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determinação de custo na produção de mudas... - Unemat

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DETERMINAÇÃO DE CUSTO NA PRODUÇÃO DE MUDA DE EUCALIPTO<br />

(EUCALYPTUS UROGRANDIS) PARA REFLORESTAMENTO NA REGIÃO DE<br />

SINOP – MT.<br />

Marieta Langer<br />

Fer<strong>na</strong>nda Mosseline Josen<strong>de</strong> Coan<br />

Roberta Varela Josen<strong>de</strong><br />

RESUMO<br />

Tendo em vista que, o retorno fi<strong>na</strong>nceiro do capital investido é a frase <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m do momento,<br />

e para isso o preço <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> um produto ou serviço obtido a partir do <strong>custo</strong> é uma<br />

referência valiosa, sobretudo, para comparar o preço <strong>de</strong> mercado, e consequentemente<br />

viabilizar a conveniência <strong>de</strong> disponibilizar o produto para os consumidores, elaboramos este<br />

trabalho que foi <strong>de</strong>senvolvido em uma empresa que atua <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> Eucalipto<br />

urograndis, mas que não apura os <strong>custo</strong>s da produção e não tem estimativa do quanto lucra,<br />

praticando assim os preços <strong>de</strong> venda dos concorrentes. A partir <strong>de</strong>ssa constatação surgiu a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se mensurar os <strong>custo</strong>s da produção do Eucalipto <strong>na</strong> empresa citada. No<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do projeto foi proposto a implantação <strong>de</strong> planilhas <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s, utilizando o<br />

método <strong>de</strong> custeio por absorção, já que o mesmo <strong>de</strong>fine que todos os gastos <strong>na</strong> produção são<br />

consi<strong>de</strong>rados <strong>custo</strong>s, tanto os diretos, como os indiretos, fixos ou variáveis. Caracterizando-se,<br />

principalmente por ser o único aceito pelo fisco. Ao fi<strong>na</strong>lizar tal trabalho, obteve-se o <strong>custo</strong> <strong>de</strong><br />

R$ 0,10 por muda <strong>de</strong> Eucalipto produzida. Esta mensuração proporcio<strong>na</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

contribuição ao produtor <strong>de</strong> Eucalipto, no sentido <strong>de</strong> apoio às <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> negociação com<br />

clientes, e uma melhora dos produtos e serviços oferecidos. Consequentemente aprimorando<br />

gerencialmente e distribuição <strong>de</strong> seus <strong>custo</strong>s e fortalecendo sua posição no mercado.<br />

Palavras chave: Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos, Custeio por Absorção, Produção, Empresa,<br />

Eucalyptus urograndis.<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

A enorme potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira da silvicultura brasileira, que<br />

durante muito tempo foi injustamente atribuída a ela mais às condições ambientais do que às<br />

tecnologias, vem passando por uma nova fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Novas tecnologias<br />

provenientes dos programas <strong>de</strong> pesquisa aliadas as evoluções operacio<strong>na</strong>is elevam<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente a competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns setores do ramo florestal, como os viveiros <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>.<br />

Paralela a esta evolução, vem à contabilida<strong>de</strong> que com o surgimento <strong>de</strong> suas<br />

ramificações, obteve a Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stas, os métodos <strong>de</strong> custeios, que<br />

vieram para beneficiar os interessados em aplicar seus conceitos, ajudando a reduzir os <strong>custo</strong>s<br />

<strong>de</strong> fabricação, pois, quanto menores os <strong>custo</strong>s, mais competitivo o produto se tor<strong>na</strong>rá no<br />

mercado.<br />

Sobreviver, conquistar participação <strong>de</strong> mercado e satisfazer às necessida<strong>de</strong>s<br />

dos clientes não é tarefa fácil para as organizações <strong>de</strong> um modo geral, cuja principal<br />

preocupação <strong>de</strong>ve ser não somente conquistar, mas manter clientes. Nesse sentido, a<br />

contabilida<strong>de</strong> contribui substancialmente fornecendo informações relevantes aos seus diversos<br />

usuários.


As informações obtidas a partir da contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s formam uma das<br />

bases mais importantes para classificar os <strong>custo</strong>s inerentes a produção. Sendo um dos métodos<br />

mais utilizados, o custeio por absorção, sendo este, objeto do nosso estudo, pois aten<strong>de</strong> os<br />

princípios da contabilida<strong>de</strong> e é aceito pela Legislação fiscal.<br />

Neste contexto, o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong>ste trabalho é fixar e <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r um método <strong>de</strong><br />

<strong>custo</strong>s para a produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> arbóreas <strong>de</strong> Eucalipto (Eucalyptus urograndis), mensurando<br />

os valores inerentes a produção com a elaboração <strong>de</strong> planilhas <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s, aplicando-as <strong>na</strong><br />

prática <strong>de</strong> uma empresa, neste caso um Viveiro <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>.<br />

Por esta razão discorremos nos primeiros capítulos <strong>de</strong>ste estudo sobre a<br />

