11.01.2015 Views

CRM-PA trabalha a Educação Continuada - Conselho Regional de ...

CRM-PA trabalha a Educação Continuada - Conselho Regional de ...

CRM-PA trabalha a Educação Continuada - Conselho Regional de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Impresso Especial<br />

28.907.166.-2/04/BR/<strong>PA</strong><br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

CORREIOS<br />

ANO xIII • Nº 83 / maio e junho <strong>de</strong> 2010<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> <strong>trabalha</strong> a<br />

Educação <strong>Continuada</strong><br />

Programa <strong>de</strong>bate<br />

temas científicos e<br />

éticos com médicos<br />

e acadêmicos<br />

Páginas 6 e 7<br />

entrevista<br />

Joaquim Ramos (foto): O CEM e a publicida<strong>de</strong> médica<br />

espaço do conselheiro<br />

artigo analisa atendimento à saú<strong>de</strong> mental<br />

Página 3<br />

Página 9


EDITORIAL<br />

Por uma medicina <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Entre as atribuições dos<br />

<strong>Conselho</strong>s <strong>de</strong> Medicina<br />

está a Educação <strong>Continuada</strong>.<br />

Este programa, organizado<br />

conjuntamente<br />

pelo <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina<br />

e os regionais, promove projetos <strong>de</strong><br />

atualização <strong>de</strong> conhecimentos para a<br />

classe médica, atitu<strong>de</strong> extremamente<br />

necessária consi<strong>de</strong>rando a rapi<strong>de</strong>z<br />

com que o conhecimento científico<br />

é atualizado.<br />

Por este enfoque, o <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

promoveu neste primeiro semestre<br />

os cursos <strong>de</strong> “Pneumologia: Atualização<br />

e Prevenção”, “Mulher, Ética<br />

e Saú<strong>de</strong>”, o seminário “A terminalida<strong>de</strong><br />

da vida e transplante <strong>de</strong> órgãos”<br />

e “Pair, Saú<strong>de</strong> do Trabalhador e Ética<br />

Médica”. O resultado <strong>de</strong> todo esse<br />

trabalho está resumido em nossa matéria<br />

central, às páginas 6 e 7 <strong>de</strong>ste<br />

número.<br />

À página 3, a entrevista com Joaquim<br />

Ramos, coor<strong>de</strong>nador da Comissão<br />

<strong>de</strong> Divulgação <strong>de</strong> Assuntos<br />

Médicos do Cremepa. Ele faz uma<br />

avaliação dos impactos da atualização<br />

do Código <strong>de</strong> Ética Médica na publicida<strong>de</strong><br />

feita por médicos e fala dos<br />

planos da Codame. A saú<strong>de</strong> do médico<br />

é o tema da Coluna do CFM, à<br />

página 4, seção assinada por Antonio<br />

Gonçalves Pinheiro.<br />

À página 5, o conselheiro e escritor<br />

Aristoteles Guilliod <strong>de</strong> Miranda<br />

traz à luz a história <strong>de</strong> Ana Turran,<br />

a primeira paraense a se formar em<br />

medicina. Uma narrativa que <strong>de</strong>staca<br />

uma vida cheia <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação à profissão<br />

e <strong>de</strong> amor ao próximo.<br />

Márcio Faria<br />

Integrantes das entida<strong>de</strong>s médicas<br />

que realizaram o Pré-Enem Norte e<br />

Centro-Oeste em Belém<br />

Educação<br />

<strong>Continuada</strong><br />

do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> é<br />

<strong>de</strong>staque <strong>de</strong>sta<br />

edição<br />

Uma análise sobra a saú<strong>de</strong> mental<br />

no Brasil está à página 9, no artigo<br />

do conselheiro Benedito Paulo<br />

Bezerra, na seção Espaço do Conselheiro.<br />

Na seção Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida,<br />

à página 8, o médico aposentado<br />

Alfredo Oliveira fala sobre como a<br />

mistura <strong>de</strong> música, literatura e medicina<br />

forjou sua vida e seu modo <strong>de</strong><br />

ver o mundo.<br />

À página 11, uma matéria sobre<br />

as lutas e reivindicações dos médicos<br />

das regiões Norte e Centro-Oeste, no<br />

Pré-Enem realizado em Belém, na<br />

se<strong>de</strong> do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>. Uma matéria <strong>de</strong><br />

leitura obrigatória.<br />

Às páginas 10 e 12, notícias e<br />

comunicados <strong>de</strong> importância para a<br />

classe médica.<br />

Uma boa leitura.<br />

En<strong>de</strong>reço: Avenida Generalíssimo Deodoro,<br />

223. Fone: (091) 3204-4000 • Fax (091) 3204-<br />

4012 • CEP. 66.050-160 • Belém - Pará<br />

atendimento@cremepa.org.br<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima Guimarães Couceiro<br />

Presi<strong>de</strong>nte;<br />

Joaquim Pereira Ramos<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte;<br />

Terezinha <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Oliveira Carvalho<br />

1º secretário;<br />

Paulo Sérgio Guzzo<br />

2º secretário;<br />

José Antonio Cor<strong>de</strong>ro da Silva<br />

1º Tesoureiro<br />

Jorge Wilson Tuma<br />

2º Tesoureiro<br />

Aristoteles Guilliod <strong>de</strong> Miranda<br />

Corregedor<br />

Tereza Cristina <strong>de</strong> Brito Azevedo<br />

Vice-corregedor<br />

Conselheiros: EFETIVOS: Altino Men<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Nóvoa Neto, Antonio Gonçalves Pinheiro,<br />

Antonio Jorge Ferreira da Silva, Amaury Braga<br />

Dantas, Aristoteles Guilliod <strong>de</strong> Miranda, Arthur<br />

da Costa Santos, Benedito Pedro Resque <strong>de</strong><br />

Oliveira, Edson Yuzur Yasojima, Francisco<br />

Ferreira <strong>de</strong> Souza Filho, Joaquim Pereira<br />

Ramos, José Antonio Cor<strong>de</strong>ro da Silva, Jorge<br />

Wilson Tuma, Marcus Vinícius Henriques Brito,<br />

Maria do Carmo Lima <strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s Lobato,<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima Guimarães Couceiro, Maria<br />

<strong>de</strong> Nazaré Paes Loureiro, Oscar Pereira Júnior,<br />

Paulo Sérgio Guzzo, Rosângela Brandão Monteiro,<br />

Terezinha <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Oliveira Carvalho<br />

SUPLENTES: A<strong>de</strong>lso Aparecido Pedrosa,<br />

Antonio Carlos Alves da Silva, Antonio Cerejo<br />

Ribeiro <strong>de</strong> Almeida, Benedito Paulo Bezerra,<br />

Carlos Alberto Vaz Conceição, Emanoel Conceição<br />

Resque <strong>de</strong> Oliveira, Fernando Augusto<br />

Fonseca Monteiro, Fre<strong>de</strong>rico José Correa<br />

Lobato, Ilcioni Gomes Pereira, José Roberto<br />

Tuma da Ponte, Lúcio Izan Puget Botelho, Maria<br />

Cristina Vilhena C. Mendonça Rocha, Maria<br />

da Conceição Ferreira Pinto, Robson Tadachi<br />

Moraes <strong>de</strong> Oliveira, Rosa Maria Mesquita<br />

Milhomen da Costa, Rui Sérgio Monteiro <strong>de</strong><br />

Barros, Teiichi Oikawa, Tereza Cristina <strong>de</strong> Brito<br />

Azevedo, Wilson Niwa.<br />

Jornal <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

Jornalista responsável: Ailson Braga<br />

Textos e reportagens: Ailson Braga<br />

Projeto gráfico e editoração eletrônica:<br />

Soraya Pessoa e Hamilton Braga<br />

<strong>Conselho</strong> editorial: Maria <strong>de</strong> Fátima<br />

Guimarães Couceiro, Aristoteles Guilliod <strong>de</strong><br />

Miranda e Amaury Braga Dantas<br />

Publicida<strong>de</strong>: 3204-4016; Periodicida<strong>de</strong>:<br />

bimestral; Tiragem: 7.000 exemplares;<br />

Distribuição: gratuita<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> 2


ENTREVISTA<br />

Ailson Braga<br />

Joaquim Ramos<br />

“Medicina não é profissão<br />

<strong>de</strong> fins, mas <strong>de</strong> meios”<br />

Responsável pela Comissão <strong>de</strong> Divulgação <strong>de</strong> Assuntos Médicos<br />

do Cremepa, Joaquim Ramos avalia os impactos da atualização<br />

do Código <strong>de</strong> Ética Médica na publicida<strong>de</strong> feita por médicos<br />

•Explique o que é a Codame e<br />

como ela funciona.<br />

rA Codame é a Comissão <strong>de</strong><br />

Divulgação <strong>de</strong> Assuntos Médicos e<br />

é responsável pela avaliação, sob o<br />

ponto <strong>de</strong> vista ético, da publicida<strong>de</strong>,<br />

e da publicação <strong>de</strong> assuntos médicos.<br />

É composta por seis membros<br />

(conselheiros) três efetivos e três<br />

suplentes.<br />

As atribuições da Codame são:<br />

a emissão <strong>de</strong> pareceres a consultas<br />

feitas ao <strong>CRM</strong> a respeito <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

médica; convocação <strong>de</strong><br />

médicos e pessoas jurídicas para<br />

prestar esclarecimentos quando observado<br />

algum <strong>de</strong>scumprimentos<br />

às normas que regem a publicida<strong>de</strong><br />

médica; observar anúncios divulgados<br />

em qualquer mídia relativa<br />

a assunto médico e adotar as medidas<br />

cabíveis sempre que observada<br />

<strong>de</strong>sobediência às normas emanadas<br />

pelo CFM; propor instauração <strong>de</strong><br />

sindicância nos casos que fique caracterizada<br />

infração ao Código <strong>de</strong><br />

Ética Médica.<br />

•Com a versão atualizada do<br />

CEM, quais foram as principais<br />

mudanças no que se refere à propaganda<br />

feita por médicos<br />

Alguns artigos do atual CEM<br />

sofreram alterações na redação do<br />

artigo com inclusão <strong>de</strong> algumas situações<br />

como, por exemplo, o artigo<br />

115 em que houve acréscimo, sendo<br />

necessário agora também a comprovação<br />

e o registro no <strong>CRM</strong> da área<br />

<strong>de</strong> atuação, assim como das especialida<strong>de</strong>s<br />

médicas.<br />

Houve também o acréscimo <strong>de</strong><br />

um artigo referente à publicida<strong>de</strong>,<br />

artigo 118 que torna obrigatória a<br />

inclusão em anúncios médicos <strong>de</strong><br />

qualquer or<strong>de</strong>m o número <strong>de</strong> inscrição<br />

no <strong>CRM</strong>, assim como também<br />

obriga em anúncios <strong>de</strong> estabelecimentos,<br />

que conste o número <strong>de</strong> inscrição<br />

no <strong>CRM</strong> do diretor técnico.<br />

•Quais as principais <strong>de</strong>mandas<br />

no <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> em relação à<br />

propaganda médica<br />

Anúncios <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s sem<br />

a <strong>de</strong>vida comprovação <strong>de</strong> que o médico<br />

a possui e falta <strong>de</strong> registro <strong>de</strong>ssa<br />

especialida<strong>de</strong> no <strong>CRM</strong>. Anúncios<br />

<strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s não reconhecidas<br />

pelo CFM e AMB.<br />

•Como a Codame vê o entendimento<br />

crescente, por parte do<br />

judiciário, da medicina como ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fins e não <strong>de</strong> meios<br />

