Discipulado Cristão - Igreja Batista Itacuruçá
Discipulado Cristão - Igreja Batista Itacuruçá
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Quarta Estação<br />
ROTEIRO 1<br />
“<strong>Discipulado</strong> Cristão”<br />
ENCONTRO: Quando você precisa de um conselho urgente para tomar uma decisão<br />
importante, a quem você procurara e por quê<br />
EXALTAÇÃO: Ler João 14.26 e orar agradecendo a Deus por estar sempre ao nosso<br />
lado. Sugestões de cânticos:<br />
- Ajuntamento (número 9)<br />
- Benditos laços são (número 25)<br />
- Bom estarmos aqui (número 26)<br />
- Como é precioso, irmão (número 35)<br />
EDIFICAÇÃO<br />
Estudo: O amor pelo discípulo – João 13.1<br />
1. Que é discipulado cristão<br />
R. Discipular é tornar a pessoa obediente a Jesus, em tudo. Não existe discipulado sem a<br />
transmissão da vida de Jesus vivida pelo discípulo para o discipulando. Não existe<br />
discipulado sem o discípulo ao lado<br />
2. Segundo João 13.5-17, como podemos pensar o valor do exemplo no discipulado<br />
R. Jesus colocou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos. Lavar e<br />
enxugar, serviço completo! Faz parte da vida com Jesus usar os meus dons para abençoar<br />
os outros e permitir que os outros usem os seus dons para me abençoar! O contrário disso<br />
são egoísmo e orgulho: “Se sabeis essas coisas, bem aventurado sois se as praticardes”!<br />
(Jo 13.17)<br />
3. De onde vem o auxílio para a tarefa de discipular<br />
R. O Espírito Santo é o nosso ajudador. É o atual “Emanuel” presente em nossos<br />
corações. Somos o templo dele, pois ele habita em nós. Quanto mais cheios dele, mais<br />
submissos à vontade de Deus e mais dispostos à realização da sua obra. Conforme João<br />
16.13, o Espírito Santo viria para nos guiar na verdade de Jesus. Em Mateus 28.20, Jesus<br />
prometeu estar todos os dias com aqueles que o obedecessem na tarefa de fazer<br />
discípulos.<br />
EVANGELISMO<br />
Reveja a ficha de relacionamentos orando ao Senhor, verificando entre os que você tem<br />
listado alguém que possa ser discipulado por você.
Quarta Estação<br />
ROTEIRO 2<br />
“<strong>Discipulado</strong> Cristão”<br />
ENCONTRO: Pelo que você gostaria de ser lembrado<br />
EXALTAÇÃO: Ler 1Co 11.1, dividir em duplas e orar agradecendo a Deus pelo de Jesus<br />
que nos inspira a andar como Ele andou.<br />
Sugestões de cânticos:<br />
- Aclame ao Senhor (número 8)<br />
- Brilha Jesus (número 27)<br />
- É teu povo (número 51)<br />
- Firme nas promessas (número 65)<br />
EDIFICAÇÃO<br />
Estudo: “Características do <strong>Discipulado</strong> Cristão”. 1Tm 2.15<br />
1. Onde encontramos o preparo necessário para levar outros a serem seguidores de<br />
Jesus<br />
R. Na Bíblia. O discipulador cristão tem que ser alguém da Palavra e de palavra. Não<br />
resolve só conhecer a Palavra do Senhor. É preciso honrar e obedecer ao Senhor da<br />
Palavra.<br />
2. Leia os textos de Mt 5.48; 1 Pe 1.16; 1Jo 2.6; Cl 2.6 e descubra o que há de comum<br />
entre os textos.<br />
R. A ordem para buscarmos uma vida santificada. Deixe o grupo comentar cada texto e<br />
discutam quais os empecilhos para esta busca.<br />
3. Quando começa a caminhada de um verdadeiro discípulo de Jesus<br />
Começa quando uma pessoa recebe Jesus como Salvador:<br />
(1)Compreende que é pecadora e necessita do perdão divino;<br />
(2) Reconhece que não pode salvar-se por ter bom caráter ou fazer boas coisas;<br />
(3) Crê que o Senhor Jesus morreu na cruz em seu lugar;<br />
(4) Através de uma decisão de fé, reconhece Jesus como o seu todo suficiente Salvador e<br />
Senhor da sua vida.<br />
Ninguém se torna cristão vivendo a vida cristã. A experiência de conversão marca o<br />
início do discipulado.<br />
EVANGELISMO<br />
Separar o grupo em duplas, pedindo que conversem entre si sobre a pessoa a quem<br />
desejam discipular. Orem uns pelos os outros.
