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Circuitos Práticos - Saber Eletrônica

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Componentes<br />

invólucro é preenchido com gás, a tensão<br />

disruptiva é função de sua pressão.<br />

Se o centelhador é do tipo aberto (ar),<br />

a tensão disruptiva pode variar com a<br />

umidade e com grau de poluentes no<br />

local de instalação.<br />

Os centelhadores a gás consistem de<br />

um tubo contendo gás inerte, o qual sob<br />

condições normais de operação apresenta<br />

características de um circuito aberto.<br />

Contudo, na ocorrência de um transiente,<br />

o gás se ioniza permitindo a passagem<br />

de corrente. O gás permanece ionizado<br />

até que a corrente caia a um valor denominado<br />

“holding current”, especificado<br />

para cada tipo de centelhador. A figura 13<br />

mostra a curva característica de operação<br />

do centlhador.<br />

Devido à sua característica de operação,<br />

os centelhadores são extensivamente<br />

usados nas redes telefônicas para<br />

proteção contra descargas atmosféricas.<br />

Eles não necessitam de manutenções e<br />

possuem um tempo de vida útil em torno<br />

de 30 anos. Se comparados a outros<br />

dispositivos, os centelhadores são um<br />

tanto insensíveis, já que são necessários<br />

aproximadamente 700 V para provocar<br />

a ionização do gás interno do tubo. Estes<br />

36 I SABER ELETRÔNICA 459 I 2012<br />

dispositivos podem manejar correntes<br />

transientes bastante elevadas (até 60 kA)<br />

devido às características de descarga em<br />

meio aquoso.<br />

Quando atuam, provocam no sistema<br />

oscilações de alta frequência. Além disso,<br />

a sua atuação é seguida muitas vezes da<br />

condução da corrente de carga à terra,<br />

denominada corrente subsequente, provocando<br />

um curto-circuito monopolar<br />

que deve ser extinto por uma proteção de<br />

retaguarda. Uma das vantagens dos centelhadores<br />

a gás é sua baixa capacitância,<br />

o que não interfere no funcionamento dos<br />

equipamentos quando são atravessados<br />

por correntes de alta frequência.<br />

Diodos supressores<br />

de transietes<br />

Para atender às exigências dos avanços<br />

tecnológicos, foram desenvolvidos<br />

dispositivos de silício para proteção<br />

que apresentam rapidez de resposta e<br />

características de comportamento bastante<br />

definidas. Um desses dispositivos<br />

é o Diodo Zener. Ele é um elemento de<br />

dupla camada que, quando polarizado<br />

diretamente, funciona como um diodo<br />

comum. Entretanto, quando polarizado<br />

F8. Microestrutura de<br />

um varistor.<br />

reversamente, este diodo apresenta um<br />

“joelho”, ou seja, uma mudança repentina<br />

em sua característica V x I. Isso ocorre em<br />

um determinado valor de tensão conhecido<br />

como “tensão zener”.<br />

Daí, a tensão através do diodo se mantém<br />

essencialmente constante para qualquer<br />

aumento da corrente reversa até um<br />

limite de dissipação. A figura 14 ilustra<br />

as características direta e reversa de um<br />

diodo zener projetado para atuar em 6 V.<br />

Esta figura mostra que, para diodos com<br />

tensão zener acima de 40 V, à medida que<br />

a corrente através do dispositivo varia, a<br />

curva de tensão torna-se mais resistiva.<br />

Assim, para um bom desempenho, os diodos<br />

zener estão restritos a baixas tensões.<br />

Estes diodos não são capazes de dissipar<br />

altas energias e necessitam de um<br />

resistor em série para limitação da corrente.<br />

Além disso, não possuem uma característica<br />

simétrica, ou seja, se conectados<br />

de forma errada não protegem o circuito.<br />

Circuito Paralelo Direto:<br />

Centelhador Varistor<br />

A figura 15 apresenta o comportamento<br />

da resposta de um circuito em<br />

paralelo direto quando este limita uma<br />

F9. Curvas para varistores<br />

de Zn0 e de SiC.<br />

F10. Identificação de<br />

um varistor EPCOS.

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