Outro gran<strong>de</strong> problema verificado<br />

hoje na propaganda médica<br />

é a promessa <strong>de</strong> resultados, mesmo<br />

que implícita. O médico <strong>de</strong>ve<br />

ter especial atenção com este<br />

fato, pois já há uma tendência do<br />

judiciário em enten<strong>de</strong>r a medicina<br />

como uma profissão <strong>de</strong> fins e não<br />

<strong>de</strong> meios. Este entendimento trará<br />

prejuízos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> monta para a<br />

classe médica.<br />

•Fale sobre outros temas relativos<br />

ao novo CEM e à propaganda<br />

médica que são importantes.<br />

No capítulo IX no atual CEM,<br />

referente ao sigilo médico, no artigo<br />

75, fica proibida a referência<br />

a casos clínicos i<strong>de</strong>ntificáveis, a<br />

exibição <strong>de</strong> pacientes ou <strong>de</strong> seus retratos<br />

em anúncios profissionais ou<br />

na divulgação <strong>de</strong> assuntos médicos,<br />

em qualquer meio <strong>de</strong> comunicação,<br />

mesmo com a autorização do paciente.<br />

O artigo 71 veda o oferecimento<br />

por parte do médico <strong>de</strong> seus serviços<br />

profissionais como prêmio,<br />

qualquer que seja a natureza <strong>de</strong>ste<br />

serviço.<br />

É importante a inclusão do artigo<br />

72 que veda ao médico qualquer<br />

vínculo com empresas que anunciem<br />

ou comercializem planos <strong>de</strong><br />

financiamento, cartões <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos<br />

ou consórcios para procedimentos<br />

médicos.<br />

•Quais os planos da Codame<br />

Elaboração <strong>de</strong> uma nova edição<br />

do Manual <strong>de</strong> Normas <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong><br />

Médica, já aplicando as modificações<br />

previstas no atual Código <strong>de</strong><br />

Ética Médica; organização <strong>de</strong> eventos,<br />

visando maior divulgação e conhecimento<br />

do assunto. Trabalho<br />

junto às Comissões <strong>de</strong> Ética Medida<br />

e Câmaras Técnicas para alertar<br />

os membros da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<br />

cumprir as normas do CFM.<br />

Anuncie no Jornal <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

Temos uma tabela <strong>de</strong> preços que cabe<br />

em qualquer orçamento. Consulte-nos.<br />

Informações com Cirlene 3204-4016 ou pelo e-mail adm@cremepa.org.br<br />

3<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>


coluna do cfm<br />

Sobre a saú<strong>de</strong> do médico<br />

Dr. Antonio Gonçalves Pinheiro*<br />

C<br />

biopsicossocial<br />

onceituado está pela<br />

OMS que saú<strong>de</strong> é o<br />

ponto <strong>de</strong> equilíbrio<br />

necessário<br />

ao organismo<br />

para o exercício temporal da vida em<br />

sua plenitu<strong>de</strong>, e claro, aí se incluem<br />

<strong>de</strong>ntro dos nossos limites individuais<br />

outros conceitos sobre felicida<strong>de</strong>, satisfação<br />

e po<strong>de</strong>r. Todos estamos eternamente<br />

(enquanto dure, como dizia<br />

o poeta) à procura do Nirvana terreno:<br />

Saú<strong>de</strong>, Paz, Equilíbrio, Beleza,<br />

Fartura etc (e cada vez mais etc). Isto<br />

é o que nos move neste mundo cheio<br />

<strong>de</strong> contradições - Acreditar que o<br />

amanhã seja melhor para nós e para<br />

os que amamos, no olhar mais abrangente<br />

do amar.<br />

Tudo isto tem muito a ver com<br />

a profissão que nós médicos escolhemos,<br />

pois a nós cabe a busca incessante<br />

da saú<strong>de</strong>: Prevenção, Diagnóstico,<br />

Terapêutica e, se possível, a<br />

Cura. Claro que outras corporações<br />

da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> também transitam,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas competências, neste<br />

trabalho em prol do mesmo i<strong>de</strong>al,<br />

mas é inegável que a cobrança maior<br />

é ao médico, seja qual for sua especialida<strong>de</strong><br />

ou área <strong>de</strong> atuação. Ele<br />

será sempre o centro das <strong>de</strong>cisões e,<br />

portanto, o alvo nos momentos <strong>de</strong><br />

conflito.<br />

O <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina,<br />

em seu planejamento estratégico<br />

pautou para um momento futuro<br />

próximo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um<br />

programa que possa abordar a saú<strong>de</strong><br />

do médico, em vista da recente<br />

constatação em pesquisa própria já<br />

publicada, que o médico, apesar <strong>de</strong><br />

seu conhecimento, treinamento e habilida<strong>de</strong><br />

no campo da saú<strong>de</strong>, pa<strong>de</strong>ce<br />

<strong>de</strong> males <strong>de</strong>vastadores e evitáveis,<br />

alguns <strong>de</strong>les mercê da <strong>de</strong>sgastante<br />

ativida<strong>de</strong> específica profissional.<br />

Além do constante envolvimento<br />

com sentimentos limítrofes como<br />

a dor e a perda há todo um sistema<br />

burocrático paralisante que por vezes<br />

nos transmite um quê <strong>de</strong> impotência<br />

e incompreensão. Some-se a isto os<br />

salários baixos, cargas horárias <strong>de</strong>sgastantes,<br />

procedimentos mal remunerados<br />

e más condições <strong>de</strong> trabalho<br />

e termos um médico constantemente<br />

pressionado e sem expectativas <strong>de</strong><br />

futuro.<br />

Mais recentemente um viés belicoso<br />

nos confronta com nossos pacientes<br />

– as reclamações judiciais,<br />

seja por dano físico ou moral aumentam<br />

em ocorrência e modificam sobremaneira<br />

a secular e básica relação<br />

médico paciente. E aqui é bom ficar<br />

claro que em caso <strong>de</strong> infração ética<br />

ou técnica comprovada faz-se necessário<br />

a competente apuração.<br />

Tudo isto e mais os problemas<br />

inerentes ao dia a dia nos aproximaram<br />

perigosamente da precocida<strong>de</strong><br />

das doenças crônico <strong>de</strong>generativas<br />

e <strong>de</strong> outra alterações orgânicas. Os<br />

médicos hoje adoecem mais, cuidam<br />

pior da sua saú<strong>de</strong> e infelizmente em<br />

alguns casos enveredam por caminhos<br />

sem volta.<br />

Certamente é uma honra ser médico,<br />

há recompensas imateriais importantes<br />

e <strong>de</strong> certo modo po<strong>de</strong>mos<br />

dispor <strong>de</strong> bens e valores materiais<br />

durante nossas carreiras, mas já temos<br />

também como certo <strong>de</strong> que hoje<br />

é mais difícil exercer a medicina do<br />

que já foi ontem, e que pressões <strong>de</strong>ste<br />

conjunto da piora diminuiu nossa saú<strong>de</strong><br />

e nos alerta para um amanhã que<br />

po<strong>de</strong>rá ser sombrio, tanto individualmente<br />

como coletivamente. Depen<strong>de</strong><br />

em parte da efetiva participação <strong>de</strong><br />

todos para uma luta coesa e sem censuras<br />

políticas que nos permita analisar<br />

tudo o que está acontecendo e o<br />

que ainda po<strong>de</strong>rá vir a acontecer.<br />

*Conselheiro no <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Medicina-Pará<br />

RESOLUÇÃO CFM n° 1.939/2010<br />

Publicada no D.O.U. <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2010, seção I, p. 75)<br />

Proíbe a participação do médico em<br />

promoções relacionadas com o fornecimento<br />

<strong>de</strong> cupons, cartões <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos<br />

e <strong>de</strong>mais documentos previstos nesta<br />

resolução para a aquisição <strong>de</strong> medicamentos,<br />

e dá outras providências.<br />

O CONSELHO FEDERAL DE ME-<br />

DICINA, no uso das atribuições conferidas<br />

pela Lei n° 3.268, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> setembro<br />

<strong>de</strong> 1957, regulamentada pelo Decreto n°<br />

44.045, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1958, respectiva<br />

e posteriormente alterados pela Lei nº<br />

11.000, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2004, e Decreto<br />

nº 6.821, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2009, e<br />

CONSIDERANDO o disposto contido<br />

no art. 2º e nas atribuições constantes<br />

do art. 15 da Lei nº 3.268/57;<br />

CONSIDERANDO a natureza jurídica<br />

<strong>de</strong> direito público da instituição <strong>Conselho</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina, bem como o<br />

munus do qual é dotada;<br />

CONSIDERANDO que a relação médico-paciente<br />

é o alicerce fundamental do<br />

exercício da Medicina, <strong>de</strong>vendo ocorrer<br />

<strong>de</strong> forma autônoma, sem condicionantes<br />

estranhas à mesma;<br />

CONSIDERANDO que a Medicina é<br />

uma profissão a serviço da saú<strong>de</strong> do ser humano<br />

e da coletivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser exercida<br />

sem discriminação <strong>de</strong> qualquer natureza;<br />

CONSIDERANDO que o médico<br />

não po<strong>de</strong>, em qualquer circunstância ou<br />

sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberda<strong>de</strong><br />

profissional, <strong>de</strong>vendo evitar que<br />

quaisquer restrições ou imposições possam<br />

prejudicar a eficácia e correção <strong>de</strong> seu<br />

trabalho;<br />

CONSIDERANDO que a Medicina não<br />

po<strong>de</strong>, em qualquer circunstância ou <strong>de</strong> qualquer<br />

forma, ser exercida como comércio;<br />

CONSIDERANDO que o trabalho do<br />

médico não po<strong>de</strong> ser explorado por terceiros<br />

com objetivos <strong>de</strong> lucro, finalida<strong>de</strong><br />

política ou religiosa;<br />

CONSIDERANDO que é vedado ao<br />

médico exercer a profissão com interação<br />

ou <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> farmácia, laboratório<br />

farmacêutico, ótica ou qualquer organização<br />

<strong>de</strong>stinada à fabricação, manipulação<br />

ou comercialização <strong>de</strong> produto <strong>de</strong> prescrição<br />

médica <strong>de</strong> qualquer natureza;<br />

CONSIDERANDO que é vedado ao<br />

médico obter vantagem pela comercialização<br />

<strong>de</strong> medicamentos, órteses ou próteses<br />

cuja compra <strong>de</strong>corra da influência direta<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> profissional;<br />

CONSIDERANDO que a prática da<br />

promoção relacionada com o fornecimento<br />

<strong>de</strong> cupons ou cartões <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos para<br />

a aquisição <strong>de</strong> medicamentos baseia-se na<br />

constituição <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> dados com informações<br />

clínicas e a consequente estratificação<br />

e qualificação <strong>de</strong> usuários saudáveis<br />

e diagnosticados <strong>de</strong> acordo com o risco;<br />

CONSIDERANDO que a utilização<br />

<strong>de</strong>ssa metodologia caracteriza-se como<br />

prática cujos objetivos são eminentemente<br />

comerciais;<br />

CONSIDERANDO que o médico, ao<br />

se inserir como peça indispensável para<br />

esse tipo <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> vendas da indústria<br />

farmacêutica, exerce a Medicina como<br />

comércio, atuando em interação com o laboratório<br />

farmacêutico;<br />

CONSIDERANDO que ao fornecer<br />

o cupom ou o cartão para <strong>de</strong>scontos, a<strong>de</strong>rindo<br />

