Boletim - Março 2005 - cgtee
Boletim - Março 2005 - cgtee
Boletim - Março 2005 - cgtee
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ANO I • MARÇO/<strong>2005</strong><br />
INFORMATIVO DA COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICA<br />
Chineses dão continuidade ao memorando<br />
para construção da fase C da usina de Candiota<br />
Cumprindo o memorando assinado<br />
em novembro pelos presidentes<br />
da Eletrobrás, Silas Rondeau Ca -<br />
valcante Silva, da CGTEE, Júlio Quadros,<br />
e, por representantes do Ci tic<br />
Group (conglomerado chinês) e do<br />
China Development Bank (banco de<br />
desenvolvimento chinês), na pre sença<br />
dos presidentes das repúblicas<br />
do Brasil e da China, Luis Inácio Lu -<br />
la da Silva e Hu Jintao, e da Ministra<br />
das Minas e Energia, Dilma Rousseff,<br />
uma comitiva com oito técnicos<br />
chineses e duas chinesas, vieram<br />
ao Rio Grande do Sul e trabalharam<br />
com técnicos da CGTEE e da<br />
Ele trobrás avaliando as condições<br />
estruturais da usina de Candiota.<br />
A comitiva chefiada pelo engenheiro<br />
Li Zongwen chegou no dia 27<br />
e partiu no final da tarde do dia 2 de<br />
fevereiro. A estada deles aqui nos<br />
dei xou lições, esperanças e orgulho<br />
e uma ata dos trabalhos realizados,<br />
relatado em reunião entre os técnicos<br />
chineses, brasileiros e o secretário<br />
nacional de Energia do Mi nisté<br />
rio de Minas e Energia, Ronaldo<br />
Schuck, o diretor de engenharia da<br />
Eletrobrás, Valter Luiz Cardeal de<br />
Sou za, e o presidente da CGTEE, Jú -<br />
lio Quadros.<br />
Júlio ressaltou diversas vezes<br />
que o projeto tem grande importância<br />
para o setor elétrico nacional e<br />
des creveu todos os passos que fo -<br />
ram realizados até acontecer a visita<br />
dos engenheiros chineses. “Tu do<br />
começou com o encontro do presidente<br />
Lula com as autoridades chine<br />
sas em maio do ano passado e<br />
te ve continuidade com a visita da<br />
mi nistra de Minas e Energia, Dilma<br />
Rousseff, à Expo China”. O presi -<br />
den te lembrou que o trabalho de senvolvido<br />
pela CGTEE e pelo grupo<br />
Ele trobrás permitiu que fosse assinado<br />
o memorando básico em no -<br />
vem bro de 2004. “Temos certeza e<br />
a convicção que a comissão chinesa<br />
está levando boas impressões da re -<br />
gião”. O chefe da delegação chinesa,<br />
engenheiro Li Zongwen, de monstrou<br />
otimismo na instalação da no va<br />
unidade. Disse que agora “estamos<br />
chegando em uma nova etapa na re -<br />
la ção entre a China e o Brasil”.<br />
Zongwen adianta que as condições<br />
de Candiota para o desenvolvimento<br />
do projeto são excelentes de -<br />
vido à proximidade das minas de<br />
car vão, além do clima favorável. So -<br />
bre a parte técnica o engenheiro conclui<br />
que os equipamentos armazenados<br />
demonstram a possibilidade do<br />
projeto ser realizado “Os equipa mentos<br />
estão em melhores condições<br />
que se possa imaginar”, afirma.<br />
Cardeal salientou que está cumprindo<br />
com as determinações do go -<br />
verno brasileiro trabalhando para re -<br />
ceber o empreendimento. “Espero<br />
que a retomada do projeto de Candio<br />
ta III se torne em breve realidade.<br />
A Eletrobrás está dando o pri meiro<br />
passo e queremos que o próximo<br />
seja a implantação da FASE C”, ga -<br />
ran tiu.