Quarta Estação<br />
ROTEIRO 3<br />
“<strong>Discipulado</strong> Cristão”<br />
ENCONTRO: O que você valoriza numa boa amizade<br />
EXALTAÇÃO: Ler João 1.40-42. Neste texto temos exemplos de pessoas que levaram<br />
outros a conhecer Jesus. Agradeça a Deus pelas pessoas que falaram de Jesus a você.<br />
Sugestões de cânticos:<br />
Maior é o que está em nós (número 85)<br />
Jesus Pastor Amado (número 82)<br />
Não a nós, Senhor (número 91)<br />
O nome de Jesus (número 100)<br />
EDIFICAÇÃO<br />
Estudo: “Exemplos Bíblicos de <strong>Discipulado</strong>”. Jo 1.35-37<br />
1. De acordo com o texto de Jo 1.35-37, que exemplo João nos dá ao apontar para<br />
Jesus<br />
R. O grande cuidado dos discipuladores é exatamente deixar claro que os discípulos são<br />
de Jesus e não propriedades deles. João estava mostrando que não era ele o alvo e nem<br />
aquele que deveria ser realmente seguido. “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo<br />
3.30).<br />
2. Peça ao grupo que identifique e discuta as ações descritas nos textos:<br />
João 1.40-42: O que leva os parentes. Enfatiza a importância de testemunhar na família.<br />
João 1.44-46: Aquele que mostra ao amigo. Enfatiza a importância dos relacionamentos.<br />
At 18.1-3: Aquele que participa do trabalho. Mostra o valor de gastar tempo investindo<br />
em vidas)<br />
3. Comente a frase: “Nossas igrejas estão repletas de consumidores e vazias de<br />
reprodutores.”<br />
Resposta livre. Mas enfatize que discipulado é repartir vida, é multiplicação! Eu e você<br />
somos os agentes continuadores da obra redentora.<br />
EVANGELISMO<br />
Peça que cada membro do grupo diga o nome da pessoa a quem deseja discipular. Faça<br />
uma lista única e distribua para que todo o grupo ore por todos os nomes durante a<br />
semana.<br />
Leve papel e caneta para todos, e cada um vai anotando os nomes em sua lista.
Quarta Estação<br />
ROTEIRO 4<br />
“<strong>Discipulado</strong> Cristão”<br />
ENCONTRO: De que maneira você se sentiu amado nos últimos dias e por quem<br />
EXALTAÇÃO: Ler Rm 15.6-13. Pedir que os membros comentem o valor da comunhão<br />
no Gf. Orar agradecendo a Deus o privilégio de estar juntos.<br />
Sugestões de cânticos:<br />
O meu louvor (número 99)<br />
O Caminho da cruz (número 96)<br />
Oferta de amor (número 101)<br />
Pai de amor (número 104)<br />
EDIFICAÇÃO<br />
Estudo: “<strong>Discipulado</strong> na carta aos Romanos” (Romanos 15.6 a 13).<br />
1. Jesus afirmou que deveríamos ser conhecidos pelo amor (Jo 13.35). Em Efésios<br />
4.15, Paulo também fala sobre a unidade cristã. A unidade é opcional<br />
R. Não! É um imperativo divino. Peça ao grupo que liste ações que ajudem a desenvolver<br />
a unidade cristã.<br />
2. No texto de Rm 16.3-5, temos uma saudação à igreja que se reunia numa casa. O<br />
que é uma igreja Onde ela pode reunir-se<br />
R. Geralmente dizemos que vamos à igreja, mas na verdade, vamos ao templo da igreja.<br />
A igreja está onde dois ou três estiverem reunidos, em nome de Jesus. A cultura não<br />
incentiva uma igreja em casa, mas os primeiros passos do cristianismo foram dados nas<br />
casas<br />
3. Qual a importância da obediência na vida de um cristão Rm. 16.19-20<br />
No discipulado, é sempre oportuno voltar à obediência, considerando que é o maior<br />
desafio bíblico. Nem todos os que louvam, adoram, oram e ajudam o próximo estão em<br />
obediência, mas os obedientes fazem estas coisas e também as outras, como evangelizar,<br />
discipular, entregar os seus dízimos e ofertas, honrar pai e mãe e obedecer a seus<br />
pastores! O caminho da obediência pode ser duro, mas sempre melhor que o da<br />
desobediência.<br />
EVANGELISMO<br />
Ore mais uma vez pelas pessoas que desejamos com que se tornem discípulos de Jesus.<br />
Gaste tempo orando por você, para Deus o capacite a ser um discipulador.
LIÇÃO 01 - QUE É DISCIPULADO CRISTÃO<br />
Introdução – O amor pelo discípulo – Jo 13.1<br />
Pr. Nilton A. de Souza<br />
Não existe discipulado sem o discípulo ao lado. O maior exemplo é Jesus. Ele chamou os doze<br />
para que estivessem com ele e os tornou pescadores de homens (Mc 1.17). Amar dá trabalho. Se<br />
alguém não quiser ter trabalho, que também não ame. Abrir-se para o amor é aceitar o desafio de<br />
pagar o preço. Deus amou e por isso nos enviou Jesus, o seu filho unigênito (Jo 3.16). Na semana<br />
mais difícil para Jesus dentre as que viveu aqui na terra, quando o clímax de toda a sua obra<br />
estava para acontecer, chamou os seus discípulos para estar com eles nesses momentos de<br />
despedida e ainda lhes dar as derradeiras orientações e lições de vida e para a vida. Não basta<br />
dizer, é preciso também fazer. O amor de Jesus não era pela metade e nem dependia das<br />
circunstâncias. Ele os amou até o fim, mesmo havendo entre os discípulos o Judas traidor, o<br />
Pedro que mentiu e o Tomé que duvidou!<br />
1. O Valor do Exemplo do <strong>Discipulado</strong>r – João 13.5-17<br />
Na Palestina daqueles dias não havia banheiros nas casas. Havia banheiros públicos. Nas casas<br />
havia as talhas de água para lavar somente os pés. Em face disso, as pessoas usavam os banheiros<br />
públicos e ao chegarem a casa, apenas necessitavam lavar os pés. Com muita sensibilidade<br />
emocional e espiritual - gente como a gente precisa ser -, Jesus colocou água numa bacia e<br />
começou a lavar os pés dos discípulos. Levar e enxugar, serviço completo! Pedro se manifestou<br />
com uma humildade invertida. Talvez não quisesses ter os seus pés lavados por Jesus para não se<br />
tornar obrigado a lavar os pés dos outros. Lembro-me de um verso quando crianças: “Eu não vou<br />
à sua casa, para você não vir na minha; você tem a boca grande, vai comer minha farinha!” Há<br />
muitas pessoas que não querem ser ajudadas e fazem tudo sozinhas. Rejeitam fortemente<br />
