Projeto Educativo Academia de Musica de S. Joao da Madeira
Projeto Educativo Academia de Musica de S. Joao da Madeira (Revisão de 24/11/2014)
Projeto Educativo Academia de Musica de S. Joao da Madeira (Revisão de 24/11/2014)
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
ACADEMIA DE MÚSICA DE S. JOÃO DA MADEIRA<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> – 2014/2017<br />
1. Introdução<br />
Qualquer organização, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> sua natureza e dimensão, necessita<br />
<strong>de</strong> um plano estratégico que partindo do diagnóstico <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> atual, a projete<br />
no futuro.<br />
Este documento será tanto mais útil e eficaz quanto mais fielmente reflita a<br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> presente e aju<strong>de</strong> todos os intervenientes (alunos, docentes, pais e<br />
parceiros) a articular saberes, conjugar energias, convergir vonta<strong>de</strong>s, reunir<br />
esforços rumo a um futuro sustentável.<br />
Embora conscientes <strong>de</strong> que a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> é una e funciona como um<br />
todo, enten<strong>de</strong>u-se que, para uma melhor compreensão e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> execução,<br />
<strong>de</strong>veriam ser <strong>de</strong>finidos eixos estratégicos: Serviço <strong>Educativo</strong>; Organização;<br />
Equipamentos/ instalações /financiamento; relação com o meio<br />
(comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa /ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural).<br />
Sem dúvi<strong>da</strong> que o eixo estratégico mais importante é o serviço educativo pois é o<br />
principal objetivo <strong>da</strong> sua existência: o ensino <strong>da</strong> música.<br />
As outras áreas prioritárias só são importantes porque constituem áreas <strong>de</strong> suporte<br />
do serviço educativo. De uma forma simples, para existir um bom ensino <strong>da</strong> música<br />
é necessário ter boas instalações, instrumentos em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
suficiente, serviços <strong>de</strong> apoio, uma organização eficiente e um financiamento que<br />
garanta a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
Não se trata <strong>de</strong> elaborar um documento teórico, ambíguo, antes um documento<br />
que aponte caminhos concretos, objetivos muito <strong>de</strong>talhados e metas bem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />
para o horizonte temporal válido para documento (ano letivo 2013/2014 a<br />
2016/2017).<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
2. Visão<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira assume-se como um estabelecimento<br />
<strong>de</strong> educação artística, com especial incidência na educação musical.<br />
Há estudos médicos que comprovam que o cérebro <strong>de</strong> uma criança se <strong>de</strong>senvolve<br />
mais rapi<strong>da</strong>mente quando esta é regularmente exposta à música. Existem estudos<br />
científicos que <strong>de</strong>monstram que a coor<strong>de</strong>nação motora melhora quando uma<br />
criança apren<strong>de</strong> um instrumento musical. Nós não ensinamos música às crianças só<br />
por estas razões.<br />
Nós ensinamos-lhes a música, para serem mais humanas, <strong>de</strong> modo a reconhecerem<br />
a beleza e a serem sensíveis a ela, <strong>de</strong> modo a terem algo mágico e encantador nas<br />
suas vi<strong>da</strong>s à medi<strong>da</strong> que os anos passam.<br />
Nós ensinamos música às crianças para que elas também sintam mais amor, mais<br />
sonhos, mais compaixão, mais bon<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em suma, ensinamos música para que<br />
sintam mais vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>las. Música é vi<strong>da</strong>!<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong>dica-se a ensinar a linguagem universal <strong>da</strong> música, arte e<br />
cultura na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> à sua volta. Fazemos isso <strong>da</strong>ndo aos nossos alunos a<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> relembrar obras <strong>de</strong> arte do passado e do presente, criando também<br />
as suas próprias obras <strong>de</strong> arte. Essas obras <strong>de</strong> arte po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s em<br />
público, na forma <strong>de</strong> espectáculos e eventos culturais, <strong>de</strong> forma formal ou informal.<br />
A arte real é didática e generosa.<br />
A boa arte explica-se a nós <strong>de</strong> forma natural. A boa arte é como contar histórias<br />
que nos pren<strong>de</strong>m a atenção e que estimulam a nossa imaginação.<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> orgulha-se <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r constatar o facto <strong>de</strong> muitos dos nossos ex-alunos<br />
serem actualmente artistas profissionais que trabalham em Portugal e no<br />
estrangeiro. Os nossos alunos atuais são os artistas do futuro. Eles são as pessoas<br />
que irão perpetuar esta tradição maravilhosa e que a dissiminarão por to<strong>da</strong> a parte.<br />