Os próximos passos da fase C<br />
A vinda da comitiva chinesa colocou<br />
os técnicos e demais trabalhadores<br />
da CGTEE em contato direto com<br />
uma cultura milenar, profundamente<br />
diferente da brasileira e gaúcha.<br />
Os técnicos chineses mostraramse<br />
firmes na defesa dos interesses<br />
de seu país, sem deixar de serem corteses.<br />
Elogiaram o conhecimento e<br />
dedicação de nossos técnicos que<br />
mostraram que são profissionais qualificados,<br />
moralmente confiáveis pois<br />
foram transparentes não escondendo<br />
problemas mas também apontando<br />
soluções. Elogiaram nossa administração<br />
– e de fato mostramos haver interação<br />
entre Eletrobrás/CGTEE.<br />
Pragmáticos no elogio, reconhecendo<br />
as virtudes praticadas, brindaram,<br />
nos inúmeros momentos de confraternizações,<br />
com tim-tim, as relações<br />
fraternais que foram construídas.<br />
A síntese do trabalho desenvolvido<br />
pelas equipes técnicas da CGTEE,<br />
Eletrobrás e Citic, em Candiota, constituiu-se<br />
dos seguintes tópicos principais:<br />
2<br />
1. Apresentação e discussões sobre<br />
dados técnicos e condições do local<br />
destinado à construção da Fase<br />
C: características físico-químicas da<br />
água e dos combustíveis; informações<br />
climatológicas, geologia do sítio,<br />
possíveis interferências locais,<br />
compartilhamentos previstos com<br />
as Fases A e B existentes, facilidades<br />
construtivas (água, energia, comunicação,<br />
prédios e instalações a<br />
serem disponibilizadas pela CGTEE),<br />
áreas para instalações de obras, disponibilidade<br />
de materiais construtivos<br />
na região, etc...;<br />
2. Verificação dos equipamentos e matérias-primas<br />
já fabricadas e que serão<br />
disponibilizados pela CGTEE para<br />
utilização na construção da usina;<br />
3. Apresentação e discussão sobre<br />
os requisitos técnicos fixados pela<br />
CGTEE para a nova unidade geradora;<br />
4. Apresentação da potencialidade das<br />
jazidas de carvão de Candiota, bem<br />
como do processo de extração praticado.<br />
Etapa de trabalho em<br />
desenvolvimento nos próximos 30 dias<br />
CGTEE e ELETROBRÁS: coleta e remessa de informações complementares<br />
referentes aos equipamentos já fabricados e demais<br />
informações adicionais solicitadas pelo CITIC;<br />
CGTEE, ELETROBRÁS e CITIC: troca de informações e discussões referentes<br />
a aspectos tecnológicos da instalação;<br />
CITIC: elaboração do estudo preliminar de viabilidade do empreendimento,<br />
para apresentação a CGTEE.<br />
Informativo interno da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE<br />
Rua Sete de Setembro, 539 - 8º andar - Centro - Porto Alegre/RS - CEP 90010-190 - Fone 51 3287.1500<br />
Fax 51 3287.1566 - www.<strong>cgtee</strong>.gov.br - PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA CGTEE. A CGTEE É PARCEIRA DO COEP<br />
diretoria<br />
redação<br />
Júlio Quadros<br />
PRESIDENTE<br />
Sereno Chaise<br />
DIRETOR FINANCEIRO<br />
Marcelo Cecin<br />
DIRETOR TÉCNICO<br />
Eduardo Peters<br />
DIRETOR ADMINISTRATIVO<br />
Luix Costa<br />
Lisiane Dias (estagiária)<br />
Tagliene Padilha (estagiário)<br />
Raquel Kothe (Kothe Com.)
