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MONOGRAFIA APLICAÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ...

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UNIVERSIDA<strong>DE</strong> FE<strong>DE</strong>RAL DO MARANHÃO<br />

CENTRO <strong>DE</strong> CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚ<strong>DE</strong><br />

CURSO <strong>DE</strong> LICENCIATURA <strong>EM</strong> EDUCAÇÃO FÍSICA<br />

ORLANDO COSTA RIBEIRO JÚNIOR<br />

APLICAÇÃO DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> <strong>AVENTURA</strong> <strong>EM</strong> ESCOLA MILITAR<br />

<strong>DE</strong> ENSINO MÉDIO: desafios e possibilidades<br />

São Luís<br />

2012


ORLANDO COSTA RIBEIRO JÚNIOR<br />

APLICAÇÃO DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> <strong>AVENTURA</strong> <strong>EM</strong> ESCOLA MILITAR<br />

<strong>DE</strong> ENSINO MÉDIO: desafios e possibilidades<br />

Monografia apresentada ao Curso de Educação<br />

Física da Universidade Federal do Maranhão, para<br />

obtenção do grau de Licenciatura em Educação<br />

Física.<br />

Orientador: Prof. Dr. Alex Fabiano Santos Bezerra<br />

São Luis<br />

2012


ORLANDO COSTA RIBEIRO JÚNIOR<br />

APLICAÇÃO DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> <strong>AVENTURA</strong> <strong>EM</strong> ESCOLA MILITAR<br />

<strong>DE</strong> ENSINO MÉDIO: Desafios e possibilidades<br />

Monografia apresentada ao Curso de Educação<br />

Física da Universidade Federal do Maranhão, para<br />

obtenção do grau de Licenciatura em Educação<br />

Física.<br />

Orientador: Prof. Dr. Alex Fabiano Santos Bezerra<br />

Aprovado em: ____/____/_____<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

_________________________________________<br />

Dr. Alex Fabiano Santos Bezerra<br />

Doutor em Educação<br />

Universidade Estadual Paulista - Marília<br />

__________________________________________<br />

2°Examinador<br />

__________________________________________<br />

3°Examinador


Ribeiro Júnior, Orlando Costa<br />

Aplicação das atividades de aventura em escola militar de ensino<br />

médio: desafios e possibilidades / Orlando Costa Ribeiro Júnior.<br />

São Luís. - 2012.<br />

f.47<br />

Impresso por computador (Fotocópia)<br />

Orientador: Alex Fabiano Santos Bezerra<br />

Monografia (Graduação) Universidade Federal do Maranhão, Curso de<br />

Educação Física, 2012.<br />

1. Atividades de Aventura – Aplicação – Ensino médio<br />

2. Atividade física escolar. I. Título.<br />

CDU 796.05:373.5


Dedico esse trabalho à minha esposa Camila, minha filha Lara,<br />

Meus familiares e ao meu orientador Alex Fabiano,<br />

por terem me apoiado<br />

E acreditado neste projeto.


AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

Agradeço em primeiro lugar ao meu bom Deus pelo simples fato de me amar<br />

como eu sou.<br />

Aos meus pais e familiares, por me incentivarem na caminhada acadêmica.<br />

Em especial à minha mãe que não mediu esforços quando o assunto era educação<br />

dos filhos.<br />

À minha esposa Camila, pelas criticas construtivas que me ajudaram a olhar<br />

este trabalho sempre de maneira diferente a cada leitura,<br />

À Larinha minha filha querida, por ter me inspirado a estudar durante a noite,<br />

pois durante o dia a atenção era dela.<br />

Ao meu orientador e amigo professor Dr. Alex Fabiano pela inspiração, apoio e<br />

incentivo nas horas difíceis, e pela confiança que esse trabalho sairia a contento,<br />

Selva!<br />

Ao professor Sérgio Souza, pela ajuda acadêmica.<br />

Ao meu amigo e “canga” Rafael Gustavo, pelo apoio nas horas em que foi solicitado,<br />

sem você as atividades desta pesquisa não aconteceriam.<br />

Ao meu amigo Rômulo que também não mediu esforços em fazer parte deste<br />

projeto.<br />

À toda minha turma Ô.K., obrigado amigos pela companhia, afinal de contas<br />

passamos quatro anos juntos nessa nobre caminhada.<br />

A todos os professores, funcionários e coordenadores desta nobre Academia, da<br />

qual eu tenho a honra de dizer que frequentei.<br />

Aos alunos, professores e toda a Coordenação do Colégio Militar 2 de Julho, por ter<br />

acreditado que é possível realizar essas atividades na escola<br />

Obrigado a Todos.


“Tudo é considerado impossível até acontecer”.<br />

Nelson Mandela


RESUMO<br />

A pesquisa denominada aplicação das atividades de aventura em escola militar de<br />

ensino médio: desafios e possibilidades, objetivou analisar a aplicação das<br />

atividades de aventura enquanto conteúdo das aulas de Educação Física aplicadas<br />

em salas de aula do ensino médio. E como objetivos específicos caracterizou as<br />

informações que os alunos possuem sobre as atividades de aventura; levantar as<br />

expectativas dos alunos sobre a possibilidade de aplicação de atividades de<br />

aventura enquanto conteúdos das aulas de Educação Física; vivenciar atividades de<br />

aventura no meio escolar criando possibilidades de práticas em escolas do ensino<br />

médio da Rede Estadual de Educação. A metodologia envolveu uma abordagem<br />

qualitativa utilizando-se o método da pesquisa-ação com alunos do ensino médio da<br />

Escola Militar 2 de Julho. Como instrumento utilizou-se a observação participante,<br />

pois o pesquisador desempenhou um papel ativo na situação investigada,<br />

documentada através de fotos, vídeos, um diário de práticas e relatório dos alunos.<br />

Participaram da pesquisa 240 alunos do Ensino Médio da Escola militar 2 de julho e<br />

03 professores. A quantificação dos resultados foi realizada com base na incidência<br />

de repetição das principais categorias de análise que embasaram o estudo.<br />

Constatou-se nesse estudo que as Atividades de Aventura que foram propostas<br />

tiveram uma aceitação muito grande e satisfatória por parte dos alunos, da referida<br />

escola. As atividades tiveram um caráter inovador e despertaram um interesse por<br />

parte dos mesmos nas atividades de aventura. Conclui-se que o desenvolvimento de<br />

novos temas nas aulas de Educação Física causam um enriquecimento no<br />

aprendizado de forma geral (motor, cognitivo e social), proporcionando novas<br />

descobertas aos alunos.<br />

Palavras – chave: Educação física. Atividades de aventura. Escola.


ABSTRACT<br />

The application of research called adventure activities in military school of secondary<br />

education: challenges and opportunities, aimed at analyzing the application of<br />

adventure activities while the content of physical education classes implemented in<br />

the classrooms of high school. And specific objectives characterized the information<br />

students have about the adventure activities, to raise students' expectations about<br />

the possibility of application of adventure activities while content of physical<br />

education classes; experience adventure activities in the school environment by<br />

creating opportunities for practice in secondary schools of the State Education<br />

Network. The methodology involved a qualitative approach using the method of<br />

action research with high school students of the Military Academy on July 2. As an<br />

instrument used participant observation, because the researcher played an active<br />

role in the situation investigated, documented through photos, videos, a diary and<br />

reporting practices of the students. The participants were 240 high school students of<br />

the Military School 2 July and 03 teachers. The quantification of the results was<br />

performed based on the incidence of repetition of the main categories of analysis that<br />

supported the study. It was found in this study that the Adventure Activities that have<br />

been proposed have a very large and satisfactory acceptance by the students of that<br />

school. The activities have an innovative character and awakened an interest from<br />

them in adventure activities. It is concluded that the development of new issues in<br />

physical education classes cause an enrichment in learning in general (motor,<br />

cognitive and social), provide new insights to the students.<br />

Key - words: Physical Education. Adventure activities. School.


