01.01.2015 Views

Português - Colégio OBJETIVO

Português - Colégio OBJETIVO

Português - Colégio OBJETIVO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Nome: ____________________________________________________________________ N.º: __________<br />

endereço: ______________________________________________________________ data: __________<br />

Telefone:_________________ E-mail: ________________________________________________________<br />

Colégio<br />

PARA QUEM CURSA O 5 Ọ ANO EM 2012<br />

Disciplina:<br />

PoRTUGUÊs<br />

Prova:<br />

desafio<br />

nota:<br />

Que tal experimentar olhar para o mundo com os olhos de um dos maiores poetas brasileiros<br />

O convite está feito!<br />

Nesta prova, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida de Carlos Drummond de<br />

Andrade e ver o mundo como ele vê: com olhar de criança, de poeta e de observador<br />

atento dos acontecimentos cotidianos.<br />

QUESTÃO 1<br />

Leia o texto a seguir.<br />

Carlos Drummond de Andrade – Nasceu em Itabira do Mato<br />

Dentro, Minas Gerais, em 1902. Estudou em Belo Horizonte e,<br />

depois, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, num colégio je suíta,<br />

como aluno interno. Formou-se em Farmácia, profissão que nunca<br />

exerceu. Nessa mesma época, começou a relacionar-se com jovens<br />

poetas e escritores,começando assim sua car reira literária.<br />

Em 1925, fundou A Revista, publicação que pretendia di vulgar<br />

o modernismo no Brasil. Nesse mesmo ano, casou-se com Dolores<br />

Dutra de Morais, com quem teve sua única filha. Lecionou<br />

Português e Geo grafia em sua cidade natal e, pouco tempo depois,<br />

Drummond como ele se vê<br />

(caricatura feita por ele<br />

mesmo).<br />

foi convi dado para trabalhar no Diário de Minas, onde já havia publi cado alguns de<br />

seus textos.<br />

A partir da década de 50, dedicou-se apenas à literatura, escre vendo livros de<br />

poesias, contos e até infantis! Sua primeira publicação, Poesias, foi seguida por muitas<br />

outras obras (47, no total) e vários prêmios literários.<br />

Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha<br />

começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987, no<br />

Rio de Janeiro.<br />

Com mais de 80 anos e uma vida cheia de histórias para contar, Drummond mantinha<br />

o gosto pelas coisas mais comuns: “gosto de andar a pé, de comer chocolate, de folhear<br />

livros ilustrados, de cultivar meus amigos, de decifrar o jogo dos oito erros, de brincar com<br />

crianças pequenas, de desenhar (mal), de ver filmes na televisão depois da meia-noite.”<br />

Adaptado de “Uma vida cheia de histórias para contar”.<br />

In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Rick e a girafa. Ática, 2001, p.109-12.<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

1<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


• Podemos afirmar que esse texto trata-se de uma biografia porque:<br />

a) divulga os livros escritos pelo autor.<br />

b) apresenta dados sobre o estado de Minas Gerais.<br />

c) instrui o leitor sobre o adequado manuseio de livros.<br />

d) traz informações verdadeiras sobre a vida do autor.<br />

e) anuncia o lançamento de uma nova obra do autor.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

O texto trata-se de uma biografia porque traz informações verdadeiras sobre a vida de<br />

Carlos Drummond de Andrade, aspecto que caracteriza o gênero em questão.<br />

Resposta D<br />

QUESTÃO 2<br />

Leia um dos poemas que Drummond escreveu sobre um de seus temas preferidos: a<br />

infância.<br />

Infância<br />

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.<br />

Minha mãe ficava sentada cosendo.<br />

Meu irmão pequeno dormia.<br />

Eu sozinho menino entre mangueiras<br />

lia a história de Robinson Crusoé,<br />

comprida história que não acaba mais.<br />

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu<br />

a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu<br />

chamava para o café.<br />

Café preto que nem a preta velha<br />

café gostoso<br />

café bom.<br />

Minha mãe ficava sentada cosendo<br />

olhando para mim:<br />

— Psiu... Não acorde o menino.<br />

Para o berço onde pousou um mosquito.<br />

E dava um suspiro... que fundo!<br />

Lá longe meu pai campeava<br />

no mato sem fim da fazenda.<br />

E eu não sabia que minha história<br />

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.<br />

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética, Record, 2001.<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

2<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


Leia as afirmações feitas a seguir, a respeito do poema:<br />

I. No texto, o poeta rememora episódios de sua infância.<br />

II. A infância do poeta caracteriza-se pela repetição dos mesmos pequenos acon -<br />

tecimentos de uma pacata vida doméstica.<br />

III.<br />

IV.<br />

O menino foge da monotonia, da solidão, lendo as histórias de Robinson Crusoé.<br />

Desde criança, o poeta já percebia que sua vida tinha mais beleza que a de Robinson<br />

