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HORTO<br />

DO CAMPO GRANDE<br />

<strong>MAGAZINE</strong><br />

ANO XIV | NÚMERO 16 | 2010 | P.V.P. €7<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong><br />

NÚMERO 16<br />

Jardins do palácio de Palhavã<br />

Entrevista com José Sá Fernandes | Certificação do Horto do Campo Grande<br />

Novo espaço Garden Center Quinta da Eira | Teleflora: 40 anos a construir paisagem<br />

Flowerbox – Wall Concept Decor | Quinta de São Sebastião


40 anos<br />

a construir paisagem<br />

CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS VERDES • INTEGRAÇÃO PAISA-<br />

GÍSTICA DE VIAS DE COMUNICAÇÃO • HIDROSSEMENTEIRAS • SISTEMAS DE<br />

REGA • RECUPERAÇÃO DE JARDINS HISTÓRICOS • ESTUDOS DE ARQUITECTURA<br />

PAISAGISTA • TRANSPLANTE DE ÁRVORES DE GRANDE PORTE • CONSTRUÇÃO<br />

DE CAMPOS DE GOLFE • INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA DE PEDREIRAS E ATERROS<br />

SANITÁRIOS • RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DUNARES • RECUPERAÇÃO DE ZO-<br />

NAS ARDIDAS • REFLORESTAÇÃO • LIMPEZA DE MATAS • AEROSSEMENTEIRAS<br />

• DIAGNÓSTICOS SOBRE O ESTADO SANITÁRIO DAS ÁRVORES<br />

TELEFLORA • EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO, NEGÓCIO DE FLORES, S.A.<br />

CAMPO GRANDE, 183, 2º, 1700-090 LISBOA<br />

TEL.: 351 217 826 700 • FAX: 351 217 958 392 • E-MAIL: teleflora@teleflora.pt


4<br />

José Sá Fernandes<br />

10<br />

Palácio de Palhavã – Memórias senhoriais<br />

22<br />

Horto do Campo Grande<br />

– Certificação: Qualidade, Ambiente e Segurança<br />

24<br />

Novo espaço – Garden Center Quinta da Eira<br />

30<br />

Espaços com assinatura<br />

36<br />

Flowerbox – Wall Concept Decor<br />

42<br />

Jardim Terapêutico Sensorial<br />

48<br />

Mata da Doca – Aberta a novas vivências<br />

52<br />

Teleflora – 40 anos a “construir paisagem”<br />

58<br />

Intervenção em Vias de Comunicação – Segurança em primeiro lugar<br />

62<br />

Recuperação Dunar na Praia da Aberta Nova, em Grândola<br />

66<br />

Reforço de parceria na “Cidade do Rock”<br />

70<br />

BES Investimento – Terraço requalificado<br />

72<br />

Quinta de São Sebastião<br />

– Tradição e modernidade às portas de Lisboa<br />

HORTO<br />

DO CAMPO GRANDE<br />

<strong>MAGAZINE</strong><br />

ANO XIV | NÚMERO 16 | 2010 | P.V.P. €7<br />

4<br />

10<br />

30<br />

48<br />

Direcção Pedro Pulido Valente Coordenação Editorial Maria João Mendes Pinto Redacção Rita<br />

Luís Marketing e Promoção Aurora Gonçalves PAGINAÇÃO Ana Gil, Inês Ferraz, Patrícia Barata e Vanda<br />

Nascimento DireCÇão de Produção Luís Assunção IMPRESSÃO E ACABAMENTO Security Print – Rua<br />

Paiva Cordeiro, nº1, Amadora Administração, Redacção e publicidade Companhia das Cores – Design<br />

e Comunicação Empresarial, Lda., Rua Sampaio e Pina, nº58 - 2.º Dir., 1070-250 Lisboa T.: 21 382 56 10<br />

F.: 21 382 56 19 E-mail: marketing@companhiadascores.com • matric. C.R.C. Lisboa n. o 06873, Capital Soc.<br />

20.000€, contr. n. o 504083333. Horto do Campo Grande Magazine é uma publicação periódica registada com<br />

o n.º 119 269 propriedade de Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda., Depósito Legal<br />

n. o 97 227/96 • Tiragem: 10.000 exemplares Outras Publicações Companhia das Cores Ambiente<br />

Câmaras Verdes – Jornal de Ambiente e Energia; Moda Loja das Meias Magazine – Distribuída pela Loja das Meias;<br />

Cabeleireiros B&C – Distribuída pela APBCIB; Tom sobre Tom; Unique – Distribuída pela L’Oréal Professionnel;<br />

Decoração Revista O Banho – Distribuída pela Loja do Banho; Perfumaria e cosmética Balvera Magazine<br />

– Distribuída pelas Perfumarias Balvera; Perfumes & Co. – Distribuída pelas Perfumarias Barreiros Faria, Perfumes<br />

e Cª, Quinta Essência Perfumaria, Perfumarias Anita e Mars Perfumarias; Shiseido News – Distribuída pela Rudolph<br />

Arié; Solidariedade AMI Notícias.<br />

62


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 03<br />

caro leitor,<br />

Vivemos tempos difíceis, é um facto. Mas mesmo perante um<br />

cenário de instabilidade económica, que não poupa sectores<br />

de actividade, mantivemos a nossa determinação em inovar e,<br />

ao olhar para 2010, é com muita satisfação que encontramos<br />

vários motivos para celebrar.<br />

Estamos a festejar 30 anos de existência do Horto do Campo<br />

Grande e também um novo e importante marco na nossa vida<br />

empresarial. Falo da aposta na implementação de um Sistema<br />

de Gestão Integrado em Qualidade, Ambiente e Segurança,<br />

uma decisão estratégica que veio reforçar a nossa competitividade<br />

no mercado através do compromisso que assumimos diariamente<br />

com os nossos clientes, colaboradores, fornecedores<br />

e comunidade envolvente.<br />

Encontrar soluções, tomar iniciativas, saber dar vida a novos<br />

projectos. A nossa política comercial sempre foi pautada pela<br />

determinação em superar os desafios. Para isso, é necessário<br />

saber ler o mercado para assim identificar o melhor caminho<br />

a seguir. Este ano, a aquisição e integração do Garden Center<br />

Quinta da Eira no Grupo Horto do Campo foi, sem dúvida,<br />

mais uma aposta ganha. Localizado no Linhó, perto de Sintra,<br />

este centro de jardinagem é um espaço que reúne todas as<br />

condições para oferecer um serviço diferenciador. Conheça-o<br />

melhor no artigo que aqui lhe apresentamos.<br />

Reflexo de uma procura contínua pelas soluções mais inovadoras<br />

é também o conceito Flowerbox – Wall Concept Decor,<br />

que se tem revelado um sucesso. Estas propostas decorativas<br />

inspiradas nos jardins verticais surpreenderam pela originalidade<br />

nas decorações que realizámos em mais uma edição da<br />

“Cidade do Rock”. Uma parceria que iniciámos em 2006 e que,<br />

este ano, se viu fortalecida.<br />

Nesta edição, damos destaque a belíssimas reportagens fotográficas.<br />

Convidamo-lo a conhecer os jardins do Palácio de<br />

Palhavã, uma imponente mansão senhorial que é hoje a residência<br />

oficial do Embaixador de Espanha em Portugal. Imperdível, é também<br />

um ‘passeio’ pela Quinta de São Sebastião que, nos seus magníficos jardins,<br />

viu nascer um sofisticado condomínio residencial, e pela Mata da Doca, nos<br />

Açores, cuja intervenção paisagística fez reviver este agradável espaço verde.<br />

Em entrevista, o Vereador do Ambiente e Espaços Públicos da Câmara Municipal<br />

de Lisboa, José Sá Fernandes, fala-nos das várias apostas no âmbito da<br />

valorização do espaço público. Uma agradável conversa sobre o que tem vindo<br />

a ser feito para tornar a capital numa cidade mais verde e ainda mais vivida.<br />

Porque a política de responsabilidade social continua a ser uma das prioridades<br />

para o Grupo Horto do Campo Grande, é com muita alegria que lhe apresentamos<br />

o Jardim Sensorial Terapêutico, um novo espaço ao ar livre criado<br />

especialmente para as crianças que são acompanhadas no Centro de Desenvolvimento<br />

Torrado da Silva, do Hospital Garcia de Orta. A Teleflora solidarizou-se<br />

com este projecto, tendo apoiado a sua concretização através da<br />

cedência de mão-de-obra especializada.<br />

Parabéns à Teleflora também pelo seu 40.º aniversário! Desafiámos o administrador,<br />

Arqt.º Alexandre Castelo Branco, a levar-nos numa viagem pela história<br />

da empresa. Uma entrevista a não perder.<br />

Boa leitura.<br />

Pedro Pulido Valente<br />

ppv@hortodocampogrande.com


FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 04


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 05<br />

José Sá Fernandes<br />

Lisboa está mais verde, mais atractiva e merece ser mais vivida. É este o resultado das<br />

inúmeras apostas no âmbito da valorização do espaço público. Desafios que transformam<br />

Lisboa numa cidade de encontros, dinâmica, unida no seu conjunto. Em entrevista,<br />

José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, fala-nos sobre o potencial dos espaços verdes<br />

urbanos da capital e a importância das suas ligações.<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong>: Como tem vindo<br />

a ser repensado o conceito do espaço público urbano<br />

josé sá fernandes: Todo o trabalho que tem vindo a ser<br />

desenvolvido nesta área tem por principal objectivo proporcionar<br />

à população uma melhor qualidade de vida. E o que define,<br />

em grande parte, esta qualidade de vida Querer sair de casa<br />

e poder passear a pé por toda a cidade, com segurança. As<br />

cidades existem para as pessoas, de qualquer faixa etária ou<br />

estrato social, se encontrarem, para conviverem. E os espaços<br />

verdes, tendo em conta os seus diversos interesses e valências<br />

– social, recreativa e cultural – funcionam como elementos<br />

dinamizadores disso mesmo. São importantes pontos de<br />

encontro que aproximam a população e que queremos se tornem<br />

cada vez mais agradáveis e procurados.<br />

Tem havido um investimento enorme na melhoria da qualidade<br />

do espaço público, visível também, em grande parte, na<br />

crescente aposta na criação dos Corredores Verdes pedonais<br />

que permitem unir a estrutura ecológica da cidade. Em Lisboa,<br />

o caminho não é só arranjar o jardim. É das ligações que<br />

depende uma eficaz vivência do espaço público e uma visão<br />

conjunta da cidade.<br />

H.C.G.M.: Que exemplo nos pode dar que traduza na prática a<br />

importância destas ‘ligações verdes’<br />

J.S.F.: Estamos neste momento a realizar uma grande obra na<br />

Duque D’Ávila que consiste em pedonizar metade da avenida,<br />

dotá-la de esplanadas e tirar o máximo partido da alameda de<br />

árvores existente, que é muito bonita. É o inverso do que aconteceu<br />

nas últimas décadas em que se retirava passeios para construir<br />

estacionamento. Só com esta obra de pedonização vamos<br />

criar uma rede contínua de ligações: ligar Monsanto ao Palácio<br />

da Justiça, o Palácio da Justiça aos jardins da Gulbenkian, os jardins<br />

da Gulbenkian aos jardins do Arco do Cego, o jardim do Arco<br />

do Cego à Alameda D. Afonso Henriques, a Alameda D. Afonso<br />

Henriques à Bela Vista.<br />

H.C.G.M.: Lisboa está então no bom caminho enquanto cidade ambientalmente<br />

mais atractiva e sustentável<br />

J.S.F.: Todos os projectos seguem essa orientação. Qualquer jardim ou parque<br />

na cidade tem um papel preponderante para a melhoria da qualidade do ar uma<br />

vez que as árvores permitem diminuir a temperatura do ar e compensar as emissões<br />

de dióxido de carbono. Por exemplo, no Jardim Constantino, na Estefânia,<br />

chega a registar-se menos cinco graus do que na Almirante Reis, que é ali<br />

ao lado. A arborização das cidades é, sem dúvida, uma aposta decisiva em termos<br />

de sustentabilidade.<br />

H.C.G.M.: Das diversas intervenções no espaço público, quais as que destacaria<br />

J.S.F.: São variadíssimas as obras que já foram concluídas e que agora demonstram<br />

o imenso potencial das intervenções realizadas – o Jardim da Paiva Couceiro,<br />

o Jardim do Tourel, o Jardim Constantino, o Miradouro São Pedro de<br />

Alcântara, o Jardim do Príncipe Real, entre muitos outros. São espaços que<br />

se tornaram mais atractivos, não só pela sua nova imagem, mas também pelas<br />

condições que oferecem em termos de equipamentos de apoio e mobiliário<br />

urbano que serve as diferentes faixas etárias. É muito importante que, independentemente<br />

da localização ou dimensão dos jardins, as pessoas encontrem<br />

soluções que sirvam diferentes necessidades e sejam sinónimo de maior<br />

conforto: casas de banho, quiosques, esplanadas, parques infantis, ensombramento.<br />

Tudo isto vai atrair ainda mais a população e permitir uma maior dinamização<br />

dos espaços. A segurança é outra preocupação que também tem vindo<br />

a ser cada vez mais valorizada. Neste momento, já temos vigilância na maior<br />

parte dos parques e jardins de Lisboa.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 06<br />

H.C.G.M.: O que se pretende com a realização da rede de ciclovias<br />

J.S.F.: Todos os dias vejo pessoas a andar de bicicleta e por isso acredito que<br />

será uma iniciativa à qual Lisboa irá aderir muito bem, principalmente à rede de<br />

bicicletas de uso partilhado. É um projecto que ainda tem muito trabalho pela<br />

frente e que terá de ser muito bem divulgado, mas que apresenta boas perspectivas<br />

de sucesso.<br />

H.C.G.M.: Numa outra vertente, que destaque merece o projecto das hortas<br />

sociais<br />

J.S.F.: Vamos fazer uma grande aposta nos parques hortícolas enquanto parte<br />

integrante dos Corredores Verdes, que passará pela sua valorização em diversas<br />

valências – ambiental, social e cultural. Nesta perspectiva, não serão espaços<br />

de acesso exclusivo a quem os cultiva porque a ideia passa exactamente<br />

por envolver também a população. Estes parques hortícolas têm uma importância<br />

imensa na medida em que os seus responsáveis encontram naquela actividade<br />

não só um hobby, mas também uma forma de sustento que potencia o<br />

empreendedorismo. Por outro lado, a manutenção é assegurada pelos próprios<br />

e assim temos a garantia de que as hortas são conservadas e se mantém uma<br />

actividade económica.<br />

Por exemplo, vai iniciar-se agora a obra num vale muito bonito em Chelas que<br />

tem cerca de 10 ha. Este parque hortícola não ficará isolado porque já estamos<br />

a pensar na sua ligação ao Campo de Golfe e à Bela Vista Sul.<br />

H.C.G.M.: O Parque Urbano Oeste, na Alta de Lisboa, inaugurado recentemente<br />

e um dos maiores da cidade, é um exemplo de um projecto criado de<br />

raiz. Que características inovadoras o distinguem ao nível da fruição pelo público<br />

e da aposta na sustentabilidade<br />

J.S.F.: Um dos maiores desafios na concretização deste grande parque urbano<br />

público foi sem dúvida a criação da bacia de retenção, o que permite o aproveitamento<br />

das águas pluviais, posteriormente utilizadas na alimentação dos lagos, na<br />

rega do relvado e na manutenção sustentável do parque. No que respeita à respectiva<br />

fruição, o espaço funciona, maioritariamente, como um ponto de encontro<br />

para a população da zona norte de Lisboa que abrange o Lumiar, a Ameixoreira,<br />

a Charneca, Carnide e Benfica. A conclusão das ligações e a aposta<br />

em mais equipamentos de apoio (cafetaria, quiosque, esplanada), mobiliário<br />

urbano de estadia e parque infantil, potenciarão ainda mais a sua vivência.<br />

H.C.G.M.: A manutenção é um dos desafios, se não o maior desafio que se<br />

apresenta aos espaços verdes públicos<br />

J.S.F.: Sem dúvida. É crucial haver um maior investimento no que diz respeito<br />

à manutenção e, quando se projecta, esta deve ser uma preocupação primordial.<br />