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11<br />

2 REVISÃO <strong>DE</strong> LITERATURA ............................................................................ 13<br />

2.1 Conhecendo asAtividades de aventura ........................................................... 13<br />

2.2 Equipamentos e Segurança nas atividades de aventura.................................. 16<br />

2.2.1 Normalização..................................................................................................... 16<br />

2.2.1.1 NationalFireProtection Association.................................................................. 16<br />

2.2.1.2 União Internacional de Associações de Alpinismo ........................................... 17<br />

2.2.1.3 Outras normas .................................................................................................. 17<br />

2.2.2 Cordas .............................................................................................................. 17<br />

2.2.3 Mosquetão ........................................................................................................ 18<br />

2.2.4 Fitas ................................................................................................................. 18<br />

2.2.5 Freio Oito ......................................................................................................... 18<br />

2.2.6 Cadeirinhas ..................................................................................................... 18<br />

2.2.7 Capacete ......................................................................................................... 19<br />

2.2.8 Luvas ............................................................................................................... 19<br />

3 POSSIBILIDA<strong>DE</strong>S DIDÁTICAS DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> <strong>AVENTURA</strong>NA<br />

ESCOLA ........................................................................................................ 19<br />

3.1 Exemplos de atividades..................................................................................... 20<br />

3.1.1 Corrida de orientação eTrekking ..................................................................... 21<br />

3.1.2 Escalada, Rapel e atividades de transposição (comando craw, tirolesa, falsa<br />

baiana) ............................................................................................................. 21<br />

4 METODOLOGIA.............................................................................................. 24<br />

4.1 Procedimentos metodológicos...................................................................... 25<br />

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................. 28<br />

5.1 As atividades de aventura no ensino médio................................................. 28<br />

5.1.1 Falsa Baiana .................................................................................................... 29<br />

5.1.2 Questões de lógica.......................................................................................... 29<br />

5.1.3 Trabalho em equipe......................................................................................... 31<br />

5.1.4 Novidade x Persistência Temporal.................................................................... 31<br />

5.1.5 Condicionamento Físico ................................................................................... 33<br />

5.1.6 Atividade Inclusiva............................................................................................. 33


5.1.7 Ludicidade x superação de obstáculos ............................................................ 34<br />

6 CONCLUSÃO .................................................................................................. 36<br />

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38<br />

APÊNDICE.......................................................................................................... 40


1 INTRODUÇÃO<br />

As atividades físicas de aventura já são uma realidade, fruto de um grande<br />

desenvolvimento ocorrido principalmente nas duas últimas décadas. São eventos<br />

relacionados ao Surf, Skate, Ralis, Corridas de Aventura, Rapel entre muitos outros,<br />

que podem ser vivenciados em várias faixas etárias. São manifestações da cultura<br />

corporal que vem ganhando espaço na sociedade brasileira.<br />

Para Schwartz (2006, p.12),<br />

Atividades de aventura são atividades físicas as quais permitem que o<br />

homem se aproxime dele próprio e do meio ambiente natural, de maneira<br />

mais consistente e permeada por sensações que transpassam a simples<br />

atividade no contexto do lazer, promovendo, inclusive, estilos de vida<br />

diferenciados.<br />

Para que as atividades de aventura sejam propostas como conteúdo<br />

programático da Educação Física Escolar no Ensino Fundamental e Médio, o<br />

primeiro passo deve ser uma análise do conteúdo educativo dessas práticas, como<br />

pressuposto preliminar para a sua utilização como prática de desenvolvimento<br />

programático, uma vez que em muitas escolas a área de Educação Física atua como<br />

coadjuvante quando uma turma de alunos vai estudar fora da escola, os chamados<br />

“estudos do meio” ou “estudos de campo”.<br />

Pereira e Monteiro, (1995), afirmaram que:<br />

Nessa perspectiva, o potencial educativo dessas atividades de aventura<br />

junto à natureza parece ser muito extenso, principalmente porque facilita<br />

situações educativas em experiências pouco habituais para os participantes,<br />

possuindo um forte caráter motivador, carregadas de emoção, de significado<br />

e de intenção.<br />

Na perspectiva de área de conhecimento, a Educação Física Escolar pode<br />

atuar também como progenitora desses “estudos do meio”, pois possui conteúdos<br />

significativos para isso. São pouquíssimos utilizados na escola e conseguem abordar<br />

especificamente os temas relacionados ao meio ambiente e à natureza. Porém sua<br />

prática como Educação Física ainda é bastante restrita.<br />

Esta pesquisa denominada Aplicação das Atividades de Aventura em Escola<br />

Militar de Ensino Médio: desafios e possibilidades vem abordar as atividades<br />

Trekking, Corrida de Orientação e Rapel que são modalidades que estão em amplo<br />

crescimento dentro da sociedade moderna atual, e que podem ser trabalhadas<br />

efetivamente dentro das escolas nas aulas de Educação Física.


Essas atividades surgem com os nomes de esportes californianos, esportes<br />

tecnológicos ou adaptados e ainda esportes radicais e parecem ter surgido na costa<br />

da Califórnia entre os anos 60 e 70, (BELTRAN, apud Nunes; Souza, 2002, p. 320.),<br />

e tiveram seu auge na década de 80.<br />

As atividades de aventura tem se mostrado uma ferramenta muito rica para as<br />

aulas de Educação Física Escolar, porém colocar modalidades típicas da natureza,<br />

ou mesmo as Atividades de Aventura urbanas, na escola é, ainda hoje, um grande<br />

desafio para qualquer professor, em qualquer escola. As atividades de aventura, por<br />

muitas vezes, são consideradas elitistas pela necessidade de equipamentos<br />

específicos, muitas vezes importados, além disso, o professor deve ser capacitado e<br />

principalmente, apto para evitar e resolver incidentes e acidentes.<br />

A pesquisa teve como objetivo geral Analisar a aplicação das atividades de<br />

aventura enquanto conteúdo das aulas de Educação Física aplicadas em salas de<br />

aula do ensino médio de uma Escola Militar da Rede Estadual de Educação. E como<br />

objetivos específicos caracterizar as informações que os alunos possuem sobre os<br />

esportes de aventura; levantar as expectativas dos alunos sobre a possibilidade de<br />

aplicação de atividades de aventura enquanto conteúdos das aulas de Educação<br />

Física da Rede Estadual de Educação.<br />

A partir desses pressupostos, o referente estudo desenvolvido por meio<br />

do método da pesquisa-ação, realizado com alunos do ensino médio da Escola<br />

Militar 2 de julho, no qual através da observação participante considerou-se o<br />

comportamento dos alunos frente ao oferecimento do conteúdo Atividades de<br />

Aventura, tanto prático quanto teórico, inseridos nas aulas de Educação Física. Tais<br />

procedimentos foram baseados na relevância em mostrar que é possível o trabalho<br />

do conteúdo no âmbito escolar e que os professores podem e devem lançar mão<br />

desta prática pelo seu grande valor educativo.<br />

Portanto, esta pesquisa se torna imprescindível para refletir sobre a<br />

possibilidade de implantação das Atividades de Aventura nas aulas de Educação<br />

Física Escolar.<br />

Acredita-se que a aplicação das Atividades de Aventura no âmbito escolar<br />

venha contribuir para o desenvolvimento desses conteúdos nas aulas de Educação<br />

Física possibilitando assim aos alunos uma prática corporal de valores significativos.


2 REVISÃO <strong>DE</strong> LITERATURA<br />

2.1 O surgimento, crescimento e conceitos.<br />

Antes de adentrarmos aos conceitos e definições das Atividades de Aventura,<br />

devemos ter uma noção da origem dessas atividades, mesmo que apenas para nos<br />

situarmos numa inebriada linha do tempo. Para isso, podemos utilizar os trabalhos<br />

de Cantorani; Pilatti (2005), que as denominam das Atividades Físicas de Aventura<br />

A.F.A., pois afirmam que:<br />

(...) Ao longo da evolução humana, sempre existiram práticas que<br />

envolvessem desafios e aventura em que fortes emoções se faziam<br />

presentes. Contudo, tais práticas não podem ser chamadas de “Esportes de<br />

Aventura”, pelo fato, é claro, de que não eram atividades esportivas, pelo<br />

menos não no sentido que é atribuído hoje à expressão. E, por fim, estas<br />

não eram dotadas da função que o esporte assumiu mais recentemente em<br />

nossa sociedade. (CANTORANNI; PILATTI, s/p., 2005).<br />

Esses autores defendem o surfe como o precursor das A.F.A. como as<br />

entendemos hoje, sendo sua origem por volta do século XVIII, porém difundido a<br />

partir da primeira década do século passado pelo havaiano Duke Kahanamoku. No<br />

Brasil o surfe chegou na década de 50, no Rio de Janeiro e, em 1965, foi fundada a<br />

Federação Carioca de Surfe. Os autores acreditam que, partindo, então desse<br />

esporte, outros foram sendo incorporados a esta terminologia, uns criados a partir do<br />

próprio surfe como: Skysurf, snowboard, windsurfe, wakeboard, etc.<br />

Independente dos precursores, vários dos autores pesquisados (COSTA,<br />

2007; MARINHO; BRUHNS, 2003; entre outros). Concordam que a partir da década<br />

de 70, houve um grande desenvolvimento das Atividades de Aventura, tanto em<br />

diversificação, quanto na organização dessas modalidades. Em consequência, vem<br />

ocorrendo a diminuição dos riscos envolvidos, pois passaram a contar com<br />

empresas especializadas em equipamentos de segurança que cada vez se tornam<br />

mais sofisticados. No Brasil o auge desses esportes se dá na década de 80, e hoje<br />

se equipara aos outros países.<br />

Vários são os termos utilizados para definir Atividades de Aventura, e por ser<br />

um fenômeno social recente, ainda nos parece distante uma definição que una os<br />

conceitos sobre tais atividades. Assim como Bétran (2003) resumiremos algumas<br />

dessas terminologias.<br />

Essas atividades já foram chamadas de Esportes Californianos, em razão da<br />

origem de várias das modalidades nessa região; Esportes tecnoecológicos, fazendo


eferência à associação de equipamentos utilizados para a prática de diversas<br />

modalidades com seu uso na natureza; Esportes em liberdade,negando<br />

regulamentações típicas de outros esportes vinculados às federações e ambientes<br />

delimitados por linhas, quadras, ginásios, estádios, etc.;Esportes selvagens, pelo<br />

caráter natural e numa comparação oposta aos locais típicos urbanos e estruturados<br />

dos outros esportes; Esportes radicais, típica gíria de surfistas e skatistas da década<br />

de 80 e pelo cunho fundamental das sensações exposições a perigos relacionados à<br />

altura, vertigens, deslizamentos, etc.; Esportes extremos, em razão do grau de<br />

exposição à situações em que ocorrem descargas de adrenalina – grau máximo de<br />

medo, susto e superação de limites; Esportes de ação, numa provável referencia à<br />

manifestação de força e de energia do corpo agindo sobre implementos, numa<br />

tentativa de controle sobre os efeitos da natureza; Esportes alternativos, aludindose<br />