qualquer iniciativa nessa direção. Muitas vezes, não é porque não queiram incomodar os outros,<br />
mas antes porque não querem dar chances de serem incomodas. Faz parte da vida com Jesus,<br />
usar os meus dons para abençoar os outros e permitir que os outros usem os seus dons para me<br />
abençoar! O contrário disso são egoísmo e orgulho: “Se sabeis essas coisas, bem aventurado sóis<br />
se as praticardes”!(Jo 13.17)<br />
2. A Necessidade da Advertência – Jo 13.21-30<br />
Discipular é também cuidar e dar direção discipulador se preocupa com a conduta do<br />
discipulando. Podemos deduzir do ensino bíblico que ninguém recebe tentação acima daquilo que<br />
pode suportar (1Co 10.13) e que cada um é tentado pelas suas próprias concupiscências (Tg 1.14).<br />
Segundo o que tenho ouvido e experimentado, Deus sempre nos adverte, falando diretamente ao<br />
nosso coração, usando fatos e pessoas para nos alertar. Alguém já disse que “não podemos evitar<br />
que um pássaro pouse em nossa cabeça, mas podemos evitar que ele faça ninho”. É comum<br />
ninguém gostar de advertências e críticas. Devemos ouvir e refletir sobre os fatos que deram<br />
origem à crítica. Além dos fatos, devemos olhar o perfil de quem está criticando e advertindo.<br />
Tratando-se de uma pessoa íntegra e submissa a Deus, nosso cuidado e prudência devem ser<br />
multiplicados. Entretanto, se a crítica tiver conotações de inveja, juízo precipitado e partir de<br />
pessoas inidôneas, devemos continuar nossa caminhada sem profundas preocupações, mas com o<br />
sinal de alerta ligado. Judas foi advertido, mas preferiu seguir o seu próprio caminho. Mais tarde,<br />
teve remorso mas não se arrependeu. O arrependimento vem em face do pecado cometido. O<br />
remorso é fruto das conseqüências do pecado. Por exemplo, alguém rouba sempre e nunca se<br />
arrepende. Quando então é preso, a conseqüência do roubo o leva ao remorso. Temos que cuidar<br />
uns dos outros e mutuamente nos exortarmos.
3. O Auxílio para a Tarefa de Discipular. - Jo 14.26<br />
O Espírito Santo é o nosso ajudador. É o atual “ Emanuel” presente em nossos corações. Somos<br />
o templo dele, pois ele habita em nós. Quanto mais cheios dele, mais submissos à vontade de<br />
Deus e mais dispostos à realização da sua obra. Conforme João 16.13, o Espírito Santo viria para<br />
nos guiar na verdade de Jesus. A palavra grega para Paráclito tem o mesmo radical da palavra<br />
exortação. Exortar é estar ao lado de alguém para conduzi-lo na verdade. Quanto mais cheios do<br />
Espírito Santo, melhores discipuladores, pois estaremos mais cheios de Jesus! Ou como disse o<br />
autor sacro no hino 116 do CC “Vem Espírito divino, grande ensinador!” Ninguém está mais<br />
interessado na obra do discipulado que o próprio Deus. Fazer discípulos é fazer imitadores do<br />
próprio Jesus. Deus não quer adeptos do Cristianismo. Ele quer seguidores de Jesus. A multidão<br />
de João 6:60-69 recuou da sua tentativa interesseira de seguir a Cristo. Ela seguia Jesus por causa<br />
das curas, da comida e da fama esperada. Por outro lado, está bem claro em Mt 28.20 quando<br />
Jesus prometeu estar todos os dias com aqueles que o obedecessem na tarefa de fazer discípulos.<br />
4. Um chamado à obediência. – Jo 15:12-14<br />
O verbo mais importante da Bíblia é o obedecer. O ser humano pode adorar louvar, evangelizar e<br />
mesmo discipular, sem obedecer. É o que existe dominicalmente em nossas igrejas. Multidões<br />
comparecem aos cultos trazidas por inúmeras motivações! É possível adorar sem obedecer Será<br />
que Deus recebe o culto dos desobedientes Em 1Sm 15.22 o profeta diz para o rei Saul “ Tem<br />
porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do<br />
Senhor Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de<br />
carneiros.” A marca mais forte do discípulo é a obediência. Discipular é tornar a pessoa<br />
obediente a Jesus, em tudo. Não existe discipulado sem a transmissão da vida de Jesus vivida pelo<br />
discípulo para o discipulando. Será que obedecemos Entregamos os nossos dízimos<br />
mensalmente em nossa igreja (Casa do Tesouro) e estamos ganhando almas para Jesus<br />
5. Uma Preocupação Presente – João 17.15-16<br />
Assim como a vida de uma canoa é estar na água e a sua morte é a água estar dentro dela, a vida<br />
de uma igreja é estar no mundo, sendo sal e luz; a morte da igreja é o mundo estar dentro dela<br />
com suas paixões e pecaminosidade. Temos uma missão no mundo e precisamos estar nele. Dois<br />
perigos: de um lado, podemos estar tão ligados ao mundo e perdermos a condição de profetas; por<br />
outro lado, podemos estar tão distantes do mundo e perdermos a condição de sacerdotes. Teremos<br />
ouvintes, mas não teremos mensagem ou, teremos mensagem, mas não teremos ouvintes. O<br />
equilíbrio é estar tão próximos de Deus e tão próximos do mundo. Teremos a mensagem e<br />
teremos ouvintes! Seremos ao mesmo tempo profetas e sacerdotes de Deus.<br />
Conclusão – O Orar pelo Discípulo –João 17.<br />
O que Deus pode, a minha oração também pode! No ponto anterior, falamos do sacerdote. Esta<br />
figura bem colocada por Pedro em 1Pe 2.9 deve nos lembrar do dever de nos colocarmos perante<br />
Deus em favor dos outros. Sacerdote é aquele que faz da dor do outro a sua dor. Quando vê<br />
alguém necessitado, ele também se torna necessitado e ora como se o problema fosse seu. Como<br />
olhar então para o perdido, para o carente, para o drogado e outros Temos falta de profetas<br />
(ganhadores de almas) e falta de sacerdotes (pessoas cheias de compaixão e graça). Discipular é<br />
fazer seguidores de Jesus e lhes oferecer um ombro amigo para que a caminhada da vida se torne<br />
mais leve, enquanto não chegamos ao céu e conquistemos outros para lá estarmos eternamente<br />
juntos.
