–se iniciar o seu processo <strong>de</strong> fixação<br />

dos preços a serem cobrados, que <strong>de</strong>ve ser feito pela iniciativa priva<strong>da</strong>, mais<br />

especificamente pelas agências e operadoras <strong>de</strong> turismo que <strong>de</strong>verão atribuir<br />

preço a um produto. O valor final <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve resultar <strong>da</strong> relação entre os<br />

custos do roteiro, a lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> pretendi<strong>da</strong> e a concorrência existente.<br />

Os custos do roteiro são to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas previstas para a existência do<br />

produto oferecido, tais como:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

hospe<strong>da</strong>gem;<br />

transporte;<br />

alimentação;<br />

55


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

serviços em geral;<br />

taxas;<br />

traslados;<br />

impostos;<br />

custos estruturais, como aqueles com pessoal, custos operacionais,<br />

promocionais e <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>.<br />

Depois dos custos do roteiro, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidos a margem <strong>de</strong> lucro e o<br />

comissionamento dos canais <strong>de</strong> distribuição.<br />

A <strong>de</strong>finição dos custos estruturais, <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> lucro e do comissionamento<br />

sofrem a influência <strong>de</strong> vários fatores, como as condições <strong>de</strong> mercado,<br />

a concorrência, a conjuntura econômica do País etc.<br />

Todo esse processo é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância, já que o preço final é,<br />

sem dúvi<strong>da</strong>, um dos fatores relevantes para i<strong>de</strong>ntificar se o produto será<br />

aceito no mercado, assim como o perfil do consumidor que irá adquiri–lo.<br />

Antes <strong>da</strong> divulgação <strong>de</strong> um roteiro turístico, <strong>de</strong>ve ser feito um<br />

estudo para verificar se o turista i<strong>de</strong>ntificado como consumidor<br />

potencial tem po<strong>de</strong>r aquisitivo para adquirir o produto e se<br />

seu preço está competitivo em comparação a roteiros similares<br />

oferecidos pela concorrência.<br />

É interessante, também, que os roteiros sejam testados por meio <strong>de</strong> um laboratório,<br />

que consiste numa visita técnica ao local. Devem ser analisados<br />

os pontos fortes e fracos do roteiro e as melhorias realiza<strong>da</strong>s nos serviços<br />

a serem oferecidos, antes que os roteiros sejam tratados como prontos<br />

para consumo.<br />

A visita técnica <strong>de</strong>ve ser utiliza<strong>da</strong> para verificar se todo o roteiro po<strong>de</strong> ser<br />

realizado no tempo previsto e se o tempo <strong>de</strong> permanência em <strong>de</strong>terminado<br />

atrativo foi bem dimensionado na elaboração do roteiro. Deve–se<br />

também avaliar os serviços oferecidos ao longo do trajeto e a satisfação<br />

dos visitantes com o produto oferecido.<br />

No momento do teste do roteiro, é importante contar com a participação<br />

<strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> marketing e ven<strong>da</strong>s. Eles irão avaliar o roteiro,<br />

sugerir melhorias, estu<strong>da</strong>r a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, a marca e a comercialização<br />

do roteiro.<br />

56<br />

Para isso, os famtour e presstrip são ferramentas para o teste do roteiro.


Roteirização turística<br />

Qualificação dos serviços turísticos<br />

Uma vez estruturado o roteiro, ele <strong>de</strong>ve ser analisado quanto à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às exigências e expectativas dos turistas. Para isso, a qualificação<br />

dos equipamentos e serviços turísticos é fun<strong>da</strong>mental.<br />

Po<strong>de</strong>mos ressaltar duas ações importantes para essa qualificação:<br />

••<br />

••<br />

ca<strong>da</strong>stramento dos prestadores <strong>de</strong> serviços turísticos;<br />

classificação e fiscalização, o que verifica as aplicações dos atos legais<br />

e regulamentares no que concerne aos padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

dos serviços turísticos.<br />

Você po<strong>de</strong> ter acesso ao Ca<strong>da</strong>stro dos prestadores <strong>de</strong> serviços turísticos,<br />

Sistema <strong>de</strong> Ca<strong>da</strong>stro dos Empreendimentos, equipamentos e profissionais<br />

<strong>da</strong> área <strong>de</strong> Turismo (CADASTUR) no seguinte en<strong>de</strong>reço eletrônico:<br />

www.ca<strong>da</strong>stur.turismo.gov.br.<br />

@<br />

O controle <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos e serviços se refletirá<br />

na qualificação do roteiro, que po<strong>de</strong>rá aten<strong>de</strong>r a públicos<br />

mais exigentes.<br />

A capacitação dos envolvidos é a maior alia<strong>da</strong> <strong>da</strong> qualificação do roteiro<br />

e <strong>de</strong>ve ser avalia<strong>da</strong> constantemente, inclusive quando o roteiro já estiver<br />

em operação.<br />

Outra ferramenta importante para a qualificação é a certificação dos produtos<br />

e serviços turísticos. Essa certificação tem por objetivo i<strong>de</strong>ntificar<br />

ou atestar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos serviços.<br />

Os processos <strong>de</strong> certificação <strong>de</strong>vem ter como base uma avaliação dos produtos<br />

ou serviços prestados. Na prática, essa avaliação é realiza<strong>da</strong> por meio<br />

<strong>de</strong> uma matriz <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> social, econômica e ambiental.<br />

Esses processos <strong>de</strong>sempenham um papel importante, pois trazem mais<br />

responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> para o turismo. São caracterizados<br />

pela formulação e adoção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> ações que visa o aperfeiçoamento<br />

dos negócios.<br />

57


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

Uma pergunta po<strong>de</strong> ser coloca<strong>da</strong>: é fácil obter a certificação em turismo?<br />

Apesar dos benefícios sociais, ambientais e econômicos <strong>da</strong> certificação em<br />

turismo, ela ain<strong>da</strong> é um <strong>de</strong>safio que <strong>de</strong>ve ser buscado e incentivado. A complexi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do processo <strong>de</strong> certificação se vincula ao fato <strong>de</strong> o turismo, entre<br />

outras funções, atuar como meio <strong>de</strong> lazer, além <strong>de</strong> a dinâmica turística<br />

envolver um dos mais fortes setores socioeconômicos do mundo, alia<strong>da</strong> a<br />

um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> interesses públicos e privados.<br />

Na etapa <strong>de</strong> qualificação dos serviços turísticos, <strong>de</strong>vem–se retomar a avaliação<br />

e a classificação realiza<strong>da</strong>s durante a etapa <strong>de</strong> elaboração do roteiro,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> atuar nos equipamentos que precisam ser melhorados.<br />

Portanto, é necessário que sejam realizados investimentos para aprimorar<br />

o grau <strong>de</strong> profissionalização do atendimento e dos prestadores <strong>de</strong> serviços.<br />

Para isso, é necessário:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

promover a capacitação gerencial e profissional continua<strong>da</strong> em todos<br />

os níveis <strong>de</strong>man<strong>da</strong>dos;<br />

aprimorar e ajustar a qualificação <strong>da</strong> oferta às exigências do mercado;<br />

promover a certificação dos serviços profissionais e dos equipamentos;<br />

apoiar programas <strong>de</strong> certificação ambiental (ISO 14.000), gerencial<br />

e operacional.<br />

Para <strong>da</strong>r quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao processo durante a articulação, a<br />

execução e a estruturação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> capacitação, é fun<strong>da</strong>mental estabelecer<br />

parcerias entre os setores público e privado, as instituições do<br />

Sistema S e as <strong>de</strong> ensino técnico e superior em turismo.<br />

Promoção e comercialização<br />

Embora a principal responsável pelas ações <strong>de</strong> promoção e comercialização<br />

do turismo seja a iniciativa priva<strong>da</strong>, representa<strong>da</strong> pelo empresariado<br />

<strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva do turismo, tanto o Ministério do Turismo e EMBRA-<br />

TUR, quanto os Órgãos Oficiais <strong>de</strong> Turismo <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração,<br />

além <strong>da</strong>s Instâncias <strong>de</strong> Governança Regionais, po<strong>de</strong>rão apoiar o processo<br />

<strong>de</strong> roteirização.<br />

58


Roteirização turística<br />

As ações <strong>de</strong> promoção e comercialização a serem elabora<strong>da</strong>s para o roteiro<br />

turístico <strong>de</strong>vem ser orienta<strong>da</strong>s pelo Plano <strong>de</strong> Negócios e, especialmente,<br />

pelo Plano <strong>de</strong> Marketing, que serão vistos na próxima Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Seguem<br />

alguns exemplos <strong>de</strong> ações:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

promoção <strong>de</strong> eventos;<br />

participação em feiras;<br />

elaboração e oferta <strong>de</strong> material promocional e publicitário;<br />

criação <strong>de</strong> guias turísticos;<br />

promoção <strong>de</strong> ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> negócios;<br />

••<br />

apoio às iniciativas <strong>de</strong> marketing dos empreendimentos turísticos;<br />

••<br />

promoção <strong>de</strong> caravanas e press trips nacionais e internacionais;<br />

••<br />

estabelecimento <strong>de</strong> tarifas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s conforme as diferentes épocas<br />

do ano (alta ou baixa estação), com os preços <strong>de</strong> todos os serviços incluídos,<br />

vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s propostas, observações e avisos indicados etc.<br />

Na promoção e comercialização <strong>de</strong> um roteiro, a preocupação<br />

do po<strong>de</strong>r público com as metas <strong>de</strong> ampliação e diversificação<br />

<strong>da</strong> oferta turística <strong>de</strong>ve ser busca<strong>da</strong> em parceria com as Instâncias<br />

<strong>de</strong> Governança Regionais e o setor privado, visando ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento turístico do País.<br />

O processo <strong>de</strong> promoção e apoio à comercialização será o tema <strong>da</strong> próxima<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste livro.<br />

Os passos <strong>da</strong> roteirização turística estão contemplados na vi<strong>de</strong>oaula!<br />

Confira os <strong>de</strong>poimentos sobre este tema!<br />

Monitoria e avaliação<br />

O acompanhamento sistemático e continuado <strong>da</strong> implementação dos roteiros<br />

e seus eventos <strong>de</strong> monitoria e avaliação <strong>de</strong>vem ser orientado por<br />

um Plano <strong>de</strong> Monitoria e Avaliação. Este Plano <strong>de</strong>ve ser elaborado, em<br />

parceria, pela Instância <strong>de</strong> Governança Regional e pelo setor privado. Em<br />

um Plano <strong>de</strong> Monitoria e Avaliação, <strong>de</strong>vem–se <strong>de</strong>terminar indicadores específicos<br />

para os passos <strong>da</strong> roteirização e para as etapas seguintes à im-<br />

59


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 1<br />

plementação do roteiro, a fim <strong>de</strong> possibilitar o acompanhamento <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

etapa do processo.<br />

De maneira geral, indicadores são parâmetros qualificados e/<br />

ou quantificados que servem para concretizar e <strong>de</strong>talhar em<br />

que grau os objetivos <strong>de</strong> um projeto foram alcançados, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um prazo <strong>de</strong>limitado <strong>de</strong> tempo, numa locali<strong>da</strong><strong>de</strong> específica<br />

e com os recursos previamente alocados.<br />

Dentre os indicadores a serem selecionados, estão aqueles capazes <strong>de</strong><br />

mensurar, qualitativa e quantitativamente, os impactos positivos e os benefícios<br />

<strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> roteirização e <strong>da</strong> implementação <strong>de</strong> roteiros turísticos.<br />

Tais produtos <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r às premissas básicas <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ambiental, sociocultural e econômica.<br />

Para essas três categorias, <strong>de</strong>vem ser criados indicadores específicos capazes<br />

<strong>de</strong> mensurar as variações ocorri<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> prazos <strong>de</strong>finidos, em<br />

comparação com os valores básicos encontrados no início <strong>da</strong> avaliação,<br />

ou do projeto.<br />

Entre outros aspectos a serem medidos, incluem–se os impactos positivos<br />

e negativos relativos aos impactos ambientais, socioculturais e econômicos<br />

<strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística, que <strong>de</strong>vem ser monitorados a partir<br />

<strong>da</strong> análise dos aspectos negativos e positivos dos impactos <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística.<br />

A Figura 16 – Quadro <strong>de</strong> aspectos positivos e negativos dos impactos <strong>de</strong>correntes<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística está disponível no nosso AVEA.<br />

Como muitas <strong>da</strong>s variáveis que compõem os indicadores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> outras áreas <strong>de</strong> atuação que não o turismo, é necessário que haja<br />

articulação entre diferentes segmentos do po<strong>de</strong>r público, do empresariado,<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil e <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> ensino para monitorar esses<br />

indicadores.<br />

Alia<strong>da</strong>s a um programa <strong>de</strong> educação ambiental, as ações <strong>de</strong> sensibilização<br />

e motivação dos agentes mencionados são, portanto, fun<strong>da</strong>mentais para o<br />

alcance dos benefícios gerados pelo turismo.<br />

Acesse o AVEA e participe do Fórum <strong>de</strong> Conteúdo 9, relativo ao tema <strong>da</strong><br />

roteirização turística. Contribua com sua reflexão!<br />

60


Roteirização turística<br />

Resumo<br />

Nesta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, você viu que a roteirização turística é o processo que visa<br />

propor aos diversos atores envolvidos com o turismo orientações para a<br />

constituição dos roteiros turísticos, que são itinerários caracterizados por<br />

um ou mais elementos que lhes conferem i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Neste sentido, o marketing,<br />

como um instrumento essencial ao processo <strong>de</strong> roteirização, <strong>de</strong>ve<br />

levar em consi<strong>de</strong>ração quatro características próprias <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística:<br />

intangibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, perecibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, inseparabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e variabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Você<br />

viu também que para a promoção e comercialização <strong>de</strong> um roteiro, as metas<br />

<strong>de</strong> ampliação e diversificação <strong>da</strong> oferta turística <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s em<br />

parceria entre setores público e privado e nas Instâncias <strong>de</strong> Governança<br />

Regional. Assim, a elaboração dos roteiros turísticos <strong>de</strong>ve ter como base a<br />

oferta turística efetiva e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística efetiva ou potencial. Para isto,<br />