A CGTEE no 5º Fórum Social Mundial<br />
Dois incêndios em<br />
menos de um ano<br />
Pela segunda vez em menos de<br />
um ano, os moradores da Vila dos Papeleiros<br />
foram vítimas de incêndio.<br />
As chamas consumiram dezenas de<br />
casas a partir das 22 horas do dia 15<br />
de fevereiro de <strong>2005</strong>. Várias famílias<br />
ficaram desabrigadas e com quase<br />
nenhum pertence para sobreviver. O<br />
outro incêndio foi na madrugada do<br />
dia 19 de março de 2004.<br />
A coordenadoria de Responsabilidade<br />
Social da CGTEE está recolhendo<br />
entre os funcionários desde alimentos<br />
não perecíveis até utensílios domésticos<br />
e material de construção.<br />
A prefeitura de Porto Alegre assumiu<br />
a responsabilidade de abrigar<br />
as vítimas temporariamente em uma<br />
casa de passagem e depois dar destino<br />
definitivo aos desabrigados.<br />
A doação de materiais estruturais<br />
pode ser feita entrando em contato<br />
com a Responsabilidade Social<br />
da CGTEE, ramais 1507, 1635.<br />
Da outra vez em que os moradores<br />
passaram por situação semelhante,<br />
a CGTEE cedeu seu ginásio, na Nutepa,<br />
para abrigar os homens, mulheres<br />
e crianças, que ficaram quase<br />
sem nada.<br />
Em 2004, a CGTEE assinou convênio<br />
com a Associação de Reciclagem<br />
Ecológica da Vila dos Papeleiros<br />
(Arevipa). Os recursos foram utilizados<br />
para aquisição de balança,<br />
uma prensa hidráulica polivalente e<br />
uma simples e um elevador de carga<br />
móvel.<br />
Tocada pelo sonho de outro mundo possível,<br />
a Companhia de Geração Térmica de<br />
Energia (CGTEE) apoiou a construção da 5ª<br />
edição do Fórum Social Mundial – <strong>2005</strong>, que<br />
reuniu em Porto Alegre cerca de 150 mil<br />
pessoas de todos os lugares do mundo e<br />
muito sonho de liberdade, amor, economia,<br />
felicidade e democracia, e realizou o seminário<br />
sobre o Aproveitamento dos Resíduos<br />
do Carvão (ver matéria na página 5).<br />
Foram dias muito quentes do verão de<br />
Porto Alegre, com a temperatura chegando<br />
aos 36 graus em alguns dias, mas por meio<br />
de um patrocínio da CGTEE os participantes<br />
do 5ª Edição do Fórum Social Mundial puderam<br />
se deslocar pela orla do rio Guaíba<br />
de trenzinho elétrico. Foram disponibilizados<br />
três trenzinhos, com seis lugares na<br />
frente e mais 15 nos reboques, bastante<br />
disputados. Esta foi a primeira vez que este<br />
tipo de transporte foi colocado à disposição<br />
do público do FSM. Os trenzinhos foram<br />
aprovados pela organização do Fórum<br />
por não serem poluentes.<br />
A CGTEE colaborou com outras participações<br />
durante a realização do evento, como<br />
as apresentações da Companhia de<br />
Dança Joca Vergo, que ocorreram no Pórtico<br />
Principal do Cais do Porto – Anexo A<br />
– Museu Vivo da Diversidade. O espetáculo<br />
de dança com acrobacias aéreas e em tecido<br />
e o monológo com textos de Fernando<br />
Pessoa, com o ator Jairo Klein e Maninha<br />
Pessoa no teclado, emocionou o público e<br />
foram apresentados sob muitos aplausos.<br />
Ao lado da usina do Gasômetro, foi montado<br />
o Barracão do Samba, espaço cultural<br />
desenvolvido pela Escola de Samba Imperatriz<br />
Dona Leopoldina. No local, foram realizadas<br />
apresentações do show Canções de<br />
Luta, com a cantora Nanci Araújo e acompanhamento<br />
de Eduardo Solari. A CGTEE<br />
apoiou as atividades da Carreta Cultural,<br />
grupo que apresentou histórias do cotidiano<br />
que mudam ou mudaram a vida dos protagonistas<br />
e suas comunidades no caminho<br />
de um mundo melhor. O Carroção, puxado<br />