às regras da promoção que envolve<br />

a transmissão <strong>de</strong> dados, o médico praticamente<br />

revela o diagnóstico na medida em<br />

que possibilita seu conhecimento por inferência<br />

a partir da prescrição, o que fere o<br />

sigilo profissional;<br />

CONSIDERANDO o disposto no art.<br />

16, do Decreto-Lei nº 20.931/32, alíneas<br />

c, g e h;<br />

CONSIDERANDO que a prática comercial<br />

citada induz ao consumo <strong>de</strong> medicamentos<br />

e a sistematização sem qualquer<br />

critério na utilização <strong>de</strong> medicamentos <strong>de</strong><br />

uso contínuo, visto que, igualmente, há a<br />

indução do paciente a pensar sobre a <strong>de</strong>snecessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um controle médico periódico<br />

da doença que o acomete;<br />

CONSIDERANDO, finalmente, o <strong>de</strong>cidido<br />

na reunião plenária realizada em 14<br />

<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010,’’<br />

RESOLVE<br />

Art. 1º É vedado ao médico participar,<br />

direta ou indiretamente, <strong>de</strong> qualquer<br />

espécie <strong>de</strong> promoção relacionada com o<br />

fornecimento <strong>de</strong> cupons ou cartões <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos<br />

aos pacientes, para a aquisição <strong>de</strong><br />

medicamentos.<br />

Parágrafo único. Inclui-se nessa vedação<br />

o preenchimento <strong>de</strong> qualquer espécie<br />

<strong>de</strong> cadastro, formulário, ficha, cartão<br />

<strong>de</strong> informações ou documentos assemelhados,<br />

em função das promoções mencionadas<br />

no caput <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Art. 2º Esta resolução entrará em vigor<br />

na data <strong>de</strong> sua publicação, revogadas<br />

as disposições em contrário.<br />

Brasília-DF, 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2010<br />

ROBERTO LUIZ D’AVILA<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

HENRIQUE BATISTA E SILVA<br />

Secretário-geral<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> 4


memória<br />

Anna Turan Machado<br />

A primeira paraense<br />

formada em medicina<br />

Aristoteles Guilliod <strong>de</strong> Miranda*<br />

A<br />

té 1879, as mulheres<br />

não podiam frequentar<br />

nenhum curso superior<br />

no Brasil, mas podiam<br />

revalidar seus diplomas<br />

caso tivessem<br />

estudado em países que aceitassem<br />

suas matrículas. Somente com a Reforma<br />

Leôncio <strong>de</strong> Carvalho, <strong>de</strong> abril<br />

daquele ano, é que as portas das faculda<strong>de</strong>s<br />

se abririam para elas.<br />

Deste modo, as que <strong>de</strong>sejavam<br />

estudar medicina tinham que ir para<br />

o exterior. E um dos <strong>de</strong>stinos mais<br />

frequente eram os Estados Unidos,<br />

on<strong>de</strong> havia uma faculda<strong>de</strong> para mulheres,<br />

o New York Medical College<br />

and Hospital for Women, <strong>de</strong>stino<br />

da carioca Maria Augusta Generoso<br />

Estrela, a primeira brasileira formada<br />

em medicina, graças a quem, o<br />

imperador D.Pedro II apoiou a Reforma<br />

que possibilitou a revalidação<br />

dos diplomas. Para os Estados Unidos<br />

seguiria, também, a paraense<br />

Anna Turan Machado.<br />

Nascida em Igarapé-Miri, município<br />

distante <strong>de</strong> Belém cerca <strong>de</strong><br />

80 quilômetros, no dia 28 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>de</strong> 1862, Anna era filha do coronel<br />

Antonio Lopes Machado, dono<br />

<strong>de</strong> engenho, e <strong>de</strong> Andrea Tourão.<br />

Além <strong>de</strong> Anna o casal teve mais<br />

dois filhos: Maria Tourão Machado<br />

e Antonio Lopes Machado Junior, a<br />

quem o pai <strong>de</strong>sejaria fosse médico,<br />

embora ele preferisse a vida boêmia.<br />

Ana realizaria o <strong>de</strong>sejo do pai.<br />

Em 1882, ela parte para os Estados<br />

Unidos, a fim <strong>de</strong> estudar medicina.<br />

Cinco anos <strong>de</strong>pois retornaria<br />

com o diploma <strong>de</strong> médica e uma<br />

medalha <strong>de</strong> ouro. A festa <strong>de</strong> recepção<br />

pela volta à Igarapé-Miri teve<br />

que ser interrompida para que pu<strong>de</strong>sse<br />

assistir ao parto <strong>de</strong> uma das<br />

escravas da casa.<br />

Anna Turan Machado formouse<br />

em 19 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1887, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />

a tese Ovariotomias, em uma<br />

turma <strong>de</strong> 10 mulheres, pela mesma<br />

faculda<strong>de</strong> em que se formou Maria<br />

Augusta Estrela. Por seu brilhante<br />

<strong>de</strong>sempenho na faculda<strong>de</strong> recebeu<br />

uma medalha <strong>de</strong> honra ao mérito, <strong>de</strong><br />

ouro, que seria afixada ao diploma.<br />

Pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revalidar o<br />

diploma, Anna parte para Salvador,<br />

on<strong>de</strong> teria que cursar mais dois anos<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Bahia.<br />

Naquela cida<strong>de</strong> conviveria com Rita<br />

Lobato Velho Lopes, a primeira mulher<br />

formada em medicina no Brasil,<br />

que a menciona nos agra<strong>de</strong>cimentos<br />

em sua tese <strong>de</strong> doutoramento. Na<br />

Bahia conheceria Emílio Ambrósio<br />

Marinho Falcão, estudante <strong>de</strong><br />

Odontologia com quem se casaria<br />

em 1890.<br />

A morte do pai, no engenho do<br />

Pará, interrompe os estudos <strong>de</strong> Anna,<br />

que assim volta para Igarapé-Miri,<br />

somente concluindo sua revalidação<br />

em Salvador três anos <strong>de</strong>pois, já<br />

casada e grávida da primeira <strong>de</strong> suas<br />

cinco filhas.<br />

Quando Anna retorna, em 1892,<br />

com seu diploma reconhecido e para<br />

<strong>trabalha</strong>r, Belém está na sua melhor<br />

fase, em pleno ciclo da borracha,<br />

embora vivendo uma fase crítica <strong>de</strong><br />

sua política marcada por gran<strong>de</strong> violência.<br />

Ela prossegue <strong>trabalha</strong>ndo<br />

enquanto suas filhas vão nascendo.<br />

O marido, <strong>de</strong>scontente com o rumo<br />

dos acontecimentos, arrenda o seringal<br />

Aquidabam, uma imensa área às<br />

margens do rio Acre, distante <strong>de</strong> Rio<br />

Branco dois dias <strong>de</strong> viagem pelo rio,<br />

naquele então território recém adquirido<br />

da Bolívia.<br />

Quase um ano <strong>de</strong>pois, quando<br />

já era dado como <strong>de</strong>saparecido ou<br />

morto, Emílio retorna a Belém, em<br />

Ana Turan nasceu em Igarapé-Miri,<br />

em 28 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1862<br />

Anna Turan foi a<br />

segunda mulher<br />

a se formar em<br />

medicina no Brasil<br />

1909. E Anna <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> mudar com toda<br />

a família para o seringal. Seriam<br />

26 dias <strong>de</strong> viagem no vapor Índio<br />

do Brasil. O comandante teria que<br />

mudar o curso habitual a fim <strong>de</strong> que<br />

a família pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sembarcar no<br />

pequeno porto do Aquidabam. Ali,<br />

o primeiro trabalho da Dra. Anna seria<br />

cuidar das duas empregadas que<br />

haviam adoecido, e, por isso, lavar<br />

toda a roupa suja acumulada durante<br />

a viagem.<br />

No seringal <strong>de</strong> pouco valeriam o<br />

diploma americano e a medalha <strong>de</strong><br />

ouro no combate às febres endêmicas.<br />

O importante seriam a coragem<br />

e a <strong>de</strong>terminação da médica, além do<br />

conhecimento técnico, fabricando<br />

seus próprios medicamentos a partir<br />

dos recursos da natureza. No seio da<br />

floresta, Anna seria médica, enfermeira<br />

e parteira; só não paciente por<br />

sua saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> ferro.<br />

Abrigados inicialmente em toscos<br />

casebres <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, logo Emílio<br />

construiria um sobrado para a<br />

família, com o armazém embaixo e<br />

em cima o escritório, a farmácia e o<br />

quarto das filhas. Ali viveriam até<br />

1921, quando as filhas, já casadas e<br />

residindo em Xapuri, a seis horas <strong>de</strong><br />

barco do seringal, fariam com que<br />

Anna e o marido mudassem para<br />

aquela cida<strong>de</strong>.<br />

Em Xapuri permanecem até<br />

1925, quando novamente seguindo<br />

o caminho das filhas, cujos maridos<br />

haviam <strong>de</strong>cidido buscar progressão<br />

em suas carreiras <strong>de</strong> advogado,<br />

partem para São Paulo. Em Santos,<br />

aon<strong>de</strong> viria a residir, a Dra. Anna<br />

realizaria naquele ano seu último<br />

trabalho como médica – a assistência<br />

a um parto. Contava então com<br />

63 anos.<br />

Durante a Revolução Constitucionalista<br />

<strong>de</strong> 1932, Anna <strong>de</strong>monstraria<br />

seu patriotismo e <strong>de</strong>sprendimento<br />

ao doar sua aliança e sua medalha<br />

<strong>de</strong> honra ao mérito para a causa da<br />

Revolução. No diploma ficaria apenas<br />

o lacre vermelho. A Dra. Anna<br />

Turan Machado Falcão faleceu em<br />

São Paulo em 1940. No Acre, on<strong>de</strong><br />

exerceu sua profissão, sendo conhecida<br />

por sua bonda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação<br />

às ativida<strong>de</strong>s médicas, uma escola<br />

perpetua o nome <strong>de</strong>sta pioneira da<br />

medicina brasileira, a segunda brasileira<br />

formada em medicina.<br />

* Escritor e conselheiro do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

5<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>


<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> discute Ciên<br />

Programa <strong>de</strong> Educação Médica<br />

<strong>Continuada</strong> promove a atualização<br />

científica <strong>de</strong> profissionais e<br />

acadêmicos <strong>de</strong> medicina<br />

Fotos: Márcio Faria<br />

Oferecer a médicos<br />

e acadêmicos <strong>de</strong><br />

medicina atualização<br />

científica<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

ponta, abordando<br />

ainda temas éticos relacionados à<br />

prática da medicina, tendo em vista<br />

a realida<strong>de</strong> da região. Este é o principal<br />

objetivo do Programa <strong>de</strong> Educação<br />

<strong>Continuada</strong> oferecido pelo<br />

<strong>Conselho</strong> <strong>Regional</strong> <strong>de</strong> Medicina do<br />