Contabilida<strong>de</strong> em seu surgimento e evolução e sobre a Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos, falando sobre<br />

os métodos <strong>de</strong> custeio que serão parte do nosso Estudo <strong>de</strong> Caso, o qual vem posteriormente<br />

com a expla<strong>na</strong>ção e utilização <strong>de</strong> planilhas, on<strong>de</strong> os resultados obtidos visam trazer ao<br />

produtor o <strong>custo</strong> unitário da muda em todo o seu processo <strong>de</strong> produção, po<strong>de</strong>ndo praticar seu<br />

próprio preço <strong>de</strong> venda.<br />

2 Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custo<br />

A contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s é uma gran<strong>de</strong> área da ciência contábil que passou a<br />

ser estudada a partir da necessida<strong>de</strong> que se tinha em controlar os gastos das ativida<strong>de</strong>s<br />

produtivas em geral, principalmente com o advento da revolução industrial. Cabe justificar<br />

aqui os motivos <strong>de</strong> ser classificada como uma gran<strong>de</strong> área da Contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido a sua<br />

aplicação a qualquer ativida<strong>de</strong> econômica, ou seja, além <strong>de</strong> ser geral, ela também possui a<br />

dinâmica <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quar às particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> específica.<br />

LEONE refere-se à contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong> como sendo:<br />

(...) a contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s é o ramo da Contabilida<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong> a produzir<br />

informações para os diversos níveis gerenciais <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong>, como auxilio às<br />

funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho , <strong>de</strong> planejamento e controle das<br />

operações e <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, (2000, p.19).<br />

A contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s direcio<strong>na</strong>-se em mensurar <strong>de</strong> maneira eficaz as<br />

variações patrimoniais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da sua <strong>na</strong>tureza ou razões <strong>de</strong> sua ocorrência, que<br />

acontecem no seu ciclo operacio<strong>na</strong>l interno.<br />

Essas variações no ciclo operacio<strong>na</strong>l das entida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser inicialmente <strong>de</strong><br />

<strong>na</strong>tureza qualitativa ou permutativa (alteram a <strong>na</strong>tureza ou a qualida<strong>de</strong> do patrimônio) sem,<br />

contudo modificarem o patrimônio líquido. Na conclusão do ciclo, prevalece a variação<br />

quantitativa – também chamada modificativa, tendo em vista que elas alteram o patrimônio<br />

líquido das empresas. Po<strong>de</strong>-se concluir que a contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s concentra sua atenção<br />

para as variações do tipo qualitativo.<br />

Desta forma, enten<strong>de</strong>-se que uma eficiente aplicação da contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>custo</strong>s fica vinculada ao perfeito entendimento da ocorrência e do domínio sobre as variações<br />

patrimoniais que ocorrem no processo produtivo das empresas, atentando para o fato <strong>de</strong> que<br />

esse domínio <strong>de</strong>ve acontecer em relação aos valores econômicos, mas, sobretudo nos aspectos<br />

físicos, visando à perfeita e correta alocação dos <strong>custo</strong>s aos seus causadores.<br />

A importância das informações contábeis para a operação bem sucedida <strong>de</strong><br />

uma empresa, incluindo dados sobre <strong>custo</strong>s específicos, foi reconhecida há muito tempo.<br />

Diante do atual ambiente da economia globalizada e altamente competitiva essas informações<br />

são mais críticas do que nunca. É evi<strong>de</strong>nte a pressão exercida por esse ambiente quer seja<br />

inter<strong>na</strong> ou exter<strong>na</strong> e, por conta disso, as empresas estão dando mais ênfase no controle dos<br />

<strong>custo</strong>s em uma tentativa <strong>de</strong> manter os seus produtos e ou serviços competitivos no mercado.


A Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s fornece as informações <strong>de</strong>talhadas sobre os <strong>custo</strong>s<br />

que a gestão precisa planejar e controlar, acerca das operações da empresa, fornece ainda<br />

informações que permitem a gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis<br />

da produção.<br />

Métodos <strong>de</strong> Custeio<br />

Des<strong>de</strong> a Revolução Industrial, diversos Métodos <strong>de</strong> Custeio foram surgindo,<br />

embora será dado enfoque especial ao custeio por absorção e custeio direto e indireto,<br />

po<strong>de</strong>mos citar outros como o padrão, o ABC, o Kaizen, o Meta. Porem citamos aqui o que<br />

estaremos utilizando para o estudo.<br />

Custeio por Absorção<br />

Custeio por absorção significa a apropriação, aos produtos elaborados pela<br />

empresa, <strong>de</strong> todos os <strong>custo</strong>s incorridos no processo <strong>de</strong> fabricação, quer estejam diretamente<br />

vinculados ao produto, quer se refiram à tarefa <strong>de</strong> produção em geral e só possam ser alocados<br />

aos bens fabricados indiretamente, isto é, mediante rateio.<br />

O Custo por absorção é usado <strong>na</strong> contabilida<strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira, utilizado <strong>na</strong><br />

elaboração <strong>de</strong> Balanços Patrimoniais e Demonstrações <strong>de</strong> Resultado, ainda também, para<br />

Balanço e Lucros Fiscais. É consi<strong>de</strong>rado básico pela Auditoria Exter<strong>na</strong>, sendo obrigatório<br />

para fins <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> estoques.<br />