é necessário ter uma visão geral <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> região que vai subsidiar os<br />

passos necessários para o processo <strong>de</strong> roteirização: envolvimento dos atores;<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> competências e funções; avaliação e hierarquização dos<br />

atrativos turísticos; análise <strong>de</strong> mercado e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> segmentos; i<strong>de</strong>ntificação<br />

dos possíveis impactos socioculturais, ambientais e econômicos;<br />

elaboração do roteiro específico; levantamento <strong>da</strong>s ações necessárias para<br />

a implementação do roteiro turístico; fixação dos preços a serem cobrados<br />

e teste do roteiro turístico; qualificação dos serviços turísticos; promoção<br />

e comercialização; monitoria e avaliação. Na próxima Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, você verá<br />

os passos que envolvem a promoção e apoio à comercialização.<br />

61


Promoção e apoio à comercialização<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2


Mar <strong>de</strong> Copacabana<br />

Já man<strong>de</strong>i lhe entregar o mar<br />

Que você viu<br />

Que você pediu pra eu <strong>da</strong>r<br />

Outro dia em Copacabana<br />

Talvez leve uma semana pra chegar<br />

Talvez entreguem amanhã <strong>de</strong> manhã<br />

Manhã bem se<strong>da</strong> teci<strong>da</strong> <strong>de</strong> sol<br />

Lençol <strong>de</strong> se<strong>da</strong> doura<strong>da</strong><br />

Envolvendo a madruga<strong>da</strong> to<strong>da</strong> azul<br />

Quando eu fui encomen<strong>da</strong>r o mar<br />

(…)<br />

Gilberto Gil


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Mercado turístico<br />

A <strong>de</strong>cisão do turista <strong>de</strong> viajar a um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>stino turístico respon<strong>de</strong>,<br />

primeiramente, a uma pergunta básica: aon<strong>de</strong> ir?<br />

Nesse sentido, dois elementos-chave influenciam a <strong>de</strong>cisão dos turistas:<br />

o primeiro refere-se à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento ao <strong>de</strong>stino turístico<br />

com o intuito <strong>de</strong> consumir o produto – ao contrário do que ocorre em<br />

outros setores comerciais, em que o produto a ser consumido se encontra<br />

à disposição do cliente ou consumidor; o segundo diz respeito à <strong>de</strong>cisão<br />

do turista, que está influencia<strong>da</strong> pela informação <strong>de</strong> que dispõe.<br />

Como a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística está diretamente relaciona<strong>da</strong> à prestação <strong>de</strong> um<br />

serviço, torna–se muito difícil separar a fase <strong>de</strong> distribuição do produto turístico<br />

<strong>da</strong> fase <strong>de</strong> comunicação. Assim, é comum que as duas fases estejam<br />

uni<strong>da</strong>s sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> comercialização turística.<br />

Habitualmente, essa comercialização do produto turístico se realiza mediante<br />

a ação dos intermediários turísticos ou canais <strong>de</strong> distribuição. Estes não<br />

são os produtores originais dos bens e serviços (hotéis, restaurantes, empresas<br />

<strong>de</strong> transporte), mas os encarregados <strong>de</strong> combinar as diferentes opções e<br />

atrativos que um <strong>de</strong>stino ou roteiro turístico po<strong>de</strong> oferecer, elaborando um<br />

produto próprio que é ofertado aos turistas a um <strong>de</strong>terminado preço.<br />

De acordo com a OMT (2001), “a natureza <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística é um<br />

conjunto complexo <strong>de</strong> inter-relações <strong>de</strong> diferentes fatores que <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>rados conjuntamente sob uma ótica sistemática, ou seja, um conjunto<br />

<strong>de</strong> elementos inter-relacionados que evoluem <strong>de</strong> forma dinâmica”.<br />

Efetivamente, se distinguem quatro elementos básicos nesse conceito <strong>de</strong><br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística:<br />

••<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> – forma<strong>da</strong> por um conjunto <strong>de</strong> consumidores, ou possíveis<br />

consumidores, <strong>de</strong> bens e serviços turísticos;<br />

••<br />

oferta – composta pelo conjunto <strong>de</strong> produtos, serviços e organizações<br />

envolvi<strong>da</strong>s ativamente na experiência turística;<br />

66<br />

••<br />

espaço geográfico – base física na qual tem lugar a conjunção ou o<br />

encontro entre a oferta e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, em que se situa a população<br />

resi<strong>de</strong>nte (que, se não é em si mesma um elemento turístico, é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong><br />

um importante fator <strong>de</strong> coesão ou <strong>de</strong>sagregação no planejamento<br />

turístico);


Promoção e apoio à comercialização<br />

••<br />

Operadores <strong>de</strong> mercado – empresas e instituições cuja principal função<br />

é facilitar a inter-relação entre a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e a oferta. São as operadoras<br />

e agências <strong>de</strong> viagens, empresas <strong>de</strong> transporte regular, órgãos<br />

públicos e privados que organizam ou promovem o turismo.<br />

Nesse sentido, no âmbito do Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo –<br />

Roteiros do Brasil, mercado turístico <strong>de</strong>ve ser entendido como:<br />

O encontro e a relação entre a oferta <strong>de</strong> produtos e serviços turísticos<br />

e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> individual ou coletiva, interessa<strong>da</strong> e motiva<strong>da</strong><br />

pelo consumo e pelo uso <strong>de</strong>stes produtos e serviços.<br />

Produto turístico<br />

Kuazaqui (2000) <strong>de</strong>fine produto como tudo aquilo que po<strong>de</strong> ser ofertado a<br />

um mercado com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comercialização. De acordo com Petrocchi<br />

(2001), po<strong>de</strong>-se dizer que o produto turístico, objeto <strong>de</strong> comercialização<br />

sistematiza<strong>da</strong> pelo setor, é composto <strong>de</strong> três serviços: transporte, hospe<strong>da</strong>gem<br />

e lazer (ou outro motivo qualquer para a realização <strong>da</strong> viagem).<br />

Em paralelo a esses três pilares, há inúmeros serviços complementares.<br />

Segundo Ruschmann (2000), o produto turístico é entendido como uma<br />

combinação <strong>de</strong> bens e serviços disponíveis ao consumo do turista, que,<br />

embora formando um todo, po<strong>de</strong> ser adquirido pelo turista em sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ou <strong>de</strong> forma parcial. Isto é, po<strong>de</strong>–se optar pelo produto <strong>de</strong> forma<br />

integral ou <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> apenas algumas partes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>da</strong><br />

parti<strong>da</strong> do turista ao sair <strong>de</strong> casa, até seu retorno para casa. O produto<br />

turístico difere <strong>de</strong> outros produtos, como os industrializados, por ser<br />

constituído <strong>de</strong> elementos tangíveis e intangíveis (RUSCHMANN, 2004).<br />

É sentido pelo turista como uma experiência e compreen<strong>de</strong> percepções<br />

intangíveis. Abaixo estão relaciona<strong>da</strong>s algumas características específicas<br />

dos produtos turísticos:<br />

••<br />

••<br />

é um bem <strong>de</strong> consumo abstrato e intangível, pois o turista não po<strong>de</strong><br />

armazenar o produto, nem transportá-lo em uma mala;<br />

o consumidor se <strong>de</strong>sloca para consumir o produto, que é estático,<br />

pois não é possível mu<strong>da</strong>r a localização <strong>de</strong> uma atração turística,<br />

com exceção <strong>de</strong> alguns eventos programados que são realizados em<br />

diferentes locais;<br />

67


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

concentra-se em algumas épocas e locais específicos, verifica-se, assim,<br />

a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que acaba por induzir a criação <strong>de</strong> produtos<br />

diferenciados para serem vendidos ao longo <strong>de</strong> todo o ano;<br />

é sistêmico, isto é, aten<strong>de</strong> a uma lógica na qual todos os produtos e<br />

serviços <strong>de</strong> uma atração turística estão interligados. O turista necessita<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços variados;<br />

é avaliado pelo turista <strong>de</strong> acordo com a percepção que ele tem <strong>da</strong><br />

experiência vivi<strong>da</strong>;<br />

o turista consome o produto ao mesmo tempo em que o serviço é<br />

prestado, não é possível estocar o produto turístico.<br />

Essas características tornam difícil o controle <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto,<br />

uma vez que o turista avalia os serviços prestados após tê-los vivenciado.<br />

Em face do exposto, no âmbito do Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo<br />

– Roteiros do Brasil, po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r por produto turístico:<br />

O conjunto <strong>de</strong> atrativos, equipamentos e serviços turísticos<br />

acrescidos <strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, localizados em um ou mais municípios,<br />

ofertado <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong>, por um <strong>de</strong>terminado preço.<br />

Este conceito foi adotado pelo Ministério <strong>de</strong> Turismo para fins <strong>de</strong> planejamento<br />

e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> políticas públicas para promoção e apoio à comercialização.<br />

É importante ressaltar que a elaboração <strong>de</strong> um produto<br />

turístico <strong>de</strong>ve estar diretamente relaciona<strong>da</strong> à <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>, ou seja,<br />

o mercado ou segmento-alvo. Ain<strong>da</strong> que o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística<br />

seja objeto <strong>de</strong> estudo <strong>da</strong> próxima seção, vale adiantar que o mercado-alvo<br />

é a parte do mercado i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como potencialmente mais atraente e<br />

que <strong>de</strong>ve ser foca<strong>da</strong> pelos gestores do produto turístico como um alvo a<br />

ser atingido.<br />

A ampliação do conceito original <strong>de</strong> produto turístico se dá pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> maximizar, por meio <strong>de</strong> cooperação mútua, os recursos existentes nas<br />

mais diversas regiões do País, gerando produtos e serviços complementares<br />

que aju<strong>da</strong>rão na diversificação <strong>da</strong> oferta turística local, regional e nacional.<br />

A partir <strong>de</strong>sta afirmativa, é importante esclarecermos algumas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

acerca dos conceitos estabelecidos pelo Programa, conforme apresentado<br />

a seguir.<br />

68


Promoção e apoio à comercialização<br />

Região turística<br />

A <strong>de</strong>limitação geográfica <strong>de</strong>ve ser encara<strong>da</strong> como elemento fun<strong>da</strong>mental<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística, pois ao circunscrever um<br />

<strong>de</strong>terminado território facilita as ações <strong>de</strong> planejamento, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

estratégias e sua gestão. Nesse sentido, a <strong>de</strong>limitação geográfica em “regiões<br />

turísticas” promove a integração, a articulação intersetorial e a cooperação<br />

entre os vários atores <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva, <strong>de</strong> maneira a ampliar<br />

e qualificar o mercado <strong>de</strong> bens e serviços turísticos, propiciar a criação e a<br />

ampliação <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho, bem como promover melhoria na<br />

distribuição <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> na região.<br />

Para fins <strong>de</strong> planejamento, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias e gestão, o Programa<br />

<strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil <strong>de</strong>fine região turística<br />

como: “(…) o espaço geográfico que apresenta características e potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

similares e complementares, capazes <strong>de</strong> serem articula<strong>da</strong>s e que <strong>de</strong>finem<br />

um território” (MTur, 2004). Ressalta–se, também, que uma região<br />

turística po<strong>de</strong> contemplar uma ou várias rotas e um ou vários roteiros.<br />

É necessário observar que nem todos os municípios <strong>de</strong> uma região são<br />

necessariamente turísticos, ou seja, nem todos são dotados <strong>de</strong> potencial<br />

relevante para o turismo. Há municípios que apresentam outras vocações<br />

econômicas e são nessas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que seu <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ve estar<br />

focado. O que se propõe no Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo –<br />

Roteiros do Brasil é que estes municípios participem do planejamento<br />

regional e busquem sua agregação no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

turismo por meio <strong>de</strong> suas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Por exemplo, um município que<br />

se <strong>de</strong>senvolve por meio <strong>da</strong> agropecuária, se fornecer leite, queijo, carne,<br />

couro etc., po<strong>de</strong>rá se integrar à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional transformando–se<br />

em uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio ao município vizinho que tem<br />

como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica predominante o turismo.<br />

Ain<strong>da</strong> que a <strong>de</strong>limitação geográfica em regiões turísticas, constituí<strong>da</strong>s por<br />

municípios <strong>de</strong> um ou mais estados ou países, seja fun<strong>da</strong>mental para o processo<br />

<strong>de</strong> planejamento e or<strong>de</strong>namento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística, para fins <strong>de</strong> promoção<br />

e comercialização precisamos <strong>de</strong>limitar melhor nosso atrativo turístico.<br />

69


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Rota e roteiro turístico<br />

Por <strong>de</strong>finição do Ministério do Turismo, rota e roteiro turístico po<strong>de</strong>m ser<br />

entendidos como:<br />

••<br />

••<br />

rota é um percurso continuado e <strong>de</strong>limitado cuja i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> é reforça<strong>da</strong><br />

ou atribuí<strong>da</strong> pela utilização turística, sendo consi<strong>de</strong>rado nesta<br />

Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> um itinerário com base em um contexto histórico e/ou<br />

temático. Uma rota po<strong>de</strong> contemplar vários roteiros e perpassar várias<br />

regiões turísticas. Isto é, o turismo utiliza a história como atrativo<br />

para fins <strong>de</strong> promoção e comercialização turística. Eis alguns<br />

exemplos: Estra<strong>da</strong> Real, Rota dos Tropeiros etc., on<strong>de</strong> o turista percorre<br />

o mesmo caminho percorrido por alguns personagens <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> época;<br />

roteiro turístico po<strong>de</strong> ser caracterizado como um itinerário constituído<br />

por um ou mais elementos que lhe conferem i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>finido<br />

e estruturado para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão, promoção e<br />

comercialização turística. Um roteiro po<strong>de</strong> perpassar uma ou várias<br />

regiões, estados e países e uma ou várias rotas – ele é eminentemente<br />

temático.<br />

Na rota, existe uma seqüência na or<strong>de</strong>m dos <strong>de</strong>stinos a serem visitados<br />

e há um ponto inicial e um ponto final. O roteiro, por sua vez, não exige<br />

uma seqüência <strong>de</strong> visitação. É mais flexível, não possuindo um ponto inicial<br />

e um ponto final obrigatoriamente. O turista começa a visitação <strong>de</strong><br />

qualquer um dos <strong>de</strong>stinos. Possui um caráter “circular”.<br />

Tanto a rota turística como o roteiro turístico são elaborados para fins <strong>de</strong><br />

promoção e comercialização. Assim, conclui–se que:<br />

A região turística é a base para planejamento e or<strong>de</strong>namento<br />

