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Mesas-Redondas 2011 - Semana de Letras - UFSC

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Contato:<br />

semana<strong>de</strong>letrascce@gmail.com


Página2<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO<br />

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULAS<br />

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA ESTRANGEIRAS<br />

DEPARTAMENTO DE LÍNGUA DE SINAIS – LIBRAS<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA<br />

PROFESSORES:<br />

Cristiane Lazzarotto Volcão (DLLV/<strong>UFSC</strong>)<br />

Izabel Christine Seara (DLLV/<strong>UFSC</strong>)<br />

Maria José Damiani Costa (DLLE/<strong>UFSC</strong>)<br />

Meta Elizabeth Zipser (DLLE/<strong>UFSC</strong>)<br />

Renato Miguel Basso (Dllv/Ufsc)<br />

Sandra Quarezemin (DLLV/<strong>UFSC</strong>)<br />

Silvana <strong>de</strong> Gaspari (DLLE/<strong>UFSC</strong>)<br />

Vera Regina <strong>de</strong> Aquino Vieira (DLLE/<strong>UFSC</strong>)<br />

Zilma Gesser Nunes (DLLV/<strong>UFSC</strong>)<br />

ALUNOS:<br />

Daniel Soares Duarte (PGL/<strong>UFSC</strong>)<br />

Izabel Cristina da Rosa Gomes dos Santos (Graduação <strong>Letras</strong>/<strong>UFSC</strong>)<br />

Ramon Dutra Miranda (Graduação em Computação/<strong>UFSC</strong>)<br />

APOIO<br />

Pró-Reitoria <strong>de</strong> Assuntos Estudantis – PRAE<br />

Centro <strong>de</strong> Comunicação e Expressão – CCE<br />

Departamento <strong>de</strong> Língua e Literatura Vernáculas – DLLV<br />

Departamento <strong>de</strong> Língua e Literatura Estrangeiras – DLLE<br />

Curso <strong>de</strong> Libras Presencial<br />

Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Espanhol a Distância<br />

Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> Português a Distância<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Estudos da Tradução – PGET<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Inglês – PGI<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Linguística – PGLg<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Literatura – PGLB<br />

Pró-Reitoria <strong>de</strong> Graduação – PREG


Página3<br />

APRESENTAÇÃO<br />

A V <strong>Semana</strong> Acadêmica <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> é um espaço <strong>de</strong> compartilhamento, discussão, trocas e vivências entre as<br />

diferentes áreas <strong>de</strong> ensino-pesquisa-extensão. as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas e artísticas previstas na programação<br />

tratam das questões ensino-aprendizagem, diálogos entre a prática e a teoria. Portanto, o objetivo da V <strong>Semana</strong><br />

Acadêmica <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> da <strong>UFSC</strong> é promover a integração e o intercâmbio entre as diferentes áreas <strong>de</strong> ensinopesquisa-extensão<br />

do curso <strong>de</strong> letras, proporcionando discussões sobre língua(gem) e literatura e o acesso aos<br />

resultados dos projetos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação em letras e <strong>de</strong> professores, através da<br />

elaboração <strong>de</strong> um ambiente comum aos estudantes e a toda a comunida<strong>de</strong>.<br />

Apresentamos o ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> resumo MESA REDONDA que fizeram parte das discussões do evento.


Página4<br />

Sumário<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA ....................................................................................................................................... 2<br />

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................... 3<br />

MESA REDONDA: DO ILHAMENTO À MODERNIDADE .................................................................................................. 5<br />

MESA REDONDA: DIÁLOGOS INTERMIDIÁTICOS .......................................................................................................... 5<br />

MESA REDONDA: MEMÓRIAS E AVENTURAS DA RAPAZIADA DO “SUL” ....................................................................... 6<br />

MESA REDONDA: MOSTRA DE FILMES E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NO ÂMBITO DE “UMA JORNADA COM O GRUPO<br />

SUL” ............................................................................................................................................................................ 7<br />

MESA REDONDA: FICÇÃO PARA LINGUISTAS E TEÓRICOS DA LITERATURA................................................................... 7<br />

MESA REDONDA: PESQUISA EM TRADUÇÃO/ "ARTICULAÇÕES DISCIPLINARES" .......................................................... 8<br />

MESA-REDONDA:LITERATURA INFANTO-JUVENIL ........................................................................................................ 9<br />

MESA-REDONDA: TRÊS LEITURAS DE HERMANN HESSE ............................................................................................... 9<br />

MESA REDONDA: VAMOS FALAR DE FONOLOGIA: DEBATENDO OS UNIVERSAIS LINGUÍSTICOS ................................. 10<br />

MESA REDONDA: “LÍNGUA E LITERATURA ITALIANA: CÂNONES E MARGENS”. .......................................................... 12<br />

MESA-REDONDA: O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA .................................................................. 13<br />

MESA-REDONDA: A AULA DE PORTUGUÊS ................................................................................................................ 13<br />

MESA REDONDA: LETRACENATELACENALETRA - NELOOL .......................................................................................... 14<br />

MESA REDONDA: ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS: FORMAÇÃO PLURAL E INDEPENDENTE. ........... 15<br />

MESA REDONDA: DEVELOPING LISTENING AND SPEAKING SKILLS IN A DISTANCE MODE ENGLISH COURSE............... 16<br />

MESA REDONDA: CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES E SUAS REPRESENTAÇÕES NAS LITERATURAS ............................. 18<br />

MESA-REDONDA: TEOLOGIA E LITERATURA .............................................................................................................. 18<br />

MESA REDONDA: LITERATURA GÓTICA: TRANSFORMAÇÕES E REFLEXÕES ATRAVÉS DOS TEMPOS............................ 20<br />

MESA REDONDA: ALÇAPÃO PARA GIGANTES: PROSA DE CINEMA ............................................................................. 21<br />

MESA REDONDA: HIBRIDISMOS LITERÁRIOS, LINGUÍSTICOS E CULTURAIS ................................................................. 21<br />

MESA REDONDA: LINGUAGEM NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: PROJETOS DO NÚCLEO DE PESQUISA TEXTO,<br />

DISCURSO E PRÁTICAS SOCIAIS -NUPDISCURSO. ........................................................................................................ 22<br />

MESA REDONDA: ENSINO E APRENDIZAGEM EM EAD: DIFERENTES FAZERES E POSSIBILIDADES ............................... 24<br />

MESA REDONDA: O QUE É UM AUTOR .................................................................................................................... 25<br />

MESA REDONDA: RETRATOS DE EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE<br />

LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................................................................................... 26<br />

MESA REDONDA: AS EXPERIÊNCIAS DE FLÁVIO DE CARVALHO .................................................................................. 28<br />

MESA REDONDA: ANÁLISES CRÍTICAS DE LINGUAGEM .............................................................................................. 30


Página5<br />

Luciana Wrege Rassier – DLLE - PGET<br />

Zilma Gesser Nunes- DLLV<br />

Participantes:<br />

CELESTINO SACHET<br />

ARNO BLASS<br />

DORVA REZENDE<br />

FLÁVIO JOSÉ CARDOZO<br />

LAUDELINO SARDÁ<br />

TÂNIA PIACENTINI<br />

MESA REDONDA: DO ILHAMENTO À MODERNIDADE<br />

Resumo da proposta:<br />

Jornalistas e acadêmicos falam sobre como o Grupo Sul (1947-1957) revolucionou a vida cultural catarinense.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

CELESTINO SACHET: O Grupo Sul é um marco na literatura catarinense do século XX, tanto pelo vanguardismo<br />

quanto pela abrangência <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

ARNO BLASS fala sobre os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> participantes do Grupo Sul e <strong>de</strong> críticos literários, que recolheu ao<br />

organizar um dossiê para a revista Humanida<strong>de</strong>s em 2009.<br />

DORVA REZENDE: A atuação do Grupo Sul inscreve-se no contexto do pós-guerra, uma época em que projetos<br />

culturais estavam frequentemente ligados ao objetivo <strong>de</strong> participar da construção <strong>de</strong> um novo mundo.<br />

O escritor FLÁVIO JOSÉ CARDOZO fala sobre a fase final do Grupo Sul (1957-1958), que acompanhou enquanto<br />

jovem estudante entusiasta das letras.<br />

LAUDELINO SARDA: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vanguarda do Grupo Sul revolucionaram o meio cultural provinciano que era<br />

Florianópolis naquela época.<br />

TANIA PIACENTINI fala sobre a exposição sobre o grupo Sul que organizou em 2007, para a qual reuniu valioso<br />

material iconográfico.<br />

Luciana Wrege Rassier – DLLE - PGET<br />

Zilma Gesser Nunes- DLLV<br />

MESA REDONDA: DIÁLOG OS INTERMIDIÁTICOS<br />

Participantes:<br />

DENNIZ RADÜNZ<br />

LUCIANA WREGE RASSIER<br />

ZECA NUNES PIRES<br />

ALCIDES BUSS<br />

Resumo da proposta:


Página6<br />

O Grupo Sul (1947-1957) revolucionou a vida cultural catarinense em várias áreas: teatro, cinema, artes plásticas e<br />

literatura.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

DENNIS RADUNZ: As inovações e conquistas do grupo Sul são um momento-chave na estruturação do patrimônio<br />

cultural catarinense.<br />

LUCIANA WREGE RASSIER: A atuação do Grupo Sul em diferentes áreas (literatura, teatro, cinema, artes plásticas)<br />

marcou por seu vanguardismo e pelas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colaboração tecidas com intelectuais <strong>de</strong> outros estados e <strong>de</strong> outros<br />

países.<br />

ZECA NUNES PIRES: O cineasta Zeca Nunes Pires fala sobre a contribuição do grupo Sul ao cinema catarinense<br />

através <strong>de</strong> um cineclube e do primeiro longa-metragem do estado.<br />

ALCIDES BUSS: As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vanguarda do Grupo Sul revolucionaram o meio cultural provinciano que era<br />

Florianópolis naquela época.<br />

MESA REDONDA: MEMÓRIAS E AVENTURAS DA RAPAZIADA DO “SUL”<br />

Luciana Wrege Rassier – DLLE - PGET<br />

Zilma Gesser Nunes- DLLV<br />

Participantes:<br />

ADOLFO BOOS JÚNIOR<br />

EGLÊ MALHEIROS<br />

SALIM MIGUEL<br />

SILVEIRA DE SOUZA<br />

WALMOR CARDOSO<br />

Resumo da proposta:<br />

Participantes do Grupo Sul (1947-1957) dão <strong>de</strong>poimentos sobre sua atuação. O Grupo Sul revolucionou o panorama<br />

cultural catarinense na literatura, cinema, teatro e artes plásticas.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

ADOLFO BOOS JÚNIOR<br />

Depoimento sobre a atuação no Grupo Sul (1947-1957).<br />

EGLÊ MALHEIROS<br />

Depoimento sobre a atuação no Grupo Sul (1947-1957).<br />

SALIM MIGUEL<br />

Depoimento sobre a atuação no Grupo Sul (1947-1957).<br />

SILVEIRA DE SOUZA<br />

Depoimento sobre a atuação no Grupo Sul (1947-1957).<br />

WALMOR CARDOSO<br />

Depoimento sobre a atuação no Grupo Sul (1947-1957).


Página7<br />

MESA REDONDA: MOSTRA DE FILMES E S ESSÃO DE AUTÓGRAFOS NO ÂMBITO<br />

DE “UMA JORNADA COM O GRUPO SUL”<br />

Luciana Wrege Rassier – DLLE - PGET<br />

Zilma Gesser Nunes- DLLV<br />

Participantes:<br />

MARCO STROISCH<br />

BOB BARBOSA<br />

KÁTIA KLOCK<br />

SALIM MIGUEL<br />

Resumo da proposta:<br />

Desilusao é um fime curta-metragem que se inspira <strong>de</strong> O Preço da Ilusão, filmado pelo Grupo Sul na década <strong>de</strong> 1950.<br />

Mo<strong>de</strong>rnos do Sul é um documentário que retrata as diferentes etapas do Grupo Sul, e apresenta vários <strong>de</strong>poimentos<br />

<strong>de</strong> participantes.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

MARCO STROISCH<br />

Comentários sobre o filme Desilusão.<br />

BOB BARBOSA<br />

Comentários sobre o filme Desilusão.<br />

KÁTIA KLOCK<br />

Comentários sobre o filme Mo<strong>de</strong>rnos do Sul<br />

SALIM MIGUEL<br />

Sessão <strong>de</strong> autógrafos do mais importante membro participante do Grupo Sul.<br />

MESA REDONDA: FICÇÃO PARA LINGUISTAS E TEÓRICOS DA LITERATURA<br />

ANTONIO BARROS DE BRITO JUNIOR<br />

LOVANIAROEHRIG TEIXEIRA<br />

RENATO MIGUEL BASSO<br />

Resumo da proposta: Ficção para linguistas e teóricos da literatura


Página8<br />

A proposta <strong>de</strong>sta mesa redonda é discutir <strong>de</strong> como que o discurso ficcional interessa aos teóricos da literature e as<br />

semanticistas, bem como introduzir à audiência as principais questões que cercam a análise da ficção, questões<br />

metafísicas amplas e também <strong>de</strong>limitacionais (o que é ficção).<br />

MESA REDONDA: PESQUISA EM TRADUÇÃO/ "ARTICULAÇÕES DISCIPLINARES"<br />

MARIA APARECIDA BARBOSA<br />

O projeto, cujos resultados parciais apresentamos nesta mesa-redonda, preten<strong>de</strong> aproximar os alunos do curso <strong>de</strong><br />

Língua e Literatura Alemãs <strong>de</strong> subáreas científicas como, por exemplo, Biologia, História, Filosofia, Engenharia <strong>de</strong><br />

Materiais e outras, a fim <strong>de</strong> que confrontem com <strong>de</strong>safios tradutórios em textos-chaves das respectivas subáreas. Na<br />

reflexão e tradução <strong>de</strong> manifestações essenciais em cada ciência, os estudantes estão tendo a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

antecipar e exercitar rotinas profissionais, muitas vezes negligenciadas pelo currículo universitário. Os estudantes <strong>de</strong><br />

<strong>Letras</strong>/Alemão que compõem a mesa-redonda tratarão <strong>de</strong> temas da pesquisas que <strong>de</strong>senvolvem na imbricação da<br />

disciplina alemão + (biologia ou história ou engenharia <strong>de</strong> materiais ou outra).<br />

HERNÁN CAMILO URÓN SANTIAGO<br />

O presente trabalho <strong>de</strong>screve brevemente o processo <strong>de</strong> pesquisa na imprensa colonial alemã como apoio para as<br />

investigações e produções científicas que ocorrem no Laboratório <strong>de</strong> Imigração, Migração e História Ambiental<br />

