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NONONONONONNNOONO<br />

Dan<strong>do</strong> continui<strong>da</strong>de ao nosso trabalho de conscientização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> acerca <strong>da</strong> iminente<br />

<br />

necessi<strong>da</strong>de de adequação às Normas Regulamenta<strong>do</strong>ras, em especial, a NR 12, seguimos<br />

firman<strong>do</strong> importantes parcerias em eventos por to<strong>do</strong> o país para garantir a abor<strong>da</strong>gem<br />

<strong>do</strong> tema e o conhecimento de to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s sobre o assunto. A Norma em<br />

<br />

questão, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, tem trazi<strong>do</strong><br />

<br />

bastante <strong>do</strong>r de cabeça nos últimos meses, tanto para os fabricantes de equipamentos<br />

quanto para os ceramistas. E qual o melhor ambiente para discuti-la que não em seminários<br />

e congressos, quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o setor se reúne disposto ao diálogo Dois debates já<br />

<br />

foram realiza<strong>do</strong>s com sucesso de público: o primeiro em Itu (SP), no dia 14 de março, e o<br />

<br />

segun<strong>do</strong> durante a Convenção de Sindicatos <strong>do</strong> Nordeste, em Natal (RN), entre 18 e 20 de<br />

abril. Para o mês de junho, realizaremos<br />

<br />

o nosso terceiro seminário em Goiás, com apoio<br />

<strong>da</strong> FIEG e <strong>do</strong> Sindicer/GO. <br />

<br />

Reforçan<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> mais a nossa parceria com a Associação Brasileira de Cerâmica – ABC,<br />

estivemos presentes em seu congresso, em Natal (RN), quan<strong>do</strong> realizamos o lançamento<br />

<strong>do</strong> Prêmio Jovem Ceramista 2013, o que está se tornan<strong>do</strong> uma tradição nos congressos <br />

<strong>da</strong> ABC. Iniciamos o perío<strong>do</strong> de inscrições de trabalhos na ocasião e finalizaremos o processo<br />

de premiação <strong>do</strong>s vence<strong>do</strong>res <br />

durante o Encontro <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>.<br />

<br />

E por falar em Encontro Nacional, nos últimos meses vimos cumprin<strong>do</strong> uma extensa agen<strong>da</strong><br />

de reuniões com autori<strong>da</strong>des de Pernambuco e nacionais para buscar apoio à realização<br />

<strong>do</strong> nosso evento e fechar parcerias. E neste senti<strong>do</strong>, estamos bastante felizes com o<br />

comprometimento e o empenho que temos visto de nossos anfitriões. E <strong>aqui</strong> vale destacar<br />

<br />

o incansável trabalho de Otiniel Barbosa, presidente <strong>do</strong> Sindicer/PE e também 2º vice-presidente<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, para que tu<strong>do</strong> aconteça <strong>da</strong> melhor maneira possível, e que possamos<br />

<br />

<br />

oferecer ao público, a ca<strong>da</strong> ano, um evento melhor para o ceramista.<br />

<br />

E assim seguimos com nossa missão de fortalecer, representar e <strong>da</strong>r voz ao setor de cerâmica<br />

vermelha, sempre com a certeza <br />

de que estamos no caminho certo, mas que ain<strong>da</strong><br />

há muito o que se fazer e que para isso precisaremos <strong>do</strong> trabalho e <strong>do</strong> empenho de to<strong>da</strong><br />

a nossa cadeia produtiva.<br />

<br />

Sau<strong>da</strong>ções,<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


DIRETORIA ANICER<br />

PRESIDENTE:<br />

Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves<br />

1º VICE-PRESIDENTE:<br />

Ralph Luiz Perrupato<br />

2º VICE-PRESIDENTES:<br />

(to<strong>do</strong>s os presidentes de enti<strong>da</strong>des<br />

mantene<strong>do</strong>ras)<br />

1º TESOUREIRO: Marcelo Augusto Lima<br />

2º TESOUREIRO: Jamilton Nunes<br />

1º SECRETÁRIO: Fernan<strong>do</strong> Ibiapina<br />

2º SECRETÁRIO: Natel Henrique Farias de<br />

Moraes<br />

DIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL:<br />

Henrique Morg de Andrade<br />

DIRETOR DA ÁREA DE BLOCOS E TIJOLOS<br />

CERÂMICOS: Juan Roberto Germano<br />

DIRETOR DA ÁREA DE PISOS CERÂMICOS:<br />

Luiz Cláudio Fornari<br />

DIRETOR DA ÁREA DE TELHAS CERÂMICAS:<br />

José Jo<strong>aqui</strong>m Gomes <strong>da</strong> Costa<br />

DIRETOR DA ÁREA DE TUBOS CERÂMICOS:<br />

Luciano C. Furta<strong>do</strong><br />

DIRETOR DA ÁREA ECONÔMICA E FISCAL:<br />

Antônio Carlos C. Fortes<br />

DIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL:<br />

Benedito Betiol<br />

DIRETOR DE MARKETING:<br />

Constantino F. Neto<br />

DIRETOR DE NORMAS E QUALIDADE:<br />

Claudio Luis Kurth<br />

DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:<br />

Luis Carlos Barbosa Lima<br />

DIRETOR TÉCNICO:<br />

Carlos André F. Lanna<br />

CONSELHO CONSULTIVO<br />

MEMBROS NATOS<br />

1° e 2° vice-presidentes<br />

1° presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>: Sylvio Alves de<br />

Barros Filho<br />

Caros colegas,<br />

Nos últimos meses, realizamos mais <strong>do</strong>is seminários sobre a NR12, um em Porto Alegre (RS) e<br />

outro em Cacoal (RO), com o objetivo de levar o conhecimento sobre o tema a to<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor.<br />

Entendemos que este é nosso papel enquanto associação: promover melhorias através <strong>da</strong> capacitação<br />

de to<strong>do</strong>s e alertar o merca<strong>do</strong> sobre a necessi<strong>da</strong>de iminente de se adequar às novas<br />

exigências. Outro assunto de igual importância, e que trazemos como matéria de capa desta<br />

edição, é a NBR 15.575, que trata de desempenho de edificações habitacionais e entrou em vigor<br />

no mês passa<strong>do</strong>. Sabemos que, em se tratan<strong>do</strong> de desempenho, estamos bem à frente <strong>do</strong>s<br />

nossos concorrentes. Nossos produtos são melhores, menos agressivos ao meio ambiente, aos<br />

canteiros de obra e ao bolso <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res. Está aí a ACV <strong>da</strong>s telhas e blocos cerâmicos<br />

para confirmar cientificamente tu<strong>do</strong> o que vimos defenden<strong>do</strong> há gerações. Contu<strong>do</strong>, vale lembrar<br />

a importância de se fabricar produtos dentro <strong>da</strong> conformi<strong>da</strong>de. A <strong>Anicer</strong> e o Senai, enti<strong>da</strong>des<br />

mantene<strong>do</strong>ra e gestora técnica <strong>do</strong> PSQ de telhas e blocos cerâmicos, respectivamente, estão<br />

intensifican<strong>do</strong> as ações de combate a não conformi<strong>da</strong>de intencional em to<strong>do</strong> o país. Precisamos<br />

zelar pelo setor e pela quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s nossos produtos.<br />

Com este espírito, estamos lançan<strong>do</strong> uma campanha de marketing para valorização <strong>do</strong> produto<br />

cerâmico junto a arquitetos, engenheiros, consumi<strong>do</strong>r final e demais profissionais <strong>da</strong> construção<br />

civil. Com o slogan “Na casa <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>, só cerâmica”, a campanha será foca<strong>da</strong> nas mídias<br />

digitais e nas redes sociais.<br />

E por falar em marketing, em valorização <strong>do</strong> produto cerâmico, conformi<strong>da</strong>de<br />

e normas de desempenho, faltam apenas <strong>do</strong>is meses para o<br />

nosso Encontro Nacional, quan<strong>do</strong> to<strong>da</strong> a cadeia produtiva <strong>da</strong> cerâmica<br />

vermelha se encontrará em Recife. Palestrantes de renome<br />

internacional já confirmaram presença nas clínicas e fóruns, mais<br />

de 90% <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Expoanicer já foi comercializa<strong>da</strong> e as inscrições<br />

devem ultrapassar a marca de três mil participantes. Você pode<br />

acompanhar as novi<strong>da</strong>des no hotsite <strong>do</strong> evento ou através de nossas<br />

publicações.<br />

Certo de que estamos no caminho certo, espero reencontrar a to<strong>do</strong>s<br />

em outubro, no Recife!<br />

Sau<strong>da</strong>ções,<br />

MEMBROS ELETIVOS<br />

Eustáquio Macha<strong>do</strong>, Evandro Simonassi,<br />

Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho,<br />

Osval<strong>do</strong> Rosalino, Rivanil<strong>do</strong> Hardman<br />

CONSELHO FISCAL<br />

EFETIVOS<br />

Cláudia Pine<strong>do</strong> Z. Volpini, Edézio Gonzales<br />

Menon, Manuel Ventin Ventin<br />

Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves<br />

Presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong><br />

SUPLENTES<br />

Francisco Belfort , Jorge Romeu Ritter,<br />

Otiniel Gerôncio Barbosa


Sumário<br />

10<br />

10<br />

18<br />

20<br />

24<br />

30<br />

36<br />

46<br />

CAMPANHA<br />

Cerâmica vermelha em destaque<br />

INOVAÇÃO<br />

Senai inicia ativi<strong>da</strong>des de institutos de inovação<br />

MERCADO<br />

Aquecimento de merca<strong>do</strong> para Linha Amarela<br />

CONHEÇA O SEU PRODUTO<br />

CSP destaca casos de sucesso no sudeste<br />

PROJETOS INOVADORES<br />

Arte no Metrô<br />

ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

Programação com palestrantes de peso<br />

DELEGAÇÃO<br />

Batimat 2013<br />

24<br />

48<br />

66<br />

72<br />

76<br />

NBR 15.575<br />

Desempenho em xeque<br />

COMPETITIVIDADE<br />

Conselho elege diretor-presidente <strong>da</strong> Embrapii<br />

FEIRA<br />

Minascon fortalece o setor<br />

QUALIFICAÇÃO<br />

De olho na Copa<br />

03<br />

ARTIGO DO PRESIDENTE<br />

06<br />

CARTAS<br />

08<br />

INTEGRADAS<br />

14<br />

METRO QUADRADO<br />

22<br />

TENDÊNCIA DE MERCADO<br />

34<br />

PERFIL – ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

36<br />

40<br />

44<br />

PONTO DE VISTA – ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

MOMENTO INSPIRAÇÃO<br />

58<br />

ARTIGO TÉCNICO<br />

68<br />

CERÂMICA VERDE<br />

70<br />

MAROMBANDO<br />

78<br />

COLUNA DA QUALIDADE<br />

81<br />

MERCADO E INOVAÇÃO<br />

82<br />

SOCIAL<br />

84<br />

NOTÍCIAS DA ANICER<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

72<br />

86<br />

EVENTOS


Editorial<br />

Se fizermos um balanço <strong>do</strong>s últimos anos, notaremos que o foco de nossas publicações está ca<strong>da</strong> vez mais liga<strong>do</strong> à sustentabili<strong>da</strong>de<br />

e às melhorias e conquistas <strong>do</strong> setor. Institutos volta<strong>do</strong>s para a inovação se espalham por to<strong>do</strong> o país. Eventos, congressos<br />

e seminários trazem o tema no cerne de suas programações. Projetos e consultorias chegam aos seus maiores níveis<br />

de contratação, casos de sucesso estão espalha<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong> o país e o merca<strong>do</strong> an<strong>da</strong> bastante aqueci<strong>do</strong>. Contu<strong>do</strong>, é sempre<br />

bom lembrar que momentos de crescimento sempre vêm acompanha<strong>do</strong>s de grandes responsabili<strong>da</strong>des. E, segun<strong>do</strong> a NBR<br />

15.757, que trata de desempenho de edificações habitacionais, a responsabili<strong>da</strong>de é de to<strong>do</strong>s. A <strong>Anicer</strong> convi<strong>do</strong>u o engenheiro<br />

Guilherme Parsekian para responder aos questionamentos de alguns leitores. Saiba mais na página 43.<br />

Na coluna Ponto de Vista, Ricar<strong>do</strong> Voltolini, que irá palestrar no 42º Encontro Nacional, fala sobre a mu<strong>da</strong>nça no pensamento<br />

<strong>do</strong>s empresários ao longo <strong>da</strong> última déca<strong>da</strong> e <strong>da</strong> conscientização de que já passamos <strong>da</strong> hora de repensar nossos méto<strong>do</strong>s e<br />

de agir sustentavelmente. Em Metro Quadra<strong>do</strong>, a arquiteta Renata Marangoni apresenta seu projeto <strong>da</strong> Casa Infantil, premia<strong>da</strong><br />

em 2009 na Casa Cor Campinas. E na Polônia, o prédio de uma biblioteca acadêmica, que possui sua facha<strong>da</strong> coberta por placas<br />

cerâmicas, foi considera<strong>do</strong> o melhor edifício construí<strong>do</strong> no país. Ponto para a cerâmica vermelha!<br />

E quem acredita que já viu de tu<strong>do</strong>, pode ain<strong>da</strong> se surpreender com as novi<strong>da</strong>des que a Batimat apresentará ao público em novembro.<br />

A <strong>Anicer</strong> estará por lá, levan<strong>do</strong> uma comitiva de empresários brasileiros. Saiba como fazer parte <strong>do</strong> grupo na página 32.<br />

Boa leitura!<br />

Diretor Executivo de Comunicação: Ricar<strong>do</strong> Kelsch - projetos@anicer.com.br<br />

Editor: Carlos Cruz - revista@anicer.com.br<br />

Repórter: Manuela Souza - re<strong>da</strong>cao@anicer.com.br<br />

Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - arte@anicer.com.br<br />

Design: Jan Athayde - criacao@anicer.com.br<br />

Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernan<strong>da</strong> Duarte, Gilmar Moraes, Patrícia Dantas, Regina Junqueira,<br />

Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - anicer@anicer.com.br<br />

Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - atecnica@anicer.com.br, Bruno Frasson – desenvolvimento@anicer.com.br,<br />

Edval<strong>do</strong> Costa Maia - quali<strong>da</strong>de@anicer.com.br, Liliane Guimarães – psq@anicer.com.br<br />

Max Piva - consultor3@anicer.com.br., Natália <strong>do</strong>s Santos – setorial@anicer.com.br,<br />

Osíris Júnior - quali<strong>da</strong>de2@anicer.com.br, Vagner Oliveira - consultor1@anicer.com.br,<br />

Publici<strong>da</strong>de: Márcia Sales - publici<strong>da</strong>de@anicer.com.br<br />

Fotolito e impressão: Imos<br />

Tiragem: 10.000 exemplares<br />

Veiculação: Agosto/2013<br />

Associação Nacional <strong>da</strong> Indústria Cerâmica<br />

Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º an<strong>da</strong>r<br />

Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041<br />

5


Cartas<br />

Estive presente na apresentação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> Avaliação <strong>do</strong> Ciclo de Vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Telhas Cerâmicas na última Construction<br />

