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a paisagem é um - USP

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Conservação Ecológica<br />

Ecologia de Paisagens<br />

Jean Paul Metzger<br />

Depto. Ecologia – IB - <strong>USP</strong><br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Estudo de populações fragmentadas<br />

I – MODELOS DE ILHAS E DE REDE<br />

Conceituação<br />

Conservação<br />

• Biogeografia de ilhas<br />

• Teoria de metapopulações<br />

• Biogeografia de ilhas<br />

• Teoria de metapopulações<br />

II – MODELOS SISTEMÁTICOS DE SELEÇÃO DE RESERVAS<br />

III – MODELOS DE MOSAICOS<br />

• Ecologia de paisagens – conceituação<br />

• Ecologia de paisagens – aplicação para conservação<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


I - O que é <strong>um</strong>a <strong>paisagem</strong><br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Coeur de Voh, Nouvelle-Calédonie, France<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Gorges du Bras de Caverne, Ile de la Réunion, France<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Caravane de dromadaire dans les dunes près de Nouakchott, Mauritanie<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Séchage de dattes, palmeraie au sud du Caire, vallée du Nil, Egypte<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Tapis de Marrakech, Maroc<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


A <strong>paisagem</strong> dos ecólogos<br />

“Bela vista do conjunto de Jerusalem”<br />

(Livro dos Salmos, hebraico)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paysage: “quadro representando <strong>um</strong> sítio campestre”<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Aurélio: “espaço de terreno que se<br />

abrange n<strong>um</strong> lance de vista”<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Noções originais/comuns :<br />

- visual (algo que se “vê”)<br />

- estética (algo “bonito”)<br />

- amplitude (vista, conjunto de elementos)<br />

- áreas abertas (sítio campestre)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Noções originais/comuns :<br />

- visual (algo que se “vê”)<br />

- estética (algo “bonito”)<br />

- amplitude (vista, conjunto de elementos)<br />

- áreas abertas (sítio campestre)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Noções originais/comuns :<br />

- visual (algo que se “vê”)<br />

- estética (algo “bonito”)<br />

- amplitude (vista, conjunto de elementos)<br />

- áreas abertas (sítio campestre)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Definições “científicas” :<br />

- A. von H<strong>um</strong>boldt (geo-botânico, início do XIX)<br />

“the total character of an Earth region”<br />

(geomorfologia e geologia)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Definições “científicas” :<br />

- Geógrafos russos<br />

ampliaram o conceito de H<strong>um</strong>boldt para<br />

aspectos orgânicos (“landscape geography”)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Definições “científicas” :<br />

- Carl Troll (biogeógrafo alemão, 1939):<br />

“total spatial and visual entity of h<strong>um</strong>an living<br />

space”<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Definições “científicas” recentes da “ecologia da<br />

<strong>paisagem</strong>”:<br />

-aheterogeneous land of area composed of a cluster<br />

of interacting ecosystems (Forman and Godron<br />

1986)<br />

- a mosaic of heterogeneous land forms, vegetation<br />

types and land uses (Urban et al. 1987)<br />

- a spatially heterogeneous area (Turner 1989)<br />

Propriedade básica : é <strong>um</strong>a unidade heterogênea<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem<br />

Definição atual da “<strong>paisagem</strong> do ecólogo”:<br />

“ a <strong>paisagem</strong> é <strong>um</strong> mosaico heterogêneo formado<br />

por unidades interativas. Esta heterogeneidade<br />

existe para pelo menos <strong>um</strong> fator, segundo <strong>um</strong><br />

observador e n<strong>um</strong>a determinada escala”<br />

(Metzger 2001)<br />

– Visão pelo olho do Homem<br />

– Visão pelo “olho” de outras espécies<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão do Homem<br />

• Abrange<br />

amplas<br />

extensões<br />

espaciais (km 2 )<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão do Homem<br />