à conveniência de escolher atividades físicas que não sejam as tradicionais e em<br />

locais fora do comum.<br />

escola<br />

Qual seria então a melhor terminologia para ser usada para estas práticas na<br />

Cantorani; Pilatti (2005) utilizam os termos “Esportes Radicais” e “Esportes de<br />

Aventura” como sendo a mesma coisa. Bétran (2003) denomina Atividades Físicas<br />

de Aventura na Natureza – AFAN– como toda e qualquer atividade feita em meio<br />

natural, portadora de características peculiares, envolvendo os aspectos do risco<br />

controlado e permeado pelo limite das vivências lúdicas, numa busca pelas<br />

sensações e emoções junto ao meio natural. Já Schwartz (2006), denomina essas<br />

práticas como Atividades de Aventura, e as conceitua como atividades as quais<br />

permitem que o homem se aproxime dele próprio e do meio ambiente natural, de<br />

maneira mais consistente e permeada por sensações que transpassem a simples<br />

atividade no contexto do lazer, promovendo, inclusive, estilos de vida diferenciados.<br />

sendo:<br />

Marinho (1999) prefere o termo Atividades de aventura, definindo como<br />

“(...) as diversas práticas esportivas manifestadas, privilegiadamente, nos<br />

momentos de lazer, com características inovadoras e diferenciadas dos<br />

esportes tradicionais, pois as condições de práticas, os objetivos, a própria<br />

motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento são outros e,<br />

além disso, há também a presença de inovadores equipamentos<br />

tecnológicos permitindo uma fluidez entre o praticante e o espaço destinado<br />

a essas práticas– terra, água ou ar”. (MARINHO, 1999, p.62)


A autora, em seus textos, é mais abrangente, unindo, quase sempre, os<br />

conceitos citados acima, afirmando, por exemplo, que são atividades cercadas por<br />

riscos e perigos, na medida do possível, calculados, não ocorrendo treinamentos<br />

intensivos prévios (como no caso dos esportes tradicionais e de práticas corporais<br />

como a ginástica e a musculação).<br />

O Ministério do Turismo, entendendo que essas atividades estão associadas<br />

ao Ecoturismo, adotou o termo Turismo de Aventura e percebeu que, atualmente,<br />

esse segmento possui características estruturais e consistência mercadológica<br />

própria e de grande vulto financeiro. Consequentemente, seu crescimento vem<br />

adquirindo um novo leque de ofertas, possibilidades e questionamentos, que<br />

precisam ser compreendidos para a viabilização e qualificação do segmento<br />

(BRASIL, 2006). Esse Ministério tomou a iniciativa de criar o Projeto de<br />

Normalização e Certificação em Turismo de Aventura, que tem como entidade<br />

executora o Instituto de Hospitalidade (IH). O foco do projeto é a identificação de<br />

aspectos críticos da operação responsável e segura do turismo de aventura, que<br />

levem ao desenvolvimento de um conjunto de normas técnicas para as diversas<br />

atividades que compõem o setor.<br />

O termo adotado pelo Ministério do Turismo para designar essas práticas foi<br />

Atividades de Aventura e é definido da seguinte forma:<br />

“A palavra aventura – do Latim adventura – o que há por vir, remete a algo<br />

diferente. Neste conceito, consideram-se atividades de aventura as<br />

experiências físicas e sensoriais recreativas que envolvem desafio, riscos<br />

avaliados, controláveis e assumidos que podem proporcionar sensações<br />

diversas como liberdade, prazer, superação, a depender da expectativa e<br />

experiência de cada pessoa e do nível de dificuldade de cada atividade”.<br />

(BRASIL, 2006, p. 9).<br />

Portanto, essa conceituação deixa de fora o termo,Esportes de Aventura e o<br />

próprio documento do Ministério justifica, afirmando que “as atividades denominadas<br />

esportivas, sejam ou não de aventura, quando entendidas como competições,<br />

denominam-se modalidades esportivas e são tratadas no âmbito do segmento<br />

Turismo de Esportes.” (BRASIL, 2006, p.10).<br />

Os PCNs consideram esporte como “(...) práticas em que são adotadas regras<br />

de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e<br />

internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional.” (BRASIL,<br />

1998, p. 70).


Bruhns (2003) afirma que a demanda por essas novas práticas está mais<br />

centrada na busca por emoções e sensações em detrimento da procura por uma<br />

performance e um treinamento ascético, estes últimos, requisitos para os esportes<br />

tradicionais como para o denominado bodybuilding, onde o músculo representa um<br />

rótulo de vigor e saúde ou de força moral. Neste sentido, a autora acredita ser<br />

indevido o termo esporte para qualificá-las.<br />

2.2 Equipamentos e Segurança nas atividades de aventura<br />

Falar de Atividades de Aventura e não falar de segurança é ser negligente. A<br />

segurança é algo inerente a essas atividades, principalmente quando se trata das<br />

atividades que utilizam as técnicas verticais, como é o caso do rapel, falsa baiana,<br />

comando craw e tirolesa. Para essas atividades a segurança e o conhecimento dos<br />

materiais são itens básicos para a realização das mesmas.<br />

Existe uma série de equipamentos e apetrechos para garantir a segurança<br />

dos praticantes de Atividades de Aventura nas chamadas técnicas verticais. São<br />

eles: As cadeirinhas; mosquetões; freios; corda; fitas; capacete e luvas.<br />

2.2.1 Normalização<br />

As Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) existentes versam sobre<br />

equipamentos de proteção individual e proteção contra quedas, sob o enfoque da<br />

segurança do trabalho, cuja fabricação, em conformidade com essas normas, é<br />

indicada pelo Certificado de Aprovação (CA). Embora se estendam suficientemente<br />

aos ambientes de trabalho, como os da construção civil e da indústria, não<br />

contemplam atividades esportivas ou de salvamento, para as quais são<br />

consideradas inadequadas, razão pela qual valemo-nos de normas internacionais de<br />

consenso para especificação e aquisição de equipamentos.<br />

2.2.1.1 National Fire Protection Association<br />

A National Fire Protection Association (NFPA) é uma associação<br />

independente sediada em Massachussetes – EUA, destinada a promover a


segurança contra incêndio e outras emergências. Dentre diversas normas, a NFPA -<br />

1983 Standard on Fire Service Safety Ropeand Systems Components, revisada em<br />

2001, versa sobre equipamentos de salvamento em altura utilizados por bombeiros.<br />

Esta norma estabelece a classificação de equipamentos de uso pessoal e de<br />

uso geral (para duas pessoas, também chamadas “cargas de resgate”). Segundo a<br />

norma, a carga de uma pessoa é de 300 lbs (135 kg) e a carga de resgate equivale<br />

a 600 lbs (270 kg), estes valores levam em conta o peso estimado de uma pessoa<br />

padrão mais os equipamentos de segurança.<br />

A NFPA não certifica equipamentos; a certificação é realizada por laboratórios<br />

de teste independentes e idôneos, como o Under writes Laboratories (UL) ou o<br />

Safety Equipament Institute(SEI).<br />

2.2.1.2 União Internacional de Associações de Alpinismo<br />

A União Internacional de Associações de Alpinismo (UIAA), sediada em<br />

Genebra – Suíça, estabelece normas para os equipamentos e a segurança dos<br />

montanhistas (de uso esportivo).<br />

2.2.1.3 Outras normas<br />

Existem outras normas que tratam de equipamentos para atividades em<br />

altura, como as EN (Normas Européias), cuja fabricação nessa conformidade, é<br />

indicada por um número e pela chancela CE, que significa estar “conforme<br />

especificações”.<br />

2.2.2 Cordas<br />

As cordas representam o elemento básico do salvamento em altura, tanto que<br />

encontramos diversas literaturas internacionais que utilizam a expressão “resgate<br />

com cordas” (rope rescue). Na maior parte das vezes, a corda representa a única via<br />

de acesso à vítima ou a única ligação do bombeiro a um local seguro, razão pela<br />

qual merece atenção e cuidados especiais. As cordas podem ser feitas de fibras<br />

naturais (algodão, juta, cânhamo, sisal, entre outras), ou sintéticas (poliolefinas,


poliéster e poliamida), podendo ainda ser classificadas em (dinâmicas, estáticas e<br />

semi-estáticas). Manual de Salvamento em Altura-PMESP (2006, p. 6).<br />

O mesmo manual ainda cita que as cordas de salvamento são cordas<br />

estáticas com capa e alma e fibras de poliamida. De acordo com a National Fire<br />