Pará (<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>). Em continuida<strong>de</strong><br />

ao programa, nos dias 19 e 20 <strong>de</strong><br />

maio <strong>de</strong> 2010, o Cremepa promoveu<br />

o módulo “Pneumologia: Atualização<br />

e Prevenção”, no auditório<br />

do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, sob a coor<strong>de</strong>nação das<br />

conselheiras Rosângela Monteiro,<br />

coor<strong>de</strong>nadora das Câmaras Técnicas<br />

do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, e Maria do Carmo<br />

Lobato, coor<strong>de</strong>nadora das Comissões<br />

<strong>de</strong> Ética Médica do Cremepa.<br />

O evento contou com a participação<br />

da Socieda<strong>de</strong> Paraense <strong>de</strong> Pneumologia<br />

e tratou <strong>de</strong> temas como<br />

“Tuberculose: novo tratamento”;<br />

“Asma: manejo na atenção primária”,<br />

“Doença Pulmonar Obstrutiva<br />

Crônica (DPOC), diagnóstico, classificação<br />

e manejo no controle e sua<br />

exacerbação clínica”; e “Tabagismo:<br />

abordagem e tratamento”. De<br />

acordo com Maria do Carmo Lobato,<br />

o Programa <strong>de</strong> Educação Médica<br />

<strong>Continuada</strong> segue uma diretriz<br />

do <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina<br />

que estimula os <strong>CRM</strong>s a elaborarem<br />

seus programas e a <strong>de</strong>senvolver<br />

suas ativida<strong>de</strong>s relacionadas à<br />

educação continuada. “A presi<strong>de</strong>nte<br />

do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, Fátima Couceiro, pediu<br />

que as ativida<strong>de</strong>s fossem feitas<br />

mensalmente e que recebêssemos<br />

tanto médicos quanto estudantes <strong>de</strong><br />

medicina”, explica Maria do Carmo<br />

Lobato. Ela conta que houve ainda<br />

módulos nos meses <strong>de</strong> março e abril<br />

<strong>de</strong>ste ano. “Ao longo do ano outros<br />

módulos serão oferecidos, seguindo<br />

os eixos temáticos prioritários<br />

elencados pelo <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Medicina, entre os quais se <strong>de</strong>staca<br />

o tema Educação e Ética”, observa<br />

a conselheira.<br />

De acordo com Maria do Carmo<br />

Lobato, a i<strong>de</strong>ia é fazer uma atualização<br />

científica e dar um enfoque<br />

ético nas discussões e <strong>de</strong>bates dos<br />

módulos ministrados tendo sempre<br />

as situações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como foco.<br />

“Tanto que assuntos como a <strong>de</strong>ngue<br />

e geriatria serão os próximos na<br />

pauta do programa”, diz. Os temas<br />

dos módulos, segundo a conselheira,<br />

são escolhidos tanto a partir <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mandas e sugestões da própria categoria<br />

médica como também pela<br />

observação do aumento das patologias.<br />

“Nós estamos sempre conversando<br />

com os presi<strong>de</strong>ntes das socieda<strong>de</strong>s<br />

especializadas, porque esse<br />

programa é feito em parceria com<br />

elas”, informa Maria do Carmo Lobato.<br />

Os módulos sempre ocorrem<br />

no meio da semana – preferencialmente<br />

às quartas e quintas-feiras -<br />

no horário noturno. Ela informa que<br />

são convidados profissionais do Pará<br />

ou <strong>de</strong> outros estados mas sempre<br />

em busca <strong>de</strong> pessoas que associem a<br />

prática científica com a parte prática<br />

no exercício daquela especialida<strong>de</strong>.<br />

“É muito importante pra quem já está<br />

formado porque nós nos informamos<br />

sobre o que tem <strong>de</strong> mais atual<br />

naquela área como também para os<br />

alunos <strong>de</strong> medicina porque estão<br />

ouvindo profissionais experientes<br />

falarem da sua prática. Teoria e<br />

prática voltados para a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nossa região.<br />

O módulo “Pneumologia: Atualização<br />

e Prevenção”, contou com<br />

as seguintes palestras dos médicos<br />

NinaRosa Calzavara, Cleonardo<br />

Augusto da Silva, Fátima Houat,<br />

José Antônio Cor<strong>de</strong>ro e Raimunda<br />

Dulcelina Araújo <strong>de</strong> Carvalho<br />

Maria do Carmo Lobato ratifica<br />

que o <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, ao longo <strong>de</strong> 2010,<br />

ainda realizará uma série <strong>de</strong> cursos<br />

O programa <strong>de</strong> Educação <strong>Continuada</strong><br />

é voltado para médicos e acadêmicos<br />

As ativida<strong>de</strong>s são <strong>de</strong>senvolvidas na se<strong>de</strong> do<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> e têm obtido boa participação<br />

“a fim <strong>de</strong> contribuir com a formação<br />

<strong>de</strong> novos profissionais <strong>de</strong> acordo<br />

com os eixos temáticos prioritários<br />

elencados pelo <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Medicina, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>staca o tema<br />

Educação e Ética”.<br />

A conselheira lembra que a educação<br />

médica continuada <strong>de</strong>ve ser<br />

reforçada por meio <strong>de</strong> programas<br />

que <strong>de</strong>diquem um cuidado maior aos<br />

médicos não especialistas. “A agenda<br />

<strong>de</strong>ve incluir a clínica médica, pediatria,<br />

ginecologia, obstetrícia, urgência-emergência,<br />

bioética e outras<br />

especialida<strong>de</strong>s, temas polêmicos presentes<br />

na prática médica”, observa.<br />

Mulher e saú<strong>de</strong> - Nos dias 10<br />

e 11 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010 o <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>,<br />

sob a coor<strong>de</strong>nação das Câmaras<br />

Técnicas e em parceria com a Associação<br />

Paraense <strong>de</strong> Ginecologia<br />

e Obstetrícia, promoveu mais uma<br />

etapa do programa <strong>de</strong> Educação<br />

Médica <strong>Continuada</strong>, cujo tema foi<br />

“Mulher, Ética e Saú<strong>de</strong>”. Com um<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> 6


cia e Ética<br />

público-alvo <strong>de</strong> médicos ginecologistas,<br />

médicos do PSF, médicos resi<strong>de</strong>ntes<br />

e estudantes <strong>de</strong> medicina, o<br />

evento contou com ampla participação<br />

da categoria médica bem como<br />

dos acadêmicos dos cursos <strong>de</strong> Medicina<br />

da Uepa, UF<strong>PA</strong> e Cesupa.<br />

A programação abordou temas<br />

polêmicos como “Aspectos éticos e<br />

legais do aborto” e, da mesma forma,<br />

ampliou o conhecimento dos<br />

participantes sobre assuntos como<br />

pré-natal: DHEG, eclâmpsia e diabetes<br />

mellitus - prevenção e diagnóstico<br />

precoce; patologia cervical<br />

e prevenção do câncer <strong>de</strong> mama.<br />

Terminalida<strong>de</strong> - O seminário<br />

“A terminalida<strong>de</strong> da vida e transplante<br />

<strong>de</strong> órgãos”, parte do Programa<br />

<strong>de</strong> Educação Médica <strong>Continuada</strong><br />

do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, integrou a programação<br />

da Semana da Saú<strong>de</strong> 2010. Realizado<br />

nos dias 7 e 8 <strong>de</strong> abril, a partir<br />

das 19h30 no auditório do <strong>CRM</strong>.<br />

O evento se iniciou com a palestra<br />

da médica Rachel Duarte Moritz,<br />

professora da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC) e conselheira<br />

efetiva do <strong>CRM</strong> <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

Ela falou sobre a importância<br />

dos cuidados paliativos em casos <strong>de</strong><br />

pacientes com doenças terminais ou<br />

impossibilitados <strong>de</strong> receber tratamento<br />

terapêutico. Logo em seguida,<br />

o promotor <strong>de</strong> Justiça do Pará, José<br />

Edivaldo Pereira Sales abordou os<br />

aspectos éticos e jurídicos da medicina<br />

no processo <strong>de</strong> regulamentação<br />

da eutanásia e ortotanásia. “A falta<br />

<strong>de</strong> regulamentação dificulta as informações<br />

precisas sobre o assunto, em<br />

virtu<strong>de</strong> disso a Justiça se posiciona<br />

com cautela diante <strong>de</strong> mortes envolvendo<br />

a terminalida<strong>de</strong>”, argumentou<br />

José Edivaldo Pereira Sales.<br />

O módulo sobre Pneumologia contou com<br />

a palestra da médica NinaRosa Calzavara<br />

Captação <strong>de</strong> órgãos - No segundo<br />

dia do seminário as palestras<br />

abordaram os temas “Morte cerebral”<br />

“Situação do Pará no processo<br />

<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> órgãos e <strong>de</strong> transplante”<br />

e “Processo <strong>de</strong> Doação e<br />

Transplante - o que po<strong>de</strong>mos fazer<br />

para melhorar”, com a presença<br />

dos médicos José Takao Yamaki,<br />

neurocirurgião do Hospital dos Servidores<br />

do Pará, Paulo Cartágenes,<br />

coor<strong>de</strong>nador da Central <strong>de</strong> Notificação,<br />

Captação e Distribuição <strong>de</strong><br />

Órgãos (CNCDO - Seção Pará) e<br />

Joel <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, coor<strong>de</strong>nador do<br />

CNCDO <strong>de</strong> Santa Catarina, estado<br />

que possui o melhor índice <strong>de</strong> captação<br />

<strong>de</strong> órgãos do país.<br />

O seminário foi apresentado<br />

com base nos baixos índices <strong>de</strong><br />

captação <strong>de</strong> órgãos computados na<br />

região Norte, principalmente no Pará.<br />

Segundo dados fornecidos pela<br />

CNCDO, em 2009 cerca <strong>de</strong> 1.711<br />

pessoas aguardaram na fila por um<br />

transplante. Paulo Cartágenes forneceu<br />

números preocupantes: “Até<br />

o fim do ano <strong>de</strong> 2009, quatro pessoas<br />

estavam à espera <strong>de</strong> um coração,<br />

938 esperavam córneas e 769, um<br />

rim. Neste mesmo ano foram feitos<br />

apenas 161 transplantes no Estado,<br />

25 <strong>de</strong> rins, 135 <strong>de</strong> córneas e um <strong>de</strong><br />

pele.”<br />

Conforme informou Paulo Cartágenes,<br />

embora tenha tido um aumento<br />

<strong>de</strong> 24% em relação a 2008, o<br />

índice <strong>de</strong> doação <strong>de</strong> órgãos ainda é<br />

pequeno para um Estado como o Pará.<br />

“É necessário que haja mais doação”,<br />

afirmou. Segundo ele, para tentar<br />

solucionar o problema, uma das<br />

principais discussões está em aumentar<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hospitais que <strong>de</strong>tecte<br />

os possíveis doadores, além <strong>de</strong><br />

se buscar as logísticas <strong>de</strong> capitação e<br />

transplante que estão sendo aplicadas<br />

em outras capitais e que po<strong>de</strong>riam<br />

ser aplicadas na nossa região. “Só a<br />

partir <strong>de</strong>stas e outras medidas é que a<br />

média <strong>de</strong> transplantes aumentaria em<br />

nosso estado”, opinou.<br />

O coor<strong>de</strong>nador do seminário,<br />

Wilson Niwa, avaliou a importância<br />

da realização do mesmo, principalmente<br />

para os médicos intensivistas<br />

e para os transplantadores: “São<br />

assuntos que, embora não sejam<br />

novida<strong>de</strong>s, ainda existe muito <strong>de</strong>sconhecimento,<br />

dúvidas e medo em<br />

relação a condutas a serem tomadas<br />

frente a um caso concreto <strong>de</strong> doente<br />

terminal ou em morte encefálica”.<br />

Para ele, o evento teve como principal<br />

objetivo “esclarecer dúvidas e<br />

divulgar aos médicos e estudantes a<br />

atual situação do transplante <strong>de</strong> órgão<br />

em nosso Estado”.<br />

Trabalhador - O problema da<br />

Perda Auditiva Induzida pelo Ruído<br />

(Pair) e a Saú<strong>de</strong> do Trabalhador<br />

foram os principais temas do seminário<br />

“Pair, Saú<strong>de</strong> do Trabalhador e<br />

Ética Médica”, ocorrido nos dias 14<br />

e 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2010, também no<br />

auditório do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>.<br />

O evento reuniu médicos do trabalho,<br />

otorrinolaringologistas, médicos<br />

peritos, estudantes <strong>de</strong> medicina<br />

e contou com vasta programação.<br />

Entre os temas abordados estavam<br />

as características clínicas e o diagnóstico<br />

diferencial, condutas diagnósticas<br />

e preventivas da Pair, papel<br />

dos testes objetivos: bera e otoemissões,<br />

avaliação clínica, prevenção e<br />

ação do médico do trabalho.<br />

Em seu primeiro dia, o seminário<br />

teve a participação do médico Jorge<br />

Leite, professor Adjunto da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Estado do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, membro da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Otorrinolaringologia-RJ, da Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Otorrinolaringologia<br />

e Cirurgia Cérvico Facial,<br />

Coor<strong>de</strong>nador da Câmara Técnica<br />

<strong>de</strong> Otorrinolaringologia do <strong>CRM</strong> do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, diretor <strong>de</strong> Relações<br />