• Fontes de heterogeneidade na <strong>paisagem</strong> :<br />

- heterogeneidade do ambiente físico (topografia,<br />

solos, <strong>um</strong>idade, dinâmica hidrogeomorfológica...)<br />

;<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão do Homem<br />

• Fontes de heterogeneidade na <strong>paisagem</strong> :<br />

- regime de perturbações naturais<br />

(fogo, tornado, pestes...);<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão do Homem<br />

• Fontes de heterogeneidade na <strong>paisagem</strong> :<br />

- perturbações antrópicas<br />

(desmatamento/fragmentação, criação de estradas,<br />

reservatórios...).<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem<br />

Definição atual da “<strong>paisagem</strong> do ecólogo”:<br />

“ a <strong>paisagem</strong> é <strong>um</strong> mosaico heterogêneo, para pelo<br />

menos <strong>um</strong> fator e segundo <strong>um</strong> observador,<br />

formado por manchas interativas”<br />

– Visão pelo olho do Homem<br />

– Visão pelo “olho” de outras espécies<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão das espécies<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Paisagem segundo a visão das espécies<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


A <strong>paisagem</strong> de <strong>um</strong> gafanhoto (4 m 2 )<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Ecologia de Paisagens<br />

• Abordagem ecológica - enfatiza a estrutura e a<br />

dinâmica de mosaicos heterogêneos e seus<br />

efeitos sobre os processos ecológicos<br />

- A escala de investigação está relacionada com a<br />

escala de percepção da espécie estudada.<br />

- é <strong>um</strong>a ecologia espacialmente explícita que<br />

focaliza padrões e interações n<strong>um</strong> mosaico todo.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Ecologia de comunidades vs Ecologia da Paisagem<br />

ecossistemas<br />

Temperatura<br />

(radiação solar)<br />

Embasamento<br />

geológico<br />

Precipitação<br />

Diversidade de espécies<br />

Diversidade da<br />

<strong>paisagem</strong><br />

Fragmentação<br />

Isolamento<br />

Topografia<br />

Interação entre spp<br />

Solo<br />

Conectividade<br />

Perspectiva da ecologia<br />

de ecossistemas<br />

Perspectiva da<br />

ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Perspectiva da Ecologia de Paisagens: efeito de contexto<br />

+ efeito de matriz<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Perspectiva da Ecologia de Paisagens:<br />

2. efeito de escala<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Perspectiva da Ecologia de Paisagens:<br />

2. efeito de escala<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Perspectiva da Ecologia de Paisagens:<br />

2. efeito de escala<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


A quantificação da estrutura<br />

Conceito de mancha-corridor-matriz<br />

N<strong>um</strong>a determinada escala:<br />

Mancha. Área homogênea,<br />

restrita e não-linear da<br />

<strong>paisagem</strong> que se distingue<br />

das unidades vizinhas.<br />

Corredor. Área homogênea<br />

e linear da <strong>paisagem</strong> que se<br />

distingue das unidades<br />

vizinhas.<br />

Matriz. Unidade dominante<br />

da <strong>paisagem</strong> (espacial e<br />

funcionalmente).<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


A quantificação da estrutura<br />

Conceito de mancha-corridor-matriz<br />

A matriz é a unidade da <strong>paisagem</strong> funcionalmente (e em geral,<br />

espacialmente) dominante (i.e., a unidade que controla a dinâmica<br />

da <strong>paisagem</strong>).<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


A quantificação da estrutura<br />

Conceito de mancha-corridor-matriz<br />

N<strong>um</strong>a determinada escala:<br />

Mancha. Área homogênea,<br />

restrita e não-linear da<br />

<strong>paisagem</strong> que se distingue<br />

das unidades vizinhas.<br />

Corredor. Área homogênea<br />

e linear da <strong>paisagem</strong> que se<br />

distingue das unidades<br />

vizinhas.<br />

Matriz. Conjunto de<br />

unidades de não-habitat (é<br />

heterogêneo)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


“Tipos” de <strong>paisagem</strong><br />

Conceito de mancha-corridor-matriz<br />

Padrão Características Funcionais<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