Enquanto houver almas se<strong>de</strong>ntas <strong>de</strong> música, arte e cultura, é imperativo continuar<br />
a fomentar estas novas gerações para que possam fomentar a Vi<strong>da</strong>, sempre!<br />
Apesar <strong>de</strong> especialmente foca<strong>da</strong> em mostrar às crianças o elevado valor <strong>da</strong> arte, <strong>da</strong><br />
cultura e <strong>da</strong> música, a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> não se exime <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar<br />
que o exercício artístico é igualmente válido para to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong><strong>de</strong>s e abre as suas<br />
portas a todos quantos queiram experimentar a magia <strong>de</strong> produzir arte, <strong>de</strong> fazer<br />
magia.<br />
Acreditamos que a cultura não é um <strong>de</strong>vaneio, um capricho, um luxo <strong>de</strong> alguns,<br />
antes uma alavanca <strong>de</strong>cisiva para o <strong>de</strong>senvolvimento. As comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, regiões,<br />
países mais cultos são os mais <strong>de</strong>senvolvidos. Existe uma inequívoca correlação<br />
entre cultura e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />
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A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> tem-se assumido como um importante polo dinamizador <strong>da</strong> cultura em<br />
S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira e territórios limitrofes. Hoje quer assegurar que tem<br />
profissionais competentes e empenhados em garantir que será um polo cultural<br />
dinâmico, inovador e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> no seio <strong>de</strong>sta comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e um referencial na<br />
região em que se insere.<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
3. O contexto<br />
3.1. História<br />
3.1.1. O Edifício<br />
Em 1898 o Estado abriu concurso à apresentação <strong>de</strong> projectos para um novo plano<br />
<strong>de</strong> escola, com casa <strong>de</strong> professor. Venceu o projecto <strong>da</strong> autoria do arquitecto<br />
Arnaldo Redondo Adães Bermu<strong>de</strong>s. Ao longo do tempo construíram-se algumas<br />
centenas <strong>de</strong>stas escolas, que ficaram conheci<strong>da</strong>s por escolas-tipo Adães Bermu<strong>de</strong>s<br />
ou popularmente, por escola dos sininhos.<br />
3.1.2. A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira nasceu em Junho <strong>de</strong> 1981, sob a<br />
direção do Professor Augusto Pereira <strong>de</strong> Sousa. Instala<strong>da</strong>, inicialmente, na Escola<br />
Primária do Parque, foi transferi<strong>da</strong>, em 1982, para a se<strong>de</strong> actual, na Quintã, rua<br />
Viscon<strong>de</strong>, edifício que também já albergou Escola Primária.<br />
Em 1986 foi constituí<strong>da</strong> a Associação Cultural Alão <strong>de</strong> Morais para <strong>da</strong>r autonomia<br />
jurídica à <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música, Instituto <strong>de</strong> Línguas e Centro <strong>de</strong> Arte que<br />
constituem seus <strong>de</strong>partamentos. Ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>partamento tem estatuto e regulamento<br />
próprio, visando respon<strong>de</strong>r ao fim específico para que foi criado.<br />
Em 2012 é inaugurado o atual edifício que, aproveitando <strong>da</strong> antiga escola a facha<strong>da</strong><br />
principal, foi já projetado com especificações técnicas, para servir <strong>de</strong> escola <strong>de</strong><br />
música.<br />
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3.2. O Meio<br />
S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira é uma freguesia, ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, concelho com cerca <strong>de</strong> 22 000<br />
habitantes, situado na Zona do Entre Douro e Vouga, recentemente integrado na<br />
Área Metropolitana do Porto. Tem um tecido económico com maior incidência nos<br />
setores terciário (serviços e comércio) e secundário, com indústrias diversifica<strong>da</strong>s e<br />
empresas mo<strong>de</strong>rnas, com forte vocação exportadora.<br />
A ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, com um ambiente marca<strong>da</strong>mente urbano, servi<strong>da</strong> por uma boa re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, distingue-se particularmente pela sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> um<br />
conjunto integrado <strong>de</strong> serviços que exercem uma forte atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre os<br />
territórios dos concelhos vizinhos.<br />
Interessa <strong>de</strong>stacar o elevado índice <strong>de</strong> população escolar que frequenta as suas<br />
escolas que se reflete no significativo número <strong>de</strong> alunos <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>, alguns<br />
provenientes <strong>da</strong>s freguesias vizinhas.<br />
Possui também um multifacetado conjunto <strong>de</strong> infra estruturas <strong>de</strong>sportivas e<br />