(LABIMHA). Numa tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver mais a fundo estes processos, comentarei sobre o trabalho realizado que<br />

serviu como base para a documentação <strong>de</strong> um artigo, que mostra a repercussão que teve o registro <strong>de</strong> notícias e<br />

reportagens relacionadas com a doença-do-sono entre 1899 e 1922, tanto na África quanto no Brasil. Finalmente,<br />

ressaltarei a importância <strong>de</strong> contar com programas que incentivam a articulação entre as diversas áreas <strong>de</strong><br />

conhecimento.<br />

ELIZABETH PEREIRA S. WEINSBERGER<br />

Articulações – tradução e divulgação da Obra <strong>de</strong> Fritz Müller<br />

Este projeto surgiu a partir das articulações entre o Departamento <strong>de</strong> Línguas Estrangeiras – <strong>Letras</strong> Alemão e<br />

Literaturas da <strong>UFSC</strong>, através da Prof. Dra. Maria Aparecida Barbosa, e o Centro <strong>de</strong> Ciências Biológicas, Departamento<br />

<strong>de</strong> Zoologia, com o Prof. Alberto Lindner, com o objetivo <strong>de</strong> melhor divulgar os textos do renomado naturalista<br />

alemão que escolheu viver em Santa Catarina e aqui ficou até sua morte: Fritz Müller. Este naturalista e biólogo<br />

alemão nasceu na Alemanha Oriental, perto <strong>de</strong> Erfurt, em 1822 e faleceu em Blumenau em 1897. Cursou filosofia,<br />

que na época incluía também as ciências naturais. Então, estudou medicina – <strong>de</strong> 1844 a 1849- , mas não concluiu por<br />

se recusar a pronunciar as palavras cristãs que foram acrescentadas na época ao juramento <strong>de</strong> Hipócrates “... que<br />

assim me iluminai Deus em seu sacrossanto evangelho” (Pinto, 1979), que para ele era o mesmo que aceitar o<br />

sistema vigente na então Prússia. Como um pensador liberal, era perseguido politicamente. Abandonou o curso.<br />

Acreditava que Deus estava na natureza e não numa instituição religiosa.<br />

ANTÔNIO CELSO MAFRA JÚNIOR<br />

ReinhartKoselleck <strong>de</strong>u uma importante contribuição aos círculos intelectuais alemães durante as décadas <strong>de</strong> 1960 e<br />

1970, quando em conjunto com outros pesquisadores da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hei<strong>de</strong>lberg, passaram a compilar o que<br />

viria a ser conhecido como a História dos Conceitos (Begriffsgeschichte). Mediante a compreensão dos processos<br />

históricos a partir das diferentes concepções conceituais concebidas por diferentes grupos sociais em épocas das<br />

mais distintas, esse grupo imprimiu uma nova forma <strong>de</strong> pensar a História como disciplina, sobretudo na emergência<br />

e diálogo com outras ciências do conhecimento. Entretanto, somente em 2006 surgiram as primeiras traduções da<br />

obra <strong>de</strong> Koselleck no Brasil, tema que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então tem suscitado inúmeros <strong>de</strong>bates nos círculos acadêmicos.


Página9<br />

MESA-REDONDA:LITERATURA INFANTO-JUVENIL<br />

Dentro <strong>de</strong> um projeto que <strong>de</strong>senvolvemos no âmbito da literatura infanto-juvenil, que parte da leitura <strong>de</strong> textos<br />

relevantes do ponto <strong>de</strong> vista estético e didático, estão previstas abordagens sobre tradução, pedagogia e literatura<br />

comparada.<br />

LEILA PAULA LAMPEZOTZ<br />

MARIA APARECIDA BARBOSA<br />

SILVANA GILI<br />

O *Núcleo <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas da Barca dos Livros* é formado por quinzepessoas que têm em comum o<br />

interesse em investigar os diversos aspectos que tornam um livro infantil uma obra literária <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. É tarefa<br />

do Núcleo <strong>de</strong> Estudos ler, analisar e comentar as obras que são candidatas aos prêmios da Fundação Nacional do<br />

Livro Infantil e Juvenil –FNLIJ. Cada participante do grupo traz formação e experiência diferente que contribuem<br />

para uma rica discussão a fim <strong>de</strong> fazer recomendações acerca dos novos títulos da produção literária infantil e<br />

juvenil <strong>de</strong> cada ano. Este trabalho () apresentará a forma e rotina <strong>de</strong> trabalho do Núcleo <strong>de</strong> Estudos e<br />

Pesquisas – NEP – e aspectos levados em conta no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cada obra consi<strong>de</strong>rada.<br />

LEILA LAMPE<br />

De que modo um livro po<strong>de</strong> ser infinito<br />

A proposta <strong>de</strong>sta apresentação é introduzir ao ouvinte um labirinto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias sobre livros até chegarmos ao mundo<br />

dos livros reunidos. O labirinto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias sobre livros será exemplificado com os contos do livro Ficções<strong>de</strong> Borges,<br />

pois todos mencionam o objeto livro, real ou imaginário, até chegarmos `a célebre “Biblioteca <strong>de</strong> Babel” no encontro<br />

<strong>de</strong> todos os livros, e também on<strong>de</strong> encontraremos <strong>de</strong> tudo: corredores infinitos, galerias, espelhos que duplicam o<br />

ambiente, viajantes, i<strong>de</strong>alistas, peregrinos, místicos, supersticiosos, inquisidores, purificadores, jovens que beijam os<br />

livros sem enten<strong>de</strong>r uma única letra, epi<strong>de</strong>mias, banditismo, discórdias e também os suicídios. Lá, se nasce, se<br />

morre, se per<strong>de</strong>. Uma biblioteca on<strong>de</strong> não há repetição, on<strong>de</strong> os livros são mais importantes que os homens, mas<br />

também nada significam em si mesmos. “O bibliotecário é imperfeito, a biblioteca não!”, assim Borges nos<br />

transporta a um labirinto interminável, on<strong>de</strong> a origem do tempo e da Biblioteca se confun<strong>de</strong>m.<br />

MARIA APARECIDA BARBOSA<br />

Literatura em língua estrangeira<br />

A exposição pública assume um papel importante para a perspectiva da leitura em língua estrangeira. Ela se<br />

<strong>de</strong>senvolve horizontalmente numa contação <strong>de</strong> histórias sem fim, e verticalmente, numa intensificação da leitura e<br />

do aprofundamento da interpretação/aproximação do objeto. A teoria fundamental <strong>de</strong>ste trabalho, a narratologia,<br />

se ocupa das narrativas <strong>de</strong> textos literários, imagens, eventos etc. que “contam uma história” (Bal).<br />

MESA-REDONDA: TRÊS LEITURAS DE HERMANN HESSE<br />

MARIANA SILVA DE CAMPOS ALMEIDA<br />

Um estudo sobre UntermRad <strong>de</strong> Hermann Hesse a partir dos acréscimos pelo tradutor em Debaixo das Rodas<br />

A análise dos acréscimos pelo tradutor Álvaro Cabral em Debaixo das Rodas busca colaborar com o estudo do<br />

percurso histórico da tradução literária no Brasil, trabalhando na interface dos Estudos da Tradução com a Literatura<br />

Comparada.<br />

As questões tradutórias – referentes à compreensão e análise textuais – se baseiam na prototipologia textual <strong>de</strong><br />

Snell-Hornby (1995). Consi<strong>de</strong>ra-se também a recomendação do comparatista Moretti (2000) <strong>de</strong> que o sacrifício da


Página10<br />

realida<strong>de</strong> literária por meio dodistantreading é necessário para abstrair-se do texto e compreen<strong>de</strong>r seu papel no<br />

sistema literário.<br />

A influência da interpretação literária <strong>de</strong> UntermRad (1904) em Debaixo das Rodas(1971) é investigada na<br />

comparação <strong>de</strong> trechos da tradução brasileira com os da última versão original (1951). A seleção para o corpus da<br />

pesquisa se baseou na revisão do valor literário <strong>de</strong> UntermRad por Vahlbusch (2009), que consi<strong>de</strong>ra as modificações<br />

feitas por Hesse no tom crítico do narrador, a construção do protagonista e suas relações familiares, acadêmicas e<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, além da inspiração para o título.<br />

RAPHAEL NOVARESI LEOPOLDO<br />

Sob a Ficção e a Realida<strong>de</strong>: alguns aspectos entre Castálicos e Beneditinos em Hermann Hesse<br />

Este trabalho discorre, em primeiro plano, a respeito <strong>de</strong> dois movimentos específicos engendrados por Hermann<br />

Hesse em O jogo das contas <strong>de</strong> vidro, a saber: a criação <strong>de</strong> uma instituição ficcional, que po<strong>de</strong> ser chamada <strong>de</strong><br />

Or<strong>de</strong>m Castálica, e a retratação <strong>de</strong> outra que, por sua vez, existe na realida<strong>de</strong> não-literária, a Or<strong>de</strong>m Beneditina.<br />

Sendo que como, a priori, aquela parece espelhar esta e não omitir tal engenho, buscar-se-á por características que<br />

elas possam ter em comum, mas também <strong>de</strong> encontro uma para com a outra.Palavras-chave: Teologia e literatura;<br />

Romantismo alemão; Beneditinismo.<br />

FERNANDO KELLER<br />

Um olhar sobre o final da vida <strong>de</strong> Hesse em Montagnola (Suíça), Costa d´Ouro, após ele ter sido agraciado com o<br />

prêmio Nobel, gostaria <strong>de</strong> apresentar a leitura <strong>de</strong> alguns poemas, escrito por ele nessa época que estão contidos no<br />

livro " Stun<strong>de</strong>nimGarten", o qual não há tradução para o português, com belíssimas ilustrações feitas por<br />

GunterBöhmer. Ilustrações que retratam o ambiente no qual ele estava cercado. Po<strong>de</strong>ria complementar com um<br />

exemplar que tenho da revista MonatsHefte <strong>de</strong> 1957 com uma entrevista com Hesse.<br />

MESA REDONDA: VAMOS FALAR DE FONOLOGIA: DEBATENDO OS UNIVERSAIS<br />

LINGUÍSTICOS<br />

Teresinha <strong>de</strong> Moraes Brenner<br />

Resumo da proposta:<br />

Numa perspectiva <strong>de</strong> um Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> e, especialmente, <strong>de</strong> Linguística, impõe-se o conhecimento do significado<br />

<strong>de</strong> teorias lingüísticas e <strong>de</strong> suas implicações no Ensino. Neste Encontro, procura-se enfatizar a importância dos<br />

estudos fonético/fonológicos sob o enfoque do mo<strong>de</strong>lo chomskiano padrão que valoriza os universais<br />

lingüísticosprescrutando as estruturas profundas e superficiais das línguas manifestadas em seus sistemas<br />

fonológicos. Esses princípios universais se <strong>de</strong>senvolveram em mo<strong>de</strong>los posteriores: no autossegmentalismo, na<br />

fonologia métrica e na fonologia multilinear. A Prof.ª Dr.ª Teresinha <strong>de</strong> Moraes Brenner revisita alguns postulados<br />

básicos <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los, buscando justificar uma unida<strong>de</strong> entre teoria linguística e prática <strong>de</strong> ensino, na perspectiva<br />

dos universais. Gustavo Lopez Estivalet apresenta algumas questões do acento em francês, segundo a teoria métrica.<br />

MágatNágelo Junges discute as estruturas silábicas do alemão e do inglês. Finalmente, Carlos Maroto Guerola<br />

apresenta o problema <strong>de</strong> interlíngua entre o espanhol e português manifestado entre os estudantes <strong>de</strong> ambas as<br />

línguas. As pesquisas foram realizadas na disciplina Fonologia I do Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Linguística da<br />

<strong>UFSC</strong>, em 2010/2.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda


Página11<br />

OS UNIVERSAIS EM FONOLOGIA<br />

Teresinha <strong>de</strong> Moraes Brenner – <strong>UFSC</strong><br />

A proposta da Gramática padrão <strong>de</strong> Noam Chomsky em seu conjunto e, sobretudo na área <strong>de</strong> Fonologia/Fonética,<br />

contribuiu <strong>de</strong> maneira substancial para os mo<strong>de</strong>los posteriores. A questão da universalida<strong>de</strong> linguística, a proposta<br />

<strong>de</strong> uma estrutura profunda, latente, e outra, superficial e a idéia <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> lingüística manifestada nos<br />

processos transformacionais tiveram continuida<strong>de</strong> nos mo<strong>de</strong>los mais atuais. Assim, o componente fonológico é<br />

interpretado por matrizes bilineares inseridas em processos cíclicos transformacionais.<br />

O mo<strong>de</strong>lo autossegmental inseriu os processos fonológicos em figuras geométricas. A teoria métrica, para <strong>de</strong>screver<br />

o processo acentual, re-introduziu a árvore chomskiana, enfatizando o conceito <strong>de</strong> hierarquia e or<strong>de</strong>m. Com a<br />

fonologia multilinear, dá-se uma nova dimensão à estrutura geométrica, relações, processos e níveis estruturais. O<br />

princípio da universalida<strong>de</strong> lingüística permitiu a <strong>de</strong>scrição larga das línguas do mundo.<br />

O ACENTO FRANCÊS: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE MÉTRICA<br />

Gustavo Lopez Estivalet - PPGL/<strong>UFSC</strong><br />

O acento é a sílaba tônica, ou seja, a sílaba mais forte, que exige maior esforço articulatório para a sua produção<br />

(COLLISCHONN, 2001). Esta <strong>de</strong>finição cabe para o português brasileiro (PB), porém, em outras línguas, ela se <strong>de</strong>sloca,<br />

passando a ser a sílaba acentuada não exatamente a sílaba que exige maior esforço articulatório, mas, a sílaba mais<br />

prolongada (LÉON, 1992). O francês possui um ritmo singular ditado pela pronunciação da sílaba acentuada sempre<br />

no final da palavra. Esten<strong>de</strong>ndo-se este conceito, o acento extrapola o limite da palavra e passa a ser realizado no<br />

grupo rítmico (WIOLAND; PAGEL, 1991). Ou seja, o ritmo oxítono no francês é uma constante e parece caracterizar a<br />

melodia e entoação <strong>de</strong>sta língua.Sendo assim, po<strong>de</strong>-se esten<strong>de</strong>r esse conceito para o nível da frase O francês<br />

possui acentos secundários<br />

Qual seria o comportamento do acento secundário no francês O objetivo principal <strong>de</strong>sta apresentação é realizar<br />

uma análise teórica do acento no francês a partir da fonologia métrica. Como objetivos específicos, esta<br />

apresentação realiza uma apresentação geral da fonologia métrica (GOLDSMITH, 1990) e, realiza uma análise<br />