II - APLICAÇÕES PARA CONSERVAÇÃO:<br />

Limitações das teorias das ilhas e metapopulação<br />

Os modelos de biogeografia de ilhas e de metapopulação<br />

não consideram a matriz<br />

Habitat<br />

Habitat + matriz<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Limitações das teorias das ilhas e metapopulação<br />

Os modelos de biogeografia de ilhas e de metapopulação<br />

não consideram a conectividade<br />

Habitat + conectividade<br />

Habitat + matriz + conectividade<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Limitações dos métodos de seleção de áreas para<br />

conservação<br />

- % pequena de reservas<br />

- composições distintas em reservas e áreas agrícolas<br />

Conservação ex situ<br />

Conservação in situ<br />

Manejo,<br />

planejamento<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da Paisagem pode ser útil <br />

a. Considerando o mosaico como <strong>um</strong> todo: a ecologia da<br />

<strong>paisagem</strong> é <strong>um</strong>a ecologia contexto<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Estrutura da <strong>paisagem</strong> e<br />

diversidade de comunidades lenhosas<br />

no rio Jacaré-Pepira<br />

Brasil<br />

0°<br />

70° W<br />

40° W<br />

Etat de São Paulo<br />

Rio Paraná<br />

Rio Tietê<br />

Rio Jacaré-Pepira<br />

30° S<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Bacia do Rio Jacaré Pepira<br />

Homogeneidade de de<br />

fatores abióticos<br />

48°40'<br />

W<br />

48°20' W<br />

47°50' W<br />

21°50' S<br />

- Provincia das Cuestas de Basalto<br />

- Vales encaixados<br />

22°05' S<br />

22°05' S<br />

- Fortes correntezas<br />

- Predomínio de arenitos e areias quartzosas<br />

22°20' S<br />

Área de estudo<br />

Zona de sols hidromórficos<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Heterogeneidade de de<br />

Tipos de de paisagens<br />

Diferentes matrizes<br />

48°30' W 48°25' 48°20' 48°15' 48°10' 48°05'<br />

22°00' S<br />

SP-255<br />

Três classes de largura<br />

(estreita, média e larga)<br />

Homogeneidade de de<br />

Fatores abióticos<br />

Condições pedológicas<br />

( solos quartzosos ) e<br />

topográficas<br />

22°05'<br />

22°10'<br />

22°15'<br />

22°20'<br />

( declives suaves )<br />

F41<br />

F42<br />

F33<br />

F43<br />

Rib. da Figueira<br />

SP-225<br />

F31<br />

F32<br />

Dourado<br />

Rib. do Bebedouro<br />

Rib. do Peixe<br />

SP-215<br />

F21<br />

F23<br />

F22<br />

F16<br />

F13<br />

F15<br />

F14<br />

F12<br />

Rib. dos Pinheiros<br />

F11<br />

Rib. da Rasteira<br />

Brotas<br />

SP-225<br />

Fisionomias/Perturbação<br />

( secundárias )<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Riqueza, diversidade e equitabilidade de de espécies lenhosas<br />

para para os os 15 15 fragmentos do do Rio Rio Jacaré Pepira<br />

Fragments Riqueza Diversidade Equitabilidade<br />

F15 14 1.59 0.60<br />

F43 32 2.81 0.81<br />

F33 40 2.87 0.78<br />

F12 48 3.31 0.86<br />

F23 52 3.52 0.89<br />

F14 55 3.37 0.84<br />

F42 55 3.08 0.77<br />

F13 56 3.48 0.87<br />

F11 65 3.09 0.74<br />

F32 68 3.58 0.85<br />

F41 69 3.25 0.77<br />

F16 74 3.86 0.90<br />

F22 80 3.87 0.88<br />

F31 89 3.61 0.80<br />

F21 111 4.32 0.92<br />

TOTAL<br />

222<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Correlações simples simples entre entre os os índices índices de de <strong>paisagem</strong><br />