Protection Association - NFPA-1983/2001, devem ter diâmetro de 12,5mm e carga<br />

de ruptura de 4000kgf.<br />

2.2.3 Mosquetão<br />

Peça de presilha que tem múltiplas aplicações, como facilitar trabalhos de<br />

ancoragens, unir a cadeira ao equipamento de freio, servir de freio ou dar segurança<br />

através do nó meia volta de fiel, entre outras. A NFPA prevê mosquetões de uso<br />

geral com trava, em aço e com resistência nominal de 4000 Kgf.<br />

2.2.4 Fitas<br />

As fitas tubulares podem ser fechadas por nó ou costuradas. De forma geral,<br />

destinam-se a facilitar ancoragens, de modo bastante prático e funcional,<br />

preservando a corda. São certificadas pela UIAA e com resistência de 24 kN.<br />

2.2.5 Freio Oito<br />

Freio bastante difundido no Corpo de Bombeiros, de funcionamento simples,<br />

leve, robusto, compacto e pouco custoso. Confeccionado em aço ou duralumínio e<br />

nos formatos convencional ou de salvamento (com orelhas). Os convencionais com<br />

carga de ruptura de 24kN e os de salvamento 40kN e podem ser certificados pela<br />

UIAA ou NFPA.<br />

2.2.6 Cadeirinhas<br />

Cintos, em diversos modelos, formados por fitas, fivelas e alças que envolvem<br />

a cintura e as pernas, com pelo menos um ponto de ancoragem na cintura, podendo<br />

ou não ter outros pontos de ancoragem (pontos estruturais) e possuir suspensórios


ou peitorais, de acordo com sua destinação. Seja para a prática de esporte ou de<br />

salvamento as cadeiras também recebem certificação UIAA.<br />

2.2.7 Capacete<br />

Equipamento de proteção individual que deve ser leve, proporcionar bom<br />

campo visual e auditivo, possuir aberturas de ventilação e escape de água<br />

(importante para trabalhos em locais com água corrente), suportes para encaixe de<br />

lanternas de cabeça e, principalmente, boa resistência e amortecimento contra<br />

impactos, além de uma firme fixação à cabeça, através de ajuste à circunferência do<br />

crânio e da jugular. Estes não necessitam especificamente de uma certificação<br />

internacional, mas necessitam do CA.<br />

2.2.8 Luvas<br />

Confeccionadas em vaqueta e com reforço na palma, as luvas para<br />

salvamento em altura devem proteger as mãos da abrasão e do aquecimento das<br />

peças metálicas, devendo oferecer boa mobilidade e ajuste às mãos.<br />

Sempre que estamos prestes a realizarmos as atividades, a primeira coisa a<br />

ser realizada é a exposição dos materiais, falando da importância e da segurança<br />

que os mesmo oferecem, desde que usados de forma adequada. Quando as<br />

atividades verticais forem ser realizadas, antes de tudo deve ser sempre pensado na<br />

possibilidade de que “se” algo acontecer, os instrutores devem estar preparados<br />

para retirar aquele aluno/praticante daquela situação de perigo e para isto devem ser<br />

tecnicamente qualificados. O salvamento em altura, realizado por meio de cordas e<br />

com emprego de técnicas verticais, requer do profissional/professor um profundo<br />

conhecimento dentro dessa especialidade.<br />

3 POSSIBILIDA<strong>DE</strong>S DIDÁTICAS DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> <strong>AVENTURA</strong> NA ESCOLA<br />

Neste capítulo temos a intenção de apresentar sugestões de atividades de<br />

aventura possíveis de se trabalhar na escola. Alguns autores citam que essas<br />

atividades devem ser trabalhadas situando-as nas três dimensões do conteúdo:<br />

Procedimental, Conceitual e Atitudinal. O termo conteúdo deve ser entendido como<br />

“(...) tudo quanto se tem que aprender para alcançar determinados objetivos que não


apenas abrangem as capacidades cognitivas, como também incluem as demais<br />

capacidades”. (ZABALA, apud FRANCO, 2008, p.62).<br />

Darido ; Rangel 2005, p. 66, afirmam que:<br />

“(...) é importante frisar, que na prática docente, não há como dividir os<br />

conteúdos na dimensão conceitual, atitudinal e procedimental, embora<br />

possam haver ênfase em determinadas dimensões.<br />

Baseado nas autoras citadas acima poderíamos resumir as três dimensões do<br />

conteúdo da seguinte forma:<br />

- Conceitual: “O que se deve saber”. No desenrolar do conteúdo é a dimensão que<br />

contém os fatos, teorias, conceitos e princípios. Seria por exemplo o conhecimento<br />

histórico sobre as Atividades de Aventura, as mudanças e evoluções de suas<br />

técnicas, fundamentos e regras.<br />

- Procedimental: “O que se deve saber fazer”. Seria a contextualização prática das<br />

teorias, dos fatos, conceitos e princípios. As ações responsáveis para atingir a meta<br />

da aula e o pleno desenvolvimento do conteúdo. Como exemplo seria experimentar<br />

o esporte com as regras antigas e evoluir até as atuais.<br />

- Atitudinal: “Como se deve ser”. Nessa dimensão está presente o trabalho que o<br />

professor fará com os alunos, sobre normas, valores e atitudes. Como exemplo<br />

seriam os respeitos às regras, normas e ao adversário, ao jogar um esporte na<br />

escola. No caso das Atividades de Aventura, será trabalhado o companheirismo.<br />

Serão expostos a seguir exemplos de modalidades que podem ser<br />

efetivamente trabalhadas com as Atividades de Aventura, no ambiente escolar,<br />

como parte dos conteúdos do currículo comum da Educação Física.<br />

3.1 Exemplos de atividades<br />

A introdução do conteúdo Atividades de Aventura pode ser feita com uma<br />

discussão e um levantamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, a<br />

classificação das modalidades e uma apresentação dos objetivos e da sequência de<br />

aulas que os alunos vivenciarão.<br />

As atividades que citaremos como exemplo são as seguintes:<br />

Corrida de Orientação, Trekking, Escalada, Rapel e atividades de<br />

transposição (comando craw, tirolesa, falsa baiana)


As aulas podem também seguir a sequencia de pesquisa, discussão, vivência<br />

e discussão novamente, agora sobre as dificuldades enfrentadas na prática.<br />

3.1.1 Corrida de orientação e Trekking<br />

Essas modalidades são uma boa forma de introduzir as vivências nas<br />

Atividades de Aventura, pois dão uma idéia de como os aventureiros se localizam<br />

em suas empreitadas, além é claro de trabalhar as dimensões conceituais,<br />

procedimentais e atitudinais.<br />

Corrida de Orientação: Há várias formas de trabalharmos uma corrida de<br />

orientação, dependendo do nível de conhecimento dos alunos, do tamanho e<br />

localização da escola, da disponibilidade da realização de um “estudo do meio“ e de<br />

uma prova mais próximo à natureza. Pode-se utilizar somente bússolas – existem<br />

bússolas de vários preços e tipos, das bem baratas e simples até as cheias de recursos<br />

e caras – ou somente mapas, cartas topográficas e croquis (mapas feitos a mão), ou<br />

ainda, estas últimas junto com bússolas.<br />

Trekking: Pode ser realizado tanto no contexto do lazer, objetivando integrar<br />

alunos e a comunidade escolar, como de forma competitiva ou cooperativa. Pode ser<br />

praticado por qualquer pessoa, dependendo da intensidade e do local da<br />

caminhada, sendo que, no meio escolar, pode ser realizado por meio de jogos<br />

dentro ou fora da escola.<br />

aulas:<br />

Indicaremos uma possível sequência didática a ser trabalhada durante as<br />

- Roda Inicial (Exposição do tema para os alunos);<br />

- Vivência da atividade (trabalhar cooperativismo);<br />

- Discussão (Dificuldades encontradas, questionamento sobre as atividades e o que<br />

aprenderam).<br />

3.1.2 Escalada, Rapel e atividades de transposição (comando craw, tirolesa, falsa<br />

baiana).<br />

A escalada e outras atividades semelhantes possuem protocolos de<br />

segurança bem definidos que, se seguidos nos seus detalhes, tornam os riscos de<br />

acidentes praticamente nulos. Cabe ao professor se inteirar sobre esses protocolos<br />

e manter-se atualizado. Como já mencionado, quaisquer acidentes ou incidentes,<br />

por mais parecidos que sejam com os ocorridos em outros esportes, ganham uma


dimensão maior, em se tratando de uma novidade fora da cultura usual dos<br />

membros da comunidade escolar. Uma torção de tornozelo jogando futsal será<br />

considerada menos grave que a mesma torção de tornozelo praticando Atividades<br />

de Aventura.<br />

Os equipamentos devem ser reconhecidos por órgãos regulamentares, (UIAA,<br />

EN, NFPA), nessas modalidades o improviso deve ser deixado de lado, a utilização<br />

dos materiais deverá ser específica para aquilo que foram concebidos. Com boa<br />

experiência, o professor poderá fazer as adaptações necessárias, mas a segurança<br />

deverá vir sempre em primeiro lugar e, de preferência, duplicada.<br />

Procure passar responsabilidades para os alunos, deixando claro os níveis de<br />

segurança, possibilidades de acidentes e procedimentos específicos para cada<br />

técnica a ser vivenciada. Se houver pouca maturidade ou o nível de assimilação do<br />

conteúdo for acima da capacidade da maioria dos educandos, aborte essas<br />

vivências.<br />

SUGESTÕES <strong>DE</strong> ATIVIDA<strong>DE</strong>S SIMPLES E INTRODUTÓRIAS E COMPLEXAS<br />