Crusoé.<br />

• Estão corretas as afirmações feitas em<br />

a) I e II, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas.<br />

d) I, II, III e IV. e) II e III, apenas.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

A única informação incorreta é a que afirma que “desde criança, o poeta já percebia que<br />

sua vida tinha mais beleza que a de Robinson Crusoé”. A última estrofe do poema<br />

contradiz essa afirmação, trecho em que o poeta – já adulto – declara que, quando<br />

criança, ainda não sabia que sua história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. As<br />

demais afirmações estão corretas.<br />

Resposta B<br />

QUESTÃO 3<br />

Em dois momentos do poema, Drummond cita o personagem do livro que lia. Veja:<br />

Robinson Crusoé é o personagem-título<br />

da obra criada pelo inglês Daniel Defoe,<br />

pu blicada originalmente em 1719. Nela,<br />

relata-se a história de um náufrago que pas -<br />

sou 27 anos, dois meses e dezenove dias em<br />

uma remota ilha deserta, ao largo da costa<br />

vene zuelana. As ferramentas, cordas, tá -<br />

buas e outros utensílios que retira do na vio<br />

aci den tado o ajudam a enfrentar o de sa m -<br />

paro e a solidão que viveu nesse período.<br />

Eu sozinho menino entre mangueiras<br />

lia a história de Robinson Crusoé,<br />

comprida história que não acaba mais.<br />

[...]<br />

E eu não sabia que minha história<br />

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.<br />

• O menino lê as aventuras de Robinson Crusoé. Enquanto sua vida é pacata, a do<br />

aventureiro é movimentada. No entanto, o menino identifica-se com o personagem<br />

porque<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

3<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


a) ambos são crianças.<br />

b) ambos estiveram perdidos por um longo período num lugar deserto, de difícil acesso.<br />

c) ambos são solitários.<br />

d) ambos moraram em fazendas durante a infância.<br />

e) ambos tornaram-se escritores quando adultos.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

A vida do menino é pacata; a do aventureiro, movimentada. Apesar dessa oposição, o<br />

garoto identifica-se em um ponto com o personagem: ambos são solitários. Robinson<br />

Crusoé viveu só, por muitos anos, numa ilha; a solidão do menino é revelada no verso<br />

“Eu sozinho menino entre mangueiras”.<br />

Resposta C<br />

As questões 4 e 5 referem-se ao poema a seguir. Leia-o atentamente.<br />

Casas entre bananeiras<br />

mulheres entre laranjeiras<br />

pomar amor cantar<br />

Um homem vai devagar.<br />

Um cachorro vai devagar.<br />

Um burro vai devagar.<br />

Devagar... as janelas olham.<br />

Eta vida besta, meu Deus.<br />

Cidadezinha qualquer<br />

ANDRADE. Carlos Drummond. Alguma poesia in Reunião, 1982.<br />

QUESTÃO 4<br />

Qual dos versos abaixo revela o descontentamento do poeta diante da monotonia que<br />

caracteriza a vida dos habitantes daquela cidade<br />

a) Casas entre bananeiras<br />

b) Eta vida besta, meu Deus.<br />

c) Pomar amor cantar<br />

d) Um homem vai devagar.<br />

e) Devagar... as janelas olham.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

O verso que revela o descontentamento do poeta diante da monotonia que caracteriza<br />

a vida dos habitantes daquela cidade é “Eta vida besta, meu Deus”.<br />

Resposta B<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

4<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


QUESTÃO 5<br />

No texto, o poeta descreve uma “cidadezinha qualquer”. Qual das obras a seguir melhor<br />

expressa a descrição feita por ele<br />

<br />

<br />

Pintura de Canaletto, meados do século XVIII<br />

Tarsila do Amaral, Abaporu, 1928.<br />

<br />

<br />

<br />

Ana Maria Dias, Abacaxi maduro, s/d.<br />

Juarez Machado, Curitiba, s/d.<br />

Botero, Gente de circo, 2007.<br />

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

5<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


RESOLUÇÃO:<br />

O poema descreve a rotina de vida monótona em uma cidade do interior e a<br />

simplicidade que a caracteriza (na verdade, é a própria cidade natal do poeta). Entre as<br />

obras apresentadas, a que melhor ilustra o texto é Abacaxi maduro, de Ana Maria Dias.<br />

Resposta D<br />

As questões de números 6 a 9 referem-se ao texto a seguir. Leia-o atentamente.<br />

A incapacidade de ser verdadeiro<br />

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no<br />

campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.<br />

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra<br />

no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele<br />

provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi<br />

proibido de jogar futebol durante quinze dias.<br />

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela<br />

chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao<br />

sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas<br />

abanou a cabeça:<br />

– Não há nada a fazer, dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.<br />