Expo, no dia 07/06, e o palestrante informou que bastaria um contato com a <strong>Anicer</strong> para obtenção deste estu<strong>do</strong>. A ACV é um<br />

assunto de grande interesse à Engineering, empresa que, dentre outros serviços, é consultora para certificações ambientais<br />

de edifícios verdes. Existem alguns sistemas de certificação para green buildings que exigem a análise <strong>do</strong> ciclo de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

produtos utiliza<strong>do</strong>s no empreendimento, como é o caso <strong>do</strong> DGNB, sistema alemão. Por este motivo, gostaria de ter este estu<strong>do</strong><br />

em mãos, não somente para estu<strong>do</strong>, como também para nosso arquivo. PEDRO OLIVEIRA (SP).<br />

Assessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Obriga<strong>do</strong> por seu contato e pelo interesse em conhecer o material. Enviaremos<br />

uma apresentação <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> para seu e-mail com to<strong>do</strong>s os números e indicativos. Acompanhe outras informações<br />

também em nosso site, além <strong>da</strong> agen<strong>da</strong> de eventos e seminários por to<strong>do</strong> o país.<br />

Estou concluin<strong>do</strong> o curso técnico em edificações e preten<strong>do</strong> apresentar meu TCC sobre Alvenaria Estrutural. Gostaria<br />

de saber em quais fontes de pesquisa posso tirar alguns conhecimentos básicos para concluir meu trabalho. MARCELO<br />

ANTUNES (RS)<br />

Assessoria Técnica e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de responde: Agradecemos o seu contato e o cumprimentamos pela iniciativa de buscar<br />

seu aperfeiçoamento sobre o tema em ascensão. Seguem algumas referências que poderão auxiliá-lo em seu trabalho:<br />

• Comportamento e dimensionamento de alvenaria estrutural – Guilherme Parsekian, Ahmad Hamid e Robert Drys<strong>da</strong>le.<br />

• Alvenaria Estrutural em Blocos Cerâmicos – Guilherme Parsekian e Márcia Soares.<br />

• Recomen<strong>da</strong>ções para o Projeto e Execução de Edifícios de Alvenaria Estrutural – Ronal<strong>do</strong> Duarte.<br />

• Alvenaria estrutural: novas tendências técnicas e de merca<strong>do</strong> – Emil Sánchez.<br />

A biblioteca <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> com outros títulos também está à sua disposição para consulta.<br />

Trabalho há cinco anos num fabricante de equipamentos industriais para diversos setores e estamos investin<strong>do</strong> na<br />

produção de equipamentos para a indústria cerâmica. Eu, juntamente com mais <strong>do</strong>is diretores <strong>aqui</strong> <strong>da</strong> empresa, gostaríamos<br />

de participar <strong>da</strong> delegação que viajará para a Batimat em novembro, na França. Como devemos proceder<br />

JACIRA RODRIGUES (RJ)<br />

Assessoria de Comunicação responde: Esta é a terceira vez que a <strong>Anicer</strong> organiza delegação para<br />

participar <strong>da</strong> feira, que este ano acontecerá entre os dias 4 e 8 de novembro no Paris Nord<br />

Villepinte. Além <strong>da</strong> feira, nossa delegação também fará um tour especial na Ci<strong>da</strong>de Luz<br />

e contará com um dia livre para compras, um jantar de<br />

confraternização e uma visita técnica a uma cerâmica<br />

francesa com acompanhamento de um tradutor.<br />

Para participar, acesse o site <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e preencha a<br />

ficha de inscrição. Aproveite o pacote especial com a<br />

programação personaliza<strong>da</strong> ao grupo que a LT Travel<br />

preparou para os interessa<strong>do</strong>s<br />

Para entrar em contato conosco,<br />

envie um e-mail para :<br />

revista@anicer.com.br<br />

ou ligue para +55 (21) 2524-0128<br />

6<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 7


INTEGRADAS<br />

CBIC e Caixa debatem melhorias no MCMV<br />

Representantes <strong>da</strong> CBIC e <strong>da</strong> Caixa Econômica Federal reuniramse<br />

no dia 8 de julho na sede <strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de, em Brasília, para mais<br />

um encontro de uma série de diálogos que vêm sen<strong>do</strong> manti<strong>do</strong>s<br />

pelas duas organizações com o objetivo de aprimorar a gestão <strong>do</strong><br />

programa Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong>. Na ocasião, os representantes <strong>da</strong><br />

Caixa, Clóvis Marcelo Bueno, Luiz Alberto Sugahara e a nova gerente<br />

de Engenharia, Ana Paula Cunha, trataram <strong>da</strong> nova sistemática de<br />

procedimentos <strong>da</strong> instituição, que integra o Programa De Olho na<br />

Quali<strong>da</strong>de. O novo acompanhamento seguirá diretrizes como:<br />

simplici<strong>da</strong>de, objetivi<strong>da</strong>de e transparência e essenciali<strong>da</strong>de. A<br />

CBIC destacou uma série de distorções que estão ocorren<strong>do</strong>,<br />

principalmente no que se refere ao prazo <strong>da</strong><strong>do</strong> para as visitas, não<br />

coincidente com a determinação <strong>da</strong> instituição.<br />

Assembleia Legislativa debate medi<strong>da</strong>s<br />

de apoio ao setor cerâmico no RS<br />

Com pouco mais <strong>da</strong> metade <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des que existiam há 10 anos<br />

ain<strong>da</strong> em operação, a indústria cerâmica gaúcha vive um perío<strong>do</strong> de<br />

muitas dificul<strong>da</strong>des. As empresas reclamam <strong>do</strong> tratamento diferencia<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> carga tributária em relação a outros esta<strong>do</strong>s, em especial<br />

Santa Catarina. Outro problema é a falta de fiscalização no ingresso<br />

de produtos fora <strong>da</strong>s especificações técnicas exigi<strong>da</strong>s. Conforme o<br />

Sindicer/RS, falta uma política de incentivos fiscais no mesmo patamar<br />

ao polo cerâmico de Santa Catarina. “Precisamos proteger a<br />

competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s empresas gaúchas. No mínimo, precisamos ter<br />

igual<strong>da</strong>de de tratamento”, cobra o deputa<strong>do</strong> Giovani Feltes (PMDB).<br />

O setor representa atualmente cerca de 800 empresas no Esta<strong>do</strong>,<br />

quan<strong>do</strong> há menos de 10 anos chegava a 1.450 indústrias.<br />

Setor madeireiro busca<br />

ampliar produção<br />

O setor madeireiro está costuran<strong>do</strong> um pacto<br />

para ampliar a produção e o comércio de madeira<br />

tropical sustentável no país. A ideia é promover<br />

um novo modelo de governança que fortaleça a<br />

economia florestal brasileira, hoje responsável<br />

por 5% <strong>do</strong> PIB. A inciativa foi organiza<strong>da</strong> pela Rede<br />

Amigos <strong>da</strong> Amazônia (RAA), liga<strong>da</strong> ao Centro de<br />

Estu<strong>do</strong>s em Administração Pública e Governo, <strong>da</strong><br />

Fun<strong>da</strong>ção Getulio Vargas (FGV), em parceria com<br />

a WWF-Brasil e a rede Traffic, de monitoramento<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> selvagem. O primeiro encontro aconteceu<br />

em julho, na FGV, e reuniu 40 representantes de<br />

empresas produtoras e vende<strong>do</strong>ras, ONGs, comuni<strong>da</strong>de,<br />

bancos e universi<strong>da</strong>des. Rafael Murta,<br />

coordena<strong>do</strong>r de relações institucionais <strong>da</strong> RAA,<br />

lembra que o setor tem muita regulamentação<br />

mas pouca eficiência na prática, tributação alta<br />

e fiscalização falha. Produtos de madeira sofrem<br />

a concorrência de similares de plástico e metal.<br />

“Os primeiros são tributa<strong>do</strong>s em 18% de ICMS,<br />

enquanto produtos de plástico, ferro ou pisos cerâmicos<br />

têm alíquota de 12%.”<br />

Faturamento <strong>da</strong> indústria cresceu 5,3% no primeiro semestre<br />

O faturamento <strong>da</strong> indústria brasileira aumentou 0,5% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais.<br />

No mesmo perío<strong>do</strong>, as horas trabalha<strong>da</strong>s na produção aumentaram 2,2%, o emprego e a utilização <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

instala<strong>da</strong> ficaram estáveis, informam os Indica<strong>do</strong>res Industriais divulga<strong>do</strong>s no dia 8 de agosto, pela Confederação Nacional<br />

<strong>da</strong> Indústria (CNI). Conforme a pesquisa, a massa real de salários teve que<strong>da</strong> de 0,7% e o rendimento médio real <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

ficou estável em junho frente a maio, também na série de <strong>da</strong><strong>do</strong>s dessazonaliza<strong>do</strong>s. Com o desempenho de junho, o<br />

faturamento <strong>da</strong> indústria acumula alta de 5,3% no primeiro semestre em relação ao mesmo perío<strong>do</strong> de 2012. A expectativa<br />

<strong>do</strong>s analistas é de que o segun<strong>do</strong> semestre seja “modera<strong>da</strong>mente” melhor <strong>do</strong> que o primeiro.<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Inmetro certifica itens <strong>da</strong><br />

Construção Civil<br />

Como iniciativa para aumentar a segurança <strong>do</strong>s usuários,<br />

o desempenho e a durabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s materiais e<br />

proteger o merca<strong>do</strong> interno <strong>da</strong> construção civil contra<br />

produtos de baixa quali<strong>da</strong>de, o Inmetro está certifican<strong>do</strong><br />

diversos produtos, entre eles, tijolos maciços<br />

cerâmicos, blocos e telhas de cerâmica e de concreto,<br />

porcelanatos, torneiras, sifões e mistura<strong>do</strong>res de água.<br />

“Já podem ser encontra<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> alguns produtos<br />

com o selo <strong>do</strong> Inmetro, como por exemplo, blocos<br />

cerâmicos para alvenaria, placas cerâmicas para<br />

revestimento e telhas cerâmicas”, comentou a técnica<br />

<strong>da</strong> Divisão de Regulamentação Técnica e Programas<br />

de Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de, Roberta Chamusca.<br />

Dimensões, composição, absorção de água ou resistência<br />

são alguns <strong>do</strong>s requisitos técnicos que constarão<br />

nos regulamentos desenvolvi<strong>do</strong>s pelo órgão, sejam<br />

eles compulsórios ou voluntários.<br />

Novo Hamburgo realiza<br />

seminário de Inovação e<br />

Tecnologia<br />

A CBIC foi uma <strong>da</strong>s apoia<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> 1º Seminário de<br />

Inovação e Tecnologia na Construção Civil, realiza<strong>do</strong><br />

no dia 1º de agosto em Novo Hamburgo, no Rio Grande<br />

<strong>do</strong> Sul. Na programação, destaque para os temas:<br />

BIM Building Information Modeling; Conceitos básicos,<br />

usos e benefícios <strong>do</strong> BIM; A utilização <strong>do</strong> BIM como<br />

apoio ao projeto e à gestão de obras; Desafios e oportuni<strong>da</strong>des<br />

para o setor <strong>da</strong> construção civil com a vigência<br />

<strong>da</strong> NBR 15.575; Procedimentos para Comprovação<br />

de Desempenho de Edificações e Sistemas Construtivos<br />

Inova<strong>do</strong>res junto à Caixa, através <strong>da</strong> ABNT NBR<br />

15575:13 e SINAT/PBQP-H, e Apresentação <strong>do</strong> case<br />

Normas de Desempenho: Sinduscon-NH.<br />

Acervir e UFSCAR oferecem<br />

curso de alvenaria<br />

A Acervir, em parceria com<br />

a Universi<strong>da</strong>de Federal de<br />

São Carlos (UFSCAR), está<br />

promoven<strong>do</strong> um curso de<br />

alvenaria estrutural volta<strong>do</strong><br />

para engenheiros civis e<br />

arquitetos. Ministra<strong>do</strong> pelo<br />

coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Laboratório<br />

de Sistemas Estruturais<br />

<strong>da</strong> UFSCAR, Guilherme Parsekian,<br />

o curso é dividi<strong>do</strong><br />

em <strong>do</strong>is módulos que acontecerão<br />

nos dias 20 e 21 de setembro (introdução; materiais e<br />

componentes; noções sobre o comportamento <strong>da</strong> alvenaria; e<br />

distribuição <strong>da</strong>s ações verticais em edifícios) e nos dias 4 e 5 de<br />

outubro (resistência, flexão e cisalhamento; exemplo de dimensionamento<br />

completo de uma parede de edifício residencial;<br />

projeto de alvenaria; e resolução <strong>do</strong> projeto conceitual). Para<br />

mais informações, acesse www.acervir.com.br.<br />

Encontro debaterá<br />

caminhos para a inovação<br />

O CTE promove, no dia 11 de setembro, <strong>da</strong>s 8h às 18h, no Milenium<br />

Centro de Convenções, em São Paulo, o encontro Agen<strong>da</strong><br />

Produtiva <strong>da</strong> Construção – Caminhos para a Inovação na Construção<br />

e Implantação <strong>do</strong> BIM (Building Information Modeling).<br />

BIM, que em português significa Modelagem <strong>da</strong> Informação <strong>da</strong><br />

Construção, é o processo de criação e gerenciamento de to<strong>da</strong>s<br />

as informações de um projeto de um edifício durante o seu ciclo<br />

de vi<strong>da</strong>. O evento contará com debates sobre os desafios e caminhos<br />

<strong>da</strong> inovação no Brasil, no setor <strong>da</strong> construção, para implantação<br />

<strong>do</strong> BIM em incorpora<strong>do</strong>ras e construtoras, nas áreas<br />

de projetos e materiais.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 9


CAMPANHA<br />

Cerâmica vermelha<br />

em destaque<br />

<strong>Anicer</strong> lança campanha para promover avaliação <strong>do</strong> ciclo de vi<strong>da</strong> de telhas e blocos cerâmicos inédita no país<br />

Por Manuela Souza | Foto Divulgação<br />

Em parceria com Sindicatos, Associações<br />

e Cooperativas filia<strong>da</strong>s de to<strong>do</strong> o<br />

Brasil, a <strong>Anicer</strong> deu início a uma campanha<br />

publicitária com ênfase nas mídias digitais<br />

para valorização <strong>do</strong> produto cerâmico. A<br />

iniciativa tem como público-alvo o consumi<strong>do</strong>r<br />

final, além de arquitetos, engenheiros<br />

e profissionais <strong>da</strong> construção civil.<br />

Idealiza<strong>da</strong> pelo diretor de marketing, Constantino<br />

F. Neto, a campanha tem como<br />

uma <strong>da</strong>s principais frentes divulgar o estu<strong>do</strong><br />

inédito no setor <strong>da</strong> Construção Civil<br />

sobre a Avaliação <strong>do</strong> Ciclo de Vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