Indicaremos uma possível sequência didática a ser trabalhada durante as<br />

aulas:<br />

- Roda Inicial (Exposição do tema para os alunos);<br />

- Vivência da atividade (Escalada horizontal, Nós e amarrações, Falsa Baiana,<br />

Comando Craw, Preguiça,);<br />

- Atividades Complexas (Rapel e Tirolesa) Essas técnicas exigem experiência do<br />

instrutor, não só nas formas de descida, na confecção das ancoragens e colocação<br />

da corda, como na capacidade de resolução de problemas, acidentes e incidentes.<br />

- Discussão (Dificuldades encontradas, questionamento sobre as atividades e o que<br />

aprenderam).


Perguntas Frequentes sobre a implantação das Atividades de Aventura de<br />

acordo com (FRANCO, 2008).<br />

1- Não tive esses conteúdos na minha graduação. Como posso trabalhá-los em<br />

minha escola<br />

Você deve encarar conhecimentos fora da graduação como educação<br />

continuada e procurar não estagnar naqueles adquiridos em sua formação inicial.<br />

Portanto, essa atualização deverá acontecer em cursos com grupos de expedições,<br />

nas empresas de atividades de aventuras, equipes tradicionais de escaladas ou<br />

similares, em cursos oferecidos por órgãos oficiais de educação, etc.<br />

Posteriormente, o professor poderá transformar pedagogicamente o conteúdo<br />

aprendido para a realidade de sua comunidade escolar.<br />

2- Minha escola é plana e conta com apenas um espaço descoberto onde dou<br />

as aulas. Como posso trabalhar técnicas verticais e a escalada<br />

Muitas escolas contam apenas com espaços adaptados para as aulas de<br />

Educação Física, onde os professores devem ajustar os conteúdos e trabalhar de<br />

acordo com restritas possibilidades e uma realidade cheia de dificuldades. Não<br />

poderemos resolver todos os problemas estruturais, mesmo porque, não é uma<br />

dificuldade restrita a área da Educação Física. Após o professor frequentar cursos a<br />

ambientes relacionados a essas atividades ele começa a criar possibilidades e<br />

adaptações para que, desse modo, os alunos possam usufruir esses conteúdos<br />

diferentes dos usuais.<br />

3- Os equipamentos específicos são caros. Como adquiri-los para uma escola<br />

pública ou de baixa renda<br />

Reconhecemos as dificuldades sobre a aquisição de materiais pedagógicos,<br />

sejam quais forem, ainda mais aqueles fora das tradições de nossa área, mas<br />

percebemos que isso não é o principal empecilho para a realização, ou não, desse<br />

tipo de conteúdo. A maior restrição, além do conhecimento técnico de algumas<br />

ações, é encarar o desafio de implantar algo novo e enfrentar as barreiras da<br />

ignorância por parte da comunidade. Todos nós sabemos de histórias de<br />

professores de escolas públicas que realizaram ações inéditas, fora do comum e<br />

deram certo. Sabemos que é possível adquirir materiais pedagógicos através de<br />

doações, de rifas, barracas de festas juninas, grêmio estudantil, entre outros.


4 METODOLOGIA<br />

A pesquisa foi realizada na Escola Militar 2 de Julho, que está localizada no<br />

bairro da Vila Palmeira na cidade de São Luís do Maranhão, mantida pela Secretaria<br />

de Educação do Estado do Maranhão e administrada pelo Corpo de Bombeiros<br />

Militar do Maranhão. A escola oferece os Ensinos Fundamental e Médio, distribuídos<br />

nos turnos matutino e vespertino.<br />

O estudo envolveu quanto à abordagem a pesquisa qualitativa com uso<br />

do método da pesquisa-ação. A pesquisa-ação é definida como:<br />

[...] um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada<br />

em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema<br />

coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação<br />

ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.<br />

(THIOLLENT, 2008 p.16).<br />

De acordo com o autor anteriormente citado, no planejamento da<br />

pesquisa-ação se estabelecem fases, que são de natureza flexível, haja vista a ação<br />

dos pesquisadores em diversos momentos da pesquisa. Daí por que se torna difícil<br />

apresentar seu planejamento a partir de fases ordenadas temporalmente. Na<br />

pesquisa-ação ocorre um constante vai e vem entre as fases, que é determinado<br />

pela dinâmica do pesquisador e do seu relacionamento com a situação pesquisada.<br />

Na pesquisa-ação há uma ampla e explícita interação entre<br />

pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada. O objeto de<br />

investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social e pelos<br />

problemas de diferentes naturezas encontrados nesta situação, buscando-se<br />

resolver ou, pelo menos, em esclarecer os problemas da situação observada. Este<br />

tipo de pesquisa não se limita a uma forma de ação, mas sim aumentar o<br />

conhecimento ou o “nível de consciência” das pessoas e grupos considerados.<br />

(THIOLLENT, 2008).<br />

A pesquisa-ação encaixou-se perfeitamente ao estudo realizado e aos<br />

objetivos a serem alcançados, que nortearam este estudo, já que o pesquisador se<br />

fez presente nas ações a serem desenvolvidas.<br />

Participaram da pesquisa oito turmas do ensino médio da Escola Militar 2 de<br />

Julho sendo: três turmas do 1º ano, três turmas do 2º ano e duas turmas do 3º ano,<br />

cada turma com aproximadamente 30 alunos, totalizando 240 alunos. Foi solicitado


que cada aluno, que participou diretamente das atividades apresentasse um relatório<br />

sobre as mesmas, citando os pontos marcantes e importantes quando da realização<br />

das atividades.<br />

Apresentaram relatórios apenas 118 alunos, totalizando 49,16% do total de<br />

alunos do ensino médio. Deve-se levar em conta os alunos que faltaram e os alunos<br />

que não entregaram o relatório, por não se tratar de uma atividade que valia nota,<br />

muitos não se interessaram em fazê-la.<br />

Os dados da pesquisa também foram coletados através de uma<br />

observação participante, pois o pesquisador desempenhou um papel ativo na<br />

situação investigada, já que esteve presente no desenvolvimento das ações<br />

trabalhadas nas aulas de Educação Física.<br />

Tais aulas foram documentadas, através de fotos, vídeos e um diário de<br />

práticas, material este que serviu para analisar as respostas ao estímulo dos alunos<br />

frente à participação em tais atividades. Os alunos também foram inquiridos ao final<br />

de cada atividade, objetivando coletar informações através de relatos próprios<br />

quanto ao que sentiram e aprenderam no decorrer das aulas com o conteúdo<br />

Atividades de Aventura nas aulas de Educação Física.<br />

A pesquisa ocorreu entre os meses de março e abril de 2012, no<br />

denominado primeiro bimestre letivo, onde foi proposto que durante este período<br />

fossem trabalhadas somente as Atividades Física de Aventura, para que fosse<br />

observado como os alunos e professores se sairiam perante esta nova proposta de<br />

trabalho na escola.<br />

4.1 Procedimentos metodológicos<br />

As atividades desenvolvidas no campo de pesquisa compreenderam:<br />

a) Reunião com os professores:<br />

A escola possui 3 professores de Educação Física para o Ensino Médio, e foi<br />

proposto a eles que fosse trabalhado no primeiro bimestre de 2012 (março e abril) as<br />

atividades de aventura nas aulas de educação física, tendo como base a<br />

implantação dessa proposta pela escola como conteúdo permanente do currículo.<br />

Esta reunião ocorreu no dia 05 de março e foi usada uma explanação teórica e<br />

informal. Quando a proposta foi exposta os professores mostraram-se bem


interessados e receptivos, mas no decorrer das aulas viu-se que somente um dos<br />

professores realmente aceitou tal proposta sem dificuldade e a partir de agora os<br />

denominaremos professor A e B. O professor “B” disse não saber nada sobre essas<br />

atividades, só conhecia através da tv, e já havia lido muito superficialmente sobre o<br />

assunto, porém disse que topava e apoiava o professor pesquisador no que fosse<br />

preciso, relatou também que os alunos iriam se envolver por ser um assunto novo e<br />

bem legal. O professor “A” citou muitas dificuldades quanto ao material teórico que<br />

foi repassado ao mesmo para que ministrassem as aulas aos alunos. O mesmo<br />

relata que não entendeu nada das aulas, solicitando assim ajuda para tal<br />

desenvolvimento. O professor B se dispôs a ministrar essas aulas em ajuda ao<br />

professor “A”, mas o mesmo mostrou-se arredio e negou tal ajuda, pondo<br />

dificuldades, vale ressaltar que o professor “A” é conhecedor de algumas das<br />

atividades de aventura como rapel, tirolesa, falsa baiana e orientação.<br />

b) Aulas teóricas:<br />

Os objetivos destas aulas eram saber quais modalidades de aventura os<br />

alunos conheciam e se já haviam praticado alguma e quais gostariam de praticar.<br />