<strong>da</strong> oferta turística existente e rotas, roteiros e <strong>de</strong>stinos po<strong>de</strong>m<br />

se constituir em um produto turístico, o qual <strong>de</strong>ve ser promovido<br />

e comercializado.<br />

Em termos <strong>de</strong> comercialização, é importante compreen<strong>de</strong>r que todos os<br />

produtos e serviços possuem ciclos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> no mercado em que se inserem.<br />

De acordo com Pereira (2001), estes ciclos po<strong>de</strong>m ser divididos em<br />

cinco fases distintas. São elas:<br />

70


Promoção e apoio à comercialização<br />

1ª fase – Pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

Nesta fase, o produto ain<strong>da</strong> não existe fisicamente, existe apenas <strong>de</strong> forma<br />

conceitual. Trata-se <strong>de</strong> uma sugestão <strong>de</strong> produto ou serviço que po<strong>de</strong> ser<br />

elaborado e implementado <strong>de</strong> acordo com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que satisfaçam<br />

a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> que se apresenta. É neste momento que ocorre o planejamento<br />

mercadológico e a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> ações que serão executa<strong>da</strong>s em<br />

etapas posteriores. Durante a Pesquisa e Desenvolvimento, po<strong>de</strong> ocorrer<br />

o uso <strong>de</strong> uma ferramenta chama<strong>da</strong> benchmarking, que consiste na i<strong>de</strong>ntificação<br />

e assimilação <strong>de</strong> “boas ou melhores práticas” que estão sendo<br />

usa<strong>da</strong>s em situações similares, com vistas à a<strong>da</strong>ptá-las a ca<strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

implementá-las em seus <strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> atuação. Por exemplo: uma agência<br />

<strong>de</strong> turismo faz uma pesquisa entre seus concorrentes e verifica que alguns<br />

estão introduzindo novos sistemas <strong>de</strong> informação. Constata, ain<strong>da</strong>, que a<br />

utilização <strong>de</strong>ssas novas ferramentas está tornando seu trabalho mais ágil<br />

e gerando maiores lucros. Com base na pesquisa realiza<strong>da</strong>, transfere essa<br />

prática também para sua empresa.<br />

2ª fase – Introdução<br />

Ocorre quando o produto ou serviço é introduzido em seu respectivo segmento<br />

<strong>de</strong> mercado. O <strong>de</strong>stino ain<strong>da</strong> é pouco conhecido e não possui um<br />

posicionamento estabelecido. É uma fase em que o fluxo <strong>de</strong> visitantes e<br />

ven<strong>da</strong>s cresce lentamente e o retorno é geralmente baixo, haja vista que<br />

os esforços estão focados nos investimentos em infra-estrutura, divulgação<br />

e distribuição, visando promover a aproximação do produto com o<br />

consumidor, ou seja, com o turista.<br />

3ª fase – Crescimento<br />

Nesta fase, o <strong>de</strong>stino torna-se conhecido pelo consumidor e seu posicionamento<br />

vai se consoli<strong>da</strong>ndo no mercado. O fluxo <strong>de</strong> visitantes cresce mais rapi<strong>da</strong>mente<br />

e as ven<strong>da</strong>s aumentam. Então, é necessário melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

dos serviços oferecidos, investir em novos mercados e até agregar novos<br />

atrativos ao produto para oferecer a seus consumidores, pois é neste momento<br />

que a concorrência é estimula<strong>da</strong> a comercializar produtos similares.<br />

4ª fase – Maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou saturação<br />

Agora, o produto já está consoli<strong>da</strong>do no mercado e seus concorrentes também.<br />

Geralmente é a fase <strong>de</strong> maior duração do ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do produto<br />

71


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

ou serviço: é quando as ven<strong>da</strong>s ten<strong>de</strong>m a se estabilizar. O ritmo <strong>de</strong> crescimento<br />

diminui, assim como os lucros. Nesta fase, os <strong>de</strong>stinos com marcas<br />

já consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s ocupam as maiores fatias do mercado. É o momento <strong>de</strong><br />

inovar, buscar novos segmentos <strong>de</strong> mercado e consumidores.<br />

5ª fase – Declínio<br />

A imagem do produto já está <strong>de</strong>sgasta<strong>da</strong>, em um posicionamento <strong>de</strong>sfavorável<br />

junto aos consumidores. Diminuem consi<strong>de</strong>ravelmente os fluxos<br />

<strong>de</strong> visitantes e <strong>de</strong> investimentos. Caso não haja alteração <strong>da</strong> tendência, o<br />

resultado é a morte do produto e sua retira<strong>da</strong> do mercado.<br />

O ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do produto turístico po<strong>de</strong> ser longo ou curto e não ocorre<br />

<strong>de</strong> forma absolutamente linear. Existem pequenas oscilações em ca<strong>da</strong><br />

fase, que po<strong>de</strong>m ser causa<strong>da</strong>s por diferentes fatores, tanto do ambiente externo<br />

quanto do interno. Portanto, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> fase do ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong><br />

é <strong>de</strong> relevante importância para a elaboração <strong>de</strong> um Plano <strong>de</strong> Negócios e<br />

<strong>de</strong> marketing mais efetivos.<br />

Participe do chat para discutir sobre a pesquisa e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

produtos turísticos. Aproveite este espaço para trocar idéias com seus<br />

colegas.<br />

Da mesma forma, o ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> não é imutável. Por exemplo, a que<strong>da</strong><br />

po<strong>de</strong> ser interrompi<strong>da</strong> e reverti<strong>da</strong> com a reconstrução do produto. Também<br />

po<strong>de</strong> ser reverti<strong>da</strong> com uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> marca e <strong>de</strong> posicionamento<br />

ou com uma potencialização <strong>de</strong> ações publicitárias que renovem a imagem<br />

do produto. As estratégias <strong>de</strong>vem se manter sob um ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />

longo prazo, e as metas <strong>de</strong>vem ser estabeleci<strong>da</strong>s para monitorar e avaliar<br />

<strong>de</strong> forma regular a fase em que o produto se encontra.<br />

O gráfico que ilustra as fases do ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do produto ou serviço po<strong>de</strong><br />

ser visualizado na Figura 17 – Fases do ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do produto ou serviço,<br />

disponível em nosso AVEA.<br />

72


Promoção e apoio à comercialização<br />

Deman<strong>da</strong> turística<br />

Não há como tratar do processo <strong>de</strong> comercialização sem falar no turista,<br />

sem mencionar o principal personagem nesse processo. Como o turista é<br />

o agente econômico responsável pelo consumo, o valor e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

produtos e serviços ofertados <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r e satisfazer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>sejos dos turistas. Ao longo do processo <strong>de</strong> roteirização,<br />

as perguntas: “O que faz uma pessoa tirar férias e o que faz uma pessoa<br />

tirar <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> férias, em <strong>de</strong>terminado lugar e em <strong>de</strong>terminado<br />

período?” serviram <strong>de</strong> base para a formatação do produto. Agora, no momento<br />

<strong>da</strong> comercialização do produto, é preciso enten<strong>de</strong>r o processo que<br />

leva o indivíduo a efetivar uma compra em turismo. Dessa maneira, ficam<br />

mais evi<strong>de</strong>ntes a forma <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem i<strong>de</strong>al e o canal a ser utilizado.<br />

O processo <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> um produto inicia–se quando o indivíduo reconhece<br />

que tem uma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e parte em busca <strong>de</strong> uma solução para<br />

satisfazê-la. O entendimento do comportamento do consumidor e os segmentos<br />

diferenciados que existem no mercado garantem que estratégias<br />

<strong>de</strong> marketing sejam mais eficazes, por apresentarem comunicações específicas<br />

para necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s também específicas. As influências internas ou<br />

psicológicas que afetam as escolhas individuais são comumente conheci<strong>da</strong>s<br />

como motivações. Enten<strong>de</strong>r essas motivações é obter respostas para<br />

fenômenos, tais como preferência ou rejeição por um <strong>de</strong>terminado tipo<br />

<strong>de</strong> produto.<br />

Várias são as motivações turísticas, segundo Valene Smith (1977), Murphy<br />

(1986), Goeldner e McIntosh (1990), que po<strong>de</strong>m influenciar as escolhas do<br />

turista. Vejamos algumas <strong>de</strong>las:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

motivos relacionados a trabalho e negócios;<br />

motivos físicos e psicológicos;<br />

motivos educacionais <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m cultural, psicológica ou pessoal;<br />

motivos sociais, interpessoais e étnicos;<br />

motivos <strong>de</strong> entretenimento, diversão, prazer e passatempo;<br />

motivos religiosos;<br />

motivos genealógicos: levam a visitar o local <strong>de</strong> nascimento e a explorar<br />

raízes históricas.<br />

73


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

De maneira prática, resumi<strong>da</strong>mente, po<strong>de</strong>mos dizer que algumas perguntas<br />

<strong>de</strong>vem ser respondi<strong>da</strong>s pelo turista antes que ele efetue a compra.<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Quanto tempo ficar?<br />

Por que ir?<br />

Para on<strong>de</strong> ir?<br />

O que fazer?<br />

Quanto gastar?<br />

O que comer?<br />

O que trazer?<br />

Como ir?<br />

Em que época ir?<br />

On<strong>de</strong> se instalar?<br />

Com quem ir?<br />

Portanto, cabe ao ven<strong>de</strong>dor em ca<strong>da</strong> fase adotar as medi<strong>da</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s<br />

para sanar as dúvi<strong>da</strong>s do cliente, a<strong>da</strong>ptando o marketing, até a <strong>de</strong>cisão final,<br />

através <strong>de</strong> uma estratégia que estimule <strong>de</strong>sejos e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, segundo o<br />

segmento <strong>de</strong> compra que preten<strong>da</strong> atrair.<br />

Devemos, ain<strong>da</strong>, notar que é possível segmentar a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong><br />

suas diversas características, a fim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do turista durante o processo <strong>de</strong> compra. A estratégia <strong>de</strong> segmentação<br />

<strong>de</strong> mercado reconhece que poucas <strong>de</strong>stinações são aceitas e<br />

<strong>de</strong>seja<strong>da</strong>s universalmente. Ela é orienta<strong>da</strong> pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> mercados-alvo<br />

para, então, programar ações específicas para públicos diferenciados.<br />

A segmentação <strong>de</strong> mercado tem bases diferencia<strong>da</strong>s que po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> acordo com características geográficas, <strong>de</strong>mográficas, socioeconômicas,<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m psicológica, por padrões <strong>de</strong> comportamento, padrões <strong>de</strong><br />

consumo e pela predisposição do consumidor.<br />

74


Promoção e apoio à comercialização<br />

A listagem <strong>de</strong> bases para a segmentação do mercado po<strong>de</strong> ser consulta<strong>da</strong><br />

na Figura 18 – Bases para a segmentação <strong>de</strong> mercado, disponível em<br />

nosso AVEA.<br />

Vale ressaltar, também, que características <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m psicológica dos consumidores<br />

influenciam fortemente sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra. Tais características<br />

são utiliza<strong>da</strong>s para <strong>de</strong>terminar tipos <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> e outras mensagens<br />

<strong>de</strong> comunicação às quais os compradores respon<strong>de</strong>m. Por isso, Plog<br />

(1974) <strong>de</strong>senvolveu um mo<strong>de</strong>lo para classificar os consumidores <strong>de</strong> turismo<br />

segundo análise psicológica. Há dois grupos distintos:<br />

••<br />

••<br />

os psicocêntricos, que ten<strong>de</strong>m a ser inibidos e pouco aventureiros,<br />

preocupados com pequenos problemas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;<br />

os alocêntricos, que ten<strong>de</strong>m a apresentar padrões <strong>de</strong> interesse concentrados<br />

em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diversas, por serem pessoas geralmente<br />

<strong>de</strong>sinibi<strong>da</strong>s, autoconfiantes e aventureiras. Há ain<strong>da</strong> as pessoas classifica<strong>da</strong>s<br />

como semipsicocêntricas, mesocêntricas ou semi–alocêntricas,<br />

que se situam entre as duas principais classificações.<br />

Portanto, po<strong>de</strong>mos concluir que ca<strong>da</strong> turista, <strong>de</strong> acordo com seu perfil, tem<br />

uma forma específica <strong>de</strong> se <strong>de</strong>cidir pela compra <strong>de</strong> um produto ou serviço.<br />

Para saber mais sobre as características <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m psicológica dos consumidores,<br />

consulte a Figura 19 – Características <strong>de</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong> relaciona<strong>da</strong>s<br />

à viagem <strong>de</strong> alocêntricos e psicocêntricos, disponível no nosso AVEA.<br />

Aproximação entre oferta e<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística<br />

Consi<strong>de</strong>rando os diversos elementos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> oferta e também <strong>da</strong>s<br />

características e variáveis <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>mos fazer a segmentação do<br />

mercado <strong>de</strong> forma a organizar o turismo para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão,<br />

promoção e comercialização. Devemos observar que os segmentos turísticos<br />

po<strong>de</strong>m ser estabelecidos tanto a partir <strong>da</strong> oferta quanto <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

75


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

De modo geral, os produtos e roteiros turísticos são <strong>de</strong>finidos com base na<br />

oferta (em relação à <strong>de</strong>man<strong>da</strong>), e acabam caracterizando segmentos ou tipos<br />

<strong>de</strong> turismo específicos. Dessa forma, “as características dos segmentos<br />

<strong>da</strong> oferta é que <strong>de</strong>terminam a imagem do roteiro, ou seja, a sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

e embasam a estruturação <strong>de</strong> produtos sempre em função <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>” 1 .<br />

@<br />

Com o intuito <strong>de</strong> promover o entendimento e orientar o setor quanto<br />

a algumas terminologias, abor<strong>da</strong>gens e <strong>de</strong>limitações <strong>da</strong> segmentação<br />

turística, o Ministério do Turismo (2006) preparou um documento, intitulado<br />

Segmentação do Turismo – Marcos Conceituais, que po<strong>de</strong>rá ser<br />

acessado no seguinte en<strong>de</strong>reço eletrônico: http://institucional.turismo.<br />

gov.br/regionalizacao/arqreg/doc_download/segmentacao_do_turismo_marcos_conceituais.pdf.<br />