a cavalo, é o palco onde atores e cantores,<br />
como Dante Ledesma, Leonardo e os Chiripas,<br />
Loma, Telmo de Freitas, Eraci Rocha<br />
se apresentaram para o povo da “cidade”<br />
do FSM.<br />
No espaço do Instituto de Permacultura<br />
foi erguida uma parede de tijolos cinza-cal,<br />
e no setor F, ficou instalado um estande<br />
com banners e material de divulgação da<br />
empresa. O Grupo Eletrobrás foi patrocinador<br />
oficial do Fórum. Além destas, a CGTEE<br />
apoiou e patrocinou diversas atividades organizadas<br />
pela Coordenação do FSM.<br />
3
Microalgas<br />
para a<br />
geração<br />
de energia<br />
termelétrica<br />
mais limpa<br />
A preocupação com a geração de<br />
energia mais limpa, a qualificação do<br />
ar, a alimentação humana ou de animais,<br />
a criação de trabalho e renda fazem<br />
parte das possibilidades do convênio<br />
assinado entre a Companhia de<br />
Geração Térmica de Energia Elétrica,<br />
a Eletrobrás e a Fundação Universidade<br />
do Rio Grande para realização de<br />
pesquisas de viabilidade técnica do<br />
uso de microalgas para redução de<br />
emissão de gás carbônico proveniente<br />
da geração termelétrica.<br />
As pesquisas já começaram junto<br />
as fase A e B da usina termelétrica de<br />
Candiota e deverão durar 12 meses,<br />
podendo haver prorrogação de mais<br />
um ano. A iniciativa é desenvolvida pelo<br />
Laboratório de Engenharia Bioquímica<br />
do Departamento de Química da<br />
FURG, sob coordenação do professor<br />
Jorge Alberto Vieira Costa. O professor<br />
explica que a geração de energia<br />
termelétrica utiliza o carvão e provoca<br />
emissão de gás carbônico (CO 2 ) na atmosfera.<br />
Em todo o mundo estão sendo<br />
buscadas alternativas para reduzir<br />
a emissão deste gás.<br />
O projeto da Eletrobrás/CGTEE e<br />
FURG é inédito no Brasil por utilizar microalgas<br />
para “seqüestrar” CO 2 emitido<br />
pela queima do carvão nas usinas<br />
termelétricas, como Candiota. As microalgas<br />
processam este resíduo e podem<br />
transformá-lo em biomassa. Pela<br />
fotossíntese as migroalgas usam a<br />
luz e o gás carbônico como combustível,<br />
produzindo oxigênio e se multiplicando.<br />
Os pesquisadores analisarão<br />
se esta biomassa pode ser utilizada na<br />
alimentação humana ou animal. Em todo<br />
o mundo são poucos os grupos<br />
que estudam esta alternativa, estando<br />
localizados nos Estados Unidos,<br />
Itália e Japão.<br />
Tanto a Eletrobrás, quanto a CGTEE<br />
estão investindo em projetos alternativos<br />
de geração sustentável de energia.<br />
As empresas procuraram a FURG<br />
ao tomar conhecimento do trabalho<br />
de pesquisa.<br />
No momento da assinatura do convênio,<br />
o secretário nacional de Energia<br />
do Ministério das Minas e Energia, Ronaldo<br />
Schuck, afirmou que o governo<br />
federal está incentivando este tipo de<br />
projeto benéfico ao meio ambiente,<br />
trazendo alternativas de geração de<br />
energia. Schuck lembrou que muitos<br />
projetos na área energética têm dificuldades<br />
de implantação devido à<br />
questão ambiental, por isto, o Ministério<br />
das Minas e Energia criou o Comitê<br />
para Avaliação Sócio-ambiental. Ele<br />
contou que o trabalho na FURG é visto<br />
muito positivamente, pois os recursos<br />
aplicados serão bem utilizados e<br />
o retorno para todos serão muito positivos.<br />
O reitor da FURG, João Carlos Cousin,<br />
lembrou o esforço da Universidade<br />
para desenvolver ciência e tecnologia,<br />
ressaltando que o apoio de empresas,<br />
instituições e órgãos governamentais<br />
é essencial para manter as<br />
pesquisas desenvolvidas em âmbito<br />