Outro objetivo também era o de mostrar novas modalidades de atividades de<br />

aventura para os alunos, despertando assim o interesse dos mesmos pelas<br />

modalidades de aventura.<br />

Foram ministradas duas aulas teóricas para cada turma, as aulas tinham<br />

participação efetiva dos alunos, com opiniões e pesquisas passadas sobre alguns<br />

assuntos. As turmas participaram também de uma aula sobre meio ambiente, com<br />

um passeio pela escola, analisando o que pode ser mudado e melhorado, sendo que<br />

em frente a escola tem um LIXÃO. Foi solicitado de cada turma um relatório sobre o<br />

assunto com soluções práticas.<br />

Os alunos mostram-se muito receptivos às aulas, dizendo inclusive querer<br />

participar de todas as modalidades, alguns demonstraram medo e apreensão, o que<br />

é normal, mas quando questionados sobre o que eles esperavam das aulas práticas,<br />

a maioria relatou que as expectativas são as melhores possíveis.<br />

c) Aulas Práticas – Corrida de Orientação:


As aulas de Corrida de Orientação tiveram dois momentos. O primeiro momento<br />

foi realizado em sala onde foi apresentado aos alunos o mapa (Apêndice A) e a<br />

planilha resposta (Apêndice B), neste momento foram escolhidos quem seria o<br />

“homem” mapa e “homem” planilha. Foram denominados desta forma, mas o posto<br />

não deveria ser necessariamente ocupado pelo sexo masculino, era apenas uma<br />

questão de nomenclatura, remanescente das fileiras do exército. As aulas foram<br />

realizadas no ambiente externo da escola, pois a mesma possui uma ampla área<br />

externa com árvores duas quadras e um campo de futebol. Além de uma área livre<br />

que foi utilizada também na atividade. A Corrida de Orientação deu-se da seguinte<br />

maneira: os alunos foram divididos em equipes com seis componentes cada, e uma<br />

missão. Realizar o percurso que estava descrito no mapa, passar pelos obstáculos<br />

naturais, chegando a pontos de identificação onde os mesmos teriam que responder<br />

algumas questões de raciocínio lógico, assim que respondiam poderiam seguir para<br />

os próximos pontos, o ultimo obstáculo foi a falsa baiana, atividade de transposição<br />

por cordas. Terminando assim o circuito de Corrida de Orientação. Os alunos<br />

interagiram bem com a atividade, observaram e aprenderam a trabalhar em equipe e<br />

foram desafiados a superar seus medos.<br />

d) Aulas práticas – Rapel:<br />

As aulas foram realizadas no ambiente externo da escola, utilizando como<br />

ancoragem uma árvore e como equipamento para ascensão foram utilizados<br />

andaimes. Os alunos ficaram muito temerosos quanto a realização dessa atividade,<br />

pois a altura do Rapel era de aproximadamente 6m, e não foram todos que toparam<br />

o desafio, a atividade foi realizada somente com duas turmas devido a situações<br />

climáticas, foi uma semana em que choveu bastante. E desses alunos somente 19<br />

participaram da atividade, destes somente 4 do sexo masculino, o que pode se<br />

observar também foi que as meninas participaram mais ativamente do que os<br />

meninos, elas demonstraram ser mais corajosas.<br />

Percebe-se então que a proposta pedagógica de aplicação das atividades de<br />

aventura como conteúdo nas aulas de Educação Física apresentou resultados<br />

significativos.


5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

A análise e discussão dos resultados da pesquisa serão apresentados de<br />

acordo com o feedback dado pelos participantes do estudo em decorrência das<br />

atividades realizadas. Para enriquecer a discussão optou-se pela utilização dos<br />

registros feitos pelos alunos através de relatórios de atividades.<br />

A quantificação dos resultados foi realizada com base na incidência de<br />

repetição das principais categorias de análise que embasam o estudo.<br />

5.1 As atividades de aventura no ensino médio<br />

As atividades de aventuras tem se tornado uma realidade na sociedade<br />

moderna brasileira. A aplicação dessas atividades nas aulas de Educação Física<br />

como oferta de mais um conhecimento na escola, superam a carência de conteúdos<br />

que a Educação Física Escolar apresenta. As atividades de aventura, cujas<br />

vivências podem proporcionar: superação de obstáculos, questões de reflexões,<br />

raciocínio lógico, e sensações de emoção promovem experiências significativas aos<br />

participantes jovens.<br />

Em se tratando de escola as possíveis situações do “Saber” com o “Saber<br />

Fazer” permitem sensações que estimularam as emoções dos adolescentes e<br />

estimulam a superação de desafios e limites. Essas emoções baseadas no risco<br />

fictício, provocado, calculado e imaginário são características típicas das Atividades<br />

de Aventura e mexem com o simbolismo da maioria dos alunos, envolvendo-os.<br />

As atividades de aventura realizadas na ação investigativa foram a Corrida de<br />

Orientação, Falsa baiana e o Rapel.<br />

Corrida de Orientação é um desporto que consiste em trilhar um terreno<br />

desconhecido com o auxilio de um mapa preparado para esta finalidade, É um<br />

esporte que une o físico com a inteligência, tornando-o muito competitivo (PASINI &<br />

DANTAS, 2003, p. 01).<br />

Rapel é um termo que vem do francês “rappel”, que significa “chamar” ou<br />

“recuperar”, para designar uma técnica do montanhismo, onde é realizado descidas<br />

de formas controlada através de cordas ou cabos, com uso de uma cadeirinha<br />

especial, também chamada de baudrier, e alguns acessórios como mosquetões,<br />

descensores (freio oito, ATC entre outros), vencendo obstáculos naturais e artificiais.<br />

(NAZARI, 2007, p. 2).


intenções:<br />

Após a execução das atividades os alunos registraram as seguintes<br />

CITAÇÕES DOS QUANTIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PERCENTUAL %<br />

ALUNOS<br />

ALUNOS<br />

Falsa baiana 33 27,97<br />

Raciocínio lógico 30 25,44<br />

Trabalho em equipe 10 8,48<br />

Persistência temporal 9 07,62<br />

Atividade como 9 07,62<br />

novidade<br />

Condicionamento físico 9 07,63<br />

Atividade de Inclusão 6 05,08<br />

Ludicidade 6 05,08<br />

Superação de obstáculo 6 05,08<br />

TOTAL GERAL 118 100<br />

5.1.1 Falsa Baiana<br />

Pode-se perceber nos resultados acima que as atividades de aventura com<br />

aplicação da falsa baiana, seguido das questões que envolviam o raciocínio lógico<br />

foram as mais incidentes com o percentual de 27,12 e 25,44% respectivamente.<br />

Através dos relatos dos alunos entende-se que a falsa baiana, por ser uma<br />

atividade onde eles trabalharam equilíbrio e superação, além é claro, de ser uma<br />

experiência emocionante, que os tirou da rotina das aulas tradicionais da Educação<br />

Física Escolar, onde não foi utilizada bola e tampouco uma quadra para a realização<br />

das aulas, foi algo que marcou a vida dos participantes. As atividades foram<br />

realizadas utilizando espaços da escola nunca dantes explorados pelos alunos.<br />

Isto proporcionou uma fuga das quatro paredes, atingindo as expectativas dos<br />

mesmos, proporcionando divertimento, prazer e novos conhecimentos.<br />

5.1.2 Questões de Lógica<br />

O fato de durante a prova ter questões de raciocínio lógico, atrelado a um<br />

tempo que deveria ser cumprido da forma mais rápida possível, foi citada por<br />

25,44% dos alunos. Nos relatórios os alunos citam essa atividade em especial de<br />

forma veemente, disseram ter achado bem interessante, pois ainda não haviam


participado de alguma atividade dessa maneira. Referindo-se à Corrida de<br />

Orientação.<br />

Dentro das competições de Corrida de Orientação o praticante tem que unir<br />

esforço físico com a velocidade de se orientar e traçar o melhor percurso, para que<br />

tenha seu término no menor tempo possível. Ou seja, nem sempre quem corre mais,<br />

ganha a competição.<br />

O orientador deve ter em conta sua condição física e sua habilidade de<br />

orientação, ao escolher uma rota (caminho) correta e ter habilidade de<br />

segui-la até o próximo ponto sem perder tempo, isto é a arte da orientação.<br />

