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SIMULADO VETOR - MODELO UFRJ 2010.pdf

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<strong>SIMULADO</strong> <strong>MODELO</strong> <strong>UFRJ</strong> 2010<br />

1º DIA DE PROVAS – 25/10/2010<br />

GRUPO 1<br />

Neste caderno você encontrará um conjunto de 4 páginas numeradas seqüencialmente, contendo 12 questões<br />

discursivas.<br />

1. Escreva seu nome e turma na folha de respostas.<br />

2. Verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas.<br />

3. Redija sua resposta na folha de respostas, utilizando caneta azul ou preta.<br />

4. Você dispõe de 3 (três) horas para fazer esta prova.<br />

5. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal somente a FOLHA DE RESPOSTA.<br />

LÍNGUA PORTUGUESA / LITERATURA BRASILEIRA<br />

A identidade brasileira é construída a partir da miscigenação e da diversidade étnica, regional, sociocultural e<br />

linguística. Os textos que seguem demonstram que essa diversidade foi observada sob vários ângulos, em<br />

diferentes momentos da nossa história, positiva e/ou negativamente.<br />

TEXTO I:<br />

Naquela terra querida,<br />

Que era sua e não era,<br />

Onde sonhara com a vida<br />

Mas nunca viver pudera,<br />

Ia morrer sem comida<br />

Aquele de cuja lida<br />

Tanta comida nascera.<br />

(Ferreira Gullar. 1964. João Boa-Morte, cabra marcado pra morrer.<br />

In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida. Terra, trabalho<br />

e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 309)<br />

TEXTO II:<br />

Os moradores desta costa do Brasil todos têm terra de sesmarias dadas e repartidas pelos capitães da terra, e a<br />

primeira coisa que pretendem alcançar são escravos para lhe fazerem e granjearem suas roças e fazendas, porque<br />

sem eles não se podem sustentar na terra: e uma das coisas porque o Brasil não floresce muito mais, é pelos<br />

escravos que se alevantarão e fugirão para suas terras e fogem cada dia: e se esses índios não foram tão fugitivos e<br />

mutáveis, não tivera comparação a riqueza do Brasil.<br />

(GANDAVO, Pero de Magalhães. 1576. Tratado das terras do<br />

Brasil. Lisboa. In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida.<br />

Terra, trabalho e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 35)<br />

Q1 – Qual o aspecto, na relação de trabalho, que une os Textos I e II, apesar de escritos em épocas tão distintas,<br />

século XX e XVI, respectivamente<br />

1


Q2 – Destaque do Texto 2 duas formas verbais que indicam fatos passados e estão grafadas de forma diversa à<br />

atual, apontando a ortografia agora vigente.<br />

Q3 – Quais as formas verbais que poderiam substituir, sem prejuízo do sentido, foram e tivera, na última linha do<br />

Texto II<br />

TEXTO III:<br />

... nunca cessou de espantar-me manifestação de preconceito e hostilidade sociocultural. Em vez de alegrar-se com<br />

a diversidade extraordinariamente rica e fecunda de um país que, nessa diversidade, é o mesmo de uma ponta a<br />

outra, em vez de aprender com ela e com ela engrandecer-se, há gente que perde tempo e adrenalina num besteirol<br />

arrogante e irracional, entre generalizações estúpidas e demonstrações de estreiteza de visão. O sotaque alheio<br />

irrita, a maneira de ser exaspera [...] nada disso faz ninguém necessariamente melhor ou pior, mas apenas diferente<br />

dos outros.<br />

(RIBEIRO, J. Ubaldo. O Globo, 23/05/1995)<br />

TEXTO IV:<br />

O gaúcho do Sul, ao encontrá-lo nesse instante, sobreolhá-lo-ia comiserado.<br />

O vaqueiro do Norte é a sua antítese. Na postura, no gesto, na palavra, na índole e nos hábitos não há equiparálos.<br />

