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COM CHEGADA DO INVERNO, CRESCE ... - Bem Paraná

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Olha a chuva<br />

Prefeitura promove<br />

festa junina<br />

na Rui Barbosa. b3<br />

CIDADES<br />

b1<br />

CURITIBA, QUINTA-FEIRA<br />

18 DE JUNHO DE 2009<br />

cidades@jornaldoestado.com.br<br />

PACOTE<br />

Prefeito lança<br />

medidas para<br />

melhorar<br />

trânsito<br />

O prefeito Beto Richa aprovou<br />

em reunião com secretários<br />

municipais, na manhã de terçafeira,<br />

um pacote de obras e medidas<br />

para melhorar o trânsito da<br />

cidade. São medidas nas áreas de<br />

infraestrutura viária e circulação,<br />

operação e educação do trânsito.<br />

A meta é concluir a primeira etapa<br />

de obras e medidas até setembro.<br />

“Este pacote de ações que a<br />

Prefeitura começará a implantar<br />

é uma resposta às solicitações que<br />

temos recebido da população. As<br />

medidas vão proporcionar maior<br />

fluidez e mais segurança para<br />

motoristas e pedestres, reduzindo<br />

o tempo de percurso para o<br />

trânsito e para o transporte coletivo”,<br />

disse Richa.<br />

As principais ações na área<br />

de infraestrutura consistem na<br />

pintura de faixas de pedestres<br />

e balizamento, proibições de estacionamento,<br />

proibições de<br />

conversões à esquerda, alterações<br />

de sentido, implantação de<br />

binários, melhorias de sinalização<br />

vertical, correções geométricas,<br />

pavimentação de vias e<br />

melhorias na sinalização de escolas.<br />

Na área de operação, estão<br />

melhorias na sinalização<br />

para pedestres e implantação da<br />

primeira fase do Centro de Controle<br />

Operacional. Na educação<br />

para o trânsito estão campanhas<br />

educativas voltadas ao respeito<br />

à faixa de pedestres.<br />

Além das melhorias na fluidez<br />

e segurança no trânsito, as<br />

medidas voltadas à gestão do controle<br />

do trânsito, como a primeira<br />

etapa do Centro de Controle Operacional,<br />

vão permitir o monitoramento<br />

do trânsito e transporte<br />

coletivo, permitindo alterações<br />

semafóricas em tempo real. As<br />

ações voltadas à educação do<br />

trânsito buscam melhorar o comportamento<br />

dos usuários do trânsito<br />

e transporte coletivo para que<br />

respeitem a sinalização e diminuam<br />

os comportamentos perigosos<br />

no trânsito.<br />

Além das medidas que serão<br />

adotadas até setembro, outras<br />

estão em estudo. Este é o caso<br />

do escalonamento de horários. A<br />

Urbs já está conversando com<br />

alguns segmentos para que, nos<br />

picos da tarde e da noite, haja<br />

uma distribuição do fluxo. A<br />

medida exigirá o envolvimento<br />

de setores como o comércio,<br />

prestadores de serviço, universidades<br />

e outras instituições de<br />

ensino. Também está em estudo<br />

a regulamentação da atividade<br />

dos coletores de material<br />

reciclável que transportam seus<br />

carrinhos pela cidade. A modernização<br />

do EstaR (Estacionamento<br />

Regulamentado) também<br />

está em discussão.<br />

LEI SECA<br />

Levantamento do Ministério mostra<br />

RESULTA<strong>DO</strong> PÍFIO EM CURITIBA<br />

Perto de completar um ano, relatório aponta que Capital reduziu pouco os internamentos por acidentes de trânsito<br />

Acidentes, feridos e mortes tiveram pouca alteração em Curitiba, segundo o Ministério da Saúde<br />