O presente método <strong>de</strong> custeio é usado no imposto <strong>de</strong> renda, on<strong>de</strong> existem<br />

algumas variações, como por exemplo, a <strong>de</strong>preciação. No custeio por absorção a <strong>de</strong>preciação<br />

dos equipamentos e imobilizados em geral <strong>de</strong>ve ser distribuída aos produtos elaborados,<br />

sendo assim, integra-se ao ativo <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> produtos e só se tor<strong>na</strong> <strong>de</strong>spesa quando os bens<br />

são vendidos.<br />

Desta forma, foi proposto empregar o Custeio por Absorção em caso prático neste<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso por aten<strong>de</strong>r a legislação do país e integrar os produtos e<br />

serviços os <strong>custo</strong>s que ocorrem <strong>na</strong> área <strong>de</strong> elaboração do produto.<br />

O autor DUTRA comprova sendo um dos métodos mais utilizados dizendo que:<br />

...é o mais utilizado quando se trata <strong>de</strong> apuração <strong>de</strong> resultados e consiste em<br />

associar aos produtos e serviços os <strong>custo</strong>s que ocorrem <strong>na</strong> área <strong>de</strong> elaboração, ou<br />

seja, os gastos referentes às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> bens e serviços.<br />

... o mais utilizado, por seguir os princípios contábeis que lhe são pertinentes e<br />

ainda por aten<strong>de</strong>r à legislação em vigor do país. Ele possibilita a apuração <strong>de</strong><br />

resultados e o cálculo dos impostos e dos divi<strong>de</strong>ndos a distribuir, pois todos os<br />

<strong>custo</strong>s <strong>de</strong> produção (variáveis e fixos; diretos e indiretos) são incluídos no <strong>custo</strong> dos<br />

produtos para fins <strong>de</strong> valoração dos estoques, (2003, p.226).<br />

3. ESTUDO DE CASO<br />

3.1 Empresa Sinop<br />

A empresa, Sinop Ltda, é uma empresa <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> limitada que iniciou suas<br />

ativida<strong>de</strong>s em 23/07/2002, em área alugada com aproximadamente 20.000 m 2 ou 2 h.a. On<strong>de</strong><br />

a empresa Sinop está instalada a BR 163, km 831, Chácara 25, Lote 24-A, região da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Sinop, Estado <strong>de</strong> Mato Grosso, com predominância econômica da agricultura, indústria<br />

ma<strong>de</strong>ireira e pecuária.


A equipe <strong>de</strong> trabalho possui atualmente 14 (quatorze) funcionários, sendo<br />

estes, 10 (oito) homens e 4 (quatro) mulheres, on<strong>de</strong> dois estão envolvidos <strong>na</strong> administração e<br />

o restante <strong>na</strong> produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>. A estrutura do viveiro possui 200 (duzentos) canteiros, cada<br />

um com 30,00 (trinta) metros <strong>de</strong> comprimento por 1,30 (um e trinta) metros <strong>de</strong> largura, que é<br />

igual a 39,00 (trinta e nove) m 2 , com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 10.000 (<strong>de</strong>z mil) <strong>mudas</strong> por canteiro,<br />

permite a produção média <strong>de</strong> 2.000.000 (dois milhões) <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> por ciclo <strong>de</strong> produção que é<br />

<strong>de</strong> 4 (quatro) meses, ocupando 100% do espaço da proprieda<strong>de</strong>. E segundo o Engenheiro<br />

Florestal Jal<strong>de</strong>s Langer, no fim <strong>de</strong>sse ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> quatro meses a muda atinge a<br />

altura <strong>de</strong> 30 (trinta) a 50 (cinqüenta) centímetros, estando prontas para comercialização.<br />

A Sinop utiliza para o plantio <strong>de</strong> Eucalipto, tubetes redondos <strong>de</strong><br />

Polipropileno, que são comprados e segundo indicação do Engenheiro Florestal, Jal<strong>de</strong>s<br />

Langer, com as seguintes características:<br />

Peso 10 gramas<br />

Dimensões Exter<strong>na</strong> ø 34 mm<br />

Inter<strong>na</strong> ø 28 mm<br />

Furo ø 12 mm<br />

Altura 125 mm<br />

Capacida<strong>de</strong> 53 cm³<br />

N°. <strong>de</strong> Estrias 4 ou 6<br />

(Fonte: http://www.mecprec.com.br/mp_br.htm, disponível em: 17/05/2006).<br />

Essa muda <strong>de</strong> Eucalipto po<strong>de</strong> permanecer até doze meses nesta embalagem,<br />

ape<strong>na</strong>s controlando-se a adubação, sem sofrer falta <strong>de</strong> espaço. Porém isto não chega a<br />

ocorrer <strong>na</strong> empresa, pois todas as <strong>mudas</strong> são vendidas no fim <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>vido<br />

a previsão <strong>de</strong> vendas que a empresa faz.<br />

São plantados 10.000 (<strong>de</strong>z mil) <strong>mudas</strong> num canteiro <strong>de</strong> 39,00 m 2 , sendo que<br />

neste estudo faremos o rateio <strong>de</strong> 1.000 (mil) <strong>mudas</strong> produzidas no ciclo <strong>de</strong> 4 (quatro) meses,<br />

as quais ocupam 3,90 m 2 <strong>de</strong> canteiro, bem como da área da empresa.<br />

A água utilizada para irrigação, é <strong>de</strong> poço artesiano, retirada com a assistência<br />