Produtos Cerâmicos e o comparativo com<br />

seus equivalentes em concreto. O objetivo<br />

<strong>da</strong> ACV é analisar e entender os impactos<br />

ambientais ocasiona<strong>do</strong>s no decorrer de<br />

to<strong>do</strong> o ciclo de vi<strong>da</strong> de telhas e blocos cerâmicos<br />

desde o momento <strong>da</strong> extração <strong>da</strong><br />

matéria-prima, passan<strong>do</strong> pelas etapas de<br />

transporte, produção, distribuição e utilização<br />

até seu descarte final. Para isso, a<br />

empresa canadense Quantis, responsável<br />

pelo estu<strong>do</strong>, avaliou elementos como uso<br />

de energia, emissões de poluentes no ar,<br />

retira<strong>da</strong> de água, contaminação de solo e<br />

águas, impacto nas mu<strong>da</strong>nças climáticas<br />

e na saúde humana para chegar ao resulta<strong>do</strong><br />

já conheci<strong>do</strong>: os produtos cerâmicos<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


se mostraram significativamente superiores<br />

aos seus concorrentes.<br />

Para o presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Cesar Gonçalves,<br />

o levantamento é uma forma de<br />

oferecer ao consumi<strong>do</strong>r condições de escolher<br />

um produto por meio de critérios<br />

de consumo responsável. “O consumi<strong>do</strong>r<br />

tem que deter esse tipo de informação<br />

para fazer uma escolha consciente. Além<br />

disso, é importante saber onde podemos<br />

melhorar, aperfeiçoar, no que podemos<br />

reduzir consumo na produção, transporte,<br />

uso e descarte, bem como conhecer a<br />

condição <strong>do</strong> nosso produto e seu grau de<br />

impacto”.<br />

De acor<strong>do</strong> com a série ISO 14.040, o fluxo<br />

de referência <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> de telhas é a<br />

quanti<strong>da</strong>de de peças necessárias para<br />

cobrir um metro quadra<strong>do</strong> de telha<strong>do</strong>,<br />

com telhas cerâmicas ou de concreto,<br />

ao longo de vinte anos. No caso <strong>do</strong> estu<strong>do</strong><br />

de blocos, o fluxo de referência é a<br />

construção e a manutenção de um metro<br />

quadra<strong>do</strong> de parede externa, sobre o solo,<br />

durante quarenta anos, no Brasil, cujas<br />

funções sejam estruturais e de proteção<br />

<strong>do</strong> ambiente interno. A Quantis utilizou o<br />

méto<strong>do</strong> “IMPACT 2002+”, que apresenta<br />

quatro categorias de impacto de ponto<br />

final e um indica<strong>do</strong>r de inventário, entre<br />

elas Mu<strong>da</strong>nças Climáticas, Esgotamento<br />

de Recursos e Retira<strong>da</strong> de água.<br />

RESULTADOS DO ESTUDO DE TELHAS:<br />

O estu<strong>do</strong> mostrou que o m² de cobertura<br />

cerâmica requer 72% menos água <strong>do</strong> que<br />

o m² de cobertura de concreto, e pelo fato<br />

<strong>da</strong>s telhas cerâmicas serem de 15 a 20%<br />

mais leves e fazerem menores distâncias<br />

de transporte, emitem 69% menos CO 2<br />

equivalente na atmosfera. Além disso,<br />

consomem 57% menos energia que o<br />

concorrente. Um <strong>do</strong>s principais motivos é<br />

que as telhas cerâmicas, embora requeiram<br />

3 vezes mais energia em seu processo<br />

de fabricação, utilizam fontes de energia<br />

renováveis e biogênicas como cavaco<br />

de madeira e biomassas descarta<strong>da</strong>s<br />

por outras indústrias, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a limpar<br />

o meio ambiente com a redução <strong>da</strong>s<br />

emissões de metano (gás 21 vezes mais<br />

prejudicial para o aquecimento global <strong>do</strong><br />

que o CO 2<br />

) que seria dispersa<strong>do</strong> se estas<br />

biomassas ficassem se decompon<strong>do</strong>.<br />

RESULTADOS DO ESTUDO DE BLOCOS:<br />

A avaliação mostrou que o m² de parede<br />

cerâmica requer 24% menos água <strong>do</strong> que<br />

o m² de parede de blocos de concreto e<br />

7% menos que o m² <strong>da</strong> parede de concreto<br />

mol<strong>da</strong><strong>da</strong> in loco, sen<strong>do</strong> que, no caso<br />

<strong>da</strong> parede cerâmica, o consumo de água<br />

se deve exclusivamente à utilização de<br />

argamassa, e não aos blocos. Em relação<br />

ao esgotamento de recursos naturais<br />

não renováveis, as paredes de blocos cerâmicos<br />

consomem 43% menos destes<br />

recursos que uma parede de blocos de<br />

concreto e 63% menos que uma parede<br />

de concreto mol<strong>da</strong><strong>da</strong> in loco. No quesito<br />

Mu<strong>da</strong>nças Climáticas, a emissão de gases<br />

de efeito estufa de uma parede de<br />

blocos cerâmicos é 50% menor que a de<br />

uma parede de blocos de concreto e 34%<br />

menor que a de uma parede de concreto<br />

mol<strong>da</strong><strong>da</strong> in loco. Isso acontece, principalmente,<br />

pelo fato de a indústria de cerâmi-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 11


CAMPANHA<br />

ca vermelha utilizar em seus fornos fontes de<br />

energia renováveis.<br />

A campanha vai abor<strong>da</strong>r ain<strong>da</strong> a valorização <strong>do</strong><br />

Uma casa nos padrões <strong>do</strong><br />

Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong><br />

contém 36m 2<br />

produto cerâmico como um produto ao alcance<br />

de to<strong>do</strong>s. Com o slogan “Na casa <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>,<br />

só cerâmica”, o trabalho vai ganhar destaque<br />

em ações nas mídias digitais e redes sociais.<br />

SISTEMA<br />

CONSTRUTIVO<br />

Bloco de<br />

cerâmica<br />

EMISSÃO DE CO 2<br />

CONSUMO DE ÁGUA<br />

2 tonela<strong>da</strong>s 23 metros cúbicos<br />

Acesse o material <strong>da</strong> campanha no blog<br />

http://acasa<strong>da</strong>minhavi<strong>da</strong>.blog.br ou nas redes<br />

sociais www.facebook.com/acasa<strong>da</strong>minhavi<strong>da</strong>fanpage<br />

e www.youtube.com/user/<br />

acasa<strong>da</strong>minhavi<strong>da</strong>.<br />

ANICER ALERTA PARA BAIXA QUALIDADE DA<br />

HABITAÇÃO NO MINHA CASA, MINHA VIDA<br />

Bloco de<br />

concreto<br />

Parede de<br />

concreto<br />

6 tonela<strong>da</strong>s 71 metros cúbicos<br />

12 tonela<strong>da</strong>s 158 metros cúbicos<br />

Agora multiplique esses números pelos<br />

2 milhões de moradias<br />

construí<strong>da</strong>s pelo Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong> em to<strong>do</strong> o Brasil.<br />

* emissão de CO 2<br />

equivalente<br />

4 12 24<br />

MILHÕES* MILHÕES* MILHÕES*<br />

No mês de maio, o jornal Valor Econômico publicou<br />

uma matéria intitula<strong>da</strong> “Milenar, tijolo vai<br />

perden<strong>do</strong> espaço”, onde explana a questão <strong>da</strong><br />

a<strong>do</strong>ção de soluções híbri<strong>da</strong>s, que combinam<br />

pré-fabrica<strong>do</strong>s com elementos mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s in<br />

loco, ou de aço. A matéria pontua: “Nas paredes<br />

internas, aos poucos, o tijolo está sen<strong>do</strong><br />

substituí<strong>do</strong> pelo drywall, por exemplo. Isso não<br />

significa que o custo cai, mas a produtivi<strong>da</strong>de<br />

aumenta muito. Os fabricantes de tijolos ain<strong>da</strong><br />

não se mostram intimi<strong>da</strong><strong>do</strong>s com as novas tecnologias,<br />

como o uso <strong>do</strong> “light steel frame” e o<br />

próprio drywall, mas acreditam que, no futuro,<br />

podem perder espaço para a construção industrializa<strong>da</strong>”.<br />

Em meio a discussões sobre méto<strong>do</strong>s construtivos<br />

mais rápi<strong>do</strong>s, vale o exercício de conscientização<br />

por parte <strong>da</strong>s construtoras de que<br />

Bloco de<br />

cerâmica<br />

Bloco de<br />

concreto<br />

Parede de<br />

concreto<br />

nem sempre o mais rápi<strong>do</strong> é o melhor ou o<br />

mais seguro. Atenta às questões <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s habitações executa<strong>da</strong>s no Programa Minha<br />

Casa, Minha Vi<strong>da</strong>, <strong>do</strong> Governo Federal, a <strong>Anicer</strong><br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


vem desenvolven<strong>do</strong> ações para chamar a<br />

atenção <strong>do</strong> setor <strong>da</strong> Construção Civil para<br />

este aspecto. De olho no tempo, o MCMV<br />

abriu espaço para construções industrializa<strong>da</strong>s<br />

com a entrega de imóveis de baixa<br />

quali<strong>da</strong>de para usuários que no futuro<br />

terão sérios problemas nos imóveis. Vale<br />

lembrar que este programa é direciona<strong>do</strong><br />

à famílias de baixa ren<strong>da</strong> que não poderão<br />

arcar com as despesas de uma obra para<br />

reparos. “A quali<strong>da</strong>de precisa ser uma meta<br />

nas construções habitacionais, o Governo<br />

não pode negligenciar esse problema e<br />

empurrar para indenizações futuras”, explica<br />

o diretor de Relações Institucionais <strong>da</strong><br />

<strong>Anicer</strong>, Luis Lima.<br />

Segun<strong>do</strong> Lima, é indispensável avaliar profun<strong>da</strong>mente<br />

os reais diferenciais competitivos<br />

desses sistemas construtivos, como<br />

redução de prazos e custos, garantia <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de e atendimento à Norma de Desempenho.<br />

Além disso, é necessário considerar<br />

aspectos como manutenção ao longo<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útil <strong>da</strong> edificação e a garantia <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s serviços executa<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s<br />

materiais emprega<strong>do</strong>s, para evitar desperdícios,<br />

retrabalhos e futuras patologias<br />

na construção. “Nesse momento, onde<br />

nosso setor perde uma fatia de merca<strong>do</strong><br />

importante, inacreditavelmente para sistemas<br />

construtivos e produtos inferiores na<br />

quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> mora<strong>do</strong>r, é a hora <strong>da</strong>s<br />

pequenas empresas de cerâmica vermelha<br />

e sua cadeia produtiva se unirem em torno<br />

<strong>da</strong> Associação Nacional e de nossos Sindicatos,<br />

em prol <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> setor. O momento<br />

é de marketing e ação política nos<br />

Esta<strong>do</strong>s, afinal em 2014 teremos eleições e<br />

além <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s obras, perto de 300<br />

mil empregos diretos dependem <strong>da</strong> cerâmica<br />

vermelha”, finaliza o diretor<br />

Consultoria Assessoria Projeto em<br />

Secagem e queima para cerâmica<br />

Consultoria Assessoria Projeto em<br />

Secagem e Queima para Cerâmica<br />

O Projeto de Fornos teto plano <strong>da</strong><br />

G-Cota tem a opção de fibra de<br />

Cerâmica ou de placa de Refratários.<br />

Elaboramos Projetos de Fornos,<br />

Seca<strong>do</strong>res e Layout para Pequenas<br />

e Grandes Produções.<br />

12 Vantagens <strong>da</strong> alvenaria estrutural com blocos cerâmicos:<br />

1) Racionalização: maior produtivi<strong>da</strong>de, quali<strong>da</strong>de e menor custo<br />

2) Bom desempenho e segurança estrutural<br />

3) Maior rapidez e facili<strong>da</strong>de de construção<br />

4) Simplifica o detalhamento <strong>do</strong> projeto e materiais componentes<br />

5) Canteiro de obra mais limpo e ecológico: sem entulhos e restos de madeira<br />

6) Permite a utilização de componentes pré-mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

7) Redução de cerca de 30% no custo <strong>da</strong> construção<br />

8) Redução no uso de concreto e ferragem<br />

9) Redução na mão de obra de carpintaria e ferreiro<br />

10) Economia no uso de madeira para formas<br />

11) Menor número de equipes ou de subcontrata<strong>do</strong>s de trabalho<br />

12) Extrema facili<strong>da</strong>de de supervisão <strong>da</strong> obra<br />

Contato:<br />

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(48) 3248-8039 / 3091-0039<br />

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Visite nosso site<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 13<br />

www.gcota.com.br


METRO QUADRADO<br />

Arquitetura sustentável<br />

Arquiteta Renata França Marangoni - Escritório: + Inspiração Arquitetura | Foto Divulgação<br />

realmente necessitamos para<br />

morar e viver bem. Você precisa<br />

realmente deste espaço Isso coloca<br />

em discussão a importância<br />

e os valores, não monetários, mas<br />

quais serão meus dividen<strong>do</strong>s<br />

com a mãe terra. Assim, devemos<br />

construir soman<strong>do</strong> o conhecimento<br />

“científico” <strong>do</strong> presente<br />

às sabe<strong>do</strong>rias antigas e “não tão<br />

científicas” her<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>,<br />

amplian<strong>do</strong> os espectros de alternativas<br />

e soluções tecnológicas<br />

inova<strong>do</strong>ras.<br />

Em 2009, surgiu o convite para<br />

realizar um projeto na Casa Cor<br />

Campinas. O tema chamou a<br />

minha atenção. Encantou-me o<br />

Gradua<strong>da</strong> em Arquitetura e Urbanismo<br />

pela Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica<br />

de Campinas e mestre em Engenharia<br />

Civil pela UNICAMP, Renata Marangoni<br />

é natural de Catanduva – SP e desenvolveu<br />

um projeto premia<strong>do</strong> na Casa<br />

Cor Campinas em 2009 como “melhor<br />

projeto sustentável”. A Casa Infantil,<br />

cria<strong>da</strong> por Renata, tinha formato de<br />

sapo e apresentou um conceito sustentável.<br />

As plantas já existentes no<br />

local foram integra<strong>da</strong>s ao ambiente,<br />

transforman<strong>do</strong> o espaço em uma ver<strong>da</strong>deira<br />

casa na árvore.<br />

“Ser sustentável é saber viver dentro <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

de suporte <strong>do</strong> nosso planeta e está diretamente<br />

liga<strong>do</strong> ao consumo. A arquitetura está relaciona<strong>da</strong><br />

com a maneira que o homem constrói e modifica<br />

o seu ambiente. Dessa forma, pensar uma arquitetura<br />

sustentável é pensar o homem integra<strong>do</strong> com<br />

a natureza, e não algo fora dela. Requer, como premissa<br />

básica, modificar esse ambiente de maneira<br />

consciente, geran<strong>do</strong> o menor impacto possível<br />

à natureza. Quan<strong>do</strong> alguém me pergunta qual e o<br />

espaço mais importante na arquitetura sustentável,<br />

respon<strong>do</strong> que é aquele que não construo, pois<br />

para ca<strong>da</strong> metro quadra<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>, extraímos<br />

bens preciosos <strong>da</strong> mãe terra. Sen<strong>do</strong> assim, a primeira<br />

pergunta a ser feita diz respeito àquilo que<br />

nome de Casa Infantil Sustentável.<br />

Com o desafio aceito, comecei<br />

a pesquisar sobre arquitetura<br />

holística. O projeto pretendia criar<br />

espaços que promovessem as<br />

sensações e percepções por meio<br />

<strong>da</strong> interação <strong>do</strong> edifício com elementos<br />

terra, fogo, ar, água e éter.<br />

O ponto positivo de projetos sustentáveis<br />

é a ideia de atitudes<br />

mais saudáveis que garantam às<br />

futuras gerações condições para<br />

que o planeta continue se desenvolven<strong>do</strong><br />

em to<strong>da</strong> sua diversi<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong>. Já como ponto negativo,<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


temos que a transformação <strong>do</strong> ambiente natural<br />

em ambiente construí<strong>do</strong> consome entre 40% e 50%<br />

<strong>do</strong>s recursos extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> planeta pela civilização<br />

e geram 50% <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos produzi<strong>do</strong>s.<br />