O primeiro, filho dos plainos sem fim, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa<br />

que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheiresca e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem<br />

da dos sertões do Norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos com a terra árida e exsicada.<br />

(CUNHA. Euclides da. 1902. Os sertões. In: AGUIAR, F. (org.).<br />

1999. Com palmos medida. Terra, trabalho e conflito na literatura<br />

brasileira. São Paulo, Fundação Perseu Abramo: p. 143)<br />

Q4 – Os Textos III e IV apresentam reflexões sobre diversidade em tipos distintos de texto. Estabeleça, através da<br />

seleção vocabular, um contraste entre a linguagem jornalística contemporânea e a literária, do início do século<br />

passado, retirando dois exemplos de cada texto.<br />

TEXTO V:<br />

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve<br />

um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapamunhas pariu<br />

uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninnice fez coisas de sarapantar. De<br />

primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:<br />

- Ai! Que preguiça!...<br />

(ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Rio de Janeiro, Livros<br />

Técnicos e Científicos. São Paulo, Secretaria da Cultura Ciência<br />

e Tecnologia, 1978: p.7)<br />

TEXTO VI:<br />

Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados, os cabelos pretos<br />

cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil,<br />

cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta<br />

da graça, da força e da inteligência.<br />

(ALENCAR, José de. O Guarani. In: ——. Obra completa. 7 ed.<br />

vol 1, Rio de Janeiro, José Olympio, Brasília, INL, 1977: p.16.)<br />

2


Q5 – Nos Textos V e VI, representam-se heróis nacionais.<br />

a) Quais as visões de herói que estão subjacentes a essas representações<br />

b) Em que movimentos literários se inscrevem, respectivamente<br />

Q6 – De que modo a freqüência e o tipo de adjetivação contribuem para a caracterização dos heróis, nos Textos V<br />

e VI, respectivamente<br />

BIOLOGIA<br />

Q1 – Atualmente uma das estratégias mais promissoras no combate ao câncer é a injeção de inibidores de<br />

angiogênese (formação de vasos sangüineos) no local do tumor. Considerando as funções do sangue, qual é o<br />

princípio dessa estratégia<br />

Q2 – A cachaça é obtida pela fermentação da cana-de-acúcar por uma levedura. O produto final é uma mistura<br />

que contém fragmentos do glicídio inicial, como o álcool etílico, o metanol e outras substâncias. Quando essa mistura<br />

é mal destilada, a cachaça pode causar intoxicações graves nos consumidores, devido à presença de metanol.<br />

Considerando os tipos de degradação de glicídios nos seres vivos, explique por que a degradação de glicose nas<br />

nossas células não produz metanol.<br />

Q3 – Existem casos de pessoas contaminadas com agentes causadores de doenças infecciosas (tais como a aids,<br />

a sífilis, a malária e a doença de Chagas) que não apresentam os sintomas da doença. Esses portadores<br />

assintomáticos, em geral, desconhecem sua condição de possuidores de agentes patogênicos. Explique por que a<br />

existência de portadores assintomáticos é um componente que dificulta o controle de doenças transmissíveis.<br />

Q4 – A tabela abaixo apresenta as composições relativas dos hábitos alimentares de quatro espécies A, B, C e D.<br />

Duas das quatro espécies apresentadas na tabela não vivem em simpatria, ou seja, não ocupam a mesma área<br />

geográfica; diversas tentativas de introduzir uma dessas duas espécies na área ocupada pela outra fracassaram.<br />

Identifique as duas espécies que não vivem em simpatria. Justifique sua resposta.<br />

3


Q5 – O gráfico a seguir mostra os níveis dos hormônios progestacionais no sangue de uma mulher num período<br />

de 90 dias.<br />

a) Como deve ser interpretado o aumento progressivo do nível de concentração da progesterona a partir do 15 o dia <br />

b) Que fato deve estar associado à queda do nível de hormônio por volta do 90 o dia<br />

