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PROJETO FINAL BECN

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Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ana Arruda, Caio Monteiro, Lineu Parra, Vitor Rocha<br />

Professor: Marcelo Reyes, CMCC<br />

Campus Santo André<br />

Resumo<br />

O estudo dos Movimentos Harmônicos permite o entendimento de fenômenos que<br />

se repetem a intervalos regulares de tempo, como o pêndulo de um relógio antigo.<br />

Os cálculos do período e freqüência da oscilação são obtidos através de<br />

experimentos com os sistemas “pêndulo simples” e “massa-mola”, considerando<br />

os efeitos causados pela resistência do ar, da água, da constante k da mola, entre<br />

outros.<br />

As oscilações podem ser observadas<br />

através dos movimentos que se repetem<br />

como em um pêndulo de relógio antigo ou<br />

em barcos ancorados movimentando-se<br />

constantemente com as ondas.<br />

O estudo do Movimento Harmônico Simples<br />

possibilita o melhor entendimento das<br />

oscilações.<br />

Algumas propriedades são importantes<br />

para descrever tais movimentos: a<br />

freqüência f (número de oscilações<br />

completadas a cada segundo) e o período<br />

T, que está diretamente relacionado com a<br />

freqüência e é o tempo necessário para<br />

uma oscilação completa.<br />

A equação que descreve o período é:<br />

Qualquer movimento que se repete a<br />

intervalos regulares de tempo é<br />

denominado Movimento Harmônico.<br />

O pêndulo simples é um sistema formado<br />

por uma partícula de massa m, pendurada<br />

em uma extremidade por um fio<br />

inextensível e de massa desprezível que<br />

está preso a um suporte na outra<br />

extremidade.<br />

O sistema massa-mola, que consiste em<br />

um bloco de massa m, oscilando<br />

verticalmente, preso a uma mola com<br />

constante k.<br />

Mas com que tudo isso se relaciona no<br />

nosso dia a dia<br />

IX Simpósio de Bases Experimentais das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011


Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

http://history.nasa.gov/SP-4208/ch15.htm 1<br />

Figura 1. O Astronauta Alan L. Bean,<br />

durante 2ª uma Missão do Skylab, mede<br />

sua massa corporal através de um<br />

dispositivo composto por um assento preso<br />

a uma mola, oscilando para frente e para<br />

trás.<br />

O astronauta mede seu período de<br />

oscilação na cadeira; A massa é obtida a<br />

partir da equação para o período de um<br />

sistema massa-mola oscilante:<br />

Figura 2. O Edifício Citicorp em Nova York<br />

teve uma grande redução de oscilação com<br />

o sistema de amortecimento formado por<br />

um bloco conectado ao edifício por mola<br />

OBJETIVO<br />

Medir experimentalmente as oscilações do<br />

pêndulo simples e do sistema massa-mola<br />

em diferentes situações, para determinar<br />

coeficientes de amortecimento e os fatores<br />

que influenciam em seus períodos.<br />

Onde: T é o período de oscilação; K a<br />

constante da mola; m, a massa efetiva do<br />

sistema e M a massa do astronauta.<br />

Devido à presença de ventos fortes, a<br />

oscilação do Edifício Citicorp, em Nova<br />

York, é reduzida por um amortecedor –<br />

bloco móvel conectado ao edifício por<br />

molas – montado sobre o pavimento<br />

superior do edifício.<br />

A constante da mola é escolhida de modo<br />

que a freqüência natural do sistema bloco<br />

mola tenha o mesmo valor que a freqüência<br />

natural do edifício.<br />

METODOLOGIA<br />

Materiais<br />

Suporte para colocar o pêndulo<br />

Cronômetro<br />

Balança semi-analítica<br />

2 pesos com massas diferente com gancho<br />

1 mola de tamanho compatível<br />

Fio (nylon ou barbante)<br />

Transferidor em escala<br />

1 Recipiente com água<br />

Métodos<br />

PARTE A – Pêndulo Simples<br />

Durante a ação do vento, o edifício e o<br />

amortecedor oscilam 180° fora de fase um<br />

com o outro, resultando em uma<br />

significativa redução da oscilação do prédio.<br />

IX Simpósio de Bases Experimentais das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011


Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

b) Obtenção do coeficiente de<br />

amortecimento devido à resistência do<br />

ar em um pêndulo simples.<br />

A constante de amortecimento está<br />

relacionada com a amplitude A pela<br />

seguinte fórmula:<br />

F<br />

Figura 3. Montagem experimental do<br />

pêndulo simples.<br />

a) Fatores que influenciam o período de<br />

um pêndulo simples.<br />

Um objeto de massa m será suspenso por<br />

um fio de massa desprezível e comprimento<br />

L, com uma extremidade fixada em um<br />

suporte.<br />

, onde 1/b é chamada de<br />

constante de amortecimento e representa,<br />

matematicamente, o tempo necessário para<br />

que a amplitude seja reduzida de um fator<br />

igual a 1/e em relação ao seu valor inicial.<br />

A amplitude será medida com o auxilio de<br />

um transferidor. Serão considerados<br />

intervalos regulares de tempo proporcionais<br />

ao período do pêndulo. Será analisada a<br />

constante de amortecimento para duas<br />

massas diferentes.<br />

PARTE B – Sistema massa-mola<br />

Nessa parte do experimento será medido o<br />

período de oscilação em diferentes<br />

situações:<br />

1. Diferentes comprimentos de L (L 1 = 20<br />

cm, L 2 = 40 cm e L 3 = 80 cm).<br />

2. Diferentes amplitudes θ (θ 1 = 5°, θ 2 = 15°<br />

e θ 3 = 45°).<br />

Para minimizar os erros que estariam<br />

presentes na medição de um único período,<br />

como tempo de reação para acionar o<br />

cronômetro, será medido o intervalo de<br />

tempo equivalente a 10 T, onde T é um<br />

único período.<br />

A medição de cada situação diferente será<br />

realizada 5 vezes para a determinação do<br />

desvio padrão de cada medida.<br />

Figura 4. Montagem experimental do<br />

sistema massa–mola.<br />

a) Obtenção da Constante Elástica k de<br />

uma mola.<br />

A constante elástica k da mola será obtida<br />

pelo método estático onde um peso é<br />

colocado na extremidade da mola e é<br />

medida a variação x no comprimento da<br />

mola no estado de equilíbrio. Se a<br />

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Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

deformação obedece a lei de Hooke então<br />

temos que .<br />

b) Obtenção do coeficiente de<br />

amortecimento devido à resistência da<br />

água<br />

Teremos, nesse caso, um suporte rígido.<br />

Nele uma mola será presa em uma de suas<br />

extremidades, e um objeto de massa m 1<br />

será acoplada à outra extremidade.<br />

A essa massa m 1 oscilará e seu movimento<br />

será amortecido devido a resistência do ar<br />

e posteriormente da água.<br />

O objetivo será analisar a como a<br />

freqüência de oscilação do sistema varia<br />

considerando-o amortecido pelo meio,<br />

fazendo uso da seguinte fórmula:<br />

Onde b é a constante de amortecimento<br />

que depende das características, tanto da<br />

massa como do líquido onde a mesma<br />

estará imersa. A freqüência angular é<br />

obtida a partir do período de oscilação. Os<br />

dados serão submetidos aos cálculos<br />

necessários, a fim de trazer resultados<br />

passíveis de interpretação e comparação<br />

entre os dois sistemas.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

A. Fatores que influenciam o período do<br />

pêndulo simples.<br />

A única aceleração que atua em sentido do<br />

movimento no caso de um pêndulo simples<br />

é , onde θ é o ângulo inicial. Pela<br />

segunda lei de Newton,<br />

.<br />

Como a equação que representa o<br />

movimento harmônico é<br />

obtemos que o período para pequenas<br />

amplitudes em função do comprimento L do<br />

fio de massa desprezível é<br />

(considerando a aceleração da gravidade<br />

constante e igual a ).<br />

Para amplitudes maiores que 15°<br />

observamos o aparecimento de um fator<br />

que multiplica o período.<br />

Os dados obtidos são mostrados nas<br />

tabelas a seguir:<br />

Tabela I. Período de um pêndulo simples<br />

medido para diferentes comprimentos de L<br />

corrigidos com o centro de massa do peso<br />

utilizado (Amplitude de 15°).<br />

Comprimento L 10 T (Média) Desvio Padrão<br />

L 1 =22,1 cm 9,60 s 0,10<br />

L 2 =42,1 cm 13,49 s 0,13<br />

L 3 =82,1 cm 18,68 s 0,23<br />

Tabela II. Período de um pêndulo simples<br />

medido para diferentes amplitudes θ<br />

(Comprimento L = 82,1 cm).<br />

Período 10 T<br />

Amplitude θ (média) Desvio Padrão<br />

Θ 1 =5° 18,54 0,17<br />

Θ 2 =15° 18,68 0,23<br />

Θ 3 =45° 19,04 0,09<br />

Com os dados da tabela 1 fizemos um<br />

ajuste não linear e obtivemos a equação<br />

com um coeficiente de<br />

determinação<br />

confirmando que<br />

.<br />

Para os dados da segunda tabela<br />

observamos que os valores esperados<br />

eram da ordem de 0,46 s menores do que<br />

todos os valores obtidos experimentalmente<br />

(Os valores esperados eram 18,03 s, 18,10<br />

s e 18,74 s, respectivamente). Para<br />

comparar esses dados teríamos que levar<br />

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Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