culturais, nomea<strong>da</strong>mente salas <strong>de</strong> espetáculos, a que se juntou recentemente a<br />
Casa <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
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4. Princípios orientadores<br />
Os princípios enunciados preten<strong>de</strong>m marcar a cultura e o clima <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>. São<br />
princípios que se preten<strong>de</strong>m vivenciar no seu dia a dia nas diferentes vertentes e<br />
pautar a forma <strong>de</strong> estar, as inter relações dos agentes educativos e <strong>de</strong> todos que<br />
com ela se relacionam. Estes princípios, transversais e abrangentes, <strong>de</strong>vem<br />
constituir-se como referenciais que, efetivamente, <strong>de</strong>vem estar presentes no<br />
quotidiano <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
a. Rigor e excelência no processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem<br />
b. Trabalho cooperativo<br />
c. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> individual e compromisso coletivo<br />
d. Eficácia na gestão dos recursos disponíveis<br />
e. Abertura ao meio<br />
f. Gestão participa<strong>da</strong> e <strong>de</strong>mocrática<br />
g. Inovação<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
5. Organização<br />
Associação Cultural Alão <strong>de</strong><br />
Morais<br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música<br />
<strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
Instituto <strong>de</strong> Línguas <strong>de</strong><br />
S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
Centro <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong><br />
S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
Direção<br />
Direção Pe<strong>da</strong>gógica<br />
Conselho Pe<strong>da</strong>gógico<br />
Departamentos<br />
Sopros<br />
Cor<strong>da</strong>s<br />
Ciências<br />
<strong>Musica</strong>is<br />
Teclas<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
6. Serviço <strong>Educativo</strong><br />
6.1. Oferta Educativa/Alunos<br />
No ano letivo 2013/2014 a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> é frequenta<strong>da</strong> por 224 alunos. Preten<strong>de</strong>-se<br />
que nos próximos três anos este número cresça em cerca <strong>de</strong> 50%. Este<br />
crescimento não é uniforme e <strong>de</strong>ve ter em conta alguns aspetos fun<strong>da</strong>mentais<br />
nomea<strong>da</strong>mente a baixa taxa <strong>de</strong> natali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o envelhecimento <strong>da</strong> população.<br />
Também não se po<strong>de</strong>m ignorar algumas questões relativas aos diferentes regimes<br />
<strong>da</strong> oferta educativa:<br />
Articulado: Os números apresentados revelam alguma prudência pois<br />
existe a incerteza em relação ao financiamento e à autorização do<br />
número <strong>de</strong> alunos com financiamento do POPH.<br />
<br />
Iniciação: o objetivo é que o número <strong>de</strong> alunos a frequentar as<br />
iniciações cresça 40% ao longo do triénio. É um objetivo ambicioso tendo<br />
em conta a diminuição <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> natali<strong>da</strong><strong>de</strong> e do número <strong>de</strong> alunos que<br />
frequentam o 1º Ciclo<br />
Secundário: os números apresentados colocam como objetivo<br />
assegurar que 50% dos alunos que concluem o 5º grau continuem a<br />
<strong>de</strong>senvolver os seus conhecimentos qualquer que seja a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
(supletivo ou curso livre). Existe a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o ensino articulado se<br />
esten<strong>de</strong>r ao ensino secundário<br />
A oferta educativa <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> po<strong>de</strong>rá passar, para além <strong>de</strong> Cursos Livres, por<br />
outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ofereçam aos alunos <strong>da</strong>s EB1/JI o ensino <strong>da</strong> música a<br />
grupos <strong>de</strong> crianças nas próprias escolas. Esta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> diferencia-se <strong>da</strong>s<br />
iniciações e dos cursos livres pelo local em que <strong>de</strong>corre (JI/EB1), pelo número <strong>de</strong><br />
alunos, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho e custo.<br />
Em mol<strong>de</strong>s idênticos também será proposta a criação <strong>de</strong> núcleos <strong>de</strong> aprendizagem<br />
nas empresas ou grupos <strong>de</strong> empresas.<br />
Em parte significativa, as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s financeiras <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong>vem-se à<br />
insuficiência do financiamento atribuído pelo Ministério <strong>da</strong> Educação para o<br />
funcionamento <strong>de</strong>ste regime pois a propina paga pelos pais é insuficiente para<br />
suportar os custos por aluno.<br />
Outra linha orientadora <strong>da</strong> oferta educativa é estimular a opção dos alunos por uma<br />
maior diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> na escolha <strong>da</strong> aprendizagem dos instrumentos.<br />