<strong>de</strong> uma bomba <strong>de</strong> água, encaminhada para um tanque que armaze<strong>na</strong> á água, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> é<br />

utilizada outra bomba mais potente <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> canteiros e fluxo <strong>de</strong> água no<br />

momento da irrigação.<br />

A equipe <strong>de</strong> produção tem média salarial <strong>de</strong> R$ 405,60 (quatrocentos e cinco<br />

reais e sessenta centavos). E a administrativa <strong>de</strong> R$ 625,00 (seiscentos e cinco reais e sessenta<br />

centavos).<br />

A empresa não tem gastos com assistência técnica, pois o Engenheiro Florestal<br />

é seu sócio. Mas a título <strong>de</strong> informação é necessário que se tenha uma pessoa tecnicamente<br />

responsável para acompanhamento da produção.<br />

A empresa que possui seus principais clientes que se localizam <strong>na</strong> região <strong>de</strong><br />

Sinop, Sorriso, Lucas, Tangará da Serra e Cuiabá, cida<strong>de</strong>s citadas <strong>na</strong> busca agora <strong>de</strong> aumentar<br />

sua produção, a qualida<strong>de</strong> das <strong>mudas</strong>, levantar planilhas para verificar há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diminuir seus <strong>custo</strong>s, melhorando assim sua logística <strong>de</strong>ntro e fora do Estado <strong>de</strong> Mato Grosso,<br />

afi<strong>na</strong>l, a empresa não possui transporte próprio para entrega <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>mudas</strong><br />

para clientes. Os insumos, adubos e outras mercadorias que são utilizados pela empresa no<br />

processo produtivo são entregues pelos fornecedores através da utilização dos serviços <strong>de</strong><br />

transportadora terceirizada.<br />

A escolha da muda <strong>de</strong> Eucalipto é <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ser a espécie mais consumida<br />

no Brasil e que vem <strong>de</strong>spertando o interesse <strong>na</strong> região. Porque as condições da região são<br />

propícias para a produção e venda da muda, pois a agricultura e a indústria <strong>de</strong> transformação<br />

vêm trocando sua matriz energética que antes era óleo, por ma<strong>de</strong>ira e também passam por<br />

uma mudança cultural, on<strong>de</strong> se adotou uma produção sustentável <strong>de</strong> lenha através <strong>de</strong>


eflorestamento. Sendo essa mudança facilmente possível, pois temos um ciclo <strong>de</strong>finido <strong>de</strong><br />

chuva e seca, sem geadas, solos com condições idênticas a regiões que cultivam Eucalipto,<br />

como Mi<strong>na</strong>s Gerais e Bahia, além disso, uma topografia muita mais pla<strong>na</strong>. Ainda a facilida<strong>de</strong><br />

para o plantio <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>, visto que, o agricultor já tem uma cultura <strong>de</strong> plantio e dispõem <strong>de</strong><br />

equipamentos necessários, preparo do solo, adubação e tratos culturais e ainda possui<br />

conhecimento no uso <strong>de</strong> insumos, como calcário, adubos, formicidas, <strong>de</strong>ssecantes e tratos<br />

culturais.<br />

3.2 Cultivo do Eucalipto<br />

Diversos trabalhos <strong>de</strong> pesquisa foram e, ainda hoje, são realizados, no sentido <strong>de</strong><br />

se conhecer as melhores técnicas <strong>de</strong> viveiro para se obter <strong>mudas</strong> com padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sejável. Os vários estudos buscam respostas quanto ao melhor tipo <strong>de</strong> recipiente, o melhor<br />

substrato, a melhor dosagem e forma <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> nutrientes, as melhores técnicas <strong>de</strong><br />

rustificação <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>, bem como qual o padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> mais a<strong>de</strong>quado das <strong>mudas</strong>.<br />

O presente estudo tem como meta reunir diversas informações sobre a produção <strong>de</strong><br />

<strong>mudas</strong> <strong>de</strong> eucalipto. Tendo como principal objetivo fornecer informações <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s aos<br />

produtores florestais, para que estes tenham mais base sólida e segura, e através do<br />

conhecimento <strong>de</strong> seus <strong>custo</strong>s <strong>de</strong> produção, produzam <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.<br />

3.3 Mercado e Comercialização<br />

Atualmente a preocupação mundial com relação à qualida<strong>de</strong> ambiental tem se<br />

mostrado cada vez mais freqüente. Isto faz com que ocorra um aumento <strong>na</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><br />

serviços e produtos, em especial, a produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> espécies florestais voltadas para<br />

reflorestamento. Esta <strong>de</strong>manda crescente observada nos últimos anos mostra a necessida<strong>de</strong> do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas que otimizem a produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong>, a baixo <strong>custo</strong>, e com<br />

qualida<strong>de</strong> inter<strong>na</strong> e exter<strong>na</strong> da planta capaz <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r aos objetivos dos plantios.<br />

Po<strong>de</strong>mos dizer que a produção <strong>de</strong> Eucalipto no Brasil está sendo insuficiente para<br />

aten<strong>de</strong>r clientes tradicio<strong>na</strong>is que são praticamente Si<strong>de</strong>rúrgicas e Fábricas <strong>de</strong> Celulose.<br />

Segundo o diretor comercial Marcelo Corrêa da empresa Plantar S.A, que é a<br />

maior empresa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> do país.<br />