Q6 – O gráfico mostra os níveis de glicose medidos no sangue de duas pessoas, sendo uma saudável e outra com<br />

diabetes melito, imediatamente após uma refeição e nas cinco horas seguintes.<br />

a) Identifique a curva correspondente às medidas da pessoa diabética, justificando sua resposta.<br />

b) Como se explicam os níveis estáveis de glicose na curva B, após 3 horas da refeição<br />

4


<strong>SIMULADO</strong> <strong>MODELO</strong> <strong>UFRJ</strong> 2010<br />

1º DIA DE PROVAS – 25/10/2010<br />

GRUPOS 2, 3 e 4<br />

Neste caderno você encontrará um conjunto de 4 páginas numeradas seqüencialmente, contendo 12 questões<br />

discursivas.<br />

1. Escreva seu nome e turma na folha de respostas.<br />

2. Verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas.<br />

3. Redija sua resposta na folha de respostas, utilizando caneta azul ou preta.<br />

4. Você dispõe de 3 (três) horas para fazer esta prova.<br />

5. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal somente a FOLHA DE RESPOSTA.<br />

LÍNGUA PORTUGUESA / LITERATURA BRASILEIRA<br />

A identidade brasileira é construída a partir da miscigenação e da diversidade étnica, regional, sociocultural e<br />

linguística. Os textos que seguem demonstram que essa diversidade foi observada sob vários ângulos, em<br />

diferentes momentos da nossa história, positiva e/ou negativamente.<br />

TEXTO I:<br />

Naquela terra querida,<br />

Que era sua e não era,<br />

Onde sonhara com a vida<br />

Mas nunca viver pudera,<br />

Ia morrer sem comida<br />

Aquele de cuja lida<br />

Tanta comida nascera.<br />

(Ferreira Gullar. 1964. João Boa-Morte, cabra marcado pra morrer.<br />

In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida. Terra, trabalho<br />

e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 309)<br />

TEXTO II:<br />

Os moradores desta costa do Brasil todos têm terra de sesmarias dadas e repartidas pelos capitães da terra, e a<br />

primeira coisa que pretendem alcançar são escravos para lhe fazerem e granjearem suas roças e fazendas, porque<br />

sem eles não se podem sustentar na terra: e uma das coisas porque o Brasil não floresce muito mais, é pelos<br />

escravos que se alevantarão e fugirão para suas terras e fogem cada dia: e se esses índios não foram tão fugitivos e<br />

mutáveis, não tivera comparação a riqueza do Brasil.<br />

(GANDAVO, Pero de Magalhães. 1576. Tratado das terras do<br />

Brasil. Lisboa. In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida.<br />

Terra, trabalho e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 35)<br />

Q1 – Qual o aspecto, na relação de trabalho, que une os Textos I e II, apesar de escritos em épocas tão distintas,<br />

século XX e XVI, respectivamente<br />

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Q2 – Destaque do Texto 2 duas formas verbais que indicam fatos passados e estão grafadas de forma diversa à<br />

atual, apontando a ortografia agora vigente.<br />

Q3 – Quais as formas verbais que poderiam substituir, sem prejuízo do sentido, foram e tivera, na última linha do<br />

Texto II<br />

TEXTO III:<br />

... nunca cessou de espantar-me manifestação de preconceito e hostilidade sociocultural. Em vez de alegrar-se com<br />

a diversidade extraordinariamente rica e fecunda de um país que, nessa diversidade, é o mesmo de uma ponta a<br />

outra, em vez de aprender com ela e com ela engrandecer-se, há gente que perde tempo e adrenalina num besteirol<br />

arrogante e irracional, entre generalizações estúpidas e demonstrações de estreiteza de visão. O sotaque alheio<br />

irrita, a maneira de ser exaspera [...] nada disso faz ninguém necessariamente melhor ou pior, mas apenas diferente<br />

dos outros.<br />

(RIBEIRO, J. Ubaldo. O Globo, 23/05/1995)<br />

TEXTO IV:<br />

O gaúcho do Sul, ao encontrá-lo nesse instante, sobreolhá-lo-ia comiserado.<br />