<strong>de</strong>talhada do acento primário, secundário e terciário no francês. Sendo assim, a análise do acento no francês será<br />

realizada a partir da perspectiva da gra<strong>de</strong> métrica da fonologia métrica. Diferentemente do que muitos autores<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m sobre o acento no francês, através da aplicação das gra<strong>de</strong>s métricas, tanto no nível da palavra, do grupo<br />

rítmico e da sentença, po<strong>de</strong>-se observar, através <strong>de</strong> evidências teóricas, a existência, sobretudo, do acento primário<br />

oxítono no francês, mas também evidências da existência <strong>de</strong> acentos secundário e terciários nos três níveis citados<br />

acima, no francês.<br />

PANORAMA DAS ESTRUTURAS SILÁBICAS DO INGLÊS E DO ALEMÃO E ANÁLISE SILÁBICA DOS GLIDES /J/ E /W/ EM<br />

AMBAS AS LÍNGUAS, À LUZ DA FONOLOGIA MULTILINEAR<br />

Mágat Nágelo Junges - PPGL/CNPq/<strong>UFSC</strong><br />

Nesta pesquisa, aborda-se a <strong>de</strong>scrição da estrutura silábica do inglês e do alemão. Seus objetivos são: 1º Apresentar<br />

a sílaba como um componente fonológico universal nas línguas naturais; 2º Descrever resumidamente a estrutura<br />

silábica <strong>de</strong> ambas as línguas citadas; 3º Analisar e comparar brevemente os gli<strong>de</strong>s /j/ e /w/ <strong>de</strong> seus sistemas<br />

silábicos. O método diz respeito à estrutura da sílaba <strong>de</strong> acordo com a fonologia multilinear. Por fim, esses gli<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam uma discussão, visto que se apresentam <strong>de</strong> maneira particular na estrutura silábica do inglês e do<br />

alemão.<br />

PROCESSOS FONOLÓGICOS E ANÁLISE CONTRASTIVA: DIFICULDADES FONOLÓGICAS EM ESTUDANTES BRASILEIROS<br />

DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA<br />

Carlos Maroto Guerola – PPGL/<strong>UFSC</strong><br />

Conforme diversos autores da linguística contrastiva e da linguística aplicada, é no léxico que se constata a maior<br />

semelhança entre espanhol e português, sendo o campo fonético/fonológico que apresenta maiores divergências. A<br />

linguística contrastiva visa i<strong>de</strong>ntificar as semelhanças e diferenças estruturais entre a língua materna (LM) <strong>de</strong> um<br />

estudante e a língua estrangeira (LE) alvo com o objetivo <strong>de</strong> prever quais estruturas são passíveis <strong>de</strong> apresentarem<br />

dificulda<strong>de</strong>s e quais facilida<strong>de</strong>s para os alunos levando em conta tal contraste entre LM e LE. A Análise Contrastiva


Página12<br />

está fundada no conceito <strong>de</strong> interferência, ou seja, na tendência do aluno a substituir traços fonológicos,<br />

morfológicos, sintáticos da LE por traços da LM (Fialho, 2005). As interferências entre PB e ES nos estudantes<br />

brasileiros <strong>de</strong> espanhol LE (ELE) ainda precisa ser melhor caracterizada a fim <strong>de</strong> serem i<strong>de</strong>ntificados nela aqueles<br />

traços que apenas caracterizam a varieda<strong>de</strong> sociolingüística <strong>de</strong> falantes brasileiros <strong>de</strong> espanhol e aqueles traços que<br />

efetivamente dificultam a comunicação e <strong>de</strong>vem ser trabalhados em sala <strong>de</strong> aula a fim <strong>de</strong> aumentar o grau <strong>de</strong><br />

proficiência e competência comunicativa nos aprendizes brasileiros <strong>de</strong> ELE. Assim, o presente trabalho <strong>de</strong>screve,<br />

através da formalização da fonologia gerativa, os processos fonológicos da varieda<strong>de</strong> padrão do PB que são<br />

aplicados na produção oral <strong>de</strong> estudantes brasileiros <strong>de</strong> ELE, e os processos fonológicos próprios da varieda<strong>de</strong><br />

padrão do ES que não são aplicados por estes estudantes. Estes processos serão classificados conforme as suas<br />

implicações na competência comunicativa dos estudantes, sendo categorizados como relevantes/ não relevantes<br />

para o processo <strong>de</strong> intercompreensão entre atores conversacionais.<br />

MESA REDONDA: “LÍNGUA E LITERATURA ITALIANA: CÂNONES E MARGENS”.<br />

Silvana <strong>de</strong> Gaspari<br />

Resumo da proposta:*<br />

A presente proposta <strong>de</strong> mesa redonda tem como título: “Língua e literatura italiana: cânones e margens”. Segue o<br />

resumo das falas dos sete participantes.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

Professora Karine Simoni: O crítico e historiador da literatura Francesco De Sanctis (1817-1883) vivenciou um<br />

período peculiar da história da Itália: o processo <strong>de</strong> unificação da península. Na sua Storia <strong>de</strong>lla Letteratura Italiana<br />

<strong>de</strong>screve e avalia a experiência histórica, social e literária dos principais nomes da literatura italiana, estabelecendo<br />

um cânone literário que influenciará os críticos e historiadores literários posteriores. Dentre as características mais<br />

valorizadas por De Sanctis para a construção <strong>de</strong>sse cânone está a relação entre vida literária e envolvimento políticosocial<br />

do escritor. Desse modo, a comunicação tem por objetivo averiguar como De Sanctis analisa a vida e a obra <strong>de</strong><br />

três <strong>de</strong>sses importantes nomes da literatura e história italianas: Dante Alighieri (1265-1321), Niccolò Machiavelli<br />

(1469 - 1527) e Ugo Foscolo (1778-1827) a partir da experiência patriótica <strong>de</strong>sses autores.<br />

Professora Andréia Guerini: Esta comunicação preten<strong>de</strong> mostrar as mudanças <strong>de</strong> enfoque <strong>de</strong> análises em relação à<br />

obra <strong>de</strong> Giacomo Leopardi e <strong>de</strong> como o Zibaldone “da margem” passou a polarizou a atenção da crítica nos últimos<br />

30 anos.<br />

Professor Andrea P. F. Santurbano: A partir <strong>de</strong> alguns autores, <strong>de</strong>ntre os quais Savinio, Buzzati e Morselli, será<br />

proposta uma breve análise teórico-comparativa <strong>de</strong> modos narrativos, alternativos aos (neor)realistas, presentes na<br />

narrativa italiana do século passado.<br />

Professora Patrícia P. F. Santurbano: Essa comunicação preten<strong>de</strong> refletir sobre a produção literária e intelectual<br />

italiana a partir <strong>de</strong> das perspectivas tradição e ruptura, cânone e margem. Problemáticas complementares que nas<br />

décadas <strong>de</strong> 1930 e 1940 ganham corpo e direcionamentos diferentes, num Estado caracterizado pela exceção.<br />

Professor Sergio Romanelli: Nesta comunicação pretendo abordar a relação, na língua italiana contemporânea, entre<br />

norma e dialeto. De que forma esse binômio evoluiu ao longo dos séculos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o surgimento da língua italiana com


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a unida<strong>de</strong> política, e se e por que não po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar o dialeto como uma variante menor ou menos<br />

conceituada <strong>de</strong>ssa língua. Tentarei mostrar a dignida<strong>de</strong> e a não marginalida<strong>de</strong> do dialeto ou dos dialetos<br />

exemplificando seu prestígio através <strong>de</strong> produção literária e/ou musical em alguns <strong>de</strong>sses sistemas linguísticos.<br />

Professora Anna Fracchiolla: A reflexão sobre o panorama poético do Novecento italiano revela uma “nova poesia”<br />

que se <strong>de</strong>svencilha da lírica da tradição clássica e se i<strong>de</strong>ntifica na dimensão do isolamento do homem e na crise da<br />

relação entre sujeito e realida<strong>de</strong> que irá cada vez mais caracterizar o mundo mo<strong>de</strong>rno. Neste século aberto e<br />

contraditório em que nenhuma poética predomina sobre a outra, Montale, canonizado ainda em vida, passa para a<br />

dimensão <strong>de</strong> um “mo<strong>de</strong>rnista classicizado”.<br />

Professora Silvana <strong>de</strong> Gaspari: Nesta comunicação, pretendo apresentar como os personagens populares passaram<br />

<strong>de</strong> “margens” a “cânones”, na narrativa verista <strong>de</strong> Giovanni Verga, representada aqui pelo romance I Malavoglia.<br />

MESA-REDONDA: O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA LÍ NGUA MATERNA<br />

Coo<strong>de</strong>nação: Mary Elizabeth Cerutti-Rizzatti<br />

Membros: Luiz Percival Leme Britto<br />

Rosângela Hammes Rodrigues<br />

MESA-REDONDA: A AULA DE PORTUGUÊS<br />

Mary Elizabeth CeruttiRizzatti<br />

Resumo da proposta da mesa:<br />

A AULA DE PORTUGUÊS<br />

Esta mesa-redonda tematiza a aula <strong>de</strong> Português, discutindo implicações contemporâneas do ensino e da<br />

aprendizagem <strong>de</strong> língua materna na escola, com enfoque na escola pública, topicalizando os <strong>de</strong>safios da formação<br />

do leitor e do produtor <strong>de</strong> texto, tanto quanto os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> ressignificação das práticas escolares no campo dos<br />

conhecimentos gramaticais.<br />

As práticas escolares <strong>de</strong> ensino da gramática: a serviço <strong>de</strong> quem; a serviço <strong>de</strong> quê<br />

IRANDÉ ANTUNES<br />

As concepções que se firmaram em torno do que é a gramática e dos valores que lhe são atribuídos têm constituído<br />

o gran<strong>de</strong> impasse para que as práticas escolares priorizem o ensino da língua, na perspectiva - ampla e diversificada -<br />

<strong>de</strong> seus usos sociais. Sobretudo os alunos das escolas públicas, em geral, têm sofrido as consequências <strong>de</strong> se<br />

privilegiar o ensino <strong>de</strong> outras habilida<strong>de</strong>s que não aquelas ligadas à leitura e à escrita <strong>de</strong> textos. Concepções teóricas<br />

e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino que incidam sobre as condições da textualida<strong>de</strong>, expressa em usos orais e escritos da língua,<br />

é que po<strong>de</strong>m promover o <strong>de</strong>senvolvimento das competências em linguagem que as <strong>de</strong>mandas sociais a toda hora<br />

requerem <strong>de</strong> nós, cidadãos.


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Inquietações teórico-metodológicas sobre o ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa: aulas que não acontecem<br />

JOSA COELHO DA SILVA IRIGOITE<br />

Esta comunicação tem como tema a aula <strong>de</strong> português, concebida como acontecimento (Geraldi, 2010) e como<br />

gênero do discurso (Matencio, 20010), e traz o recorte <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa, <strong>de</strong> cunho etnográfico, que teve<br />

como instrumento <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> dados observação participante <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> Língua Portuguesa <strong>de</strong><br />

uma 7º série do ensino fundamental e <strong>de</strong> um 1º ano do ensino médio em uma escola estadual do município <strong>de</strong> São<br />

José (SC), além <strong>de</strong> entrevistas e notas <strong>de</strong> campo. A realida<strong>de</strong> encontrada é <strong>de</strong>safiadora e põe em xeque muitas<br />

teorias em voga na aca<strong>de</strong>mia, ao mostrar aulas que não acontecem <strong>de</strong> fato: uma professora angustiada para receber<br />

uma “resposta” da universida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sanimada com os resultados infrutíferos da ação cotidiana; alunos com<br />

aparente <strong>de</strong>sinteresse pelas aulas e com o estudo em geral, o qual ten<strong>de</strong> a não lhes acenar com novas perspectivas<br />

<strong>de</strong> futuro; e uma escola com diversos <strong>de</strong>safios institucionais a interferir no trabalho dos professores. O objetivo é<br />

tentar refletir sobre este quadro, que parece mas não <strong>de</strong>veria ser óbvio: professora e alunos ocupando um mesmo<br />

espaço físico, por um tempo significativo ao longo do ano e com materiais pedagógicos em circulação nesse mesmo<br />

espaço, sem, porém, entabular relações interpessoais que tenham possibilida<strong>de</strong>s mínimas <strong>de</strong><br />

modificar/ampliar/ressignificar/enriquecer <strong>de</strong> fato as representações dos envolvidos sobre os usos da língua escrita<br />

em socieda<strong>de</strong>s que requerem tão mais intensamente essa modalida<strong>de</strong> da língua a cada dia. E o fato mais<br />

angustiante: trata-se <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> entornos sociais em que a escola é a única agência capaz <strong>de</strong> suscitar essas novas<br />

representações.<br />

Alai Garcia Diniz<br />

Participantes:<br />

MESA REDONDA: LETRACENATELACENALETRA - NELOOL<br />

MARIA DE NAZARÉ CAVALCANTE DE SOUSA<br />

KARIN BAIER<br />

CARINA SCHEIBE<br />

HENRIQUE FINCO<br />

RAQUEL CARDOSO DE FARIA E CUSTÓDIO<br />

Resumo da proposta da mesa:<br />

O Núcleo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Literatura, Oralida<strong>de</strong> e Outras Linguagens – NELOOL, coor<strong>de</strong>nado pelo Professor Doutor<br />

Cláudio Cruz, realiza atualmente pesquisas ligadas à produção do escritor paraguaio Roa Bastos, cinema, televisão e<br />

teatro. A proposta <strong>de</strong>ssa mesa é apresentar os trabalhos que estão sendo <strong>de</strong>senvolvidos pelos pesquisadores que<br />

participam do núcleo.<br />

Resumo dos trabalhos apresentados na mesa redonda:<br />

A representação da violência no Brasil: uma oração fúnebre<br />

Embora no Brasil <strong>de</strong> hoje morram mais pessoas vítimas <strong>de</strong> violência do que em zonas conflagradas, ou do que em<br />

períodos <strong>de</strong> guerras, como as do Afeganistão, Iraque e Bósnia, sua representação ainda é muito pobre e<br />

problemática. Aqui, brevemente, falaremos do filme “Notícias <strong>de</strong> uma Guerra Particular”, <strong>de</strong> João Moreira Salles,<br />

que é uma das poucas representações reflexivas da violência urbana no Brasil feitas recentemente.<br />

Madame Sui: o ser mestiça<br />

Tratarei neste trabalho <strong>de</strong> aspectos do ser mestiça no romance Madama Sui <strong>de</strong> Roa Bastos, focando principalmente<br />

em Glória Anzaldúa que lança uma nova luz com respeito a mulher mestiça, além <strong>de</strong> pontuar aspectos como a<br />

cultura, política que tem influências fundamentais na formação <strong>de</strong>ssa nova mestiça.