Neste momento, a câmara não dispõe de um número suficiente de jardineiros<br />

pelo que os serviços de manutenção são maioritariamente assumidos<br />

em regime de out-sourcing. No meu ponto de vista, é importante que a autarquia<br />

reforce a contratação de jardineiros para criar uma espécie de ‘brigada’<br />

de intervenção.<br />

“Em Lisboa, o caminho não é só<br />

arranjar o jardim. É das ligações<br />

que depende uma eficaz vivência<br />

do espaço público e uma visão<br />

conjunta da cidade.”<br />

H.C.G.M.: Mas concorda que parte desta manutenção também<br />

pode e deve ser assegurada pela boa utilização dos cidadãos que<br />

usufruem dos espaços<br />

J.S.F.: Acredito que as pessoas estão mais sensibilizadas para<br />

o facto de que os jardins são um bem comum e todos desempenham<br />

um papel importante na sua preservação. Mas a sensibilização<br />

nunca é demais. Especificamente para Lisboa, temos<br />

vindo a realizar várias campanhas de sensibilização, concretizadas<br />

em vários meios de comunicação como rádio, televisão, distribuição<br />

de panfletos. Temáticas ligadas aos resíduos, à limpeza,<br />

ao comportamento das pessoas nos locais que frequentam. É<br />

determinante.<br />

Daí que a aposta em equipamentos de apoio nos parques e jardins<br />

seja uma boa opção também neste âmbito. Ninguém gosta<br />

de ver sujo e degradado o local onde tem o seu negócio. Os concessionários<br />

chamam a atenção de quem polui ou estraga e isso<br />

já se revela uma óptima contribuição.<br />

H.C.G.M.: Mas mesmo em out-sourcing, há que fazer a escolha certa…<br />

J.S.F.: Precisamente. É um facto que o know-how das empresas especializadas<br />

na área é uma mais-valia, no entanto, existem sempre empresas competentes e<br />

outras nem tanto. É necessário saber delegar bem a responsabilidade deste tipo<br />

de trabalhos para que as manutenções estejam efectivamente garantidas.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 09


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 08<br />

Parque Urbano Oeste<br />

“Um dos maiores desafios na concretização deste grande parque público<br />

na Alta de Lisboa foi sem dúvida a criação da bacia de retenção, o que<br />

permite o aproveitamento das águas pluviais, posteriormente utilizadas<br />

na alimentação dos lagos, na rega do relvado e na manutenção sustentável<br />

do parque.”<br />

Área total do parque: cerca de 20 hectares<br />

Área da bacia de retenção: 2 hectares<br />

Lagos: 6<br />

Facilidades: eixo pedonal, pista de atletismo Prof. Moniz Pereira<br />

Equipamentos de apoio construídos e para hasta pública: cafetaria,<br />

casas de banho, esplanada.


Certificação de Sistemas de Gestão<br />

Mecanismo de Diferenciação<br />

para as Organizações<br />

Por diversos motivos, e de uma forma global, as Organizações<br />

evoluíram para políticas que se baseiam não apenas<br />

na sustentabilidade económica do seu negócio, mas também<br />

na realização de produtos ou serviços que lhes permitam<br />

reconhecimento no mercado em que operam.<br />

Esta missão só poderá ser concretizável se as Organizações<br />

providenciarem meios adequados e qualificados,<br />

sejam humanos, físicos ou estruturais.<br />

Raquel Silva,<br />

Gestora de Produto, SGS ICS<br />

Para que tudo isto funcione de forma harmoniosa ao longo da vida das<br />

Organizações, estas devem desenvolver esforços no sentido de fortalecer<br />

os seus pilares de sustentabilidade: crescimento/eficiência e consolidação/competitividade.<br />

O crescimento assenta num aumento do volume de vendas dos produtos<br />

ou serviços fornecidos pela Organização aos seus Clientes e<br />

Consumidores Finais (em número de unidades e/ou valor de cada<br />

unidade). Este aumento resulta da eficiência dos processos desenvolvidos,<br />

adaptados ou melhorados continuamente pela Organização e da<br />

capacidade de inovar e de criar novos produtos com valor acrescentado<br />

para os seus Clientes.


A competitividade, por seu lado, depende de alguns factores já descritos,<br />

como seja a capacidade de inovar e corresponder às expectativas<br />

do mercado, mas não só. A capacidade de gerar riqueza de uma<br />

forma eficiente é fundamental para a manutenção e crescimento de<br />

qualquer Organização.<br />

Alguns exemplos disso são a capacidade de gerar mais produto com<br />

os mesmos recursos, diminuir desperdícios, “fazer bem à primeira”, evitando<br />

retrabalhos, horas extra, etc.<br />

Todos estes factores fazem com que a Gestão de Topo das Organizações<br />

implemente Sistemas de Gestão que lhes permitam identificar<br />

os seus processos, organizar e planear actividades, realizar o produto<br />

ou serviço da forma mais adequada e actuar sobre os problemas,<br />

implementando acções que assegurem a não repetição das falhas e<br />

a melhoria contínua dos processos que conduzirão à satisfação dos<br />

seus Clientes.<br />

O Sistema de Gestão de uma Organização tem necessariamente várias<br />

vertentes, representando os equilíbrios que a sua Equipa de Gestão de<br />

Topo tem de assegurar, satisfazendo, consistentemente, os requisitos,<br />

por definição diferentes e até mesmo opostos, dos vários stakeholders<br />

nela interessados:<br />

• económico-financeira – para os seus Investidores;<br />

• qualidade – para os seus Clientes e Consumidores Finais;<br />

• segurança e saúde ocupacional ou recursos humanos – para os seus<br />

Colaboradores;<br />

• responsabilidade social, ambiental, investigação, desenvolvimento e<br />

inovação – para a Comunidade envolvente onde se insere.<br />

A formalização do Sistema de Gestão Integrado numa Organização,<br />

seja ela pública ou privada, é um investimento que traz, por um lado,<br />

desafios à Organização e colaboradores de forma transversal e, por<br />

outro lado, mais-valias pela organização interna que proporciona e o<br />

reconhecimento interno e externo (Organização com Marca de Certificação).<br />

Ainda falando de mais-valias, a mais relevante é levar a Organização a<br />

sistematizar a sua actividade, a definir o que faz e como faz para que<br />

saia bem feito à primeira. É esse “saber fazer”, de forma organizada e<br />

continuada, que vai ter um impacto positivo na melhoria contínua nos<br />

produtos e serviços que fornece aos seus Clientes e Consumidores<br />

Finais, bem como no impacto ambiental da sua actividade na comunidade<br />

onde está inserida.<br />

A todo este conjunto de mais-valias pode acrescentar-se a Certificação.<br />

Esta é o reconhecimento independente e imparcial atribuído por<br />

um Organismo credível, com acreditação pelo Instituto Português de<br />

Acreditação. A Marca de Certificação transmite confiança às diversas<br />

partes interessadas: à própria Organização, aos Clientes e Consumidores<br />

Finais e à Comunidade em que a Organização se insere.<br />

Na Certificação, sendo um exercício de credibilização externa, revela-<br />

-se da maior importância a escolha do Organismo Certificador, pois<br />

a sua Competência, Independência, Credibilidade e Reconhecimento<br />

Internacional são essenciais para a plena realização das mais-valias da<br />

Certificação do Sistema de Gestão Integrado.<br />

A equilibrada satisfação de todos estes stakeholders – atingida através<br />

do Sistema de Gestão – é a única forma de uma Organização prosperar<br />

e realizar sustentadamente a sua Missão.<br />

Nesta vertente, e sendo o Sistema de Gestão uma ferramenta fundamental<br />

para a Organização, a Gestão de Topo não dispensa, actualmente,<br />

de um conjunto de procedimentos e de informação, elementos<br />

de Medição da Eficácia e Eficiência das suas actividades, acompanhamento<br />

de objectivos e metas mensuráveis, cálculo de rácios, monitorização<br />

de indicadores, acompanhamento de projecções, entre outras.<br />

Para o sucesso de uma Organização, o envolvimento da Gestão de<br />

Topo e Sistematização e Monitorização (baseada na recolha, tratamento<br />

e análise de dados produzidos), são fundamentais.<br />

As Normas referidas foram concebidas para uma implementação integrada,<br />

pelo que a sua adopção como um conjunto faz pleno sentido,<br />

quer do ponto de vista de sinergias no investimento, quer do ponto de<br />

retorno no seu investimento, pois permite dar resposta consolidada a<br />

vários desafios, nomeadamente a satisfação dos seus Clientes e Consumidores<br />

Finais, bem como os requisitos legais relacionados com a<br />

qualidade, segurança ocupacional e das instalações, segurança alimentar<br />

(quando aplicável) e impacto ambiental.<br />

Com o objectivo de suportar esta sistematização de forma coerente,<br />

registou-se, desde o final do século XX, um grande<br />

impulso no estabelecimento de Normas, cobrindo princípios ou<br />

requisitos associados a diferentes áreas e Sistemas de Gestão,<br />

nomeadamente:<br />

• Gestão da Qualidade (ISO 9001);<br />

• Gestão Ambiental (ISO 14001);<br />

• Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional<br />

(OHSAS 18001);<br />

• Gestão da Segurança Alimentar (ISO 22000);<br />

• Gestão da Qualidade para a Indústria Automóvel<br />

(ISO/TS 16949);<br />

• Gestão da Responsabilidade Social (SA8000, NP 4469);<br />

• Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação<br />

(NP 4457);<br />

• Gestão dos Recursos Humanos (NP 4427).


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 10<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 11<br />

Palácio de Palhavã<br />

Memórias senhoriais<br />

O Palácio de Palhavã encerra em si toda a grandeza arquitectónica e aura artística<br />

de uma imponente mansão senhorial do século XVII. As suas paredes perpetuam histórias<br />

e, em cada recanto, sente-se o segredar das muitas influências que, ao longo do tempo,<br />

se traduziram no enriquecimento do seu legado artístico. O palácio é actualmente<br />

a residência oficial do Embaixador de Espanha em Portugal.<br />

Breve enquadramento histórico<br />

A construção do Palácio de Palhavã, na quinta com o mesmo<br />

nome localizada na freguesia de São Sebastião da Pedreira,<br />

em Lisboa, data de 1660, por ordem de 2.º Conde de Sarzedas,<br />

D. Luís Lobo da Silveira. O palácio viria assim a erguer-se<br />

numa zona rural próxima do centro histórico, na altura conhecida<br />

por sítio da Palhavã, e seria a residência da família Sarzedas<br />

durante largos anos. O filho primogénito, D. Rodrigo da<br />

Silveira, foi o grande impulsionador para o acabamento do palácio,<br />

em particular o altivo portal nobre no qual era possível identificar<br />

o brasão de armas dos Sarzedas.<br />

Até 1918, ano em que o palácio é adquirido pelo Governo Espanhol para<br />

residência oficial do Embaixador Espanhol, o Palácio da Palhavã foi palco de<br />

ocupações sucessivas, maioritariamente por famílias nobres, de onde se destaca,<br />

posteriormente aos Sarzedas (1668-1747), os “Meninos da Palhavã”<br />

(1747-1760 / 1778-1801) e os Condes de Azambuja (a partir de 1860).<br />

Subjacente a cada passagem pelo palácio está um misto de influências e<br />

foram muitas as mudanças no seu recheio, nomeadamente obras de restauro,<br />

que se fizeram sentir. Mas nada alterou a sua grandiosidade e simbolismo<br />

e, hoje, este palácio e respectivos jardins continuam a ser sinónimo de<br />

prestígio e encanto.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 12<br />

Principais períodos de ocupação do palácio<br />

Tendo a 4.ª Condessa de Sarzedas falecido em 1747 sem descendência<br />

directa, a Quinta de Palhavã e respectivos bens da Casa de Sarzedas são<br />

herdados por D. Francisco Xavier de Menezes, 6.º Conde da Ericeira e 2.º<br />

Marquês do Louriçal, casado com a filha do 2.º Conde de Sardezas. Neste<br />

mesmo ano, a Quinta de Palhavã é arrendada para se tornar a residência dos<br />

três filhos ilegítimos de D. João V – D. António, D. Gaspar e D. José –, que<br />

ficaram conhecidos pelos “Meninos da Palhavã”. Este período de ocupação<br />

contempla dois momentos. O primeiro, até 1760, altura em que os meninos<br />

são desterrados para o Buçaco por ordem do Marquês de Pombal, e um<br />

segundo que marca o seu regresso, entre 1778 e 1801.<br />

Em 1833, durante as lutas liberais, a Casa sofre um violentíssimo atentado<br />

que a deixa bastante danificada. A situação precária da propriedade mantém-<br />

-se até 1860, ano em que o 3.º Conde de Azambuja adquire a quinta e respectivo<br />

palácio por ocasião do seu casamento, e inicia um extenso plano de<br />

obras de melhoramento e de restauro da responsabilidade de Possidónio da<br />

Silva, arquitecto da Casa Real. A remodelação de Palhavã deve ser considerada<br />

como uma intervenção de grande escala que beneficiou todas as divisões<br />

e aposentos, através da substituição dos interiores e do bom gosto e<br />

riqueza dos materiais utilizados, dando lugar a uma linguagem artística que se<br />

mantém até hoje, sem alterações relevantes.<br />

Foi também neste período de recuperação da Palhavã que o brasão de<br />

armas, ainda hoje visível, foi colocado no topo do portal nobre que dá acesso<br />

ao pátio principal da residência. No verso do brasão é possível ver-se a letra<br />

A, da família Azambuja.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 13<br />

“O Palácio de Palhavã continua<br />

a servir os desígnios<br />

de representação, ganhando<br />

no novo milénio consciência<br />

da sua identidade arquitectónica<br />

e de uma memória histórica<br />

que remonta ao século XVII”,<br />

historiador de arte José<br />

de Monterroso Teixeira, in<br />

“O Palácio de Palhavã –<br />

Arquitectura e Representação”.<br />

Palhavã foi reconhecido, na época dos Azambuja, como um dos palcos mais<br />

requintados da sociedade lisboeta e onde foram oferecidos alguns dos bailes<br />

e festas mais elogiados.<br />

Neste majestoso palácio, onde nasceram os onze filhos dos condes, viria a<br />

falecer, em 1914, o Conde de Azambuja, acontecimento que marcava o fim<br />

de uma época.<br />

Em 1918, Francisco de Almeida Grandella, influente homem de negócios,<br />

compra a quinta e o palácio aos herdeiros do Conde de Azambuja. Entretanto,<br />

surge o interesse do Governo Espanhol em adquirir uma residência<br />

digna para ocupação diplomática e a escolha recai no Palácio de Palhavã.<br />

Francisco de Almeida Grandella acede em vender a propriedade, embora já<br />

com a excisão da maior parte da cerca, onde viria a ser construído o Bairro<br />

Azul nos anos trinta do século XX.<br />

O ano de 1936 assinalou a maior obra de remodelação do palácio depois da<br />

aquisição do mesmo pelo Estado Espanhol, tendo sido o arquitecto Pedro<br />

Muguruza Otaño o responsável pelo projecto.<br />

Mais tarde, com os actos de vandalismo de 1975, o palácio volta, inevitavelmente,<br />

a ser alvo de novos restauros. Aquando da primeira visita de Estado a<br />

Portugal do Rei D. Juan Carlos I e da Rainha D. Sofia, em 1978, já o Palácio<br />

de Palhavã havia recuperado o esplendor e opulência que sempre o caracterizaram.<br />

Actualmente, todas as suas salas partilham a mesma beleza, conforto<br />

e riqueza artística e são um convite a reviver a história de outros tempos.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 14


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 15<br />

Jardins históricos – a paisagem como testemunho<br />

A intervenção dos arquitectos contratados para as diferentes<br />

obras de conservação da propriedade e o interesse que os<br />

vários ocupantes do palácio demonstravam pela arte da botânica<br />

estiveram bem presentes no enriquecimento que os majestosos<br />

espaços verdes do palácio testemunharam ao longo do<br />

tempo. A par da diversidade da vegetação, os grupos escultóricos,<br />

cuja localização não parece ter sido alterada com o decorrer<br />

dos séculos, são, sem dúvida, dos elementos que mais<br />

contribuíram para o enriquecimento artístico e valor recreativo<br />

destes espaços verdes típicos das grandes residências<br />

senhoriais. As fontes, com estátuas maioritariamente alusivas<br />

a figuras mitológicas, eram na sua grande parte encomendadas<br />

a escultores estrangeiros que se inspiravam nas influências<br />

artísticas da respectiva época. Ainda hoje estas fontes carregadas<br />

de simbolismo são verdadeiras obras de arte que conferem<br />

aos jardins do palácio uma aura de grandiosidade.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 16<br />