(PASINI; DANTAS, 2003, p.01)<br />

Sendo assim, para que sejam obtidos resultados positivos o praticante deve<br />

possuir uma boa condição física e habilidade razoável em orientação.<br />

A corrida de orientação é uma modalidade distinta das demais modalidades<br />

aplicadas dentro da escola, onde o praticante escolhe o caminho a ser seguido em<br />

meio à natureza. O objetivo da corrida de orientação é compreender a codificação<br />

dos mapas e do percurso indicado, que podem ser em um parque público, áreas<br />

agrícolas e naturais, próximas aos grandes centros. E por que não explorar o<br />

ambiente escolar com essas atividades<br />

É importante frisar que a Corrida de Orientação não é um Esporte de<br />

Aventura. Não é considerado, pois há um percurso a ser seguido. É<br />

praticada em uma área delimitada e controlada. (PASINI; DANTAS, 2003,<br />

p.01)<br />

A Educação Física no Brasil tem evidenciado a aptidão física como seu fim, e<br />

toda e qualquer outra atividade realizada dentro do ambiente escolar, sempre é<br />

levado para o lado competitivo visando performance. As atividades de aventura, por<br />

sua vez, despertam nas pessoas sensações da infância que estavam reprimidas ou<br />

ainda nunca externadas, trazem à tona o respeito pela natureza, e pelos<br />

companheiros, geram um sentimento de irmandade. Como são atividades<br />

riquíssimas em movimentos e de conquistas pessoais não podemos excluí-las dos<br />

nossos alunos e sim oportunizar sua prática.<br />

Atrelado a vertente educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais<br />

destacam a cultura corporal de movimento, explicitando a intenção de trabalhar com<br />

práticas como os jogos, as lutas, as atividades rítmicas e danças, os esportes e as<br />

ginásticas como produções culturais versando ensino aprendizagem. (BRASIL,<br />

1998).


5.1.3Trabalho em Equipe<br />

Referindo-se ao trabalho em equipe, 8,48% dos alunos citaram ter sido este<br />

um fator importante dentro da atividade Corrida de Orientação realizada nas aulas<br />

de Educação Física. Houve em alguns relatos sobre a importância de estarem<br />

realizando a atividade juntos, pois cada aluno possuía uma característica diferente,<br />

que poderia ser utilizada de acordo com as diversidades da prova.<br />

[...] Há uma reivindicação frequente de que na escola sejam ensinados e<br />

aprendidos outros conhecimentos considerados tão ou mais importantes do<br />

que fatos e conceitos, como por exemplo, certas estratégias ou habilidades<br />

para resolver problemas, selecionar a informação pertinente em uma<br />

determinada situação ou utilizar os conhecimentos disponíveis para<br />

enfrentar situações novas ou inesperadas, ou ainda, saber trabalhar em<br />

equipe, mostrar-se solidário com os colegas, respeitar e valorizar o trabalho<br />

dos outros ou não discriminar as pessoas por motivos de gênero, idade ou<br />

outro tipo de características individuais. (COOL, apud DARIDO ; RANGEL,<br />

2005, p.66).<br />

Trata-se de um conhecimento importante e que devem ser trabalhados<br />

dentro da escola. Essas situações citadas acima são típicas na maioria das aulas de<br />

Educação Física.<br />

A Orientação condiciona um desenvolvimento da Inteligência Interpessoal<br />

muito grande. Quando uma criança ultrapassa os obstáculos de uma pista, chega<br />

em primeiro lugar e recebe medalha, sua satisfação pessoal aumenta muito. Ele se<br />

sente aceito e enquadrado no contexto social. Segundo (Gottman apud<br />

Pasini;Dantas, 2003, p.11).<br />

5.1.4 Novidade x Persistência Temporal<br />

Foi citado por 7,62% dos participantes o fato de terem gostado da atividade<br />

como novidade, ou seja, para eles esse foi um fato totalmente novo e que eles não<br />

acreditavam que poderia fazer parte das aulas de Educação Física. Também 7,62%<br />

dos alunos solicitaram em suas falas que as atividades permaneçam e continuem<br />

sendo realizadas na escola, pois em se tratando de novidade, eles gostariam que<br />

essa atividade fosse realizada mais vezes, solidificando assim a proposta de<br />

implantação dessa atividade no currículo escolar do ensino médio, trazendo assim<br />

um novo conhecimento para a escola. Este foi o primeiro momento em que os<br />

alunos se depararam com um determinado tema gerador e irá experimentar e


vasculhar todas as opções possíveis de realização com os recursos próprios de<br />

movimentação, sem a menor preocupação com os refinamentos, pois é exatamente<br />

a iniciação e instigação pelo experimentar e explorar seu conhecimento e sua<br />

habilidade naquela ação motora ou cultural.<br />

As atividades de aventura, sobretudo aquelas realizadas junto à natureza,<br />

representam mais uma possibilidade de aproximação entre o individuo e o meio<br />

ambiente, dai surge então esse fascínio por essas modalidades, fazendo com que<br />

seus praticantes sintam vontade de praticá-las cada vez mais. A sensação de<br />

desafio e liberdade também ajuda nesse processo.<br />

As Atividades de Aventura proporcionam, a cada praticante, experiências e<br />

significados pessoais diferentes. Alguns alunos tiveram o sentimento parecido, isto<br />

foi visto em seus relatos, mas cada um expressou à sua maneira a emoção sentida<br />

na realização das atividades.<br />

“Essa atividade mostrou nossa habilidade na corrida, nas respostas e nos<br />

ensinou a resolver problemas em equipe.” (aluna do 1º ano).<br />

Esta aluna expressa o sentimento de querer algo mais, pois ela viu que<br />

somente em uma atividade, várias situações foram criadas estimulando assim nos<br />

praticantes habilidades para resolver problemas. Sendo que estas habilidades estão<br />

intrínsecas aos seus praticantes necessitando, portanto, de um estímulo, para que<br />

tal habilidade seja desenvolvida.<br />

“Apesar de não gostar de atividades agitadas, pude ver que os demais alunos<br />

se divertiram [...] é importante frisar que houve grande interação entre os alunos e a<br />

única coisa que eu gostei foram as questões de raciocínio lógico” (aluno do 3º ano).<br />

Ficou evidente nos relatos dos alunos, é que de alguma forma eles ficaram<br />

satisfeito e tiveram suas expectativas supridas. Quando foi exposto aos mesmos que<br />

iríamos trabalhar “esportes radicais” dentro das aulas de educação física, muitos<br />

expressaram ansiedades, outros até duvidaram, mas quando viram a realização,<br />

contemplaram com satisfação as aulas.<br />

“A aula de Educação Física foi ótima, cheia de curiosidades e muita alegria<br />

durante toda a aula”. (aluna do 1º ano).<br />

“O último obstáculo foi a Falsa Baiana, onde dois alunos de cada equipe<br />

deveriam passar, foi muito legal.” (Aluno do 2º ano)<br />

A fala dos alunos só vem confirmar o que afirmam Pereira e Armbrust, (2010,<br />

p.44), que “a curiosidade vai gerar os desafios. A intenção é partir do que o indivíduo


sabe e consegue realizar, isto é, sua bagagem de movimentos para avançar rumo<br />

ao que não sabe ou acredita ser difícil para o momento”.<br />

5.1.5 Condicionamento Físico<br />

Quando os 7,63% dos alunos citaram que para praticar a Corrida de<br />

Orientação e Rapel seria necessário ter um bom condicionamento físico, eles não<br />

faziam menção a um treinamento prévio para a realização dos mesmos, mas sim<br />

confirmaram o que Pasini ; Dantas (2003, p.01) relatam que “a Orientação é uma<br />

atividade que une o físico com a inteligência”.<br />

O esporte, anteriormente perspectivado somente como produto de alto<br />

rendimento, passou a ser compreendido também nas perspectivas educacionais<br />

“esporte – educação” e do tempo livre conquistado “esporte – lazer ou esporte –<br />

participação”. “O esporte de rendimento” passou a se referir à esfera dos negócios e<br />

da excelência da prática. (Pereira e Armbrust, 2010, p.34).<br />

Por outro lado, para alguns, o esporte escolar objetiva a descoberta de<br />

talentos esportivos, sendo dominantemente compreendidos com base para o<br />

esporte de rendimento e desenvolvidos a partir desta compreensão. Esta é uma<br />

realidade que distancia a prática do esporte da perspectiva educacional, gerando<br />

exclusão nas práticas escolares e desigualdades de oportunidades, pois são<br />

processos que se iniciam com seletividade, sendo oferecido para poucos. Sabendo<br />

que no decorrer dos anos haverá exclusão e desistência por uma série de fatores<br />

(SADI et al apud Pereira e Armbrust, 2010, p.34)<br />

5.1.6 Atividade Inclusiva<br />

Outro ponto bem interessante e citado pelos alunos foi a questão da atividade<br />

ser inclusiva, no sentido de todos participarem, 5,08% dos praticantes citaram este<br />

evento em seus relatórios.<br />

Durante a prática da Corrida de Orientação, que foi uma atividade realizada<br />

em grupo, os alunos não foram segregados em gênero e também não foi limitada a<br />

questão de ser da mesma turma, ou seja, os alunos ficaram a vontade para formar<br />

suas equipes.