No processo <strong>de</strong> aproximação <strong>da</strong> oferta e <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística, é imprescindível<br />

a intervenção <strong>de</strong> uma área do conhecimento que englobe to<strong>da</strong>s<br />

as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s liga<strong>da</strong>s às relações <strong>de</strong> troca, orienta<strong>da</strong>s para a satisfação dos<br />

<strong>de</strong>sejos e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos consumidores. Essa área é o marketing, que será<br />

tratado com mais <strong>de</strong>talhes a seguir.<br />

Mercado turístico e marketing<br />

São vários os conceitos <strong>de</strong> marketing. Entretanto, a maioria concor<strong>da</strong> que<br />

é um processo <strong>de</strong> troca, <strong>de</strong> relações entre oferta e <strong>de</strong>man<strong>da</strong>. Segundo<br />

Middleton (2002) o marketing envolve um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> gerenciamento<br />

para os prestadores <strong>de</strong> serviços ou produtores, junto ao cliente,<br />

ou seja, uma transação <strong>de</strong> troca que une, <strong>de</strong> um lado, os prestadores <strong>de</strong><br />

serviço ou produtores e, <strong>de</strong> outro lado, o cliente ou turista. A partir do<br />

pressuposto <strong>de</strong> que os clientes po<strong>de</strong>m optar por produtos diferentes, é<br />

fácil perceber que os prestadores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>vem estar motivados a conhecer<br />

seus clientes em potencial para po<strong>de</strong>r influenciá-los na escolha <strong>de</strong><br />

seus produtos.<br />

Po<strong>de</strong>mos ain<strong>da</strong> ressaltar que, em <strong>de</strong>corrência do aprofun<strong>da</strong>mento do processo<br />

<strong>de</strong> globalização, o mundo passa por um período <strong>de</strong> transição. As<br />

mu<strong>da</strong>nças econômicas e sociais em curso, nos mercados nacionais e internacionais,<br />

criam muitas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> marketing, pois um<br />

novo perfil <strong>de</strong> consumidor está sendo <strong>de</strong>lineado.<br />

76<br />

1 MINISTÉRIO DO TURISMO. Segmentação do Turismo – Marcos Conceituais. Brasília: MTur, 2006.


Promoção e apoio à comercialização<br />

Esse novo perfil <strong>de</strong> consumidor <strong>de</strong>man<strong>da</strong> um novo posicionamento dos<br />

<strong>de</strong>stinos turísticos. Para saber o que seus clientes <strong>de</strong>sejam e para po<strong>de</strong>r satisfazê-los<br />

com presteza, os <strong>de</strong>stinos precisam ser reinventados e os meios<br />

e modos <strong>de</strong> se conectar com o mercado <strong>de</strong>vem ser mais eficientes. Nesse<br />

contexto, é imprescindível abrir novas formas <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> e <strong>de</strong> comunicação<br />

com o público. Constituem exemplos <strong>de</strong>ssas formas inovadoras, respectivamente,<br />

o comércio eletrônico e as ações <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social e<br />

ambiental <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s junto ao turista no próprio <strong>de</strong>stino turístico.<br />

Por tudo isso, não se po<strong>de</strong> tomar o conceito <strong>de</strong> marketing somente como<br />

ven<strong>da</strong> e propagan<strong>da</strong>. E, tampouco, continuar concebendo o processo <strong>de</strong><br />

comercialização exclusivamente sob a ótica mercantilista <strong>de</strong> efetivar a<br />

transferência <strong>de</strong> alguma coisa do produtor para o consumidor. O foco <strong>da</strong><br />

transação comercial <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser o produto e passa a ser o cliente. Como<br />

<strong>de</strong>finem Kotler & Armstrong (2003), a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>ve significar<br />

a “administração <strong>de</strong> mercados para efetuar trocas e relacionamentos<br />

com o propósito <strong>de</strong> criar valor e satisfazer necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos.”<br />

Desse modo, <strong>de</strong>stacam-se três principais elementos nas trocas <strong>de</strong><br />

marketing:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

as atitu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>cisões dos clientes-alvo com relação à utili<strong>da</strong><strong>de</strong> percebi<strong>da</strong><br />

e aos valores <strong>de</strong> bens e serviços disponíveis, em termos <strong>de</strong><br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sejos, interesses e condições para pagar;<br />

as atitu<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> produtores com relação à produção <strong>de</strong> bens<br />

e serviços para ven<strong>da</strong>, em um contexto mais amplo em que operam<br />

em relação às questões ambientais e <strong>de</strong> longo prazo;<br />

as formas com que os produtores se comunicam com os consumidores<br />

antes, durante e após o ponto-<strong>de</strong>-ven<strong>da</strong> e como distribuem ou<br />

dão acesso a seus produtos.<br />

Portanto, o marketing é formado por um conjunto <strong>de</strong> variáveis controláveis<br />

que influenciam a maneira com que os consumidores respon<strong>de</strong>m<br />

ao mercado. Essas variáveis po<strong>de</strong>m ser agrupa<strong>da</strong>s em quatro elementos<br />

orientadores, que juntos formam o composto, ou mix, <strong>de</strong> marketing: produto,<br />

preço, praça (distribuição) e promoção.<br />

É importante saber como são realiza<strong>da</strong>s as trocas <strong>de</strong> marketing em sua região<br />

turística. Elas estão funcionando? De que maneira os consumidores<br />

respon<strong>de</strong>m ao mercado? Reflita sobre isto!<br />

77


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

O produto, pelo ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> marketing, é algo que po<strong>de</strong> ser oferecido<br />

em um mercado para satisfazer a um <strong>de</strong>sejo ou necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Contudo, é<br />

muito mais do que apenas um objeto físico. É o pacote completo <strong>de</strong> benefícios<br />

ou satisfação que os compradores percebem que obterão se adquirirem<br />

o produto. É a soma <strong>de</strong> todos os atributos físicos, psicológicos, simbólicos e<br />

<strong>de</strong> serviço que existem em um <strong>de</strong>terminado atrativo turístico.<br />

Em termos <strong>de</strong> marketing, o preço não <strong>de</strong>ve ser encarado apenas como o<br />

valor monetário <strong>de</strong> um produto, mas tudo aquilo que o consumidor tem<br />

que sacrificar ao adquirir um bem. Isto é, o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro preço <strong>de</strong> alguma<br />

coisa é o trabalho e a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para adquiri–la. Por isso, os mercadólogos<br />

incluem em suas consi<strong>de</strong>rações os custos indiretos, os custos <strong>de</strong> manutenção,<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recompra, e mesmo a energia física, o tempo<br />

e o custo emocional <strong>de</strong> se adquirir uma oferta.<br />

A promoção, por sua vez, <strong>de</strong>ve ser entendi<strong>da</strong> como qualquer ato que vise<br />

elevar o status <strong>de</strong> um produto, indivíduo, situação, empresa etc. Não necessariamente<br />

precisa envolver remuneração prévia ou acor<strong>da</strong><strong>da</strong>. Promoção é<br />

um ramo direto <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, do marketing, <strong>de</strong> relações públicas e do jornalismo,<br />

sendo que, este último, em um âmbito mais mo<strong>de</strong>rado e imparcial.<br />

Por fim, os canais <strong>de</strong> distribuição (praça) representam as diferentes maneiras<br />

pelas quais o produto é colocado à disposição do consumidor. O propósito<br />

do processo <strong>de</strong> distribuição é levar ao consumidor o que ele precisa.<br />

Promoção turística<br />

Nesta Seção, iremos aprofun<strong>da</strong>r nosso conhecimento em torno do conceito<br />

<strong>de</strong> promoção turística e <strong>de</strong> sua importância para a aproximação entre a<br />

oferta e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> turística. Assim, como <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r o conceito<br />

<strong>de</strong> promoção turística?<br />

A promoção turística é um item do composto <strong>de</strong> marketing<br />

que abrange to<strong>da</strong>s as ferramentas mercadológicas utiliza<strong>da</strong>s<br />

para estabelecer comunicação com o mercado, incluindo as<br />

técnicas a serem aplica<strong>da</strong>s para promover o produto turístico<br />

e a forma como a promoção será transmiti<strong>da</strong> ao consumidor:<br />

imagem, linguagem <strong>de</strong> comunicação etc.<br />

78<br />

As estratégias <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s para a promoção <strong>de</strong> um produto turístico<br />

<strong>de</strong>vem ter como objetivos:


Promoção e apoio à comercialização<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

criar um relacionamento próximo com o mercado consumidor;<br />

criar e fortalecer a imagem do produto para o público-alvo;<br />

gerar informações dirigi<strong>da</strong>s para públicos específicos;<br />

<strong>da</strong>r suporte ao processo <strong>de</strong> comercialização.<br />

Processo <strong>de</strong> promoção turística<br />

Segundo Acerenza (1991), a promoção turística po<strong>de</strong> ser feita <strong>da</strong>s seguintes<br />

formas:<br />

••<br />

••<br />

promoção institucional: feita por enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e instituições <strong>de</strong> turismo<br />

com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incentivar o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer a região. Não<br />

favorece a uma instituição ou empresa especificamente, mas a to<strong>da</strong>s<br />

elas por meio <strong>da</strong> divulgação <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

promoção <strong>de</strong> produtos específicos: feita pelas empresas priva<strong>da</strong>s ou em<br />

conjunto com órgãos públicos para informar <strong>da</strong>tas, roteiros, preços,<br />

formas <strong>de</strong> pagamento etc. Tem por objetivo transformar o <strong>de</strong>sejo dos<br />

turistas em ato efetivo <strong>de</strong> compra, ou seja, em visitação. A promoção<br />

do produto turístico po<strong>de</strong> ser feita por meio do contato pessoal – um<br />

promotor abor<strong>da</strong> o cliente e apresenta o produto – ou através <strong>de</strong> ações<br />

indiretas, como a propagan<strong>da</strong>, as relações públicas e o merchandising 2 .<br />

Embora tenha como foco principal o consumidor final, a promoção também<br />

precisa ser pensa<strong>da</strong> para atingir os componentes <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> distribuição.<br />

Afinal, é ela que dá suporte ao processo <strong>de</strong> comercialização.<br />

Devemos lembrar que o produto turístico é “intangível”, portanto, não po<strong>de</strong><br />

ser tocado, provado, antes <strong>de</strong> ser consumido. Nesse sentido, é aconselhável<br />

que to<strong>da</strong> a linguagem promocional <strong>de</strong>staque os benefícios que a aquisição do<br />

serviço irá proporcionar. Isso porque, muitas vezes, se está promovendo aquilo<br />

que não se conhece e que não se po<strong>de</strong> experimentar antecipa<strong>da</strong>mente.<br />

Questões relaciona<strong>da</strong>s à promoção e à comercialização po<strong>de</strong>m ser visualiza<strong>da</strong>s<br />

na vi<strong>de</strong>oaula. Aproveite para rever as imagens do Salão Nacional<br />

<strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong>ste ano, a vitrine dos Roteiros Turísticos <strong>de</strong> nosso País.<br />

2 Grosso modo, todo o esforço <strong>de</strong> apresentação do produto ou serviço no ponto <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />

po<strong>de</strong> ser chamado <strong>de</strong> merchandising. Segundo Vaz (1999), “O conceito <strong>de</strong> merchandising<br />

tem sido muito controvertido, principalmente com relação à sua expansão para incorporar<br />

a inclusão <strong>de</strong> produtos em cenários <strong>de</strong> ficção.”<br />

79


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Instrumentos e formas <strong>de</strong> promoção<br />

<strong>de</strong> produtos turísticos<br />

É inquestionável o papel <strong>da</strong> promoção turística na aproximação entre a oferta<br />

e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> (operadoras e agências <strong>de</strong> turismo e turistas). No primeiro momento,<br />

a promoção tem a função <strong>de</strong> tornar o produto conhecido do público,<br />

motivando o consumo. Posteriormente, por meio <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> comunicação<br />

direciona<strong>da</strong>s, ela é fun<strong>da</strong>mental para manter o consumidor fiel ao produto.<br />

Essa aproximação po<strong>de</strong> ser feita por meio <strong>de</strong> diversas maneiras, tais como:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

atrair e promover eventos diversos;<br />

introduzir publicações em catálogos e folhetos específicos para os<br />

mercados-alvo;<br />

divulgar na mídia os produtos turísticos com o auxílio <strong>de</strong> um plano<br />

<strong>de</strong> relações públicas.<br />

Vejamos, mais <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente, algumas maneiras <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> um<br />

produto turístico.<br />

Material <strong>de</strong> apoio<br />

São to<strong>da</strong>s as mídias impressas ou digitais que auxiliam o processo <strong>de</strong> comercialização<br />

através <strong>da</strong> explicação, do <strong>de</strong>talhamento e <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> visual<br />

dos produtos ou serviços. A elaboração, a produção e a distribuição<br />

<strong>de</strong> material promocional e publicitário para públicos específicos são fun<strong>da</strong>mentais<br />

para a promoção <strong>de</strong> um roteiro.<br />

Esse material po<strong>de</strong> ser um folheto promocional, um brin<strong>de</strong>, um CD–ROM<br />

<strong>de</strong> apresentação do roteiro e, até mesmo, uma página <strong>da</strong> Internet.<br />

Cabe ao setor público, assim como à iniciativa priva<strong>da</strong>, a confecção <strong>de</strong>sse<br />

material <strong>de</strong> acordo com os interesses <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um. É recomendável que<br />

ca<strong>da</strong> roteiro turístico tenha um fol<strong>de</strong>r específico ou um catálogo com todos<br />

os roteiros turísticos <strong>de</strong> um Estado. Eis, então, algumas sugestões <strong>de</strong><br />

tipos <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> apoio:<br />

••<br />

material institucional: mapas turísticos, folhetos, fol<strong>de</strong>rs, catálogos,<br />

entre outros;<br />

80<br />

••<br />

material promocional e comercial: tarifário comercial, folhetos, fol<strong>de</strong>rs,<br />

cartazes, banners (peça impressa para ser fixa<strong>da</strong> verticalmente),<br />

sacolas, bolsas, camisetas, bonés, canetas, chaveiros, entre outros;


Promoção e apoio à comercialização<br />

••<br />

material especializado para a imprensa: pastas, blocos, canetas, releases,<br />

fotos e brin<strong>de</strong>s. Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuir muitos papéis, fol<strong>de</strong>rs e<br />

encartes para a imprensa. O i<strong>de</strong>al é oferecer a maior parte do material em<br />