Outras regiões tiveram queda<br />

O levantamento do Ministério<br />

da Saúde apontou ainda<br />

que, em todas as regiões do<br />

país, houve redução de internações<br />

e mortes associadas ao<br />

trânsito, exceto na região Norte,<br />

que não apresentou queda<br />

nos óbitos, e a região Centro-<br />

Oeste, que não apresentou redução<br />

nas internações.<br />

Na região Sul, a redução<br />

no número de internações foi<br />

de 17,2% e as mortes apresentaram<br />

queda de 9,11%, se comparados<br />

os dados do primeiro<br />

e do segundo semestre de 2008.<br />

A região Sudeste apresentou<br />

queda de 1,94% nas internações<br />

e 36,2% nas mortes. Já a região<br />

Centro-Oeste teve aumento<br />

de 2,53% nas internações e<br />

RÁPIDA<br />

queda de 0,51% nas mortes. A<br />

região Norte do país apresentou<br />

queda de 7,26% no número<br />

de internações mas aumento<br />

de 18,1% nas mortes. Por fim,<br />

a região Nordeste teve redução<br />

de 2,91% nas internações e<br />

10,6% nas mortes.<br />

Para chegar aos resultados<br />

do impacto da Lei Seca nas internações<br />

e mortes associadas<br />

ao trânsito, o Ministério da<br />

Saúde usou como base os dados<br />

dos sistemas de Informações<br />

sobre Mortalidade (SIM)<br />

e de Internações Hospitalares<br />

(SIH), além do Inquérito Nacional<br />

de Fatores de Risco e<br />

Proteção para Doenças e Agravos<br />

não Transmissíveis (Vigitel).<br />

Essas são as fontes que vem<br />

Franklin de Freitas<br />

sendo utilizadas pela pasta para<br />

o monitoramento dos impactos<br />

da Lei Seca nos atendimentos<br />

do SUS e na ocorrência de óbitos<br />

no Brasil.<br />

Proteção — A coordenadora<br />

da área de Doenças Não<br />

Transmissíveis do Ministério da<br />

Saúde, Deborah Malta, aponta<br />

que a redução do número de<br />

óbitos e internações provocadas<br />

pelo trânsito mostra que a lei<br />

vem protegendo a vida. “Medidas<br />

legislativas como o Código<br />

de Trânsito Brasileiro e a Lei<br />

Seca têm sido muito importantes<br />

para a prevenção dos acidentes<br />

de transporte terrestre, com<br />

consequente diminuição da<br />

morbimortalidade por essas causas”,<br />

disse Deborah.<br />

Um milhão de mortes<br />

Os acidentes de transporte terrestre matam anualmente mais de um milhão de pessoas em<br />

todo o mundo, além de resultarem em grande número de feridos e sequelados. De acordo<br />

com dados preliminares de 2007, foram registrados 36.465 óbitos por esta causa no Brasil.<br />

Desse total, 29.903 (82%) eram homens, 6.546 (18%) eram mulheres. A faixa etária de 15 a<br />

59 anos concentra mais de 83,1% dos óbitos em homens e 67,2% em mulheres. O álcool é<br />

um dos principais fatores de risco para a ocorrência de internações e mortes no trânsito.<br />

Estudos apontam que entre 30 a 50% das vítimas consumiram álcool antes do acidente. No<br />

Brasil, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2 gramas de álcool por litro de sangue,<br />

estão sujeitos à multa de R$ 957, 00, perda da carteira de motorista por um ano e ainda à<br />

apreensão do carro. Além disto, medida acima de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue é<br />