e e os os índices índices de de diversidade de de espécies arbóreas<br />

Estrutura do fragmento<br />

Rarefação<br />

Equitatividade<br />

Pearson p Spear. p Pearson p Spear. p<br />

Tamanho ns ns ns ns<br />

Forma -0.617 * ns ns ns<br />

Complexidade de bordas ns ns ns ns<br />

Isolamento ns ns ns ns<br />

Conectividade 0.823 ** 0.776 * ns -0.682 *<br />

Estrutura da <strong>paisagem</strong> (8x8 km)<br />

Diversidade da <strong>paisagem</strong> ns ns ns ns<br />

Complexidade de bordas ns ns 0.899 *** 0.927 ***<br />

Fragmentação florestal 0.601 * ns 0.886 *** 0.900 ***<br />

Isolamento florestal ns ns ns -0.609 *<br />

Conectividade florestal 0.647 * ns 0.883 *** 0.964 ***<br />

ns : não significativo * P < 0.05 ** P < 0.01 *** P < 0.001<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Relation entre l'équitabilité spécifique (J) (J) et et ::<br />

I - Densidade de corredores e<br />

“stepping stones” (CON)<br />

II – Complexidade da <strong>paisagem</strong> (C)<br />

1.0<br />

R 2 = 0.754, p< 0.001<br />

1.0<br />

R 2 = 0.787, p< 0.001<br />

Equtabilidade (J)<br />

F21<br />

0.9<br />

F23 F22<br />

F12<br />

F14 F13<br />

F31 F32<br />

0.8 F41<br />

F42<br />

F11<br />

0.7<br />

1 2 3 4<br />

Conectividade (CON)<br />

Equitabilidade (J)<br />

0.9<br />

0.8<br />

0.7<br />

F11<br />

F23<br />

F12 F22<br />

F32 F14 F13<br />

F31<br />

F41<br />

F42<br />

0.28 0.30 0.32<br />

Complexidade (C)<br />

F21<br />

Logo, o contexto e a configuração importam…<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da<br />

Paisagem pode ser útil <br />

b. A perda de espécies<br />

não é apenas dada a<br />

<strong>um</strong>a diminuição na<br />

quantidade de habitat,<br />

mas também a <strong>um</strong> dado<br />

arranjo espacial dos<br />

fragmentos<br />

remanescentes de<br />

habitat<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Fragmentação e conversão do habitat<br />

Perda de habitat<br />

Fragmentação<br />

Limiar em 20% <br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


c. Conectividade funcional: considerando a<br />

permeabilidade da matriz<br />

A matriz é <strong>um</strong>a área heterogênea,<br />

contendo <strong>um</strong>a variedade de<br />

unidades de não-habitat que<br />

apresentam condições mais ou<br />

menos favoráveis às espécies do<br />

habitat estudado.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Fazenda Porto Alegre<br />

Fazenda Esteio<br />

F10ha<br />

F1ha<br />

F100ha<br />

F10ha<br />

F1ha<br />

F10ha<br />

Fazenda Dimona<br />

F10ha<br />

•Dissertação de Mestrado<br />

•Marina Antongiovanni da Fonseca<br />

F1ha<br />

F100ha<br />

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Introdução Geral<br />

1986 1988 1990<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong><br />

1992 1995 1997


JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Introdução Geral<br />

Capoeiras de Cecrópia:<br />

- áreas apenas com cortes da vegetação;<br />

-indivíduos investem em crescimento em<br />

altura;<br />

-mais altas, com dossel fechado e subbosque<br />

aberto;<br />

- capoeiras com 5 anos já apresenta <strong>um</strong>a<br />

série de espécies de sucessão secundária;<br />

- menor longevidade.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Introdução Geral<br />

Capoeiras de Vísmia:<br />

- áreas com cortes e queimadas;<br />

-indivíduos jovens com muitas<br />

ramificações laterais;<br />

- dossel aberto e sub-bosque mais<br />

fechado;<br />

- inibem a germinação de outras<br />

espécies, dominando a área;<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong><br />

- maior longevidade.