acadêmico e com retorno social. O<br />
convênio assinado trará recursos de<br />
R$ 315 mil à pesquisa da FURG. O presidente<br />
da CGTEE, Júlio Quadros, reforçou<br />
que aquela não é a única parceria<br />
que está sendo desenvolvida e que<br />
a empresa já apóia outros projetos<br />
com a FURG, inclusive para redução<br />
do déficit habitacional.<br />
O diretor técnico da Eletrobrás, Valter<br />
Luiz Cardeal de Souza, falou do<br />
compromisso social da Eletrobrás com<br />
a preservação do meio ambiente. O<br />
diretor Financeiro e de Relações com<br />
o Mercado da CGTEE, Sereno Chaise,<br />
o gerente regional do Banco do Brasil,<br />
Carlos Spindler e o diretor técnico<br />
da CGTEE, Carlos Marcelo Cecin, participaram<br />
da assinatura do convênio<br />
inédito.<br />
4<br />
José Hermínio se aposenta e deixa muita saudades<br />
Foi emocionante a despedida do colega<br />
José Hermínio Rodrigues Borba. Tendo<br />
cumprindo o tempo para a aposentadoria,<br />
ele aproveitou a confraternização de<br />
final de ano em Candiota e se despediu.<br />
Depois, enviou, via e-mail, mensagem a<br />
todos os colegas:<br />
“Prezados colegas. É com muita satisfação<br />
que me dirijo a vocês para agradecer<br />
tudo que fizeram por mim no dia-adia,<br />
ao longo destes mais de 25 anos de<br />
CEEE + CGTEE. Neste momento, já iniciando<br />
a saudade desse nosso convívio, posso<br />
dizer, em um resumo rápido, que compartilhamos<br />
algumas tristezas e muitíssimas<br />
alegrias.<br />
Quero deixar, do fundo do meu coração,<br />
o meu agradecimento: À empresa –<br />
pela confiança em mim depositada e pela<br />
formação profissional que me propiciou.<br />
Aos colegas – pelo convívio com todos vocês<br />
– melhor curso prático de relações<br />
humanas; intenção acertar, de alcançar<br />
os objetivos gerais e, principalmente, de<br />
ajudar conquistar.<br />
Por fim, peço escusas pelos atos falhos<br />
cometidos, mas fiquem certos que sempre<br />
tive a maior espaço para a geração termelétrica.<br />
Um forte abraço. Mais uma vez<br />
obrigado" – despediu-se Hermínio.
Campeã brasileira visita CGTEE – Canoagem na Escola<br />
A tarde de sol do dia 13 de janeiro ganhou<br />
um colorido especial na prainha de<br />
Candiota, além da temperatura que chegou<br />
a bater os 35º. Entre os integrantes do<br />
projeto “CGTEE – Canoagem na Escola”,<br />
estava a campeã brasileira de canoagem,<br />
Naiane Fragoso Pereira, 21 anos, que presenteou<br />
os alunos do programa com uma<br />
visita destinada a conselhos, relato de experiências<br />
e também algumas dicas de como<br />
alcançar o topo do podium.<br />
Naiane iniciou no esporte há cerca de<br />
cinco anos como integrante do projeto em<br />
Santa Maria. “Perdi o contato com minha<br />
mãe aos 7 anos. Desde esse período passei<br />
a cuidar dos meus irmãos e dedicar parte<br />
dos dias para as atividades físicas”, lembra.<br />
Emocionada, recordou que seu futuro<br />
era incerto e no projeto encontrou um espaço<br />
de formação e de oportunidade de<br />
crescimento. Em outubro de 2004, Naiane<br />
conquistou a medalha de ouro em uma disputa<br />
em São Paulo que definiu o seu nome<br />
como a melhor do país.<br />
Para <strong>2005</strong>, a prioridade da atleta é manter<br />
a vaga na seleção brasileira. No dia Internacional<br />
da Mulher, Naiane vai tentar garantir<br />
um dos 12 lugares que estarão sendo disputados<br />
na seletiva do Brasil. O objetivo é<br />
buscar a classificação nos jogos Pan Americanos<br />
de 2007 que garantem uma vaga<br />
para as olimpíadas de 2008 que acontecem<br />
em Pequim.<br />
O estudante da escola Jerônimo Mércio<br />
da Silveira, Anderson Padilha, 14 anos,<br />