Desta forma, a construção civil é uma <strong>da</strong>s<br />

grandes vilãs para o alto impacto ambiental.<br />

A Casa Sapo foi uma experimentação e um desafio.<br />

Eu nunca havia projeta<strong>do</strong> algo especificamente<br />

sustentável, apesar de já utilizar muitas premissas<br />

em meus projetos, sabia que deveria me debruçar<br />

em pesquisas acadêmicas e de merca<strong>do</strong> para aliá-<br />

-las às minhas decisões projetuais.<br />

Para pensar nos benefícios <strong>da</strong> construção sustentável<br />

é necessário pensar não somente na edificação<br />

em si mas em um novo mo<strong>do</strong> de se habitar e<br />

construir, que abrange, no mínimo, 5 dimensões importantes:<br />

social, equi<strong>da</strong>de na distribuição de bens<br />

e ren<strong>da</strong>s; econômica, em termos macrossocial e de<br />

desenvolvimento <strong>da</strong> população; ecológica, no que<br />

se refere aos recursos naturais; geográfica, onde as<br />

configurações rural e urbana se tornem mais equilibra<strong>da</strong>s;<br />

e cultural, valorizan<strong>do</strong> as especifici<strong>da</strong>des locais<br />

e suas raízes. Contribui também no estabelecimento<br />

de sensações de bem estar físico, emocional<br />

e espiritual. Pensar um edifício saudável é pensar na<br />

quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> usuário e em suas consequências<br />

benéficas ao ambiente natural.<br />

Ao intervir no ambiente natural, é de extrema importância<br />

identificar o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> lugar. Algo especial<br />

em relação ao local, único, vivo e evolutivo e,<br />

ao mesmo tempo, envolver a população local. Usar<br />

com parcimônia os recursos energéticos, além de<br />

gerar energia, consideran<strong>do</strong> um excedente. Reduzir<br />

o uso, reusar e selecionar matérias menos impactantes<br />

ao ambiente, reduzir a escala e maximizar a<br />

durabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s edificações. Enriquecer o ambiente<br />

construí<strong>do</strong> sem prejuízo ao ambiente natural.<br />

Utilizar como premissas básicas os 3 erres: renovar,<br />

reciclar e reutilizar os recursos naturais.<br />

O caráter interdisciplinar com o envolvimento de<br />

equipes diversas também se faz necessário na elaboração<br />

de um projeto sustentável. A realização de<br />

oficinas e discussões participativas facilita o caráter<br />

holístico e sistêmico <strong>da</strong> arquitetura sustentável.<br />

E é caro ser eco sustentável Depende <strong>da</strong> matemática<br />

que se utilizar nessa conta. Só se a natureza<br />

Espaço para brincadeiras<br />

e ativi<strong>da</strong>des com<br />

decoração de elementos<br />

circenses.<br />

A arquiteta e engenheira<br />

civil Renata Marangoni<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 15


METRO QUADRADO<br />

O espaço se conectou com a<br />

natureza <strong>da</strong> área externa <strong>da</strong><br />

construção<br />

e o ser humano forem considera<strong>do</strong>s uma conta barata.<br />

Mas se a conta for monetária, ela exige um pouco mais<br />

de investimento na área e de valorização social no ciclo,<br />

sen<strong>do</strong> recupera<strong>do</strong> no decorrer de alguns anos e torna<strong>do</strong><br />

excedente após isso. Pensar de maneira sustentável<br />

é <strong>da</strong>r valor agrega<strong>do</strong> a tu<strong>do</strong>. Quanto mais se investir em<br />

consecuções sustentáveis mais reduções teremos nos<br />

custos finais de uma obra.<br />

Existem vários instrumentos que incentivam a sustentabili<strong>da</strong>de:<br />

o Estatuto <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de e a Agen<strong>da</strong> 21, que apresentam<br />

pontos básicos e indica<strong>do</strong>res importantes para<br />

prevenir e combater a degra<strong>da</strong>ção ambiental. Entre eles,<br />

a redução de desperdício <strong>do</strong>s recursos naturais, financeiros<br />

e humanos, a redução <strong>do</strong> volume de lixo e seu tratamento,<br />

a melhoria na condição de moradia, saneamento<br />

e provisão de água, melhoria na saúde e educação, oportuni<strong>da</strong>des<br />

de cultura, lazer, recreação e trabalho, acesso<br />

à informação e processos de toma<strong>da</strong> de decisão.<br />

Outra forma são as certificações verdes, que apresentam<br />

alguns instrumentos de avaliação ambiental que visam<br />

garantir a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto com baixo impacto. Posso citar, a certificação<br />

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), AQUA<br />

e ACV (Avaliação <strong>do</strong> Ciclo de Vi<strong>da</strong>). A ACV é uma ferramenta muito eficiente<br />

para auxiliar na avaliação <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> material emprega<strong>do</strong><br />

no projeto. Nessa meto<strong>do</strong>logia, to<strong>do</strong>s os estágios <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de um<br />

produto são avalia<strong>do</strong>s, desde a <strong>aqui</strong>sição <strong>da</strong> matéria-prima, fabricação<br />

<strong>do</strong> produto, transporte, instalação, operação, manutenção, reciclagem<br />

até o gerenciamento de resíduos, colaboram com a análise <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> material. A cerâmica vermelha já suscita em nós a memória<br />

e está liga<strong>da</strong> à dimensão afetiva, recor<strong>da</strong> a infância e apresenta vários<br />

pontos positivos, conforme mostra a ACV. A argila é uma matéria-prima<br />

utiliza<strong>da</strong> pelo homem desde a pré-história e traz consigo, além de suas<br />

transformações, uma sabe<strong>do</strong>ria ancestral de vários povos. Sua plastici<strong>da</strong>de<br />

e diversi<strong>da</strong>de no uso afirmam as características positivas <strong>do</strong><br />

produto gera<strong>do</strong>. A durabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto também deve ser leva<strong>da</strong> em<br />

conta. Outro item favorável à utilização <strong>da</strong> cerâmica é o que diz respeito<br />

à sua logística, onde sua abrangência está bem abaixo <strong>do</strong> indica<strong>do</strong> para<br />

a Avaliação <strong>do</strong> Ciclo de Vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s materiais, que permite até 800 km de<br />

raio e a cerâmica abrange no máximo 250 km.<br />

Tenho visto alguns projetos onde a cerâmica é utiliza<strong>da</strong> de maneiras<br />

inova<strong>do</strong>ras. Conforme Lyle, o edifício é media<strong>do</strong>r entre sol e terra. Portanto,<br />

projetar a edificação de forma a controlar o fluxo de energia (calor)<br />

para obter conforto térmico no interior <strong>da</strong> construção é uma estratégia<br />

imprescindível nos projetos de arquitetura sustentável e a cerâmica é<br />

um ótimo alia<strong>do</strong> para revestir a obra<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


jcb<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 17


INOVAÇÃO<br />

Senai inicia ativi<strong>da</strong>des<br />

de institutos de inovação<br />

Até 2014, oito institutos apoiarão indústrias na área de pesquisa e desenvolvimento<br />

Por Carlos Cruz<br />

Durante visita à Alemanha para participar<br />

<strong>do</strong> WorldSkills Leipizig 2013,<br />

o maior torneio de educação profissional<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o diretor-geral <strong>do</strong> Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Industrial (Senai),<br />

Rafael Lucchesi, anunciou, na capital Berlim,<br />

o início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de oito Institutos<br />

Senai de Inovação. O primeiro deles,<br />

de eletroquímica, começará a funcionar<br />

ain<strong>da</strong> este ano em Curitiba, no Paraná. Os<br />

outros sete devem começar as ativi<strong>da</strong>des<br />

até dezembro de 2014. Implanta<strong>do</strong>s em<br />

ci<strong>da</strong>des onde o Senai já oferece serviços<br />

de inovação, os institutos aju<strong>da</strong>rão a indústria<br />

brasileira a colocar no merca<strong>do</strong><br />

produtos de maior valor agrega<strong>do</strong> e ganhar<br />

competitivi<strong>da</strong>de.<br />

A previsão é que 24 Institutos Senai de<br />

Inovação estejam funcionan<strong>do</strong> até 2015.<br />

Neles, serão desenvolvi<strong>do</strong>s projetos para<br />

to<strong>do</strong>s os portes de empresas. Os institutos<br />

facilitarão os processos de pesquisa<br />

e desenvolvimento <strong>da</strong>s grandes empresas<br />

e aju<strong>da</strong>rão as pequenas e médias<br />

indústrias a inovar e formar parques tecnológicos.<br />

“A inovação é o principal fator<br />

de competitivi<strong>da</strong>de na indústria. Por isso,<br />

queremos criar no Brasil uma rede que<br />

opere de forma similar ao que ocorre na<br />

Alemanha”, afirmou Lucchesi, durante<br />

visita técnica a uma <strong>da</strong>s 66 uni<strong>da</strong>des <strong>do</strong><br />

Instituto Fraunhofer, em Berlim. Acompanha<strong>do</strong><br />

pelos presidentes <strong>da</strong>s 14 federações<br />

de indústrias de esta<strong>do</strong>s que receberão<br />

os institutos, Lucchesi discutiu com<br />

técnicos <strong>do</strong> Fraunhofer os detalhes para<br />

o início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. O modelo a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong><br />

pela Alemanha desde 1946, que integra<br />

instituições de pesquisa, empresas e<br />

governo, vai inspirar o funcionamento <strong>do</strong>s<br />

institutos no Brasil.<br />

Conforme o diretor <strong>do</strong> Fraunhofer IPK,<br />

Eckart Ulhmman, o Brasil está em um<br />

momento propício para promover a inovação.<br />

“A indústria tem consciência de<br />

que só será mais competitiva se inovar”,<br />

destacou Ulhmman. Já o vice-presidente,<br />

Alexander Kurz, ressaltou que o processo<br />

de inovação deve ocorrer, principalmente,<br />

entre as pequenas e médias empresas.<br />

“Sabemos que inovação é considera<strong>do</strong><br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


um processo caro, mas <strong>aqui</strong> desenvolvemos<br />

projetos que custam cerca de 3 mil<br />

euros com impacto e retorno altos. O Brasil<br />

pode seguir o mesmo caminho com os<br />

institutos <strong>do</strong> Senai”, avaliou Kurz.<br />

Os investimentos previstos para a criação<br />

<strong>do</strong>s institutos de inovação fazem parte<br />

<strong>da</strong>s ações <strong>do</strong> Programa Senai de Apoio à<br />

Competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Indústria, que receberá<br />

aproxima<strong>da</strong>mente R$ 3 bilhões. Desse<br />

total, R$ 1,5 bilhão vem de financiamento<br />

<strong>do</strong> Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social (BNDES) e a outra<br />

parte de recursos próprios <strong>do</strong> sistema indústria.<br />

Os oito institutos anuncia<strong>do</strong>s em<br />

Berlim foram os primeiros a prepararem o<br />

plano de negócios para o BNDES, por isso<br />

já podem ter acesso aos recursos.<br />

O Senai também já realizou parcerias com<br />

o Massachussets Institute of Technology<br />

(MIT), <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o Instituto Politécnico<br />

de Milão, além de organizações<br />

na China e em Israel, para fortalecer a inovação<br />

no Brasil.<br />

O presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Cesar Gonçalves,<br />

ressaltou que esta é uma excelente oportuni<strong>da</strong>de<br />

para os produtores de cerâmica<br />

vermelha de to<strong>do</strong> o país conseguirem os<br />

investimentos necessários ao crescimento<br />

e à expansão <strong>do</strong>s seus negócios. “Os<br />

ceramistas deverão se unir e procurar o<br />

seu sindicato que irá propor a parceria<br />

com a federação de indústrias <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.<br />

Excelentes oportuni<strong>da</strong>des estão surgin<strong>do</strong><br />

e é preciso estar atento para aproveitá-<br />

-las. Investir em inovação é o grande diferencial<br />

para alcançar uma maior competitivi<strong>da</strong>de”,<br />

declarou Gonçalves.<br />

TECNOLOGIA - Ain<strong>da</strong> dentro <strong>do</strong> Programa<br />

de Apoio à Competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Indústria, o<br />

Senai vai implementar 66 Institutos Senai<br />

de Tecnologia (ISTs) em to<strong>do</strong> o país. Eles<br />

oferecerão serviços laboratoriais, consultorias<br />

técnicas especializa<strong>da</strong>s e desenvolvimento<br />

de produtos e processos industriais.<br />

Os ISTs serão especializa<strong>do</strong>s em<br />

setores prioriza<strong>do</strong>s no Plano Brasil Maior,<br />

<strong>do</strong> governo federal, tais como: tecnologia<br />

<strong>da</strong> informação, construção civil, alimentos<br />

e bebi<strong>da</strong>s, química, petroquímica, automação<br />

e TI, entre outros.<br />

Os institutos de tecnologia também poderão<br />

ofertar cursos técnicos de alto nível e<br />

cursos de graduação para a formação de<br />

mão de obra qualifica<strong>da</strong> para atender as<br />

necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> indústria.<br />

Mais informações sobre os ISTs no<br />

Portal <strong>da</strong> Indústria www.cni.org.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 19


MERCADO<br />

Aquecimento de merca<strong>do</strong><br />

para Linha Amarela<br />

Guia Sobratema de Equipamentos demonstra boas perspectivas nas ven<strong>da</strong>s de máquinas no Brasil<br />

Por Manuela Alves | Fotos: David Majella<br />

vendi<strong>da</strong>s chegue a aproxima<strong>da</strong>mente 29,7 mil.<br />