O vaqueiro do Norte é a sua antítese. Na postura, no gesto, na palavra, na índole e nos hábitos não há equiparálos.<br />

O primeiro, filho dos plainos sem fim, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa<br />

que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheiresca e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem<br />

da dos sertões do Norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos com a terra árida e exsicada.<br />

(CUNHA. Euclides da. 1902. Os sertões. In: AGUIAR, F. (org.).<br />

1999. Com palmos medida. Terra, trabalho e conflito na literatura<br />

brasileira. São Paulo, Fundação Perseu Abramo: p. 143)<br />

Q4 – Os Textos III e IV apresentam reflexões sobre diversidade em tipos distintos de texto. Estabeleça, através da<br />

seleção vocabular, um contraste entre a linguagem jornalística contemporânea e a literária, do início do século<br />

passado, retirando dois exemplos de cada texto.<br />

TEXTO V:<br />

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve<br />

um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapamunhas pariu<br />

uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninnice fez coisas de sarapantar. De<br />

primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:<br />

- Ai! Que preguiça!...<br />

(ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Rio de Janeiro, Livros<br />

Técnicos e Científicos. São Paulo, Secretaria da Cultura Ciência<br />

e Tecnologia, 1978: p.7)<br />

TEXTO VI:<br />

Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados, os cabelos pretos<br />

cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil,<br />

cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta<br />

da graça, da força e da inteligência.<br />

(ALENCAR, José de. O Guarani. In: ——. Obra completa. 7 ed.<br />

vol 1, Rio de Janeiro, José Olympio, Brasília, INL, 1977: p.16.)<br />

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Q5 – Nos Textos V e VI, representam-se heróis nacionais.<br />

a) Quais as visões de herói que estão subjacentes a essas representações<br />

b) Em que movimentos literários se inscrevem, respectivamente<br />

Q6 – De que modo a freqüência e o tipo de adjetivação contribuem para a caracterização dos heróis, nos Textos V<br />

e VI, respectivamente<br />

MATEMÁTICA<br />

Q1 – Joe era um jovem americano muito patriota. Ganhou um dado de presente da tia e resolveu pintá-lo com as<br />

cores da bandeira de seu país: azul, vermelho e branco. Determine de quantas formas ele pode pintar seu dado, de<br />

forma que sejam usadas pelo menos 2 cores distintas.<br />

Q2 – Maria é responsável pela embalar o doce de leite comercializado por sua avó, dona Jurema. O doce de leite<br />

é vendido em caixas contendo 8 potes como o da figura abaixo.<br />

Sabendo que cada cm³ de doce de leite pesa 0,45g, quantos quilos pesa a caixa que é vendida por Dona Jurema<br />

(considerando o peso das embalagens desprezível)<br />

Q3 – Certo consumidor foi a um restaurante em que podia servir-se à vontade de comida, pagando o preço fixo de<br />

R$8,00; as bebidas, porém, servidas pelo garçom, eram cobradas à parte. Na hora de pagar a conta, constatou que<br />

lhe cobravam 10% de taxa de serviço sobre o total de sua despesa. Considerando que só as bebidas lhe foram<br />

servidas pelo garçom, pagou sua despesa incluindo a taxa de 10% somente sobre seu gasto com bebidas. Qual a<br />

diferença entre a importância que lhe cobraram e a efetivamente paga<br />

Q4 – O 1º termo e a razão de uma P.G. têm o mesmo valor . Qual é o limite da soma dos termos quando n∞<br />

8


Q5 – O polígono regular representado na figura tem lado de medida igual a 1 cm e o ângulo a mede 120°.<br />

Determine o raio da circunferência circunscrita e a área do polígono.<br />

Q6 – Dentre todos os retângulos de perímetro 20 cm, determine o de área máxima.<br />