LIÇÃO 2 – CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO CRISTÃO.<br />
Pr. Nilton A. de Souza<br />
Introdução<br />
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus; e o que de mim ouviste diante<br />
de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os<br />
outros.” Esse desafio apresentado por Paulo a Timóteo em 2Tm 2.1,2 deve trazer muita convicção<br />
aos nossos corações lembrando-nos de que discipulado é fazer imitadores de Cristo, contrariando<br />
o velho jargão “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. É mais confortável e bem mais<br />
irresponsável dizer para as pessoas olharem para Jesus! O discípulo autêntico diz categoricamente<br />
como o apóstolo Paulo afirmou em 1Co 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de<br />
Cristo”. Para ser imitável, o discípulo precisa estar comprometido com o seu próprio crescimento<br />
espiritual, ser um guardião da pureza, preservar com toda a ética e fidelidade a doutrina que<br />
confessa, cuidar e se alegrar com o progresso dos seus discipulandos e viver a fé como um<br />
combatente perseverante, confiando que a vitória já está garantida.<br />
1. O Preparo Necessário. – 1Tm 2.15<br />
O discipulador cristão tem que ser alguém da Palavra e de palavra. Sempre fico impressionado<br />
quando leio a tentação de Jesus em Mt 4.1-11. Jesus sabia e vivia a Palavra! O Diabo apenas<br />
sabia a Palavra. É importante saber, mas sobretudo viver! Não resolve só conhecer a Palavra do<br />
Senhor. É preciso honrar e obedecer ao Senhor da Palavra. Não combina com o Diabo o uso da<br />
Bíblia. A Bíblia é a verdade e o Diabo é o pai da mentira, como Jesus disse em João 8.44. Só<br />
pode viver a verdade quem conhece Jesus. Ele é a verdade.(João 14.6). Ó homem só é livre pela<br />
verdade (João 8.32,36). O Diabo mentiu para o primeiro casal, no Éden. O casal pecou. Todo<br />
pecado tem sempre a ver com a mentira. Jesus usou a Palavra para derrotar Satanás e o seu<br />
primeiro golpe foi a afirmação de que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que<br />
sai da boca de Deus”(Mt 4.4). Paulo nos dá em Ef 6.10-17 as ferramentas para a vitória sobre<br />
Satanás. Quando a gente conhece e usa a Palavra, pode ficar de pé perante Satanás e se curvar<br />
somente diante de Deus. Deus tem compromisso com gente fiel! Quando Jesus mandou o Diabo<br />
embora, ele o deixou e os anjos vieram e serviram Jesus. Será que temos lido a Palavra Quanto<br />
tempo gastamos com ela diariamente Você tem um local para se encontrar com Deus: quarto,<br />
sala, quintal, escritório ou outro lugar santificado para isso Se ainda não, providencie! Será uma<br />
bênção para a sua vida e para os outros.<br />
2. A Vida Santa Esperada – 1Jo 2.3-6<br />
Deus nunca mandou que fôssemos sábios quanto Ele, nem onipotentes, nem onipresentes e nem<br />
oniscientes quanto ele. A ordem foi no sentido de sermos perfeitos como ele é perfeito (Mt 5.48)<br />
e santos como ele é santo (1 Pe 1.16). João não deixou por menos (1Jo 2.6), Paulo também em Cl<br />
2.6 e Pedro em 1Pe 2.21. Deve haver coerência entre a nossa crença e a nossa prática. Se o<br />
conhecemos, devemos obedecer-lhe. A prova do nosso amor é a obediência (Jo 14.21 e 15.14).<br />
Somos o referencial de Jesus aqui no mundo. Aliás, a igreja é o corpo de Jesus. As mãos, os pés,<br />
o coração e a boca de Jesus, são os da igreja. O mundo não vê Jesus; vê a igreja e nos vês. Um<br />
missionário chegou numa tribo muito isolada e desconhecida dos pesquisadores. Quando<br />
conseguiu se comunicar com o povo, falou-lhe de |Jesus. Qual foi a sua surpresa quando aquele<br />
povo lhe disse que Jesus já tinha estado com eles há algum tempo atrás. Com alguns dias de<br />
inquietação e busca, o missionário descobriu que outro missionário tinha passado um tempo com<br />
eles e a sua vida era tão parecida com a de Jesus que eles pensaram ter sido o próprio Jesus! Se<br />
alguém rejeitar Jesus por causa da sua incredulidade, a culpa será dele. Se rejeitar por causa do<br />
meu mau testemunho, a culpa será minha! Sejamos pontes e não obstáculos.