Área em regeneração com manchas de capoeiras<br />

jovens de cecrópia e vísmia e pastagem<br />

Dossel de <strong>um</strong>a<br />

capoeira jovem<br />

de cecrópia<br />

Mancha de <strong>um</strong>a<br />

capoeira jovem<br />

de vísmia<br />

Área de<br />

pastagem em<br />

regeneração<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Pastagem abandonada em regeneração<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Introdução Geral<br />

“Fragmentos circundados por Cecropia spp foram mais<br />

eficientemente recolonizados por aves florestais de subbosque<br />

do que fragmentos circundados por Vismia spp”<br />

(Stouffer & Bierregaard 1995)<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Fragmento Distância Método de Matriz<br />

Isolamento<br />

1ha 300 corte Cecrópia<br />

1ha 210 corte Cecrópia<br />

1ha 270 corte e queima Vísmia<br />

1ha 480 corte e queima Vísmia<br />

1ha 120 corte e queima Vísmia<br />

10ha 780 corte Cecrópia<br />

10ha 60 corte Cecrópia<br />

10ha 540 corte e queima Vísmia<br />

10ha 180 corte e queima Vísmia<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Obtenção dos dados e escolha das espécies de aves.<br />

- dados de 1985 até 1992<br />

- 11 espécies de aves insetívoras de sub-bosque mais<br />

facilmente capturadas antes do isolamento<br />

- novos indivíduos: Presença X Ausência<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Localidade de interesse na matriz (caminho de deslocamento)<br />

“Caminho mais curto”<br />

Caminho na matriz<br />

- Mata contínua = fonte de indivíduos<br />

- Indivíduos novos atravessaram a matriz para alcançar o fragmento<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Permeabilidade da Matriz<br />

4 pixels de<br />

Cecrópia madura<br />

Caminho na matriz<br />

PM = ∑du.Ru,<br />

3 pixels de<br />

igarapé<br />

14 pixels de<br />

Cecrópia madura<br />

3 pixels de<br />

Cecrópia jovem<br />

d = distância.<br />

Ru = coeficiente de resistência.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Frag<br />

PM = ∑du.Ru<br />

Distância = 10 pixels;<br />

Resistência = 1<br />

Mata<br />

Contínua<br />

PM = 10 x 1 = 10<br />

Frag<br />

Distância = 10 pixels;<br />

Resistência = 2<br />

PM = 10 x 2 = 20<br />

Mata<br />

Contínua<br />

Valores de R foram inferidos de forma a simular 4 paisagens<br />

por fragmento e ano<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Métodos<br />