Pesquisa <strong>da</strong> Sobratema<br />

aponta crescimento<br />

médio anual de 10,42%<br />

até 2017.<br />

Um estu<strong>do</strong> divulga<strong>do</strong> no final de 2012 sobre o merca<strong>do</strong><br />

brasileiro de equipamentos para construção,<br />

elabora<strong>do</strong> pela Associação Brasileira de Tecnologia para<br />

Equipamentos e Manutenção – Sobratema e publica<strong>do</strong><br />

no Guia Sobratema de Equipamentos 2012-2014, apresenta<br />

um cenário promissor para os próximos anos.<br />

De acor<strong>do</strong> com a pesquisa, o setor <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> linha<br />

amarela, até 2014, terá uma taxa de evolução maior em<br />

decorrência <strong>da</strong> retoma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s obras <strong>do</strong> PAC e <strong>da</strong>s possíveis<br />

concessões previstas nos mo<strong>da</strong>is ro<strong>do</strong>viário, ferroviário,<br />

portuário e aeroportuário. Além disso, terá um<br />

crescimento médio anual de 10,6% até 2017. Para este<br />

ano, a expectativa é de que a quanti<strong>da</strong>de de máquinas<br />

O estu<strong>do</strong> mostra ain<strong>da</strong> que as ven<strong>da</strong>s de equipamentos<br />

para construção fabrica<strong>do</strong>s no Brasil<br />

serão eleva<strong>da</strong>s de forma mais acelera<strong>da</strong> que<br />

os importa<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre<br />

de 2013, devi<strong>do</strong> à política de crédito especial<br />

para máquinas <strong>do</strong> Programa de Sustentação<br />

<strong>do</strong> Investimento – PSI, <strong>do</strong> BNDES, e pela<br />

desvalorização cambial <strong>do</strong> primeiro semestre.<br />

Esses <strong>da</strong><strong>do</strong>s projetam uma perspectiva que<br />

pode inclusive apresentar um número recorde<br />

de ven<strong>da</strong>s e crescimento de 13%. Já as ven<strong>da</strong>s<br />

de equipamentos de movimentação de terra no<br />

exterior apresentam uma média de 9%, o que<br />

mostra que o Brasil continua sen<strong>do</strong> um merca<strong>do</strong><br />

promissor, apesar <strong>do</strong> menor volume de equipamentos<br />

comercializa<strong>do</strong>s. O vice-presidente<br />

<strong>da</strong> Sobratema, Silvimar Fernandes Reis, explica<br />

como os fabricantes brasileiros de linha amarela<br />

podem se beneficiar com a deman<strong>da</strong> de obras<br />

e ações <strong>do</strong> governo federal. “O segmento tem<br />

se beneficia<strong>do</strong> bastante <strong>do</strong> bom momento vivi<strong>do</strong><br />

pelo país com a realização de obras de infraestrutura<br />

e de equipamentos esportivos para<br />

a Copa de 2014 e para as Olimpía<strong>da</strong>s de 2016.<br />

A tendência é continuar crescen<strong>do</strong> a ven<strong>da</strong> de<br />

equipamentos e máquinas, incluin<strong>do</strong> os <strong>da</strong> chama<strong>da</strong><br />

linha amarela, principalmente em função<br />

de anúncios recentes de novas concessões pú-<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


licas em ro<strong>do</strong>vias, ferrovias e portos”.<br />

A pesquisa destaca que a confirmação<br />

<strong>da</strong>s boas perspectivas também depende<br />

de fatores que envolvem outros indica<strong>do</strong>res,<br />

como a economia em geral, a política<br />

cambial, os juros e o an<strong>da</strong>mento <strong>do</strong>s<br />

projetos de infraestrutura. A expectativa<br />

positiva para o setor se deve, sobretu<strong>do</strong>,<br />

ao anúncio feito pelo governo federal de<br />

várias medi<strong>da</strong>s para estimular a economia,<br />

entre as quais um programa de<br />

concessões para a iniciativa priva<strong>da</strong> em<br />

ro<strong>do</strong>vias, ferrovias e projetos de infraestrutura,<br />

com parcerias público-priva<strong>da</strong>s.<br />

Para o diretor comercial <strong>da</strong> Conterrânea<br />

Máquinas – LiuGong, Igor Ribeiro,<br />

o governo tem investi<strong>do</strong> pouco no setor.<br />

Ribeiro enumera as maiores dificul<strong>da</strong>des<br />

de negócios no Brasil: “a incapaci<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> governo de <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de<br />

às grandes obras de infraestrutura e a<br />

programas habitacionais, a dificul<strong>da</strong>de<br />

de aprovação <strong>do</strong> crédito para as empresas<br />

com ausência de critérios claros e<br />

os altos impostos sobre produtos estrangeiros,<br />

que aumentaram os preços<br />

<strong>do</strong> produto nacional”.<br />

Para a maioria <strong>do</strong>s fabricantes, importa<strong>do</strong>res<br />

e usuários de equipamentos<br />

ouvi<strong>do</strong>s para a elaboração <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> de<br />

merca<strong>do</strong>, as expectativas em relação ao<br />

próximo ano apontam para um crescimento<br />

entre 5% e 20% nas ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

linha amarela. “Temos investi<strong>do</strong> em suporte<br />

ao produto através <strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong>de<br />

de assistência técnica, um<br />

estoque de peças diversifica<strong>do</strong> e treinamento<br />

de nosso pessoal de campo e<br />

<strong>do</strong>s clientes. Temos uma meta de não<br />

termos ocorrência até a primeira revisão<br />

de 250 horas. Na <strong>aqui</strong>sição <strong>da</strong> máquina<br />

nova, ofertamos a melhor condição de<br />

financiamento e recebemos a máquina<br />

usa<strong>da</strong> <strong>do</strong> cliente”, finaliza Ribeiro.<br />

PROJEÇÕES ATÉ 2017<br />

O Estu<strong>do</strong> Sobratema <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro<br />

de Equipamentos para Construção<br />

também apresenta projeções para a<br />

ven<strong>da</strong> de máquinas até 2017, cujo crescimento<br />

médio anual será de 10,42%.<br />

Até 2014, a taxa de evolução será maior<br />

em decorrência <strong>da</strong> retoma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s obras<br />

<strong>do</strong> PAC e <strong>da</strong>s possíveis concessões previstas.<br />

A partir de 2014, ano eleitoral, a<br />

estimativa de crescimento médio cai<br />

para 8% até 2017.<br />

Abrangen<strong>do</strong> os principais equipamentos<br />

<strong>da</strong> chama<strong>da</strong> linha amarela (terraplenagem<br />

e compactação), além de gruas,<br />

guin<strong>da</strong>stes, compressores portáteis,<br />

plataformas aéreas, manipula<strong>do</strong>res telescópicos,<br />

tratores agrícolas e caminhões<br />

utiliza<strong>do</strong>s por construtoras, o estu<strong>do</strong><br />

é edita<strong>do</strong> desde 2007.<br />

A compilação e análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s conta<br />

com as consultorias econômicas <strong>do</strong><br />

jornalista britânico Brian Nicholson e <strong>do</strong><br />

professor <strong>da</strong> PUC-SP, Rubens Sawaya.<br />

O estu<strong>do</strong> de merca<strong>do</strong> permite o dimensionamento<br />

<strong>da</strong> importância econômica<br />

<strong>do</strong> setor e também <strong>da</strong>s políticas que<br />

facilitam a <strong>aqui</strong>sição de equipamentos<br />

modernos e eficientes, além de ser um<br />

instrumento útil de planejamento para<br />

as empresas <strong>do</strong> setor<br />

Guia Sobratema<br />

de Equipamentos<br />

O Guia Sobratema de Equipamentos<br />

2012-2014 reúne e organiza informações<br />

e especificações de 1.674 equipamentos<br />

nacionais e importa<strong>do</strong>s,<br />

de 108 fabricantes distintos. Dividi<strong>do</strong><br />

em 35 famílias – três a mais <strong>do</strong> que a<br />

versão anterior, quan<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> era denomina<strong>do</strong><br />

Anuário Brasileiro de Equipamentos<br />

para a Construção –, tem<br />

o intuito de contribuir na toma<strong>da</strong> de<br />

decisão de executivos e no trabalho<br />

de engenheiros e técnicos responsáveis<br />

pela operação e produtivi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s máquinas.<br />

Uma <strong>da</strong>s novi<strong>da</strong>des desta edição é<br />

a versão para tablets e smartphones,<br />

com sistemas operacionais iOS<br />

e Android. A novi<strong>da</strong>de foi implanta<strong>da</strong><br />

objetivan<strong>do</strong> levar mais mobili<strong>da</strong>de na<br />

toma<strong>da</strong> de decisão de executivos e<br />

empresários <strong>do</strong> setor ao que se refere<br />

à comercialização, locação e utilização<br />

de equipamentos.<br />

A versão para dispositivos móveis<br />

conta com as mesmas funcionali<strong>da</strong>des<br />

<strong>do</strong> DVD que acompanha a edição<br />

impressa, excetuan<strong>do</strong>-se o programa<br />

que permite realizar comparações<br />

entre equipamentos de diversas<br />

marcas e modelos. Para ter acesso<br />

ao Guia no tablet e no smartphone,<br />

basta fazer o <strong><strong>do</strong>wnload</strong> <strong>do</strong> aplicativo<br />

nas lojas iTunes e Google Play.<br />

Fonte: Sobratema<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 21


TENDÊNCIA DE MERCADO<br />

Livros, luz<br />

e sombras<br />

Jogo de luz serve como principal conceito atrativo para biblioteca na Polônia<br />

Por Manuela Souza | Fotos: Jakub Certowicz, Tomasz Zakrzewski<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Projeto vence<strong>do</strong>r de um concurso lança<strong>do</strong> pela Universi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> Silésia, na Polônia, o Centro de Informação Científica e Biblioteca<br />

Acadêmica – CINiBA, foi considera<strong>do</strong> o melhor edifício<br />

construí<strong>do</strong> na Polónia entre 2000-2012 na 7ª edição <strong>do</strong> “Life in Architecture”,<br />

prêmio organiza<strong>do</strong> pela revista “Architektura Murator”.<br />

A biblioteca, que também ganhou na categoria prédios públicos,<br />

está localiza<strong>da</strong> no cruzamento <strong>do</strong> eixo leste-oeste, que forma a<br />

espinha <strong>do</strong>rsal <strong>do</strong> campus. Sua facha<strong>da</strong> é revesti<strong>da</strong> com placas<br />

cerâmicas em tamanhos diferentes e que foram posiciona<strong>da</strong>s<br />

com espaços entre elas, o que permite a entra<strong>da</strong> de luz no interior<br />

<strong>do</strong> prédio, sem comprometer a integri<strong>da</strong>de <strong>do</strong> acervo <strong>da</strong> biblioteca.<br />

À noite, as frestas de luz formam um mosaico no interior <strong>do</strong><br />

prédio com a luz que vem de fora.<br />

A altura <strong>do</strong> prédio foi determina<strong>da</strong> pela altura média <strong>do</strong>s prédios<br />

ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> campus <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de. A elevação norte, um pouco<br />

mais alta, enfatiza a posição e a função <strong>da</strong> construção, que está<br />

em diálogo com os altos edifícios existentes que fecham o eixo.<br />

O isolamento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> externo influencia a atmosfera <strong>do</strong> ambiente,<br />

como deve ser uma biblioteca e orienta um fluxo de tempo<br />

diferente <strong>do</strong> barulho <strong>do</strong> centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

23


CONHEÇA O SEU PRODUTO<br />

CSP destaca casos de<br />

sucesso no sudeste<br />

Cerâmicas <strong>do</strong> interior de São Paulo contam suas experiências de sucesso após a execução <strong>do</strong> projeto<br />

Por Manuela Souza | Foto Divulgação<br />

Após apresentar excelentes resulta<strong>do</strong>s<br />

nas regiões nordeste, norte,<br />

centro-oeste e sul <strong>do</strong> Brasil, chegou a vez<br />

<strong>da</strong>s cerâmicas <strong>do</strong> sudeste comprovarem<br />

o sucesso <strong>do</strong> projeto Conheça o Seu Produto<br />

pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de. Resulta<strong>do</strong><br />

de uma parceria entre a <strong>Anicer</strong> e<br />

o Sebrae, o Conheça garante a realização<br />

de consultoria gratuita para melhorias e<br />

correções <strong>do</strong>s processos produtivos, e<br />

custeia 70% <strong>do</strong>s valores <strong>do</strong>s ensaios laboratoriais<br />

<strong>do</strong>s produtos.<br />

Ao promover a cultura <strong>do</strong>s ensaios, o Conheça<br />

tornou possível conscientizar os<br />

fabricantes sobre a importância de aprimorar<br />

a relação entre o seu produto e o<br />

consumi<strong>do</strong>r, e facilitou a qualificação <strong>da</strong>s<br />

empresas nos Programas Setoriais <strong>da</strong><br />

Quali<strong>da</strong>de de telhas e blocos cerâmicos.<br />

Entre as empresas aderi<strong>da</strong>s ao projeto no<br />

esta<strong>do</strong> de São Paulo, estão as cerâmicas<br />

São Pedro, João de Barro e Palma de Ouro,<br />

que avançaram em competitivi<strong>da</strong>de e na<br />

contribuição com a sustentabili<strong>da</strong>de.<br />

Na Cerâmica São Pedro, situa<strong>da</strong> no município<br />

de Coronel Mace<strong>do</strong>, os consultores<br />

<strong>do</strong> projeto orientaram a construção e o<br />

equipamento de um laboratório de testes,<br />

onde os ensaios realiza<strong>do</strong>s proporcionaram<br />

maior eficiência <strong>do</strong> seca<strong>do</strong>r e otimizaram<br />

as curvas de queima <strong>do</strong>s fornos,<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


eduzin<strong>do</strong> o consumo de combustíveis. A<br />

cerâmica também implantou um controle,<br />

através de formulários, com <strong>da</strong><strong>do</strong>s de produção,<br />

quali<strong>da</strong>de, ocorrências, quanti<strong>da</strong>des<br />

produzi<strong>da</strong>s e descarta<strong>da</strong>s. Esses <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

são recolhi<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s diariamente e<br />

hoje servem como fonte para reuniões com<br />

o comitê <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de. A mu<strong>da</strong>nça serviu<br />

para guiar o ajuste nas máquinas de produção<br />

e aumentou consideravelmente a eficiência<br />

de to<strong>do</strong> o processo de fabricação.<br />

Além disso, a São Pedro mu<strong>do</strong>u o seu sistema<br />

de secagem, que gerava um manuseio<br />

excessivo e lentidão no processo. Agora, as<br />

ações de transporte e armazenamento são<br />

executa<strong>da</strong>s com suporte de equipamento<br />

mecânico com vagonetas e empilhadeiras,<br />

o que trouxe como resulta<strong>do</strong> a diminuição<br />

<strong>da</strong> remontagem <strong>do</strong> produto na área de secagem<br />

e o aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de, com<br />

menor utilização de mão de obra. “Com a<br />

aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> laboratório, descobrimos que o<br />

nosso material precisava de uma secagem<br />

mais lenta, o que nos proporcionou menos<br />

trinca e mais rendimento. Com a implantação<br />

<strong>do</strong> controle de processos, observamos<br />

melhor os resulta<strong>do</strong>s e evitamos desperdício<br />

na produção. Já com o processo de automatização,<br />

diminuímos a mão de obra no<br />

deslocamento <strong>da</strong>s peças e aumentamos<br />

a produtivi<strong>da</strong>de”, explicou Arlin<strong>do</strong> Soldera,<br />

proprietário <strong>da</strong> Cerâmica São Pedro.<br />

A cerâmica João de Barro, localiza<strong>da</strong> na<br />

ci<strong>da</strong>de de Taquarituba, investiu na compra<br />

de um novo conjunto de máquinas e agora<br />

trabalha com lamina<strong>do</strong>r, maromba e mistura<strong>do</strong>r<br />

de última geração. Essa mu<strong>da</strong>nça<br />

gerou aumento <strong>da</strong> produção e diminuição<br />

<strong>do</strong> tempo de trabalho, eliminan<strong>do</strong> horas extras.<br />