Preten<strong>de</strong>mos também que a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistência dos alunos seja reduzi<strong>da</strong>. Este<br />
objetivo po<strong>de</strong>rá ser atingido, nomea<strong>da</strong>mente, através <strong>de</strong> uma maior<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
consciencialização dos encarregados <strong>de</strong> educação e dos alunos sobre a opção<br />
toma<strong>da</strong> pela aprendizagem do ensino especializado <strong>da</strong> música.<br />
6.2. Sucesso educativo<br />
O sucesso educativo é avaliado em dois parâmetros fun<strong>da</strong>mentais: taxas <strong>de</strong><br />
transição e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do sucesso.<br />
6.2.1. Taxas <strong>de</strong> transição<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong>ve ter a ambição <strong>de</strong> obter uma taxa <strong>de</strong> transição, ten<strong>de</strong>ncialmente,<br />
<strong>de</strong> 100%.<br />
Esta ambição <strong>de</strong>ve ser sustenta<strong>da</strong> na motivação dos alunos, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
pe<strong>da</strong>gógica e nas medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> apoio pe<strong>da</strong>gógico acrescido que <strong>de</strong>vem ser diversas<br />
<strong>de</strong> acordo com as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos diferentes alunos e num maior envolvimento<br />
<strong>de</strong>stes nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s proporciona<strong>da</strong>s pela <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
6.2.2. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do sucesso<br />
Para po<strong>de</strong>rmos efetuar uma análise mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> do trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />
com os alunos e aferir o nível <strong>da</strong> instituição não nos <strong>de</strong>vemos ater apenas às taxas<br />
<strong>de</strong> transição, po<strong>de</strong>mos analisar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do sucesso observando alguns índices.<br />
Entre muitos outros: sucesso total, através do qual concluiremos sobre a taxa <strong>de</strong><br />
alunos com nível positivo a to<strong>da</strong>s as disciplinas que frequentam; alunos com nível<br />
quatro (ou equivalente) a to<strong>da</strong>s as disciplinas que frequenta e o nível <strong>de</strong> excelência<br />
em que o aluno obtém nível cinco (ou equivalente) a to<strong>da</strong>s as disciplinas.<br />
Neste âmbito <strong>de</strong>ve ser regulamentado, ao longo do próximo ano letivo, o quadro <strong>de</strong><br />
mérito e o quadro <strong>de</strong> excelência.<br />
Também, neste nível, serão fixa<strong>da</strong>s metas anuais no âmbito do plano plurianual.<br />
6.3. Oferta/Cursos<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> possui já uma gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta educativa. No entanto, é<br />
fun<strong>da</strong>mental continuar a alargar esta oferta através <strong>da</strong> introdução <strong>de</strong> novos cursos<br />
<strong>de</strong> instrumento, procurando assim que qualquer interessado disponha nesta escola<br />
<strong>de</strong> uma oferta capaz <strong>de</strong> o satisfazer, ao nível do que é oferecido pelas escolas<br />
especializa<strong>da</strong>s do ensino <strong>da</strong> música <strong>de</strong> referência.<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
Nos próximos anos serão implementa<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as diligências necessárias para<br />
tornar a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> uma instituição <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ca<strong>da</strong> vez mais eclética e diversa.<br />
6.4. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica<br />
A quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do serviço prestado pela <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> aos alunos <strong>de</strong>ve ser a preocupação<br />
primeira <strong>da</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para se avaliar <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> temos que nos socorrer <strong>de</strong><br />
um conjunto <strong>de</strong> parâmetros indiciadores e garantes <strong>da</strong> sua fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Para conseguir uma maior quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica a direção concretizará um<br />
conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma a elevar os padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo <strong>de</strong><br />
ensino aprendizagem, nomea<strong>da</strong>mente:<br />
Criação <strong>de</strong> um regulamento <strong>de</strong> audições;<br />
Contratação <strong>de</strong> um consultor externo;<br />
Uniformização e aperfeiçoamento dos critérios, gerais e específicos, <strong>de</strong><br />
avaliação;<br />
Criação <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> obras por curso, instrumento e ano/grau;<br />
Maior presença <strong>de</strong> alunos em Masterclass;<br />
Incremento <strong>da</strong> participação <strong>de</strong> alunos em concursos internos e externos;<br />