A intervenção do Horto do Campo Grande<br />

O serviço de manutenção dos jardins da Embaixada de Espanha é, desde,<br />

2009, da responsabilidade do Horto do Campo Grande. Entre os vários trabalhos<br />

desenvolvidos, a primeira e principal intervenção consistiu em normalizar<br />

a mancha arbórea nos três níveis do jardim, devolvendo-lhe um novo equilíbrio<br />

visual. “Encontrámos um jardim com necessidades muito específicas. As<br />

árvores centenárias que emolduram o espaço – como Palmeiras, Jacarandás,<br />

Magnólias e um magnífico Castanheiro-da-Índia –, careciam de uma intervenção<br />

urgente. A normalização do arvoredo trouxe outra vida ao jardim e permitiu<br />

também uma maior incidência da luz natural”, refere o Eng.º Joaquim Silveira<br />

responsável pelo Departamento de Manutenções de Espaços Verdes do<br />

Horto do Campo Grande.<br />

Terminada esta fase inicial, seguiram-se os trabalhos que tiveram por objectivo<br />

melhorar as condições do relvado, dos canteiros e dos arbustos. Não<br />

foram introduzidas novas espécies, uma vez que o jardim já apresentava<br />

várias espécies de plantas e flores como as estrelícias, roseiras e hortenses.<br />

A diferença é que agora, com uma manutenção diária, todas as espécies florescem<br />

de uma forma mais consistente e as flores são também utilizadas<br />

para criar bonitos arranjos florais decorativos.<br />

A grande novidade foi, sem dúvida, a introdução da horta, a<br />

pedido da Senhora Embaixatriz. Foram criados vários talhões,<br />

cada um com a sua espécie de cultura biológica – cebolas,<br />

alfaces, cenouras, couves. “Como cortesia, o Horto do Campo<br />

Grande ofereceu à família quatro árvores de fruto, uma para<br />

cada criança, e foram as próprias que as plantaram com a<br />

ajuda dos pais”, comenta o Eng.º Joaquim Silveira.<br />

Outra das responsabilidades do Horto do Campo Grande é<br />

gerir e regular o sistema de rega já instalado: por aspersão, no<br />

relvado, e gota-a-gota, nos canteiros.<br />

Para garantir um serviço de manutenção global e eficaz, o<br />

trabalho é diário e assegurado por dois profissionais: um<br />

colaborador do Horto do Campo Grande e um funcionário da<br />

Embaixada.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 17<br />

A grande novidade foi, sem dúvida, a introdução da horta, a pedido da Senhora<br />

Embaixatriz. Foram criados vários talhões, cada um com a sua espécie de cultura<br />

biológica – cebolas, alfaces, cenouras, couves.<br />

Fonte de informação:<br />

• Álbum “O Palácio de Palhavã – Arquitectura e Representação”, com textos de José de Monterroso Teixeira e fotografia de Laura Castro Caldas e<br />

Paulo Cintra; editado pela Embaixada de Espanha, em 2008.<br />

Passados mais de três séculos sobre a construção do Palácio de Palhavã, muito há para dizer sobre a sua identidade histórica e expressão arquitectónica<br />

e artística. A leitura deste álbum e a contemplação das imagens fotográficas que o ilustram são um convite irrecusável para conhecer de forma<br />

profunda e verosímil a sua evolução histórica e artística.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 18<br />

Para os Embaixadores de Espanha,<br />

Alberto e Kyra Navarro, ter o Palácio<br />

de Palhavã como residência oficial<br />

é um imenso privilégio. Os jardins,<br />

amplos e coloridos, são o espaço<br />

eleito para desfrutar em família.<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong>: Como é residir<br />

no Palácio de Palhavã, uma casa senhorial com tamanho significado<br />

histórico e cultural<br />

Kyra Navarro: É a primeira vez que temos a honra de viver<br />

num palácio, um local repleto de simbolismo, o que se revela,<br />

sem dúvida, um enorme privilégio para toda a família. O palácio<br />

é lindíssimo, beneficia de uma localização muito central e<br />

permite-nos usufruir de inúmeras vivências. Se nos espaços<br />

interiores podemos contemplar diariamente a riqueza das obras<br />

artísticas – tapeçarias, quadros, pinturas e outras peças decorativas<br />

–, no exterior, os magníficos jardins são um apelo constante<br />

a momentos muito agradáveis com a natureza como pano<br />

de fundo.<br />

H.C.G.M.: De todas as obras de arte presentes no palácio,<br />

existe alguma que tenha um significado especial<br />

K.N.: Sim, duas lindas peças de porcelana que encontrei numa<br />

arca antiga. Tenho por elas um carinho especial por saber que<br />

se trata de duas peças que resistiram aos actos de vandalismo<br />

e ao incêndio que, em 1975, destruiu grande parte do recheio<br />

do palácio.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 19<br />

Alberto Navarro: Outra peça que admiramos particularmente é a pintura<br />

do retrato de corpo inteiro do Rei D. Juan Carlos. É uma obra do pintor<br />

espanhol Ricardo Macarron e data de 1978. Tanto este quadro como as<br />

referidas peças de porcelana fazem parte do acervo decorativo da sala encarnada,<br />

uma das magníficas salas (cada uma com o nome alusivo a uma cor)<br />

que compõem a zona nobre do palácio.<br />

H.C.G.M.: Quais as salas do palácio mais vivenciadas em família ou na companhia<br />

de amigos<br />

K.N.: Embora as salas recebam maioritariamente as cerimónias oficiais e<br />

outros eventos sociais, também permitem um usufruto mais pessoal. Gostamos<br />

bastante de, por exemplo, tomar um café na sala encarnada, por ser<br />

especialmente acolhedora. Já a vivência da sala verde ganha outro protagonismo<br />

pelas suas portas abertas para os jardins que, em qualquer estação do<br />

ano, são um deleite para os sentidos.<br />

H.C.G.M.: Os jardins serão, certamente, um dos principais convites à fruição<br />

do espaço…<br />

K.N.: É realmente o local mais convidativo para estar em família, receber os<br />

amigos ou até mesmo organizar uma recepção oficial. As crianças adoram<br />

brincar e correr livremente pelo espaço, que se torna especialmente agradável<br />

por estar tão bem cuidado.<br />

a.N.: A par de todos os trabalhos de melhoria entretanto desenvolvidos, o serviço<br />

de manutenção do Horto do Campo Grande tem sido realmente exemplar<br />

e uma grande mais-valia no sentido de conservar e valorizar a autenticidade<br />

de um jardim com tamanho simbolismo histórico. À data da nossa<br />

chegada o jardim apresentava uma imagem um pouco triste e desordenada,<br />

nomeadamente no terceiro nível, mas muito rapidamente foi possível sentir as<br />

mudanças e o espaço tornou-se sinónimo de cor e vivacidade.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 22<br />

Horto do Campo Grande<br />

Com Certificação em Qualidade,<br />

Ambiente e Segurança<br />

A aposta na implementação de um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Ambiente<br />

e Segurança foi mais uma decisão estratégica do Horto do Campo Grande no sentido<br />

de responder de forma ainda mais eficaz aos diferentes desafios inerentes à sua actividade.<br />

Com a adopção deste Sistema, certificado pela SGS ICS, assiste-se a um reforço<br />

do compromisso assumido diariamente e de forma transversal perante as diferentes<br />

partes interessadas no desempenho do Horto do Campo Grande: clientes, colaboradores,<br />

fornecedores e comunidade envolvente.<br />

A opção de considerar a abordagem das três valências da gestão global da<br />

empresa – Qualidade, Ambiente e Segurança – numa perspectiva conjunta,<br />

apresenta como principal vantagem o facto de oferecer sinergias que uma implementação<br />

separada dos três sistemas não pode proporcionar. O desenvolvimento<br />

e manutenção integrados revelam-se assim fundamentais para obter benefícios<br />

ao nível da organização e motivação internas, satisfação dos clientes e respeito<br />

pelo ambiente, entre outros, indo ao encontro daquele que é o grande objectivo<br />

– a melhoria contínua e global do desempenho do Horto do Campo Grande, de<br />

forma a diferenciar-se num mercado cada vez mais competitivo.<br />

Pela sua longa experiência e currículo reconhecido em serviços de Certificação<br />

nos mais variados ramos de actividade económica e de acordo com diver-<br />

sas normas, a SGS ICS foi a entidade seleccionada pelo Horto<br />

do Campo Grande para a realização da Certificação do seu Sistema<br />

de Gestão Integrado. Os referenciais seleccionados foram<br />

as seguintes:<br />

Norma ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade<br />

Permite à Organização “captar” adequadamente as necessidades<br />

e expectativas do Cliente. Conceber e fornecer atempadamente<br />

o produto ou o serviço, de forma a satisfazer as necessidades<br />

e expectativas do Mercado, para que, desta forma,<br />

aumente consistentemente a satisfação, a confiança e a fideli-


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 23<br />

zação dos seus Clientes e Consumidores Finais. Por outro<br />

lado, a nível interno, promove a clarificação, sistematização<br />

e formalização das responsabilidades e autoridades da alocação<br />

de recursos, das metodologias a adoptar e dos controlos<br />

a efectuar, e conduz à diminuição dos desperdícios e<br />

de outros custos acrescidos que possam estar associados<br />

a más práticas, promovendo o crescimento e a competitividade<br />

da Organização.<br />

A adopção da ISO 9001 como referencial para o Sistema de<br />

Gestão é também uma base sólida para o crescimento de<br />

uma Organização. Num primeiro momento, permite à Organização<br />

consolidar o seu Know-How e, em momentos de<br />

expansão, permite-lhe crescer em harmonia, mantendo os<br />

seus níveis de qualidade e desempenho aos olhos dos Clientes<br />

e ou Investidores.<br />

Norma ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental<br />

Conduz a Organização à identificação adequada dos impactos<br />

ambientais associados à sua actividade e ao estabelecimento<br />

de práticas “amigas do planeta”. Deste modo,<br />

aumenta a confiança de potenciais Parceiros (ou mercados)<br />

com consciência ambiental mais evoluída e a satisfação dos<br />

Clientes que cada vez mais valorizam o respeito pela Sociedade<br />

de uma forma global.<br />

Em coerência com a filosofia dos Sistemas de Gestão, também<br />

a ISO 14001 assegura a sistematização e formalização<br />

das responsabilidades e autoridades, da alocação de recursos,<br />

das metodologias a adoptar e dos controlos a efectuar,<br />

conduzindo a Organização a atingir os três “R”: Reduzir, Reutilizar<br />

e Reciclar, e a aumentar a sua competitividade.<br />

Norma OHSAS 18001 – Gestão da Segurança<br />

e Saúde Ocupacional<br />

Exige a identificação adequada dos riscos, no âmbito da<br />

segurança e saúde ocupacional, associados à actividade da<br />

Organização. Estabelece e promove práticas, infra-estruturas<br />

e equipamentos que asseguram um ambiente seguro<br />

para os seus Colaboradores (a mais importante riqueza de<br />

uma Organização), aumentando a sua confiança, satisfação<br />

e envolvimento. Tudo isto se irá traduzir em crescimento para<br />

qualquer Organização, pela diminuição dos acidentes, baixas,<br />

substituições apressadas por pessoas mal preparadas,<br />

custos acrescidos para recuperar atrasos, etc..


FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 24


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 25<br />

Novo espaço<br />

Garden Center Quinta da Eira<br />

A recente aquisição do Garden Center Quinta<br />

da Eira representa mais uma forte aposta<br />

na estratégia de crescimento do Grupo Horto<br />

do Campo Grande. Este espaço, localizado<br />

no Linhó, perto de Sintra, partilha a mesma<br />

filosofia de trabalho dos outros centros<br />

de jardinagem do Grupo, em que a proximidade<br />

com o cliente, o aconselhamento<br />

personalizado e a diversidade da oferta se<br />

conjugam para oferecer um serviço diferenciador.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 26<br />

Organização do espaço<br />

Quem entra neste garden center é agradavelmente surpreendido<br />

pela dimensão e organização do espaço. Isto porque nada foi deixado<br />

ao acaso para que o cliente possa circular livremente pelas<br />

diferentes secções e aceder mais facilmente aos artigos que procura.<br />

Dada a diversidade da oferta, houve a preocupação de criar<br />

locais específicos para a apresentação de cada tipologia de produtos<br />

e a exposição, com uma grande variedade cromática, contribui<br />

igualmente para tornar o ambiente muito apelativo.<br />

Localização estratégica<br />

A localização do Centro, numa área residencial com forte incidência<br />

para as habitações unifamiliares com jardim, revelou-se uma<br />

enorme vantagem para os clientes que, deste modo, estão mais<br />

próximos de todos os serviços disponibilizados pelo Grupo Horto<br />

do Campo Grande.<br />

“Estamos a delinear a construção<br />

de uma estufa de animais<br />

que certamente irá surpreender<br />

os clientes.”


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 27<br />

Atendimento personalizado<br />

Toda a equipa profissional tem formação específica, estando preparada<br />

para prestar um atendimento de qualidade e para oferecer<br />

o melhor aconselhamento. A par dos artigos de venda ao público,<br />

o Garden Center Quinta da Eira disponibiliza ainda um leque de<br />

serviços que abrange, desde intervenções pontuais ao nível da<br />

manutenção dos jardins, à concepção e execução de projectos<br />

de arquitectura paisagista, e respectiva manutenção. Cada solicitação<br />

do cliente é devidamente analisada e reencaminhada para<br />

os departamentos responsáveis.<br />

Inovação contínua<br />

Para corresponder às expectativas de um cliente cada vez mais<br />

exigente, a aposta no factor surpresa é uma preocupação constante.<br />

“É esta postura que nos leva a procurar constantemente<br />

os produtos mais inovadores. Estamos atentos às tendências de<br />

mercado e as viagens a feiras e eventos na área da jardinagem<br />

são uma importantíssima fonte de actualização para que possamos<br />

apresentar sempre algo de novo. Neste momento, estamos<br />

a delinear a construção de uma estufa de animais que certamente<br />

irá surpreender os clientes”, conclui Pureza Norton Reis,<br />

arquitecta paisagista.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 28<br />

Oferta diversificada<br />

Aromáticas; Plantas de interior; Trepadeiras; Árvores;<br />

Árvores de fruto; Palmeiras; Vasos; Acessórios e decoração;<br />

Terra vegetal; Projectos de arquitectura paisagista;<br />

Construção e manutenção de jardins; Sistemas<br />

de rega e de iluminação; Construção e instalação de<br />

decks.<br />

Localização e contactos<br />

Garden Center da Quinta da Eira<br />

E.N. 9, Linhó – 2710-331 SINTRA<br />

Tel.: +351 219 240 252 | Fax: +351 219 246 164<br />

GPS: 38º 46’ 24’’ N 9º 22’ 53’’ W<br />

Horário de Inverno: das 9h às 19h<br />

Horário de Verão: das 9h às 20h<br />

Aberto 364 dias por ano.