Além disso, a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s equipamentos<br />

permitiu a fabricação de blocos<br />

maiores, inclusive estruturais, com melhor<br />

uniformi<strong>da</strong>de, resistência e menores<br />

índices de quebras e retrabalhos. Com a<br />

aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> consultoria ofereci<strong>da</strong> pelo programa<br />

Conheça o Seu Produto, a João de<br />

Barro também construiu e equipou um<br />

laboratório de testes, onde os ensaios realiza<strong>do</strong>s<br />

possibilitam ajustes na composição<br />

<strong>da</strong> massa, regulagem de boquilhas<br />

e alterações na curva de queima <strong>do</strong>s fornos,<br />

garantin<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto<br />

final. “Com o conhecimento implanta<strong>do</strong><br />

pela consultoria <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> junto com o<br />

Sebrae, nós conseguimos ver a retração<br />

<strong>da</strong> nossa argila e a umi<strong>da</strong>de com que<br />

estamos extru<strong>da</strong>n<strong>do</strong> ela, para regular<br />

a boquilha e a maneira <strong>do</strong> corte, evitar<br />

per<strong>da</strong>s por trincas, empenamento e diferenças<br />

no tamanho <strong>do</strong> produto e ajustar<br />

também a curva de queima <strong>do</strong>s nossos<br />

fornos. Hoje, nós podemos fazer produtos<br />

com quali<strong>da</strong>de e afirmar que o nosso<br />

produto é bom o bastante para concorrer<br />

lá fora e trazer a satisfação <strong>do</strong> cliente”,<br />

comemora Antônio Augusto Alves, laboratorista<br />

<strong>da</strong> Cerâmica João de Barro<br />

Uma outra mu<strong>da</strong>nça realiza<strong>da</strong> pela cerâ-<br />

Os ensaios<br />

ain<strong>da</strong> estão<br />

disponíveis e a<br />

meta é atender<br />

a 400 cerâmicas<br />

de to<strong>do</strong> o Brasil,<br />

sen<strong>do</strong> 250<br />

fabricantes de<br />

blocos e 150<br />

de telhas.<br />

mica foi o desenvolvimento de três novas<br />

peças <strong>da</strong> família de blocos estruturais.<br />

Agora, a João de Barro também fabrica<br />

o bloco 14x19x39 e o de amarração<br />

14x19x34, além <strong>do</strong> bloco de ve<strong>da</strong>ção de<br />

11,5 de largura e 9x19x39 com furos verticais.<br />

Esta iniciativa já rende novos pedi<strong>do</strong>s<br />

e lucros para a fábrica. “O aumento<br />

no nosso faturamento foi muito grande,<br />

nós tínhamos uma ven<strong>da</strong> de bloquinhos,<br />

que trabalha com valores em torno de<br />

30% <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> bloco estrutural, então<br />

essas novas peças incrementaram de<br />

maneira positiva o meu faturamento”,<br />

explica o proprietário <strong>da</strong> Cerâmica João<br />

de Barro, Pedro Braz Alves.<br />

Com a meta de elevar a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> seu<br />

produto, a Cerâmica Palma de Ouro, situa<strong>da</strong><br />

no município de Elias Fausto, criou e<br />

implantou listas de verificação para ca<strong>da</strong><br />

fase <strong>do</strong> processo de fabricação, onde<br />

funcionários treina<strong>do</strong>s possuem um roteiro<br />

de checagem <strong>do</strong>s equipamentos<br />

antes <strong>do</strong> início <strong>da</strong> produção, o que previne<br />

acidentes e melhora a produção <strong>da</strong>s<br />

peças. “O controle de extrusão nos trouxe<br />

um ganho muito importante no processo<br />

produtivo. Nós reduzimos hora de<br />

máquina trabalhan<strong>do</strong> e a per<strong>da</strong> final <strong>do</strong><br />

produto, melhoramos a quali<strong>da</strong>de, conseguimos<br />

um peso estável <strong>do</strong> produto e<br />

diminuímos as patologias no processo<br />

produtivo”, disse o proprietário <strong>da</strong> Cerâmica<br />

Palma de Ouro e atual presidente<br />

<strong>da</strong> Acervir, Sandro Roberto <strong>da</strong> Silveira.<br />

A orientação <strong>da</strong> consultoria <strong>do</strong> Conheça<br />

o Seu Produto, também permitiu que a<br />

cerâmica desenvolvesse controles no<br />

processo de extrusão, incluin<strong>do</strong> um relógio<br />

que registra o tempo efetivo de pro-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 25


CONHEÇA O SEU PRODUTO<br />

dução. Agora, o controle de quali<strong>da</strong>de pode<br />

medir a eficiência e identificar as principais<br />

causas de para<strong>da</strong>s não programa<strong>da</strong>s, o<br />

que gerou um melhor aproveitamento <strong>do</strong>s<br />

equipamentos. Silveira entende a importância<br />

na conquista <strong>do</strong> selo <strong>do</strong> PSQ para a sua<br />

cerâmica: “Nossa decisão em aderir ao PSQ<br />

teve duas influências: a primeira, o nosso<br />

desejo em melhorar a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> nosso<br />

produto final; a segun<strong>da</strong> foi que alguns<br />

clientes, algumas construtoras, requisitavam<br />

uma empresa qualifica<strong>da</strong> e essa decisão<br />

nos trouxe alguns processos que antes<br />

não tínhamos, tipo checklist, em que checamos<br />

ca<strong>da</strong> etapa <strong>do</strong> processo produtivo”.<br />

Além disso, a Palma de Ouro substituiu os<br />

antigos fornos intermitentes, re<strong>do</strong>n<strong>do</strong>s e<br />

Abóba<strong>da</strong>, por fornos móveis, que são mais<br />

modernos, econômicos e eficientes. A mu<strong>da</strong>nça<br />

gerou a redução <strong>do</strong> ciclo de queima,<br />

<strong>do</strong> consumo de combustíveis e <strong>da</strong> variação<br />

de temperatura na carga <strong>do</strong> forno, o<br />

que proporcionou a produção de blocos<br />

com características mais uniformes. “O<br />

forno metálico nos trouxe vários ganhos.<br />

Ganhos em consumo de combustível, quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> queima final <strong>do</strong>s produtos, número<br />

de colabora<strong>do</strong>res para fazer o mesmo<br />

trabalho e a possibili<strong>da</strong>de de mecanização<br />

<strong>do</strong> processo produtivo”, finaliza Silveira.<br />

Inicia<strong>do</strong> em janeiro de 2010, o Conheça o<br />

Seu Produto custeia 70% <strong>do</strong>s valores <strong>do</strong>s<br />

ensaios laboratoriais <strong>do</strong>s produtos e as<br />

empresas aderi<strong>da</strong>s ao programa pagam<br />

apenas 30% <strong>do</strong>s custos. O projeto também<br />

garantiu a realização de consultoria gratuita<br />

para melhorias e correções <strong>do</strong>s processos<br />

produtivos, atenden<strong>do</strong> a 120 cerâmicas<br />

de to<strong>da</strong>s as regiões. Já os ensaios<br />

ain<strong>da</strong> estão disponíveis e tem como meta<br />

atender a 400 cerâmicas de to<strong>do</strong> o Brasil,<br />

sen<strong>do</strong> 250 fabricantes de blocos e 150 de<br />

telhas. As empresas que fazem parte <strong>do</strong><br />

Conheça podem conquistar o PSQ com<br />

mais facili<strong>da</strong>de e a custos menores. Com<br />

os produtos já ensaia<strong>do</strong>s, as não conformi<strong>da</strong>des<br />

detecta<strong>da</strong>s e com maior garantia<br />

de quali<strong>da</strong>de, o valor de merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais<br />

qualifica<strong>do</strong>s naturalmente é maior.<br />

Empresas interessa<strong>da</strong>s nos ensaios<br />

<strong>do</strong> projeto devem entrar em<br />

contato pelo telefone: (21) 2262-<br />

0545 ou enviar e-mail para:<br />

setorial@anicer.com.br<br />

bmc<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Cases de sucesso em<br />

Pernambuco e no Paraná<br />

PERNAMBUCO<br />

Cerâmica Elsa - A Cerâmica Elsa tem 73 funcionários e produz, mensalmente, mais de um milhão de blocos. Após a adesão<br />

ao programa, instalou uma uni<strong>da</strong>de de preparação de massa que melhorou o aproveitamento <strong>da</strong> argila e as proprie<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> massa, geran<strong>do</strong> produtos de maior quali<strong>da</strong>de. Além disso, o número de para<strong>da</strong>s na produção para a troca <strong>do</strong> arame de corte<br />

passou a ser realiza<strong>do</strong> em horários fixos, o que gerou um maior rendimento. “Com o trabalho <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong> Sebrae na cerâmica,<br />

nós tivemos um ganho de produção com a diminuição de horas para<strong>da</strong>s <strong>da</strong> máquina e melhoria na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> massa. Essa<br />

mu<strong>da</strong>nça acarretou o aumento na confecção de blocos, bem como o aumento no salário <strong>do</strong>s funcionários que recebem por<br />

produção”, explicou a sócia-gerente, Elsa de Oliveira.<br />

Cerâmica Kitambar - A Cerâmica Kitambar inovou com a utilização de resíduos como combustível, impulsionan<strong>do</strong> uma<br />

produção mais sustentável e instalou um laboratório dentro <strong>da</strong> fábrica para controle de quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> produção. Agora, basea<strong>do</strong><br />

na Norma 15310, o laboratório realiza ensaios dimensionais no produto além de absorção de água, impermeabili<strong>da</strong>de e resistência<br />

à compressão. “A queima de resíduos é a principal inovação <strong>da</strong> Cerâmica Kitambar. Nós antigamente queimávamos somente<br />

com lenha e hoje utilizamos a casca <strong>do</strong> coco e o pó de serra, o que nos trouxe benefícios tanto em relação à economia de queima<br />

e de combustível quanto na quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> material produzi<strong>do</strong>”, esclarece o laboratorista Fábio Batista. Com 35 anos de existência,<br />

a Kitambar possui 3 uni<strong>da</strong>des de produção, duas em Tacaimbó, que produz blocos, e a uni<strong>da</strong>de de Caruaru, que produz telhas e<br />

recentemente conquistou o selo PSQ de telhas. “Contratamos uma consultoria permanente durante o perío<strong>do</strong> de um ano e montamos<br />

um centro de controle <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de, o que trouxe melhoria e uniformi<strong>da</strong>de ao nosso produto. O resulta<strong>do</strong> desse trabalho<br />

foi a conquista pela cerâmica <strong>do</strong> PSQ nacional de telhas”, avalia o diretor industrial, Antônio Tavares.<br />

Cerâmica Buenos Aires - Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1996, a Cerâmica Buenos Aires tem hoje 160 funcionários, produz uma média<br />

mensal de 4 milhões de blocos e com a organização <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de produtiva, melhorou o aproveitamento <strong>do</strong>s espaços, numerou os<br />

galpões e tornou mais eficiente a secagem <strong>do</strong>s blocos. Além disso, implantou um sistema de paletização que facilitou o transporte<br />

e gerou resulta<strong>do</strong>s positivos ao diminuir per<strong>da</strong>s e tornar o produto mais apresentável. A mu<strong>da</strong>nça no layout <strong>da</strong>s máquinas<br />

<strong>da</strong> produção também trouxe diversos benefícios à cerâmica, que já está implantan<strong>do</strong> o novo formato. “A adesão ao programa<br />

foi importante e melhorou bastante a nossa produção. Antes o trabalho parava constantemente e não conseguíamos identificar<br />

os motivos. Hoje possuímos <strong>da</strong><strong>do</strong>s em que conseguimos identificar rápi<strong>do</strong> o problema para solucionar o entrave”, constatou o<br />

gerente, José Vicente.<br />

PARANÁ<br />

Cerâmica São Luiz - Localiza<strong>da</strong> no município de Pato Braga<strong>do</strong>, a Cerâmica São Luiz é uma empresa familiar que completa<br />

49 anos de merca<strong>do</strong> e apresenta um quadro de 46 colabora<strong>do</strong>res. Sua produção é de 380 mil peças sen<strong>do</strong> 300 mil telhas<br />

Francesas e Marselhesas e 80 mil blocos 9x14x24. Foram estabeleci<strong>da</strong>s metas pelo Conheça o Seu Produto pela Avaliação <strong>da</strong><br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

27


CONHEÇA O SEU PRODUTO<br />

Conformi<strong>da</strong>de que integram melhorias na produção e o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> com o meio ambiente.<br />

A redução <strong>do</strong> ciclo <strong>da</strong> queima e <strong>do</strong> consumo de serragem nos fornos proporciona<br />

menor impacto ambiental e diminui o custo operacional. Além disso, a troca no<br />

molde de bastão de rebarba reduziu a utilização <strong>da</strong> massa, evitan<strong>do</strong> o desperdício <strong>do</strong><br />

modelo antigo e aumentan<strong>do</strong> sua capaci<strong>da</strong>de – a produção passou de 600 para 950<br />

telhas. A consultoria foi também aplica<strong>da</strong> na secagem, reduzin<strong>do</strong> o tempo e o combustível<br />

utiliza<strong>do</strong> com o reaproveitamento <strong>do</strong> calor gera<strong>do</strong>. “Através <strong>do</strong> programa Conheça<br />

o Seu Produto, <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong> Sebrae, a nossa empresa conseguiu trabalhar<br />

a diminuição <strong>da</strong> energia elétrica, <strong>do</strong> desgaste de nossos equipamentos e a redução<br />

<strong>do</strong> consumo de óleo desmol<strong>da</strong>nte”, relata o sócio proprietário <strong>da</strong> Cerâmica São Luiz,<br />

Reinal<strong>do</strong> Scherer.<br />

Automatismo de Carga<br />

Cerâmica Pasquali - Situa<strong>da</strong> no município de Missal, a Cerâmica Pasquali<br />

é uma empresa familiar em ativi<strong>da</strong>de desde 1973. Com o auxílio de 20 colabora<strong>do</strong>res,<br />

produz 450 mil peças por mês de blocos cerâmicos <strong>do</strong>s tipos 9x14x19,<br />

9x14x24 e 11,5x14x24. Os opera<strong>do</strong>res receberam treinamento para a regulagem de<br />

boquilhas, sob a supervisão <strong>do</strong> laboratorista <strong>da</strong> cerâmica. A ação reduziu o índice<br />

de quebra durante o processo de secagem e deformações na queima. “Antes <strong>da</strong><br />

implementação <strong>do</strong> programa Conheça Seu Produto, <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong> Sebrae, tínhamos<br />

uma produção que não estava conforme as normas exigem. Hoje, com a regulagem<br />

e o acompanhamento, temos um produto uniforme e dentro <strong>da</strong>s normas”,<br />

relata Leandro Friedrich, laboratorista <strong>da</strong> Pasquali. O controle de resíduos <strong>da</strong> argila<br />

e <strong>da</strong> massa também foi implanta<strong>do</strong>, servin<strong>do</strong> de guia no ajuste <strong>da</strong>s máquinas <strong>da</strong><br />

produção e aumentou a eficiência na fabricação. To<strong>do</strong> material descarta<strong>do</strong> é separa<strong>do</strong><br />

para posterior incorporação na massa, diminuin<strong>do</strong> o impacto na extração <strong>da</strong><br />

argila e o desperdício.<br />

Automatismo de Descarga<br />

Visite nosso Site:<br />

28 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

www.zuccoequipamentosceramicos.com.br<br />

Cerâmica Vista Alegre - Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1976, na ci<strong>da</strong>de de São Miguel <strong>do</strong><br />

Iguaçu, a Cerâmica Vista Alegre trabalha hoje com 20 colabora<strong>do</strong>res que auxiliam<br />

na produção de 1.500 a 1.800 tonela<strong>da</strong>s de blocos cerâmicos por mês. A consultoria<br />

<strong>do</strong> Conheça o Seu Produto fez com que a Vista Alegre construísse um laboratório<br />

para análises, onde os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios melhoraram a eficiência <strong>do</strong><br />

seca<strong>do</strong>r e aperfeiçoaram a curva de queima <strong>do</strong>s fornos, reduzin<strong>do</strong> os custos de<br />

combustíveis. “O laboratório serve como uma ferramenta para que, quan<strong>do</strong> o produto<br />

for analisa<strong>do</strong> por outro laboratório, ele esteja dentro <strong>da</strong> norma e qualifica<strong>do</strong>”,<br />

explica o proprietário <strong>da</strong> cerâmica, Elizandro Pasquali. O méto<strong>do</strong> de sazonamento<br />

<strong>da</strong> argila foi inicia<strong>do</strong> para melhorar a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> massa e otimizar sua extrusão,<br />

facilitan<strong>do</strong> a a<strong>da</strong>ptação aos moldes e cortes. A consultoria também apontou a necessi<strong>da</strong>de<br />

de ampliação <strong>da</strong> fábrica, que passou de 4.600 para 6.200 m², onde serão<br />

construí<strong>do</strong>s um novo seca<strong>do</strong>r e um forno mais moderno, econômico e eficiente.