Regimento dos órgãos pe<strong>da</strong>gógicos;<br />
6.5. Recursos Humanos<br />
Como em qualquer estabelecimento educativo também a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> acredita que o<br />
fator humano é <strong>de</strong>cisivo. Profissionais competentes tecnicamente, <strong>de</strong>dicados,<br />
comprometidos com o sucesso dos seus alunos e conscientes do seu contributo<br />
para o êxito <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> são fun<strong>da</strong>mentais.<br />
O que se preten<strong>de</strong> é que todos os profissionais estejam conscientes <strong>de</strong> que é<br />
fun<strong>da</strong>mental o contributo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um para o êxito <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>. É necessário pois<br />
implicar, envolver, responsabilizar todos no diálogo que <strong>de</strong>ve prece<strong>de</strong>r a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão.<br />
Neste sentido também se <strong>de</strong>ve implementar, a partir do ano letivo 2014/2015 um<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> todos os docentes e não-docentes.<br />
Na gestão <strong>de</strong> recursos humanos vai ser necessário contratar uma assistente<br />
operacional on<strong>de</strong> se privilegiará uma profissional com competências polivalentes<br />
pois exercerá um conjunto diversificado <strong>de</strong> funções: biblioteca, bar, receção,<br />
assistência serviço docente, etc..<br />
Eventualmente, <strong>de</strong> acordo com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>rá ser necessário recorrer ao<br />
out-sourcing <strong>de</strong> (alguns) serviços <strong>de</strong> limpeza.<br />
Em relação aos docentes, a opção <strong>de</strong>ve incidir num maior envolvimento dos<br />
docentes na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> privilegiando os que possam <strong>de</strong>dicar-se em exclusivo<br />
à <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> 2014/2017 Página 10
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
6.6. Serviços<br />
Na linha do que foi referido em relação à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica, existem serviços<br />
complementares e que po<strong>de</strong>m acrescentar valor ao serviço que a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> presta<br />
aos alunos, famílias e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Serão <strong>de</strong>senvolvidos todos os esforços para que<br />
no próximo ano letivo sejam reali<strong>da</strong><strong>de</strong> significativos acréscimos <strong>de</strong> serviços como:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Biblioteca em que os alunos po<strong>de</strong>m permanecer acompanhados por<br />
funcionária(o) habilitado ou docente, po<strong>de</strong>ndo estu<strong>da</strong>r, pesquisar, ler;<br />
Serviço <strong>de</strong> bar aberto aos alunos, pais e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> com mais<br />
equipamentos e oferta <strong>de</strong> produtos;<br />
Serviço <strong>de</strong> transporte dos alunos nomea<strong>da</strong>mente entre a Escola e a<br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> e vice-versa;<br />
Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em horários diferenciados on<strong>de</strong> os alunos possam vivenciar, <strong>de</strong><br />
forma informal, novas experiências musicais.<br />
Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> reforço, no âmbito <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
acompanhamento/<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>de</strong> alunos que queiram ou necessitem.<br />
7. Organização<br />
7.1. Organização Administrativa<br />
Qualquer organismo <strong>de</strong>ve priorizar a sua organização no sentido <strong>de</strong> tirar partido<br />
dos seus recursos humanos, rentabilizar os recursos materiais disponíveis,<br />
potenciar os meios colocados à sua disposição e ser eficiente na alocação dos<br />
recursos.<br />
Neste sentido, a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong>ve explicitar <strong>de</strong> forma clara as funções dos<br />
colaboradores, docentes e não docentes, e as normas que regulam o seu contributo<br />
para um funcionamento <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> uma forma articula<strong>da</strong>, evitando<br />
sobreposições e a criação <strong>de</strong> sinergias com o consequente aumento <strong>da</strong> eficácia<br />
fazendo convergir o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> todos para o bem comum e sejam claras as<br />
expetativas em relação a todos os seus colaboradores.<br />
Neste âmbito serão implementa<strong>da</strong>s algumas medi<strong>da</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente:<br />
Regulamento <strong>de</strong> faltas/permutas/compensações dos docentes;<br />
Atualização do regulamento interno;<br />
Avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> todo o pessoal;<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> 2014/2017 Página 11
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
Regulamento <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> alunos e docentes em<br />
