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O efeito do sal nas propriedades do xampú e sua ... - BECN - Ufabc

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O <strong>efeito</strong> <strong>do</strong> <strong>sal</strong> <strong>nas</strong> <strong>propriedades</strong> <strong>do</strong> xampú e <strong>sua</strong> relação com a estrutura miscelarO <strong>efeito</strong> <strong>do</strong> <strong>sal</strong> <strong>nas</strong> <strong>propriedades</strong> <strong>do</strong> xampú e <strong>sua</strong> relaçãocom a estrutura miscelarAntonio F. G. Ferreira Jr.; Leonar<strong>do</strong> M. Nakama; Luana S. Gonçalves;Guilherme F. de Figuere<strong>do</strong>; Rafael F. NunesProfessor Hugo Barbosa Suffredini, Centro de Ciências Naturais e Huma<strong>nas</strong>Universidade Federal <strong>do</strong> ABC, Campus Santo André, SPResumoNeste projeto, estu<strong>do</strong>u-se a formação de micelas e o seu comportamento quan<strong>do</strong> diferentesquantidades de NaCl foram adicionadas. Determinou-se a quantidade de <strong>sal</strong> necessária paraquebrar as micelas, pela observação da acentuada perda de viscosidade da solução.Demonstrou-se ainda a variação da condutividade de acor<strong>do</strong> com a quantidade de NaCl.INTRODUÇÃOAs micelas são agreda<strong>do</strong>s moleculares quesão forma<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> um tensoativo éadiciona<strong>do</strong> a uma solução aquosa e a <strong>sua</strong>concentração está acima de certaconcentração crítica (CMC). Abaixo <strong>do</strong>CMC, o tensoativo está pre<strong>do</strong>minantementena forma de monômeros, quan<strong>do</strong> aconcentração está próxima <strong>do</strong> CMC. Existeum equilíbrio entre monômeros e micelas. ACMC depende da estrutura <strong>do</strong> tensoativo edas condições experimentais. As micelassão estáveis, mas são destruidas se asolução for diluída e a concentração <strong>do</strong>tensoativo ficar abixo <strong>do</strong> CMC.A formação das micelas ocorre com oagrupamento das substâncias tensoativasquan<strong>do</strong> estas estão em contato com aágua, minimizan<strong>do</strong> a energia <strong>do</strong> sistema.Devi<strong>do</strong> a dualidade dessas substâncias, aparte hidrofóbica tende a se afastar daágua e a parte hidrofílica tende a interagirfortemente com ela, assim forman<strong>do</strong> asmicelas.A adição de <strong>sal</strong> em uma solução commicelas faz com que as mesmas assumamuma forma cilíndrica, o que faz com queelas tenham um movimento mais restrito,aumentan<strong>do</strong> a viscosidade <strong>do</strong> sistema. Semuito <strong>sal</strong> for adiciona<strong>do</strong>, ocorrerá a quebra<strong>do</strong> sistema, reduzin<strong>do</strong> drasticamente aviscosidade. As mudanças no sistema coma adição de <strong>sal</strong> podem ser observada naFigura 1.Figura 1: Viscosidade com a concentração de <strong>sal</strong>OBJETIVOIX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal <strong>do</strong> ABC - 12 e 13 de agosto de 2011


