mAiO \ SETEmBRO - Comissão Cultural de Marinha

Biblioteca Central da Marinha
Livro do Tombo do Real Pinhal dos Medos cito no Termo da Villa de Almada, Comarca
da Villa de Almada, pertencente à Real Coroa [Manuscrito] / [António Tomás da Silva Leitão],
1802 - 38 folhas, encadernado: 1 mapa; 42 cm.
Autógrafo. Título enquadrado por portada colorida. Folhas rubricadas. Pertenceu à Biblioteca
da Marinha do Brasil e foi oferecido à Biblioteca Central da Marinha em Maio de 1972.
É possível que este manuscrito fizesse parte da Biblioteca da Companhia dos
Guardas-Marinhas.
Principia em 3 de Dezembro de 1799. É provável que seja consequência do Alvará de 31
de Janeiro de 1798, que mandava proceder ao tombo geral de todos os pinhais reais, tendo
em vista a produção de resinas para a Marinha Real e Marinha Mercante.
Contém: Treslado dos Autos do Tombo, Medição e Demarcação do Real Pinhal dos Medos
[...], mil setecentos e noventa e nove; Juízo do Tombo dos Reaes Pinhaes Dezembargador
Silva Leitão [...]; Autos Civeis de Medição [...] processados em virtude do Alavara de Trinta e
hum de Janeiro mil setecentos noventa e oito; Escrivão Joaquim António Cabral.
A Mata dos Medos, também conhecida por Pinhal do Rei, abrange os concelhos de Almada
e Sesimbra, ocupando uma faixa com cerca de 5 kms ao longo da costa ocidental da
Península de Setúbal.
Está constituída como Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, através do Decreto-lei
444/71 de 23 de Outubro. Com uma diversidade biológica rara e uma localização única,
a Mata dos Medos é o cenário ideal para revigorantes passeios em família, jogging, ou
outras atividades ao ar livre. O seu nome, Mata dos Medos, não surgiu porque fosse
particularmente perigosa, mas sim porque “medo” significa “duna”. O seu segundo nome,
Pinhal do Rei, deve-se a uma ordem régia de D. João V, que mandou plantar árvores,
sobretudo pinheiros mansos, ao longo de centenas de hectares, de forma a travar o avanço
das dunas e do areal para o interior e proteger os terrenos férteis da região.