Externas da Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Medicina do Trabalho (ABMT),<br />

além <strong>de</strong> ser perito judicial. Ele chamou<br />

a atenção do público para as diferenças<br />

entre o nexo causal e o nexo<br />

laboral. “Po<strong>de</strong>-se dizer que atribuir a<br />

‘ruídos’ a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> causar perda<br />

auditiva se tornou um erro crasso,<br />

atualmente inadmissível”, disse.<br />

As ativida<strong>de</strong>s foram finalizadas<br />

com a mesa redonda “Ética Médica<br />

e os Direitos do Trabalhador”,<br />

na qual foram expostas diferentes<br />

visões sobre o assunto. A visão do<br />

INSS ficou a cargo do Dr. Jorge<br />

Carvalho, a visão do Ministério do<br />

Trabalho, com a Dra. Célia Soares<br />

Koury, a visão da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

do Trabalho foi dada pelo Dr.<br />

Francisco Ferreira e a visão da Justiça<br />

do Trabalho pelo Dr. Francisco<br />

Milton Araújo Jr, juiz <strong>de</strong> Direito da<br />

Comarca <strong>de</strong> Marabá. Isso permitiu<br />

que o tema fosse amplamente discutido<br />

pelos diferente atores envolvidos<br />

e, sobretudo, levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

que a Pair é o agravo mais<br />

frequente à saú<strong>de</strong> dos <strong>trabalha</strong>dores,<br />

e está presente em diversos ramos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />

No site do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> (www.cremepa.org.br)<br />

é possível encontrar<br />

informações sobre estes e futuros<br />

eventos do programa <strong>de</strong> Educação<br />

Médica <strong>Continuada</strong>.<br />

7<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>


QUALIDADE DE VIDA<br />

Um homem e seu tempo<br />

O médico aposentado Alfredo Oliveira<br />

revela como a mistura <strong>de</strong> música,<br />

literatura e medicina o ajudaram a viver<br />

melhor e com mais felicida<strong>de</strong><br />

Conciliar as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> escritor, compositor<br />

e médico nunca<br />

foi uma dificulda<strong>de</strong><br />

para o médico aposentado<br />

Alfredo Oliveira, clínico<br />

geral. Pelo contrário. A ele sempre<br />

pareceu um exercício natural. “Des<strong>de</strong><br />

que me entendo por gente passei<br />

a gostar <strong>de</strong> música, <strong>de</strong> ler e <strong>de</strong> escrever.<br />

Com o tempo isso cresceu.<br />

Portanto, qualquer que fosse a profissão<br />

que viesse a escolher, iria partilhar<br />

o seu exercício com essas duas<br />

outras inclinações”, afirma Alfredo<br />

Oliveira. Ele ressalta que exercer<br />

ativida<strong>de</strong>s artísticas e medicina sem<br />

prejuízo <strong>de</strong> nenhuma das duas foi<br />

uma questão <strong>de</strong> organização do tempo.<br />

E <strong>de</strong>ve mesmo ter sido, já que<br />

sua produção literária é <strong>de</strong> 11 livros<br />

publicados e a musical é <strong>de</strong> 60 músicas<br />

gravadas. “Há momentos explícitos<br />

da mistura das ativida<strong>de</strong>s. Por<br />

exemplo: quando publiquei o livro<br />

‘A Pedra Ver<strong>de</strong>’, em 1986, sobre a<br />

passagem pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

e Cirurgia do Pará; e quando<br />

fiz o samba ‘Velha Faculda<strong>de</strong>’, gravado<br />

no Rio <strong>de</strong> Janeiro pelo Marco<br />

André”, conta.<br />

Para Alfredo Oliveira fica difícil<br />

dizer qual ativida<strong>de</strong> influenciou<br />

mais a outra. “Na verda<strong>de</strong> houve<br />

uma integração entre essas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Fica difícil dizer se antes <strong>de</strong> ser<br />

médico a literatura e a música me<br />

fizeram ser um médico melhor ou<br />

se a medicina me fez ser um artista<br />

melhor. Antes da medicina existiu a<br />

inclinação pela música e literatura é<br />

claro que isso ajudou a formar meu<br />

caráter e personalida<strong>de</strong> e passou a<br />

integrar também o meu pensamento<br />

médico. “É claro que o crescimento<br />

<strong>de</strong>ssas inclinações receberam influ-<br />

“a inclinação<br />

pela música<br />

e literatura<br />

ajudou a formar<br />

meu caráter e<br />

personalida<strong>de</strong>”<br />

ência da medicina”, observa.<br />

De acordo com ele, é difícil explicar<br />

a preferência pelo gênero<br />

memorialista. Ele diz que isso tem<br />

sido objeto <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> alguns críticos,<br />

mas que ele como autor prefere<br />

apenas acreditar que sempre<br />

teve vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> esmiuçar as coisas<br />

que aconteciam em torno <strong>de</strong>le, em<br />

seu tempo com sua geração. “Não é<br />

uma vocação para contar histórias <strong>de</strong><br />

cunho pessoal e sim para explicar o<br />

que aconteceu em torno <strong>de</strong>sse lado<br />

pessoal; não se trata <strong>de</strong> falar <strong>de</strong> mim,<br />

mas tentar enten<strong>de</strong>r as coisas que<br />

aconteceram ao meu redor ou antes<br />

<strong>de</strong> mim e que chegaram ao meu conhecimento.<br />

Uma espécie <strong>de</strong> avaliação<br />

do homem e seu tempo.<br />

Em sua opinião a influência da<br />

medicina sobre a vida é clara e avança<br />

tanto na forma como ele abordou<br />

a sua profissão, bem como na sua<br />

formação pessoal; na sua visão <strong>de</strong><br />

mundo. Para Alfredo Oliveira a medicina<br />

coloca o médico diretamente<br />

diante do sofrimento do paciente, aumentando<br />

o seu conhecimento do ser<br />

humano. “A medicina <strong>de</strong>snuda patologias<br />

sociais, permitindo ir além<br />

da <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> uma ética abstrata ou<br />

<strong>de</strong> conformação com simples atitu<strong>de</strong>s<br />

paliativas e <strong>de</strong> carida<strong>de</strong>. Permite<br />

igualmente a magnífica sensação <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r transformar a prática médica<br />

em resultados felizes para as pessoas”,<br />

opina.<br />

Ele ratifica essa importância da<br />

medicina como uma profissão que<br />

também é formadora <strong>de</strong> opiniões ao<br />

recordar sua entrada nos “porões da<br />

Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia do Pará”,<br />

na década <strong>de</strong> 1950. “Começava ali o<br />

meu aprendizado com os indigentes.<br />

Deixei <strong>de</strong> ser um mero revoltado<br />

contra a realida<strong>de</strong> social da miséria.<br />

Alfredo Oliveira uniu arte e medicina<br />

para construir sua visão <strong>de</strong> mundo<br />

Ganhei, sobretudo, a consciência <strong>de</strong><br />

que era preciso sair do discurso e<br />

buscar a luta pela mudança”, afirma<br />

Alfredo Oliveira ressalta que este<br />

ano a sua turma completa 50 anos <strong>de</strong><br />

formada. “Além <strong>de</strong> festejar o jubileu<br />

<strong>de</strong> ouro quero comemorar também o<br />

privilégio que me levou a ser médico<br />

neste país e, por tantos anos, receber<br />

lições que só o humanismo po<strong>de</strong><br />

dar”, diz.<br />

Outra recordação muito presente<br />

na vida <strong>de</strong> Alfredo Oliveira é a sua<br />

atuação junto ao <strong>CRM</strong> do Pará. Ele<br />

exerceu os cargos <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

e presi<strong>de</strong>nte do <strong>Conselho</strong>. Para ele,<br />

essa experiência o marcou <strong>de</strong> forma<br />

profunda, já que pô<strong>de</strong> observar <strong>de</strong><br />

perto as várias lutas que a categoria<br />

teve <strong>de</strong> enfrentar. “Inclusive aprendi<br />

a avaliar melhor o heroísmo <strong>de</strong> colegas<br />

que enfrentam condições precárias<br />

<strong>de</strong> trabalho, superam patrulhamentos<br />

in<strong>de</strong>vidos a fim <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong><br />

nossa profissão, não o ‘sacerdócio’<br />

que é cobrado pelos políticos <strong>de</strong>magogos,<br />

mas um dia-a-dia merecedor<br />

do reconhecimento da socieda<strong>de</strong>”,<br />

observa Alfredo Oliveira.<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> 8


espaço do conselheiro<br />

Desafios a serem vencidos<br />

Os obstáculos a<br />

uma assistência<br />

humanizada em<br />

saú<strong>de</strong> mental<br />

Benedito Paulo Bezerra*<br />

A<br />

política <strong>de</strong> assistência<br />

em saú<strong>de</strong> mental<br />

no Brasil, após duas<br />

décadas <strong>de</strong> transformações<br />

introduzidas<br />

pela criação e implantação do<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS),<br />

exige uma avaliação sistemática<br />

e ampla <strong>de</strong> sua implementação<br />

na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência construída<br />

a partir da reforma sanitária e da<br />

reforma psiquiátrica.<br />

O novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção à<br />

saú<strong>de</strong> mental preconizado pela<br />

Reforma Psiquiátrica foi elaborado<br />

no fervor das discussões e da<br />

necessida<strong>de</strong> imposta pela <strong>de</strong>manda<br />

enorme que se apresentava nos<br />

gran<strong>de</strong>s centros urbanos e da <strong>de</strong>manda<br />

que, lentamente, se tomava<br />

conhecimento, provinda da zona<br />

rural do Brasil, indicando problemas<br />

semelhantes aos que eram<br />

encontrados nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s.<br />

O Ministério da Saú<strong>de</strong> apontava<br />

em 2005 que pelo menos 12% da<br />

população brasileira <strong>de</strong>mandava<br />

atendimento em saú<strong>de</strong> mental,<br />

temporário ou sistemático.<br />

Com a constatação que a re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> assistência não está à altura<br />