Integrantes comemoram os resulta<strong>do</strong>s positivos<br />

Com o objetivo de esclarecer aos ceramistas sobre a importância<br />

<strong>da</strong> realização <strong>do</strong>s ensaios laboratoriais e os benefícios que esta iniciativa<br />

proporciona, o Conheça o Seu Produto aprimora a gestão e a<br />

produção <strong>da</strong> fábrica de cerâmica. O produto que desde a sua concepção<br />

é qualifica<strong>do</strong> não desperdiça mão de obra, matéria-prima e<br />

energia no processo, diminuin<strong>do</strong> seus custos. Satisfeitos com os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Conheça, representantes de cerâmicas <strong>do</strong> Brasil dão<br />

o seu depoimento:<br />

“A nossa empresa sempre se preocupou com a quali<strong>da</strong>de, e há<br />

alguns anos, em parceria com a <strong>Anicer</strong> e o Sebrae, e através <strong>do</strong><br />

programa Conheça o Seu Produto, passamos a realizar ensaios<br />

e a analisar os produtos periodicamente, nos qualifican<strong>do</strong> para o<br />

PSQ BC. Com este projeto, e com o auxílio e incentivo <strong>do</strong>s técnicos<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, conseguimos treinar e qualificar nossos funcionários e<br />

estamos investin<strong>do</strong> na fábrica e na construção de um forno Túnel,<br />

que irá colaborar com a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> produto”. Romário Schaefer,<br />

diretor <strong>da</strong> Cerâmica Stein - PR<br />

“A participação no Conheça propiciou a implantação de controles<br />

de produção e quali<strong>da</strong>de, através <strong>do</strong>s quais identificamos a origem<br />

<strong>do</strong>s problemas e melhoramos nossa produtivi<strong>da</strong>de. Passamos a<br />

realizar ensaios de nossas telhas nos laboratórios credencia<strong>do</strong>s<br />

mais frequentemente e com a confirmação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de aderimos<br />

ao PSQ de telhas cerâmicas. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nos laboratórios e<br />

nos controles diários <strong>da</strong> produção são analisa<strong>do</strong>s pela equipe <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de e exibi<strong>do</strong>s em um mural, como um estabelecimento de<br />

metas”. Maiara Car<strong>do</strong>so, diretora <strong>da</strong> Cerâmica Bellatelha - SC<br />

“Esse programa nos trouxe inúmeras melhorias. To<strong>da</strong> a parte<br />

técnica que antes nos faltava, hoje executamos com quali<strong>da</strong>de e<br />

eficiência. Através <strong>do</strong> conhecimento podemos manter um padrão<br />

de quali<strong>da</strong>de alto devi<strong>do</strong> aos testes laboratoriais realiza<strong>do</strong>s diariamente.<br />

Além disso, hoje utilizamos esse material como procedimento<br />

padrão em busca <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de contínua. Hoje é de vital<br />

importância a utilização <strong>da</strong> assessoria forneci<strong>da</strong> pela <strong>Anicer</strong>, a qual<br />

indica um caminho padroniza<strong>do</strong> para que possamos alcançar patamares<br />

de excelência na indústria cerâmica, visan<strong>do</strong> à quali<strong>da</strong>de<br />

e à contínua avaliação <strong>do</strong>s nossos produtos”. Fagner Rigonato de<br />

Andrade, <strong>da</strong> Cerâmica Santa Maria - MG<br />

“Após a implantação <strong>do</strong> Conheça o Seu Produto, a Cerâmica Bom<br />

Jesus vem conquistan<strong>do</strong> uma maior fatia <strong>do</strong> competitivo merca<strong>do</strong><br />

de cerâmica vermelha, pois produtos com garantia de quali<strong>da</strong>de<br />

têm uma maior aceitação por parte <strong>do</strong>s clientes. Estamos reduzin<strong>do</strong><br />

consideravelmente as per<strong>da</strong>s e, consequentemente, poupan<strong>do</strong><br />

os recursos naturais e contribuin<strong>do</strong> para o desenvolvimento sustentável<br />

<strong>da</strong> indústria. Contu<strong>do</strong>, reduzimos custos e agregamos valores<br />

ao nosso produto, buscan<strong>do</strong> com isso uma maior rentabili<strong>da</strong>de”.<br />

Mário Henrique de Mattos e Silva, <strong>da</strong> Cerâmica Bom Jesus - PE<br />

“Para a Telha Vermelha, foi necessário um bom acompanhamento<br />

de to<strong>da</strong>s as etapas <strong>do</strong> processo e o CSP trouxe a percepção de<br />

melhoria contínua e um pouco mais de conhecimento técnico. Ficamos<br />

felizes em contribuir para o desenvolvimento <strong>do</strong> segmento<br />

de cerâmica vermelha no Brasil e a parceria <strong>Anicer</strong>-Sebrae diminuiu<br />

os custos, nos incentivan<strong>do</strong> a continuar investin<strong>do</strong> na quali<strong>da</strong>de”.<br />

Jackson Thiago Cavalcante, gerente geral <strong>da</strong> Telha Vermelha - PA<br />

“O Conheça Seu Produto trouxe inúmeras melhorias para nossa<br />

empresa, como a redução <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s <strong>do</strong> processo produtivo, <strong>do</strong><br />

consumo de combustível <strong>da</strong> queima, melhoria na quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<br />

produtos, melhor utilização <strong>do</strong>s galpões de secagem e aumento<br />

<strong>da</strong> resistência <strong>da</strong> lajota. No mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>, ser competitivo é<br />

questão de sobrevivência e um projeto como esse tem a capaci<strong>da</strong>de<br />

de alertar as empresas sobre a importância <strong>da</strong> otimização <strong>do</strong><br />

uso <strong>do</strong>s recursos naturais, econômicos e humanos, e uma boa gestão<br />

desses recursos coloca as empresas em posição de vantagem<br />

competitiva no merca<strong>do</strong>”. Márcio Pentea<strong>do</strong> de Paula, administra<strong>do</strong>r<br />

<strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de Cerâmica (Grupo MBC) - MG<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

29


PROJETOS INOVADORES<br />

Arte no Metrô<br />

Uma oportuni<strong>da</strong>de para a cerâmica vermelha estar presente no Metrô de São Paulo<br />

Por Carlos Cruz<br />

espaço público <strong>do</strong> Metrô de<br />

São Paulo.<br />

De autoria <strong>do</strong> arquiteto e artista<br />

plástico Antonio Carlos Goper,<br />

o Mural Arrebalde é a mais<br />

nova obra a ser contempla<strong>da</strong><br />

pelo projeto. Medin<strong>do</strong> 3,<strong>83</strong> m<br />

de altura por 15,94 de comprimento,<br />

a peça é composta por<br />

tijolos cerâmicos maciços,<br />

Perspectiva feita pelo<br />

artista Antonio Carlos<br />

Goper, arquiteto, artista<br />

plástico e assessor técnico<br />

<strong>do</strong> Sindicercon-SP<br />

Quan<strong>do</strong> a Estação Sé <strong>do</strong> Metrô de São Paulo foi inaugura<strong>da</strong>, há<br />

34 anos, já com as primeiras obras de arte instala<strong>da</strong>s, surgiu<br />

o momento de colocar em prática uma ideia que vinha sen<strong>do</strong><br />

trabalha<strong>da</strong> desde a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Companhia, em 1968: transformar<br />

as estações <strong>do</strong> sistema em galerias de arte subterrâneas e aproximar<br />

o ci<strong>da</strong>dão dessas manifestações culturais. Eram esculturas,<br />

como as de Alfre<strong>do</strong> Ceschiatti e Marcelo Nitsche; e murais, como<br />

os de Renina Katz, Cláudio Tozzi e Mário Gruber. Eles estão entre os<br />

primeiros artistas plásticos especializa<strong>do</strong>s em arte pública e esse<br />

pioneirismo despertou o interesse de pintores e escultores. Nascia,<br />

assim, o projeto “Arte no Metrô”, formaliza<strong>do</strong> em 1988, que passou a<br />

estabelecer critérios e organizar o acervo de obras de arte contemporânea<br />

<strong>do</strong> Metrô de São Paulo.<br />

A intensa procura fez com que o Metrô instituísse, em 1990, a Comissão<br />

Consultiva de Arte, forma<strong>da</strong> por representantes <strong>da</strong> Pinacoteca<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> MASP, <strong>do</strong> MAM, <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong>s Arquitetos <strong>do</strong><br />

Brasil - IAB, <strong>da</strong> Associação Paulista de Belas Artes - ABPA e por<br />

representantes <strong>da</strong>s áreas de marketing e arquitetura <strong>do</strong> Metrô paulistano.<br />

A função desta comissão é a de assegurar um processo de<br />

seleção criterioso e consistente para a escolha de projetos de arte<br />

contemporânea, bem como sua adequação para ser instala<strong>da</strong> em<br />

piso cerâmico vermelho, preto<br />

e amarelo, litocerâmica, madeira<br />

recicla<strong>da</strong>, piso cimentício<br />

e pintura sobre parede. A<br />

instalação será monta<strong>da</strong> na<br />

Estação A<strong>do</strong>lfo Pinheiro, situa<strong>da</strong><br />

na região de Santo Amaro,<br />

tradicional bairro de São<br />

Paulo. O lugar era um arrabalde,<br />

palavra em desuso, resgata<strong>da</strong><br />

pelo artista para nomear<br />

o mural. Goper utilizou, como<br />

referência para o trabalho, sua<br />

memória afetiva <strong>do</strong>s arrabaldes,<br />

hoje ditos subúrbios ou<br />

periferias. Segun<strong>do</strong> ele, to<strong>do</strong>s<br />

os materiais usa<strong>do</strong>s estão liga<strong>do</strong>s<br />

a esta memória, assim<br />

como o desenho desenvolvi<strong>do</strong>.<br />

“Quan<strong>do</strong> eu era criança,<br />

uma <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des na minha<br />

casa era desenharmos com<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


meu pai à noite. Eu ficava<br />

sente”, declarou.<br />

trô, se encontra em fase<br />

fascina<strong>do</strong> como as coisas<br />

iam surgin<strong>do</strong> no papel, tinha<br />

em mim um imenso<br />

desejo de poder fazer <strong>aqui</strong>lo.<br />

Havia algo de mágico<br />

ali que eu queria descobrir<br />

e fazer. Ver uma linha percorrer<br />

o papel e ir aos poucos<br />

se transforman<strong>do</strong> em<br />

algo é uma visão realmente<br />

mágica. Ain<strong>da</strong> tenho<br />

esse sentimento até hoje”,<br />

explica o artista.<br />

Para ele, a melhor condição<br />

para a arte é que ela<br />

seja pública. “Para mim,<br />

criar esse mural é um momento<br />

excepcional. Poder<br />

criar nessa condição, tornar<br />

sua obra uma obra pública,<br />

que milhares de pessoas<br />

entrarão em contato<br />

diariamente e que possivelmente<br />

serão toca<strong>do</strong>s<br />

n<strong>aqui</strong>lo que se quis ofertar,<br />

que lhes <strong>da</strong>rá outros significa<strong>do</strong>s<br />

e que esses novos<br />

significa<strong>do</strong>s escaparão <strong>do</strong><br />

seu controle é algo fantástico.<br />

Ela não será somente<br />

minha, será de to<strong>do</strong>s, será<br />

pública, e provavelmente<br />

me trará respostas e in<strong>da</strong>gações<br />

que só uma obra<br />

com essa característica<br />

pode propiciar ao artista.<br />

Mas o que poucos sabem,<br />

é que Antônio Carlos Goper,<br />

o artista, é também<br />

Antonio Carlos Pereira<br />

Gomes, assessor técnico<br />

<strong>do</strong> Sindicato <strong>da</strong> Indústria<br />

<strong>da</strong> Cerâmica para Construção<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São<br />