Para que você e as suas<br />

plantas possam alimentar-se<br />

de forma saudável<br />

Os novos Bio Grow Bags da<br />

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• Perfeitos para a horticultura e jardinagem ecológica<br />

• Fáceis de colocar no terraço ou na varanda<br />

• A sua combinação especial de ingredientes ativos,<br />

proporciona um crescimento seguro e naturalmente<br />

saudável de plantas jovens cheias de saúde<br />

Das Dar Beste o melhor. geben. Desde Seit 1919!<br />

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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 31<br />

Espaços com assinatura<br />

As soluções de enquadramento paisagístico apresentadas<br />

demonstram como é possível criar uma perfeita harmonia<br />

entre o design arquitectónico das moradias e o espaço<br />

envolvente, proporcionando uma total vivência dos mesmos.<br />

Moradia particular, Soltróia<br />

Requalificação de jardim, cuja renovação reuniu uma série de novas<br />

soluções e materiais, naturais e construídos, de forma a torná-lo mais<br />

contemporâneo, confortável e aprazível. Mantiveram-se algumas préexistências<br />

pela sua importância na estrutura do jardim, estado de<br />

conservação ou porte, nomeadamente a sebe limítrofe, pinheiros<br />

mansos, oliveira e alguns arbustos notáveis.<br />

A renovação de toda a zona envolvente à piscina visou a criação de<br />

um ambiente mais actual, com duas zonas distintas, mas visualmente<br />

comunicantes, destacando-se o papel fundamental da introdução<br />

do novo pavimento em lajes regulares de ardósia e um deck em<br />

compósito com 200 m². A iluminação exterior utilizada destaca os<br />

pontos de maior interesse do espaço, tornando-o simultaneamente<br />

mais vivenciado. Foram introduzidas soluções para potenciar a<br />

privacidade do jardim, tais como os ripados de madeira.<br />

• Área: 800 m²<br />

• Data de execução: Julho de 2010<br />

• Projectista: Arqt.º Rui Reis – HCG<br />

• Construção: Horto do Campo Grande


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 32<br />

Moradia particular, Algarve<br />

Implantada sobre a Ria Formosa, esta moradia particular,<br />

apresenta uma localização única. A singularidade<br />

do local e o elevado grau de exigência do proprietário<br />

tiveram como resultado um jardim de formas<br />

simples e lineares, abertos às grandes vistas que a<br />

paisagem envolvente oferece. Dominado por grandes<br />

relvados, não deixa no entanto de ter exuberantes<br />

pontos de cor nas zonas de circulação mais próximas<br />

da casa. Os desníveis do terreno contribuíram<br />

para a construção de um jardim em patamares que<br />

lhe confere uma maior dinâmica.<br />

A escolha das plantas foi criteriosa em termos de<br />

cores texturas e tipo de desenvolvimento que irão<br />

apresentar no futuro, de modo a cumprirem o que se<br />

pretende.<br />

O maior desafio foi sem dúvida a colocação de várias<br />

oliveiras centenárias com mais de 5 toneladas, numa<br />

zona inacessível a máquinas, junto à piscina. Para a<br />

sua execução foi necessária a intervenção de uma<br />

grua especial, que teve de se deslocar propositadamente<br />

de Lisboa para a execução deste trabalho. As<br />

imagens anexas falam por si.<br />

• Área: 2.500 m²<br />

• Data de execução: Julho 2010<br />

• Projectista: Teleflora – Arqt.ª Ana Clemente<br />

• Construção: Teleflora


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 33


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 34<br />

Moradia particular, Algarve<br />

Implantado junto a um campo de golfe com lagos e<br />

vastos pinhais, este jardim só poderia ter sido pensado<br />

no sentido de dar continuidade aos espaços<br />

envolventes. De modo a criar privacidade relativamente<br />

à estrada e aos outros lotes, acentuou-se o<br />

efeito barreira dos arbustos altos, com uma modelação<br />

do terreno, criando como que uma duna revestida<br />

com diferentes tipos de plantas. Em contraste com<br />

esta primeira solução, as laterais da casa e do jardim,<br />

que confinam com os relvados do golfe, “abrem-se”<br />

para a vista, com amplas janelas na casa e plantas rasteiras<br />

ou de pequeno porte no jardim.<br />

• Área: 800 m²<br />

• Data de execução: Junho 2010<br />

• Projectista: Teleflora – Arqt.ª Ana Clemente<br />

• Construção: Teleflora


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 36<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

Flowerbox – Wall Concept Decor<br />

Desafiar a criatividade!<br />

Como reflexo de uma procura constante<br />

por soluções inovadoras e criativas, o Grupo<br />

Horto do Campo Grande traz para Portugal<br />

o original conceito Flowerbox – Wall Concept<br />

Decor, que apresenta novas formas,<br />

personalizadas e divertidas, de decorar<br />

as paredes de qualquer ambiente. E porque<br />

não surpreender alguém com um presente<br />

tão exclusivo e original


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 37<br />

clássico<br />

A decoração de um ambiente deve ser, sobretudo, um motivo de<br />

prazer e ao nosso redor não faltam ideias inspiradoras para renovar,<br />

criar e… surpreender! Estilos, esses são vários – contemporâneo,<br />

clássico, étnico, minimalista – que podem e devem ser misturados<br />

até para trazer um novo estímulo à imaginação. O facto é<br />

que quando se trata de viver um espaço, é importante que o mesmo<br />

reflicta a personalidade de quem dele irá desfrutar. Por isso, as<br />

palavras de ordem são combinar, ensaiar e experimentar – tecidos,<br />

cores, texturas, padrões – até descobrir aqueles pequenos apontamentos<br />

que vão fazer a diferença. Tudo isto tendo em conta, é<br />

claro, a utilização que será dada a cada espaço. Depois, é hora de<br />

relaxar e de gozar os ambientes, partilhá-los com a família e amigos.<br />

Tornar cada momento único. De tempos em tempos, uma<br />

nova ideia é sempre bem-vinda para trazer algo de novo, para reinventar.<br />

Por mais subtil que pareça a mudança – novas almofadas<br />

para o sofá, uma jarra com flores frescas, colocar uma planta exótica<br />

num canto mais despido, ou simplesmente trocar alguns objectos<br />

de lugar – é o suficiente para presentear os ambientes com um<br />

novo fôlego de criatividade.<br />

Prática e juvenil, em cartão impermeável. Pelas<br />

suas diversas cores e formatos, esta gama<br />

permite criar várias combinações.<br />

Flowerbox combina com qualquer estilo, ambiente ou personalidade.<br />

Flowerbox combina consigo!<br />

Para quem procura a originalidade e a irreverência, e gosta de estar sempre<br />

um passo à frente das novas tendências, o conceito Flowerbox – Wall Concept<br />

Decor, recentemente chegado a Portugal com a assinatura do Horto do<br />

Campo Grande, é motivo mais do que suficiente para aguçar a curiosidade.<br />

Inspirado no conceito artístico dos jardins verticais, Flowerbox rompe com<br />

qualquer conceito tradicional, apresentando uma nova abordagem, sofisticada<br />

e divertida, à decoração de ambientes com plantas ornamentais. Ao design,<br />

moderno, inovador e funcional, junta-se uma diversidade de materiais, cores<br />

e formatos. Com tamanha versatilidade, não existem limites quando se trata<br />

de personalizar e tornar única a sua “box”.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 38<br />

Inês Oliveira, arquitecta paisagista, é a responsável pelo projecto em Portugal<br />

e não poupa elogios a esta nova tendência que já provou vir para ficar: “Flowerbox<br />

reinventa o conceito de decoração com plantas, criando ambientes<br />

originais, com um toque moderno e artístico. Um mundo de infinitas possibilidades<br />

onde todas as espécies de plantas e flores convivem em plena harmonia<br />

com uma variedade de elementos. Versáteis e de grande funcionalidade,<br />

cada solução Flowerbox é personalizada ao seu gosto… afinal, a imaginação<br />

não tem limites!”.<br />

Brincar com as cores e os formatos,<br />

e descobrir os recantos que podem ser<br />

mais valorizados é um ‘jogo’ que diverte!<br />

cerâmica<br />

Clássica e elegante, é a melhor opção para<br />

quem deseja um estilo natural e dinâmico.<br />

Ideal para interior e exterior, a gama cerâmica<br />

está disponível em diferentes cores e em três<br />

formatos (individual, rectangular e quadrado).


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 39<br />

metálica<br />

Única e discreta, esta gama é ideal<br />

para os amantes da decoração minimalista.<br />

Com acabamento em alumínio, encontra-se<br />

disponível em quatro cores (prata, branco,<br />

castanho e preto).<br />

A escolha certa…<br />

Jogos que divertem<br />

Mas com tanta diversidade de oferta, como saber qual a melhor solução A<br />

escolha dos materiais e dos formatos pode e deve variar em função do local<br />

a que se destinam, interior ou exterior, e também do sentido estético. Desta<br />

forma, é possível tirar o máximo partido deste moderno conceito de decoração<br />

e valorizar o resultado final. “Qualquer parede ficará a ganhar em cor,<br />

estilo e alegria. Prática e juvenil, as propostas da gama clássico podem transformar-se<br />

num presente original que pode ser colocado na parede da cabeceira<br />

da cama ou até utilizado como moldura ‘viva’ sobre uma mesa. Também<br />

pode remodelar a varanda ou o terraço, tornando o local mais convidativo.<br />

Crie, por exemplo, um pequeno espaço de leitura e utilize a flowerbox cerâmica,<br />

indicada para espaços exteriores, como um elemento vivo decorativo”,<br />

sugere Inês Oliveira.<br />

tubo<br />

Moderna, funcional e versátil, a Flowerbox Tubo<br />

é a indicada para quem gosta de contrastes.<br />

Esta gama em aço oferece três formatos<br />

distintos (40 cm, 70 cm e 110 cm)<br />

e quatro cores.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 40<br />

totem<br />

Inovador e vanguardista, este suporte<br />

de 2 m em alumínio é uma alternativa de grande<br />

protagonismo. Disponível em quatro cores.<br />

Descubra estas e outras ideias na Flowerbox Gallery. As novidades<br />

chegam diariamente e difícil será certamente a escolha!<br />

Venha visitar-nos!<br />

Brincar com as cores e os formatos, e descobrir os recantos que podem ser<br />

mais valorizados é um ‘jogo’ que diverte! Assim, para quem aprecia os contrastes,<br />

conjugar três tubos flowerbox, com cores e tamanhos distintos, é uma<br />

sugestão para decorar com originalidade a parede do escritório. Já a gama<br />

Totem, destaca-se em qualquer decoração pela sua presença imponente e,<br />

num hall de entrada, criará um perfeito equilíbrio estético.<br />

“Pode conferir também um apontamento especial a um recanto da sala, à<br />

parede da sala de jantar ou até mesmo ao quarto de banho. Para os suportes,<br />

escolha cores que contrastem com a tonalidade da parede onde irá colocar<br />

a sua flowerbox”, conclui Inês Oliveira.<br />

Flowerbox Gallery<br />

Conheça a nossa casa!<br />

A Av. da República, em Lisboa, tem agora um novo espaço<br />

que reflecte as cores e o design estético que tão bem caracteriza<br />

o conceito Flowerbox. Com uma exposição variada e apelativa,<br />

o cliente é convidado a conhecer de perto as novidades<br />

e a usufruir de um atendimento personalizado sobre a escolha<br />

de plantas, suportes ou materiais. As surpresas continuam na<br />

mezzanine, onde a inspiração é o mote para a recriação de um<br />

ambiente em que a flowerbox é protagonista.<br />

Flowerbox Gallery<br />

Av. da República, 37A, 1050 -187 Lisboa<br />

Tel.: 217 932 565<br />

E-mail: flowerbox@hortodocampogrande.com<br />

Contacto: Inês Oliveira, Arquitecta Paisagista<br />

Para que este novo conceito esteja ainda mais acessível a todos os<br />

clientes, foram também criados corners específicos Flowerbox no<br />

Centro de Jardinagem do Horto do Campo Grande e no Garden<br />

Center Quinta da Eira.<br />

Corners Horto do Campo Grande<br />

• Centro de Jardinagem do Horto do Campo Grande<br />

Campo Grande, 171, 1700-090 Lisboa<br />

Tel.: 217 826 660<br />

• Garden Center Quinta da Eira<br />

E.N. 9, Rotunda do Linhó, 2710-331 Sintra<br />

Tel.: 219 240 252


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 42<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

Jardim Terapêutico Sensorial<br />

2<br />

O Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, do Hospital Garcia de Orta,<br />

dispõe agora de um novo espaço ao ar livre, preparado para trazer mais alegria e bem-estar<br />

ao dia-a-dia das crianças, das famílias e da equipa médica que as acompanha.<br />

Falamos do Jardim Terapêutico Sensorial, um sonho concretizado graças à dedicação,<br />

empenho e apoio de quem acreditou e abraçou o projecto desde o primeiro momento.<br />

3


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 43<br />

“O objectivo deste jardim<br />

foi dotar o Centro de um<br />

espaço lúdico-terapêutico<br />

de qualidade, fazendo uma<br />

aproximação à natureza.”<br />

Marta Vassalo Monteiro<br />

2<br />

6<br />

1<br />

2<br />

6<br />

3<br />

4<br />

5


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 44<br />

1<br />

Este Jardim Terapêutico Sensorial é uma das iniciativas desenvolvidas<br />

no âmbito do projecto “Um Jardim no Hospital”, cujo objectivo<br />

é o de promover o bem-estar e proporcionar um ambiente<br />

mais agradável às crianças que frequentam o Centro de Desenvolvimento,<br />

seus familiares e profissionais de saúde. A equipa<br />

multidisciplinar responsável por este projecto é coordenada pela<br />

Eng.ª Marta Vassalo Monteiro, que nos conta que “o conceito<br />

de “Um jardim no hospital” é alicerçado na mesma filosofia do<br />

projecto participativo de intervenção paisagística, “Um jardim em<br />

cada escola” desenvolvido nas escolas, com a missão de melhorar<br />

os espaços exteriores de recreio, transformando-os em áreas<br />

de descoberta e de aventura mais seguras e mais propícias às<br />

actividades lúdicas e pedagógicas. Assim, tivemos a ideia de criar<br />

este jardim, que apresentámos à directora do Centro, Dr.ª Maria<br />

José Fonseca, que, de imediato, se mostrou extremamente<br />

receptiva. O desenvolvimento deste projecto tem sido extremamente<br />

recompensador”.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 45<br />

Tiago Torres Campos, arquitecto paisagista, acrescenta que “este<br />

jardim nasceu da vontade conjunta das terapeutas do Centro de<br />

Desenvolvimento e de nós próprios, enquanto equipa técnica. O<br />

grande objectivo foi a criação de um espaço ‘mágico’ onde crianças<br />

e pais pudessem descobrir juntos, um conjunto de “salas” ao<br />

ar livre, onde o tratamento fosse possível, enquanto complemento<br />

do trabalho realizado nos espaços interiores”.<br />

O maior desafio consistiu em criar um espaço que oferecesse<br />

condições adaptadas às necessidades específicas das crianças,<br />

pelo que a partilha de ideias e sugestões ao longo da concepção<br />

do projecto foi determinante para que o resultado final fosse<br />

ao encontro do pretendido. Como afirma Tiago Campos, “o que<br />

hoje corresponde à obra construída, resultou de um processo de<br />

maturação de um desenho idealizado por nós enquanto equipa<br />

técnica, para o qual o corpo de terapeutas, pessoas com vasta<br />

experiência no campo da terapia, contribuiu com conselhos e propostas<br />

de melhoria. Foi um processo de descoberta mútua e os<br />

resultados não foram apenas atingidos, mas, por vezes, até superados.<br />

E sabemos agora que tudo foi conseguido graças à simbiose<br />

de sonhos, desejos e vontades”.<br />

Além de funcionar como um ambiente lúdico e elemento de<br />

humanização da área envolvente, este jardim vem complementar<br />

as intervenções terapêuticas especializadas mediante a criação<br />

de espaços próprios que estimulam experiências sensoriais através<br />

do tacto, da audição, da visão e do olfacto. A possibilidade<br />

de explorar todos estes estímulos permite às crianças com patologia<br />

neurológica e do desenvolvimento que frequentam o Centro,<br />

uma maior e melhor interacção com o meio ambiente, proporcionando-lhes<br />

um contacto mais próximo com a natureza.<br />

Neste momento, as diferentes áreas previstas para o jardim já<br />

estão delimitadas, no entanto, falta ainda enriquecer o espaço<br />

com a instalação de equipamentos de apoio adaptados às respectivas<br />

funcionalidades.<br />

Projecto participativo<br />

O envolvimento de todos os intervenientes foi, e continua a ser,<br />

fundamental nas diversas as fases da implementação do projecto.<br />

Este jardim foi um dos vencedores dos prémios Missão Sorriso<br />

em 2009, uma iniciativa promovida pelo Continente, no âmbito da<br />

sua política de responsabilidade social. Entre muitas outras propostas<br />

para hospitais, esta candidatura mereceu o carinho e votação<br />

dos portugueses que, sensibilizados para as mais-valias da<br />

sua concretização, o elegeram como um dos premiados.<br />

Centro<br />

de Desenvolvimento<br />

da Criança Torrado da Silva<br />

Motivação diária<br />

Integrado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, o Centro de Desenvolvimento<br />

da Criança Torrado da Silva, inaugurado em 2007, é um centro<br />

multiprofissional de atendimento especializado a crianças e jovens<br />

em idade pediátrica que sofrem de patologias neurológicas e do desenvolvimento.<br />