CD-ROM ou disquete. Informações que não po<strong>de</strong>m faltar no material dos<br />

jornalistas: tarifário e <strong>da</strong>dos estatísticos e <strong>de</strong>scritivos dos roteiros turísticos.<br />

As fotos no CD-ROM <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s pelo nome do atrativo<br />

e do roteiro, ter resolução mínima <strong>de</strong> 300 DPI e autorização <strong>de</strong> uso.<br />

Os materiais institucionais, promocionais ou comerciais <strong>de</strong>vem conter alguns<br />

<strong>da</strong>dos relativos ao conteúdo, à tipologia e à tiragem, como, por exemplo:<br />

••<br />

na capa, em <strong>de</strong>staque, o nome do roteiro, do Estado e do país que<br />

o elaborou;<br />

•• <strong>de</strong>scrição do roteiro, <strong>de</strong>stacando o nome <strong>de</strong> todos os municípios<br />

contemplados, principais atrativos a serem visitados, aspectos ambientais<br />

e culturais, gastronomia típica, peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s e curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

dos <strong>de</strong>stinos, segmentos turísticos contemplados e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou<br />

práticas que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos pelo turista no roteiro;<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

mapa turístico do roteiro, ressaltando os principais atrativos, as vias<br />

<strong>de</strong> acesso e as distâncias entre os municípios;<br />

imagens atraentes, <strong>de</strong> alta resolução, que caracterizam o roteiro;<br />

o tempo médio <strong>de</strong> duração <strong>da</strong> viagem para visitar todos os atrativos;<br />

os principais <strong>de</strong>staques <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> atrativo;<br />

••<br />

contatos para a comercialização do roteiro – sítio na Internet ( site),<br />

en<strong>de</strong>reço eletrônico e telefone <strong>da</strong>(s) empresa(s) que comercializa(m)<br />

o roteiro;<br />

••<br />

contatos institucionais – sítio na Internet ( site), en<strong>de</strong>reço eletrônico<br />

do Órgão Oficial <strong>de</strong> Turismo ou centro <strong>de</strong> informações turísticas;;<br />

•• na contracapa, recomen<strong>da</strong>-se que sejam incluí<strong>da</strong>s as logomarcas <strong>da</strong>s<br />

instituições que se fizerem necessárias. Deve-se atentar para o manual<br />

<strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> marca;<br />

•• a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> material <strong>de</strong>verá ser condizente com a estimativa <strong>de</strong><br />

público que se preten<strong>de</strong> atingir durante um período específico <strong>de</strong><br />

tempo para que o material não se torne perecível diante <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças<br />

<strong>de</strong> governo e marcas, atualizações <strong>de</strong> informações e imagens etc;<br />

81


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

••<br />

recomen<strong>da</strong>-se que o material seja redigido em outros idiomas, <strong>de</strong> acordo<br />

com os mercados-alvo, em um único material ou separa<strong>da</strong>mente.<br />

Participação e promoção em<br />

feiras e eventos<br />

Consiste em participar <strong>de</strong> um evento programado para a divulgação e, até<br />

mesmo, para a comercialização <strong>de</strong> produtos e serviços, em um <strong>de</strong>terminado<br />

espaço e período, para um grupo <strong>de</strong> pessoas que são consumidores<br />

reais ou potenciais do que se está oferecendo ou divulgando. A participação<br />

em eventos regionais, estaduais, nacionais e internacionais sobre turismo<br />

po<strong>de</strong> ser uma boa forma <strong>de</strong> divulgação, principalmente se analisado<br />

o aspecto custo/benefício. Os custos estão relacionados, basicamente, ao<br />

aluguel do estan<strong>de</strong>, à elaboração do material promocional e as <strong>de</strong>spesas<br />

com locomoção, alimentação e hospe<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> equipe. Como benefício,<br />

permite a aproximação com distribuidores e turistas potenciais. Existem<br />

feiras e congressos voltados especificamente para o tra<strong>de</strong>, e outras que são<br />

volta<strong>da</strong>s para o público em geral. A participação em uma ou outra <strong>de</strong>ve<br />

ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong> comunicação traça<strong>da</strong> para o produto.<br />

Embora caiba, grosso modo, ao Órgão Oficial <strong>de</strong> Turismo coor<strong>de</strong>nar a<br />

participação em eventos cujo objetivo é promover o <strong>de</strong>stino, é fun<strong>da</strong>mental<br />

para o sucesso <strong>da</strong> iniciativa que o tra<strong>de</strong> local participe e se envolva,<br />

pois esse conjunto <strong>de</strong> agentes se constituirá como participante efetivo <strong>da</strong>s<br />

ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s e dos encontros <strong>de</strong> negócios.<br />

Tra<strong>de</strong> turístico significa o conjunto <strong>de</strong> agentes, operadores, hoteleiros<br />

e prestadores <strong>de</strong> serviços turísticos, que inclui restaurantes,<br />

bares, re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes etc.<br />

82<br />

Encontros e ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> negócios<br />

Consiste na realização <strong>de</strong> encontros comerciais agen<strong>da</strong>dos e cronometrados<br />

(ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s), ou não (encontros), entre as operadoras e os agentes <strong>de</strong><br />

turismo receptivo, durante eventos específicos, como o Salão do Turismo<br />

– Roteiros do Brasil. Visa ampliar a oferta <strong>de</strong> produtos turísticos; promover<br />

o turismo brasileiro; <strong>da</strong>r oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao mercado para os<br />

receptivos locais; favorecer a integração <strong>da</strong>s regiões turísticas, possibilitando<br />

o intercâmbio <strong>de</strong> técnicas e metodologias <strong>de</strong> trabalho; promover<br />

contatos e realizar negócios. A participação em ro<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> negócios em<br />

feiras e outros eventos <strong>da</strong> área tem obtido resultados expressivos para inserir<br />

produtos turísticos no mercado.


Promoção e apoio à comercialização<br />

Campanhas <strong>de</strong> mala direta<br />

É o envio <strong>de</strong> correspondência para informar sobre o produto e fazer com<br />

que as pessoas se interessem por ele e o procurem. A mala direta é a ferramenta<br />

mais utiliza<strong>da</strong> pela iniciativa priva<strong>da</strong> como forma <strong>de</strong> promoção<br />

<strong>de</strong> um produto, <strong>de</strong>vido ao baixo custo <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> material. No entanto,<br />

a mala direta precisa ser muito bem planeja<strong>da</strong>, para que consiga<br />

chamar a atenção do <strong>de</strong>stinatário <strong>da</strong> correspondência. Quando as malas<br />

diretas são envia<strong>da</strong>s por meio eletrônico (e–mail), a ação recebe o nome <strong>de</strong><br />

e–mail marketing. To<strong>da</strong> campanha <strong>de</strong> marketing direto <strong>de</strong>ve ser elabora<strong>da</strong><br />

em consonância com o Código <strong>de</strong> Ética que regulamenta o setor. No Brasil,<br />

a Associação Brasileira <strong>da</strong>s Empresas <strong>de</strong> Marketing Direto (ABEMD), é<br />

a instituição que trabalha em prol do <strong>de</strong>senvolvimento e aprimoramento<br />

<strong>da</strong>s técnicas e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> marketing direto, zelando pelo cumprimento<br />

do Código <strong>de</strong> Auto-Regulamentação do setor.<br />

Propagan<strong>da</strong><br />

A propagan<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como todo incentivo pago com o objetivo<br />

<strong>de</strong> divulgar produtos, serviços e idéias. A propagan<strong>da</strong> funciona como<br />

gran<strong>de</strong> iniciador <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s – uma agência divulgando seus pacotes <strong>de</strong> final<br />

<strong>de</strong> ano constitui um bom exemplo. Talvez a propagan<strong>da</strong> seja a forma mais<br />

custosa <strong>de</strong> se promover o produto turístico, porque pressupõe a compra<br />

<strong>de</strong> espaço para matérias pagas na mídia impressa e eletrônica ou <strong>de</strong> espaços<br />

para publicação <strong>de</strong> anúncios. Porém, ela se torna interessante porque<br />

permite atingir um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas ao mesmo tempo, além <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r ser direciona<strong>da</strong> a públicos específicos.<br />

Publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> é também um incentivo cujo objetivo é tornar públicos produtos,<br />

serviços, pessoas e empresas, sem custos, e gera<strong>da</strong>s muitas vezes<br />

<strong>de</strong> maneira espontânea, como notícias sobre uma região em revistas gerais<br />

ou especializa<strong>da</strong>s, documentários ou recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> roteiros em<br />

guias turísticos. Assim como nas campanhas <strong>de</strong> mala direta, existe um<br />

órgão responsável para impedir que a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> enganosa ou abusiva<br />

cause constrangimento ao consumidor ou a empresa: o Conselho <strong>de</strong> Auto–Regulamentação<br />

Publicitária (CONAR). Sem o caráter fiscalizador do<br />

CONAR, especificamente no segmento <strong>de</strong> turismo, existe a Associação<br />

Brasileira dos Jornalistas <strong>de</strong> Turismo (ABRAJET), que congrega os profissionais<br />

<strong>da</strong> imprensa especializa<strong>da</strong>, em busca <strong>da</strong> ampliação <strong>da</strong> divulgação<br />

do turismo brasileiro na mídia nacional e internacional.<br />

83


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Merchandising<br />

Merchandising compreen<strong>de</strong> ações promocionais <strong>de</strong> produtos ou serviços<br />

nos pontos-<strong>de</strong>-ven<strong>da</strong>, com o objetivo <strong>de</strong> estimular a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra<br />

mediante a exposição <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> e as facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ofereci<strong>da</strong>s. O merchandising<br />

vem sendo utilizado, também, em cenários criados <strong>de</strong> maneira propícia<br />

para a promoção dos produtos/serviços, principalmente na mídia eletrônica<br />

(por exemplo, os anúncios incluídos em falas ou cenas em programas e<br />

novelas). Por isso, essa ferramenta tem se revelado uma forma interessante<br />

<strong>de</strong> promover os <strong>de</strong>stinos. Cabe às enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo, em parceria ou não<br />

com a iniciativa priva<strong>da</strong>, fazer essa articulação junto às empresas <strong>de</strong> comunicação,<br />

com vista a incluir seu produto na gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação.<br />

Relações públicas<br />

Trata-se <strong>da</strong> política ou conjunto <strong>de</strong> ações responsáveis por manter boas<br />

relações com <strong>de</strong>terminados públicos <strong>de</strong> interesse. Consi<strong>de</strong>ram–se públicos<br />

<strong>de</strong> interesse todos aqueles com os quais a instituição se relaciona, seja<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, empresas ou governo. Quanto mais espontaneamente um<br />

<strong>de</strong>stino for citado positivamente na mídia, melhor o trabalho <strong>de</strong> relações<br />

públicas. Essa forma <strong>de</strong> promoção visa criar fatos ou situações que tenham<br />

interesse jornalístico, ganhem a cobertura <strong>da</strong> imprensa e venham a<br />

se tornar notícia. Dessa forma, consegue–se fornecer informação, transmitir<br />

conhecimento e educar o consumidor em relação ao produto.<br />

Criação <strong>de</strong> slogan, jingles, reportagens e documentários<br />

São to<strong>da</strong>s ferramentas que auxiliam a criação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> visual<br />

e auditiva do produto, serviço ou marca que se preten<strong>de</strong> comercializar.<br />

Tanto o slogan quanto os jingles são formas <strong>de</strong> divulgar e consoli<strong>da</strong>r um<br />

produto ou serviço na mente do consumidor, através <strong>da</strong> sonori<strong>da</strong><strong>de</strong>. O<br />

slogan é uma frase marcante, <strong>de</strong> poucas palavras, que serve para representar<br />

as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou características <strong>de</strong> um produto ou serviço. Os jingles<br />

são mensagens publicitárias em forma <strong>de</strong> música, geralmente simples e<br />

cativantes, fáceis <strong>de</strong> cantarolar e recor<strong>da</strong>r, cria<strong>da</strong>s e compostas para a propagan<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> marca, produto ou serviço. As reportagens<br />

são notícias sobre <strong>de</strong>terminado assunto, publica<strong>da</strong>s em jornais, sítios <strong>da</strong><br />

Internet (sites) ou difundi<strong>da</strong>s em rádio ou televisão, que servem tanto para<br />

divulgar eventos relacionados aos produtos e serviços quanto para divulgar<br />

o próprio produto.<br />

84


Promoção e apoio à comercialização<br />

Os documentários são ví<strong>de</strong>os que se caracterizam por apresentar <strong>de</strong>terminado<br />

acontecimento ou fato, mostrando a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira mais<br />

ampla e por sua extensão interpretativa. É um gênero jornalístico capaz<br />

<strong>de</strong> tratar com maior abrangência <strong>de</strong> um assunto. Por exemplo, um documentário<br />

sobre os potenciais <strong>de</strong> ecoturismo na região <strong>da</strong> Amazônia Legal<br />

po<strong>de</strong> ser um ví<strong>de</strong>o que, muitas vezes, mostra mais imagens do que palavras<br />

para po<strong>de</strong>r representar o produto, <strong>de</strong>monstrando to<strong>da</strong> sua complexi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> forma mais <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>.<br />

Marketing Eletrônico<br />

Trata-se <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> Internet como ferramenta <strong>de</strong> promoção e comercialização<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços. Embora seja uma forma <strong>de</strong> promoção<br />

recente, as diferentes ferramentas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> Internet (sítios na Internet<br />

– sites, chats, e–business, e–comerce, e–mail, links, entre outros) se estabeleceram<br />

como uns dos mais penetrantes e po<strong>de</strong>rosos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

direta com indivíduos no mercado, <strong>de</strong>vido, principalmente, à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

à comodi<strong>da</strong><strong>de</strong> para a compra <strong>de</strong> produtos e serviços. Os sítios (sites) são<br />

páginas localiza<strong>da</strong>s na Internet, que oferecem diversas informações sobre<br />

conteúdo, características e quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> produtos e serviços, explorando<br />

recursos como sons, ví<strong>de</strong>os e fotos. Po<strong>de</strong>m servir também <strong>de</strong> canal <strong>de</strong><br />

ven<strong>da</strong> através <strong>de</strong> formulários específicos <strong>de</strong> aquisição, inclusive contando<br />

com ferramentas para pagamento on–line no ato <strong>da</strong> solicitação do produto/serviço.<br />