em conta os erros envolvidos e a<br />

propagação de incertezas.<br />

B. Amortecimento de um pêndulo<br />

simples devido à resistência do ar.<br />

Apesar de pequena, a resistência do ar faz<br />

com que a quantidade de movimento de um<br />

pêndulo diminua. Para objetos com massa<br />

elevadas é esperado que demore mais para<br />

que suas oscilações reduzam até um<br />

patamar imperceptível.<br />

A amplitude de um oscilador amortecido<br />

decai exponencialmente, assim podemos<br />

escrever onde 1/b é o coeficiente<br />

de amortecimento que depende da<br />

resistência do meio, do formato e da massa<br />

do objeto.<br />

Medindo a amplitude de um pêndulo<br />

simples para duas massas diferentes<br />

obtivemos os dados que estão<br />

representados na forma de gráfico. O<br />

coeficiente de amortecimento foi calculado<br />

pelo ajuste do gráfico e vale 0,005 para a<br />

massa 1 e 0,002 para massa 2.<br />

Esses dados comprovam que o<br />

amortecimento é inversamente proporcional<br />

a massa utilizada, ou seja, quanto maior a<br />

massa menor será o amortecimento.<br />

Gráfico 2. Amplitude versus período para<br />

massa 2.<br />

C. Amortecimento de um sistema massamola<br />

devido à resistência do ar e da<br />

água.<br />

A amplitude de oscilação diminui devido à<br />

resistência do ar. O mesmo ocorre com a<br />

resistência da água, porém devido à<br />

diferença de viscosidade entre esses dois<br />

meios a amplitude diminui mais<br />

rapidamente se a massa estiver oscilando<br />

imersa em água. As equações do<br />

movimento harmônico amortecido podem<br />

ser escritas da seguinte forma:<br />

e<br />

é a<br />

freqüência natural de oscilação do sistema<br />

e vale .<br />

Duas massas foram utilizadas no<br />

experimento, m 1 = 0,056 Kg e m 2 = 0,112<br />

Kg. A constante elástica da mola foi obtida<br />

a partir da deformação produzida por essas<br />

duas massas, x 1 = 0,255 m e x 2 = 0,325 m.<br />

Deste modo, k = 7,99 N/m.<br />

Os dados são mostrados na tabela abaixo.<br />

Também foi feita uma simulação para o<br />

movimento das duas massas.<br />

Gráfico 1. Amplitude versus período para<br />

massa 1.<br />

Tabela III. Período, freqüência e coeficiente<br />

de amortecimento obtidos<br />

experimentalmente para um sistema<br />

massa-mola.<br />

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Movimento Harmônico Simples e Amortecido<br />

Período<br />

(s)<br />

Frequência<br />

angular w<br />

Coeficient<br />

e 1/b<br />

m1 m2 m1 m2 m1 m2<br />

Ar 1,19 1,52 5,29 4,14 0,83 0,61<br />

Água 0,55 0,70 11,51 9,03 2,80 1,40<br />

possível ao aumento da resistência se<br />

encontra na diferença de estados físicos<br />

(líquido e gasoso) e consequentemente na<br />

diferença entre as forças de interação entre<br />

as moléculas<br />

CONCLUSÕES<br />

Através dos cálculos dos amortecimentos<br />

do pêndulo simples e do sistema massamola<br />

foi possível compreender melhor a<br />

aplicação prática desses sistema no nosso<br />

cotidiano, como dos exemplos do edifício<br />

Citicorp e no cálculo da massa do<br />

astronauta em gravidade zero.<br />

Figura 5. Simulação do amortecimento<br />

esperado para a massa 1. Em azul a<br />

oscilação ocorre dentro da água e em verde<br />

no ar.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

[1]RESNICK, Robert; HALLIDAY, David;<br />

KRANE, Kenneth S. Física: 2. 5ª ed. Rio de<br />

Janeiro: LTC. 2003.<br />

[2]http://www.uel.br/cce/fisica/docentes/dari/<br />

d6_atividade3_c59479f5.pdf.<br />

[3]http://www.uel.br/cce/fisica/docentes/dari/<br />

d3_atividade9_6eeef57c.pdf.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agradecemos à Universidade Federal do<br />

ABC e ao professor Marcelo Reyes.<br />

FIGURA 6. Simulação do amortecimento<br />

esperado para a massa 2. Em azul (água) e<br />

em verde (ar).<br />

É possível observar que as oscilações<br />

reduzem mais rapidamente se ocorrerem<br />

em um meio que impõe mais resistência.<br />

Entretanto a freqüência angular aumenta<br />

significativamente. Uma explicação<br />

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