Entende-se que esse fato em particular foi muito significativo para os alunos,<br />

pois lhes foi dado a oportunidade de interagirem durante a aula com os colegas de<br />

outras salas, evento que não acontece em uma aula normal, onde somente é<br />

realizada a aula de uma única turma por vez.<br />

Para Ferreira (2003), aventurar-se é, acima de tudo, viver situações em que o<br />

risco e a imprevisibilidade estão presentes; é o desafio do autoconhecimento e da<br />

transcendência dos próprios limites em busca de um desenvolvimento pessoal, uma<br />

vez que exige coragem e audácia para superar os obstáculos.<br />

5.1.7 Ludicidade x superação de obstáculos<br />

A implantação de atividades com obstáculos a serem superados dentro dessa<br />

modalidade e realizados de forma lúdica, foi observado por 5,08% dos alunos em<br />

ambos os casos.<br />

Quando os alunos citam a ludicidade eles referem-se ao ter gostado da<br />

prática livre da atividade, pois não houve um direcionamento impedindo que os<br />

mesmos tomassem as suas decisões durante a realização da Corrida de Orientação,<br />

eles puderam explorar o ambiente ao máximo, curtindo com todas as forças.<br />

Quando uma atividade em ambiente natural é realizada sem as informações<br />

prévias, seja no âmbito da segurança ou se tratando do aspecto prático<br />

propriamente dito, tal fato pode comprometer a experimentação de uma pessoa que<br />

nunca tenha passado por esse tipo de situação, as quais envolvem um grande<br />

controle informacional do corpo.<br />

Daí a importância da proposta de Cornell (1997) referente a um aprendizado<br />

sequencial, o qual é capaz de despertar, sutilmente, a percepção da natureza.<br />

Cornell (1997) propõe cinco regras do ensinamento ao ar livre, dirigidas a<br />

guias, monitores e educadores em geral que pretendem acompanhar algum grupo:<br />

ensine menos e compartilhe mais; seja receptivo; concentre a atenção no grupo;<br />

observe e sinta primeiro, fale depois; crie um ambiente leve, alegre e receptivo.<br />

A popularização das Atividades de Aventura poderia ser muito mais efetiva se<br />

fosse iniciada na escola, amparada pelos possíveis canais interdisciplinares e não<br />

tão somente pela Educação Física. As discussões geradas sobre os contextos<br />

geográficos e históricos de realização das atividades de aventura, a relação da


física, da biologia e da ecologia com essas atividades é muito rica e também deve<br />

ser explorada no âmbito escolar.<br />

As Atividades de Aventura diferentemente dos esportes tradicionalmente<br />

praticados na escola, não geram um confronto entre alunos, como é natural,<br />

querendo saber quem é o melhor, permite sim, que o praticante confronte-se consigo<br />

mesmo, para superação de limites, barreiras e desafios.<br />

Miranda (1995) aponta maior presença de estímulos, quando comparados a<br />

outras atividades realizadas em instalações esportivas convencionais, num<br />

acréscimo do elemento incerteza ou medo, proporcionado pelo ambiente,<br />

proporcionando assim um desenvolvimento maior dos mecanismos perceptivos, de<br />

decisão e de execução, explorando novas energias e novas sensações.<br />

A potencialidade de vivência dessas atividades fazendo uma interação<br />

escola-natureza deve ser explorada, já que trazem uma reconciliação indireta do<br />

homem com o meio ambiente.<br />

Nessa perspectiva, o potencial educativo dessas atividades de aventura<br />

junto à natureza parece ser muito extenso, principalmente porque facilita<br />

situações educativas em experiências pouco habituais para os participantes,<br />

possuindo um forte caráter motivador, carregadas de emoção, de significado<br />

e de intenção. (PEREIRA; MONTEIRO, 1995 apud MARINHO; SCHWARTZ,<br />

2005, p. 6).<br />

Os comentários dos alunos relacionados às práticas das Atividades de<br />

Aventura, Corrida de Orientação e Rapel demonstram o que eles conseguiram sentir<br />

com a prática “Confesso que senti um pouco de medo, antes de fazer o Rapel, mas<br />

confiei na segurança do material e no professor”. (Aluna do 2º ano).<br />

Os alunos foram desafiados a saírem da inércia e a se lançarem em meio a<br />

ambientes perigosos e prazerosos que a natureza proporciona.


6 CONCLUSÃO<br />

As Atividades de aventura são práticas que ganham a cada dia, mais<br />

destaque na sociedade atual. Como reflexo deste fato, cada vez mais se pensa na<br />

aplicabilidade deste conteúdo nas as aulas de Educação Física Escolar.<br />

Partindo dessa discussão este estudo analisou a aplicação das Atividades de<br />

Aventura para alunos do Ensino Médio.<br />

Acredita-se que essa pesquisa acadêmica possa contribuir para a<br />

formação do professor de Educação Física, que passa a refletir a sua prática numa<br />

ação dinâmica e reflexiva. Cabe ao professor ser capaz de propor a seus alunos, a<br />

inserção de novas atividades que visem proporcionar aos educandos uma<br />

aprendizagem diversificada, além de tornar as aulas mais interessantes.<br />

De nada adianta uma pesquisa acadêmica que não tenha aplicação prática e<br />

utilização por profissionais da área, no caso o profissional da escola. Dentro dessa<br />

perspectiva, estaremos atingindo o professor de Educação Física escolar, com o<br />

intuito de possibilitar uma maior reflexão e ação de sua prática, buscando a<br />

aplicação de uma pedagogia apropriada para a aplicação das Atividades de<br />

Aventura no ambiente formal de ensino.<br />

Constatou-se nesse estudo que as Atividades de Aventura que foram<br />

propostas tiveram uma aceitação muito grande e satisfatória por parte dos alunos da<br />

Escola 2 de Julho. As atividades tiveram um caráter inovador e despertaram um<br />

interesse por parte dos mesmos nas atividades de aventura. Tal fato se dá devido ao<br />

caráter desafiador e emocionante proporcionado por essas atividades, que fogem da<br />

rotina normal de aula, onde os alunos não sabem ao certo o que os espera ao final<br />

de cada encontro, gerando em cada um uma expectativa diferente.<br />

A partir dessa experiência acredita-se que muitos são os motivos para<br />

inclusão das Atividades de Aventura como conteúdo permanente nas aulas de<br />

Educação Física, fazendo assim parte do currículo da disciplina. Os itens que se<br />

destacaram nesse estudo estão relacionados à segurança da atividade, o<br />

surgimento, os conceitos e as possibilidades pedagógicas.<br />

Os alunos destacaram o fato de que se essas práticas não fossem<br />

proporcionadas a eles na escola, talvez os pais, não os apoiassem para a realização<br />

das mesmas.


Até pouco tempo atrás as atividades de aventura não estavam presentes no<br />

currículo do Ensino Superior. Portanto, a grande maioria dos profissionais que atuam<br />

hoje na Educação Física Escolar não teve esse conteúdo na graduação.<br />

A presença das modalidades das atividades de aventura dentro da escola é<br />

de suma importância, não apenas como a inserção de um hobby, ou uma prática de<br />

lazer de um professor, mas como conteúdo das aulas regulares de Educação Física,<br />

expondo propostas e possibilidades baseadas nas discussões geradas no meio<br />

acadêmico. Em nossa concepção, é possível inserir as Atividades de Aventura na<br />

escola, pois são significativas pedagogicamente e são bem aceitas pela comunidade<br />

escolar. Cabe agora, ao apontar esses caminhos, alastrarmos essas propostas,<br />

essas possibilidades, para tentar transformá-las em fatos e, efetivamente, inserir as<br />

Atividades de Aventura como conteúdo possível no meio escolar.


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2008.


APÊNDICE


APÊNDICE A


APÊNDICE B


APÊNDICE C<br />

QUESTÕES UTILIZADAS DURANTE A CORRIDA <strong>DE</strong> ORIENTAÇÃO<br />

1. Qual dos relógios preenche corretamente o<br />

espaço vazio<br />

5: 17 2:31<br />

9:25 8:08 3: 49 6:55 <br />

1:09 6:59<br />

4:51 8:53<br />

2. Qual a letra que substitui o espaço<br />

R – Q – O – L – H - <br />

3.As idades de Bob e Renata são<br />

respectivamente 42 e 17 anos. Quando será<br />

que Bob terá o dobro da idade de Renata<br />

4.As teclas brancas de um piano de cauda<br />

são 52 e sucedem-se, começando pela 1ª<br />

tecla à esquerda, na ordem lá – si – dó – ré –<br />

mi – fá – sol – lá – si – dó – ré – mi – fá – sol -...<br />

A última tecla branca do piano é um:


APÊNDICE –D<br />

Fotos das Atividades realizadas no campo de pesquisa<br />

Foto 1: Explicação aos alunos sobre as tarefas da Corrida de Orientação<br />

Foto 2: Falsa baiana


Foto 3: Exposição dos materiais de segurança<br />

Foto 4: Corrida de Orientação


Foto 5: Na área verde da escola com os alunos<br />

Foto 6: Aluna do 2º ano praticando Rapel


Foto 7: Aula sobre segurança no Rapel<br />

Foto 8: Divisão em equipes para corrida de orientação

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