considerado crime e pode levar à prisão.<br />

Da Redação<br />

Prestes a completar um<br />

ano, a chamada Lei Seca, que<br />

pune com maior rigor motoristas<br />

flagrados dirigindo embriagados,<br />

ainda mostra resultados<br />

tímidos nas ruas de Curitiba.<br />

De acordo com um levantamento<br />

divulgado pelo Ministério<br />

da Saúde, na Capital paranaense,<br />

o índice de internações<br />

por acidentes de trânsito caiu<br />

quase 7% se comparados os seis<br />

meses anteriores à lei e os seis<br />

meses subsequentes. Já o índice<br />

de mortalidade no trânsito<br />

aumentou quase 2%. A Lei<br />

Seca completa o primeiro ano<br />

no dia 20 de junho.<br />

Se comparados os dados do<br />

segundo semestre de 2007 com<br />

o mesmo período em 2008,<br />

quando a Lei Seca já estava<br />

vigorando, os índices são ainda<br />

mais tímidos. Segundo os<br />

dados do Ministério da Saúde,<br />

no segundo semestre de 2007<br />

foram registradas 4.574 internações<br />

por acidentes de trânsito.<br />

No mesmo período em 2008<br />

foram 4.516 internações, uma<br />

redução de pouco mais de<br />

1,26%. Já a taxa de mortalidade<br />

aumentou 2,40% e saltou de<br />

208 para 213 casos.<br />

A nível nacional, a lei mostrou<br />

resultados melhores. Segundo<br />

o Ministério da Saúde,<br />

o número de internações provocadas<br />

por acidentes de trânsito<br />

nas capitais brasileiras reduziu<br />

de 105.904, no segundo<br />

semestre de 2007, para 81.359,<br />

no segundo semestre de 2008.<br />

Ao todo, foram 24.545 hospitalizações<br />

a menos, o que representa<br />

queda de 23% nos<br />

atendimentos às vítimas do<br />

trânsito financiados pelo Sistema<br />

Único de Saúde (SUS). Se<br />

avaliadas as internações em todas<br />

as capitais entre o primeiro<br />

e o segundo semestre de 2008,<br />

o Ministério da Saúde aponta<br />

para uma redução de 4%.<br />

Já em relação ao índice de<br />

mortalidade no trânsito, se<br />

somados os dados de todas as<br />

capitais, pode-se notar uma<br />

redução de 22,5% no número<br />

de óbitos. No segundo semestre<br />

de 2007, foram registradas<br />

3.519 mortes relacionadas<br />

aos acidentes de trânsito e, no<br />

mesmo período em 2008, foram<br />

2.723 mortes, 796 óbitos<br />

a menos. Se comparados<br />

o primeiro e o segundo semestres<br />

de 2008, houve redu-<br />

ção de 14% nas mortes.<br />

Somente seis capitais registraram<br />

redução tanto em internações<br />

quanto em óbitos, se<br />

comparados os dados do segundo<br />

semestre de 2007 com o<br />

mesmo período em 2008. São<br />

Paulo apresentou queda de<br />

26,8% no número de internações<br />

e 52,9% no número de<br />

óbitos, Rio de Janeiro teve índices<br />

de queda de 39,9% nas<br />

internações e 53,5% nos óbitos<br />

e Brasília apresentou redução<br />

de 28,5% em internações e<br />

18,7% em mortes. Fortaleza,<br />

Porto Alegre e Recife completam<br />

a lista.<br />

Positivo — O ministro da<br />

saúde, José Gomes Temporão,<br />

considera positivos os resultados<br />

trazidos pelo endurecimento<br />

da legislação, em especial<br />

em relação à mudança verificada<br />

na postura dos cidadãos.<br />

Ele acredita, no entanto, que<br />

ainda existem muitos desafios,<br />

como a ampliação da fiscalização<br />

por parte das autoridades<br />

policiais para todos os municípios<br />

brasileiros.<br />

“Temos que comemorar<br />

porque são números estimulantes,<br />

embora ainda tenhamos pela<br />

frente um grande desafio, que é<br />

ter em todo o Brasil, em cidades<br />

de porte médio e menor, a<br />

radicalização dessa fiscalização.<br />

Ficamos indignados com os números<br />

de óbitos por dengue,<br />

mas, quando comparamos com<br />

os de trânsito, percebemos que<br />

existe uma guerra a cada dia.<br />

São mais de 17 mil mortes por<br />

ano que têm como causa a relação<br />

entre álcool e direção”, disse<br />

Temporão.<br />

Nos primeiros meses após<br />

a entrada em vigor da lei, assinalou<br />

o ministro, a redução no<br />

número de acidentes foi mais<br />

drástica, tendo arrefecido um<br />

pouco depois. Ele defendeu, no<br />

entanto, que o país precisa persistir<br />

para que toda a população<br />

desenvolva a consciência de<br />

sua responsabilidade em não<br />

misturar álcool e direção.<br />

“O país está no caminho<br />

certo. Precisamos persistir para<br />

transformar a lei numa questão<br />

incorporada no cotidiano de<br />

todos os homens e mulheres.<br />

Hoje, a presença da polícia<br />

multando, detendo e apreendendo<br />

a carteira de motorista é<br />

fundamental para termos lá na<br />

frente o cidadão incorporando<br />

isso como uma responsabilidade<br />

dele”, acrescentou.<br />

cmyk<br />

CONTRAN<br />

Resolução não explica<br />

o que é um acidente grave<br />

Da Redação<br />

A polêmica resolução do<br />

Conselho Nacional de Trânsito<br />

(Contran) que entra em vigor no<br />

dia 1º de julho já causa controvérsias<br />

no cenário nacional. A<br />

resolução 300 prevê a suspensão<br />

da Carteira de Habilitação<br />

(CNH) e exames de reciclagem<br />

obrigatórios para os motoristas<br />

envolvidos em acidentes graves.<br />

O problema começa por aí: o<br />

Contran não especifica quais são<br />

esses acidentes.<br />

“Ela (a resolução) é subjetiva.<br />

Por exemplo, se eu estiver<br />

dentro do meu carro e encosto<br />

no carro da frente e lesiono<br />

minha coluna cervical, é<br />

um acidente grave E se meu<br />

carro der perda total e eu sair<br />

ileso, continua sendo”, questiona<br />

o professor de Direito de<br />

Trânsito da UniCuritiba, Marcelo<br />

Araújo.<br />

A resolução também não<br />

explica como ficará o motorista<br />

que for envolvido em um acidente<br />

grave, sem ter culpa sobre<br />

o ocorrido. “Essa resolução<br />

contraria o artigo 261 e 265<br />

do Código Brasileiro de Trânsito.<br />

Em nenhum dos casos tem<br />

algo que diga que a carteira<br />

deve ser suspensa”, explica.

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