“Aqui, as famílias encontram uma equipa médica preparada<br />

para responder às necessidades de cada criança de uma forma<br />

integrada, promovendo a sua integração na comunidade. É nossa missão<br />

que, a par do rigor profissional, o atendimento seja realizado num<br />

ambiente lúdico e agradável para que cada criança não veja a ‘bata<br />

branca’, mas sim a pessoa que a veste. Este jardim, que representa a<br />

concretização de um sonho antigo, vem trazer um enorme enriquecimento<br />

ao trabalho do Centro. Não existe melhor recompensa do que<br />

saber que espaço ao ar livre vai proporcionar novas experiências às nossas<br />

crianças e respectivas famílias”, partilha Dr.ª Maria José Fonseca,<br />

directora do Centro de Desenvolvimento.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 46<br />

Este jardim vem complementar<br />

as intervenções terapêuticas<br />

especializadas mediante<br />

a criação de espaços próprios<br />

que estimulam experiências<br />

sensoriais através do tacto,<br />

da audição, da visão e do olfacto.<br />

5<br />

O equipamento da imagem à esquerda<br />

permite, por exemplo, que crianças<br />

em cadeira de rodas possam também<br />

realizar as suas plantações.<br />

5<br />

Mas a par do financiamento no âmbito da Missão Sorriso, a colaboração da Teleflora,<br />

empresa do Grupo Horto do Campo Grande, foi uma ajuda imprescindível<br />

para a realização deste importante projecto. “Sem o valioso apoio da Teleflora,<br />

que cedeu a mão-de-obra especializada e todo o equipamento técnico necessário,<br />

não teríamos conseguido erguer a estrutura base deste jardim. Outro dos<br />

maiores desafios deste jardim foi encontrar parceiros que estivessem dispostos<br />

a colaborar no fornecimento de materiais e serviços a preço de custo e a Teleflora<br />

foi incansável neste objectivo”, afirma a Eng.ª Marta Monteiro. A Teleflora<br />

deixa um agradecimento especial aos seus fornecedores que tão prontamente<br />

responderam a este apelo: Planta Livre, Alfredo Moreira da Silva e Bambuparque,<br />

no fornecimento de plantas, à Batalha dos Anjos, no fornecimento das terras<br />

e à Litoprel e Flexipiso, no fornecimento dos lancis e pavimentos.<br />

Tiago Campos acrescenta que “a Teleflora continua ainda a apoiar o projecto<br />

ao nível da manutenção. É nesta primeira fase, em que as plantas lutam para a<br />

criação das suas condições ideais, que o jardim necessita de mais cuidados. As<br />

espécies, tanto arbóreas, como as arbustivas e as herbáceas, foram escolhidas<br />

também tendo em conta as especificidades do local. Espécies resistentes<br />

ao índice de utilização que se pretende intenso e com necessidades edafoclimáticas<br />

e de água moderadas. Isto não torna obviamente o jardim num sistema<br />

auto-sustentável, mas pode torná-lo progressivamente mais autónomo,<br />

ao ponto de que, num espaço temporal de 10/15 anos, apenas necessite de<br />

uma manutenção mínima.”<br />

Crianças mais felizes<br />

“Esta iniciativa de solidariedade surgiu com o objectivo<br />

de apoiar a área da saúde nacional através da oferta de<br />

diversos equipamentos médicos/científicos e lúdicos<br />

a hospitais pediátricos e unidades de pediatria, contribuindo<br />

para a melhoria dos cuidados prestados. Desde<br />

2003, Missão Sorriso tem-se traduzido numa iniciativa de<br />

sucesso. Entre livros, CD’s e DVD’s da conhecida personagem<br />

Leopoldina, este projecto já vendeu mais de 2.5<br />

milhões de produtos e angariou mais de 4 milhões de<br />

euros, possibilitando um apoio expressivo a 31 Unidades<br />

pediátricas de Norte a Sul do país.<br />

O reconhecimento público e a participação dos portugueses<br />

são o elemento-chave do êxito da Missão Sorriso.<br />

Todos os anos são cada vez mais as pessoas que<br />

apoiam a angariação de fundos, o que nos permite contribuir<br />

activamente na ajuda às unidades de pediatria dos<br />

hospitais portugueses.<br />

A mecânica da Missão Sorriso sofreu algumas alterações<br />

em 2009, na medida em que os hospitais candidatos<br />

a receber os prémios foram votados pela população.<br />

Trata-se de mais uma forma de envolver os portugueses<br />

neste projecto. Uma aposta diferente mas sempre com<br />

um único objectivo em mente: levar sorrisos e criar uma<br />

vida mais alegre às crianças internadas.”<br />

Equipa Continente


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 48<br />

Mata da Doca<br />

Aberta a novas vivências<br />

A intervenção paisagística realizada na zona verde da Mata da Doca, em Ponta Delgada,<br />

fez renascer a beleza do local. Devolvido à população, o espaço requalificado é palco<br />

de experiências variadas e um apelo constante ao bem-estar, ao convívio e à diversão.<br />

Projecto de arquitectura paisagística<br />

Linhas orientadoras<br />

Da autoria do gabinete de arquitectura paisagista – Topiaris, o projecto de reabilitação<br />

da zona verde da Mata da Doca, em Ponta Delgada, nos Açores, consistiu<br />

em criar um espaço verde urbano de elevada qualidade ambiental e visual que<br />

contribuísse para a valorização da paisagem urbana em que se insere e proporcionasse<br />

a um público diversificado o usufruto de múltiplas actividades recreativas.<br />

A proximidade a zonas residenciais, aliada às características paisagísticas<br />

que o espaço apresenta, vem potenciar em larga escala a utilização deste local<br />

desde sempre muito acarinhado pela população.<br />

Execução da obra<br />

A execução da obra, da tutela da Direcção Regional do Ambiente dos Açores, foi<br />

adjudicada ao consórcio Couto e Couto & Salvaria Lda/Horto do Campo Grande,<br />

tendo a Teleflora, enquanto empresa do Grupo Horto do Campo Grande, sido<br />

designada para a execução da obra. No decorrer dos trabalhos, os profissionais<br />

da Teleflora valorizaram bastante a atenção com que foram recebidos pela Direcção<br />

Regional dos Recursos Florestais, nomeadamente pelos Viveiros Florestais<br />

do Nordeste que gentilmente cederam algumas espécies autóctones, que de<br />

outra forma não teriam sido possíveis de adquirir.<br />

A participação nesta obra representa uma vez mais a capacidade de resposta da<br />

Teleflora aos diferentes desafios que lhe são propostos, e reforça, simultaneamente,<br />

a sua estratégia de expansão para os arquipélagos da Madeira e Açores.<br />

Ordenamento do espaço<br />

Trata-se de um terreno anteriormente caracterizado por uma mata<br />

de araucárias e que já havia exercido funções de recreio, sendo<br />

que, à data da intervenção, se encontrava parcialmente ocupado<br />

pela expansão do aeroporto, por equipamento de abastecimento<br />

de combustível e por áreas industriais. O plano de ordenamento<br />

pretendeu integrar as diversas áreas de recreio propostas<br />

na estrutura verde, tendo por base as condições ecológicas que<br />

cada uma das três zonas do parque: Norte, Central, e Sul –<br />

apresentava. A preservação dos exemplares arbóreos existentes,<br />

Araucaria sp. e Myrica faya, foi, desde o início, um dos principais<br />

critérios a considerar.<br />

O conceito do projecto fundamentou-se na existência de duas<br />

importantes orlas arbóreo-arbustivas, a nascente e a poente, cujo<br />

desenvolvimento ondulante determinou uma compartimentação<br />

do espaço em clareiras de relvado e zonas de recreio, enquadrando<br />

vistas e cenários diferenciados.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 49<br />

Zonas de intervenção<br />

Relvado e entrada a Norte<br />

Esta entrada apresenta uma rampa com 6% de declive, permitindo o acesso<br />

por pessoas com dificuldades de locomoção. É a partir desta rampa que se<br />

desenvolve um relvado, o qual funciona como uma área de recreio informal,<br />

limitado por araucárias – testemunho do valor paisagístico do local – e por<br />

exemplares de outras espécies que entretanto foram introduzidos.<br />

Bosque das Merendas<br />

O Bosque das Merendas, enquadrado pelos maciços de vegetação Myrica faya,<br />

é constituído por um conjunto de pequenas áreas pavimentadas com calçada de<br />

basalto e equipadas com mesas de merendas, bancos, papeleiras e bebedouros.<br />

O relevo irregular permitiu criar uma separação entre estas pequenas áreas,<br />

libertando a vista para os relvados envolventes e para o mar. O coberto vegetal<br />

proposto acentua a delimitação associada ao relevo e oferece diversidade e exotismo,<br />

nomeadamente através da utilização de fetos arbóreos e de agaves.<br />

“A valorização paisagística deste<br />

espaço teve como objectivo<br />

prepará-lo para que funcionasse<br />

como uma zona verde<br />

vocacionada para actividades<br />

de recreio, voltando a atrair<br />

a população.”<br />

Luís Paulo Faria Ribeiro,<br />

Arqt.º Paisagista do Atelier Topiaris.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 50<br />

Relvado e entrada a Sul<br />

Através desta entrada, acede-se directamente ao extenso e amplo relvado que<br />

ocupa a zona exposta a Sul e oferece vistas mais rasgadas. O seu relevo moderadamente<br />

suave apresenta as condições ideais para actividades de recreio<br />

diverso passivo (contemplação, estadia e passeio) e activo (actividades associadas<br />

a equipamentos ou recreio informal). Os caminhos que limitam o relvado a<br />

poente e a nascente são acompanhados por vegetação arbórea localizada estrategicamente<br />

para garantir o enquadramento das vistas existentes, o que contribui<br />

para o aumento da qualidade visual desta zona verde.<br />

Zona de equipamento de recreio a Poente<br />

O equipamento implementado contribui para tornar o parque mais dinâmico e<br />

atractivo para as faixas etárias mais jovens. A sua distribuição, em sequência<br />

linear, teve por objectivo atenuar visualmente a sua presença, conferindo<br />

a cada estrutura, além dos seus objectivos de recreio, uma valorização<br />

paisagística.<br />

Orlas arbóreas e arbustivas<br />

A Nascente, propôs-se que a vegetação integrasse espécies ornamentais de<br />

folhagem e floração mais acentuadas e diversificadas. Já a Poente, incluiu-se<br />

espécies mais resistentes à utilização do equipamento de recreio. A presença de<br />

espécies autóctones contribuiu para uma melhor integração na paisagem, evitando,<br />

por um lado, a propagação de espécies infestantes e, por outro, minimizando<br />

os custos de manutenção.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 51<br />

Manutenção sustentável<br />

Rede de rega<br />

O estudo do projecto de rega teve como base de trabalho a modelação do terreno<br />

e os planos de plantação propostos. A escolha dos pontos de rega fundamentou-se<br />

na pressão existente na rede geral, o alcance dos mesmos, o<br />

declive das áreas a regar e os ventos dominantes. Tudo no sentido de atingir<br />

a melhor uniformidade na rega e o menor desperdício. Soluções que vão ao<br />

encontro da crescente aposta numa manutenção mais sustentável.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 52<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 53<br />

Teleflora<br />

40 anos a “construir paisagem”<br />

A Teleflora celebra, em 2010, o seu 40.º aniversário. Para assinalar esta data especial,<br />

convidámos o Arqt.º Alexandre Castelo Branco, administrador da empresa, a revisitar<br />

um percurso de sucesso pautado pela inovação e pela determinação em superar<br />

qualquer desafio.<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong>: Fazendo um<br />

breve enquadramento, em que contexto é que a Teleflora passou<br />

a integrar o Grupo Horto do Campo Grande<br />

ALEXANDRE CASTELO BRANCO: Até 1986, a actividade do<br />

Horto do Campo Grande estava estritamente vocacionada para o<br />

sector privado, até que, a certa altura, o meu irmão, Pedro Castelo<br />

Branco, sentiu a necessidade de aumentar e diversificar o<br />

âmbito de actuação, nomeadamente para o sector público. Foi<br />

assim que surgiu a aposta na aquisição da Teleflora, enquanto<br />

empresa na área dos espaços verdes, e que detinha Alvará que<br />

lhe permitia o acesso a concursos públicos.<br />

De facto, quando adquirimos a Teleflora, esta era uma das únicas<br />

três empresas com potencial para dar resposta às exigências<br />

do mercado, que na época eram francamente diminutas.<br />

Hoje, a realidade do mercado é outra e existem mais de trezentas<br />

empresas a operar no mesmo ramo. A concorrência<br />

é grande, mas continuamos a diferenciar-nos pela qualidade<br />

dos nossos serviços, o que reforça a confiança depositada no<br />

nosso trabalho.<br />

H.C.G.M.: Sendo a arquitectura a sua área de formação, como<br />

se proporcionou assumir a direcção desta empresa<br />

A.C.B.: Após alguns anos a exercer arquitectura, foi o convite<br />

do meu irmão para administrar a Teleflora que marcou uma nova<br />

etapa na minha vida profissional. Muito embora a arquitectura<br />

seja uma área que me continua a apaixonar, a verdade é que<br />

hoje a encaro mais como um hobby e não estou nada arrependido<br />

da opção que tomei.<br />

H.C.G.M.: Percorrer a história da Teleflora é reviver a paixão de<br />

“construir paisagem”. Que análise pode ser feita da sua actividade<br />

A.C.B.: É uma história de muito trabalho e objectivos atingidos.<br />

Estou há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que<br />

parece que foi ontem que tudo começou, o que me leva a concluir<br />

que ao “construir paisagem” não damos pelo tempo passar.<br />

E isto é bom porque demonstra que continuamos apaixonados<br />

por esta profissão. Tem sido um percurso coeso e positivo, com<br />

momentos marcantes. Sempre a pensar no que será melhor para<br />

o futuro da empresa.<br />

A Teleflora está estruturada de forma a dar uma resposta eficaz às mais variadas<br />

solicitações. A concepção, construção e manutenção de espaços verdes é<br />

a nossa principal área de actuação. Paralelamente, também actuamos ao nível<br />

das hidrossementeiras, da manutenção em vias de comunicação, dos transplantes<br />

de árvores de grande porte e da recuperação de sistemas dunares.<br />

H.C.G.M.: Pode referir alguns exemplos de projectos desenvolvidos ao longo<br />

dos anos nestas diferentes áreas<br />

A.C.B.: No que respeita à concepção de projectos de espaços verdes, intervimos<br />

em concursos públicos ou em projectos particulares. Dispomos de uma<br />

equipa de arquitectos paisagistas, embora mantenhamos a nossa política de não<br />

concorrência com os diversos gabinetes de arquitectura paisagista existentes no<br />

mercado, com os quais colaboramos frequentemente.<br />

Quanto à vertente de construção de jardins, um dos sectores mais relevantes<br />

da nossa actividade, temos desenvolvido obras importantes como é o caso do<br />

Centro Cultural de Belém, o Parque Tejo e Trancão no Parque das Nações, o<br />

Parque dos Poetas, em Oeiras, o Parque da Falagueira, na Amadora, o Jardim<br />

do Cerco, em Mafra, entre outros, bem como variadíssimas intervenções<br />

no âmbito do Programa Polis, nas cidades de Castelo Branco, Coimbra, Silves<br />

e Setúbal.<br />

No sector privado, além das obras em hotéis como o Marinotel ou o Hotel Quinta<br />

do Lago, destaco também os trabalhos de arranjo paisagístico em grandes centros<br />

comerciais, como sejam o Colombo, o LoureShoping, o MadeiraShopping,<br />

o AlgarveShoping e inúmeros outros em Espanha e Itália.<br />

Já no que se refere às manutenções, trabalhámos com diversas autarquias<br />

como sejam, Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Amadora, Almada, Palmela, Castelo<br />