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Tradução em Roa Bastos<br />

O trabalho irá tratar das traduções <strong>de</strong> obras, mais especificamente contos e peças teatrais, do autor paraguaio<br />

Augusto Roa Bastos para o português na sua variante brasileira, por iniciativa do NELOOL. A Contística do autor foi o<br />

primeiro foco do grupo <strong>de</strong> tradutores do NELOOL, que agora se esten<strong>de</strong> à suas obras dramatúrgicas. A liberação dos<br />

direitos autorais e interesse por parte dos filhos do autor e editoras paraguaias <strong>de</strong>monstram a importância <strong>de</strong>ste<br />

trabalho <strong>de</strong> tradução.<br />

As narrativas <strong>de</strong> ficção e a televisão latino-americana<br />

O artigo mostra o surgimento e o <strong>de</strong>senvolvimento das narrativas <strong>de</strong> ficção da televisão na América Latina;<br />

colocando em evidência a importância das telenovelas e minisséries na difusão <strong>de</strong> traços da cultura latino-americana<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste continente e também para outros continentes que passaram a consumir tais produtos.<br />

Uma dramaturgia ñandutí tecida com Augusto Roa Bastos.<br />

As relações em movimento, que ocorrem entre as diversas linguagens, é um dos aspectos investigados pelo NELOOL.<br />

Dentro disto, proponho aqui realizar um relato sobre um processo <strong>de</strong> passagem do conto a cena, <strong>de</strong> uma linguagem<br />

à outra, que envolveu relações intermidiais com a escrita <strong>de</strong> Augusto Roa Bastos. A proposta foi <strong>de</strong> utilizar a escrita<br />

<strong>de</strong> Roa Bastos como matéria, fios para tecer uma dramaturgia que <strong>de</strong>nomino aqui <strong>de</strong> ñandutí. O nãndutí, artesanato<br />

tecido pelas mulheres paraguaias, significa teia <strong>de</strong> aranha, e me permitiu enquanto gesto poético, realizar várias<br />

relações, sobre este ato <strong>de</strong> tecer feminino, que envolve também relações interculturais, assim como <strong>de</strong>nominar um<br />

processo que acontece a partir do entrelaçamento <strong>de</strong> vários fios, provindos <strong>de</strong> diferentes culturas, em um caminho,<br />

que vislumbra como propõe Silvia Fernan<strong>de</strong>s, não mais distinguir textualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> teatralida<strong>de</strong>.<br />

MESA REDONDA: ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS: FORMAÇÃO<br />

PLURAL E INDEPENDENTE.<br />

ZilmaGesser Nunes<br />

Resumo da proposta: Ativida<strong>de</strong>s Acadêmico-Científico-Culturais: formação plural e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

As Ativida<strong>de</strong>s Acadêmico-científico-culturais organizam-se em três frentes: ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

extensão e ativida<strong>de</strong>s pedagógicas. Ao longo do curso, os alunos <strong>de</strong>vem participar <strong>de</strong> eventos que possam ser<br />

computados em uma <strong>de</strong>ssas três categorias. Salienta-se que o registro <strong>de</strong>ssa formação é exigência do MEC, mas cabe<br />

a cada aluno, <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte buscar, <strong>de</strong> acordo com seus interesses e com a convergência necessária com<br />

seu Curso, as ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>sejar.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda:<br />

JOSÉ ERNESTO DE VARGAS<br />

O aluno do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Português <strong>de</strong>ve estar alerta para a sua formação complementar. Essa formação <strong>de</strong>ve se<br />

dar em três frentes: Ensino, Pesquisa e Extensão. O aluno <strong>de</strong>ve buscar essa formação <strong>de</strong> modo autônomo e<br />

consciente da importância <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s em sua formação.<br />

INAEMMEL<br />

O aluno do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Línguas Estrangeiras <strong>de</strong>ve estar alerta para a sua formação complementar. Essa<br />

formação <strong>de</strong>ve se dar em três frentes: Ensino, Pesquisa e Extensão. O aluno <strong>de</strong>ve buscar essa formação <strong>de</strong> modo<br />

autônomo e consciente da importância <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s em sua formação.<br />

ZILMAGESSER NUNES


Página16<br />

As Ativida<strong>de</strong>s Acadêmico-Científico-Culturais surgem no currículo do Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Português como formação<br />

plural e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Elas se organizam-se em três frentes: ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão e<br />

ativida<strong>de</strong>s pedagógicas. Ao longo do curso, os alunos <strong>de</strong>vem participar <strong>de</strong> eventos que possam ser computados em<br />

uma <strong>de</strong>ssas três categorias. Salienta-se que o registro <strong>de</strong>ssa formação é exigência do MEC, mas cabe a cada aluno,<br />

<strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte buscar, <strong>de</strong> acordo com seus interesses e com a convergência necessária com seu Curso, as<br />

ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>sejar.<br />

MESA REDONDA: DEVELOPING LISTENING AND SPEAKING SKILLS IN A DISTANCE<br />

MODE ENGLISH COURSE<br />

Rosane Silveira<br />

Resumo da proposta:<br />

Developing Listening and Speaking Skills in a Distance Mo<strong>de</strong> English Course<br />

Teaching oral skills in a distance learning mo<strong>de</strong> is certainly a challenge. It involves careful planning, selection and<br />

creation of materials, in the hope that stu<strong>de</strong>nts’ motivation is kept high, and that they are provi<strong>de</strong>d with relevant<br />

opportunities to <strong>de</strong>velop their listening and speaking skills. In this roundtable, the presenters discuss different<br />

moments of the planning process, material selection and creation, and implementationoflessons for the discipline<br />

Compreensão e Produção Oral em Língua Inglesa IV, whichintegratesthe curriculum oftheprogram Licenciatura em<br />

<strong>Letras</strong>-Inglês na Modalida<strong>de</strong> a Distância,. The first presentation explains how the selection of aural/oral input<br />

resources has been ma<strong>de</strong> in the discipline, as well as what is taken into account when searching, selecting, <strong>de</strong>signing<br />

and adapting the materials. The second presentation focuses on the two speaking activities which are the basis of<br />

the gra<strong>de</strong>d online activities of the course, namely, Skype Chats and Final Projects – Audio Files. The third<br />

presentation discusses the impressions of face-to-face tutors about the <strong>de</strong>velopment and outcomes of activities<br />

taking place on the different campuses where the <strong>Letras</strong>-Inglês Program is offered. The roundtable closes with a<br />

presentation that aims at explaining the roles of the instructor and the online tutoring team in the process of vi<strong>de</strong>o<br />

lesson planning and recording, as well as the stu<strong>de</strong>nts’ reactions to these lessons.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda*<br />

Implementing listening resources in a blen<strong>de</strong>d distance learning un<strong>de</strong>rgraduate program<br />

MÁRCIA DE SÃO THIAGO ROSA<br />

The field of L2 Teaching and Learning has been broa<strong>de</strong>ning in the last quarter century. Such diversification is mostly<br />

due to the fast pace of the technological advances. Accordingly, we are watching a massive proliferation of<br />

computer-based tools and resources which focus on aiding individuals interested in learning a foreign language,<br />

especially regarding the <strong>de</strong>velopment of aural skills. Recent studies on L2 have shownthe effectiveness of these tools<br />

in teaching\learning foreign languages (PAIVA, 1999a,1999b, 2001; SALABERRY, 2001; BRANDL, 2002; STEPP-<br />

GREANY, 2002; ZHAO,2003; YOUNG, 2003; LEFFA, 2006; SIMSEK, 2007, STOCKWELL, 2007, in MACHADO, 2008).<br />

Nevertheless, when <strong>de</strong>aling with distance learning, concerns about the quality of computer-based resources<br />

represent a major issue in the process of building and selecting supporting materials. It seems that success or failure<br />

of the stu<strong>de</strong>nts will <strong>de</strong>pend greatly on the actual efficiency of the resources ma<strong>de</strong> available to them. Providing<br />

stu<strong>de</strong>nts with input (KRASHEN,1982) and transforming it into intake is crucial to <strong>de</strong>velop aural abilities<br />

(BROWN,1994 ), and this has been the topic of a number of studies in the field of second language acquisition<br />

(RICHARDS, 1983; DUNKEL,1991; LUND,1990 in BROWN,1994).Therefore, the focus of this presentation is to explain<br />

how the selection of aural/oral input resources has been ma<strong>de</strong> in the discipline Compreensão e Produção Oral em<br />

Língua Inglesa ofthe <strong>Letras</strong>-Inglês naModalida<strong>de</strong> a Distância Program offered on a distance learning mo<strong>de</strong> by <strong>UFSC</strong>,<br />

as well as what is taken into account when searching, selecting, <strong>de</strong>signing and adapting the material in or<strong>de</strong>r to fulfill<br />

the needs of our target audience (prospective teachers of English as a foreign language in Brazil). keywords: listening<br />

resources, online materials, L2 listening


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Synchronous and asynchronous online activities and the <strong>de</strong>velopment of L2 speakingskills<br />

MARCELO MARTINS KREMER E FERNANDA RAMOS MACHADO<br />

The two activities selected to be presented were the ones that are more frequently used in thecourseentitled<br />

Compreensão e Produção Oral em Língua Inglesa IV, whichintegratesthe curriculum oftheprogram Licenciatura em<br />

<strong>Letras</strong>-Inglês na Modalida<strong>de</strong> a Distância. These activities are the basis of the gra<strong>de</strong>d online activities that occur<br />

during the entire semester. The first one is entitled “Skype Chat”, which allows participants to have a real-time<br />

synchronous discussion via the web on a weekly basis. Every Skype Chat may have 5 stu<strong>de</strong>nts at maximum, plus the<br />

Tutor, and each session lasts for 30 minutes. Every week the Skype Chat is scheduled on the online forum of the<br />

discipline by the Tutor and the stu<strong>de</strong>nts. The second type of activity is entitled “Final Project – Audio File”, which can<br />

be done in two ways. The first option is to use the NanoGong recor<strong>de</strong>r, which provi<strong>de</strong>s a very simple and transparent<br />

voice recor<strong>de</strong>r support for Moodle. It can be used to record, playback and save a voice file, in a web page. A<br />

NanoGong activity allows the stu<strong>de</strong>nt to submit a voice recording file to the teacher. The second option is to submit<br />

an audio file (.mp3, wva, etc) recor<strong>de</strong>d with any digital recording <strong>de</strong>vice. Both the Skype Chat and the Final Project –<br />

Audio File activities give the stu<strong>de</strong>nts a chance to talk about a topic discussed in the lessons using the target<br />

functions and grammatical structure. Keywords: L2 speaking, online tools, synchronous/asynchronous activities<br />

The role of face-to-face tutors in a blen<strong>de</strong>d distance learning course<br />

DANIELLE AMANDA RAIMUNDO DA SILVA<br />

Technology has <strong>de</strong>cisively influenced and brought to bear new ways of learning. By using a variety of tools, it is<br />

possible to interact without getting together physically, which makes feasible, for example, to have stu<strong>de</strong>nts from<br />

different cities in the same classroom in an online environment. This is the main feature of distance education;<br />

however, some distance courses are based on a blen<strong>de</strong>d format, recognizing that a face– to-face component has its<br />

place in the learning process. In the discipline Compreensão e Produção Oral em Língua Inglesa ofthe <strong>Letras</strong>-Inglês<br />

na Modalida<strong>de</strong> a Distância Program (<strong>UFSC</strong>/UAB), the face-to-face tutors are seen as mediators of a number of<br />

synchronous activities (Tractenberg, 2008) that take place on campus, and which are planned by the instructor in<br />

charge of organizing the course. Aiming to better un<strong>de</strong>rstand the role played by the face-to-face interaction<br />

component in the discipline, the present work takes into account the impressions of face-to-face tutors about the<br />

<strong>de</strong>velopment and outcomes of activities taking place on the different campuses. In an attempt of gathering an<br />

authentic report from the tutors concerning their beliefs and experiences, it was administered a questionnaire ma<strong>de</strong><br />

of open-en<strong>de</strong>d questions. Keywords: blen<strong>de</strong>d course, tutors, L2 oral skills<br />

Planning, recording and using tailor-ma<strong>de</strong> vi<strong>de</strong>o lessons to teach oral skills online<br />

ROSANE SILVEIRA<br />

In second language courses, both in face-to-face and in distance learning programs, vi<strong>de</strong>o-based activities play a<br />

central role (Canning-Wilson, 2000; Brooke, 2003). In the discipline Compreensão e Produção Oral em Língua Inglesa<br />

ofthe <strong>Letras</strong>-Inglês na Modalida<strong>de</strong> a Distância Program (<strong>UFSC</strong>/UAB), vi<strong>de</strong>o lessons are frequently used to enhance<br />

learners’ listening and speaking skills. Although the instructors and the online tutoring team select many vi<strong>de</strong>o<br />

activities available online, we also make an effort to put together some vi<strong>de</strong>o-lessons that are tailor-ma<strong>de</strong> to our<br />

stu<strong>de</strong>nts. The purpose of this presentation is twofold. First, I explain how these vi<strong>de</strong>o lessons are planned and<br />

recor<strong>de</strong>d, which inclu<strong>de</strong>s information about the participation of the tutoring team and other guests, and the role of<br />

the technical team in charge of recording and editing the vi<strong>de</strong>os. The second purpose is to explain how these vi<strong>de</strong>o<br />

lessons are integrated to the online lessons and how stu<strong>de</strong>nts react to this type of activity.<br />

Keywords: vi<strong>de</strong>o lessons, L2 oral skills, online


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MESA REDONDA: CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES E SUAS REPRES ENTAÇÕES<br />

NAS LITERATURAS<br />

Renato Muchiuti Aranha<br />

Participantes:<br />

THAYSEMADELLA<br />

RENATO MUCHIUTI ARANHA<br />

JEFFERSON LIMA<br />

MAYTÊ REGINA VIEIRA<br />

Resumo da proposta:<br />

A relação entre a construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, individual ou coletiva, é constantemente representada na literatura,<br />

disseminando e ao mesmo tempo dando forma, a uma representação social. Essa representação po<strong>de</strong> tentar ser<br />

subversiva, fugindo e buscando alterar o que já está previamente estabelecido, ou reproduzir i<strong>de</strong>ologias já<br />

existentes. Partindo <strong>de</strong>sse ponto, a mesa vai buscar discutir a relação entre a construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e o gênero<br />

literário utilizado nesta construção, tendo em consi<strong>de</strong>ração fatores históricos, culturais e literários.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

Análise da apropriação <strong>de</strong> um personagem histórico pela literatura em Drácula <strong>de</strong> Bram Stoker (1897).<br />