3. A Fidelidade Doutrinária.- 2 Jo 7-9<br />
O conselho de Paulo a Timóteo foi que ele tivesse cuidado de si mesmo e do ensino (1Tm 4.16)!<br />
Estamos num tempo em que a doutrina tem sido pouco valorizada. O mundo trouxe para a igreja<br />
a moda do descartável, do pragmático e do imediatismo. O que está com problemas é jogado fora;<br />
só vale o que funciona bem e produz satisfação aos usuários, aqui e agora. Isso insulta a<br />
fidelidade, a ética e os valores eternos que vão além da vida terrena. Há uma igreja evangélica<br />
brasileira que cresce alicerçada em três pilares: cura física, prosperidade e descarrego. Tudo tendo<br />
a ver com o bem estar terreno. Tem sido uma boa receita para um país de assistência médica<br />
precária, de muita gente pobre e de grande inclinação mística. Entretanto, a doutrina está para a<br />
prática como a receita está para o bolo. Uma receita errada produz um bolo errado assim como<br />
uma doutrina errada dá origem a uma prática errada. Um pensador afirmou que “Viver é<br />
pensar.O homem vive o que pensa. É preciso pensar certo para viver direito”. Devemos saber<br />
nossas doutrinas pois são bíblicas e precisam ser transmitidas para os futuros líderes e igrejas.<br />
4. O Acompanhamento do Progresso – 3Jo 3,4 e 14.<br />
<strong>Discipulado</strong> é discipulado ao lado. É vida na vida ou transmissão de vida. Jesus tinha dois<br />
ministérios: um com a multidão e outro com os discípulos. Com muita diferença quanto ao tempo<br />
e qualidade, Jesus investiu muito nos doze discípulos. Antes de fazer outros discípulos,<br />
precisamos ser discípulos imitáveis. Antes de fazer é preciso ser. O caminho do verdadeiro<br />
discipulado começa quando uma pessoa recebe Jesus como Salvador: 1)Compreende que é<br />
pecadora e necessita do perdão divino; 2) Reconhece que não pode salvar-se por ter bom caráter<br />
ou fazer boas coisas; 3)Crê que o Senhor Jesus morreu na cruz em seu lugar; 4)Através de uma<br />
decisão de fé, reconhece Jesus como o seu todo suficiente Salvador e Senhor da sua vida.<br />
Ninguém se torna cristão vivendo a vida cristã. A experiência de conversão marca o início do<br />
discipulado. A vida de um discípulo é de natureza sobrenatural. Não temos em nós o poder para<br />
vivê-la. Dependemos do poder de Deus.Somente quando nascemos de novo recebemos forças<br />
para viver como Jesus viveu e ensinou. Não se pode esperar crescimento espiritual de alguém<br />
morto. Entretanto, se alguém está vivo, naturalmente cresce. O nascido de novo tem fome! Se<br />
alguém não tem fome das coisas espirituais, deve examinar a si mesmo e perguntar: “Nasci de<br />
novo Sou filho de Deus Estou determinado a obedecer-lhe”<br />
5. A Fé para Prosseguir – 1Jo 5.1-4<br />
O nosso exemplo supremo é Jesus. Foi uma vida de obediência à vontade de Deus. Viver pela fé é<br />
viver segundo a Bíblia determina e no poder do Espírito Santo. Vida de fé é vida de oração, de<br />
sintonia plena com Deus. O desafio é a produção do fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Se desejamos<br />
vencer o mundo, temos que viver a fé que abraçamos. Muitos só querem as honras da fé, mas<br />
precisamos honrar a fé!<br />
Conclusão.<br />
Deus para fazer uma melancia leva dias e, basta deixá-la ao sol por algumas horas, ela deixa de<br />
existir como tal. Um carvalho leva 100 anos, mas dura séculos. Não existem atalhos. Comparando<br />
o discipulado a uma escada, não podemos pular degraus. Temos que passar pelas etapas de<br />
experiências com Deus, conhecendo e vivenciando a sua Palavra. Com certeza, quanto mais<br />
alimento (Bíblia), respiração (oração) e exercícios (vida de testemunho), mais crescimento será<br />
experimentado. Nascemos de novo e estamos realmente crescendo O nosso êxito não deve ser<br />
medido olhando para onde estávamos e onde estamos, mas olhando para onde estávamos e onde<br />
deveríamos estar! Que nota você daria para você Como melhorar
LIÇÃO 3 – EXEMPLOS BÍBLICOS DE DISCIPULADO<br />
Pr. Nilton A. de Souza<br />
Introdução.<br />
A exuberância do discipulado na vida de uma igreja foi a experiência com o apóstolo Paulo.<br />
Depois do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco (At.9), alguém o levou até a casa de<br />
Judas (de Tarso) onde foi apresentado a Ananias e batizado por ele. Logo depois Barnabé o<br />
tomou e se tornou o seu discipulador. Atualmente, temos em nossas igrejas alguns poucos<br />
obstetras (atuam no nascimento) e raríssimos pediatras (os que cuidam depois do nascimento). Já<br />
pensaram uma mãe tirando férias do lar logo após o nascimento de um filho Será que uma<br />
criança poderia viver sem a ajuda de alguém Já temos a “Operação André” (estratégia para<br />
alcançar os perdidos) e estamos lançando o “Projeto Barnabé”(estratégia para cuidar dos<br />
achados). Paulo foi bem cuidado por Barnabé e fez o mesmo com Timóteo, Tito e muitos outros.<br />
Se você ainda não tem sido um pai espiritual que gera e/ou cuida de filhos espirituais até que<br />