Branco, Coimbra, Setúbal e Faro, assim como por algumas obras emblemáticas<br />

como a Autoeuropa, o TagusParque ou o Parque Tejo e Trancão.<br />

Mantemos igualmente uma forte intervenção na área de integração paisagística<br />

em vias de comunicação, com maior incidência em auto-estradas e itinerários<br />

principais. Neste âmbito, além de executarmos a obra, mantemos muitos quilómetros<br />

de vias para as concessionárias. Uma especial referência ainda para<br />

os trabalhos realizados em vários campos de golfe como o Oitavos Campo de<br />

Golfe, na Quinta da Marinha, o Golfe da Aroeira e o Vilamoura Golf 3.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 54<br />

H.C.G.M.: Ao longo da história da Teleflora, a inovação tem sido uma constante.<br />

Como é que ilustra esta forte aposta<br />

A.C.B.: Há mais de 30 anos, fomos pioneiros na introdução da técnica de<br />

hidrossementeira em Portugal, uma solução inovadora para o revestimento dos<br />

taludes em auto-estradas e que permite controlar eficazmente a erosão dos<br />

solos. Entretanto, e porque as preocupações com o meio ambiente são também<br />

um importante compromisso, a Teleflora evoluiu na procura de novas soluções<br />

que permitissem minimizar o impacto ambiental. Assim, passámos a utilizar o<br />

método de sementeira hidroecológica, o primeiro método totalmente ecológico<br />

que utiliza um biofertilizante ao invés dos fertilizantes químicos.<br />

Ainda, perante a necessidade de aplicar sementes de espécies autóctones no<br />

método de hidrossementeira em vias de comunicação, e uma vez que a oferta<br />

no mercado nacional é escassa ou inexistente, a Teleflora desenvolveu, há 25<br />

anos, um processo de recolha e tratamento de sementes (arbóreas e arbustivas)<br />

tendo por objectivo a aplicação nas nossas obras futuras. Desta forma, a<br />

recolha de sementes, devidamente autorizada pelas entidades competentes, foi<br />

desenvolvida paralelamente com todos os meios necessários para a limpeza,<br />

tratamento e conservação das mesmas. Desenvolveu-se toda uma estrutura de<br />

tararas, mesas densimétricas, escarificadoras de sementes, estufas de secagem,<br />

entre outros, para tratamento das sementes antes de seguirem para os<br />

modernos frigoríficos com a temperatura e humidade controlada sendo, os mesmos,<br />

essenciais para a sua conservação. Posteriormente, foi criado um laboratório<br />

para estudos de germinação (equipado com câmara de germinação) e<br />

todos os meios para quebrar a dormência da semente, previamente à sua aplicação.<br />

A mesma metodologia veio a ser aplicada para as sementes utilizadas<br />

nos projectos de recuperação dos sistemas dunares, área em que o trabalho da<br />

Teleflora é amplamente reconhecido.<br />

H.C.G.M.: Na área de recuperação dos sistemas dunares, que<br />

trabalhos destaca<br />

A.C.B.: A costa marítima portuguesa constitui um importante<br />

património natural que tem de ser preservado. Até à data, a Teleflora<br />

já teve o privilégio de participar em diversas intervenções,<br />

com especial destaque para a recuperação do cordão dunar da<br />

Ria Formosa. Foi um trabalho interessantíssimo, em que se interveio<br />

pontualmente ao longo dos 60 km existentes de ilhas barreira<br />

e que, exactamente por se tratar de ilhas, obrigou ao transporte<br />

marítimo de muitas toneladas de material, razão pela qual<br />

a Teleflora adquiriu um veículo anfíbio. Fizeram-se quilómetros<br />

de paliçadas, passadiços e plantações de autóctones. Quem<br />

conhece a zona, apercebe-se da importância que estes trabalhos<br />

assumiram em termos ambientais, ordenando o acesso à<br />

praia e, deste modo, protegendo a vegetação.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 55<br />

H.C.G.M.: O transplante de árvores é outra das áreas em que a<br />

Teleflora detém muita experiência. Gostaria de partilhar connosco<br />

alguns desses desafios<br />

A.C.B.: A experiência da Teleflora em transplantes de árvores iniciou-se<br />

com o transplante de palmeiras de grande porte. Posteriormente,<br />

na década de 90, fizemos um acordo com um parceiro<br />

detentor da exclusividade do sistema Optimal para a Península<br />

Ibérica, o que permitiu à Teleflora, em consórcio com os Viveiros<br />

Falcão, realizar todos os transplantes, das diversas espécies<br />

existentes na área, onde de futuro viria a surgir a Expo’98. Foi<br />

neste âmbito que se realizou aquela que foi considerada uma<br />

das maiores operações de transplante em Portugal e que consistiu<br />

no transplante de uma Phoenix reclinata, existente no local<br />

que agora acolhe o Estádio do Sporting, tufo este com mais de<br />

50 pés e com uma altura entre 6 e 12 metros. Este transplante<br />

surgiu na sequência de negociações e contrapartidas entre a<br />

Câmara Municipal de Lisboa e a Teleflora, o que nos permitiu oferecer<br />

esta palmeira à Expo’98, para a sua colocação na sua área<br />

de intervenção. Procederam-se a inúmeros trabalhos de preparação<br />

e, durante a operação, foram vários os desafios técnicos<br />

com que nos deparámos, principalmente por se tratar de uma<br />

árvore de grande porte que possuía, não um, mas vários troncos.<br />

De referir que, dada a especificidade destes trabalhos, a sua boa<br />

concretização só foi possível graças a todos os meios humanos e<br />

técnicos envolvidos, alguns pioneiros neste tipo de trabalho.<br />

Paralelamente a estes trabalhos, concretizou-se também o transplante<br />

de cerca de um milhar de pinheiros de grande porte, transplantes<br />

inéditos em Portugal à data, também tendo como destino<br />

final, a Expo’98. Desde então, têm sido muitos os trabalhos<br />

realizados no transplante de árvores de grande porte como, por<br />

exemplo, as centenas de oliveiras e azinheiras transplantadas do<br />

Alqueva, através de um protocolo realizado com a EDIA. Actualmente,<br />

as inúmeras solicitações que recebemos comprovam que<br />

somos uma empresa de referência nesta área específica.<br />

“Estou há 25 anos à frente<br />

deste projecto e a verdade<br />

é que parece que foi ontem<br />

que tudo começou, o que me<br />

leva a concluir que ao “construir<br />

paisagem” não damos<br />

pelo tempo passar.”<br />

H.C.G.M.: Em que áreas é que se pode e deve inovar ainda mais<br />

A.C.B.: Inovar é um desafio diário, mas a técnica de Aerossementeira, em que<br />

investimos bastante na aquisição de equipamentos, é sem dúvida uma área<br />

que gostaríamos de aprofundar. Trata-se da execução de sementeiras por via<br />

aérea, o que permite, a baixo custo, combater a erosão em grandes áreas.<br />

Foi desenvolvida não só para se proceder aos trabalhos em zonas inacessíveis,<br />

mas também para combater a erosão causada pelos incêndios florestais.<br />

No nosso parecer, os solos, independentemente de a quem pertençam, são<br />

um bem Nacional e como tal a sua preservação deveria estar contemplada no<br />

erário público. Embora até à data este processo não tenha tido a aceitação<br />

que pretendíamos, continuamos a trabalhar com a convicção de que esse dia<br />

chegará, à semelhança do que acontece em países como os Estados Unidos,<br />

o Canadá e o Brasil, entre outros.<br />

H.C.G.M.: O ano de 1994 marcou a constituição da empresa subsidiária<br />

S.Y.P. Siembras y Plantaciones, em Espanha. Que balanço pode ser feito da<br />

sua actividade<br />

A.C.B.: Em 1994, a utilização do método da hidrossementeira em Portugal,<br />

técnica em que éramos líderes do mercado, atingia o seu auge. No entanto, o<br />

mercado português começava a tornar-se demasiado pequeno. Perante isto,<br />

porque não explorar o país vizinho, com uma maior dimensão e em franco<br />

crescimento Sabíamos que nesta área tão específica, a Espanha detinha<br />

um know-how inferior ao nosso, e foi assim que criámos a nossa primeira<br />

sucursal fora de Portugal. Demos muito, mas também aprendemos muito em<br />

Espanha, e embora tenhamos começado pela hidrossementeira e pelas plantações<br />

maciças em vias de comunicação, recentemente, os trabalhos realizados<br />

evoluíram também para outros âmbitos, como seja os ajardinamentos de<br />

inúmeros parques industriais, ETARs, e trabalhos de enquadramento paisagístico<br />

em centros comerciais, etc..<br />

H.C.G.M.: A grandiosidade e grau de exigência das obras realizadas pela Teleflora<br />

implicam um elevado investimento em equipamentos técnicos especializados.<br />

Que exemplos nos pode dar<br />

A.C.B.: As Hidrossemeadoras de maior calibre, o veículo anfíbio adquirido<br />

para as intervenções realizadas na Ria Formosa, os aparelhos específicos<br />

para o processo das Aerossementeiras, as transplantadoras de médio calibre<br />

e a introdução do Sistema Optimal. O laboratório de tratamento de sementes<br />

também mereceu um forte investimento através da aquisição de equipamentos<br />

de diagnóstico, tais como câmaras de germinação, tararas, mesas dissimétricas,<br />

rectificadoras de semente, câmaras frigoríficas de condições controladas<br />

e estufas de secagem, entre outros.<br />

Também na área de diagnóstico fitossanitário de árvores foram feitas várias<br />

apostas em equipamento mecânico e electrónico para testes do estado físico<br />

das mesmas, assim como em equipamento de trepa devidamente certificado<br />

para o efeito. Claro que a utilização destes equipamentos exige técnicos<br />

especializados, pelo que a formação é também uma área em que investimos<br />

muito.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 56<br />

H.C.G.M.: O que levou a Teleflora a optar pela Certificação<br />

A.C.B.: A melhoria contínua. A Teleflora encontra-se certificada desde 2005,<br />

assumindo-se como a primeira empresa na área dos espaços verdes a implementar<br />

um Sistema Integrado de Gestão em Ambiente, Qualidade e Segurança.<br />

Esta Certificação, não só contribui para fortalecer a imagem e credibilidade<br />

da empresa, como também representa uma vantagem competitiva<br />

que nos permite distinguir-nos da concorrência. Acima de tudo, assume-se<br />

um conjunto de mais-valias que tem como objectivo a motivação das nossas<br />

equipas e a máxima satisfação dos clientes.<br />

H.C.G.M.: O que se perspectiva para o futuro da Teleflora<br />

A.C.B.: Na área do paisagismo, pretendemos oferecer aos<br />

nossos clientes um serviço tipo “chave na mão”, integrando<br />

nos nossos serviços os trabalhos de construção civil necessários<br />

à realização dos projectos de arquitectura paisagista. Por<br />

outro lado, e tendo em conta a conjuntura económica em que<br />

vivemos, o que pretendo é dar passos cautelosos. Procurar<br />

novos mercados, fora da CE, como por exemplo nos PALOP,<br />

onde já estamos a realizar prospecção do mercado.<br />

H.C.G.M.: A área de responsabilidade social é também uma prioridade da Teleflora.<br />

O que é que este compromisso solidário representa para a empresa<br />

A.C.B.: Hoje em dia assistimos a um crescente sentido de responsabilidade<br />

social enquanto parte integrante do código de valores das organizações,<br />

e é com todo o orgulho que a Teleflora partilha este tipo de preocupações.<br />

Temos vindo a colaborar com vários projectos neste âmbito – como<br />

é o caso da Casa das Cores, na Bela Vista, ou o Jardim Terapêutico Sensorial,<br />

no Hospital Garcia de Orta, e ainda o Projecto “Um Jardim em<br />

Cada Escola” – e a maior recompensa é saber que podemos ajudar a<br />

fazer a diferença. Recentemente, tornámo-nos também mecenas da Fundação<br />

Batalha de Aljubarrota. A política de responsabilidade social continuará<br />

sem dúvida a ser uma vertente fundamental no âmbito de actuação<br />

da Teleflora.<br />

A Teleflora foi a primeira empresa<br />

portuguesa na área dos espaços<br />

verdes a implementar, em 2005<br />

um Sistema de Gestão Integrado<br />

em Ambente, Qualidade<br />

e Segurança.


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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 58<br />

Intervenção em Vias de Comunicação<br />

Segurança em primeiro lugar<br />

Os trabalhos de recuperação paisagística e ambiental em vias de comunicação,<br />

ao nível da construção e/ou manutenção, são uma das vertentes que se<br />

destacam no âmbito da actividade da Teleflora, não só pela complexidade e<br />

exigência técnica dos mesmos, mas também pelas importantes questões de<br />

segurança que lhes estão associadas. Daí que a procura da inovação técnica<br />

no que se refere aos equipamentos de trabalho e a aposta em equipas experientes<br />

e qualificadas constituam dois factores essenciais para a prestação de<br />

um serviço de qualidade e de confiança.<br />

Em 2005, a implementação de um Sistema de Gestão Integrada<br />

– Certificação em Qualidade, Ambiente e Segurança –<br />

foi uma decisão estratégica que veio reforçar o compromisso<br />

da Teleflora perante uma melhoria contínua dos processos que<br />

levam a uma maior satisfação e fidelização dos seus clientes e<br />

à promoção de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável<br />

para os seus colaboradores.<br />

Vias de comunicação<br />

Diferentes intervenções<br />

Trabalhos no separador central.<br />

Construção<br />

Hidrossementeira: técnica pioneira em Portugal<br />

O grande desafio na abertura de estradas consiste no revestimento<br />

dos taludes através do processo de Hidrossementeira,<br />

uma solução que permite controlar eficazmente a erosão dos<br />

solos. Há mais de 30 anos, a Teleflora foi a empresa pioneira<br />

na utilização desta técnica em Portugal, através da qual uma<br />

mistura composta por sementes arbustivas e herbáceas, água,<br />

fertilizantes, fixadores e matéria orgânica é aspergida para o<br />

solo a partir de um tanque misturador que, com o auxílio de<br />

uma potente bomba, projecta a mistura a distâncias que podem


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 59<br />

atingir os 70 metros. A experiência da Teleflora na aplicação<br />

deste método é fundamental para garantir o sucesso do resultado<br />

final, uma vez que, se a técnica não for bem dominada, as<br />

falhas podem acontecer e os trabalhos de correcção são dispendiosos.<br />

Dada a necessidade de aplicação de sementes específicas nos<br />

projectos de Hidrossementeira e perante a escassa oferta do<br />

mercado nacional nesta área, a Teleflora iniciou, há 15 anos,<br />

um projecto inovador de recolha e processamento de sementes.<br />

Neste âmbito, foi constituído um laboratório para a realização de<br />

testes de germinação e também para o tratamento de sementes,<br />

que tem vindo a ser enriquecido com equipamentos tecnologicamente<br />

mais avançados. “O processo inicia-se no campo.<br />

As sementes são recolhidas tendo em conta a sua futura aplicação<br />

numa determinada obra e, posteriormente, é no laboratório<br />

que tudo se desenvolve. É necessário perceber quais as<br />

condições e/ou estímulos naturais que potenciam a germinação<br />

de cada semente para que depois os possamos reproduzir<br />

em laboratório. Este processo, complexo mas ao mesmo tempo<br />

muito desafiante, é fundamental para assegurar o sucesso da<br />

germinação”, explica Ana Clemente, arquitecta paisagista, ao<br />

que acrescenta que “além dos projectos de Hidrossementeira,<br />

a recolha e processamento de sementes, embora num âmbito<br />

de intervenção diferente, é também extremamente útil para aplicação<br />

nos projectos de recuperação da vegetação dunar que<br />

também realizamos”.<br />

A procura da inovação<br />

técnica no que se refere aos<br />

equipamentos de trabalho e a<br />

aposta em equipas experientes<br />

e qualificadas constituam dois<br />

factores essenciais para<br />

a prestação de um serviço<br />

de qualidade e de confiança.<br />

Processamento de sementes.<br />

Manutenção<br />

Um desafio diário<br />

No que respeita à manutenção, os trabalhos realizados seguem as normas<br />

descritas no Caderno de Encargos disponibilizado pela entidade contratadora<br />

e consistem essencialmente na poda e no corte do revestimento vegetal das<br />

bermas e dos separadores centrais, na limpeza de todas as placas informativas<br />

localizadas ao longo da via, e, periodicamente, na aplicação de herbicidas em<br />

zonas que assim o exijam. “Embora os utentes não se apercebam, estes trabalhos<br />

são muito necessários e apresentam critérios muito específicos, não só<br />

ao nível do enquadramento paisagístico, como também da segurança de quem<br />

circula nas vias. Por exemplo, a vegetação existente nos separadores centrais<br />

tem um objectivo muito claro que é o de evitar o encandeamento dos condutores<br />

que circulam na via de sentido contrário. No entanto, o seu volume não<br />

pode atingir uma dimensão excessiva ao ponto de ‘invadir’ a via e comprometer<br />

a segura circulação dos automóveis”, afirma Ana Clemente.<br />

Segurança das equipas<br />

Como minimizar o risco<br />

As obras realizadas em vias abertas ao tráfego são consideradas de alto risco<br />

e, como tal, potenciadoras da ocorrência de acidentes. Consciente desta realidade,<br />

e porque a segurança é uma prioridade, a Teleflora sempre se comprometeu<br />

a dedicar especial atenção à identificação, monitorização e avaliação<br />

dos riscos inerentes à especificidade destes trabalhos. Esta preocupação<br />

constante traduz-se ao nível da implementação de estratégias e de acções<br />

preventivas, bem como ao nível da permanente sensibilização dos colaboradores<br />

para o conhecimento e cumprimento das regras que lhes permitem<br />

trabalhar em segurança e, consequentemente, melhorar o desempenho das<br />

suas tarefas.<br />

Uma responsabilidade partilhada com as empresas que detêm a concessão<br />

das obras e que se revela fundamental na missão de atingir um objectivo<br />

comum: minimizar os acidentes de trabalho em vias de comunicação.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 60<br />