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<strong>SIMULADO</strong> <strong>MODELO</strong> <strong>UFRJ</strong> 2010<br />

1º DIA DE PROVAS – 25/10/2010<br />

GRUPO 5<br />

Neste caderno você encontrará um conjunto de 4 páginas numeradas seqüencialmente, contendo 12 questões<br />

discursivas.<br />

1. Escreva seu nome e turma na folha de respostas.<br />

2. Verifique se a impressão, a paginação e a numeração das questões estão corretas.<br />

3. Redija sua resposta na folha de respostas, utilizando caneta azul ou preta.<br />

4. Você dispõe de 3 (três) horas para fazer esta prova.<br />

5. Ao terminar a prova, entregue ao fiscal somente a FOLHA DE RESPOSTA.<br />

LÍNGUA PORTUGUESA / LITERATURA BRASILEIRA<br />

A identidade brasileira é construída a partir da miscigenação e da diversidade étnica, regional, sociocultural e<br />

linguística. Os textos que seguem demonstram que essa diversidade foi observada sob vários ângulos, em<br />

diferentes momentos da nossa história, positiva e/ou negativamente.<br />

TEXTO I:<br />

Naquela terra querida,<br />

Que era sua e não era,<br />

Onde sonhara com a vida<br />

Mas nunca viver pudera,<br />

Ia morrer sem comida<br />

Aquele de cuja lida<br />

Tanta comida nascera.<br />

(Ferreira Gullar. 1964. João Boa-Morte, cabra marcado pra morrer.<br />

In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida. Terra, trabalho<br />

e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 309)<br />

TEXTO II:<br />

Os moradores desta costa do Brasil todos têm terra de sesmarias dadas e repartidas pelos capitães da terra, e a<br />

primeira coisa que pretendem alcançar são escravos para lhe fazerem e granjearem suas roças e fazendas, porque<br />

sem eles não se podem sustentar na terra: e uma das coisas porque o Brasil não floresce muito mais, é pelos<br />

escravos que se alevantarão e fugirão para suas terras e fogem cada dia: e se esses índios não foram tão fugitivos e<br />

mutáveis, não tivera comparação a riqueza do Brasil.<br />

(GANDAVO, Pero de Magalhães. 1576. Tratado das terras do<br />

Brasil. Lisboa. In: AGUIAR, F. (org.). 1999. Com palmos medida.<br />

Terra, trabalho e conflito na literatura brasileira. São Paulo, Fundação<br />

Perseu Abramo: p. 35)<br />

Q1 – Qual o aspecto, na relação de trabalho, que une os Textos I e II, apesar de escritos em épocas tão distintas,<br />

século XX e XVI, respectivamente<br />

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Q2 – Destaque do Texto 2 duas formas verbais que indicam fatos passados e estão grafadas de forma diversa à<br />

atual, apontando a ortografia agora vigente.<br />

Q3 – Quais as formas verbais que poderiam substituir, sem prejuízo do sentido, foram e tivera, na última linha do<br />

Texto II<br />

TEXTO III:<br />

... nunca cessou de espantar-me manifestação de preconceito e hostilidade sociocultural. Em vez de alegrar-se com<br />

a diversidade extraordinariamente rica e fecunda de um país que, nessa diversidade, é o mesmo de uma ponta a<br />

outra, em vez de aprender com ela e com ela engrandecer-se, há gente que perde tempo e adrenalina num besteirol<br />

arrogante e irracional, entre generalizações estúpidas e demonstrações de estreiteza de visão. O sotaque alheio<br />

irrita, a maneira de ser exaspera [...] nada disso faz ninguém necessariamente melhor ou pior, mas apenas diferente<br />

dos outros.<br />

(RIBEIRO, J. Ubaldo. O Globo, 23/05/1995)<br />

TEXTO IV:<br />

O gaúcho do Sul, ao encontrá-lo nesse instante, sobreolhá-lo-ia comiserado.<br />