(...) em breve praticamente todas as gran<strong>de</strong>s indústrias como Cargill e Perdigão vão<br />

a<strong>de</strong>rir a compra da ma<strong>de</strong>ira ou produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> Eucalipto para substituir o uso<br />

do combustível pela lenha nos fornos <strong>de</strong> secagem <strong>de</strong> grãos, pois os sucessivos<br />

aumentos nos preços inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is fizeram do petróleo um combustível quatro vezes<br />

mais caro que a ma<strong>de</strong>ira, (GUIMARÃES, Gazeta Mercantil/Fi<strong>na</strong>nças & Mercados -<br />

Pág. 12).<br />

Nos últimos anos não só gran<strong>de</strong>s indústrias tem se interessado pelo Eucalipto, mas<br />

também fazen<strong>de</strong>iros e agricultores que tem duas opções: plantar seu reflorestamento <strong>de</strong><br />

Eucalipto ou arrendar suas terras para o plantio, <strong>de</strong>sta forma, aumenta a valorização <strong>de</strong> suas<br />

terras e/ou ainda tem um alicerce <strong>de</strong> renda que os subsidia a investir <strong>na</strong> sua ativida<strong>de</strong><br />

principal. Logo as Indústrias lucram, pois o arrendamento <strong>de</strong> terras tem o objetivo <strong>de</strong> evitar<br />

gran<strong>de</strong>s imobilizações patrimoniais.<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar tal interesse pelo Eucalipto e o seu retorno fi<strong>na</strong>nceiro com a<br />

matéria do Jor<strong>na</strong>l FOLHA DE SÃO PAULO,<br />

Eucalipto valoriza terras da Bahia em 267%<br />

A presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s fabricantes <strong>de</strong> celulose no sul da Bahia trouxe duas<br />

conseqüências imediatas: a explosão do preço da terra e a monocultura do


eucalipto. Des<strong>de</strong> 2004, quando Aracruz, Suzano e Veracel aumentaram as compras<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s para plantar eucalipto, o preço médio <strong>de</strong> um hectare subiu 266,6%,<br />

passando <strong>de</strong> R$ 1.200 para R$ 4.400. Juntas, as empresas <strong>de</strong>têm cerca <strong>de</strong> 500 mil<br />

ha da matéria-prima para a fabricação da celulose plantados em 30 cida<strong>de</strong>s. As<br />

empresas também encontraram uma solução para ampliar as suas presenças <strong>na</strong><br />

Bahia e reduzir <strong>custo</strong>s - o fomento, um fi<strong>na</strong>nciamento concedido aos produtores<br />

interessados em plantar eucalipto. Veracel, Aracruz e Suzano transferem para os<br />

agricultores a responsabilida<strong>de</strong> do plantio, (FSP, 30/04/2006, Brasil, p.A10).<br />

3.4 Eucalipto Eucalyptus urograndis<br />

O Eucalyptus é um gênero da família das Myrtaceas, tribu das Leptospermeas,<br />

sendo uma árvore exótica, ou seja, não pertence à flora <strong>na</strong>tural do Brasil. Ela foi trazida no<br />

início <strong>de</strong>ste século, proveniente da Austrália, on<strong>de</strong> existem mais <strong>de</strong><br />

600 espécies <strong>na</strong>tivas <strong>de</strong> eucalipto, po<strong>de</strong>ndo chegar até 30 (trinta) metros <strong>de</strong> altura. Cada<br />

espécie apresenta características diferentes e é a<strong>de</strong>quada também para aplicações diferentes.<br />

Nas últimas décadas, a produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> tem passado por profundas e<br />

significativas evoluções. Há pouco tempo, a formação <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> era essencialmente realizada<br />

através <strong>de</strong> sementes adquiridas <strong>de</strong> extrativistas conduzidas diretamente para o plantio.<br />

Com o passar do tempo às sementes passaram por laboratórios, e através <strong>de</strong><br />

pesquisas chegou-se a um alto grau <strong>de</strong> melhoramento genético, como as gerações híbridas,<br />

tiveram suas contribuições no aumento da qualida<strong>de</strong> dos povoamentos florestais. Ainda neste<br />

período, o processo da propagação vegetativa, micropropagação e cultura <strong>de</strong> tecidos foram<br />

os <strong>de</strong>staques entre os fatores que mais contribuíram para o incremento da produtivida<strong>de</strong>.<br />

A espécie <strong>de</strong> Eucalipto urograndis como é chamada vulgarmente, vem das<br />

espécies hibridas E. grandis x E. urophylla. Introduzida no Brasil, com potencial para a<br />

produção <strong>de</strong> lenha, carvão vegetal e celulose que tem a qualida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>fendida com a<br />

seguinte frase dos autores, PAIVA, JACOVINE, RIBEIRO e TRINDADE: (...) combi<strong>na</strong>m<br />

boas características <strong>de</strong> crescimento com excelentes características indústrias, (2001, p.15).<br />

Tabelas <strong>de</strong> Determi<strong>na</strong>ção dos Custos <strong>na</strong> Produção <strong>de</strong> Mudas <strong>de</strong> Eucalipto<br />