Busca, e compreensão, da imagem e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> das tribos urbanas proposta nos quadrinhos da Chiclete com<br />

Banana durante a década <strong>de</strong> 80.<br />

A construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> brasileira e representação da campanha nacionalista <strong>de</strong> Vargas em Santa Catarina na<br />

obra No tempo das tangerinas.<br />

No livro autobiográfico em quadrinhos Persépolis, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marjane Satrapi é representada em<br />

uma construção feita por múltiplas influências. Passando pela visão <strong>de</strong> nacionalismo, orientalismo e<br />

migração, Satrapi também é influenciada pelo gênero literário que escolheu para retratar sua própria<br />

história.<br />

Salma Ferraz<br />

MESA-REDONDA: TEOLOGIA E LITERATURA<br />

Apresentador 1<br />

MARCELO RAUPP<br />

Panorama histórico da transmissão da Bíblia: uma concisa abordagem histórica <strong>de</strong> como a Bíblia tem sido<br />

transmitida ao longo dos séculos.<br />

Serão discutidos temas como o surgimento <strong>de</strong>ssa obra, as cópias mais antigas nas línguas originais disponíveis<br />

atualmente, as propostas <strong>de</strong> unificação do texto, necessárias em função das alterações aci<strong>de</strong>ntais e <strong>de</strong>liberadas dos<br />

escribas, e as principais traduções já feitas.<br />

Apresentador 2<br />

ROSELI BROERING DOS SANTOS<br />

Apresentação: Declamação/performance do poema Cântico Negro, do poeta português José Régio<br />

Apresentador 3<br />

MARJORIE NUNES MIRANDA DA ROCHA<br />

A presença do Messianismo na Guerra do Contestado


Página19<br />

Esta comunicação se propõe a fazer uma leitura da religiosida<strong>de</strong> na Guerra do Contestado buscando compreen<strong>de</strong>r a<br />

presença do Messianismo nesse contexto. A análise se baseia num estudo comparado entre Literatura e Teologia, a<br />

partir do romance Geração do Deserto <strong>de</strong> Guido WilmarSassi.<br />

Apresentador 4<br />

CRISTIAN ROLIN DA SILVA<br />

Apresentação: Interpretação do Conto Alma, vendo, <strong>de</strong> Luis Fernando Veríssimo<br />

Apresentador 5<br />

RAPHAEL NOVARESI LEOPOLDO<br />

Lázaro e sua infeliz eternida<strong>de</strong>: <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperto em Betânia a domador <strong>de</strong> cadáveres.<br />

Há tempos superada a terrífica pena eclesiástica que pairava sobre a Bíblia como livro intocável, vê-se hoje<br />

personagens como o Lázaro recriado por Álvaro Cardoso Gomes, migrando do evangelho joanino para as páginas da<br />

literatura romanesca <strong>de</strong>satrelada do cultivo espiritual e voltada ao intertexto paródico, no mínimo bem-humorado.<br />

Esta comunicação busca analisar aspectos do curioso êxodo <strong>de</strong> tal personagem em A divina paródia.<br />

Apresentador 6<br />

FILIPE MARCHIORO PFUTZENREUTER<br />

O Bom Diabo, <strong>de</strong> Monteiro Lobato<br />

A relação existente entre Literatura e Teologia sempre se mostrou muito conflituosa ao longo da história da<br />

humanida<strong>de</strong>. Utilizar as personagens bíblicas para recriá-las sob a forma <strong>de</strong> personagens literárias é, para os<br />

religiosos mais ortodoxos, uma gran<strong>de</strong> heresia. A novida<strong>de</strong> para a qual se voltam as atenções do presente trabalho,<br />

contudo, está em outra personagem, o Diabo. Não bastasse a migração <strong>de</strong> tal personagem para clássicos da<br />

Literatura mundial, observa-se também a sua presença cada vez mais recorrente em obras da Literatura<br />

contemporânea ofertada para o público infantil, da qual se <strong>de</strong>staca O Bom Diabo, <strong>de</strong> Monteiro Lobato, que aqui se<br />

propõe analisar. Para tal, busca-se i<strong>de</strong>ntificar como o Diabo aparece na Bíblia e qual é o seu arquétipo cristão. Em<br />

seguida, promove-se um confronto entre essas imagens tradicionais e a recriação lobatiana.<br />

Apresentador 7<br />

NYCIA FRANCIELLE CURCINO NETO<br />

O Bom Diabo <strong>de</strong> Monteiro Lobato, performance <strong>de</strong> Contação <strong>de</strong> Estórias.<br />

Apresentador 8<br />

ANDRÉA NANCI DA SILVA VIEIRA<br />

O Bom Diabo <strong>de</strong> Monteiro Lobato, performance <strong>de</strong> Contação <strong>de</strong> Estórias.<br />

Apresentador 9<br />

YVONÉLIO NERY FERREIRA<br />

Sobre todas as coisas <strong>de</strong> Chico Buarque<br />

Resumo: Ao ler os livros do Antigo Testamento chego ao seguinte posicionamento: Deus é o ser que se encontra<br />

sobre todas as coisas, o criador <strong>de</strong> tudo, como aponta o livro do Gênesis. É Aquele que cria, mas que também<br />

<strong>de</strong>strói, é o ser <strong>de</strong> on<strong>de</strong> provém o bem, mas também o mal. Como será esta face “oculta” do mal <strong>de</strong> Deus Em que<br />

momentos e como esta malda<strong>de</strong> e, por vezes, cruelda<strong>de</strong>, divina se apresenta Esta são algumas perguntas que<br />

pretendo explanar ao fazer uma rápida comparação entre a música “Sobre todas as coisas”, <strong>de</strong> Chico Buarque <strong>de</strong><br />

Hollanda e Edu Lobo e passagens do Antigo Testamento.<br />

Apresentador 10<br />

ÉGIDE GUARESCHI<br />

O casamento do Diabo<br />

Esta comunicação traz apontamentos sobre o conto O Arquidiabo Belfegor <strong>de</strong> NiccolòMachiavelli. Cuja história<br />

<strong>de</strong>senvolve-se a partir <strong>de</strong> um concílio entre <strong>de</strong>mônios, em que se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> enviar um emissário à terra para este<br />

provar das experiências terrenas e relatá-las a seus pares, quando do seu retorno.


Página20<br />

Apresentador 11<br />

JOSÉ OLERIANO MONTEIRO FILHO<br />

O Diabo em O Hóspe<strong>de</strong> <strong>de</strong> Frei Beto.<br />

O presente artigo tem como objetivo central analisar o Diabo como personagem da literatura brasileira<br />

contemporânea. A migração <strong>de</strong> aspectos teológicos, filosóficos e culturais acerca daquele que é consi<strong>de</strong>rado a<br />

personificação do mal para o texto ficcional especificamente no conto O Hóspe<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Frei Betto.<br />

MESA REDONDA: LITERATURA GÓTICA: TRANSFORMAÇÕES E REFLEXÕES<br />

ATRAVÉS DOS TEMPOS<br />

Lívia Maria Pinto Paschoal<br />

Resumo da proposta:<br />

A mesa redonda se propõe a discorrer sobre as principais características das obras <strong>de</strong> ficção gótica clássica e<br />

contrastar tais características com as novas tendências <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> literatura observadas no século XXI.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda*<br />

Sarah Silvestre:<br />

Lívia Paschoal:<br />

Meu Amável e Odiável Eu: Robert Louis Stevenson na Televisão e Cinema Atual<br />

Des<strong>de</strong> seu lançamento, o clássico da literature gótica O Médico e o Monstro (1886) <strong>de</strong> Robert Louis Stevenson<br />

fascina escritores, produtores e diretores. Atualmente o tema do duplo é ainda extremamente recorrente na<br />

televisão e no cinema. É a partir <strong>de</strong> tal constatação que esta fala discute como o tema do duplo é <strong>de</strong>senvolvido na<br />

mídia atual, verificando se há semelhanças e diferenças com o duplo Maniqueísta <strong>de</strong> Stevenson.<br />

Seres Sobrenaturais e Amores Imortais: A Literatura Gótica Para Jovens Leitores Em tempos recentes, a literatura<br />

gótica parece ter achado no público <strong>de</strong> jovens leitores o caminho para a repopularização do gênero. Com essa<br />

premissa, o trabalho discute a construção <strong>de</strong> personagens e temas abordados em alguns dos livros infanto-juvenis<br />

<strong>de</strong> maior visibilida<strong>de</strong> surgidos na primeira década do novo século a fim <strong>de</strong> analisar as maneiras como as novas obras<br />

<strong>de</strong> ficção se assemelham e divergem da literatura gótica clássica.<br />

DIOGO BRÜGGEMANN:<br />

Fora do Caixão: Homossexualida<strong>de</strong> e a Representação <strong>de</strong> Vampiros em DeaduntilDark e TrueBlood<br />

Des<strong>de</strong> suas primeiras representações na literatura e no cinema, a figura do vampiro vem sendo alterada e<br />

reconstruída, transformando o tão temido vilão em verda<strong>de</strong>iros mocinhos. Desta forma o estudo preten<strong>de</strong> discutir e<br />

comparar a imagem <strong>de</strong> vampires em obras recentes da literatura e da televisão com a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> minorias sociais,<br />

principalmente grupos homossexuais, sempre em relação a figura clássica do vampiro.


Página21<br />

MESA REDONDA: ALÇAPÃO PARA GIGANTES: PROSA DE CINEMA<br />

DENNIS LAURO RADÜNZ<br />

Resumo da proposta:*<br />

Literatura e cinema<br />

A escritura do poeta e prosador catarinense Péricles Pra<strong>de</strong> (1942-), marcada pelo ambiente mítico-supranatural e a<br />

linguagem atravessada pela imagem (fanopeia), encontra um duplo no cinema <strong>de</strong> animação da argentina<br />

YannetBriggiler. O conto “Alçapão para gigantes” é adaptado livremente no curta-metragem homônimo (4’) e o<br />

texto, “transcriado” no <strong>de</strong>senho animado, revela novas superfícies <strong>de</strong> significado.<br />

EXIBIÇÃO DO CURTA “ALÇAPÃO PARA GIGANTES”, DE YANNET BRIGGILER.<br />

ENSAIO DE DENNIS RADÜNZ E DIÁLOGO COM O ESCRITOR PÉRICLES PRADE<br />

MESA REDONDA: HIBRIDISMOS LITERÁRIOS, LINGUÍSTICOS E CULTURAIS<br />

Cristine Gorski Severo<br />

Resumo da proposta:<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma proposta interdisciplinar que agrega trabalhos que versam sobre o fenômeno do hibridismo nos<br />

âmbitos literários, linguísticos e discursivos, consi<strong>de</strong>rando, em especial, o papel político <strong>de</strong>sse fenômeno em<br />

contextos pós-coloniais em que o po<strong>de</strong>r e a resistência constituem as i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s locais.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

Hibridismos linguístico-discursivos em Angola como ban<strong>de</strong>ira política e i<strong>de</strong>ntitária<br />

Profa. Cristine G. Severo<br />

Resumo: Tomando como suporte os trabalhos <strong>de</strong> Mikhail Bakhtin sobre hibridação orgânica e intencional, trata-se<br />

<strong>de</strong> analisar a natureza política e i<strong>de</strong>ntitária dos fenômenos <strong>de</strong> hibridismo linguístico-discursivo em Angola e Timor<br />

Leste, apontando para o papel do po<strong>de</strong>r na constituição da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional.<br />

Uma casa maior que o mundo: Hibridismo e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> na ficção <strong>de</strong> Mia Couto<br />

Prof. Jorge Valentim<br />

Leitura da ficção do escritor moçambicano contemporâneo Mia Couto, a partir <strong>de</strong> uma abordagem em que se<br />

privilegia a compreensão dos conceitos <strong>de</strong> hibridismo e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> como instrumentos auxiliares na construção<br />

ficcional do espaço e dos sujeitos moçambicanos. Tomando por base alguns conceitos teóricos norteadores das<br />

teorias pós-coloniais e pós-mo<strong>de</strong>rnas, procuraremos sublinhar a ocorrência <strong>de</strong> tais preocupações a partir <strong>de</strong> duas<br />

obras específicas (O outro pé da sereia e Venenos <strong>de</strong> Deus, remédios do Diabo), objetivando mostrar como o seu<br />

autor aposta num duplo gesto <strong>de</strong> pensar e escrever Moçambique na contemporaneida<strong>de</strong>.<br />

O hibridismo impossível <strong>de</strong> Gamaliel Churata<br />

Profa. Meritxell Marsal<br />

Reflexão em torno do conceito <strong>de</strong> hibridismo proposto por Gamaliel Churata, em sua obra El pez <strong>de</strong> oro. Esta noção<br />

con<strong>de</strong>nsa uma empreitada que é, ao mesmo tempo, linguística, formal e cultural, na busca <strong>de</strong> uma forma possível<br />

para expressão da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> na América Latina, marcada pelo conflito entre o europeu e o indígena. No entanto, a<br />

proposta híbrida falha e é questionada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o interior da própria obra literária. Para pensar neste fracasso, parto<br />

das reflexões contemporâneas da socióloga Silvia Rivera Cusicanqui, que recupera a obra <strong>de</strong> Churata <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma<br />

perspectiva indígena e <strong>de</strong>scolonizadora.