não poupou palavras comentando a experiência:<br />
“Quero chegar lá como ela. O meu<br />
sonho é ter esse sucesso”, afirma o menino.<br />
Anderson classifica o projeto como um<br />
momento destinado à distração, integração,<br />
preparo e apoio escolar. Enfatiza que<br />
a oportunidade de praticar uma modalidade<br />
como a canoagem, em Candiota, é inédita<br />
e importante para seu crescimento.<br />
“Aqui fiz muitas amizades e aprendi coisas<br />
que vou levar para toda a vida”.<br />
A instrutora do projeto, Margareth Fontoura,<br />
explica que cada integrante do projeto<br />
gera na equipe técnica expectativas<br />
diferenciadas. “Sabíamos que a Naiane tinha<br />
potencial. É um grande presente saber<br />
que os nossos atletas podem estar entre<br />
os melhores do País”, enfatiza.<br />
Realizado seminário sobre aproveitamento de resíduos de carvão<br />
A Companhia de Geração Térmica de Energia<br />
Elétrica (CGTEE) e o Movimento Nacional de<br />
Luta pela Moradia (MNLM), realizaram no Hotel<br />
Continental, em Porto Alegre, nos dias 24 e<br />
25 de janeiro, o seminário Aproveitamento de resíduos<br />
de carvão: gerando habitação e preservação<br />
ambiental.<br />
O seminário realizado no ambiente do Fórum<br />
Social Mundial, fez ampla avaliação da utilização<br />
do carvão e de seus resíduos como elementos<br />
de desenvolvimento social e das medidas<br />
tomadas que servem à preservação ambiental.<br />
O projeto do tijolo cinza-cal deu à CGTEE o<br />
certificado de Parceiro do Programa Fome Zero.<br />
O projeto é um trabalho de incubagem da<br />
Cooperativa de Moradia e Construção Comunitária<br />
realizada com tecnologia desenvolvida pela<br />
Fundação Universidade de Rio Grande. São<br />
utilizados cinza, cal e areia, dispensando a necessidade<br />
de queima do tijolo, o que beneficia<br />
o meio ambiente.<br />
O primeiro dia do evento contou com as presenças<br />
de secretários municipais, vereadores<br />
e representantes de deputados estaduais, além<br />
do público em geral. Pela manhã, o presidente<br />
da CGTEE, Júlio Quadros, fez explanação sobre<br />
a empresa, destacando os projetos que vêm<br />
sendo desenvolvidos pela área de Responsabilidade<br />
Social. Lembrou que é necessário debater<br />
o destino de cerca de 900 mil toneladas de<br />
cinzas que são gerados anualmente, após a<br />
geração de energia termelétrica. “A CGTEE<br />
utiliza uma média de 1,7 milhão de toneladas de<br />
carvão ao ano, sendo que pouco mais que a metade<br />
acaba transformada em resíduo”, revela<br />
o presidente. Um dos projetos salientados é o<br />
de produção de tijolo de cinza-cal, produzido<br />
com cinza, cal e areia, ecologicamente correto<br />
duas vezes, por utilizar as cinzas e por não<br />
necessitar ser queimado.<br />
O representante do MNLM, Gilberto Aguiar,<br />
lembrou a importância de apostar em novas tecnologias<br />
para a construção de habitações populares.<br />
Participaram também da abertura da<br />
atividade Ewerton Heltz, da Caixa Econômica<br />
Federal, e Edimar Cintra, da direção nacional do<br />
MNLM (premiada pela ONU como Eco Cidadã).<br />
À tarde os painéis foram dedicados ao Ciclo<br />
do Carvão com as apresentações dos engenheiros<br />
João Batista Casanova, da Companhia Riograndense<br />
de Mirenação (CRM), e Francisco<br />
Porto, da CGTEE. Porto frisou a importância de<br />
que o resíduo se por um lado é resíduo, pode vir<br />
a ser matéria-prima. Os dois palestrantes reforçaram<br />
os cuidados com o meio ambiente que<br />
vêm sendo utilizados tanto na mineração quanto<br />
na utilização do carvão como combustível<br />
para a geração de energia elétrica.<br />