ANDRADE, Carlos Drummond de. Rick e a girafa. Ática, 2001.<br />

QUESTÃO 6<br />

Sugere-se no texto, por meio de uma frase, que as “mentiras” contadas pelo personagem<br />

não eram as primeiras. Que frase é essa<br />

a) Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo<br />

fogo e lendo fotonovelas.<br />

b) Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça.<br />

c) Paulo tinha fama de mentiroso.<br />

d) – Não há nada a fazer, dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.<br />

e) A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da<br />

escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

A frase que sugere que as “mentiras” contadas pelo personagem não eram as primeiras<br />

é “Paulo tinha fama de mentiroso”. Ora, se ele tinha essa “fama”, entendemos que essa<br />

impressão a seu respeito não era recente.<br />

Resposta C<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

6<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


QUESTÃO 7<br />

A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se ao fato de o garoto:<br />

a) recusar-se a ir à escola.<br />

b) usar a imaginação em excesso, criando com frequência histórias fantasiosas.<br />

c) não querer mais jogar futebol.<br />

d) ter-se machucado no pátio da escola.<br />

e) não aceitar os castigos impostos por ela.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se ao fato de o garoto<br />

usar a imaginação em excesso, criando com frequência histórias fantasiosas.<br />

Resposta B<br />

QUESTÃO 8<br />

O parecer do médico – “este menino é mesmo um caso de poesia” – sugere que Paulo:<br />

a) era um menino cheio de imaginação e bastante criativo.<br />

b) agia dessa forma pelo excesso de castigo.<br />

c) deveria continuar brincando, mas apenas com coisas verdadeiras.<br />

d) precisava mudar de escola imediatamente.<br />

e) deveria procurar outro especialista médico para tratá-lo.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

Ao anunciar à mãe do garoto que aquele menino era mesmo “um caso de poesia”, o<br />

médico sugere que Paulo era uma criança cheia de imaginação e bastante criativa.<br />

Resposta A<br />

QUESTÃO 9<br />

Releia o trecho abaixo, retirado do texto:<br />

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no<br />

campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.<br />

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra<br />

no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de queijo. Desta vez Paulo não só<br />

ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.<br />

Considere as afirmações feitas a seguir, a respeito de trecho em destaque no quadro.<br />

I. No período, se trocarmos a palavra mas pela palavra porém, o sentido do trecho não<br />

será alterado.<br />

II. No trecho, o pronome –o refere-se ao menino Paulo.<br />

III. A palavra só, no trecho, é um adjetivo e caracteriza o substantivo próprio Paulo.<br />

IV. As expressões um dia (no 1.º parágrafo) e na semana seguinte (2.º parágrafo) são<br />

indicadores do tempo em que ocorreu a narrativa.<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

7<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


• Estão corretas as informações dadas em<br />

a) I e II, apenas.<br />

b) I, II e III, apenas.<br />

c) I, II e IV, apenas.<br />

d) II, III e IV apenas.<br />

e) I, II, III e IV.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

Reconsidere as afirmações feitas:<br />

I. No período, se trocarmos a palavra mas pela palavra porém, o sentido do trecho não<br />

será alterado.<br />

Afirmação correta.<br />

II. No trecho, o pronome –o refere-se ao menino Paulo.<br />

Afirmação correta.<br />

III. A palavra só, no trecho, é um adjetivo e caracteriza o substantivo próprio Paulo.<br />

Afirmação incorreta. No trecho, a palavra só não é um adjetivo, mas sim um advérbio<br />

(pode ser substituída, sem alteração de sentido, por apenas).<br />

IV. As expressões um dia (no 1.º parágrafo) e na semana seguinte (2.º parágrafo) são<br />

indicadores do tempo em que ocorreu a narrativa.<br />

Afirmação correta.<br />

Assim, apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.<br />

Resposta C<br />

QUESTÃO 10<br />

Calvin, assim como Paulo, o garoto do texto de Drummond, é um menino cheio de<br />

imaginação. Leia, na tirinha a seguir, uma de suas “aventuras”.<br />

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

8<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO


• A conversa entre o diretor da escola e Calvin, no último quadrinho da tira, sugere que<br />

o garoto<br />

a) era enviado à diretoria com frequência.<br />

b) chegava atrasado à escola todos os dias.<br />

c) estava se dirigindo à sala do diretor pela primeira vez naquele dia.<br />

d) estava perdido nas dependências da escola.<br />

e) aguardava com impaciência o final do período de aulas.<br />

RESOLUÇÃO:<br />

A conversa entre o diretor da escola e Calvin, no último quadrinho da tira, sugere que o<br />

garoto era enviado à diretoria com frequência. A expressão utilizada pelo diretor – De<br />

novo – justifica essa interpretação.<br />

Resposta A<br />

<strong>OBJETIVO</strong><br />

9<br />

PORTUGUÊS – DESAFIO – 5 ọ ANO

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!