Obs: Todos os dados abaixo foram fornecidos pela empresa, para que se pu<strong>de</strong>sse efetuar os<br />

cálculos e elaborar as planilhas.<br />

Tabela 01<br />

CUSTO DO SUBSTRATO UTILIZADO NO PLANTIO<br />

Substrato para: Quantida<strong>de</strong> R$ Unitário Total<br />

10.000 <strong>mudas</strong> 530 Litros 0,15 79,50<br />

1.000 <strong>mudas</strong> 53 Litros 0,15 7,95<br />

Obs: 10.000 <strong>mudas</strong> é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada canteiro.<br />

Fonte: Engenheiro Florestal, não revelando os componentes que são usados para sua fabricação,<br />

por alguns produtos e medidas serem formulados pela empresa.<br />

Tabela 02<br />

CUSTO DE TUBETE DE POLIPROPILENO<br />

REDONDO DE 6 ESTRIAS CAPACIDADE 53 cm 3<br />

Quantida<strong>de</strong> R$ Unitário Total<br />

Tubete para plantio 1000 0,047 47,00<br />

Frete 1000 0,008 8,00<br />

Total 55,00


Obs: % <strong>de</strong> perda é insignificante. +/- 1 a cada 1.000.<br />

Carga <strong>de</strong> tubetes com 400 milheiros = frete <strong>de</strong> R$ 3.200,00/RJ<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 03<br />

CUSTO DAS SEMENTES DE EUCALIPTO UROGRANDIS<br />

Quantida<strong>de</strong> R$ Unitário Total<br />

Semente 1Kg/100.000 1000 0,01 10,00<br />

Se<strong>de</strong>x SP-MT 1000 0,0003 0,01<br />

Total 10,01<br />

Obs: R$ 707,00 – 1 kg/100.000 da semente + 30,00 o kg/Se<strong>de</strong>x/ SP-MT<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 04<br />

CUSTO DE ADUBAÇÃO<br />

Cama <strong>de</strong> Frango (adubo) Quantida<strong>de</strong> R$ Unitário Total<br />

10.000 <strong>mudas</strong> 35 kg 0,21 7,35<br />

1.000 <strong>mudas</strong> 3,5 kg 0,21 0,74<br />

Obs: A adubação é feita 30 (trinta) dias após o plantio, momento em que a muda é transferida da parte<br />

coberta pelo filme plástico para o sol, on<strong>de</strong> permanece até sua comercialização.<br />

Fonte: Gerente <strong>de</strong> Produção e Engenheiro Florestal.<br />

Tabela 05<br />

CUSTO DA ENERGIA ÁREA-RURAL<br />

Quantida<strong>de</strong> Valor KW Total<br />

Média mensal 2.580,42 0,321233 828,92<br />

828,92/20.000 m2=0,041445803 3,9 m2 0,041445803 0,16/mês<br />

Dados colhidos <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> energia. Critério <strong>de</strong> rateio por m 2 .<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 06<br />

CUSTO DA ESTRUTURA FÍSICA ESPECÍFICA DO MILHEIRO DE EUCALIPTO<br />

Estrutura por canteiro/rateio 1.000 <strong>mudas</strong> Quantida<strong>de</strong> R$ Unitário Total<br />

Filme Agrícola transparente 4,00 x 100,00 m 3,9 m2 2,42 9,44<br />

Tela quadriculada 1’x 1’ 3,9 m2 19,00 74,10<br />

Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Itaúba (0,102 m3 canteiro) x 10% 0,0102 m3 400,00 4,08<br />

Catracas (4) x 10% 0,40 2,33 0,93<br />

Pregos 17 x 27 (32 por canteiro) x 10% 4 0,04 0,16<br />

Parafusos c/ polca e arruela (4 -canteiro) x 10% 0,40 0,30 0,12<br />

Arames (4 arames <strong>de</strong> 30 metros)= 120 m 12 0,19 2,28<br />

Total 81,67<br />

Obs: O cálculo da estrutura cobre um canteiro que é rateado para a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1.000<br />

Mudas.<br />

DEPRECIAÇÃO DE 5 % a.a<br />

Estrutura por canteiro/rateio 1.000 <strong>mudas</strong> Anual Mensal 4 meses<br />

Filme Agrícola transparente 4,00 x 100,00 m 0,47 0,04 0,16<br />

Tela quadriculada 1’x 1’ 3,71 0,31 1,24<br />

Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Itaúba (0,102 m3 canteiro) 0,20 0,02 0,07<br />

Catracas (4) 0,05 0,004 0,02<br />

Pregos 17 x 27 (32 por canteiro) 0,01 0,001 0,003<br />

Parafusos c/ polca e arruela (4 –canteiro) 0,01 0,001 0,002<br />

Arames (4 arames <strong>de</strong> 30 metros)= 120 m 0,11 0,01 0,04<br />

Total 4,56 0,39 1,54<br />

Fonte: Administrador


Tabela 07<br />

CUSTO DA IRRIGAÇÃO<br />

Equipamentos 40.000,00<br />

Motor Bomba - 2 CV Weg 342,00<br />

Motor Bomba - 15 CV Weg 2.200,00<br />

Total 22.542,00<br />

DEPRECIAÇÃO DA IRRIGAÇÃO<br />

( - ) Depreciação 10% a.a R$/Anual R$ /Mensal R$/4 meses<br />

Equipamentos 4.000,00 333,33 1.333,33<br />

Motor Bomba - 2 CV Weg 34,20 2,85 11,40<br />

Motor Bomba - 15 CV Weg 220,00 18,33 73,33<br />

Total Geral 4.254,20 354,51 1.418,06<br />

DEPRECIAÇÃO DA IRRIGAÇÃO ESPECÍFICA COM O EUCALIPTO<br />

Área/1.000 <strong>mudas</strong> Depreciação da área Total<br />

354,51/20.000 m2 = 0,0177255 3,9 m2 0,0177255 0,07<br />

Critério <strong>de</strong> rateio da energia é <strong>de</strong> m 2 /por valor mensal. O critério <strong>de</strong> rateio utilizado é feito com base por<br />

m2 ocupado pelo Eucalipto em relação à área total irrigada.<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 08<br />