Por intermédio dos chats e e-mails, é possível manter um diálogo<br />

quase instantâneo com o consumidor, a fim <strong>de</strong> verificar suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

solucionar problemas, comercializar produtos e serviços, garantindo<br />

maior confiança ao comprador. Por ser uma ferramenta prática, diminui<br />

os custos <strong>da</strong>s empresas e tem alto alcance <strong>de</strong> divulgação.<br />

Você já parou para pensar sobre a maneira mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a promoção<br />

e para a comercialização <strong>de</strong> seu produto turístico? Reflita sobre isto!<br />

Comercialização turística<br />

O que enten<strong>de</strong>mos por comercialização turística?<br />

Conforme vimos anteriormente, como a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística está diretamente<br />

relaciona<strong>da</strong> à prestação <strong>de</strong> um serviço, torna-se muito difícil se-<br />

85


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

parar a fase <strong>de</strong> distribuição do produto turístico <strong>da</strong> fase <strong>de</strong> comunicação.<br />

Assim, é comum que as duas fases estejam uni<strong>da</strong>s sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong><br />

comercialização turística. A comercialização turística faz parte do marketing<br />

e diz respeito às medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> levar o produto<br />

turístico ao consumidor final.<br />

Por isso, as estratégias <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s para a comercialização <strong>de</strong> um produto<br />

turístico <strong>de</strong>vem ter como objetivos:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

criar um relacionamento próximo com o mercado consumidor;<br />

<strong>de</strong>senvolver ações direciona<strong>da</strong>s para a nova reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição;<br />

garantir retorno financeiro suficiente para manter o produto competitivo<br />

e sustentável;<br />

aumentar a inserção competitiva do produto turístico brasileiro no<br />

mercado internacional;<br />

aumentar o número <strong>de</strong> operadores turísticos nacionais e internacionais<br />

que comercializam produtos turísticos brasileiros.<br />

Processo <strong>de</strong> comercialização turística<br />

Resumi<strong>da</strong>mente, o processo <strong>de</strong> comercialização turística acontece quando<br />

um operador distribui produtos turísticos às agências <strong>de</strong> turismo, que<br />

os ven<strong>de</strong>m ao consumidor final. Outros canais <strong>de</strong> comercialização colaboram<br />

com esse processo, como, por exemplo:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

ven<strong>da</strong> direta ao consumidor;<br />

ven<strong>da</strong>s feitas pela Internet;<br />

ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> passagens pelas companhias aéreas e rodoviárias.<br />

Percebe-se, portanto, que, tão importante quanto a comercialização propriamente<br />

dita, a escolha dos canais ou vias <strong>de</strong> distribuição é uma <strong>de</strong>cisão<br />

estratégica em marketing que <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar:<br />

86<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

o grau <strong>de</strong> controle do produto turístico sobre a distribuição e a ven<strong>da</strong>;<br />

a economia que ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s alternativas po<strong>de</strong> proporcionar;<br />

a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação do método escolhido a eventuais mu<strong>da</strong>nças<br />

no mercado;<br />

os hábitos <strong>de</strong> compra dos clientes.


Promoção e apoio à comercialização<br />

Porém, o mercado turístico vem sofrendo mu<strong>da</strong>nças que têm influenciado<br />

o processo <strong>de</strong> comercialização. Muitas vezes não é mais o produtor quem<br />

escolhe seus intermediários. As gran<strong>de</strong>s operadoras turísticas e agências<br />

<strong>de</strong> turismo escolhem os fornecedores <strong>de</strong> acordo com a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto<br />

e as vantagens ofereci<strong>da</strong>s, que po<strong>de</strong>rão ser repassa<strong>da</strong>s aos clientes.<br />

Além disso, a compra direta, sobretudo através <strong>da</strong> Internet, vem crescendo<br />

significativamente. Essa alteração dos métodos convencionais <strong>de</strong> comercialização<br />

está gerando uma revisão do papel <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos envolvidos.<br />

De acordo com a OMT, há dois principais grupos <strong>de</strong> fatores que <strong>de</strong>vem<br />

mol<strong>da</strong>r o turismo no futuro:<br />

••<br />

••<br />

variáveis externas: tendências <strong>de</strong>mográficas e sociais, aspectos econômicos<br />

e financeiros, tendências políticas, legislativas e regulatórias,<br />

tecnologia, transportes, mercado, segurança, além do ambiente<br />

natural e do aquecimento global.<br />

forças <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercado: são as tendências que abrangem<br />

a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, o abastecimento e a distribuição <strong>de</strong> produtos e serviços<br />

turísticos.<br />

É inquestionável que o comportamento do consumidor vem mu<strong>da</strong>ndo ao<br />

longo <strong>da</strong>s déca<strong>da</strong>s. Surgiram novas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, representa<strong>da</strong>s por motivações<br />

<strong>de</strong> viagens e expectativas que precisam ser atendi<strong>da</strong>s. O novo turista<br />

ten<strong>de</strong> a ser uma pessoa mais preocupa<strong>da</strong> com a conservação <strong>da</strong> natureza,<br />

quer participar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, quer conhecer seus costumes,<br />

viaja por uma série <strong>de</strong> razões diferentes (negócios, férias etc.), tem mais<br />

flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação aos períodos <strong>de</strong> férias e lazer (viaja mais vezes ao<br />

ano, porém em períodos mais curtos) e é mais exigente, porque é mais<br />

bem informado sobre as opções <strong>de</strong> produtos e serviços existentes.<br />

Aproveite, agora, para verificar se em seu Plano Estratégico você contempla<br />

os mais importantes requisitos que <strong>de</strong>vem compor o produto turístico.<br />

Diante <strong>de</strong>sse quadro, é necessária a elaboração <strong>de</strong> roteiros turísticos que<br />

aten<strong>da</strong>m às novas tendências do mercado. O Programa <strong>de</strong> Regionalização<br />

do Turismo – Roteiros do Brasil apresenta alguns requisitos mínimos para<br />

garantir um padrão internacional <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que aten<strong>da</strong> às mu<strong>da</strong>nças<br />

constantes do mercado, consi<strong>de</strong>rando possíveis futuros cenários. Para preencher<br />

os mais importantes requisitos, o produto turístico <strong>de</strong>ve:<br />

87


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

ser preferencialmente um produto novo, elaborado pela iniciativa priva<strong>da</strong><br />

(agências e operadoras), com o envolvimento dos agentes locais;<br />

conter estrutura física e serviços a<strong>de</strong>quados para aten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

dos turistas;<br />

fortalecer a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e promover o <strong>de</strong>senvolvimento regional;<br />

seguir os princípios <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental, sociocultural e<br />

econômica;<br />

ser composto por mais <strong>de</strong> um município e/ou distrito;<br />

permitir a visitação a todos os atrativos propostos em, aproxima<strong>da</strong>mente,<br />

cinco dias;<br />

ter todos os prestadores <strong>de</strong> serviços turísticos (agências, meios <strong>de</strong><br />

hospe<strong>da</strong>gem, guias etc.) qualificados e com ca<strong>da</strong>stro no Ministério<br />

do Turismo;<br />

ter nome com relativo apelo comercial <strong>de</strong> forma a retratar a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

local e, ao mesmo tempo, <strong>de</strong>spertar no turista a motivação<br />

para viajar;<br />

ter acesso a<strong>de</strong>quado, seja ele rodoviário, aéreo, ferroviário, marítimo,<br />

fluvial ou lacustre, <strong>de</strong> acordo com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem pratica<strong>da</strong>s<br />

e os segmentos contemplados.<br />

Para melhor visualização <strong>da</strong>s forças <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça no sistema turístico,<br />

consulte a Figura 20 – Forças <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça no sistema turístico, disponível<br />

em nosso AVEA.<br />

Sistema <strong>de</strong> distribuição do<br />

produto turístico<br />

Segundo Cobra (1997), o canal ou via <strong>de</strong> distribuição consiste em um<br />

número <strong>de</strong> organizações ou <strong>de</strong> indivíduos que se encarregam <strong>de</strong> levar o<br />

produto ou serviço ao local on<strong>de</strong> o comprador potencial se encontra, em<br />

tempo e momento convenientes a esses compradores.<br />

88<br />

O sistema <strong>de</strong> distribuição compõe-se basicamente <strong>de</strong> dois canais: um direto<br />

– aquele em que o turista se <strong>de</strong>sloca para consumir o produto ou<br />

serviço turístico sem passar por nenhum intermediário que faça a ven<strong>da</strong>,<br />

também chamado <strong>de</strong> autoguiado; e outro indireto.


Promoção e apoio à comercialização<br />

Ao fazer uso do canal indireto, também chamado agenciado, o turista procura<br />

um intermediário que fará a ven<strong>da</strong> do serviço que ele irá consumir<br />

posteriormente. As empresas que funcionam como intermediárias na comercialização<br />

<strong>de</strong> produtos turísticos regionais po<strong>de</strong>m ser:<br />

••<br />

••<br />

Operadores <strong>de</strong> turismo: representam empresas que têm como função<br />

principal a montagem <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> viagem, com serviço <strong>de</strong><br />

transporte, acomo<strong>da</strong>ção, atrativos e, eventualmente, alimentação.<br />

São também conhecidos como atacadistas, pois fazem a negociação<br />

<strong>da</strong> compra dos serviços diretamente com os produtores, visando à<br />

obtenção <strong>de</strong> preços diferenciados. Na maioria <strong>da</strong>s vezes, não fazem<br />

a ven<strong>da</strong> para o público final. Passam os pacotes para os agentes <strong>de</strong><br />

viagem que, por sua vez, comercializam o produto. Existem operadores<br />

que trabalham com segmentos específicos, como o ecoturismo,<br />

o turismo <strong>de</strong> aventura, o turismo náutico, entre outros.<br />

Agentes <strong>de</strong> turismo: representam empresas que ven<strong>de</strong>m comissiona<strong>da</strong>mente<br />

pacotes turísticos, passagens áreas, esta<strong>da</strong>s em hotéis e<br />

excursões para o turista que quer <strong>de</strong>ixar seu local <strong>de</strong> origem. Quando<br />

oferecem serviços nos locais on<strong>de</strong> estão estabeleci<strong>da</strong>s, são conheci<strong>da</strong>s<br />

como agências <strong>de</strong> viagens receptivas. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s agências<br />

<strong>de</strong> turismo são regulamenta<strong>da</strong>s pela Lei 6.505, <strong>de</strong> 15/12/1975,<br />

e pelo Decreto 84.934, <strong>de</strong> 21/07/1980.<br />

Algumas <strong>da</strong>s funções <strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> distribuição, segundo Cobra (2001), são:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

prover o produtor <strong>de</strong> informações que facilitem e agilizem a toma<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, principalmente em relação à política comercial;<br />

<strong>de</strong>senvolver e implantar, através <strong>de</strong> promoções, uma comunicação<br />

convincente para estimular as ven<strong>da</strong>s;<br />

manter o produtor sempre em contato direto com os clientes<br />

potenciais.<br />

Para efetivar o processo <strong>de</strong> comercialização, é necessário que o produtor<br />

escolha os métodos e os canais <strong>de</strong> distribuição que irá utilizar, organizando<br />

o processo <strong>de</strong> distribuição e ven<strong>da</strong> e <strong>de</strong>finindo as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>da</strong>rão<br />

apoio à promoção e à comercialização.<br />

89


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Para melhor visualização dos processos <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> produtos<br />

turísticos, consulte a Figura 21 – Processo <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> produtos turísticos<br />

– Agenciado e a Figura 22 – Processo <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> produtos<br />

turísticos – Autoguiado, ambas disponíveis em nosso AVEA.<br />

A política <strong>de</strong> preço<br />

Cobra (2001) afirma que o preço é uma <strong>da</strong>s ferramentas mais importantes<br />

do marketing, pois po<strong>de</strong> estimular a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> serviços e produtos e ain<strong>da</strong><br />

exercer um efeito persuasivo sobre o comprador <strong>de</strong> turismo e viagens.<br />

A elaboração do preço em turismo sofre a influência <strong>de</strong> diversos fatores,<br />

como os objetivos <strong>da</strong> política <strong>de</strong> preços, questões legais e <strong>de</strong> regulamentação,<br />

custos <strong>de</strong> produção etc. Vale ressaltar, porém, que a estratégia <strong>de</strong><br />

preço adota<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser um dos fatores condicionantes <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Para o turista, a forma <strong>de</strong> visualizar o preço <strong>de</strong> um produto turístico é<br />

através do pacote turístico. Por isso, para que o <strong>de</strong>stino seja competitivo,<br />

seu custo final precisa estar em um patamar <strong>de</strong> preço a<strong>de</strong>quado ao tipo <strong>de</strong><br />

público que a locali<strong>da</strong><strong>de</strong> atrai. Muitas vezes, para que a inclusão <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

em pacotes turísticos seja viável, é necessária a intervenção do setor<br />

público como agente <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação dos interesses dos diversos setores<br />

que compõem o tra<strong>de</strong>.<br />

Por último, é importante que, antes <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição do preço final, seja feito<br />

um levantamento do impacto dos preços no comportamento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>,<br />

acerca do preço praticado pelos principais concorrentes e, além disso,<br />

do diferencial agregado ao produto oferecido.<br />

Como já afirmado anteriormente, todo produto turístico tem um ciclo<br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Torna-se imprescindível o estabelecimento <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong><br />

preço diferencia<strong>da</strong> para ca<strong>da</strong> estágio do ciclo, a saber:<br />

••<br />

estágio 1 – Como este estágio é o início <strong>de</strong> tudo (momento <strong>da</strong> formatação<br />

do produto), esse é o momento <strong>de</strong> se <strong>de</strong>finir qual a estratégia<br />

<strong>de</strong> preço <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />

90<br />

••<br />

estágio 2 – Neste estágio, o consumidor ain<strong>da</strong> não conhece o produto,<br />

logo não tem parâmetro <strong>de</strong> comparação com a concorrência.<br />

Como esse é um momento <strong>de</strong> lançamento, se associado a uma<br />

imagem <strong>de</strong> produto inovador e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o preço po<strong>de</strong> ser mais<br />

elevado que a média.