audições/espetáculos;<br />
Melhorar o sistema <strong>de</strong> comunicação interna (alunos, docentes, pais) e<br />
externa;<br />
7.2. Organização Pe<strong>da</strong>gógica<br />
Uma <strong>da</strong>s condições fun<strong>da</strong>mentais para a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pe<strong>da</strong>gógica é que<br />
todos os agentes envolvidos no processo educativo percebam as expetativas e as<br />
funções <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um, individualmente, e <strong>de</strong> todos, enquanto membros duma<br />
organização complexa. Neste sentido, e em linha com o anteriormente referido,<br />
serão toma<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s para melhorar o funcionamento dos órgãos<br />
pe<strong>da</strong>gógicos e facilitar a todos os docentes, alunos, pais e pessoal não docente a<br />
compreensão do modo <strong>de</strong> funcionamento <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> forma a padronizar um<br />
elevado nível <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a organização.<br />
8. Instalações/Equipamentos/Financiamento<br />
Num estabelecimento educativo o mais importante é sempre o sucesso educativo<br />
dos alunos. Para que os nossos alunos, com o apoio, competência e empenho dos<br />
docentes, possam obter progressos no processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem <strong>de</strong>vem<br />
dispor <strong>da</strong>s melhores condições <strong>de</strong> trabalho possíveis: instalações apropria<strong>da</strong>s e<br />
funcionais, equipamentos com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficientes e<br />
sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira. Temos consciência que o fator humano no processo <strong>de</strong><br />
ensino-aprendizagem é o fator crítico para o sucesso, mas também temos<br />
consciência que a existência <strong>de</strong> boas condições <strong>de</strong> aprendizagem se po<strong>de</strong>m<br />
constituir como uma aju<strong>da</strong> significativa.<br />
8.1. Instalações<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> está instala<strong>da</strong> num edifício construído expressamente com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> servir o seu propósito fun<strong>da</strong>mental: o ensino <strong>da</strong> música. De facto dispõe <strong>de</strong> uma<br />
infra-estrutura com os requisitos <strong>de</strong> base para cumprir o seu principal objeto <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Contudo verificam-se ain<strong>da</strong> alguns constrangimentos: ao nível do auditório, por se<br />
tratar <strong>de</strong> um espaço aberto, limitativo do bom funcionamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que aí<br />
<strong>de</strong>verão <strong>de</strong>correr; ao nível <strong>da</strong> climatização, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as gran<strong>de</strong>s variações térmicas,<br />
que afetam não só os utilizadores <strong>da</strong>s várias salas <strong>de</strong> aulas bem como os próprios<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> 2014/2017 Página 12
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
instrumentos aí existentes. Ambas as situações merecem uma resolução tão rápi<strong>da</strong><br />
quanto possível.<br />
A preocupação constante com a manutenção do edifício para que não se <strong>de</strong>gra<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>verá igualmente constar nas priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s a ter em conta<br />
8.2. Equipamentos<br />
Numa <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> música é essencial disponibilizar aos alunos e docentes um<br />
conjunto <strong>de</strong> instrumentos em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>quados ao<br />
número <strong>de</strong> alunos e os cursos ministrados.<br />
Para além <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> disponibilizar aos alunos, principalmente aos mais<br />
carenciados, instrumentos para uso pessoal, mediante regulamento, o objetivo do<br />
aumento do número <strong>de</strong> instrumentos e <strong>de</strong> sua maior diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> visa fazer face ao<br />
crescimento do número <strong>de</strong> alunos, crescente diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> oferta educativa e a<br />
um maior equilíbrio na distribuição dos alunos. Desta forma preten<strong>de</strong>-se dotar a<br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar uma orquestra mais completa,<br />
possibilitando um maior leque <strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> grupos.<br />
Para além <strong>da</strong>s aquisições <strong>de</strong> novos instrumentos <strong>de</strong>ve estar sempre presente a<br />
preocupação <strong>da</strong> manutenção do instrumental existente quer pelo bom uso dos seus<br />
utilizadores quer pelo esforço <strong>de</strong> manutenção periódica que os instrumentos <strong>de</strong>vem<br />
beneficiar.<br />
A biblioteca merecerá igualmente atenção para os próximos anos pela importância<br />
<strong>de</strong> que se reveste para a prossecução dos objetivos a atingir pela instituição.<br />