CUSTOS COM MANUTENÇÃO DA IRRIGAÇÃO<br />

Gastos com manutenção da irrigação Mensal Anual 4 meses<br />

Total Geral 0,004 0,0047 0,016<br />

O critério <strong>de</strong> rateio utilizado é feito com base por m2 ocupado pelo Eucalipto em relação à área<br />

total irrigada. 20,00 / 20.000 m 2 = R$ 0,001 x 3,9 m 2 = R$ 0,004 (valor estimado)<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 09<br />

CUSTOS COM MANUTENÇÃO DE CANTEIRO<br />

Gastos com manutenção do canteiro Mensal Anual 4 meses<br />

Total Geral 0,002 0,02 0,09<br />

O critério <strong>de</strong> rateio utilizado é feito com base por m2 ocupado pelo Eucalipto em relação à área<br />

total irrigada. 10,00 / 20.000 m 2 = R$ 0,0005 x 3,9 m 2 = R$ 0,00195 (valor estimado)<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 10<br />

CUSTOS COM MANUTENÇÃO DE FILME AGRÍCOLA TRANSPARENTE<br />

Gastos com manutenção <strong>de</strong> Filme Mensal Anual 4 meses<br />

Total Geral 0,004 0,002 0,001<br />

O critério <strong>de</strong> rateio utilizado é feito com base por m2 ocupado pelo Eucalipto em relação à área<br />

total irrigada. 20,00 / 20.000 m 2 = 0,001 x 3,9 m 2 = 0,004<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 11<br />

CUSTO COM ALUGUEL<br />

Aluguel Mensal Anual 4 meses<br />

Área total = R$ 1.000,00 0,20 2,34 0,80<br />

O critério <strong>de</strong> rateio utilizado é feito com base por m2 ocupado pelo Eucalipto em relação à área<br />

total do plantio. 1.000,00 / 20.000 m 2 = R$ 0,05 x 3,9 m 2 = R$ 0,195<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 12<br />

CUSTOS DA MÃO-DE-OBRA DIRETA DA PRODUÇÃO


Quantida<strong>de</strong> R$ Salário/Mensal R$/Total/Mensal R$/ Total para 1.000 <strong>mudas</strong><br />

Funcionários 12 559,45 6.713,40 3,36<br />

Salário mensal + encargos s/ salário + (férias + 1/3) + encargos s/ férias + 13º salário +<br />

encargos s/ 13º, soma-se.<br />

405,00 + 63,38 + 33,75 + 11,25 + 7,04 + 33,05 + 5,28 = 559,45 → média salarial <strong>de</strong> 12 funcionários<br />

559,45 x 12 = 6.713,40 / 200 canteiros / 10.000 <strong>mudas</strong> = 0,003 x 1.000 = 3,36<br />

Fonte:Gerente <strong>de</strong> Produção e Contador.<br />

Tabela 13<br />

CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO/MENSAL<br />

Funcionários Administração 1.250,00<br />

Computador 80,00<br />

Telefone 265,00<br />

Internet 65,00<br />

Combustível 300,00<br />

Energia Elétrica – escritório 8,00 m x 9,00 m = 72,00 m 2 1,83<br />

Aluguel– escritório 8,00 m x 9,00 m = 72,00 m 2 3,60<br />

Gastos com manutenção 40,00<br />

G. com material <strong>de</strong> escritório e <strong>de</strong> limpeza 60,00<br />

Total 2.065,43<br />

RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO<br />

2.065,43 / 20.000 m 2 = R$ 0,10 x 3,9 m2 = R$ 0,40<br />

Fonte: Administrador<br />

Tabela 14<br />

PERDAS DO PERÍODO DE PRODUÇÃO<br />

Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> relacio<strong>na</strong>das para custeio 1.000<br />

Perda 5%<br />

Total<br />

50 <strong>mudas</strong><br />

Fonte: Engenheiro Florestal<br />

Tabela 15<br />

CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO PELO CUSTEIO POR ABSORÇÃO<br />

Total <strong>de</strong> gastos / pela quantida<strong>de</strong> produzida<br />

R$ 92,11 / 950 <strong>mudas</strong> R$ 0,10 por muda<br />

Fonte: Marieta Langer<br />

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Na luta por condições competitivas, a redução <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s é consi<strong>de</strong>rada<br />

fundamental, para isso o produtor <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> Eucalipto para reflorestamento <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas busca preço acessível ao consumidor, sendo necessário a<strong>de</strong>quar seus <strong>custo</strong>s ainda<br />

não apurados ao po<strong>de</strong>r aquisitivo do comprador. Diante <strong>de</strong>sta situação é <strong>de</strong> vital necessida<strong>de</strong><br />

se calcular tais <strong>custo</strong>s, porque o produtor está inserido em um mercado extremamente<br />

competitivo, e <strong>de</strong>sconhece seus valores reais tor<strong>na</strong>ndo essencial a implantação <strong>de</strong> um método<br />