A manhã do dia 25 foi destinada aos painéis<br />
apresentados por Waldir Sumpf Júnior e<br />
por Vanderlei da Rosa Caetano, da Embrapa<br />
Clima Temperado, pelo professor Cláudio Dias,<br />
da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG),<br />
e pela representante da Cooperativa de Moradia<br />
e Construção Comunitária (CMCC), Eunice<br />
Leme. A tarde foi dedicada aos temas desenvolvidos<br />
pelo coordenador do Instituto de Permacultura<br />
do Pampa (Ipep) e permacultor, João<br />
Rockett, e pelo representante do MNLM Antônio<br />
Ezequiel de Morais.<br />
Os integrantes da Empresa Brasileira de<br />
Pesquisa Agropecuária revelaram que estão<br />
sendo desenvolvidas tecnologias que tragam<br />
emprego, renda e desenvolvimento social, destacando<br />
que a Embrapa tem trabalhado em parceria<br />
com sete ministérios do governo federal<br />
e tem projetos de P&D com a CGTEE e defenderam<br />
o carvão como solução para a agricultura,<br />
desde que adequadamente trabalhado.<br />
O professor Cláudio, da FURG, expôs o projeto<br />
que vem sendo realizado com a CMCC, em<br />
parceria com a CGTEE, para fabricação de tijolos<br />
de cinza cal, que são ecológicos duas vezes,<br />
por utilizar resíduo de carvão e por não passar<br />
pelo processo de queima. O custo final do milheiro<br />
de tijolos é mais viável economicamente<br />
que os demais. Eunice, da CMCC, falou do<br />
histórico da cooperativa e do sonho de vender<br />
os tijolos e resolver dois problemas: a falta de<br />
moradia e a geração de emprego e renda.<br />
5
6<br />
CIPA de Candiota foi empossada<br />
A Comissão Interna de Prevenção<br />
de Acidentes (CIPA) – <strong>2005</strong>, de Candiota,<br />
foi eleita e tomou posse. O ato<br />
foi aberto pelo chefe da Usina em exercício,<br />
Homero Leite Soares. O presidente<br />
da empresa, Júlio Quadros, participou<br />
da cerimônia e realizou a entrega<br />
de bottons. A CIPA tem a finalidade<br />
de trabalhar em busca da segurança<br />
e contribuir para a qualidade de<br />
vida dos trabalhadores no interior da<br />
usina.<br />
O uso das casas que servem de residência<br />
aos funcionários que trabalham<br />
nas unidades da Companhia de Geração<br />
Térmica de Energia Elétrica tem retorno<br />
gratificante com a postura de funcionários<br />
como Mauro Fernandes Nogueira.<br />
Mauro, 46 anos, trabalhando no setor<br />
de Tecnologia da Informação, ocupou uma<br />
das casas da Vila quando foi trabalhar<br />
na Usina Presidente Médici, há 22 anos.<br />
Ele era recém casado e a casa, cedida pela<br />
CGTEE, era nova e nunca tinha sido habitada.<br />
No local, Mauro fez parte de sua<br />
história de vida e ampliou a família – chegou<br />
com um filho e agora tem três.<br />
Ao passar a trabalhar na sede, em Porto<br />
Alegre, e com a família indo residir em<br />
Pelotas para a realização de outro sonho:<br />
o de formar uma das filhas que passou no<br />
vestibular para a faculdade de Veterinária<br />
da Universidade Federal de Pelotas,<br />
Mauro decidiu procurar o responsável pela<br />
gestão da empresa e entregar as chaves<br />
da casa que ocupava na Vila Operária.<br />
Essa visão de solidariedade levou<br />
Mauro, que agora não necessita mais da<br />
casa, a entregá-la para que a CGTEE pos-<br />
O presidente Júlio Quadros lembrou<br />
que “os funcionários já estão<br />
conscientizados da importância da segurança<br />
como garantia do dia-a-dia”.<br />
Ele salientou que a CGTEE está preparada<br />
para mostrar que na empresa a<br />
meta é gerar energia com segurança.<br />
A presidente da gestão <strong>2005</strong> da<br />
CIPA em Candiota, Maria do Carmo,<br />