alcancem a maturidade para se reproduzirem, que Deus desafie o seu coração para assumir um<br />
compromisso extremamente bíblico e demasiadamente necessário! Inspire-se nos exemplos a<br />
seguir.<br />
1. Aquele que aponta para Cristo – Jo 1.35-37<br />
O grande cuidado dos discipuladores é exatamente deixar claro que os discípulos são de Jesus e<br />
não propriedades deles. João, o grande discipulador, tomou três decisões fundamentais: 1) “Eu<br />
sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaias”<br />
(Jo 1.23). Ele estava consciente de quem ele era e o que deveria fazer; 2) “Eis o cordeiro de<br />
Deus!” (Jo 1.36), mostrando que não era ele o alvo e nem aquele que deveria ser realmente<br />
seguido; 3) “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). João trabalhava para a enaltecer<br />
Jesus e glorificar a Deus com a sua vida e ministério! Em resumo, ele preparou o caminho,<br />
mostrou o caminho e saiu do caminho! O discipulador é tentado, na maioria das vezes, a preparar<br />
o caminho, mostrar o caminho e a ficar no caminho. Ele pode se tornar uma luz tão brilhante que,<br />
a exemplo dos besouros, voam e batem na luz e caem no chão. Insistem em voar, mas a luz os<br />
atrapalha. A maior alegria de um discipulador é ver o progresso do discipulando e não tê-lo como<br />
um concorrente. Deus nos deu diferentes dons e cada um fará melhor o que for feito exercendo os<br />
seus dons. Matusalém viveu 969 anos e ele só é lembrado por isso. Jesus viveu apenas 33 anos! O<br />
valor não está necessariamente no tempo de vida mas como viveu a vida num determinado<br />
tempo.<br />
2. Aquele que leva o parente – Jo 1.40-42<br />
As narrativas bíblicas pouco destacam André, mas registram dois acontecimentos extraordinários<br />
na vida desse homem. João fala que foi André que levou o seu irmão Pedro a Jesus, logo depois<br />
de tê-lo conhecido.É também João que menciona o seu nome como aquele que achou um menino<br />
que tinha cinco pães e dois peixes (Jo 6.8). A maioria dos batistas e grande parte dos evangélicos<br />
sabem quem é Billy Graham. Entretanto, ele credita o êxito do seu ministério a sua família, a sua<br />
equipe e a milhões de anônimos que por ele oram no mundo todo. Pedro foi um dos mais<br />
destacados entre os discípulos, mas foi o quase que anônimo André que Deus usou para trazê-lo<br />
a Jesus. Em nossas estatísticas pelo Brasil, temos descoberto que mais de 95% dos membros de<br />
nossas igrejas foram levados a Jesus por gente conhecida, estando a família em primeiro lugar<br />
como agente da salvação. Você está orando e trabalhando para que membros de sua família se<br />
convertam Que tal parar agora e cada um orar por familiares seus ainda não crentes, depois de<br />
mencionar seus nomes e dizer em que condições se encontram na sua vida espiritual
3. Aquele que mostra ao amigo – Jo 1.44-46<br />
Outra fonte geradora de salvos é o testemunho de amigos para os amigos. Muito pela ausência de<br />
um Programa de <strong>Discipulado</strong> nas igrejas, onde a chance que o novo crente tem de estudar a Bíblia<br />
e se preparar para o batismo se resume no horário da EBD, aos domingos. Via de regra, as igrejas<br />
não possuem crentes preparados para fazer o discipulado nos lares dos novos convertidos. Logo<br />
após o batismo, recebem o desafio de ganhar os seus amigos para Jesus. Aí ele declara que os<br />
seus amigos atuais já são todos crentes! Suas atividades esportivas e de lazer são feitas com o<br />
pessoal da igreja. Também não freqüenta mais as festas da família! O resultado disso é que<br />
matamos um ardoroso missionário junto aos seus amigos e família, muito disposto a ganhar<br />
pessoas para Jesus. Dentro de pouco tempo ele se comportará como os demais da igreja: sem<br />
evangelizar, sem discipular e deixa de freqüentar os cultos de oração. Se praticarmos o<br />
discipulado e crermos no poder que o Espírito Santo tem para proteger os que estão sendo<br />
edificados na Palavra, a conquista de amigos será abundante. Você está orando por alguns amigos<br />
e agindo estrategicamente com eles a fim de trazê-los a Jesus Lembrem-se dos seus nomes e<br />
tenham também outro momento de oração, assumindo o dever diante de Deus de trazê-los a Jesus.<br />
4. Aquele que participa do trabalho - At 18.1-3<br />
Vivemos em um mundo de parcerias.Várias parcerias têm sido estabelecidas visando um bom<br />
negócio para as partes envolvidas. Paulo e Áquila viveram esta experiência em termos<br />
profissionais, mas não pararam por aí. Eram também parceiros na expansão do reino de Deus,<br />
colocando em prática o que depois registraria em uma de suas cartas àquela igreja (At 3.9).<br />
Satanás sabe que a cooperação é tremendamente salutar e estratégica para a expansão do Reino de<br />
Deus e por isso não podemos permitir que ela enfraqueça. Nos últimos anos, com os problemas<br />
financeiros e de gestão invadindo as nossas instituições, o advento de tantas denominações<br />