Em linha com as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a melhoria dos serviços, os esforços <strong>da</strong><br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>, centrar-se-ão, igualmente na aquisição <strong>de</strong> equipamentos estruturantes,<br />
nomea<strong>da</strong>mente ao nível <strong>da</strong> multimédia e informática.<br />
Também esta preocupação será incluí<strong>da</strong> no plano plurianual com a perspetiva<br />
constante <strong>de</strong> avaliação do seu cumprimento.<br />
7.3. Financiamento<br />
As preocupações financeiras não po<strong>de</strong>m ser marginaliza<strong>da</strong>s <strong>da</strong>do o contexto <strong>da</strong><br />
crise financeira nacional e as vicissitu<strong>de</strong>s pelas quais a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> tem passado e<br />
que continuam a ser um problema.<br />
Existem aspetos que ultrapassam a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa,<br />
mesmo dos seus órgãos dirigentes, nomea<strong>da</strong>mente os montantes a atribuir pelo<br />
governo para suportar os diversos regimes <strong>de</strong> frequência dos nossos alunos<br />
(iniciação, supletivo e articulado). No entanto a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong>s verbas<br />
disponíveis e a procura <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong><br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> po<strong>de</strong>m marcar a diferença, <strong>de</strong> forma a <strong>da</strong>r uma maior autonomia<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> 2014/2017 Página 13
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
financeira e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> libertar verbas <strong>de</strong> gastos correntes para investimentos<br />
colocados ao serviço <strong>de</strong> alunos e docentes.<br />
No final do ano letivo 2013/2014, a aca<strong>de</strong>mia teve um défice <strong>de</strong> exploração <strong>da</strong><strong>da</strong> a<br />
insuficiência <strong>da</strong>s verbas <strong>da</strong>s principais fontes financiadoras (POPH, Ministério <strong>da</strong><br />
Educação).<br />
Para além <strong>de</strong>stas fontes <strong>de</strong> financiamento a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> recursos<br />
através <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> receitas ordinárias (inscrições <strong>de</strong> alunos e mensali<strong>da</strong><strong>de</strong>s)<br />
cobre apenas cerca <strong>de</strong> 15% do total do orçamento.<br />
Como atrás ficou claro, com o previsível aumento do número <strong>de</strong> alunos e o<br />
consequente crescimento do orçamento, este défice <strong>de</strong> financiamento po<strong>de</strong>rá<br />
agravar-se colocando em causa a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> só po<strong>de</strong>rá pois garantir o seu futuro se aumentar para 20% do seu<br />
orçamento global a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> receitas próprias.<br />
A gestão financeira nos próximos três anos <strong>de</strong>ve pois reger-se pela aplicação <strong>de</strong><br />
alguns princípios <strong>de</strong> gestão:<br />
Rigoroso controlo dos gastos;<br />
Diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento;<br />
Eficiência na gestão <strong>de</strong> pessoal docente e não docente;<br />
Geração <strong>de</strong> receitas: ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s extracurriculares (formação extracurricular),<br />
subsídios, patrocínios, parcerias, protocolos, bar e espetáculos.<br />
8. Relação com o meio<br />
Um dos aspetos que condiciona a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>, lhe confere i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e é necessário<br />
potenciar, é o meio em que se insere: a locali<strong>da</strong><strong>de</strong>, as suas caraterísticas, as suas<br />
gentes, as instituições e as organizações.<br />
É óbvio que a <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong>ve muito à ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, por isso queremos continuar a<br />
<strong>de</strong>volver à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> o que ela faz pela <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>. Queremos ser um incontornável<br />
agente <strong>de</strong> divulgação <strong>da</strong> música e <strong>da</strong> arte. Um dos aspetos fulcrais é pois saber<br />
qual o contributo <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> para a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
8.1. Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong>ve ter sempre como referencial o facto <strong>de</strong> ser uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ampla. O princípio que todos <strong>de</strong>vemos alimentar é que seremos mais fortes com o<br />
contributo <strong>de</strong> todos.<br />
Neste contexto será <strong>de</strong> salientar o relevante papel dos encarregados <strong>de</strong> educação,<br />
nomea<strong>da</strong>mente <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong> Pais que tem <strong>de</strong>senvolvido nos dois últimos anos<br />