<strong>de</strong> custeio <strong>na</strong> empresa, porém para que este se torne eficiente, <strong>de</strong>ve ser embasada em situações<br />

concretas, pois cada empresa melhor se adaptará a um método <strong>de</strong> custeio <strong>de</strong> acordo com suas<br />

características, não po<strong>de</strong>ndo ser padronizada em um só tipo. Devido a isso, nos preocupamos<br />

em evi<strong>de</strong>nciar os produtos e serviços pertinentes à produção da muda <strong>de</strong> Eucalipto, que foi o<br />

objeto do nosso estudo. Determi<strong>na</strong>ndo e fixando o método <strong>de</strong> custeio por absorção para a<br />

muda citada, através da evi<strong>de</strong>nciação dos valores inerentes a produção, separando-os <strong>de</strong> forma


prática, <strong>na</strong> elaboração <strong>de</strong> planilhas <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s, para que pu<strong>de</strong>sse comprovar o real <strong>custo</strong> <strong>na</strong><br />

produção da muda <strong>de</strong> Eucalipto, trazendo para o produtor o conhecimento <strong>de</strong> seus <strong>custo</strong>s <strong>de</strong><br />

produção, tendo acesso às informações que lhe propõem a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direcio<strong>na</strong>r e praticar<br />

seu próprio preço <strong>de</strong> venda.<br />

I<strong>de</strong>ntificamos os valores inerentes à produção <strong>de</strong> muda <strong>de</strong> espécie Eucalyptus<br />

urograndis, separando-os <strong>de</strong> forma prática, <strong>na</strong> elaboração <strong>de</strong> planilha <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s.<br />

Demonstrando a indispensabilida<strong>de</strong> do gerenciamento <strong>de</strong> Custos, com a implantação e<br />

a<strong>de</strong>quação do método <strong>de</strong> Custeio por Absorção.<br />

Com o referido estudo apurou-se o <strong>custo</strong> total da muda <strong>de</strong> R$ 0,10,<br />

possibilitando ao produtor conhecer a indispensabilida<strong>de</strong> do gerenciamento <strong>de</strong> <strong>custo</strong>s, para<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão conveniente.<br />

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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08/05/2006.<br />

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http://www.bolsacentral<strong>de</strong>compras.com.br/ofertas/reflo1008.asplid=0&id_oferta=311.,<br />

Acesso em: 18/05/2006.<br />

COGAN, Samuel. Custos e Preços: Formação e Análise. São Paulo: Pioneira, 1999.<br />

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilida<strong>de</strong> Gerencial. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.<br />

DUTRA, René Gomes. Custos. Uma Abordagem Prática. 5 ed. São Paulo: 2003.<br />

EMPRESA MEC PREC. Mecânica <strong>de</strong> Precisão Industrial e Comércio Ltda:<br />

http://www.mecprec.com.br/mp_br.htm. Acesso em: 17/05/2006.<br />

FAVERO, Hamilton Luiz, LONARDONI, Mário, SOUZA, Clovis <strong>de</strong>, TAKAKURA,<br />

Massakazu. Contabilida<strong>de</strong> Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1997.<br />

FILHO, Américo G. Parada, Áreas <strong>de</strong> Atuação do Profissio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>.<br />

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09/05/2006.<br />

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Acesso em: 30/04/2006.<br />

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Acesso em: 30/04/2006.<br />

GATTI, Ivan Carlos – Presi<strong>de</strong>nte. Resolução CFC nº 750/93.<br />

http://www.crcsp.org.br/serie_millenium/resolucoes/Res750. Acesso em: 14/05/2006.<br />

GUIMARÃES, Durval Gazeta Mercantil. Fi<strong>na</strong><strong>na</strong>nças & Mercados:<br />

http://www.herbario.com.br/atual2005_4/eucalipto.htm. Acesso em: 24/04/2006.<br />

Informativo Carol, http://www.carol.com.br/estilo/info.jspedi=290&pag=6. Acesso em:<br />

18/05/2006.<br />

JUNIOR, José Her<strong>na</strong><strong>de</strong>z Perez, OLIVEIRA, Luiz Martins, COSTA, Rogério Gue<strong>de</strong>s. Gestão<br />

Estratégica <strong>de</strong> Custos. 1.ed. São Paulo: Atlas, 1999.<br />

LEONE, George Sebastião Guerra. Curso <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos. São Paulo: Atlas,<br />

2000.<br />

LOPES DE SÁ, Antonio. Teoria da Contabilida<strong>de</strong>. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.<br />

MARTINS, Eliseu. Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.<br />

NAGATSUKA, Divane Alves da Silva, TELES, Egberto Luce<strong>na</strong>. Manual <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong><br />

Introdutória. São Paulo: Thomson, 2002.


SANTOS, Joel J..Análise <strong>de</strong> Custos: Remo<strong>de</strong>lado com ênfase para Custo Margi<strong>na</strong>l,<br />

Relatórios e Estudos <strong>de</strong> Casos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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