evangélicas e inúmeros modelos eclesiásticos, os alicerces da cooperação têm sofrido intensos<br />
bombardeios e até mesmo mexido com a fidelidade das igrejas com sua denominação.<br />
Precisamos estar mais unidos como bons parceiros, compartilhando esforços e minimizando<br />
custos, visando ministérios bem sucedidos.<br />
Sua igreja é fiel na entrega do Plano Cooperativo e participa das ofertas missionárias Por que<br />
sim e por que não Que tal a inspiração de 2Co 5.15: “e ele morreu por todos, para que os que<br />
vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”<br />
5. Aquele que se interessa pela verdade – At 18.24-26<br />
Apolo foi humilde e não teve medo de conhecer com maior profundidade o caminho de Deus.<br />
Posso imaginar a delicadeza e a ternura com que o casal Priscila e Áquila lhe dirigiram a palavra.<br />
Só assim puderam receber sua atenção. O ensino dinâmico e criativo promove quatro tipos de<br />
mudança no ouvinte. Ele muda o conhecimento, o entendimento, a habilidade e a atitude. Quando<br />
ensinamos uma verdade bíblica, o maior valor está na mudança de atitude. O amor é a arma mais<br />
poderosa para gerar confiança e, sem confiança não há educação. Somos portadores da verdade.<br />
Nosso propósito é que as pessoas possam nos ouvir e conhecer a verdade. Há muita gente em<br />
busca da verdade e precisamos ser sábios e amáveis para transmiti-la. Com orgulho, prepotência e<br />
soberba, os ouvintes nos evitarão. Apolo foi abençoado quando encontrou mestres afáveis e<br />
humildes.<br />
Conclusão.<br />
A vida cristã é dinâmica. Deve ser compartilhada e reprodutiva. Nossas igrejas estão repletas de<br />
consumidores e vazias de reprodutores. Eu e você somos os agentes continuadores da obra<br />
redentora. Cremos no Deus Todo Poderoso que fez, que faz e que fará em nós e através de nós<br />
grandes maravilhas. Que problemas enfrentamos e que posições corajosas devemos assumir para<br />
que aceleremos o nosso crescimento Você é um exemplo de discipulador
LIÇÃO 4 – DISCIPULADO CRISTÃO NA CARTA AOS ROMANOS<br />
Pr. Nilton A. de Souza<br />
Introdução.<br />
É emocionante ler os últimos dois capítulos de Romanos que expressam com tanta nitidez o<br />
relacionamento de Paulo com esses irmãos, mencionando nomes e os identificando pelas<br />
qualidades observadas tal como um pai faz com seus filhos. O ambiente é de família; não de<br />
chefe e subordinados; não de general e soldados ou de alunos e mestres. <strong>Discipulado</strong> são pais e<br />
irmãos mais experientes, transmitindo vida aos mais novos para que aprendam a caminhar na fé e<br />
a se reproduzirem em novos discípulos. Será que conhecemos bem aqueles que servem a Deus<br />
conosco e temos investido um tempo de qualidade para o crescimento espiritual deles Ninguém<br />
deve deixar de fazer o pouco que pode por não poder realizar o muito que gostaria!<br />
1. A Unidade Cristã - Rm 15.6-13<br />
Como afirmou Jesus, deveríamos ser conhecidos pelo amor (Jo 13.35). Depois João escreveu: “<br />
Vede que grande amor nos tem concedido o nosso Pai; que fôssemos chamados filhos de Deus; e<br />
nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu a ele” (1 Jo 3.1). A<br />
maneira mais fácil do mundo conhecer a Deus é conhecê-lo através dos seus filhos! Será que<br />
somos dignos dessa honra, ou daremos uma pálida e fraca impressão de Deus Os atos da igreja<br />
neste mundo são os atos de Cristo neste mundo. A igreja é o corpo de Cristo! O próprio Paulo em<br />
Ef 4.15 e 16 escreve: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a<br />
cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas,<br />
segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em<br />
amor”. A tônica da oração de Jesus em João 17 é a unidade. Ele pede para que todos sejam um<br />
assim como ele é um com o Pai (v.21). A unidade não é opcional. É um atendimento ao<br />
imperativo divino.<br />
2. A Mútua Responsabilidade – Rm 15.14<br />
Ecoa ainda em cada um de nós a pergunta que tem atravessado os séculos: “...sou eu o guarda do<br />
meu irmão”(Gn 4.9b). Para Caim, foi uma fuga em face do fratricídio cometido. Para nós é uma<br />
tentativa de transferir responsabilidade. Todos conhecemos os direitos e os deveres: os nossos<br />
direitos e os deveres dos outros. O ensino bíblico é riquíssimo em reciprocidade consoante o que<br />
Jesus disse em Mt 7.12. O discipulado oferece a maior das oportunidades em termos de mútua<br />
responsabilidade. É uma fonte inesgotável de benefícios para quem é discipulado e para quem<br />
discípula. Os desafios e tarefas que sugerimos ao discipulando, precisamos também efetuar. Seria<br />
hipocrisia exigir do outro um padrão de vida que não tenho buscado alcançar. Nossa meta deve<br />
ser formar discípulos que tenham condições de nos admoestar e ministrar a graça de Deus para<br />
nós. Numa família, é comum os filhos darem conselhos aos pais. Sinal de que aprenderam com<br />
os pais e estão amadurecidos. Na vida espiritual, isso é mais acentuado posto que o próprio<br />
