Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Curso de Engenharia Elétrica Curso de Engenharia de Controle e Automação Gráfico 3 - ω x t para os cenários de E1 a E4. Fonte: Autoria própria (obtido a partir do Matlab). Gráfico 4 - δ x t para os cenários de falta. Fonte: Autoria própria (obtido a partir do Matlab). A partir das simulações foram ainda verificados os valores máximos de df/dt e ∆δ atingidos <strong>em</strong> cada cenário. Os valores obtidos para cada cenário de sensibilidade conforme relé <strong>em</strong> observação são apresentados nos gráficos 5 e 6. Gráfico 5 - Valores máximos de df/dt obtidos. Fonte: Autoria própria. Gráfico 5 - Valores máximos de ∆δ obtidos. Fonte: Autoria própria. Os valores de df/dt e ∆δ obtidos para cada cenário de estabilidade conforme relé <strong>em</strong> observação são apresentados nos gráficos 7 e 8. Gráfico 7 - Valores máximos de df/dt obtidos. Fonte: Autoria própria. Gráfico 8 - Valores máximos de ∆δ obtidos. Fonte: Autoria própria
D AE L T – D e p ar t am en t o A c a d êm ic o d e E l etr o t é c ni c a / U T FP R – U n i ver si d a d e T e c n ol ó g ic a Fe d er al d o P araná Analisando os gráficos 5 a 8, nota-se que os relés apresentam <strong>com</strong>portamentos bastante diferentes frente aos cenários de sensibilidade e estabilidade. Para os testes de sensibilidade, os relés de taxa de variação de frequência e deslocamento de fase apresentaram valores máximos de cerca de 6 Hz/s e 3,5º, respectivamente. Através da análise dos gráficos 5 e 6, verifica-se que para a situação de <strong>ilhamento</strong>, os relés de taxa de variação de frequência e deslocamento de fase, necessitam de ajustes bastante sensíveis, valores máximos na ord<strong>em</strong> de 6 Hz/s e 3,5º, respectivamente. Entretanto, verifica-se nos testes de estabilidade que ambos os relés são bastante afetados por contingências no sist<strong>em</strong>a elétrico, podendo ocasionar disparos <strong>em</strong> situações indevidas. Logo, para evitar disparos int<strong>em</strong>pestivos, deve-se elevar os valores de ajuste dos relés. Porém, ao elevar os ajustes dos relés para 5 Hz/s e 4º, conforme os cenários de estabilidade simulados, perde-se a sensibilidade dos relés frente a determinados cenários de carga, <strong>com</strong>prometendo a detecção da condição de <strong>ilhamento</strong>. O ajuste proposto de 5 Hz/s para o relé de taxa de variação de frequência, manterá a sua estabilidade, exceto para a ocorrência de faltas trifásicas no sist<strong>em</strong>a, porém esse ajuste permite que o relé seja sensibilizado apenas nas situações onde o desequilíbrio de potência seja grande, cerca de 20%, não detectando o <strong>ilhamento</strong> nas situações <strong>em</strong> que o desequilíbrio de carga seja pequeno. Para o relé de deslocamento de fase, utilizando o ajuste proposto de 4º, o relé se manterá estável para situações de falta, exceto faltas trifásicas, porém perderá a sensibilidade para detectar o <strong>ilhamento</strong> <strong>em</strong> todos os cenários de carga simulados. As faltas trifásicas são os defeitos que causam maior impacto na estabilidade do sist<strong>em</strong>a de proteção. Entretanto, a probabilidade de ocorrência de <strong>um</strong>a falta trifásica é bastante baixa. Dessa forma, deve-se, muitas vezes, aceitar a perda da estabilidade dessas proteções frente a defeitos severos no sist<strong>em</strong>a, tais <strong>com</strong>o, faltas trifásicas. 6. CONCLUSÕES Este artigo é parte de <strong>um</strong> trabalho de conclusão de curso cujo principal objetivo foi a verificação da eficácia dos relés de taxa de variação de frequência e deslocamento de fase para a detecção de <strong>ilhamento</strong> <strong>em</strong> <strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>com</strong> geração distribuída. A partir das simulações realizadas e da análise de cada cenário proposto, observou-se a dificuldade de ambos os relés <strong>em</strong> detectar pequenas variações de carga, devido às perturbações geradas no sist<strong>em</strong>a elétrico quando ocorre o <strong>ilhamento</strong> não ser<strong>em</strong> expressivas. Além disso, verificou-se que existe <strong>um</strong>a grande dificuldade para a obtenção de <strong>um</strong> único valor de ajuste, tanto para o relé de taxa de variação de frequência quanto para o relé de deslocamento de fase, que seja capaz de manter a sensibilidade dos relés s<strong>em</strong> <strong>com</strong>prometer a estabilidade do sist<strong>em</strong>a de proteção. Com as simulações de contingências, foi possível observar também, que as faltas trifásicas são os defeitos que causam maior impacto na estabilidade do sist<strong>em</strong>a de proteção, sendo que os disparos incorretos ocasionados pelas faltas externas no sist<strong>em</strong>a ocorr<strong>em</strong> principalmente devido aos transitórios existentes logo após a eliminação das faltas. Para <strong>um</strong> melhor aproveitamento dos relés de frequência estudados neste trabalho deve-se <strong>com</strong>biná-los <strong>com</strong> a utilização dos d<strong>em</strong>ais relés de proteção do sist<strong>em</strong>a elétrico, tais <strong>com</strong>o, os relés de mínima tensão e o relé de mínima corrente de sequência negativa, visando a<strong>um</strong>entar a confiabilidade das proteções anti-<strong>ilhamento</strong> e evitar disparos indevidos. Por fim concluiu-se que os relés de taxa de variação de frequência e deslocamento de fase não garant<strong>em</strong>, por si só, a detecção do <strong>ilhamento</strong> <strong>em</strong> todos os casos de carga simulados s<strong>em</strong> o <strong>com</strong>prometimento da imunidade de operação contra faltas externas ao sist<strong>em</strong>a de geração do produtor independente. Dessa forma, para a correta utilização destes relés é imprescindível à elaboração de <strong>um</strong> estudo individual para cada produtor independente, levando <strong>em</strong> consideração a tecnologia da máquina utilizada, a configuração do sist<strong>em</strong>a e o tipo dos relés de proteção <strong>em</strong>pregados para que seja possível a obtenção de <strong>um</strong> ajuste ótimo para os mesmos. 7. AGRADECIMENTOS Os autores agradec<strong>em</strong> a Universidade Tecnológica Federal do Paraná pelo suporte durante a elaboração deste trabalho. 8. REFERÊNCIAS BEHRENDT, Ken. Proteção para fontes delta não esperadas. Schweitzer Enginnering Laboratoires, Inc. New Berlin, USA, 2002. Disponível <strong>em</strong> : . Acesso <strong>em</strong>: 15 de set. 2011. CIGRÉ Working Group. Final Report of Working Group 37-23, 1999. Impact of increasing contribution of dispersed generation on the power syst<strong>em</strong>, 1999. CIGRÉ Working Group. 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