realizou o encerramento da posse e<br />
aproveitou a oportunidade para fazer<br />
a primeira reunião dos novos cipeiros.<br />
COMPOSIÇÃO CIPA 2004/<strong>2005</strong><br />
TITULARES: Maria do Carmo Covalesky, Ronaldo Mansour, Orlandi Franco de Franco,<br />
Rosangela Westfal, Antonio Lemos Moura, Otto Carlos Brahm, Jesus<br />
Roberto Fialho de Belo, Emiliana de Fátima Pinto<br />
SUPLENTES: Sidimar Signale, Roberto Carlos Brião Barbosa, Adão Vitória, Ervin<br />
Barreto, Geraldo Madruga, Antônio Benício Votto, Maria Erotildes<br />
Castêncio, Itamara Garcia da Cruz<br />
Funcionário devolve casa em Candiota<br />
sa alojar outro trabalhador. Quando o funcionário<br />
retornar para o trabalho na Usina<br />
morará no alojamento, pois continua<br />
lotado em Candiota.<br />
Outro funcionário da Usina de Candiota,<br />
que se aposentou, também devolveu<br />
as chaves da residência que ocupava<br />
na Vila Operária em janeiro deste ano.<br />
A orientação da administração da<br />
CGTEE é para que todos os funcionários<br />
a partir de janeiro de <strong>2005</strong>, ao desocuparem<br />
os imóveis de propriedade da empresa,<br />
entreguem as chaves dos mesmos na<br />
Assessoria de Gestão/Candiota, aos cuidados<br />
de João Couto. A assessoria de<br />
Gestão passa a administrar os imóveis da<br />
Vila Residencial e Vila Operária em Candiota.<br />
As atividades das<br />
mulheres no MME o<br />
8 de <strong>Março</strong> de <strong>2005</strong><br />
A CGTEE está organizando atividades<br />
alusivas ao Dia Internacional da<br />
Mulher, 8 de <strong>Março</strong>. Na oportunidade<br />
será divulgado o Plano Nacional de Política<br />
para Mulheres na empresa.<br />
Nos dias 21 e 22 de fevereiro a coordenadora<br />
de Responsabilidade Social,<br />
Maristela Buron, e a chefe do Departamento<br />
de RH, Maristela Heck, participaram<br />
da 3ª reunião do Comitê Permanente<br />
para Questões de Gênero, no âmbito<br />
do Ministério de Minas e Energia e<br />
suas empresas vinculadas. Na reunião,<br />
realizada em Florianópolis, foram fechados<br />
a programação conjunta do MME<br />
para o dia 8 de <strong>Março</strong> e o planejamento<br />
das diretrizes do Comitê para <strong>2005</strong>,<br />
e também foi tratado o tema de capacitação<br />
das participantes do Comitê Permanente.<br />
Já no dia 17 de fevereiro, a Secretaria<br />
Especial de Políticas para as Mulheres<br />
e o Conselho Nacional dos Direitos<br />
da Mulher, com apoio da bancada<br />
feminina do Congresso Nacional, realizaram<br />
o encontro Diálogo Nacional<br />
– Beijing + 10: Avanços e Desafios. Estiveram<br />
presentes ao Diálogo, a deputada<br />
gaúcha Maria do Rosário, a Ministra<br />
Nilcéia Freire, o embaixador Samuel<br />
Pinheiro Guimarães, do Ministério das<br />
Relações Exteriores, deputadas e senadoras<br />
de outros estados brasileiros<br />
e personalidades como Clara Charf, Luísa<br />
Erundina e Emília Fernandes.<br />
A CGTEE foi representada na atividade<br />
pela coordenadora de Responsabilidade<br />
Social, Maristela Buron. O objetivo<br />
do Diálogo foi discutir os avanços<br />
e os desafios para o Brasil na implementação<br />
da Plataforma de Ação da<br />
IV Conferência Mundial sobre a Mulher<br />
e a resposta oficial do Estado Brasileiro<br />
a essa comissão, enviada em 2004.<br />
De 28 de fevereiro a 11 de março ocorrerá<br />
a 49ª Sessão da Comissão Jurídica<br />
e Social da Mulher – CSW da ONU.<br />
A sessão ocorrerá em Nova Iorque e<br />
a pauta será a avaliação dos dez anos<br />
desta plataforma, além de comemorar<br />
o trigésimo aniversário da Primeira Conferência<br />
Nacional sobre a Mulher, que<br />
aconteceu em 1975 na cidade do México.