O vaqueiro do Norte é a sua antítese. Na postura, no gesto, na palavra, na índole e nos hábitos não há equiparálos.<br />

O primeiro, filho dos plainos sem fim, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa<br />

que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheiresca e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem<br />

da dos sertões do Norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos com a terra árida e exsicada.<br />

(CUNHA. Euclides da. 1902. Os sertões. In: AGUIAR, F. (org.).<br />

1999. Com palmos medida. Terra, trabalho e conflito na literatura<br />

brasileira. São Paulo, Fundação Perseu Abramo: p. 143)<br />

Q4 – Os Textos III e IV apresentam reflexões sobre diversidade em tipos distintos de texto. Estabeleça, através da<br />

seleção vocabular, um contraste entre a linguagem jornalística contemporânea e a literária, do início do século<br />

passado, retirando dois exemplos de cada texto.<br />

TEXTO V:<br />

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve<br />

um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapamunhas pariu<br />

uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninnice fez coisas de sarapantar. De<br />

primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:<br />

- Ai! Que preguiça!...<br />

(ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Rio de Janeiro, Livros<br />

Técnicos e Científicos. São Paulo, Secretaria da Cultura Ciência<br />

e Tecnologia, 1978: p.7)<br />

TEXTO VI:<br />

Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados, os cabelos pretos<br />

cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil,<br />

cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta<br />

da graça, da força e da inteligência.<br />

(ALENCAR, José de. O Guarani. In: ——. Obra completa. 7 ed.<br />

vol 1, Rio de Janeiro, José Olympio, Brasília, INL, 1977: p.16.)<br />

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Q5 – Nos Textos V e VI, representam-se heróis nacionais.<br />

a) Quais as visões de herói que estão subjacentes a essas representações<br />

b) Em que movimentos literários se inscrevem, respectivamente<br />

Q6 – De que modo a freqüência e o tipo de adjetivação contribuem para a caracterização dos heróis, nos Textos V<br />

e VI, respectivamente<br />

LÍNGUA ESTRANGEIRA - ESPANHOL<br />

As perguntas deverão ser respondidas em português. O espanhol só deverá ser utilizado quando solicitado.<br />

TEXTO I<br />

Q1 – Mafalda é uma menina simpática e atrevida, nascida em uma família de classe média, que vive na Buenos<br />

Aires de meados dos anos 60 e início dos 70. Através do olhar e da vivência da menina Mafalda, Quino (Joaquín<br />

Salvador Lavado) lança reflexões sobre as relações humanas e seus dilemas.<br />

No caso específico da tira acima, indique o motivo pelo qual, apesar da indignação inicial, Mafalda volta a ligar e<br />

assistir à televisão que havia desligado no primeiro quadro.<br />

Q2 – Uma característica marcante da linguagem publicitária é seu tom persuasivo. Retire do primeiro quadro, em<br />

espanhol, dois verbos que reforçam esse tom.<br />

13


Q3 – No segundo quadrinho Mafalda pergunta ¿Y qué somos A quem faz refeência o verbo somos<br />

TEXTO II<br />

Q4 – Gaturro é um anti-herói, grande observador do mundo atual. Mora num lar de classe média com seus donos<br />

e as crianças Luz e Agustín e tem um amor impossível, Ágatha. Seu criador é o humorista gráfico argentino Cristian<br />

Dzwonik, mais conhecido como Nik. Para comunicar-se com os humanos, Gaturro não fala, "pensa". Já para se<br />

comunicar com os seus amigos animais, fala.<br />

Explique qual é o motivo pelo qual os donos de Gaturro não fazem a mudança.<br />

Q5 – Transcreva o pronome que, no segundo quadrinho, faz referência ao Gaturro.<br />

Q6 – Explique o motivo pelo qual Gaturro está pulando e pensando, ―¡Sí!‖no primeiro quadro da tira.<br />

14

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