Página22<br />

MESA REDONDA: LINGUAGEM NA SOCIEDADE CONTEMPORÂ NEA: PROJETOS DO<br />

NÚCLEO DE PESQUISA TEXTO, DISCURSO E PRÁ TICAS SOCIAIS -NUPDISCURSO.<br />

Marcos Morgado<br />

PARTICIPANTES:<br />

Maria Ester Moritz<br />

Vanúbia Araújo LaulateMoncayo<br />

Resumo da proposta:<br />

O Núcleo <strong>de</strong> Pesquisa Texto, Discurso e Práticas Sociais (NUPDiscurso) estuda as relações entre linguagem e<br />

socieda<strong>de</strong>. As pesquisas realizadas pelo grupo constituem importantes subsídios para oferecer a professores/as e<br />

alunos/as variadas manifestações <strong>de</strong> textos orais e escritos, contribuindo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma melhor<br />

compreensão dos papéis e do po<strong>de</strong>r da linguagem. Os estudos do grupo visam oferecer também repercussões<br />

práticas relativas à análise e produção <strong>de</strong> textos na escola e à conscientização geral sobre o uso da linguagem na<br />

socieda<strong>de</strong> contemporânea. Para esta mesa-redonda, portanto, temos o propósito <strong>de</strong> divulgar e discutir as pesquisas<br />

que estão sendo conduzidas por professores e alunas/os participantes do grupo <strong>de</strong> pesquisa NUPDiscurso. Neste<br />

mesa, participarão os professores Marcos Morgado e Maria Ester Moritz, docentes atuantes nos cursos <strong>de</strong><br />

graduação e pós-graduação, que apresentarão seus projetos <strong>de</strong> pesquisa e extensão em andamento, bem como a<br />

representante discente do NUPDiscurso, Vanúbia Araújo Laulate Moncayo, que fará a exposição das pesquisas<br />

discentes do grupo em questão.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

“Novas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais ou (re)posicionamento social O impacto <strong>de</strong> mudanças econômicas na percepção das<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais no Brasil”<br />

MARCOS MORGADO<br />

Através <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> mudanças políticas, sociais, e principalmente econômicas, parece haver certo consenso<br />

<strong>de</strong> que, na última década, gran<strong>de</strong> parcela dos cidadãos brasileiros teve a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar novos patamares<br />

na escala social no Brasil. Assim, po<strong>de</strong>-se talvez afirmar que a melhoria das condições econômicas da população<br />

po<strong>de</strong> também ter produzido uma melhoria na auto-percepção das pessoas enquanto indivíduos e cidadãos, ou seja,<br />

uma (re)avaliação <strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais. Este projeto, portanto, busca investigar o impacto <strong>de</strong>ssa possível<br />

mudança <strong>de</strong> percepção i<strong>de</strong>ntitária em diferentes contextos sociais (na publicida<strong>de</strong>, na imprensa e outras mídias, na<br />

economia e política, nas artes, etc.) e institucionais (escolas, universida<strong>de</strong>s, empresas, etc.) e como esse impacto<br />

produz/produziu mudanças no uso da linguagem/discurso nesses diferentes contextos. A pesquisa preten<strong>de</strong>, através<br />

da investigação <strong>de</strong> diferentes gêneros textuais, orais e escritos, estabelecer possível relação entre tais mudanças<br />

i<strong>de</strong>ntitárias e discurso. Com o suporte da Análise Crítica do Discurso, esta pesquisa buscará i<strong>de</strong>ntificar elementos<br />

linguísticos e extra-linguísticos que possam, ou não, confirmar a hipótese <strong>de</strong> mudança apresentada acima.<br />

MARIA ESTER MORITZ<br />

O projeto “Estudos <strong>de</strong> gêneros acadêmicos” propõe a investigação <strong>de</strong> diferentes gêneros acadêmicos <strong>de</strong> modo a<br />

enten<strong>de</strong>r como os gêneros são produzidos e consumidos <strong>de</strong> modo a facilitar membros (ou futuro membros) <strong>de</strong> uma<br />

comunida<strong>de</strong> acadêmica (SWALES, 1990; 2004) a participar ativamente nessa comunida<strong>de</strong>. Dessa forma, o projeto<br />

analisa organização macro e micro estrutural dos gêneros mais comumente usados pela comunida<strong>de</strong> acadêmica<br />

universitária. A base teórica para as análises é a Linguística Sistêmico-Funcional Hallidayana e os estudos <strong>de</strong> gênero<br />

<strong>de</strong> filiação Norte Americana (BAZERMAN, 2005, 2007; SWALES, 2004).


Página23<br />

ANDREANA MARCHI (MESTRANDA)<br />

‘Uma análise crítica dos discursos <strong>de</strong> Barack Obama: língua, contexto e mudança social’, busca, através da análise<br />

das escolhas dos elementos lexicogramaticais empregados em contextos distintos, compreen<strong>de</strong>r e interpretar os<br />

discursos pelo Presi<strong>de</strong>nte dos Estados Unidos proferidos, como forma <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar valores retratados pelos Estados<br />

Unidos no estabelecimento <strong>de</strong> suas relações com a América Latina.<br />

BRUNA ABREU (MESTRANDA)<br />

‘Investigação da representação feminina na revista em quadrinhos ‘Turma da Mônica Jovem’, procura,<br />

fundamentada na análise crítica do discurso (ACD), Gramática do Design Verbal (GDV), Gramática Sistêmico<br />

Funcional(GSF), e estudos em gênero social, compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que forma valores e padrões sociais são vinculados aos<br />

leitores, uma vez que o universo <strong>de</strong>ssa revista passa <strong>de</strong> um cenário infantil para um pré-adolescente e adolescente.<br />

MARTHA JÚLIA SOUZA (MESTRANDA)<br />

‘O Caso Chico Men<strong>de</strong>s: uma análise crítica <strong>de</strong> artigos da revista ‘New York Times’, preten<strong>de</strong> investigar, a partir da<br />

análise crítica discursiva <strong>de</strong> cinco artigos publicados na revista ‘The New York Times’, entre os anos <strong>de</strong> 1988 a 2008,<br />

<strong>de</strong> que forma os textos mediáticos constroem a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chico Men<strong>de</strong>s, bem como a representação <strong>de</strong> sua<br />

morte <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um cenário internacional. Para tal, utilizar-se-á como ferramenta metodológica a ACD e LSF, que<br />

junto à análise <strong>de</strong> elementos textuais e visuais corroboram para perpetuar a imagem <strong>de</strong> Chico Men<strong>de</strong>s como<br />

mártir.<br />

JAIR GONZAGA (DOUTORANDO)<br />

‘Casos complexos em orações <strong>de</strong>ntro da Gramática Sistêmico Funcional concernente à Gramática do Português<br />

Brasileiro’, busca investigar a interpretação do perfil i<strong>de</strong>acional em casos complexos <strong>de</strong>ntro da discussão <strong>de</strong> orações<br />

como representação <strong>de</strong>ntro da GSF concernente à gramática do Português Brasileiro (PB) em um estudo contrastivo<br />

com o inglês. Ainda, preten<strong>de</strong>-se com este estudo oferecer subsídios às pesquisas concernentes à linguagem em uso<br />

do PB e servir como baseamento para uma futura introdução <strong>de</strong> uma gramática sistêmico-funcional <strong>de</strong> modo que<br />

possa refletir as especificida<strong>de</strong>s do idioma.<br />

SILVANA NICOLOSO (DOUTORANDA)<br />

‘Uma análise <strong>de</strong> interpretações da língua <strong>de</strong> sinais brasileira entre pessoas <strong>de</strong> gêneros diferentes’, tem o objetivo<br />

geral <strong>de</strong> esclarecer quais elementos são relevantes na escolha da composição e estruturação do discurso quanto às<br />

diferenças <strong>de</strong> gêneros. Os Estudos da Tradução, os Estudos <strong>de</strong> Gênero e a Análise Crítica do Discurso constituem<br />

ferramentas teóricas e metodológicas sustentadoras da pesquisa em questão.<br />

VANÚBIAMONCAYO (DOUTORANDA)<br />

‘Uma análise critica do discurso dos hotéis <strong>de</strong> selva no estado do Amazonas concernente à questão da<br />

sustentabilida<strong>de</strong>: Língua, textos e práticas sociais’, insere-se na proposta <strong>de</strong> averiguar <strong>de</strong> que forma as escolhas <strong>de</strong><br />

elementos lexicogramaticais, bem como elementos visuais contribuem para a construção do discurso nos textos<br />

midiáticos sob análise. Partindo <strong>de</strong>sse entendimento, po<strong>de</strong>r-se-á aferir <strong>de</strong> que forma o termo sustentabilida<strong>de</strong> é<br />

empregado e manipulado por esses empreendimentos, e se este condiz com aquele imbricado à questão da<br />

sustentabilida<strong>de</strong>. Para tal, a Análise Critica do Discurso (ACD), Lingüística Sistêmico-Funcional (LSF), e<br />

multimodalida<strong>de</strong> nortearão a leitura interpretativa dos dados obtidos.


Página24<br />

MESA REDONDA: ENSINO E APRENDIZAGEM EM EAD: DIFERENTES FAZERES E<br />

POSSIBILIDADES<br />

Rosane Silveira<br />

para contato: (48) 4105-0712 e (48) 9615-9978<br />

PARTICIPANTES:<br />

Gloria Gil<br />

Raquel Carolina Souza Ferraz D’Ely<br />

Maria Ester Wollstein Moritz<br />

Rosane Silveira<br />

Resumo da proposta:<br />

À medida em que a educação a distância vai ganhando força no âmbito das universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais, a oferta <strong>de</strong><br />

cursos <strong>de</strong> graduação, especialização e <strong>de</strong> extensão tem aumentado. Com isso, os professores também são chamados<br />

a refletir sobre diferentes maneiras <strong>de</strong> ensinar e sobre características específicas do ensino na modalida<strong>de</strong> a<br />

distância. Nesta mesa redonda, quatro professoras do Departamento <strong>de</strong> Língua e Literatura Estrangeiras relatam<br />

suas diferentes experiências <strong>de</strong> ensino em EaD. Na primeira apresentação, as autoras compartilham a experiência <strong>de</strong><br />

ensino- aprendizagem a distância da equipe pedagógica <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> extensão com foco na leitura em Inglês<br />

como língua estrangeira, para fins específicos, oferecido à Secretaria <strong>de</strong> Portos <strong>de</strong> Brasília. O segundo trabalho<br />

discute questões relevantes para a formação <strong>de</strong> professores na área <strong>de</strong> línguas estrangeiras na modalida<strong>de</strong> a<br />

distância, tendo como base as experiências no ensino das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão e expressão oral em língua<br />

inglesa no curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Inglês na modalida<strong>de</strong> a distância oferecido pela Universida<strong>de</strong> Aberta do Brasil (UAB) e<br />

pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina (<strong>UFSC</strong>). A terceira apresentação relata uma experiência <strong>de</strong> ensino da<br />

disciplina Linguística Aplicada I no Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Espanhol na modalida<strong>de</strong> a distância, também oferecido pela<br />

UAB/<strong>UFSC</strong>, contrastando o ensino da mesma disciplina nas modalida<strong>de</strong>s presencial e a distância e refletindo sobre<br />

os conceitos <strong>de</strong> mediação pedagógica e comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prática.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

Ensino-aprendizagem da habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura para fins específicos: Uma experiência em Educação a distância<br />

RAQUEL CAROLINA SOUZA FERRAZ D’ELY<br />

MARIA ESTER WOLLSTEIN MORITZ<br />

No atual cenário das Universida<strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais Brasileiras, a modalida<strong>de</strong> a distância vem se configurando como nicho<br />

<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores, espaço para que se possa (re) pensar práticas pedagógicas e vislumbrar <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>ssa<br />

modalida<strong>de</strong> (KENSKI, <strong>2011</strong>). Consi<strong>de</strong>rando a possibilida<strong>de</strong> do uso das novas tecnologias para mediar a construção <strong>de</strong><br />

conhecimentos entre alunos, tutores e professores, foi oferecido, no semestre <strong>de</strong> 2010-02, um curso <strong>de</strong> leitura em<br />

Inglês como língua estrangeira, para fins específicos, para a Secretaria <strong>de</strong> Portos <strong>de</strong> Brasília. O curso teve duração <strong>de</strong><br />

60 horas/aula e foi oferecido, para dois grupos <strong>de</strong> alunos distintos em relação ao grau <strong>de</strong> proficiência na língua<br />

estrangeira – nível iniciante e intermediário. Com o intuito <strong>de</strong> compartilhar essa experiência <strong>de</strong> ensinoaprendizagem<br />

a distância da equipe pedagógica <strong>de</strong>sse curso composta por dois professores, quatro tutores e dois<br />

<strong>de</strong>signers instrucionais, essa comunicação visa: 1) apresentar algumas das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas para esse curso<br />

<strong>de</strong> leitura com fins específicos por meio do uso <strong>de</strong> ferramentas síncronas e assíncronas, 2) refletir sobre a percepção<br />

da equipe docente e discente em relação às dinâmicas empreendidas e, por fim, 3) pontuar <strong>de</strong>safios e possibilida<strong>de</strong>s<br />

ante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa habilida<strong>de</strong> em língua estrangeira na EaD.


Página25<br />

Reflexões sobre o ensino das habilida<strong>de</strong>s orais em língua estrangeira na modalida<strong>de</strong> a distância<br />

ROSANE SILVEIRA<br />

O potencial educativo das novas tecnologias é inegável na área <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> línguas. No entanto, quando pensamos<br />

em como ensinar as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão e, principalmente, <strong>de</strong> produção oral em uma língua estrangeira na<br />

modalida<strong>de</strong> a distância, muitos questionamentos se colocam. O objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é discutir questões<br />

relevantes para a formação <strong>de</strong> professores na área <strong>de</strong> línguas estrangeiras na modalida<strong>de</strong> a distância. As reflexões<br />

têm como base as experiências no ensino das habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão e expressão oral em língua inglesa por<br />

alunos matriculados no curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Inglês na modalida<strong>de</strong> a distância oferecido pela Universida<strong>de</strong> Aberta do<br />

Brasil e pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina. Discute-se o papel do ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem,<br />

apontando as potencialida<strong>de</strong>s e limitações do Moodle como ferramenta para <strong>de</strong>senvolver as habilida<strong>de</strong>s orais dos<br />

alunos na língua-alvo. Especial atenção é dada ao uso <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong> bate-papo, ví<strong>de</strong>os e podcasts no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s orais. Além disso, são analisadas as postagens dos alunos nos fóruns e<br />

questionários <strong>de</strong> avaliação do curso, que nos permitem ter uma visão mais clara do que os alunos pensam sobre as<br />

ativida<strong>de</strong>s utilizadas para praticar as habilida<strong>de</strong>s orais.<br />

A relação professor-tutor-alunos: reflexões sobre uma experiência<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta apresentação é relatar um experiência como professora da disciplina Linguística Aplicada I no Curso<br />

<strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Espanhol, modalida<strong>de</strong> a distância da UAB/<strong>UFSC</strong>. Num primeiro momento, relato a experiência frisando o<br />

fato que eu tinha já ministrado essa disciplina no Curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>-Inglês, modalida<strong>de</strong> presencial e que esta foi a<br />

minha primeira experiência no EaD. Num segundo momento, após uma breve discussão do conceito <strong>de</strong> mediação,<br />

procuro mostrar como a mediação presencial é diferente da mediação no EaD. Num terceiro momento, a partir do<br />

conceito <strong>de</strong> 'comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prática', procuro mostrar as diferentes comunida<strong>de</strong>s: a presencial e a virtual,<br />

<strong>de</strong>stacando a importância da colaboração e das práticas integradoras para o sucesso da mediação pedagógica.<br />