Paisagem P1: Cecrópia é menos resistente<br />

que Vísmia.<br />

Unidades<br />

Mata primária 1<br />

Igarapé 2<br />

Cecrópia madura 5<br />

Vísmia madura 75<br />

Cecrópia intermediáriá 10<br />

Vísmia intermediária 150<br />

Cecrópia jovem 20<br />

Vísmia jovem 300<br />

Pasto 350<br />

Paisagem P3: Cecrópia e Vísmia têm a<br />

mesma resistência. Só a idade altera R.<br />

Unidades<br />

Mata primária 1<br />

Igarapé 2<br />

Cecrópia madura 3<br />

Vísmia madura 3<br />

Cecrópia intermediáriá 30<br />

Vísmia intermediária 30<br />

Cecrópia jovem 300<br />

Vísmia jovem 300<br />

Pasto 350<br />

R<br />

R<br />

Paisagem P2: Vísmia é menos resistente<br />

que Cecrópia.<br />

Unidades<br />

Mata primária 1<br />

Igarapé 2<br />

Cecrópia madura 75<br />

Vísmia madura 5<br />

Cecrópia intermediáriá 150<br />

Vísmia intermediária 10<br />

Cecrópia jovem 300<br />

Vísmia jovem 20<br />

Pasto 350<br />

Paisagem P4 -Todas as unidades oferencem<br />

a mesma resistência. Apenas as distâncias<br />

altera PM.<br />

R de todas as unidades = 1<br />

R<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Resultados<br />

Resultados obtidos nas regressões entre a ocorrência de novos<br />

indivíduos de cada espécie nos fragmentos e os valores de PM obtidos<br />

em cada <strong>paisagem</strong> simulada.<br />

Espécies Guilda P1 P2 P3 P4<br />

D. merula s.c. G=4,314; P=0,038 G=6,627; P=0,010 G=7,284; P=0,007 G=4,660; P=0,031<br />

G. rufigula s.c. G=5,110; P=0,024 G=6,229; P=0,013 G=9,487; P=0,002 n.s.<br />

P. albifrons s.c. n.s. n.s. n.s. n.s.<br />

H. poecilinota s.a. n.s. n.s. n.s. n.s.<br />

M. collaris s.a. n.s. n.s. n.s. n.s.<br />

D. stictolaema b.m. G=4,855; P=0,028 n.s. G=5,845; P=0,016 n.s.<br />

G. spirurus b.m. n.s. n.s. n.s. n.s.<br />

M. gutturalis b.m. n.s. n.s. n.s. n.s.<br />

T. ardesiacus b.m. G=7,134; P=0,008 n.s. n.s. n.s.<br />

T. caesius b.m. G=7,364; P=0,007 n.s. G=10,882; P=0,001 n.s.<br />

X. pardalotus b.m. G=5,519; P=0,019 n.s. n.s. n.s.<br />

N = 60; gl = 1.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Considerações Finais<br />

CONCLUSÃO<br />

1) Matrizes mais maduras e dominadas por Cecropia spp parecem ser<br />

mais permeáveis que matrizes mais jovens e dominadas por Vismia<br />

spp;<br />

2) O grau de isolamento per se não é capaz de explicar a entrada de<br />

indivíduos novos nos fragmentos;<br />

3) A capacidade de determinar a entrada de novos indivíduos nos<br />

fragmentos é a<strong>um</strong>entada quando se considera conjuntamente as<br />

características da matriz inter-habitat e o grau de isolamento;<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da Paisagem pode ser útil <br />

c. Chamando a atenção para a conectividade funcional: os<br />

corredores, stepping stone são realmente elos de ligação <br />

Beier, P. & Noss, R. 1998. Do habitat corridors provide<br />

connectivity Conservation Biology 12: 1241-1252.<br />

•Dos 12 trabalhos com delineamento mais bem estruturado, 10<br />

mostram claras evidências de que os corredores promovem<br />

conectividade e a<strong>um</strong>entam a viabilidade das populações e são<br />

assim úteis em termos de conservação;<br />

• Nenh<strong>um</strong> estudo demonstrou os efeitos negativos.<br />

• A atitude mais segura é de manter os corredores, já que os<br />

ambientes naturais estavam conectados.<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da Paisagem pode ser útil <br />

d. Chamando atenção para os limiares<br />

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Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da Paisagem pode ser útil <br />

d. Chamando atenção para os limiares<br />

JP Metzger Lepac <strong>USP</strong>


Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Como a Ecologia da Paisagem pode ser útil <br />

e. Reconhecendo que a escala de análise e a escala<br />

de percepção das espécies é importante<br />

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Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Deve-se considerar:<br />

1. O contexto e a configuração do habitat<br />

(e não apenas a quantidade de habitat).<br />

2. A conectividade funcional: matriz,<br />

corredores, stepping stones.<br />

3. Limiares na estrutura da <strong>paisagem</strong>.<br />

4. As escalas de percepção das espécies.<br />

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Conservação baseada na ecologia da <strong>paisagem</strong><br />

Desafios futuros<br />

1. A ecologia da <strong>paisagem</strong> está na frente de <strong>um</strong> dilema<br />

semelhante ao do Superhomem e seu alterego Clark<br />

Kent (Hobbs 1999).<br />

2. Desenvolver <strong>um</strong>a teoria de mosaicos.<br />

Patch theory<br />

Mosaic theory<br />

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Reserve Management:<br />

Teoria das Ilhas<br />

Reserve Network Management:<br />

Teoria de metapopulações<br />

Mosaic Management:<br />

Ecologia de Paisagens<br />

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