<strong>Atletismo</strong> <strong>se</strong> <strong>aprende</strong> <strong>na</strong> <strong>escola</strong> Matthie<strong>se</strong>n SQ, Calvo AP, Silva AC, Faganello FR 30 metros cones
CONHECENDO OS SALTOS Quer <strong>se</strong>jam em projeção horizontal, quer em projeção vertical, os saltos correspondem a uma das atividades preferidas das crianças. Contudo, todo cuidado é pouco <strong>na</strong> hora de sua execução, sobretudo tendo em vista que devem <strong>se</strong>r realizados com um dos pés, o que acaba sobrecarregando a musculatura quando executados repetidas vezes. Para além disso, sugere<strong>se</strong> que o terreno utilizado para a realização dos saltos <strong>se</strong>ja, no maior tempo da atividade, macio (grama, areia), de forma que o impacto tenha menores con<strong>se</strong>qüências, já que é muito comum o não amortecimento <strong>na</strong>s primeiras etapas da aprendizagem. Para o ensino do salto em distância, sugere-<strong>se</strong> que as crianças realizem atividades próximas à caixa de areia, <strong>se</strong>m quaisquer preocupações técnicas específicas ou regras que restrinjam o <strong>se</strong>u movimento, a partir das quais poderão <strong>se</strong>r introduzidas especificidades dos movimentos específicos do estilo: grupado, arco e, quando oferecer condições, o estilo passada no ar ou “hitch-kick”. Portanto, durante a aprendizagem, sugerimos o de<strong>se</strong>nvolvimento de atividades pautadas <strong>na</strong>s <strong>se</strong>guintes orientações: de<strong>se</strong>nvolvimento de atividades de saltar iniciadas livremente pelas crianças, <strong>se</strong>m restrição quanto à forma do impulso (em um ou dois pés); movimentos dos braços ou regras próprias da prova; de<strong>se</strong>nvolvimento de atividades de saltar com um dos pés em distância, próximo à caixa de areia; de<strong>se</strong>nvolvimento de atividades de saltar com um dos pés em distância, com peque<strong>na</strong> corrida de aproximação, ape<strong>na</strong>s para ampliar o impulso; aumentar a distância da corrida aos poucos, ao mesmo tempo em que <strong>se</strong> fixa um local determi<strong>na</strong>do (a princípio uma linha traçada no chão e depois, a tábua de impulsão no corredor dos saltos) para a realização do impulso em um dos pés; colocação de várias cordas <strong>na</strong> caixa de areia, como uma forma de incentivo e de visualização, por parte da criança, do local da queda. Pega-pega do Saci Pererê Em um espaço delimitado, os alunos deverão saltar realizando a impulsão em uma das per<strong>na</strong>s. Um dos alunos inicia o jogo como pegador (o Saci Pererê), <strong>se</strong>ndo que ao tocar nos participantes, estes também <strong>se</strong> tor<strong>na</strong>rão pegadores. Obs.: Para não haver sobrecarga <strong>na</strong> per<strong>na</strong> de impulsão, os participantes deverão alter<strong>na</strong>r a per<strong>na</strong> de salto <strong>se</strong>mpre que alguém for pego. Mesmo que não <strong>se</strong>ja efetuado em sua forma fi<strong>na</strong>l, o que demandaria por parte do praticante uma determi<strong>na</strong>da estrutura corporal inexistente em crianças menores, o salto triplo deve <strong>se</strong>r uma atividade, mesmo que adaptada, pre<strong>se</strong>nte em um programa de ensino do atletismo. Basta ob<strong>se</strong>rvarmos algumas brincadeiras infantis para verificarmos as facilidades de <strong>se</strong> ensi<strong>na</strong>r o salto triplo para as crianças, ímpar no de<strong>se</strong>nvolvimento da coorde<strong>na</strong>ção. Amarelinha tripla Promover uma amarelinha “mais técnica”, colocando-<strong>se</strong> os arcos no chão respeitando-<strong>se</strong> a <strong>se</strong>qüência de impulso do salto triplo: direita-direita-esquerda; esquerda-esquerda-direita. Na <strong>se</strong>qüência, colocar os arcos próximos à caixa de areia, onde deverá <strong>se</strong>r efetuada a queda. O salto em altura também é um desafio para as crianças ainda que exija certos cuidados. Não há dúvidas de que o estilo tesoura é o mais simples e utilizado <strong>na</strong> aprendizagem, mas, estilos como o rolo ventral e o Fosbory flop poderão <strong>se</strong>r vivenciados pelas crianças desde que <strong>se</strong> tenha material adequado para a absorção do impacto do movimento. Mas, qualquer que <strong>se</strong>ja o estilo técnico é importante frisar que o obstáculo a <strong>se</strong>r ultrapassado não deverá oferecer perigo <strong>na</strong> 42