JORGE HOFFMANN WOLFF<br />

PARTICIPANTES:<br />

FERNANDO SCHEIBE<br />

ALEXANDRE NODARI<br />

LEONARDO D’ÁVILA<br />

MESA REDONDA: O QUE É UM AUTOR<br />

Resumo da proposta:<br />

Em um texto célebre, Michel Foucault i<strong>de</strong>ntificou o imbricamento entre a invenção da figura do autor e a<br />

individuação pelo po<strong>de</strong>r: à afirmação da subjetivida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> sujeitamento. A escrita e o<br />

pensamento, concebidos por uma tradição herética como movidos por uma força impessoal, passam a ser<br />

quantificáveis (monetariamente) e controláveis. Se é certo que os procedimentos vanguardistas, aliados aos novos<br />

meios tecnológicos <strong>de</strong> compartilhamento, parecem ter <strong>de</strong>cretado, como queria Barthes, a morte do autor e a<br />

passagem da obra ao texto, também é verda<strong>de</strong> que em torno da figura do autor se trava a última batalha do<br />

capitalismo em sua fase imaterial: a batalha pelo inapropriável, pelo que é comum – o pensamento. A mesa<br />

preten<strong>de</strong> discutir as estratégias e movimentos <strong>de</strong>ssa guerra, bem como as maneiras que a arte (a técnica do comum)<br />

se (<strong>de</strong>s)inscreve nela.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

JORGE WOLFF / PROFESSOR ADJUNTO DO DLLV - <strong>UFSC</strong><br />

Título: (Auto)biografemas do poeta perdido<br />

Resumo: A partir da apresentação <strong>de</strong> um “caso” – o do “poeta perdido” do título –, o trabalho discute a questão da<br />

autoria com base no <strong>de</strong>bate sobre a função-autor nos termos <strong>de</strong> Michel Foucault e na máxima beckettiana do “que


Página26<br />

importa quem fala”: esta, segundo o mesmo Foucault, aponta para o “anonimato do sussurro” e o <strong>de</strong>saparecimento<br />

utópico da função-autor. O caso em questão, sendo o <strong>de</strong> um poeta contemporâneo com nome e sobrenome, passa<br />

então a ser examinado enquanto texto clan<strong>de</strong>stino ou subterrâneo e enquanto personagem <strong>de</strong> uma narrativa alheia<br />

em tempos <strong>de</strong> “literaturas pós-autônomas”. Seus (auto)biografemas são extraídos <strong>de</strong>sse duplo âmbito (autor e<br />

personagem), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir sobre o estatuto atual do escritor – particularmente da poesia e do poeta –<br />

e sobre os modos <strong>de</strong> sobrevivência <strong>de</strong> seus discursos-sussurros.<br />

FERNANDO SCHEIBE / PÓS-DOUTORANDO PPGL - <strong>UFSC</strong> (REUNI)<br />

Título: A possessão filosófica<br />

Resumo: Bataille e o filósofo como aquele que se entrega às paixões (o anti-catão). A busca do não-saber. A<br />

experiência e a <strong>de</strong>stituição da subjetivida<strong>de</strong> na comum ausência <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>: a comunida<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>sacordo com<br />

Hei<strong>de</strong>gger. O autor soberano. Como se articulam esses enunciados Esta fala se constitui nesta articulação.<br />

ALEXANDRE NODARI / DOUTORANDO EM TEORIA LITERÁRIA (PPGL/<strong>UFSC</strong>) – BOLSISTA CNPQ<br />

Título: O que é uma ficha catalográfica (Sobre o mo<strong>de</strong>rno estatuto do pensamento como produção)<br />

Resumo: A singela ficha catalográfica, que i<strong>de</strong>ntifica os dados da obra remete a uma regra do In<strong>de</strong>x da Igreja, que<br />

proíbe a publicação <strong>de</strong> livros que não exibam nome e sobrenome do autor e do editor, e o ano da publicação. Des<strong>de</strong><br />

então, todos os documentos que garantem a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão prevêem também tal mecanismo <strong>de</strong><br />

individualização e responsabilização. Na origem dos direitos autorais, portanto, está a censura, e um dispositivo<br />

banal – a ficha catalográfica – permite entrever a mudança no estatuto do pensamento, que, na mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, passa<br />

a ser concebido como uma produção.<br />

LEONARDO D’ÁVILA DE OLIVEIRA / DOUTORANDO EM TEORIA LITERÁRIA (PPGL/<strong>UFSC</strong>)<br />

Título: (Terza) Persona non grata...<br />

Resumo: Se a autoria não se reconhece senão em relação à impessoalida<strong>de</strong>, tal como preconiza Roberto<br />

Esposito, cumpre evi<strong>de</strong>nciar, em seus diferentes avatares, as reações ao entusiasmo que esta acarreta. Se a<br />

possessão é tão antiga quanto a escrita, para além da oposição entre verda<strong>de</strong> e contágio, po<strong>de</strong>-se levantar a<br />

pergunta acerca das inúmeras funções <strong>de</strong> personificação que reaparecem em imagens ou conceituações das mais<br />

diversas, como em algumas saídas místicas, ou até em Rimbaud. Nota-se assim que, ainda que o autor morra e o<br />

texto sobreviva, e mesmo que a arte se <strong>de</strong>ixe entrever por vestígios, tamanha ameaça <strong>de</strong> vacuida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

levantar inconformismos e gritos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero.<br />

MESA REDONDA: RETRATOS DE EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO DE<br />

PROFESSORES: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Maria Izabel <strong>de</strong> Bortoli Hentz<br />

PARTICIPANTES:<br />

Maria Izabel <strong>de</strong> Bortoli Hentz<br />

Eliane Dias <strong>de</strong> Oliveira<br />

Guilherme Henrique May<br />

Marjorie Nunes Miranda da Rocha<br />

Resumo da proposta:<br />

A formação <strong>de</strong> professores, tanto inicial como continuada, vem se constituindo, há algum tempo, em objeto <strong>de</strong><br />

pesquisas e em tema <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates em eventos acadêmico-científicos na área da educação (PIMENTA, 2004; LEITE,<br />

2007; PIMENTA E LIBÂNEO, 1999) e também da Linguística Aplicada (KLEIMAN, 2001). Dos muitos aspectos a partir<br />

dos quais se po<strong>de</strong> discutir e refletir sobre a formação <strong>de</strong> professores, o estágio curricular supervisionado se<br />

configura como um dos que, historicamente, propõe <strong>de</strong>safios tanto para a Universida<strong>de</strong> (agência formadora) como<br />

para a escola <strong>de</strong> Educação Básica (campo <strong>de</strong> atuação dos egressos dos cursos <strong>de</strong> licenciatura). A literatura da área e


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as diretrizes oficiais (Resolução 01/2002, Resolução 02/2002 e Parecer 28/2001, do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação)<br />

para a organização curricular dos cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores indicam que o estágio curricular supervisionado<br />

<strong>de</strong>ve se constituir como um tempo <strong>de</strong> aprendizado do fazer docente. Nesse sentido, a experiência do estágio “<strong>de</strong>ve<br />

oferecer ao ‘aluno <strong>de</strong> licenciatura condições para que perceba que o professor é um profissional, inserido em um<br />

<strong>de</strong>terminado espaço e tempo histórico, capaz <strong>de</strong> questionar e refletir sobre a sua prática, assim como sobre o<br />

contexto político e social no qual esta se <strong>de</strong>senvolve” (LEITE, 2007, p. 8). O objetivo <strong>de</strong>sta mesa é refletir sobre o<br />

estágio supervisionado <strong>de</strong> Língua Portuguesa e sobre a formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Português com base na<br />

experiência vivenciada por acadêmicos e professores do curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> da <strong>UFSC</strong>, por professores <strong>de</strong> escola <strong>de</strong><br />

Educação Básica – campo <strong>de</strong> estágio – e <strong>de</strong> gestores da Secretaria Estadual <strong>de</strong> Educação (DIES / DIEB), que<br />

estabelece as diretrizes para a realização do estágio em escolas da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> ensino. Preten<strong>de</strong>-se iniciar um<br />

<strong>de</strong>bate (possível <strong>de</strong> ser ampliado) que po<strong>de</strong> apontar possibilida<strong>de</strong>s para o estágio como espaço e momento <strong>de</strong><br />

aprendizagem para todos os atores envolvidos.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda*<br />

Estágio supervisionado: da aplicação <strong>de</strong> teorias sobre o ensino <strong>de</strong> língua à aprendizagem do fazer docente<br />

MARIA IZABEL DE BORTOLI HENTZ (MEN-<strong>UFSC</strong>)<br />

A constituição das licenciaturas com base no esquema 3 + 1 propiciou que se <strong>de</strong>senvolvessem cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />

professores nos quais as disciplinas <strong>de</strong> conteúdos específicos não se articulavam com as <strong>de</strong> conteúdos pedagógicos.<br />

Essa forma <strong>de</strong> organização criou espaços para dicotomia teoria e prática e <strong>de</strong>senvolveu uma compreensão <strong>de</strong><br />

estágio como a parte prática do curso, ou seja, como momento <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> teorias estudadas. A literatura sobre<br />

formação <strong>de</strong> professores indica que essa compreensão do estágio não contribui para a reflexão crítica sobre a<br />

prática docente que se <strong>de</strong>senvolve em sala <strong>de</strong> aula e nem para a superação <strong>de</strong> vícios <strong>de</strong> uma postura tecnicista que<br />

ainda se manifesta na prática pedagógica. Outra forma <strong>de</strong> conceber o estágio é assumi-lo como espaço e momento<br />

<strong>de</strong> aprendizagem do fazer docente. Essa compreensão, no entanto, requer a aproximação com a realida<strong>de</strong> na qual o<br />

licenciando irá atuar, ou seja, com o contexto <strong>de</strong> trabalho do professor. Isso significa que a formação não po<strong>de</strong> estar<br />

<strong>de</strong>scolada ou distanciada da reflexão crítica da realida<strong>de</strong> da escola <strong>de</strong> educação básica. Formar o professor como<br />

profissional reflexivo implica garantir as condições teóricas e práticas para que ele seja capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a<br />

realida<strong>de</strong> educacional na qual está inserido e <strong>de</strong> atuar sobre esta mesma realida<strong>de</strong>, propondo alternativas<br />

pedagógicas fundamentadas em mudanças epistemológicas, resultado das reflexões da prática <strong>de</strong> estágio vivenciada<br />

no contexto <strong>de</strong> sua formação. Preten<strong>de</strong>-se discutir, nessa participação, as relações possíveis / <strong>de</strong>sejáveis entre<br />

universida<strong>de</strong> e escola <strong>de</strong> Educação Básica - contexto real <strong>de</strong> exercício do professor. Ao se assumir que a escola não<br />

se constitui em espaço <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> teorias sobre o ensino <strong>de</strong> língua, apropriadas pelos acadêmicos ao longo do<br />

curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong>, mas em espaço <strong>de</strong> aprendizagem do fazer docente, a instituição formadora também assume a<br />

postura <strong>de</strong> aprendiz.<br />

Diretrizes para o estágio supervisionado em escolas <strong>de</strong> educação básica da re<strong>de</strong> pública estadual<br />

ELIANE DIAS DE OLIVEIRA (DIES / SED)<br />

A participação nesta mesa tem por objetivo apresentar e discutir o documento Diretrizes para a realização do<br />

Estágio Supervisionado e da Prática Docente <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Licenciatura nas escolas <strong>de</strong> Educação Básica da Re<strong>de</strong><br />

Pública Estadual <strong>de</strong> Ensino. O estágio – ato educativo escolar supervisionado – é <strong>de</strong> competência das Instituições <strong>de</strong><br />

Educação Superior - IES, que fazem uso <strong>de</strong> espaços das Escolas <strong>de</strong> Educação Básica – EEB para efetivação. Como<br />

componente curricular obrigatório, o estágio po<strong>de</strong> ser entendido como eixo articulador entre teoria e prática. É a<br />

oportunida<strong>de</strong> em que o aluno entra em contato direto com a realida<strong>de</strong> profissional (problemas e <strong>de</strong>safios) na qual<br />

irá atuar, para conhecê-la e para <strong>de</strong>senvolver as competências e habilida<strong>de</strong>s necessárias ao futuro exercício<br />

profissional. Preten<strong>de</strong>-se que o acadêmico assuma uma postura <strong>de</strong> investigação, <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> reflexão crítica e<br />

sistemática sobre o pensar e o fazer <strong>de</strong> sua própria ação docente. A especificida<strong>de</strong> do estágio supervisionado, <strong>de</strong> um<br />

lado, e o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizagem <strong>de</strong>senvolvido nas escolas que se viabiliza a partir <strong>de</strong> uma organização<br />

específica, <strong>de</strong> outro, apontou para a necessida<strong>de</strong> do estabelecimento <strong>de</strong> orientações para a realização do estágio<br />

supervisionado em escolas da Re<strong>de</strong> Pública Estadual. O <strong>de</strong>safio e a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceber, elaborar, propor e<br />

avaliar diretrizes para a realização <strong>de</strong> estágio supervisionado em escolas da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> ensino propiciou o<br />

estudo, a discussão e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> papeis dos diferentes atores <strong>de</strong> uma ação que é eminentemente


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interinstitucional e que, portanto, possibilita momentos <strong>de</strong> aprendizagem social, profissional e cultural para o<br />

acadêmico, para o professor orientador da IES e para o professor da educação básica da re<strong>de</strong> pública estadual.<br />

De aluno a professor: discutindo o par teoria-prática na formação docente do curso <strong>de</strong> letras-português da ufsc<br />

GUILHERME HENRIQUE MAY (PGL-<strong>UFSC</strong>)<br />

Nesta mesa-redonda, busco tecer algumas reflexões sobre o estágio supervisionado <strong>de</strong> língua portuguesa e sobre o<br />

processo <strong>de</strong> formação docente a partir <strong>de</strong> minha própria experiência como aluno/estagiário. Elaboro um breve<br />

relato <strong>de</strong>ssa experiência para, em seguida, discutir e questionar a primazia que é em geral dada à formação teórica<br />

dos estudantes <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Português frente à quase nulida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma formação voltada aos aspectos práticos do<br />

trabalho docente (mesmo nas disciplinas específicas da Licenciatura). Não <strong>de</strong>fendo que se <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> lado a face<br />

teórica e crítica <strong>de</strong> nossa formação – fundamental para o trabalho do professor. Defendo, em vez disso, que se<br />

conceba o lado prático <strong>de</strong>sse trabalho como algo que também <strong>de</strong>ve ser contemplado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito cedo, no<br />

currículo do curso – que não se conceba, portanto, o movimento teoria prática como algo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

“vocação” individual ou como algo que se dê espontaneamente no convívio do professor com seus alunos.<br />

Uma leitura do estágio supervisionado na escola pública<br />

MARJORIE NUNES MIRANDA DA ROCHA (E.E.B. SIMÃO JOSÉ HESS / PGL-<strong>UFSC</strong>)<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber estagiários <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> – Língua Portuguesa das Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior -<br />