Promoção e apoio à comercialização<br />

••<br />

estágio 3 – Neste estágio, há um gran<strong>de</strong> aumento do volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s.<br />

O preço chega ao seu limite máximo e passa, então, a ser mo<strong>de</strong>rado<br />

para fazer frente à concorrência.<br />

••<br />

estágio 4 – O volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> já não cresce tão vertiginosamente e<br />

po<strong>de</strong>, até mesmo, chegar a ser negativo. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa que<strong>da</strong> no<br />

fluxo turístico, os preços acabam por diminuir, tornando-se baixos.<br />

Isso po<strong>de</strong> gerar uma mu<strong>da</strong>nça no perfil <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e, conseqüentemente,<br />

na imagem do <strong>de</strong>stino.<br />

••<br />

estágio 5 – Como o mercado não se recupera, a tendência é <strong>de</strong> que<br />

os preços sejam ain<strong>da</strong> mais baixos para tentar motivar a compra.<br />

Muitas vezes, essa estratégia leva ao término do ciclo, pois os custos<br />

acabam superando as receitas, gerando prejuízos sucessivos.<br />

I<strong>de</strong>ntificação dos principais agentes<br />

e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> competências e funções<br />

no processo <strong>de</strong> promoção e<br />

comercialização <strong>de</strong> roteiros turísticos<br />

Sabemos que o Programa <strong>de</strong> Regionalização do Turismo – Roteiros do<br />

Brasil conta com a participação <strong>de</strong> diferentes atores envolvidos na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

turística, como instituições ou segmentos ligados tanto aos po<strong>de</strong>res<br />

públicos municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral, quanto à iniciativa priva<strong>da</strong>, organizações<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil e a própria comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Nesse sentido, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s competências e funções dos diferentes<br />

agentes envolvidos no processo <strong>de</strong> promoção é fun<strong>da</strong>mental para <strong>de</strong>finir<br />

quem fará e como fará o planejamento, o <strong>de</strong>senvolvimento e a implementação<br />

do plano <strong>de</strong> negócios do produto turístico.<br />

As competências e funções <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> instituição ou segmento envolvido<br />

no processo, conforme as Diretrizes Operacionais do Programa <strong>de</strong> Regionalização<br />

do Turismo, po<strong>de</strong>m ser consulta<strong>da</strong>s no Quadro <strong>de</strong> Competências<br />

8, disponível em nosso AVEA.<br />

91


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Plano <strong>de</strong> negócios do produto turístico<br />

Como vimos anteriormente, antes <strong>de</strong> fomentarmos as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção<br />

e comercialização <strong>de</strong>vemos nos preocupar em estruturar o produto<br />

turístico que preten<strong>de</strong>mos comercializar, <strong>de</strong> modo a analisar sua<br />

viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica, ambiental e sociocultural. Como a ligação entre<br />

riscos e lucros é direta e proporcional, isto é, maiores riscos normalmente<br />

representam maiores lucros, <strong>de</strong>vemos buscar investimentos cujas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> lucro sejam as maiores, com os menores riscos. Dentre os<br />

instrumentos tidos como primordiais para a redução dos riscos <strong>de</strong>staca-se<br />

o planejamento, que tornou-se uma ferramenta importante na administração<br />

<strong>de</strong> uma instituição, produto ou <strong>de</strong>stino turístico.<br />

Mas o que po<strong>de</strong>mos, então, enten<strong>de</strong>r por planejamento?<br />

O planejamento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como o ato <strong>de</strong> especificar<br />

<strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente o que será feito, por quem, para quem, como,<br />

com o que e quando, para atingir os objetivos propostos.<br />

Esta Seção sintetiza as fases e a importância <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong><br />

negócios como elemento <strong>de</strong> estimativa do lucro <strong>de</strong> um roteiro turístico,<br />

assim como dos riscos envolvidos.<br />

O que é o plano <strong>de</strong> negócios<br />

O plano <strong>de</strong> negócios é um documento que contém as idéias iniciais sobre<br />

o produto que se <strong>de</strong>seja comercializar, ou sobre a expansão que se <strong>de</strong>seja<br />

fazer <strong>de</strong> um produto já comercializado, neste caso, um roteiro turístico.<br />

A partir <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> negócios é possível fazer uma avaliação prévia,<br />

evitando o gasto <strong>de</strong> tempo e dinheiro num investimento que talvez não<br />

resista a uma análise mais apura<strong>da</strong>.<br />

Por que <strong>de</strong>ve ser feito?<br />

Há, pelo menos, duas fortes razões para se elaborar um plano <strong>de</strong> negócios.<br />

A primeira é a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se avaliar a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> operação do<br />

roteiro turístico, quando algumas reflexões <strong>de</strong>vem ser feitas:<br />

92<br />

••<br />

Será que se trata <strong>de</strong> uma boa iniciativa?


Promoção e apoio à comercialização<br />

••<br />

••<br />

••<br />

A rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> conta com uma boa margem <strong>de</strong> risco?<br />

Quanto tempo irá <strong>de</strong>morar o retorno do capital investido?<br />

Quais os riscos envolvidos?<br />

••<br />

Há sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou seja, há oscilações <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s ao longo do ano?<br />

••<br />

••<br />

Existem barreiras na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> novos concorrentes no mercado?<br />

O controle governamental é rígido neste setor <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>?<br />

A segun<strong>da</strong> importante razão para a elaboração do plano <strong>de</strong> negócios para<br />

um roteiro turístico é que ele facilita o convencimento <strong>de</strong> terceiros acerca<br />

<strong>da</strong> viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do negócio e, conseqüentemente, torna mais fácil a obtenção<br />

<strong>de</strong> capital <strong>de</strong> terceiros para o financiamento do investimento, caso isto<br />

seja necessário. Quem empresta recursos <strong>de</strong>seja, além <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, um mínimo <strong>de</strong> segurança sobre o retorno do investimento.<br />

Alocar recursos em projetos cujo retorno se mostre incerto ou com elevados<br />

riscos potenciais é problemático e força a cobrança <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juros<br />

mais eleva<strong>da</strong>s do que as pratica<strong>da</strong>s pelo mercado. Em resumo, um bom<br />

plano <strong>de</strong> negócios po<strong>de</strong> significar retorno financeiro mais rápido e com<br />

custos baixos.<br />

Você já elaborou um plano <strong>de</strong> negócios a fim <strong>de</strong> verificar a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

operação <strong>de</strong> seu roteiro turístico?<br />

Quando <strong>de</strong>ve ser elaborado<br />

Um plano <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>ve ser elaborado antes <strong>de</strong> se implementar o roteiro<br />

turístico. No Plano, é necessário <strong>de</strong>talhar o negócio, as fases <strong>de</strong> implantação<br />

e verificar sua coerência, o que impe<strong>de</strong> o gasto ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong><br />

investimentos e <strong>de</strong> tempo. A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pela elaboração dos Planos<br />

<strong>de</strong> Negócios do produto/roteiro turístico é <strong>da</strong> iniciativa priva<strong>da</strong>, que os<br />

cria <strong>de</strong> acordo com a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica e sociocultural.<br />

93


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Como se faz um plano <strong>de</strong> negócios para um roteiro<br />

turístico<br />

O plano <strong>de</strong> negócios analisa as principais virtu<strong>de</strong>s do produto a ser oferecido,<br />

suas fraquezas, as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as ameaças ao seu bom <strong>de</strong>sempenho.<br />

A análise contempla tanto o ambiente externo ao roteiro quanto<br />

os fatores internos. A técnica ain<strong>da</strong> é utiliza<strong>da</strong> basicamente pelo setor privado,<br />

mas já começa a ser usa<strong>da</strong> pelo setor público e pelas organizações<br />

sociais do país.<br />

A partir <strong>da</strong> observação <strong>da</strong>s singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s do produto turístico, sugerimos<br />

alguns tópicos a serem consi<strong>de</strong>rados na elaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong><br />

negócios <strong>de</strong> um roteiro turístico, além <strong>de</strong> algumas perguntas que <strong>de</strong>vem<br />

subsidiar sua elaboração. Preste bastante atenção a esses tópicos, que<br />

serão trabalhados a seguir.<br />

Definição do produto<br />

O produto ou serviço <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finido com muita clareza.<br />

Para saber mais sobre este tópico, recomen<strong>da</strong>mos a leitura do Módulo Operacional<br />

7 – Roteirização Turística, disponível em nossa Biblioteca Virtual.<br />

Definição do mercado atual e potencial<br />

••<br />

Quais mercados já consomem o produto?<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Quem po<strong>de</strong> vir a consumi–lo?<br />

Qual a origem do consumidor?<br />

O que ele compra e com que freqüência compra?<br />

Como e on<strong>de</strong> ele compra – por meio <strong>de</strong> agências e operadoras, diretamente<br />

com os fornecedores, pela Internet?<br />

Quais são as novas tendências?<br />

94


Promoção e apoio à comercialização<br />

Análise ambiental<br />

••<br />

Dados secundários (<strong>da</strong>dos socioeconômicos);<br />

••<br />

Levantamento <strong>de</strong> leis, cultura, socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, ciência e tecnologia, economia<br />

local etc.<br />

Análise <strong>da</strong> concorrência<br />

••<br />

Quem são os concorrentes? Quantos são?<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

On<strong>de</strong> eles estão?<br />

Quais são as vantagens competitivas do produto diante <strong>da</strong> concorrência?<br />

Qual o alcance e eficácia dos canais <strong>de</strong> distribuição do produto?<br />

Quais são os fornecedores concorrentes?<br />

Quais as barreiras para novos empreen<strong>de</strong>dores no mercado?<br />

Quais as características dos produtos <strong>da</strong> concorrência que satisfazem<br />

o mercado-alvo?<br />

A concorrência é especialista (segmenta<strong>da</strong>) ou oferece varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s?<br />

Análise financeira<br />

•• Qual o investimento necessário e o capital <strong>de</strong> giro? Quando haverá<br />

retorno do capital investido? Há margem para imprevistos na rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

espera<strong>da</strong>? De quanto?<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Qual a estratégia <strong>de</strong> preço do concorrente?<br />

Como é seu preço em relação ao concorrente?<br />

Que margens <strong>de</strong> lucro o concorrente pratica?<br />

O negócio do concorrente é lucrativo?<br />

Estratégias promocionais<br />

•• Definir os objetivos e metas a serem alcançados;<br />

••<br />

••<br />

i<strong>de</strong>ntificar o tipo <strong>de</strong> divulgação a ser empreendi<strong>da</strong>;<br />

<strong>de</strong>limitar a área <strong>de</strong> abrangência e conhecer os possíveis parceiros e<br />

agentes envolvidos;<br />

95


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

••<br />

••<br />

informar-se acerca <strong>da</strong> maneira como a concorrência faz a propagan<strong>da</strong>;<br />

informar-se acerca do valor gasto pela concorrência em propagan<strong>da</strong>.<br />

Análise estratégica<br />

Po<strong>de</strong>mos dividir a análise estratégica em dois tópicos:<br />

1.<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

2.<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

I<strong>de</strong>ntificar os riscos:<br />

O negócio a ser montado tem custos fixos muito altos?<br />

A concorrência está crescendo? Caso esteja estagna<strong>da</strong>, qual o motivo?<br />

Há sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> nas compras do seu produto? Como essa sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

afeta seu negócio?<br />

A margem <strong>de</strong> lucro do seu negócio é alta?<br />

Qual o po<strong>de</strong>r que seus fornecedores têm sobre o seu negócio? Existem<br />

poucos fornecedores?<br />

Qual o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> escolha dos clientes? Eles têm muitas opções? Os<br />

custos <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informações e <strong>de</strong>slocamento são baixos e permitem<br />

aos clientes escolher produtos concorrentes livremente?<br />

Qual o panorama econômico para os próximos cinco anos? Como<br />

ele vai afetar o seu negócio?<br />

I<strong>de</strong>ntificação e análise <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s (facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s):<br />

O que falta ao consumidor?<br />

O que levaria o consumidor a se interessar e a comprar alguma coisa?<br />

O que po<strong>de</strong>ria aju<strong>da</strong>r as pessoas a realizar seus objetivos e sonhos<br />

<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>?<br />

O que po<strong>de</strong>ria mu<strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas?<br />

Controle governamental<br />

•• Há controle por parte dos órgãos governamentais sobre o produto?<br />

96<br />

••<br />

••<br />

Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> licenciamento para aprovação?<br />

Qual o investimento necessário para aten<strong>de</strong>r às leis?