O <strong>efeito</strong> <strong>do</strong> <strong>sal</strong> <strong>nas</strong> <strong>propriedades</strong> <strong>do</strong> xampú e <strong>sua</strong> relação com a estrutura miscelarEste trabalho tem como objetivo estudar o<strong>efeito</strong> de estruturas micelares, alteran<strong>do</strong>parâmetros correlatos de formulação de umxampu e observan<strong>do</strong> as <strong>propriedades</strong>físico-químicas, como viscosidade econdutividade.METODOLOGIA1) Fabricação <strong>do</strong> XampuPesou-se 1g de áci<strong>do</strong> cítrico na balançasemi-analítica. Em provetas, mediu-se400mL de Lauril éter sulfato de sódio, 50 mlde amida de áci<strong>do</strong> graxo de coco, 10 ml deglicerina e 540 ml de água destilada.Acrescentaram-se aos poucos estesmateriais em um agita<strong>do</strong>r magnético.2) CondutividadeMediu-se a condutividade com diferentesconcentrações de cloreto de sódio (entre0,15 e 1,20 g para 80 mL de água)Observou-se a viscosidade das amostrasverifican<strong>do</strong> as prováveis concentrações emque ocorreu quebra de micelas. Foramfeitas mais quatro amostras em pontosintermediários, próximos ao provável pontocrítico de viscosidade. Os experimentosforam realiza<strong>do</strong>s em um condutivímertromarca BEL, disponível no laboratóriodidático da UFABC.RESULTADOS E DISCUSSÃOOs resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s para a variação dacondutividade com o acréscimo de <strong>sal</strong> aformulação básica <strong>do</strong> xampu sãoapresenta<strong>do</strong>s <strong>nas</strong> tabelas 1 e 2 e na figuraabaixo.Tabela 1: Condutividade em relação àquantidade de cloreto de sódio de cadaamostra, sem compensação detemperatura.Medidas dia 1 semcompensaçãodetemperaturaSal(g) Condutividade (mS)0,15 4,640,22 5,70,3 6,060,38 8,550,45 8,460,49 9,670,53 10,320,6 11,270,75 13,320,9 14,681,05 16,71,2 19,52Tabela 2: Condutividade em relação aquantidade de cloreto de sódio de cadaamostra, com compensação detemperatura.Medidas dia 2 ComcompensaçãodetemperaturaSal(g) Condutividade (mS)0,34 9,90,35 10,230,36 10,350,37 10,770,38 10,870,39 10,80,4 11,30,41 11,380,42 11,330,43 11,710,44 12,140,45 12,120,46 12,220,47 12,430,48 12,58IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal <strong>do</strong> ABC - 12 e 13 de agosto de 2011


O <strong>efeito</strong> <strong>do</strong> <strong>sal</strong> <strong>nas</strong> <strong>propriedades</strong> <strong>do</strong> xampú e <strong>sua</strong> relação com a estrutura miscelarCondutividade (mS)2018161412108642Condutividade x Quantidade de Saly = 15,75x + 2,101Condutividade antesy = 13,56x + 2,8670 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4Quantidade de Sal (g)Condutividade após quebraFigura 2: Variação da condutividade com aquantidade de <strong>sal</strong>.O ponto de quebra da viscosidade <strong>do</strong>sistema foi defini<strong>do</strong> pela alteração das<strong>propriedades</strong> de viscosidade que foireduzida de forma perceptível paraquantidades de cloreto de sódio acima de0,44g. Este ponto também coincide com amudança de inclinação na curva decondutividade obtida.resulta<strong>do</strong>s similares [1] ocorre a variaçãoda concentração <strong>do</strong> tensoativo. Para estecaso a concentração de íons é responsávelpor um rearranjo da estrutura da miscelaforman<strong>do</strong> aglomera<strong>do</strong>s cilíndricos queresultam em uma maior viscosidade [2].Apresar <strong>do</strong>s <strong>efeito</strong>s que levam a reduçãodrástica de viscosidade não estaremclaramente defini<strong>do</strong>s [2] os resulta<strong>do</strong>sobti<strong>do</strong>s com a curva de condutividadeindicam que o mecanismo existente navariação da condutividade com aconcentração <strong>do</strong> tensoativo é similar ao <strong>do</strong>caso iônico.O ponto de quebra da curva decondutividade (Figura 2) foi analisan<strong>do</strong> commais detalhes na Figura 3. Observa-senestes resulta<strong>do</strong>s que existem patamaresde condutividade constante para variaçõesdentro de 0,03g que se repetem. Estespatamares indicam que os íons dissolvi<strong>do</strong>snão estão disponível para transporte decarga, sen<strong>do</strong> então utiliza<strong>do</strong>s umaformação estrutural de capitação comoestruturas tubulares cilíndricas [2].CONCLUSÕESO comportamento da condutividade com avariação da concentração de <strong>sal</strong> em umaamostra de xampu foi realiza<strong>do</strong>. O aumentoda concentração de <strong>sal</strong> resultou em umaumento da viscosidade e incremento dacondutividade. Após uma adição de <strong>sal</strong>maior que 0,44g a inclinação da curva decondutividade se alterou e a viscosidade <strong>do</strong>xampu reduziu drasticamente.Figura 3: Variação da condutividade com aquantidade de <strong>sal</strong>.Os resulta<strong>do</strong>s são compatíveis a alteraçãoda condutividade em tensoativos catiônicos[1]. É importante destacar que em1. Asakawa,T;et.al. Aqueous SolutionBehavior of Cationic Sulfite LinkedAlkyl Chain. J. Oleo Sci., v.60, n.4,2011, 165-70.2. “http://www.free<strong>do</strong>m.inf.br/artigos_tecnicos/hc50/ricar<strong>do</strong>pedro.asp”. Acessa<strong>do</strong> em 07/08/2011.IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal <strong>do</strong> ABC - 12 e 13 de agosto de 2011

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