Trabalhos em altura.<br />

Na história da Teleflora não existe qualquer registo de ocorrência de acidentes<br />

de trabalho em vias de comunicação, o que para a empresa é motivo de<br />

um imenso orgulho. “Esta realidade é o resultado de um esforço contínuo em<br />

zelar pela segurança dos colaboradores. Trabalhar em auto-estradas é extremamente<br />

perigoso e uma vez que não podemos controlar o comportamento<br />

dos condutores, a adopção de boas práticas que minimizem o risco é ainda<br />

mais decisiva. Não podemos facilitar e por isso a sensibilização é permanente”,<br />

defende Maria Mendonça, técnica superior de Segurança, Higiene e Saúde no<br />

Trabalho da Teleflora. Todos os trabalhadores envolvidos nos atravessamentos<br />

e trabalhos nas zonas rodoviárias recebem formação on job e no estaleiro, e o<br />

desempenho das suas tarefas é monitorizado por parte dos encarregados da<br />

Teleflora e pelos responsáveis da segurança do dono de obra. “De destacar<br />

que, exactamente pelos riscos que estes trabalhos representam, só os colaboradores<br />

mais experientes e devidamente qualificados estão aptos a executar<br />

estas tarefas”, conclui Maria Mendonça.<br />

Na história da Teleflora não existe<br />

qualquer registo de ocorrência<br />

de acidentes de trabalho em vias<br />

de comunicação, o que para a<br />

empresa é motivo de um imenso<br />

orgulho.<br />

De entre os requisitos legais a serem cumpridos para evitar a ocorrência de<br />

acidentes, destacam-se:<br />

• Assinalar a presença – através da utilização obrigatória de vestuário<br />

reflector (calças e colete);<br />

• Assinalar a existência dos trabalhos – através da correcta utilização e<br />

aplicação de sinalização temporária;<br />

• Adoptar práticas de trabalho seguras – no separador central, não trabalhar<br />

fora das guardas de segurança; nas bermas, não executar as tarefas<br />

fora das zonas previamente sinalizadas; não utilizar o soprador dentro<br />

da via de tráfego.<br />

• Respeitar as regras de atravessamento de vias na auto-estrada –<br />

organizar o trabalho de forma a reduzir ao máximo o número de atravessamentos;<br />

não atravessar em locais de visibilidade reduzida; não atravessar<br />

antes de verificar o fluxo de trânsito; o atravessamento deve ser efectuado<br />

sem correr, contínuo, o mais rapidamente possível e de forma perpendicular<br />

ao eixo da vida, nunca invertendo o sentido de marcha; o atravessamento<br />

é expressamente interdito aos trabalhadores que transportem materiais<br />

ou objectos que pelo seu peso ou volume podem aumentar o risco de<br />

atropelamento.<br />

• Respeitar o correcto manuseamento dos equipamentos – varredora,<br />

roçadora, corta-relva, pulverizador, soprador, motosserra, corta-sebes, pulverizador<br />

dorsal e tractor com braço destroçador. A utilização de cada um<br />

destes equipamentos varia mediante o tipo de intervenção pretendida.<br />

• Respeitar as regras de aplicação de produtos fitofarmacêuticos –<br />

os produtos químicos, como é o caso dos herbicidas, podem afectar as<br />

vias respiratórias, os olhos e a pele. Além da utilização do equipamento de<br />

protecção (fatos, máscara, luvas e óculos) existem outras medidas de prevenção<br />

que devem ser respeitadas. Antes de aplicar o produto,<br />

é determinante ter em atenção as condições climatéricas:<br />

a aplicação deve ser feita no sentido do vento e nunca<br />

com temperaturas altas, pois aumenta o risco de toxicidade<br />

tanto para o colaborador como para as plantas.<br />

Consciência Ambiental<br />

Como reflexo da implementação do Sistema Integrado de Gestão,<br />

também o respeito pelo Ambiente mereceu uma atenção<br />

ainda maior por parte da Teleflora no que refere à correcta identificação<br />

dos impactos ambientais decorrentes da sua actividade.<br />

A separação e respectivo encaminhamento dos resíduos<br />

verdes e das embalagens de produtos fitofarmacêuticos são<br />

dois dos principais exemplos das práticas “amigas do ambiente”<br />

adoptadas que levam a empresa a cumprir a política dos três<br />

“R”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar, o que se traduz em mais um<br />

factor de diferenciação e, consequentemente, em mais uma<br />

importante vantagem competitiva no mercado em que actua.<br />

Montagem de linha de vida.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 62<br />

Recuperação dunar<br />

na Praia da Aberta Nova,<br />

em Grândola<br />

Os sistemas dunares são ecossistemas sensíveis e vulneráveis, entram facilmente<br />

em ruptura devido a factores naturais, mas principalmente pela acção humana. No âmbito<br />

das intervenções de recuperação paisagística e ambiental que a Teleflora tem vindo<br />

a realizar há mais de uma década, com trabalhos desenvolvidos um pouco por toda<br />

a costa portuguesa, surge a intervenção na Praia Aberta Nova.<br />

A orla costeira portuguesa representa um importante património natural que<br />

deve ser preservado. Localizada na costa vicentina, concelho de Grândola, a<br />

Praia Aberta Nova, que apresenta uma beleza natural, quase selvagem, é uma<br />

dessas paisagens privilegiadas debruçadas sobre o mar.<br />

Como consequência dos elevados índices de pluviosidade no Inverno de 2009,<br />

conjugados com a forte agitação marítima que se fez sentir, a Ribeira das Fontainhas,<br />

que desagua na Praia da Aberta Nova, alterou o seu curso natural, tendo<br />

rasgado o sopé da duna que limita o areal desta praia. Esta situação comprometia<br />

o equilíbrio do sistema dunar e, consequentemente, a estabilidade do equipamento<br />

de apoio de praia aí instalado. Por outro lado, todo este processo conduziu<br />

também a um acentuado rebaixamento das cotas ao nível de toda a frente<br />

balnear, o que acentuava o risco de erosão do referido sistema dunar.<br />

A A.R.H. Alentejo, entidade responsável por esta intervenção, contactou a Teleflora<br />

no sentido de, em conjunto, se equacionar uma solução para este problema<br />

urgente.<br />

Após visitar o local, a proposta de intervenção da Teleflora consistiu<br />

em movimentar grandes quantidades de areia, que se encontravam<br />

depositadas na zona a sul da praia, e transportá-las até<br />

à zona erosionada, de modo a elevar as cotas no sopé da duna.<br />

Com esta movimentação de areias procurou-se também baixar<br />

as cotas da lagoa onde desagua a ribeira, para que o seu trajecto<br />

natural se afastasse o mais possível da zona dunar afectada.<br />

Para que a areia movimentada se mantenha no local pretendido<br />

e não seja novamente deslocada pelo vento e pelas ondas, foram<br />

utilizados dois tipos de estruturas, uma subterrânea, constituída<br />

por um entrançado de madeira verde que fica enterrada sob a<br />

areia, e outra superficial, constituída por estruturas de retenção<br />

de areia, paliçadas que permitem a acumulação de areia transportada<br />

pelo vento.<br />

As paliçadas apresentam uma dupla função, pois, além da referida<br />

anteriormente, também funciona como vedação, de modo a<br />

impedir o pisoteio que destrói a vegetação dunar.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 63<br />

Foi ainda colocada uma protecção extra constituída por sacos de<br />

serapilheira cheios com areia e empilhados uns sobre os outros<br />

de modo a constituir uma barreira física dissipadora do primeiro<br />

embate das ondas. Todos os materiais foram escolhidos por<br />

serem biodegradáveis, desaparecendo passados alguns anos,<br />

após cumprirem a sua função.<br />

Estes trabalhos implicaram igualmente a rectificação da base do<br />

passadiço, uma vez que com os temporais este se encontrava<br />

parcialmente destruído, impedindo o acesso à praia.<br />

Por fim, a plantação de Estorno (Ammophila arenaria) e de Feno da Praia (Elymus<br />

farctus) – plantas autóctones destes locais, fundamentais para a estabilização<br />

das areias – permitem completar o processo de recuperação do sistema<br />

dunar ou não fossem elas conhecidas por “construtoras de dunas”.<br />

Localizada na costa vicentina,<br />

concelho de Grândola, a Praia<br />

Aberta Nova apresenta uma<br />

beleza natural, quase selvagem


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 64<br />

VII Edição<br />

Barclays Porsche Polo Cup<br />

O La Varzea Polo & Golf Resort foi o palco da VII Edição Barclays Porsche Polo Cup,<br />

o mais prestigiado torneio de Pólo que se realiza em Portugal e que, este ano, decorreu<br />

nos passados dias 18 e 19 de Setembro. O evento, que reuniu inúmeros entusiastas<br />

desta modalidade milenar, provou, uma vez mais, a razão pela qual é um dos acontecimentos<br />

mais aguardados do ano.<br />

Localizado na “Herdade do Zambujeiro”, em Santo Estevão, o La Varzea Polo<br />

& Golf Resort é um local que apresenta condições únicas para a prática deste<br />

desporto. À semelhança das edições anteriores, o torneio, de acesso restrito,<br />

reuniu alguns dos melhores jogadores oriundos de Espanha, Argentina<br />

e Portugal e proporcionou a todos os convidados um animado fim-de-semana<br />

repleto de experiências únicas.<br />

Para tornar o evento ainda mais agradável e convidativo, o Barclays Porsche<br />

Polo Cup contou com o patrocínio de várias marcas e entidades conceituadas,<br />

além do Barclays e da Porsche, como a Boutique dos Relógios<br />

Plus ou a Nespresso. Entre as várias iniciativas desenvolvidas, a realização<br />

de um Test Drive Porsche Cayenne foi uma das experiências que se revelaram<br />

desafiantes.<br />

O Horto do Campo Grande foi, novamente, um dos patrocinadores evento,<br />

tendo sido o responsável pelas decorações com plantas. Os vários apontamentos<br />

ornamentais distribuídos pelas áreas do torneio e os arranjos de<br />

mesas do almoço oficial do torneio, contribuíram para tornar o ambiente mais<br />

fresco e colorido.<br />

Regras do Jogo<br />

As partidas de Pólo são disputadas entre duas equipas,<br />

cada uma constituída por quatro jogadores – dois<br />

atacantes, um meio campo e um defesa – que ocupam<br />

diferentes posições em campo. O jogo tem a duração<br />

de cerca de uma hora e é repartido em períodos de<br />

sete minutos e meio cada, designados por “chukkers”,<br />

e com intervalos de três minutos de descanso entre<br />

cada um. O jogo é contínuo, havendo apenas paragens<br />

em situações de lesão ou falta. A classificação<br />

e avalização dos elementos das equipas são feitas por<br />

handicaps, numa escala de -2 a 10.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 65<br />

Pólo:<br />

como tudo começou…<br />

Embora não seja possível precisar a verdadeira origem<br />

do Pólo, estima-se que este seja o jogo de equipa<br />

mais antigo do mundo, nascido no Tibete, nos anos<br />

600 a.c. Existem ainda indícios que apontam para<br />

que tenha sido praticado pelos Cavaleiros da China e<br />

da Ásia Central, assumindo-se como um passatempo<br />

entre nobres, califas, sultões e imperadores.<br />

Hoje em dia, o Pólo é um desporto que tem vindo a<br />

ganhar cada vez mais popularidade em todo o mundo,<br />

em particular na Argentina, por ser um país cujo clima<br />

é mais propício à sua prática. É também neste país que<br />

se criam os melhores cavalos e onde se encontram os<br />

melhores jogadores do mundo da modalidade.<br />

O Pólo é actualmente praticado em 77 países, entre<br />

os quais se destacam os Estados Unidos da América,<br />

o México, a Austrália, o Brasil, a Inglaterra e Portugal.<br />

Soluções inovadoras<br />

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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 66<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

Reforço de parceria na<br />

“Cidade do Rock”<br />

Em 2006, surgia o primeiro desafio do Horto do Campo Grande enquanto parceiro exclusivo<br />

do Rock in Rio Lisboa na área da jardinagem. O sucesso dos trabalhos realizados traduziu-se<br />

na consolidação da parceria em 2008 e, mais recentemente, também na 4ª edição<br />

portuguesa do evento que continua a liderar o cenário dos grandes festivais de música.<br />

Este ano, o envolvimento do Horto do Campo Grande na preparação<br />

do Rock in Rio Lisboa teve início na festa de apresentação<br />

do evento, que decorreu no Altis Belém Hotel &<br />

Spa e reuniu convidados, parceiros e patrocinadores do festival.<br />

Nesta ocasião, o Horto do Campo Grande foi o responsável<br />

por vários apontamentos florais que decoraram o ambiente<br />

com cor e elegância.