Promoção e apoio à comercialização<br />

Plano <strong>de</strong> marketing<br />

O plano <strong>de</strong> marketing po<strong>de</strong>rá aumentar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do roteiro em manter–<br />

se em sintonia com os <strong>de</strong>sejos e as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do turista. Um bom plano<br />

<strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>ve expor a forma pela qual tal sintonia será procura<strong>da</strong>:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

Qual a estratégia <strong>de</strong> comunicação para se ven<strong>de</strong>r o produto?<br />

Qual mídia será utiliza<strong>da</strong>?<br />

Qual o custo e a freqüência que serão compatíveis com a dimensão<br />

do negócio?<br />

Quais as marcas dos produtos?<br />

Basicamente, antes <strong>de</strong> se elaborar um plano <strong>de</strong> marketing, é preciso compreen<strong>de</strong>r<br />

a análise situacional do produto em relação ao mercado que se<br />

preten<strong>de</strong> atingir. Isso po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificado ao longo do levantamento e <strong>da</strong><br />

análise <strong>da</strong>s informações cita<strong>da</strong>s nos tópicos anteriores.<br />

Para saber mais sobre este tópico, recomen<strong>da</strong>mos a consulta <strong>da</strong> Figura<br />

23 – Sistema <strong>de</strong> marketing e <strong>da</strong> Figura 24 – Estrutura <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> marketing,<br />

ambas disponíveis em nosso AVEA.<br />

A elaboração <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> marketing tem como propósito os seguintes<br />

benefícios:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

permitir uma visão clara <strong>da</strong> missão e objetivos que <strong>de</strong>vem ser estabelecidos<br />

e que po<strong>de</strong>m ser transmitidos àqueles que vão administrar<br />

o plano;<br />

<strong>de</strong>finir tarefas e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo a facilitar a toma<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões;<br />

<strong>de</strong>finir, para medir o progresso do produto, metas quantitativas e<br />

qualitativas, a saber:<br />

1. quantitativas – número <strong>de</strong> turistas <strong>de</strong>sejados, receita turística prevista,<br />

empregos gerados através do turismo etc;<br />

2. qualitativas – nível <strong>de</strong> satisfação dos turistas e <strong>da</strong> população local<br />

em relação ao turismo.<br />

97


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

••<br />

minimizar riscos através <strong>da</strong> análise do ambiente interno e externo,<br />

uma vez que é possível i<strong>de</strong>ntificar pontos fortes e fracos que serão<br />

trabalhados a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> forma a criar equilíbrio; potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e ameaças <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s;<br />

••<br />

examinar formas <strong>de</strong> atingir os diferentes segmentos <strong>de</strong> marketing.<br />

Isso permite estabelecer priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e diferenciar estratégias <strong>de</strong> mix<br />

<strong>de</strong> marketing;<br />

••<br />

permitir a análise do planejamento <strong>de</strong> marketing relativo ao produto<br />

ou ao serviço, <strong>de</strong> forma a estabelecer parâmetros <strong>de</strong> comparação<br />

entre estratégias adota<strong>da</strong>s no passado e sua efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

••<br />

auxiliar no estabelecimento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> longo prazo.<br />

Em termos práticos, as vantagens advin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> adoção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong><br />

marketing são:<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

••<br />

a diminuição <strong>da</strong> sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>;<br />

a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> oferta ao público–alvo;<br />

a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> papéis no mercado;<br />

o estímulo ao consumo;<br />

o posicionamento ou reposicionamento do produto no mercado;<br />

a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na distribuição do produto – aproximação entre a oferta<br />

e <strong>de</strong>man<strong>da</strong>;<br />

a economia <strong>de</strong> recursos, pois se evitam <strong>de</strong>sperdícios;<br />

a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> nas ações, o que propicia direcionamento nos aspectos<br />

mais importantes;<br />

o estímulo à cooperação e à integração.<br />

A elaboração do plano po<strong>de</strong> incluir parcerias com empresas <strong>de</strong> consultoria<br />

turística ou mercadológica, agências <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>, agências <strong>de</strong> relações<br />

públicas, empresas especializa<strong>da</strong>s em produzir materiais <strong>de</strong> divulgação e<br />

merchandising, escritórios <strong>de</strong> representações e negócios, entre outros. Esse<br />

tipo <strong>de</strong> parceria é muito utilizado por contar com a experiência <strong>de</strong> profissionais<br />

externos, que ten<strong>de</strong>m a ter uma visão mais abrangente do que<br />

aqueles diretamente envolvidos no processo.<br />

98


Promoção e apoio à comercialização<br />

No plano <strong>de</strong> marketing, há uma série <strong>de</strong> ações que po<strong>de</strong>m ser executa<strong>da</strong>s.<br />

Sobre este tópico, consulte a Figura 25 – Funções <strong>de</strong> marketing, disponível<br />

em nosso AVEA.<br />

É importante ressaltar que as ações <strong>de</strong> marketing não planeja<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m<br />

gerar mais prejuízos do que benefícios, principalmente, quando as ações<br />

não respeitam os princípios <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental e sociocultural.<br />

Devem-se evitar campanhas agressivas que po<strong>de</strong>m trazer fluxos <strong>de</strong> turistas<br />

in<strong>de</strong>sejáveis, atentar para a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte do <strong>de</strong>stino antes<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir objetivos e metas e jamais retratar a oferta turística existente<br />

mais atrativa do que na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é, evitando frustrações ao turista como a<br />

divulgação <strong>de</strong> equipamentos em falta <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> uso ou com preços<br />

acima do esperado.<br />

O acompanhamento sistêmico e continuado <strong>da</strong> implementação dos planos<br />

<strong>de</strong> negócios e <strong>de</strong> marketing, assim como seus eventos <strong>de</strong> monitoria e<br />

avaliação, <strong>de</strong>vem ser orientados por um Sistema <strong>de</strong> Monitoria e Avaliação,<br />

elaborado conjuntamente pela Instância <strong>de</strong> Governança Regional e o setor<br />

privado. Entretanto, para a implementação <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> acompanhamento<br />

e monitoria é necessário que sejam incluídos os indicadores específicos<br />

a serem monitorados e avaliados como, por exemplo, retorno por<br />

Real (R$) investido em ações promocionais, aumento <strong>de</strong> fluxo turístico,<br />

rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos empreendimentos turísticos etc.<br />

Acesse o AVEA e participe do Fórum <strong>de</strong> Conteúdo 10 relativo ao tema do<br />

Marketing. Contribua com o seu conhecimento e faça parte <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong>!<br />

99


Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> 2<br />

Resumo<br />

Você viu nesta Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> que a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística está diretamente relaciona<strong>da</strong><br />

à prestação <strong>de</strong> serviço. Viu, também, que o produto turístico difere <strong>de</strong><br />

outros produtos por possuir aspectos tangíveis e intangíveis. Vale salientar<br />

que, para fins <strong>de</strong> comercialização, todos os produtos e serviços possuem<br />

ciclos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> no mercado em que se inserem: pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento;<br />

introdução; crescimento; maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou saturação; <strong>de</strong>clínio.<br />

Vimos, também, que o marketing é formado por um conjunto <strong>de</strong> variáveis<br />

controláveis que influenciam a maneira com que os consumidores respon<strong>de</strong>m<br />

ao mercado, são elas: produto, preço, praça (distribuição) e promoção;<br />

e que a comercialização turística está relaciona<strong>da</strong> ao marketing e diz<br />

respeito às medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> levar o produto turístico ao<br />

consumidor final. Neste processo <strong>de</strong> promoção e comercialização do produto<br />

turístico, é fun<strong>da</strong>mental verificar a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômica, ambiental<br />

e sociocultural <strong>de</strong>ste produto, a fim <strong>de</strong> evitar riscos em relação aos lucros.<br />

Este é, portanto, o final <strong>de</strong>ste livro e, com ele, você teve a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprofun<strong>da</strong>r os conhecimentos acerca dos seguintes conteúdos: roteirização<br />

turística e promoção e apoio à comecialização. No próximo livro, serão<br />

abor<strong>da</strong>dos os seguintes temas: Sistema <strong>de</strong> Informações Turísticas e Sistema<br />

<strong>de</strong> Monitoria e Avaliação do Programa.<br />

100


Glossário<br />

Atrativos turísticos – locais, objetos, equipamentos, pessoas, fenômenos,<br />

eventos ou manifestações capazes <strong>de</strong> motivar o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> pessoas<br />

para conhecê–los. Os atrativos turísticos po<strong>de</strong>m ser naturais, culturais,<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, eventos programados e realizações técnicas, científicas<br />

e artísticas.<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga ou <strong>de</strong> suporte – o nível ótimo (máximo aceitável)<br />

<strong>de</strong> uso que uma área po<strong>de</strong> receber com alto nível <strong>de</strong> satisfação para os<br />

usuários (turistas, visitantes) e mínimos efeitos negativos sobre os recursos<br />

(Mtur, 2005).<br />

Deman<strong>da</strong> efetiva – quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços efetivamente<br />

consumidos.<br />

Deman<strong>da</strong> potencial – quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços que po<strong>de</strong>m vir a ser<br />

consumidos em face <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado nível <strong>de</strong> oferta e <strong>da</strong> existência <strong>de</strong><br />

fatores facilitadores.<br />

Deman<strong>da</strong> turística – quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens e serviços consumidos em um <strong>da</strong>do<br />

período, em <strong>de</strong>terminado local, e por um <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong> turistas.<br />

Destino turístico – local, ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, região ou país para on<strong>de</strong> se movimentam<br />

os fluxos turísticos.<br />

Equipamentos e serviços turísticos – conjunto <strong>de</strong> serviços, edificações e<br />

instalações indispensáveis ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística e que<br />

existem em função <strong>de</strong>sta. Compreen<strong>de</strong>m os serviços e os equipamentos <strong>de</strong><br />

hospe<strong>da</strong>gem, alimentação, agenciamento, transporte, eventos, lazer etc.<br />

Famtour - Essa forma <strong>de</strong> promoção tem como objetivo familiarizar e encantar<br />

o distribuidor do produto turístico. Consiste em convi<strong>da</strong>r agentes<br />

<strong>de</strong> viagem para visitar o <strong>de</strong>stino, para que conheçam o local e saibam o<br />

que estão oferecendo ao cliente.<br />

Fluxo turístico – todo e qualquer <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> turistas<br />

que se movimenta <strong>de</strong> uma direção a outra, unidirecionalmente, num<br />

contexto espaço–temporal <strong>de</strong>limitado, com um ponto comum <strong>de</strong> emissão<br />

e um ou vários pontos <strong>de</strong> recepção.<br />

101


Infra–estrutura <strong>de</strong> apoio ao turismo – conjunto <strong>de</strong> obras, <strong>de</strong> estrutura<br />

física e serviços, que proporciona boas condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e dá base para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística: sistemas<br />

<strong>de</strong> transportes, energia elétrica, serviço <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, arruamento,<br />

sistema <strong>de</strong> comunicação, sistema educacional etc.<br />

Marketing – conjunto <strong>de</strong> técnicas utiliza<strong>da</strong>s para a comercialização e distribuição<br />

<strong>de</strong> um produto entre diferentes consumidores (Balanzá, et al, 2003).<br />

Marketing estratégico – é <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos níveis hierárquicos<br />

mais altos. Compreen<strong>de</strong> a formulação dos objetivos, seleção <strong>da</strong>s ações,<br />

observando o ambiente externo e interno. De maior prazo, amplitu<strong>de</strong> e<br />

risco. De menor flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Marketing operacional – formalização dos objetivos <strong>de</strong>finidos no marketing<br />

estratégico. Planos <strong>de</strong> ação ou operacionais.<br />

Marketing turístico – conjunto <strong>de</strong> técnicas estatísticas, econômicas, sociológicas<br />

e psicológicas, utiliza<strong>da</strong>s para estu<strong>da</strong>r e conquistar o mercado, mediante<br />

lançamento planejado <strong>de</strong> produtos, consistindo numa estratégia dos produtos<br />

para a<strong>de</strong>quar seus recursos às novas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o mercado oferece.<br />

Mercado turístico – o encontro e a relação entre a oferta <strong>de</strong> produtos e<br />

serviços turísticos e a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, individual ou coletiva, interessa<strong>da</strong> e motiva<strong>da</strong><br />

pelo consumo e o uso <strong>de</strong>stes produtos e serviços.<br />

Oferta turística – conjunto <strong>de</strong> atrativos turísticos, serviços e equipamentos<br />

e to<strong>da</strong> infra–estrutura <strong>de</strong> apoio ao turismo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong>stino<br />

turístico, utilizados em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s turísticas.<br />

Press trips – Trata-se <strong>de</strong> um arranjo inteiramente <strong>de</strong> negócios, em que<br />

uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> investe tempo e dinheiro para trazer jornalistas e/ou fotógrafos<br />

(imprensa) para visitar um atrativo ou <strong>de</strong>stino. Na volta para casa,<br />

espera–se que os participantes ven<strong>da</strong>m histórias e imagens sobre a esta<strong>da</strong>.<br />

Este é um instrumento que po<strong>de</strong> ser utilizado para conseguir publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

positiva para os roteiros turísticos.<br />

Produto turístico – conjunto <strong>de</strong> atrativos, equipamentos e serviços turísticos<br />

acrescidos <strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ofertado <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong> por um <strong>de</strong>terminado<br />

preço. Rotas, roteiros e <strong>de</strong>stinos turísticos po<strong>de</strong>m se constituir<br />

em produtos turísticos, por exemplo.<br />

102<br />

Promoção turística – processo que dá suporte à comercialização turística<br />

através <strong>da</strong> divulgação <strong>de</strong> serviço ou produto visando criar uma imagem<br />

positiva junto ao mercado consumidor.


Região turística – é o espaço geográfico que apresenta características e<br />

potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s similares e complementares, capazes <strong>de</strong> serem articula<strong>da</strong>s<br />

e que <strong>de</strong>finem um território, <strong>de</strong>limitado para fins <strong>de</strong> planejamento e gestão.<br />

Assim, a integração <strong>de</strong> municípios <strong>de</strong> um ou mais estados ou <strong>de</strong> um<br />

ou mais países po<strong>de</strong> constituir uma região turística.<br />

Rota turística – percurso continuado e <strong>de</strong>limitado cuja i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> é reforça<strong>da</strong><br />

ou atribuí<strong>da</strong> pela utilização turística.<br />

Roteiro turístico – itinerário caracterizado por um ou mais elementos<br />

que lhe conferem i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>finido e estruturado para fins <strong>de</strong> planejamento,<br />

gestão, promoção e comercialização turística.<br />

Sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> – característica <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística que consiste na concentração<br />

<strong>da</strong>s viagens em períodos <strong>de</strong>terminados (férias, feriados prolongados)<br />

e para o mesmo tipo <strong>de</strong> região (verão – praia; inverno – montanha/<br />

interior); alta e baixa tempora<strong>da</strong> ou ocupação.<br />

Segmentação – a segmentação é entendi<strong>da</strong> como uma forma <strong>de</strong> organizar<br />

o turismo para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão e mercado. Os diferentes<br />

segmentos são estabelecidos a partir dos elementos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> oferta<br />

<strong>de</strong> serviços e atrativos turísticos e <strong>da</strong> variação <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por esses<br />

elementos.<br />

Segmentos turísticos – a segmentação é entendi<strong>da</strong> como uma forma <strong>de</strong><br />

organizar o turismo para fins <strong>de</strong> planejamento, gestão e mercado. Os diferentes<br />

segmentos são estabelecidos a partir dos elementos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> serviços e atrativos turísticos e <strong>da</strong> variação <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por<br />

esses elementos.<br />

Tra<strong>de</strong> turístico – conjunto <strong>de</strong> agentes, operadores, hoteleiros e prestadores<br />

<strong>de</strong> serviços turísticos, que incluem restaurantes, bares, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

transporte etc.<br />

103


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http://www.sol.sc.gov.br<br />

Turisme <strong>de</strong> Barcelona<br />

http://www.barcelonaturisme.com<br />

107


Ven<strong>da</strong> Proibi<strong>da</strong><br />

Ministério<br />

do Turismo

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