Olaria de Carapinhal e Bajouca - João B. Serra
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telheiros, <strong>de</strong>limitando um pátio, encantador pela escala e pela textura dos<br />
materiais (estruturas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, telha <strong>de</strong> canudo, chão <strong>de</strong> terra batida coberto<br />
<strong>de</strong> carrascas e serradura), encontra-se agora um amplo espaço cimentado,<br />
coberto a chapa zincada, albergando uma bem organizada oficina on<strong>de</strong><br />
trabalham, sobretudo, os cinco filhos <strong>de</strong> Manuel Gaspar Pedrosa (63 anos).<br />
Isabel, a mais velha, 39 anos que não aparenta, divi<strong>de</strong>, com os seus irmãos Maria<br />
do Céu (38 anos), Linita (35 anos), Pedro (30 anos) e Célia (25 anos), as tarefas<br />
relativas à produção e seu escoamento, <strong>de</strong> uma olaria que funciona também como<br />
local <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> outras produções cerâmicas artesanais vindas <strong>de</strong> todo o país.<br />
O forno, com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 7 metros cúbicos, coze em média duas vezes<br />
por semana.<br />
Não foi possível visitar a oficina do filho <strong>de</strong> Diamantino Ferreira que, com 37<br />
anos, continua a arte que seu pai e avô cultivaram. Sua mulher, por timi<strong>de</strong>z ou<br />
<strong>de</strong>sconfiança, não quis adiantar nada e não se insistiu.<br />
Pelo que aqui fica exposto é possível avaliar a capacida<strong>de</strong> instalada na <strong>Bajouca</strong>, a<br />
importância numérica e juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes oleiros, que justificaria plenamente um<br />
estudo aprofundado sobre este importante centro oleiro da Região, o que nunca<br />
foi feito, estando a <strong>Bajouca</strong> singularmente omissa nas monografias e estudos<br />
existentes sobre cerâmica artesanal do país.<br />
Fonte: Trabalho <strong>de</strong> Campo, Maio <strong>de</strong> 2003.<br />
Bibliografia<br />
PIMENTA, Belizario – Oleiros <strong>de</strong> Miranda do Corvo. in Arte e Arqueologia. Ano<br />
II, nº1, Revista do Conselho <strong>de</strong> Arte e Arqueologia da 2ª. Circunscrição.<br />
Imprensa da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, 1933.<br />
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