IES é uma vivência que contribui para a formação <strong>de</strong> novos professores, bem como para repensar prática pedagógica<br />

escolar, provocando, inclusive, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas mudanças. O diálogo estabelecido <strong>de</strong> forma clara entre os<br />

membros envolvidos e as ações organizadas em conjunto revelam que o trabalho em equipe é essencial nesse<br />

contexto. Dessa forma, preten<strong>de</strong>-se discutir, nesta mesa-redonda, o papel do(a) Professor(a) Regente da turma na<br />

qual se realiza o estágio, as dificulda<strong>de</strong>s encontradas pelos estagiários na escola para a realização <strong>de</strong> um trabalho<br />

mais efetivo, bem como as conquistas no ensino Língua Portuguesa.<br />

GiórgioZimannGislon<br />

MESA REDONDA: AS EXPERIÊNCIAS DE F LÁVIO DE CARVALHO<br />

Participantes:<br />

FLÁVIA CERA<br />

LARISSA COSTA DA MATA<br />

VANESSA DANIELE DE MORAES<br />

GIÓRGIOZIMANNGISLON<br />

Resumo da Proposta:<br />

Flávio <strong>de</strong> Carvalho foi um mo<strong>de</strong>rnista periférico. Ou como queria Gilberto Freyre, o primeiro pós-mo<strong>de</strong>rnista. Suas<br />

práticas artísticas se <strong>de</strong>ram em um trânsito intenso <strong>de</strong> áreas, tais como: a observação coletiva, projetos<br />

arquitetônicos, a atuação nas artes plásticas, a formação do Clube dos Artistas Mo<strong>de</strong>rnos (CAM), a elaboração <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 60 Notas para reconstrução <strong>de</strong> um mundo perdido, teses sobre moda, entre outros. Flávio <strong>de</strong> Carvalho,<br />

embora tenha sido <strong>de</strong>legado antropófago, não teve uma gran<strong>de</strong> repercussão como seus colegas mo<strong>de</strong>rnistas. No<br />

entanto, sua obra é importante para que possamos montar outras leituras do mo<strong>de</strong>rnismo brasileiro po<strong>de</strong>ndo,<br />

assim, jogar luzes sobre o presente. O conceito <strong>de</strong> experiência foi prepon<strong>de</strong>rante nas realizações <strong>de</strong> Flávio <strong>de</strong><br />

Carvalho. Ele aparece pela primeira vez na década <strong>de</strong> 1930, quando Carvalho atravessa uma procissão <strong>de</strong> Corpus<br />

Chisti com um boné e na contramão provocando reações fervorosas dos fiéis que a acompanhavam. Pouco <strong>de</strong>pois,<br />

Carvalho publica Experiência nº 2, livro no qual <strong>de</strong>screve e analisa o acontecimento com conceitos freudianos. O<br />

conceito <strong>de</strong> experiência atravessa a obra <strong>de</strong> Carvalho, no entanto, <strong>de</strong>sdobra-se em outras questões como, por<br />

exemplo, a memória que em Ossos do Mundo aparece através da coleção <strong>de</strong> objetos e, mais tar<strong>de</strong>, em Notas para


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reconstrução <strong>de</strong> um mundo perdido numa relação mais próxima do corpo. Esta mesa-redonda preten<strong>de</strong> discutir<br />

alguns aspectos da obra <strong>de</strong> Flávio <strong>de</strong> Carvalho tendo em vista a cida<strong>de</strong>, a memória, a experiência e o corpo.<br />

Resumo <strong>de</strong> Flávia Cera:<br />

Flávio <strong>de</strong> Carvalho, precursor do happening<br />

Nos anos 1960 algumas manifestações artísticas da América Latina, sobretudo, no Brasil e Argentina, repensaram o<br />

conceito <strong>de</strong> experiência através da prática do happening. Já no entre-guerras o conceito <strong>de</strong> experiência havia sido<br />

reformulado. O texto mais conhecido <strong>de</strong>ste período é Experiência e Pobreza <strong>de</strong> Walter Benjamin. Mas também<br />

temos, em outro contexto, a publicação <strong>de</strong> África Fantasma em 1934, <strong>de</strong> Michel Leiris, que coloca em questão a<br />

experiência etnológica e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> narrar as experiências vividas. E, no Brasil, tivemos Flávio <strong>de</strong> Carvalho,<br />

integrante extemporâneo da <strong>Semana</strong> <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna e <strong>de</strong>legado antropófago no IV Congresso Panamericano <strong>de</strong><br />

Arquitetos, que publica, em 1931, o relato e análise <strong>de</strong> sua Experiência nº 2 que consistiu em atravessar na<br />

contramão e <strong>de</strong> boné uma procissão <strong>de</strong> Corpus Christi. Em 1933, Flávio <strong>de</strong> Carvalho criou o Teatro da Experiência<br />

que fazia parte do Clube dos Artistas Mo<strong>de</strong>rnos (CAM) on<strong>de</strong> seria encenada a peça <strong>de</strong> sua autoria “O Bailado do Deus<br />

Morto”. Flávio <strong>de</strong> Carvalho prossegue realizando experiências: em 1956, <strong>de</strong>sfila em São Paulo para apresentar o<br />

“new look”, traje i<strong>de</strong>al para o homem dos trópicos; em 1958 segue em uma expedição <strong>de</strong> primeiro contato com os<br />

índios <strong>de</strong> uma tribo do alto rio Negro. A proposta do trabalho consiste em analisar o conceito <strong>de</strong> experiência e sua<br />

íntima relação com a prática do happening que se <strong>de</strong>senvolve nos anos 60, sobretudo no Grupo Rex, formado em<br />

1966, que reivindica Flávio <strong>de</strong> Carvalho para sua composição.<br />

Resumo <strong>de</strong> Larissa Costa da Mata:<br />

Renovando o mundo velho: Flávio <strong>de</strong> Carvalho e as coleções<br />

O artista brasileiro Flávio <strong>de</strong> Carvalho <strong>de</strong>dica parte das “Notas para a reconstrução <strong>de</strong> um mundo perdido”,<br />

publicadas no Diário <strong>de</strong> São Paulo entre 1957 e 1958, ao que <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> “culto ao herói”, por meio do qual retoma<br />

a oposição, sempre reiterada em seus escritos, a instituições como a Igreja e o Estado e recupera a sua proximida<strong>de</strong><br />

da antropofagia mo<strong>de</strong>rnista, mais intensa nos anos 1930. A sua reflexão sobre o “culto ao herói”, formulada com<br />

base na antropologia <strong>de</strong> Sir James Frazer e na psicanálise <strong>de</strong> Sigmund Freud, nos sugere que a fundação, assim como<br />

a imagem do corpo, se caracteriza pela fissura. Desse modo, a memória implicada nesse culto passa a consistir em<br />

um passado que se inscreve no corpo e não cessa <strong>de</strong> retornar, como vemos a partir <strong>de</strong> Henri Bergson em Matéria e<br />

memória.<br />

Resumo <strong>de</strong> Vanessa Daniele <strong>de</strong> Moraes:<br />

O culto ao herói no Mundo perdido <strong>de</strong> Flávio <strong>de</strong> Carvalho<br />

Num universo <strong>de</strong> coleções, o trabalho evi<strong>de</strong>ncia o pensamento <strong>de</strong> Flávio <strong>de</strong> Carvalho, que aborda temas como o<br />

passado e a memória, e explicita a noção <strong>de</strong> sugestibilida<strong>de</strong> que o objeto colecionado po<strong>de</strong> trazer, uma vez que este<br />

objeto vive tanto quanto o próprio indivíduo. Não obstante, consi<strong>de</strong>ramos a teoria <strong>de</strong> Walter Benjamin, com seu<br />

conceito <strong>de</strong> rememoração, em que se dá atenção ao presente com aquilo que ficou do passado. Partindo da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

que toda coleção traz consigo um resíduo, <strong>de</strong>staca-se o sujeito que tensiona a or<strong>de</strong>m e a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m daquilo que<br />

reúne. Importa-nos o colecionador que ignora o valor mercadológico dos objetos, mas que dá valor à memória que o<br />

passado po<strong>de</strong> suscitar nos itens <strong>de</strong> sua coleção. Sendo a rememoração um retorno - mesmo que involuntário - ao<br />

passado, os cheiros potencializam esses caminhos, tanto para Proust quanto para Flávio.<br />

Resumo <strong>de</strong> Giórgio Zimann Gislon:<br />

Experiência N.2 – uma <strong>de</strong>riva avant la lettre<br />

Em 1931, Flávio <strong>de</strong> Carvalho realizou a Experiência N.2. Ela consistiu em caminhar, em São Paulo, na contramão <strong>de</strong><br />

uma procissão <strong>de</strong> Corpus Christi sem, apesar da insistência da massa <strong>de</strong> fiéis, tirar o chapéu. O artista narrou a<br />

Experiência N.2, que quase acabou em linchamento, em livro, que contém um capítulo intitulado “Análise”. Nele,<br />

Flávio <strong>de</strong> Carvalho utiliza conceitos freudianos como totem e fetiche para dar conta do que ele mesmo chamava <strong>de</strong><br />

experiência <strong>de</strong> psicologia <strong>de</strong> massas. Aqui, busca-se analisar a Experiência N.2 <strong>de</strong>ntro das discussões sobre cida<strong>de</strong>.<br />

Para tanto, o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva, elaborado por Guy Debord e publicado na revista <strong>de</strong> Internacional Situacionista em<br />

1958, po<strong>de</strong> contribuir. Pois a <strong>de</strong>riva situacionista é baseada no jogo e no acaso, características evi<strong>de</strong>ntes do<br />

experimento do arquiteto paulista. Assim, a comunicação busca vagar em torno da pergunta: fez ou não Flávio <strong>de</strong><br />

Carvalho uma <strong>de</strong>riva avant la lettre


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MESA REDONDA: ANÁLISES CRÍTICAS DE LINGUAGEM<br />

Adair Bonini<br />

Resumo da proposta:*<br />

Esta mesa-redonda tem como objetivo discutir três perspectivas críticas <strong>de</strong> estudo da linguagem: análise crítica do<br />

discurso, análise crítica <strong>de</strong> gênero e letramento crítico. Interessa aqui, primeiramente,produzirreflexões sobre a<br />

constituição <strong>de</strong>ssas abordagens,envolvendoquestões como mudança social, relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, protagonismo social,<br />

etc.A mesa procura focalizar também o percurso histórico e as perspectivas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>ssas abordagens<br />

no Brasil, especialmente no que tange a temas e autores brasileiros.Nessa discussão buscamos, além disso,<br />

estabelecer pontos <strong>de</strong> contatos e frentes <strong>de</strong> atuação conjunta.<br />

Resumo dos <strong>de</strong>mais trabalhos apresentados na Mesa Redonda<br />

Análise crítica do discurso: um breve panorama do campo<br />

Débora <strong>de</strong> Carvalho Figueiredo (<strong>UFSC</strong>/DLLE)<br />

A Análise Crítica do Discurso (ACD) constitui uma abordagem científica transdisciplinar para estudos críticos da<br />

linguagem como prática social. Essa abordagem está inserida na tradição das ciências sociais críticas, que<br />

<strong>de</strong>senvolvem pesquisas que possam oferecer suporte científico a questões sociais relacionadas ao po<strong>de</strong>r, à<br />

<strong>de</strong>scriminação, à exclusão social, à justiça, à cidadania, etc. A maior parte dos trabalhos em ACD adota a Lingüística<br />

Sistêmica Funcional (LSF) como teoria linguística <strong>de</strong> base e como fonte <strong>de</strong> ferramentas e categorias analíticas, pelo<br />

fato <strong>de</strong> a LSF estar interessada na relação entre a linguagem e outros elementos e aspectos da vida social, além <strong>de</strong><br />

propor uma abordagem à análise lingüística <strong>de</strong> textos sempre orientada para o caráter social <strong>de</strong>sses textos. Nesta<br />

fala apresento uma visão panorâmica do campo da Análise Crítica do Discurso, apontando seus principais focos <strong>de</strong><br />

discussão teórica e seus interesses <strong>de</strong> pesquisa em centros acadêmicos no Brasil e no exterior.<br />

Análise crítica <strong>de</strong> gênero: perspectivas metodológicas e contextos <strong>de</strong> aplicação<br />

Adair Bonini (<strong>UFSC</strong>/DLLV)<br />

A Análise Crítica <strong>de</strong> Gênero é uma abordagem que consi<strong>de</strong>ra os aspectos tradicionalmente envolvidos no estudo dos<br />

gêneros textuais/discursivos (organização do gênero, práticas <strong>de</strong> leitura e produção textual a ele relacionadas,<br />

léxico-gramática, etc.), porém focalizando-os no contexto do discurso e das práticas sociais, especialmente no que<br />

tange às relações hegemônicas e assimétricas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Este trabalho objetiva aportar reflexões quanto à<br />

metodologia <strong>de</strong> pesquisa em análise crítica <strong>de</strong> gêneros, com <strong>de</strong>staque para a sua atuação na resolução <strong>de</strong> problemas<br />

sociais.<br />

O papel da Universida<strong>de</strong> na formação <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> letramento<br />

Marcos Baltar (<strong>UFSC</strong>/DLLV)<br />

Os Novos Estudos <strong>de</strong> Letramento e em especial o Letramento Crítico, Gee (2000), Luke; Freebody (1997) Freire<br />

(1987), vêm <strong>de</strong>scortinando, para o campo da formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> línguas/linguagem, um novo olhar e um<br />

novo caminho a ser trilhado pelas Universida<strong>de</strong>s na orientação <strong>de</strong> seus cursos <strong>de</strong> licenciatura. A compreensão do<br />

dispositivo escolar como agência <strong>de</strong> letramento e a compreensão dos sujeitos formadores e em formação como<br />

membros atuantes do mo<strong>de</strong>rno tecido social, constituídos histórica e i<strong>de</strong>ologicamente pelas relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que<br />

organizam as práticas e <strong>de</strong>liberam sobre a divisão dos bens produzidos socialmente, requer da aca<strong>de</strong>mia uma<br />

formação inicial <strong>de</strong> professores problematizadora, no sentido freireano, cujo currículo <strong>de</strong>veria dar conta <strong>de</strong> forjar um<br />

profissional não-ingênuo que possa atuar mais como agente <strong>de</strong> letramento do que como professor <strong>de</strong> língua<br />

portuguesa. Este trabalho, à luz do Letramento Crítico, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular o <strong>de</strong>bate sobre a formação <strong>de</strong><br />

professores para educação básica, apresenta algumas críticas e sugestões para a reorientação dos projetos e<br />

currículos dos cursos <strong>de</strong> Licenciatura em <strong>Letras</strong>.

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