Espírito Santo é o grande Mestre que nos dá sabedoria, não pelo tempo de casa mas pela<br />
intensidade da busca. Você poderia ser abençoado por um filho na fé Já viveu essa experiência<br />
3. A Nossa Casa como <strong>Igreja</strong> – Rm 16.3-5<br />
Infelizmente, herdamos do Velho Testamento e da cultura católica o conceito antigo de templo.<br />
Achamos que templo e igreja é a mesma coisa. Deus morava no Templo, mas no Novo<br />
Testamento, cada crente é o templo do Espírito Santo (1Co 6.19). Quando Jesus morreu na cruz,<br />
o véu do templo se rasgou, mostrando que Deus não estaria mais lá e o Santo dos Santos estava<br />
vazio. Deus saiu do templo e veio para os corações. Paulo, em At 17.24, declara categoricamente<br />
que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas! Geralmente dissemos que vamos à<br />
igreja, mas na verdade, vamos ao templo. A igreja está onde dois ou três estiverem reunidos, em<br />
nome de Jesus. A cultura não incentiva uma igreja em casa, mas os primeiros passos do
cristianismo foram dados nas casas. Isso durou até o século IV, quando o imperador Constantino,<br />
tornou a igreja da época, instituição oficial do governo. Quem era cidadão romano,<br />
automaticamente tinha que ser cristão. Não era fruto de uma escolha pessoal mas uma adesão<br />
legal. Seria bom que você pesquisasse sobre isso e pudesse entender melhor porque hoje quando<br />
se fala em igreja, o que vem à nossa mente é um templo, com pastor e tudo mais. Isso tem sido<br />
um obstáculo para a propagação do Evangelho e a salvação dos bilhões de perdidos no mundo.<br />
4. Cuidado com as Influências Negativas – Rm 16.17-18<br />
Não é bom conservar ao nosso lado pessoas que nos atrapalham na fé que abraçamos. Os<br />
verdadeiros amigos são aqueles que nos tornam melhores que somos quando estamos com<br />
eles.Um amigo não deseja que eu baixe os meus padrões e negocie os meus princípios. Ser amigo<br />
é honrar o outro e respeitar as suas convicções, ou confrontá-las em amor, quando nos parecerem<br />
equivocadas.<br />
O Salmo 1 e o Salmo 101 têm mensagens importantíssimas neste particular. Não fazemos as<br />
coisas para os outros verem, mas precisamos ter consciência de que, enquanto fazemos, pessoas<br />
estão nos vendo. O cuidado tem duas vertentes: como eu ando e influencio os outros e com quem<br />
ando e sou influenciado. O profeta Amós pergunta: “Acaso andarão dois juntos, se não estiverem<br />
de acordo”<br />
(Am 3.3). Paulo em 1Co 15.33 adverte : “Não vos enganeis. As más companhias corrompem os<br />
bons costumes!”. Há muita gente ousada e imprudente. Arrisca-se sem a mínima necessidade e<br />
ainda culpa o Diabo! Satanás é mentiroso e mau. Não podemos esperar dele alguma coisa boa, a<br />
não ser posicionamentos estratégicos para conquistar mais que imaginamos!<br />
5. A Exigência da Obediência. – Rm 16.19-20<br />
No discipulado, é sempre oportuno voltar à obediência, considerando que é o maior desafio<br />
bíblico. Nem todos os que louvam, adoram, oram e ajudam o próximo, estão em obediência, mas<br />
os obedientes fazem estas coisas e também as outras, como evangelizar, discipular, entregar os<br />
seus dízimos e ofertas, honrar pai e mãe e obedecer a seus pastores! Os crentes romanos foram<br />
elogiados pela obediência que era reconhecida por todos. Quem busca prazer sem obedecer,<br />
poderá nunca encontrar o verdadeiro prazer, mas quem busca obedecer sempre encontrará<br />
prazer. O caminho da obediência pode ser duro, mas sempre melhor que o da desobediência. Para<br />
o crente, prazer real não é fazer as coisas, mas é a sensação de bem estar depois de tê-las feito.<br />
Pode ser prazerosa uma traição, mas depois do fato consumado, vem a impiedosa sensação de<br />
culpa! Será que vale a pena obedecer a Deus Samuel disse para Saul que o pecado da rebelião é<br />
como o pecado da feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade da idolatria! (1Sm 15.23). É uma<br />
boa decisão assumir uma vida de obediência como crente e como igreja!<br />
Conclusão<br />
O cidadão romano estava bem familiarizado com um ambiente de leis, de doutores da lei e de rara<br />
impunidade. Não era novidade e nem tão penoso assumir o cristianismo como algo que exigia<br />
compromisso e fidelidade. Era apenas uma questão de valor para essa vida e para a eternidade.<br />
Ele tinha consciência de que, uma vez assumindo um viver sob as leis divinas, sua vida seria<br />
regida por outro sistema de valores. Por isso as ações como morrer, mortificar, honrar e outras<br />
não menos aterrorizadoras, estavam implícitas no pacote da fé. “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17)<br />
era a verdade aceita e internalizada, não importando o custo. Até onde vai o nosso compromisso<br />
com Jesus num ambiente de muita impunidade Morreríamos por ele e em nome dele O que<br />
significava ser cristão naquele tempo e o que significa hoje Deus mudou e há menos exigências<br />
e expectativas com os seus discípulos