das expectativas dos pacientes<br />

portadores <strong>de</strong> transtorno mental<br />

e familiares e ainda não oferece<br />

o tratamento mais a<strong>de</strong>quado para<br />

a recuperação e reinserção na<br />

socieda<strong>de</strong>, o que fazer daqui para<br />

frente Esta questão paradoxal<br />

que remete a avanços e limitações,<br />

esperanças e resistências, é fundamental<br />

para a compreensão do<br />

O governo <strong>de</strong> Nicolas Sarkozy (França)<br />

li<strong>de</strong>ra as mudanças na saú<strong>de</strong> mental<br />

quadro atual do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção<br />

vigente no tratamento dos pacientes.<br />

Por que esses avanços conceituais<br />

e jurídicos, colocados na Lei<br />

10.261 aprovada em 2001, têm sérios<br />

entraves Uma gran<strong>de</strong> tarefa é<br />

i<strong>de</strong>ntificar as razões da dicotomia<br />

que se criou entre as diretrizes do<br />

SUS e as práticas realizadas nos<br />

serviços. Um diagnóstico amplo e<br />

<strong>de</strong>talhado contribuirá para orientar<br />

a revisão das mudanças e das<br />

praticas no campo da saú<strong>de</strong> mental,<br />

assim como, po<strong>de</strong>rá dar novos<br />

caminhos <strong>de</strong> atuação para as políticas<br />

<strong>de</strong> Estado.<br />

Como a história já mostrou, um<br />

estado republicano sem o controle<br />

da socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> interferir nas<br />

políticas <strong>de</strong> bem-estar social da<br />

população. Como exemplo atual, a<br />

política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental na França<br />

passa por mudanças li<strong>de</strong>radas exclusivamente<br />

pelo governo Nicolas<br />

Sarkozy.<br />

Tendo como parâmetro para<br />

efetuar as mudanças os gastos<br />

com o setor da saú<strong>de</strong> mental que<br />

se <strong>de</strong>senhou a partir <strong>de</strong> uma política<br />

<strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> direitos<br />

do doente mental, o governo Sarkozy<br />

revê, por meio do projeto<br />

<strong>de</strong> lei, aspectos importantes <strong>de</strong>ssa<br />

política como a autonomia da<br />

equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para encaminhar<br />

tratamentos, <strong>de</strong>legando em última<br />

instância essa atribuição ao representante<br />

legal do Estado, o retorno<br />

à política <strong>de</strong> confinamento dos doentes<br />

mentais consi<strong>de</strong>rados como<br />

“perigosos”.<br />

Uma característica dos serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mental no Brasil é a<br />

sua heterogeneida<strong>de</strong> pela própria<br />

natureza do atendimento, disponibilida<strong>de</strong><br />

que cada equipe <strong>de</strong> profissionais<br />

dispensa para o serviço e<br />

recursos que conta para efetivá-los.<br />

A priori não é possível classificar<br />

essa heterogeneida<strong>de</strong> como positiva<br />

ou negativa, pois seus resultados<br />

só po<strong>de</strong>m ser conhecidos com<br />

avaliações sistemáticas e públicas.<br />

Essa heterogeneida<strong>de</strong> se construiu<br />

após um longo período <strong>de</strong> organização<br />

dos serviços <strong>de</strong> atendimento<br />

e das experiências que foram sendo<br />

vivenciadas neles.<br />

O financiamento da saú<strong>de</strong> se<br />

constitui como um entrave <strong>de</strong><br />

fundo que repercute em todo o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> assistencial<br />

obrigando-a à arte do<br />

possível para dar conta da gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda. A re<strong>de</strong> existente é insuficiente<br />

e ina<strong>de</strong>quada com resquícios<br />

característicos <strong>de</strong> uma época<br />

repressiva. O gasto per capita para<br />

a saú<strong>de</strong> pública continua baixo.<br />

O quadro que se apresenta aos<br />

<strong>trabalha</strong>dores da saú<strong>de</strong> mental é<br />

complexo para lidar com suas tarefas<br />

cotidianas, sem o apoio mais<br />

efetivo do Estado.<br />

A formação <strong>de</strong> recursos humanos,<br />

com maior número <strong>de</strong> residências<br />

em psiquiatria e residências<br />

multiprofissionais, integrada<br />

às diretrizes <strong>de</strong> humanização do<br />

SUS, maior financiamento das<br />

ações e serviços, incluindo o fortalecimento<br />

da promoção da saú<strong>de</strong><br />

mental, são condições a serem<br />

perseguidas pelos profissionais da<br />

saú<strong>de</strong>, gestores das instituições <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> mental e gestores dos três<br />

níveis da administração pública.<br />

*Doutor em Psiquiatria. Docente<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />

da UF<strong>PA</strong> e presi<strong>de</strong>nte da Fundação<br />

Hospital <strong>de</strong> Clínicas Gaspar<br />

Vianna.<br />

9<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>


comunicados e notificações<br />

Convocação para atualização <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço<br />

O <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> pe<strong>de</strong> aos médicos e aos responsáveis pelas empresas abaixo relacionadas que<br />

entrem em contato com o <strong>Conselho</strong> para atualizar seus dados e resolver suas pendências<br />

Prestadores com en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> correspondência <strong>de</strong>satualizados<br />

N° <strong>CRM</strong>/PRESTADORES<br />

715 ALFHA GAMA ADMINISTRAÇÃO SERVICOS LTDA<br />

546 AMBULATÓRIO IZABELENSE LTDA<br />

1064 A.R.CAVALCANTE DIAGNÓSTICO MÉDICO<br />

854 ASSOCIAÇÃO DOS EVANGÉLICOS DO ESTADO DO <strong>PA</strong>RÁ<br />

1076 BARBOSA & BRITO LTDA<br />

491 BARROS & BRAGA CIRURGIÕES S/C LTDA<br />

987 BRS REMOÇÕES E HOME CARE LTDA<br />

1147 C B B SANTOS COM DE PRODUTOS ORTOP. E SERVIÇO<br />

DE REMOÇÕES-ME<br />

1159 C M DO NASCIMENTO & CIA LTDA<br />

454 CASA DE SAÚDE SANTA SEVERA LTDA<br />

883 CEMED-CENTRO MÉDICO DIAGNÓSTICO S/C LTDA<br />

486 CENTER CLÍNICA S/C LTDA<br />

636 CENTRO DE INFECTOLOGIA E MEDICINA TROPICAL S/C<br />

LTDA<br />

754 CENTRO MÉDICO AUGUSTO MONTENEGRO LTDA<br />

969 CGN - CENTRAL GERAL DE NEGÓCIOS LTDA<br />

727 CGOP-CENTRO DE GINEC. E OBSTET. PREVENTIVA S/C LTD<br />

1223 CJIF SERVICOS MÉDICOS ASSOCIADOS LTDA<br />

465 CLIMED S/C LTDA<br />

880 CLÍNICA DE CIRURGIA INTEGRADA S/S LTDA - NEFRO II<br />

818 CLÍNICA DOCTORIS SAÚDE S/C LTDA<br />

437 CLÍNICA E MATERNIDADE DR <strong>PA</strong>ULO MÁRCIO S/C LTDA<br />

12 CLÍNICA E PRONTO SOCORRO SÃO LUIZ LTDA<br />

560 CONSULTORIO DE DERMATOLOGIA E COSMIATRIA S/C LTDA<br />

1155 CSESMT- COM E SERV ESPECIALIZADOS EM SEG E MED<br />

DO TRABALHO LTDA ME<br />

1058 ECOMED SERVICOS ULTRASONOGRAFICOS S/S LTDA<br />

1239 EMAD EQUIPE MÉDICA DE ANESTESIOLOGIA E DOR LTDA<br />

730 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (3)<br />

678 FUNDACAO HEMO<strong>PA</strong> - AGENCIA TRANSFUS. DE <strong>PA</strong>RAGOMINAS<br />

401 FUNDAÇÃO MANOEL MENDES<br />

346 GALILEU ALVES VELOSO<br />

767 HAPVIDA ASSISTENCIA MÉDICA LTDA<br />

133 HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA MARIA LTDA<br />

315 HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO CAMILO LTDA<br />

240 HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO MIGUEL ARCANJO LTDA<br />

1111 HOSPITAL SÃO MIGUEL ARCANJO LTDA<br />

749 IDEME- INSTITUTO DE DIAGNÓSTICO, ENDOCRINOLOGIA<br />

E METABOLOGIA S/S LTDA<br />

1124 IMERYS RIO CAPIM CAULIM S.A<br />

33 INCOR-INSTITUTO DO CORAÇÃO DO <strong>PA</strong>RÁ LTDA<br />

285 INEL - INSTITUTO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS S/C LTDA<br />

589 INSTITUTO BRASIL NORTE DO CÂNCER<br />

1038 INSTITUTO MONTEIRO LEITE S/S LTDA<br />

1126 INSTITUTO SUDESTE <strong>PA</strong>RAENSE DE OTORRINOLARIN-<br />

GOLOGIA LTDA<br />

709 INTERCARDIO-SERVIÇOS DE CARDIOLOGIA INTERVEN-<br />

CIONISTA S/S LTDA<br />

1029 IOSP - INSTITUTO DE ORTOPEDIA SUL <strong>PA</strong>RAENSE LTDA-ME<br />

348 J M A LIMA<br />

1287 K. HARADA JUNIOR - ME<br />

850 L & L SERVICOS MÉDICOS S/C LTDA<br />

171 LABORATÓRIO DE <strong>PA</strong>TOLOGIA CLÍNICA DR JOSÉ BRAU-<br />

LIO DOS SANTOS LTDA<br />

679 MED PLAN - MEDICINA PLANIFICADA S/C LTDA<br />

992 MEDCLIN SERVICOS MÉDICOS LTDA<br />

440 MEDIMAGEM S/C LTDA<br />

571 MEDISERV - SERVICOS MÉDICOS LTDA<br />

1235 MIRANDA & MOURA LTDA<br />

1050 MUNHOZ MEDICINA S/S LTDA<br />

620 N L PIRES E CIA LTDA<br />

483 NIPPO IMAGEM S/S LTDA<br />

1066 NUCLEO ESPECIALIZADO DE OFTALMOLOGIA LTDA<br />

1195 <strong>PA</strong>RAMED S/S LTDA<br />

593 PLANO DE SAÚDE HOSPITAL SÃO LUIZ LTDA<br />

939 P.Y. SAÚDE LTDA<br />

724 R D CARDIO LTDA<br />

786 R. MARTINS PEREIRA - ME<br />

1255 R N TOLEDO<br />

942 R. P. DE SOUSA & CIA S/C LTDA<br />

115 SAMEG-SERVICOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA EM GERAL<br />

1059 SEGURANÇA SAÚDE CENTER - OPERADORA DE PLANOS<br />

DE SAÚDE LTDA<br />

1237 S.E.R.F SERVIÇOS DE FONOAUDIOLOGIA LTDA ME<br />

602 SERVICE BRASIL - SERVICOS GERAIS LTDA<br />

813 TOP CARE SAÚDE LTDA<br />

1169 TRINDADE & BATISTA LTDA<br />

891 UNIDADE DE CARDIOLOGIA DO <strong>PA</strong>RÁ S/C LTDA<br />

926 UNIDADE MISTA DE SAÚDE DE SÃO DOMINGOS DO CAPIM<br />

1326 V M SOARES SERVIÇOS CARDIO DIAGNÓSTICO<br />

1293 VELOSO E NASCIMENTO SERVIÇOS AMBULATORIAIS LTDA<br />

Médicos com en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> correspondência <strong>de</strong>satualizados<br />