Foi essencialmente a partir deste momento que se aprofundou<br />

o diálogo entre o Horto do Campo Grande e a organização<br />

do evento, no sentido de se definirem as melhores e<br />

mais interessantes soluções decorativas especificamente para<br />

o recinto da “Cidade do Rock”. Desde os espaços mais restritos<br />

– camarins dos artistas, tenda VIP e respectivas casas de<br />

banho –, às zonas públicas, o empenho, experiência e criatividade<br />

das várias equipas de profissionais do Horto do Campo<br />

Grande foram determinantes para o resultado final que, mais<br />

uma vez, surpreendeu pela positiva.<br />

HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 67


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 68<br />

A tenda VIP foi decorada<br />

com plantas e flores<br />

criteriosamente escolhidas<br />

em função das volumetrias<br />

que se pretendiam preencher.<br />

Vasos de luz pontuavam com<br />

graça o acesso ao espaço.<br />

Na Tenda VIP, espaço exclusivo para convidados da organização,<br />

dos patrocinadores e dos parceiros, o destaque foi para<br />

a construção de um jardim que, pela sua dimensão e imagem<br />

colorida, trouxe mais frescura e vivacidade ao local. O ambiente<br />

foi complementado com a colocação de mais de 300 plantas<br />

em floreiras e originais arranjos florais, dos quais se realça os<br />

arranjos com mais de dois metros de altura, da autoria da florista<br />

Helaine Patelo. Construídos sobre estruturas de aço em<br />

forma de árvore, foram revestidos com vime natural e forrados<br />

com musgo e flores frescas.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 69<br />

Uma das grandes novidades foi também a decoração das paredes<br />

das casas de banho com as inovadoras e personalizadas<br />

propostas Flowerbox. Em diferentes estilos, cores e materiais,<br />

as mais de 100 soluções expostas foram bastante elogiadas<br />

pela sua originalidade.<br />

Os camarins dos artistas também receberam decorações personalizadas,<br />

algumas criadas especialmente a pedido dos próprios,<br />

e, no espaço público do recinto, os candeeiros de iluminação<br />

foram adornados com cestos de flores.<br />

De referir ainda que, à semelhança da edição anterior, o Horto<br />

do Campo Grande voltou a ser desafiado para realizar algumas<br />

decorações também no Rock in Rio Madrid. Um convite que<br />

demonstrou a valorização do trabalho das equipas envolvidas e<br />

se revelou mais um enorme incentivo para continuar a responder<br />

com profissionalismo aos desafios futuros.<br />

Em diferentes estilos, cores<br />

e materiais, as mais de 100<br />

decorações Flowerbox foram<br />

bastante elogiadas pela sua<br />

originalidade.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 70<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

BES Investimento<br />

Terraço requalificado<br />

O Horto do Campo Grande foi convidado a realizar o projecto de requalificação<br />

do terraço localizado no último piso do edifício que acolhe o BES Investimento.<br />

A funcionalidade deste espaço exterior, que conflui com a localização<br />

da área de trabalho do corpo administrativo, já não correspondia ao pretendido<br />

e a nova proposta passaria por introduzir uma imagem mais contemporânea e<br />

acolhedora. O terraço dispunha já de uma pérgula em estrutura metálica com<br />

toldo retráctil cuja função ajuda a amenizar as condições climatéricas<br />

do local, bem como de painéis de vidro que circundam<br />

o espaço até à altura de 2,5 m, o que permite atenuar os efeitos<br />

do vento. Estas estruturas foram mantidas, tendo o Horto do<br />

Campo Grande sido o responsável pela criação de uma área de<br />

estadia e de uma zona para refeições em deck, bem como pela


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 71<br />

remoção de algumas plantas e desmontagem de todas as floreiras<br />

de madeira existentes, pela execução de floreiras metálicas<br />

e pela introdução do sistema de rega automático.<br />

Das espécies existentes no jardim, optou-se por manter as plantas<br />

de maior porte, concretamente as palmeiras Trachycarpus<br />

fortuneli e Cyca revoluta. Já que no que se refere à introdução<br />

de novas espécies arbustivas e herbáceas, a escolha recaiu em<br />

plantas essencialmente mediterrânicas de floração alternada,<br />

o que permite criar um jogo harmonioso de cores, volumes e<br />

texturas. Em determinadas zonas estratégicas e com o objectivo<br />

de criar o efeito de barreiras visuais (biombos naturais), a<br />

colocação de bambús revelou-se também uma opção bastante<br />

interessante e valorizada. A escolha e distribuição das peças de<br />

mobiliário, da responsabilidade da decoradora Pilar Louro, pontuaram<br />

o terraço com um estilo prático e moderno.<br />

Sendo este um espaço ao ar livre que oferece uma vista privilegiada<br />

sobre Lisboa, o ambiente está agora mais colorido e<br />

acolhedor, tornando a sua vivência numa experiência bastante<br />

mais agradável.<br />

A introdução de novas espécies e a criação de uma área de estadia<br />

e de uma zona para refeições em deck conferiram ao terraço um ambiente<br />

mais colorido e acolhedor.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 72<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte<br />

FOTOS: Miguel Serradas Duarte


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 73<br />

Quinta de São Sebastião<br />

Tradição e modernidade<br />

às portas de Lisboa


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 74<br />

Casas nobres, jardins, lendas e tradições. No Lumiar, a riqueza do património histórico<br />

desperta a curiosidade de conhecer de perto lugares ainda hoje fiéis à sua origem.<br />

A Quinta de São Sebastião, com o seu palacete e envolvente paisagística, é um desses<br />

espaços privilegiados. Um sofisticado condomínio residencial está agora integrado<br />

nos jardins da Quinta, que também foram alvo de um projecto de recuperação.<br />

Manter o equilíbrio visual entre as novas estruturas edificadas, os espaços verdes<br />

e a traça antiga do palacete foi o maior objectivo.<br />

Contextualização histórica<br />

Com uma área total de 19 mil m², a Quinta de São Sebastião, construída no<br />

século XVII, deve o seu nome à proximidade com a Ermida de São Sebastião,<br />

situada no Largo com a mesma designação. Ao longo da história, a propriedade<br />

foi pertença de várias famílias, tendo-se desenvolvido significativas obras<br />

de reconstrução e valorização, tanto do palácio como das zonas verdes envolventes.<br />

O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, um dos nomes mais conceituados<br />

no domínio da arquitectura paisagista em Portugal, foi o responsável pelo<br />

estudo das áreas ajardinadas da Quinta nos anos 70.<br />

Pérgula e pavilhão real<br />

Duas construções imponentes<br />

A Quinta reúne, no seu conjunto, um acervo artístico de grande riqueza e<br />

diversidade, sendo peremptório deixar um apontamento especial para a pérgula<br />

e para o pavilhão real, enquanto dois dos elementos arquitectónicos mais<br />

singulares. Ao longo de um caminho coberto, a pérgula conduz ao extenso<br />

relvado onde se encontram o lago (artificial) e o pavilhão real. O tecto de arco<br />

abatido ostenta pinturas com motivos vegetalistas, com destaque<br />

para a folha de videira enquanto elemento decorativo.<br />

Sensivelmente a meio da sua extensão está uma escadaria de<br />

balaústres em cantaria que conduz ao amplo relvado onde se<br />

situam o lago e o pavilhão real.<br />

O pavilhão real destaca-se pela magnificência das paredes e<br />

tecto totalmente decorados com magníficas pinturas a fresco<br />

realizadas pelo arquitecto A. Basalisa, em 1971. A composição<br />

central é enquadrada em trompe l’oeil (técnica artística com truques<br />

de perspectiva que cria uma ilusão óptica ao mostrar algo<br />

que não existe realmente) de colunas, balaustrada e escada-


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 75<br />

rias em primeiro plano. Para lá destes elementos arquitectónicos,<br />

ganha vida uma paisagem na qual podem ver-se retratados<br />

vários acontecimentos em simultâneo, tais como uma caçada<br />

ou personagens nobres que passeiam pelo jardim.<br />

(Fonte de informação: “Nova Monografia do Lumiar”, editado pela<br />

Junta de Freguesia do Lumiar em 2008)<br />

Empreendimento habitacional<br />

“Quinta de São Sebastião”<br />

Integrado nos jardins da Quinta de São Sebastião, nasceu um<br />

condomínio privado que valoriza a privacidade, o bem-estar e a<br />

segurança. O maior desafio do projecto, desenhado pelo arquitecto<br />

João Goes Ferreira, consistiu em garantir o equilíbrio<br />

entre as novas estruturas e os espaços verdes envolventes. Os<br />

29 apartamentos de luxo, divididos em dois edifícios, convivem<br />

assim com o extenso jardim de uma forma harmoniosa, sem<br />

comprometer visualmente a traça antiga do palácio e a matriz<br />

arquitectónica da propriedade. Sofisticados, amplos e confortáveis,<br />

com uma vista rasgada sobre os jardins da Quinta, os<br />

apartamentos, de diferentes tipologias, apresentam um desenho<br />

contemporâneo, enriquecido pela qualidade e bom gosto<br />

dos acabamentos. Zonas sociais, como uma piscina ao ar livre<br />

e outra coberta e um health-club, complementam o cenário de<br />

luxo e funcionalidade de um empreendimento concebido para<br />

transformar a vivência em Lisboa numa experiência ainda mais<br />

agradável.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 76<br />

A proposta de integração<br />

paisagística consistiu<br />

na recuperação e valorização<br />

do jardim, enquadrando-o<br />

nas novas estruturas edificadas.<br />

Os trabalhos de modelação<br />

do terreno foram definidos de<br />

forma a garantir uma integração<br />

equilibrada na topografia original<br />

do terreno. Introduziram-se novas<br />

espécies que unificam a imagem<br />

da Quinta e funcionam como<br />

referência visual.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 77<br />

Projecto de integração paisagística<br />

Da autoria da “Entreplanos”, Gabinete de Arquitectura, Urbanismo e Design,<br />

a proposta de integração paisagística da Quinta de São Sebastião consistiu na<br />

recuperação e valorização do quadro paisagístico do jardim, enquadrando-o<br />

nas novas estruturas edificadas. De referir que os trabalhos de modelação<br />

do terreno pressupostos no projecto foram definidos tendo em conta o menor<br />

movimento de terras possível para garantir uma integração equilibrada na<br />

topografia original do terreno.<br />

O primeiro passo consistiu em desenvolver um estudo das reais condições<br />

fitossanitárias da vegetação existente no local para assim serem definidas as<br />

intervenções a realizar na mancha arbórea.<br />

A operação de maior relevo diz respeito à envolvente imediata aos blocos habitacionais,<br />

que ocupam a área a norte da Quinta de São Sebastião. Criou-se<br />

um traçado simples, delimitando áreas de acesso e de estada para os residentes.<br />

Ao longo do alçado sul, os logradouros, localizados principalmente junto<br />

dos três portões de entrada da Quinta, são delimitados por muros desenhados<br />

em arco que ajudam a definir o terreno e reforçam a sua modelação.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 78<br />

Foi mantida a maioria dos acessos pedonais e, tendo-se apostado na recuperação<br />

dos pavimentos já existentes, a opção manteve-se entre a utilização<br />

de calçado e de saibro, de acordo com a utilidade de cada acesso. Os espaços<br />

pavimentados associados aos edifícios de habitação estão perfeitamente<br />

enquadrados nas áreas verdes. Estas apresentam-se sob a forma de árvores<br />

e arbustos que oferecem cor e diversidade ao espaço envolvente e conduzem<br />

o olhar para os pontos de maior interesse.<br />

Sendo o Pavilhão do Parque (pavilhão real) uma das estruturas mais antigas<br />

e características da Quinta, o projecto contemplou a criação de uma zona de<br />

enquadramento que a preservasse do acesso aos apartamentos, quando feito<br />

pela entrada a sul. Assim, relativamente ao caminho da alameda<br />

dos ciprestes, este apresenta-se ampliado na frente do<br />

Pavilhão. Rodeando o lago artificial e a área de relvado, facilita<br />

a circulação e potencia a estada. Optou-se também por estender<br />

a ligação deste caminho até ao acesso lateral da pérgula e<br />

área de bosquete.<br />

Introdução de novas espécies e elementos<br />

Uma das principais preocupações na concepção de qualquer<br />

projecto de arquitectura paisagista é a escolha de espécies que<br />

se adaptem às condições edafoclimáticas do local e convivam


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 79<br />

O maior desafio do projecto<br />

de arquitectura do condomínio<br />

residencial, desenhado pelo<br />

arquitecto João Goes Ferreira,<br />

consistiu em garantir o equilíbrio<br />

entre as novas estruturas<br />

e os espaços verdes envolventes.<br />

harmoniosamente com os exemplares já existentes. Foram então introduzidas<br />

outras espécies de interesse botânico que contribuem para unificar a imagem<br />

da Quinta e funcionam como referência visual.<br />

Procedeu-se igualmente à recuperação dos elementos de água e da pérgula,<br />

que, pela passagem do tempo e dadas as condições naturais a que esteve<br />

sujeita ao longo dos anos, apresentava um avançado estado de degradação.<br />

Os trabalhos de recupração desenvolvidos permitiram um novo usufruto deste<br />

que é um dos mais carismáticos elementos arquitectónicos da Quinta.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 80<br />

Manutenção<br />

O projecto contemplou, desde o início, a definição das melhores<br />

soluções em termos de manutenção futura do espaço. A<br />

proposta consistiu na integração de um sistema de rega automática,<br />

com sensor de chuva, o que permite uma manutenção<br />

mais fácil, económica e sustentável.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 81<br />

A Quinta reúne um acervo artístico de grande riqueza e diversidade. O pavilhão<br />

real destaca-se pela magnificência das paredes e tecto decorados com magníficas<br />

pinturas a fresco em trompe l’oeil, realizadas pelo arquitecto A. Basalisa, em 1971.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 82<br />

BREVES<br />

Horto do Campo Grande na SIL<br />

– Salão Imobiliário de Portugal<br />

Em 2009, o Horto do Campo grande marcou presença no maior salão imobiliário<br />

do país com um stand cujas propostas decorativas recriavam um espaço<br />

verde inspirado numa manutenção sustentável. Este ano, é a decoração o stand<br />

do Jornal Câmaras Verdes – um projecto de comunicação dirigido às autarquias<br />

e, através do qual, as empresas, as instituições e as próprias câmaras municipais<br />

divulgam iniciativas e promovem a mais correcta atitude perante as questões<br />

ambientais – que conta com a assinatura Horto do Campo Grande.<br />

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Coord. GPS: N 38.733172, W -8.94712<br />

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E-mail: alviflor@mail.telepac.pt<br />

Ambientes frescos e coloridos


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 83<br />

BREVES<br />

Temporary Store Loja das Meias<br />

decorada com originalidade<br />

Junto à Praça do Município, em Lisboa, o Temporary Store Loja das Meias é um conceito de loja original que<br />

não deixa indiferente quem lá entra. A imagem é trendy, o espaço, amplo e diversificado. Às diferentes propostas<br />

de moda, juntam-se as soluções decorativas da autoria do Horto do Campo Grande que conferem<br />

mais cor e dinamismo ao ambiente cosmopolita que aqui se vive.<br />

Interior e Exterior<br />

Design exclusivo<br />

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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 84<br />

BREVES<br />

Teleflora patrocina<br />

curso de recuperação<br />

de sistemas dunares<br />

A Teleflora patrocinou um curso de recuperação de sistemas dunares, organizado pela Sociedade Portuguesa<br />

de Ecologia (SPECO) e que se realizou na Faculdade de Ciências, em Lisboa. Neste curso, Ana Clemente,<br />

arquitecta paisagista da Teleflora, apresentou alguns casos práticos de obras que têm vindo a ser realizadas nos<br />

últimos anos e que reflectem a experiência da Teleflora neste âmbito de trabalho tão específico.


HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 85<br />

BREVES<br />

Dolce Vita Tejo<br />

recebe projecto<br />

da Fundação<br />

Pão-de-Açúcar/Auchan<br />

O Dolce Vita Tejo, na Amadora, recebeu o primeiro de cinco equipamentos educativos<br />

que a Fundação Pão-de-Açucar/Auchan pretende criar para receber os filhos<br />

dos colaboradores deste centro comercial. O Colégio Rik & Rok tem um horário alargado<br />

que funciona em regime diurno, pós-laboral e também aos fins-de-semana e<br />

tem como missão desenvolver as aptidões de cada criança, ajudá-las a integrarem-se<br />

na sociedade e a construírem a sua personalidade com base em valores individuais.<br />

A Teleflora forneceu as plantas decorativas para o interior e exterior deste primeiro<br />

colégio, inaugurado no final de Agosto por sua Ex.ª, o primeiro-ministro, e pela ministra<br />

do Trabalho e da Segurança Social, Helena André.<br />

Amaryllis<br />

Bolbos e Flores<br />

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Quinta da Lagoa Cova – Alto Estanqueiro<br />

2870 Montijo, Portugal<br />

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info@hortodocampogrande.com | Garden Center Quinta da Eira E.N. 9, Rotunda do Linhó, 2710-331 Sintra T. (+351) 219 240 252<br />

• F. (+351) 219 246 164 | Centro de Jardinagem Bonsais de Campolide Rua de Campolide, 270 A, 1070-039 Lisboa T. (+351) 213<br />

827 450 | Centro de Jardinagem Fernão Ferro E.N. 378, Km 7, 2865-413 Fernão Ferro T. (+351) 212 128 210 | Loja Setúbal C.C.<br />

Jumbo Pão de Açúcar, Loja 36, 2900-411 Setúbal T. (+351) 265 591 676 | Loja Alfragide C.C. Alegro, Loja 49, Piso 0, 2720-543<br />

Alfragide T. (+351) 214 187 871 | Loja Hospital Santa Maria, em Lisboa, junto à entrada principal | Viveiros Aruil Ponte Silveira,<br />

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