<strong>Projeto</strong> <strong>Educativo</strong> 2014/2017 Página 14
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
um papel <strong>de</strong>cisivo e que se preten<strong>de</strong> ampliar, atribuindo-lhe um papel ca<strong>da</strong> mais<br />
relevante nas <strong>de</strong>cisões mais importantes <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
Num conceito mais alargado, incluímos na nossa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> to<strong>da</strong>s aquelas<br />
pessoas, instituições, enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, associações e outros parceiros que com a<br />
aca<strong>de</strong>mia queiram trabalhar. Acreditamos que juntos criaremos sinergias que a<br />
todos po<strong>de</strong>m beneficiar.<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> preten<strong>de</strong> trilhar um caminho que tenha a constante preocupação <strong>de</strong><br />
abertura ao meio recebendo contributos <strong>de</strong> todos e, em simultâneo, ter um papel<br />
ativo enquanto agente cultural <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, <strong>da</strong>ndo continui<strong>da</strong><strong>de</strong> aos<br />
acordos existentes e estabelecendo protocolos <strong>de</strong> colaboração com:<br />
a) Estabelecimentos <strong>de</strong> educação e ensino<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Agrupamento <strong>de</strong> Escolas Serafim Leite<br />
Agrupamento <strong>de</strong> Escolas João <strong>da</strong> Silva Correia<br />
Agrupamento <strong>de</strong> Escolas Oliveira Júnior<br />
Centro <strong>de</strong> Educação Integral<br />
Infantários<br />
b) Órgãos autárquicos<br />
<br />
<br />
Câmara Municipal<br />
Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
c) Comunicação Social<br />
O Regional<br />
Labor<br />
Único<br />
Rádios locais<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
d) Instituições culturais<br />
<br />
<br />
teatro<br />
<strong>da</strong>nça<br />
e) Outras<br />
<br />
<br />
Empresas<br />
Instituições sociais<br />
8.2. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural<br />
A <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> assumirá um papel fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> dinamização cultural <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
promovendo, no âmbito do seu plano anual, um conjunto <strong>de</strong> iniciativas que atraiam<br />
um público tão vasto quanto possível, diversificando as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e que passará<br />
por utilizar todos os espaços disponíveis na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, momentos e efeméri<strong>de</strong>s<br />
relevantes e diferentes géneros musicais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que garantam a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e façam<br />
justiça à nossa história.<br />
Concertos:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Casa <strong>da</strong> Criativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Igreja Matriz<br />
Paços <strong>da</strong> Cultura<br />
Auditório <strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong><br />
Espaços exteriores<br />
Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural <strong>de</strong>ve, ten<strong>de</strong>ncialmente, ir para além <strong>da</strong> música fomentando<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que incluam também outras formas <strong>de</strong> arte.<br />
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<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Ma<strong>de</strong>ira<br />
9. Avaliação<br />
Este projeto educativo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovado pelo Conselho Pe<strong>da</strong>gógico e pelos<br />
órgãos <strong>da</strong> Associação Cultural Alão <strong>de</strong> Morais entrará em vigor e <strong>de</strong>verá ser<br />
avaliado anualmente no âmbito do processo <strong>de</strong> auto avaliação e do respetivo plano<br />
<strong>de</strong> melhoria.<br />
Neste âmbito <strong>de</strong>vem ser aprovados, até setembro <strong>de</strong> 2014 o plano anual <strong>de</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as bases do Plano Plurianual, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem constar as metas para<br />
avaliar a sua concretização. No final do ano letivo, no âmbito <strong>da</strong> avaliação do ano<br />
letivo <strong>de</strong>vem ser aprova<strong>da</strong>s pelo conselho pe<strong>da</strong>gógico os relatórios <strong>de</strong> avaliação do<br />
plano <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e do plano plurianual que <strong>de</strong>vem ser remetidos para a direção<br />
<strong>da</strong> <strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong>.<br />
A existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios significativos em relação ao estabelecido no <strong>Projeto</strong><br />
<strong>Educativo</strong> po<strong>de</strong>m suscitar a sua reformulação para ser a<strong>de</strong>quado à reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>Aca<strong>de</strong>mia</strong> e dos seus constrangimentos.<br />
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