N° <strong>CRM</strong>/NOME SOLICITANTE<br />

3428 ADELAIDE MARIA BRITO MIRANDA<br />

LIMA<br />

6026 ALCIONE MONTEIRO CARDOSO<br />

7680 ALESSANDRO ALYSSON NASCIMENTO<br />

MELO<br />

8563 ALESSANDRO ANGELO MONTUORI<br />

6744 ALEXANDRE EUCLIDES JENNINGS DA<br />

SILVA<br />

1180 ALMIR DA FONSECA MARINHO<br />

8015 ALVARO AUGUSTO ERICEIRA PEREIRA<br />

7092 ALYSSON LOPES RODRIGUES<br />

7816 ANA CECILIA COSTA FRANCA<br />

7907 ANA MARIA DIAS PEREIRA<br />

4942 ANA <strong>PA</strong>ULA DA COSTA TEIXEIRA<br />

5009 ANDRE LUIS MEIRELLES AGUIAR<br />

6185 ANTONIO GILSON BONFIN DA SILVA<br />

910 ANTONIO JEFFERSON COSTA NAS-<br />

CIMENTO<br />

4721 ANTONIO JOSÉ CARLOS SCORALICK<br />

7522 ANTONIO <strong>PA</strong>ULO VILHENA ARAUJO<br />

5185 ARTUR SANTIAGO DO CARMO<br />

2650 AUGUSTO CESAR DE ASSIS DIAS<br />

3182 BENEDITO HAROLDO DA SILVA COSTA<br />

1700 BENJAMIN ABRAHAM OHANA<br />

6236 CARLOS MARTINS SANTAMARIA<br />

OROZCO<br />

9214 CAROLINA DE ABREU GONÇALVES<br />

MERGULHAO<br />

2150 CLAUDEMIRO FAE TAQUETI<br />

5351 CLAUDIA REGINA MELO HOYOS DE<br />

JESUS<br />

432 CLIMENCEAU DE JESUS LOPES<br />

2625 DILSON LUIZ CARDOSO DE FREITAS<br />

3393 DINARIO PEREIRA SEPTIMIO<br />

6018 DIONE <strong>PA</strong>IVA FERNANDES CAMPOS<br />

6659 EDSON ALVES FERREIRA FILHO<br />

8920 EDSON OLIVEIRA BENTO DE MELO<br />

7765 EDUARDO NOVAES MEDRADO SANTOS<br />

7465 ELAINE ROQUE TEIXEIRA<br />

1391 ELRIKE LEDO DE BARROS<br />

4176 EMILIA VENINA LISBOA <strong>PA</strong>IVA<br />

5086 ERON JOSÉ DE CARVALHO<br />

1553 EUCLIDES MARTINS DE LIMA NETO<br />

2765 EVANDRO LUTERO BARROS XAVIER<br />

4678 FABIO LUIS DA SILVA GATO<br />

2459 FERNANDO TOBIAS SILVEIRA<br />

44 FRANCISCO BATISTA DE LIMA<br />

8861 FRANCISCO JOSÉ PIERRE JUNIOR<br />

5099 GALILEU ALVES VELOSO<br />

1975 GILSON LOUREIRO MACOLA<br />

819 GIOVANI CORREA QUEIROZ<br />

9063 GUSTAVO HENRIQUE ALVES<br />

5836 HELIO FERNANDO BRENHA LOBATO<br />

3997 HELIO TOLEDO PEIXOTO<br />

6694 HERIQUE LIMA DE MENEZES<br />

3738 IEDA MARIA CUNHA DE AZEVEDO<br />

6939 ILMARA SILVA DE SOUSA<br />

5846 INDAIA LUCIA ARGUELHES DE OLI-<br />

VEIRA<br />

8121 ITAMAR FRANCISCO DA SILVA<br />

8800 JOÃO CARLOS DA SILVA<br />

6087 JOÃO CARLOS DOS SANTOS<br />

9999 JOÃO CARLOS SA<br />

8402 JOÃO EMERSON REBUCI HASHIMOTO<br />

6268 JORDUVAL DE LIMA<br />

3396 JORGE DE ABREU NASCIMENTO<br />

7100 JOSÉ ANDRE NASCIMENTO FONSECA<br />

2966 JOSÉ CARLOS DA SILVA<br />

2592 JOSÉ ERACLIO DE SOUZA DO O<br />

7767 JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS COTRIM<br />

2706 JOSÉ ORLANDO LACERDA DE QUEIROZ<br />

2135 JOSÉ OTTONIEL ANGULO GARCIA<br />

3858 JOSÉ ROBERTO GIUDECE<br />

1486 JOSÉ ROBERTO SANTOS DA SILVA<br />

2083 JOSÉ ROBERTO VELHO DA CRUZ<br />

8953 JOVIANO JOSÉ DE ALMEIDA<br />

5008 JUREMA MIGUINS DE LIMA<br />

8689 KARLA DE FATIMA AUGUSTO DE<br />

ALMEIDA<br />

6589 KELLY CRISTIANE DE SOUSA GAMA<br />

COSTA<br />

674 LATYLAZAN PEDRO DE ALCANTARA<br />

8464 LIDEMAR BORDIGNON<br />

4442 LOURDES NUNES GAVAZZI MADEIRA<br />

6478 LOURENCO CAVALCANTI DE ARAUJO<br />

MELO<br />

1311 MANOEL ALADIR SIQUEIRA<br />

5999 MANOEL MARANHAO DE SOUZA<br />

1433 MANOEL MARIA DE OLIVEIRA MENDES<br />

5500 MARA GLEICE ALMEIDA DE ALBU-<br />

QUERQUE<br />

8819 MARCIO SARAIVA<br />

6462 MARCOS JOSÉ DE SOUZA SPINDOLA<br />

6718 MARCOS MAGALHAES RIBEIRO<br />

3639 MARIA DA RESSURREICAO SENA<br />

BARRA<br />

3012 MARIA DAS GRAÇAS VIDEIRA CARDO-<br />

SO NAHON<br />

9325 MARIA DE FATIMA RODRIGUES DE AN-<br />

DRADE DOURADO<br />

1133 MARIA DE NAZARE PINHEIRO BASTOS<br />

1774 MARIA LUIZA DE SOUZA SALDANHA<br />

3425 MARIA ROSA ALVES DOS SANTOS<br />

5660 MARIANA DO SOCORRO MACIEL QUA-<br />

RESMA<br />

6892 MARIO HUMBERTO BEZERRA DA<br />

SILVEIRA<br />

5578 MAURILIO MARCIO DOS SANTOS<br />

CALDEIRA<br />

5829 MECENAS MAGNO DA CRUZ SALES<br />

JUNIOR<br />

2491 NEOMAR VARELA DE OLIVEIRA<br />

8687 NORBERTO JOSÉ MAFFEI JUNIOR<br />

7326 OSCAR NUNES ALVES<br />

3216 OVIDIO OCTAVIO <strong>PA</strong>MPLONA LOBATO<br />

8199 <strong>PA</strong>ULO ANTONIO COSTA MONTEIRO<br />

2321 PEDRO ASSIS RIOS CARNEIRO<br />

7466 PEDRO MARCELO ROSA DOS REIS<br />

JUNIOR<br />

581 PEDRO MIGUEL ROUMIE<br />

1473 PIERRE CAMILLE CONDON<br />

3324 RAIMUNDA MONICA NONATA MAN-<br />

SUR SILVA<br />

7911 RAIMUNDO AFONSO NASCIMENTO RA-<br />

MOS JUNIOR<br />

732 RAIMUNDO BENEDITO CARVALHO G.<br />

DE TELES<br />

6827 RENATO MARTINS PEREIRA<br />

1215 ROBERT DE JESUS FONSECA COELHO<br />

1518 ROBERTO DA COSTA WANZELLER<br />

8087 ROBERTO NAVARRO FERNANDEZ<br />

8766 RODOLFO SKRIVAN<br />

3156 ROGERIO SAM<strong>PA</strong>IO DA SILVA<br />

6693 ROOSEVELT JOSÉ CRUZ MOURA<br />

7455 ROSÂNGELA CABRAL CENTENO VIEIRA<br />

DE CARVALHO<br />

9201 ROSENDO DE BARROS NETTO<br />

5919 ROSIMARY QUEIROS DA SILVA<br />

8848 SANDRO MORETE PEREIRA<br />

3998 SERGIO TYSZLER<br />

5175 SILVIO JACQUES DE ASSIS<br />

1687 SILVIO PREVIATO<br />

5889 STELIO DE JESUS <strong>PA</strong>NTOJA MESQUITA<br />

7417 TATTIANE MOREIRA DA COSTA<br />

8661 VALDIR JOÃO SIMON<br />

1699 WALDENICE DE OLIVEIRA OHANA<br />

7426 WALDINEY DIAS SILVA<br />

7658 WALDONIO DE BRITO VIEIRA<br />

5106 WILLIAM CAMARGO DE OLIVEIRA<br />

2186 YASUHIRO OKADA<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

10


Pré-Enem Norte e Centro-Oeste<br />

Política médica em <strong>de</strong>bate<br />

Pré-Enem realizado em Belém <strong>de</strong>liberou<br />

sobre questões pertinentes à formação<br />

médica e ao mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

Representantes das entida<strong>de</strong>s<br />

médicas das<br />

regiões Norte e Centro-Oeste<br />

se reuniram<br />

em Belém nos dias 4<br />

e 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010,<br />

para discutir as reivindicações e as<br />

estratégias <strong>de</strong> luta da categoria médica<br />

durante a realização do Pré-Enem<br />

Norte/Centro-Oeste. O encontro foi<br />

uma preparação para o XII Encontro<br />

Nacional <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s Médicas<br />

(Enem), <strong>de</strong> 28 a 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2010,<br />

em Brasília (DF). O Pré-Enem ocorreu<br />

no auditório do <strong>Conselho</strong> <strong>Regional</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina do Estado Pará.<br />

Além do <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, promoveram o<br />

encontro o Sindicato dos Médicos<br />

(Sindmepa) e a Socieda<strong>de</strong> Médico-<br />

Cirúrgica do Estado (SMCP).<br />

De acordo com a presi<strong>de</strong>nte do<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>, Maria <strong>de</strong> Fátima Guimarães<br />

Couceiro, o Pré-Enem Norte/Centro-Oeste<br />

os principais temas<br />

abordados no evento foram a formação<br />

do médico, a revalidação do diploma,<br />

a situação do ensino médico,<br />

políticas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a relação com a<br />

socieda<strong>de</strong>, as condições <strong>de</strong> trabalho<br />

do médico no SUS e o mercado <strong>de</strong><br />

trabalho além da abertura indiscriminada<br />

<strong>de</strong> escolas médicas. “Trabalhamos<br />

a partir dos eixos <strong>de</strong>finidos pelo<br />

<strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina, mas<br />

o nosso foco são as características<br />

regionais a partir <strong>de</strong>sses eixos temáticos”,<br />

informa Fátima Couceiro.<br />

Belém finalizou os encontros regionais<br />

do Pré-Enem que foram realizados<br />

em Natal (RN) e São Paulo<br />

(SP). Entre os presentes ao encontro<br />

das regiões Norte/Centro-Oeste <strong>de</strong>stacam-se<br />

Cid Carvalhaes, da Fenam;<br />

o 2º vice-presi<strong>de</strong>nte do CFM, Aloísio<br />

Tibiriçá; e Dalvélio Madruga do<br />

CFM. O representante da Comissão<br />

Pró-SUS do CFM, Alceu Pimentel,<br />

também participou do encontro como<br />

conferencista convidado. O co-<br />

or<strong>de</strong>nador do Pré-Enem Norte/Centro-Oeste,<br />

Mauro Britto, <strong>de</strong>stacou a<br />

representativida<strong>de</strong> das entida<strong>de</strong>s das<br />

duas regiões. Segundo ele, o Pré-<br />

Enem foi uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uniformizar<br />

as propostas das regiões,<br />

facilitando as <strong>de</strong>liberações e <strong>de</strong>bates<br />

que acontecerão no Enem nacional.<br />

“Ao levarmos as <strong>de</strong>liberações <strong>de</strong><br />

consenso nas regiões po<strong>de</strong>mos otimizar<br />

os trabalhos do XII Enem”,<br />

opina Mauro Britto.<br />

De acordo com Aloísio Tibiriçá,<br />

2º vice-presi<strong>de</strong>nte do CFM e Coor<strong>de</strong>nador<br />

da Comissão Nacional Pró-<br />

SUS do CFM, essa comissão está<br />

com a missão, <strong>de</strong>legada pelas entida<strong>de</strong>s<br />

médicas, <strong>de</strong> realizar o Enem e<br />

as suas etapas regionais, como a que<br />

ocorreu em Belém. “O encontro <strong>de</strong><br />

Belém está sendo da mais alta qualida<strong>de</strong>,<br />

pois se encontram aqui as<br />

representações <strong>de</strong> todos os Estados<br />

das duas regiões. O sentido é que<br />

esse <strong>de</strong>bate permeie, justamente, as<br />

características que possam haver em<br />

cada região no <strong>de</strong>bate <strong>de</strong>ssas i<strong>de</strong>ias,<br />

para que no encontro nacional tudo<br />

isso seja contemplado <strong>de</strong> uma maneira<br />

mais uniforme, passando primeiro<br />

pelas regiões”, explica Aloísio<br />

Tibiriçá.<br />

Ele afirma que o objetivo dos<br />

encontros regionais é balizar para o<br />

movimento médico e para a socieda<strong>de</strong>,<br />

no final do mês <strong>de</strong> julho, quais as<br />

lutas que o médico quer propor para<br />

a socieda<strong>de</strong>, para a saú<strong>de</strong> e também<br />

para a própria classe médica. “Então,<br />

vai ser uma manifestação dos médicos<br />

brasileiros em função da grave<br />

situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Inclusive, manifestação<br />

essa, dirigida aos próprios<br />

candidatos à gestão nos estados e<br />

no país. Serve também para que nós<br />

possamos interferir no processo em<br />

curso nos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>bates nacionais<br />

propiciados pelas eleições”, opina o<br />

2º vice-presi<strong>de</strong>nte do CFM. Segundo<br />

ele, após um tempo sem ser realizado<br />

o Enem volta a ser feito <strong>de</strong>ntro do<br />

calendário bianual das entida<strong>de</strong>s médicas<br />

brasileiras. “O Enem nacional,<br />

em julho, será o momento para fazermos<br />

o novo pacto do movimento<br />

médico em relação a suas reivindicações.<br />

O Enem nacional <strong>de</strong>ve ter uma<br />

gran<strong>de</strong> repercussão”, diz.<br />

O primeiro encontro foi o Pré-<br />

Enem Nor<strong>de</strong>ste, realizado em Natal<br />

(RN), <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> abril a 1º <strong>de</strong> maio.<br />

Logo <strong>de</strong>pois, houve o das regiões<br />

Sul-Su<strong>de</strong>ste, em São Paulo (SP), nos<br />

dias 14 e 15 <strong>de</strong> maio. A reunião em<br />

Belém encerra o ciclo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

regionais, que discutiram <strong>de</strong>ntro do<br />

Uma das mesas que discutiram as estratégias<br />

<strong>de</strong> luta da categoria médica para o Enem<br />

movimento médico nacional, temas<br />

como a <strong>de</strong>fesa do trabalho no SUS<br />

e na saú<strong>de</strong> suplementar, a avaliação<br />

do ensino médico, alem <strong>de</strong> outros <strong>de</strong><br />

interesse dos profissionais.<br />

Os temas em <strong>de</strong>staque no Pré-<br />

Enem Norte/Centro-Oeste foram:<br />

ensino médico e aprimoramento da<br />

formação médica, o trabalho médico,<br />

a importância da carreira médica<br />

e <strong>de</strong> Estado no SUS, políticas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e a relação com a socieda<strong>de</strong>,<br />

o mercado <strong>de</strong> trabalho e a remuneração<br />

médica.<br />

Aloísio Tibiriçá (CFM): política e ética<br />

11<br />

<strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong>


aios-x<br />

Novo prazo para recadastramento<br />

O <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina<br />

(CFM) prorrogou por mais seis<br />

meses o prazo <strong>de</strong> recadastramento<br />

para os médicos. Ou seja, aqueles<br />

que ainda não entregaram seus documentos<br />

e informações têm até o<br />

dia 11 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2010 para<br />

fazê-lo e regularizar sua situação<br />

junto ao <strong>Conselho</strong> <strong>Regional</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong> seu estado. Cerca <strong>de</strong><br />

20% dos médicos que atuam no<br />

território nacional ainda precisam<br />

atualizar seus dados profissionais<br />

para a confecção da nova Cédula<br />

<strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Médica.<br />

A prorrogação do prazo, que<br />

inicialmente terminaria em 11 <strong>de</strong><br />

maio, teve dois motivos: contemplar<br />

a alta <strong>de</strong>manda pelo recadastramento<br />

registrada nos últimos<br />

dias e beneficiar a implementação<br />

do certificado digital, o chamado<br />

<strong>CRM</strong> Digital, proposto para janeiro<br />

<strong>de</strong> 2011. (saiba mais sobre certificado<br />

digital).<br />

Apenas as inscrições primárias<br />

<strong>de</strong>verão sofrer o recadastramento.<br />

Seus dados serão transferidos para<br />

os <strong>Conselho</strong>s Regionais <strong>de</strong> Medicina<br />

on<strong>de</strong> e caso possua inscrições<br />

secundárias. Para a realização do<br />

recadastramento médico, <strong>de</strong>ve ser<br />

preenchido o formulário <strong>de</strong> atualização<br />

<strong>de</strong> dados<br />

Após concluir e enviar seu<br />

cadastro, o médico receberá um<br />

e-mail (e-mail que é informado<br />

no formulário) informando a documentação<br />

a ser apresentada no<br />

<strong>CRM</strong> para concluir o processo <strong>de</strong><br />

recadastramento. O próximo passo<br />

é dirigir-se ao seu <strong>Conselho</strong> <strong>Regional</strong><br />

<strong>de</strong> Medicina ou a uma <strong>de</strong> suas<br />

<strong>de</strong>legacias, para coleta <strong>de</strong> assinatura<br />

e foto, que, digitalizadas, serão<br />

impressas em sua nova Carteira <strong>de</strong><br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Médica. A página do<br />

Cremepa (www.cremepa.org.br)<br />

traz diversas informações sobre o<br />

assunto além <strong>de</strong> fornecer a documentação<br />

necessária para o recadastramento.<br />

Médicos com inscrições secundárias<br />

que <strong>de</strong>sejem a nova carteira<br />

no <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> não <strong>de</strong>vem fazer<br />

recadastramento. Apenas <strong>de</strong>vem<br />

solicitar a nova carteira comparecendo<br />

diretamente no <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong> ou<br />

em uma <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>legacias regionais,<br />

levando apenas a fotografia e<br />

realizando uma rápida confirmação<br />

<strong>de</strong> dados. Atenção: quem tiver inscrições<br />

secundárias no <strong>CRM</strong>-<strong>PA</strong><br />

<strong>de</strong>ve fazer seu recadastramento no<br />

conselho on<strong>de</strong> tiver inscrição primária.<br />

Fontes: Site do Cremepa e CFM - Portal médico<br />

Uso <strong>de</strong> lentes ganhará resolução<br />

A Câmara Técnica <strong>de</strong> Oftalmologia<br />

elabora proposta <strong>de</strong> resolução<br />

sobre prescrição e adaptação<br />

<strong>de</strong> lentes <strong>de</strong> contato. O<br />

assunto foi discutido na reunião<br />

do grupo realizada no último dia<br />

22 <strong>de</strong> junho. O texto elaborado<br />

pela Câmara Técnica trata das<br />

orientações que <strong>de</strong>vem ser dadas<br />

ao paciente quanto a manuseio<br />

das lentes, cuidados <strong>de</strong> higiene e<br />

assepsia, tempo e forma <strong>de</strong> uso,<br />

vida útil, retornos para acompanhamento<br />

e sintomas sugestivos<br />

<strong>de</strong> complicações.<br />

A proposta <strong>de</strong>verá ser analisada<br />

pelo <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> Medicina na sessão plenária<br />

<strong>de</strong> agosto. “A <strong>de</strong>terminação do<br />

mo<strong>de</strong>lo, do <strong>de</strong>senho, do tipo e<br />

dos parâmetros das lentes <strong>de</strong><br />

contato é ato médico que <strong>de</strong>verá<br />

ser realizado pelos oftalmologistas”,<br />

disse o coor<strong>de</strong>nador<br />

da Câmara, José Fernando Maia<br />

Vinagre.<br />

CFM: Direito Médico<br />

A Comissão <strong>de</strong> Direito Médico do <strong>Conselho</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina<br />

(CFM) reuniu-se, no último dia 22 <strong>de</strong> junho, na se<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong>, para<br />

discutir a realização do I Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Direito Médico do<br />

CFM, que <strong>de</strong>ve acontecer nos dias 2 e 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, em Brasília (DF).<br />

Entre os temas do Congresso estão previstos: a integração das resoluções<br />

do CFM aos tipos penais; responsabilida<strong>de</strong> do médico em relação<br />

ao Código <strong>de</strong> Defesa do Consumidor e ao Código Penal; responsabilida<strong>de</strong><br />

penal no exercício da medicina em equipe: como evitar o banco<br />

dos réus; a importância dos protocolos para a responsabilida<strong>de</strong> médica<br />

solidária (médicos, hospitais e planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, laboratórios e fabricantes<br />

<strong>de</strong> insumos em geral); constitucionalida<strong>de</strong> ou inconstitucionalida<strong>de</strong><br />

dos tratamentos compulsórios; consentimento informado como causa<br />

<strong>de</strong> justificação penal; o dano moral, dano estético, dano material e sua<br />

cumulativida<strong>de</strong>; como os juízes calculam danos e antecipam tutela; e a<br />

responsabilida<strong>de</strong> médica na visão do CFM.<br />

Detalhes sobre a programação ainda estão sendo <strong>de</strong>finidos pela equipe.<br />

Participaram da reunião o presi<strong>de</strong>nte e o vice do CFM, Roberto Luiz<br />

d’Avila e Carlos Vital (coor<strong>de</strong>nador da Comissão), além <strong>de</strong> José Abelardo<br />

Garcia <strong>de</strong> Meneses (<strong>CRM</strong> da Bahia), Miguel Kfouri (TJ do Paraná), Antonio<br />

Carlos Roselli (OAB) e Giselle Crosara Lettieri Gracindo (CFM).<br />

<strong>PA</strong>RA USO DOS CORREIOS - Motivo da <strong>de</strong>volução<br />

Mudou-se<br />

Desconhecido Ausente<br />

En<strong>de</strong>reço insuficiente Recusado<br />

Falecido<br />

Não existe o nº indicado Não Procurado Outro_________

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!