Paulo (Sindicercon-SP).<br />

“Sempre me interessei por<br />

arte, particularmente pelo<br />

desenho e pintura, mas<br />

decisões pragmáticas que<br />

a vi<strong>da</strong> exige me levaram a<br />

cursar arquitetura, onde<br />

o desenho é instrumento<br />

básico e essencial. Essa<br />

decisão foi fun<strong>da</strong>mental<br />

em minha vi<strong>da</strong>. Sempre<br />

trabalhei com arquitetura,<br />

principalmente na área de<br />

projeto, mas como pano<br />

de fun<strong>do</strong> sempre permaneceu<br />

um grande interesse<br />

pela arte. Em 1993,<br />

depois de um perío<strong>do</strong> de<br />

trabalho em Brasília, retornei<br />

a São Paulo com<br />

uma decisão: ou dedicaria<br />

um tempo ao artista<br />

ou desistiria dessa ideia<br />

definitivamente. Como se<br />

vê, o artista ganhou essa<br />

para<strong>da</strong> e esse espaço”,<br />

relembra Goper.<br />

Atualmente, a Estação<br />

de acabamento. Quan<strong>do</strong><br />

pronta, a expectativa é de<br />

que aproxima<strong>da</strong>mente<br />

46 mil pessoas passem<br />

por ali to<strong>do</strong>s os dias. Para<br />

Goper, este é o momento<br />

ideal para a construção<br />

<strong>do</strong> mural, porém o projeto,<br />

estima<strong>do</strong> em 80 mil reais,<br />

esbarra na dificul<strong>da</strong>de de<br />

conseguir patrocínio. O<br />

artista defende que a obra<br />

significará uma importante<br />

vitrine para o setor de cerâmica<br />

vermelha, que poderá<br />

explorá-la como fator<br />

de marketing e associar a<br />

imagem <strong>do</strong> mural ao seu<br />

produto.<br />

Os maiores colabora<strong>do</strong>res<br />

receberão uma gravura numera<strong>da</strong><br />

e assina<strong>da</strong> pelo artista<br />

e terão, como contraparti<strong>da</strong>,<br />

o uso <strong>da</strong> imagem<br />

em peças de marketing e<br />

o registro de sua participação<br />

em uma placa de<br />

identificação na estação,<br />

próxima ao mural.<br />

Os contatos poderão ser<br />

realiza<strong>do</strong>s com o próprio<br />

artista pelo email antoniogoper@uol.com.br<br />

ou pe-<br />

Para mim, é um enorme<br />

A<strong>do</strong>lfo Pinheiros, que in-<br />

los telefones (11) 99114-<br />

desafio e um enorme pre-<br />

tegra a Linha Lilás <strong>do</strong> Me-<br />

8433 e (11) 3284-4955<br />

<strong>Revista</strong> ad<br />

<strong>da</strong> aA<br />

<strong>Anicer</strong> |nº º8<br />

<strong>83</strong> 31


32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 33<br />

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PERFIL - ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

Cerâmica Bom Jesus<br />

Empresa será uma <strong>da</strong>s visita<strong>da</strong>s pelos participantes <strong>do</strong> 42º Encontro Nacional em Pernambuco.<br />

Por Carlos Cruz<br />

A<br />

Cerâmica Bom Jesus está localiza<strong>da</strong> no Engenho Belém,<br />

na zona rural <strong>do</strong> município de Pau<strong>da</strong>lho/PE, e há mais<br />

de 11 anos atua na fabricação de blocos cerâmicos (ve<strong>da</strong>ção,<br />

estrutural e lajes). Em 1998, a empresa foi adquiri<strong>da</strong> pelo ceramista<br />

Mário José <strong>da</strong> Silva, que no ano seguinte passou o<br />

coman<strong>do</strong> para seu filho, Mário Henrique Mattos e Silva. O novo<br />

proprietário, então, tratou de montar uma equipe que primasse<br />

pela competência, o que agregou ain<strong>da</strong> mais quali<strong>da</strong>de à produção<br />

e levou a CBJ a ser uma <strong>da</strong>s três cerâmicas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />

contempla<strong>da</strong>s com o selo <strong>do</strong> Programa Setorial <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de<br />

(PSQ), vincula<strong>do</strong> ao Programa Brasileiro <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de e Produtivi<strong>da</strong>de<br />

no Habitat (PBQP-H), <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong>des.<br />

Seu parque fabril é composto por <strong>do</strong>is fornos Hoffmann e um<br />

forno Túnel totalmente mecaniza<strong>do</strong>, com sistema de carregamento<br />

automático, seca<strong>do</strong>r artificial e pica<strong>do</strong>r de lenha. Ao<br />

to<strong>do</strong>, 120 funcionários se revezam em turnos para manter a<br />

produção que abastece to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> de Pernambuco. Como<br />

combustível para seus fornos, a CBJ usa, além de lenha de<br />

reflorestamento, óleo vegetal e pó de serra, proveniente <strong>da</strong>s<br />

serrarias <strong>da</strong> região. A lenha vem de uma floresta de eucaliptos<br />

própria, com 50 hectares. Os investimentos em energia limpa<br />

possibilitaram que a cerâmica, em abril de 2009, começasse a<br />

Vista aérea <strong>do</strong> parque<br />

fabril <strong>da</strong> Cerâmica Bom<br />

Jesus que será visita<strong>da</strong><br />

em outubro<br />

comercializar créditos de carbono.<br />

Na área social, a CBJ desenvolve parcerias com o Sesi para<br />

oferecimento de cursos à comuni<strong>da</strong>de de Engenho Belém.<br />

Essa e outras iniciativas levaram a empresa a receber, pelo<br />

segun<strong>do</strong> ano consecutivo, o Prêmio Sustentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Fiepe.<br />

A empresa é uma <strong>da</strong>s duas cerâmicas que serão visita<strong>da</strong>s pelos<br />

congressistas <strong>do</strong> 42º Encontro Nacional <strong>da</strong> Indústria de<br />

Cerâmica Vermelha, que este ano será realiza<strong>do</strong> entre os dias<br />

25 e 28 de outubro, em Recife/PE<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 35


ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

Programação com<br />

palestrantes de peso<br />

Edificações sustentáveis, sustentabili<strong>da</strong>de ambiental e ven<strong>da</strong>s serão temas de Clínicas e Fóruns<br />

Por Manuela Souza | Fotos David Majella e Carlos Cruz<br />

Em sua 16ª edição, a<br />

Expoanicer terá expositores<br />

<strong>da</strong> Itália, Portugal, Alemanha,<br />

EUA e Rússia, que expõem pela<br />

primeira vez na Feira.<br />

Há <strong>do</strong>is meses <strong>do</strong> maior evento <strong>do</strong> setor de cerâmica<br />

vermelha <strong>da</strong> América Latina e terceiro<br />

no ranking mundial, a organização <strong>do</strong> 42º Encontro<br />

Nacional <strong>da</strong> Indústria de Cerâmica Vermelha está a<br />

to<strong>do</strong> vapor. A área <strong>do</strong> Centro de Convenções de Pernambuco<br />

destina<strong>da</strong> à realização <strong>da</strong> 16ª Exposição<br />

de Máquinas, Equipamentos, Produtos, Serviços e<br />

Insumos para a Indústria Cerâmica – Expoanicer, já<br />

apresenta mais de 90% de sua área ocupa<strong>da</strong>.<br />

A 42ª edição <strong>do</strong> Encontro deve superar os números<br />

<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, e a expectativa <strong>da</strong> diretora comercial<br />

<strong>da</strong> Expoanicer, Márcia Sales, é que mais de 3<br />

mil pessoas percorram os corre<strong>do</strong>res <strong>da</strong> feira e que<br />

os expositores movimentem mais de 43 milhões de<br />

reais em negócios. “Estamos na reta final <strong>do</strong> Evento<br />

e a procura pelos espaços <strong>da</strong> feira demonstra que<br />

os expositores querem surpreender ca<strong>da</strong> vez mais<br />

na Expoanicer, e que irão apresentar novos equipamentos,<br />

tecnologias e serviços”.<br />

CLÍNICAS E FÓRUNS<br />

Alguns <strong>do</strong>s nomes mais respeita<strong>do</strong>s nas áreas<br />

em que atuam serão responsáveis por palestras<br />

nas Clínicas Tecnológicas e Fóruns Empresariais<br />

<strong>do</strong> 42º Encontro Nacional. Ricar<strong>do</strong> Voltolini falará<br />

sobre sustentabili<strong>da</strong>de no Fórum <strong>do</strong> dia 26 de outubro.<br />

Voltolini é diretor-presidente <strong>da</strong> consultoria<br />

Ideia Sustentável e publisher <strong>da</strong> revista homônima.<br />

Considera<strong>do</strong> referência nacional no tema <strong>da</strong><br />

sustentabili<strong>da</strong>de corporativa, realiza consultorias e<br />

ministra cursos, palestras, aulas e conferências no<br />

Brasil e no exterior. Ele conversará com os ceramistas<br />

sobre “A Sustentabili<strong>da</strong>de como ferramenta de<br />

negócio para a pequena empresa”.<br />

O paulista Alfre<strong>do</strong> Rocha abor<strong>da</strong>rá o tema “Um<br />

Novo Tempo de Ven<strong>da</strong>s e Atendimento”, no Fórum<br />

36<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>do</strong> <strong>do</strong>mingo, 27. Quase 3 milhões de pessoas já o<br />

assistiram ao vivo e se surpreenderam ao conhecer<br />

de perto as ideias apresenta<strong>da</strong>s por Rocha, que<br />

como constante estudioso <strong>do</strong>s temas <strong>da</strong> atuali<strong>da</strong>de<br />

como liderança, quali<strong>da</strong>de, inovação, mu<strong>da</strong>nças e<br />

ven<strong>da</strong>s além de outros, consegue unir conhecimento<br />

teórico e prático com forte conteú<strong>do</strong>, bom humor e<br />

resulta<strong>do</strong>s nas pequenas empresas.<br />

Já o dinamarquês Tommy Bisgaard, <strong>da</strong> Associação<br />

Dinamarquesa de Cerâmica Vermelha, <strong>da</strong>rá informações<br />

sobre desenvolvimento sustentável na Europa,<br />

especificamente para o setor de edificações e<br />

construção civil europeu, tanto no nível de produtos<br />

quanto de edificações. A apresentação fará parte <strong>da</strong><br />

programação <strong>da</strong>s Clínicas Tecnológicas e fornecerá<br />

a definição sobre os novos padrões e ferramentas<br />

de construção sustentável desenvolvi<strong>do</strong>s durante os<br />

últimos anos pela Comissão Europeia. Bisgaard falará<br />

os ceramistas brasileiros sobre o grande potencial<br />

<strong>do</strong> setor no merca<strong>do</strong>, principalmente pela quali<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong> e de saúde humana <strong>do</strong>s imóveis em cerâmica<br />

vermelha.<br />

Hildeberto Nobre, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego<br />

e Clovis Veloso, <strong>da</strong> CNI, também são presenças<br />

confirma<strong>da</strong>s nas Clínicas. Os <strong>do</strong>is serão os responsáveis<br />

pelo painel “NR 12: como atender a norma<br />

de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos”.<br />

A norma vem trazen<strong>do</strong> grandes desafios<br />

para as cerâmicas em to<strong>da</strong>s as regiões. “Nossas<br />

fábricas precisam se adequar, estamos sen<strong>do</strong> fiscaliza<strong>do</strong>s<br />

e o Ministério <strong>do</strong> Trabalho exige a garantia<br />

<strong>da</strong> segurança <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res nos equipamentos.<br />

Levamos o tema a to<strong>da</strong>s as regiões para sensibilizar<br />

os nossos ceramistas”, avalia o presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,<br />

Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves.<br />

PROMOÇÕES<br />

<strong>Anicer</strong> sorteia passaportes para o 42º<br />

Encontro Nacional<br />

A <strong>Anicer</strong> lançou uma campanha em comemoração<br />

ao Dia <strong>do</strong> Amigo, 20 de julho, na página <strong>do</strong> Facebook<br />

<strong>da</strong> Associação. Para participar, basta responder a<br />

pergunta: “Por que em outubro o ceramista não pode<br />

faltar ao 42º Encontro Nacional, em Recife”, com a<br />

hashtag #ANICEROFICIAL ao final. O cria<strong>do</strong>r <strong>da</strong> frase<br />

que receber mais curti<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s amigos ganha um<br />

passaporte para o Encontro 42, que <strong>da</strong>rá direito a<br />

participar <strong>da</strong> 16ª Expoanicer, Clínicas, Fóruns e Festa<br />

de Encerramento. O resulta<strong>do</strong> será divulga<strong>do</strong> no dia<br />

20 de setembro e as melhores frases serão publica<strong>da</strong>s<br />

na <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>. Curta agora a fan page e<br />

participe <strong>da</strong> promoção: facebook.com/<strong>Anicer</strong>oficial<br />

Durante sua palestra na Expocer, no dia 28 de junho,<br />

sobre os “Desafios e oportuni<strong>da</strong>des para a indústria<br />

de cerâmica vermelha”, o assessor técnico e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Antônio Carlos Pimenta, realizou<br />

o sorteio de uma participação gratuita nas clínicas<br />

tecnológicas que serão apresenta<strong>da</strong>s no 42º Encontro<br />

Nacional <strong>da</strong> Indústria de Cerâmica Vermelha. O<br />

ganha<strong>do</strong>r foi Sérgio Clever Wosniak, <strong>da</strong> Tijolajes.<br />

O Presidente <strong>do</strong> Sindicer/<br />

RS, Jorge Ritter, entrega<br />

passaporte <strong>do</strong> Encontro<br />

Nacional para ganha<strong>do</strong>r.<br />

O Diretor de Relações<br />

Institucionais <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,<br />

Luis Lima, parabeniza<br />

ganha<strong>do</strong>r de Rondônia.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 37


ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

No 1º Seminário Técnico sobre Segurança <strong>do</strong><br />

Trabalho – Máquinas e Equipamentos na Indústria<br />

de Cerâmica Vermelha, realiza<strong>do</strong> pela<br />

<strong>Anicer</strong> em parceria com os Sindicatos, Associações<br />

e Cooperativas <strong>da</strong> Região Sul e Norte<br />

os ganha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> passaporte para o Encontro<br />

Nacional foram: José Valmir Maccari, <strong>da</strong><br />

Reframa (SC) e Edson Teixeira, <strong>da</strong> Cerâmica<br />

Rio Macha<strong>do</strong> (RO).<br />

Já no treinamento realiza<strong>do</strong> pelo Sebrae,<br />

em Pernambuco, o Sindicer/PE também<br />

sorteou uma Clínica, onde o ganha<strong>do</strong>r foi<br />

o representante <strong>da</strong> Porto Seguro Produtos<br />

Cerâmicos, de Pau<strong>da</strong>lho, Ricar<strong>do</strong> Morais.<br />

Neste mesmo evento, Roberto Bezerra, <strong>da</strong><br />

Cerâmica Natália – Palmares e Rosemberg<br />

Vasconcelos, <strong>da</strong> Cerâmica Maguari – Nazaré<br />

<strong>da</strong> Mata, também foram sortea<strong>do</strong>s e<br />

levaram um guar<strong>da</strong>-sol <strong>do</strong> 42º Encontro<br />

Nacional de presente <strong>do</strong> evento.<br />

ENCONTRO NACIONAL ZERA<br />

EMISSÕES DE CO 2<br />

Já consagra<strong>do</strong> como um evento sustentável,<br />

o 42º Encontro Nacional coloca em prática,<br />

mais uma vez, o Programa Plante Árvore, <strong>do</strong><br />

Instituto Brasileiro de Florestas, em que foi<br />

realiza<strong>do</strong> um inventário consideran<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o<br />

material gráfico de divulgação, a quanti<strong>da</strong>de<br />

de pessoas envolvi<strong>da</strong>s no evento, transporte<br />

aéreo e terrestre, consumo de energia elétrica,<br />

entre outros itens, para a <strong>Anicer</strong> realizar as<br />

medi<strong>da</strong>s ambientais compensatórias e neutralizar<br />

as emissões <strong>da</strong> realização <strong>do</strong> evento.<br />

A ação irá promover o plantio de árvores nativas<br />

volta<strong>da</strong>s ao restauro florestal e conservação<br />

<strong>do</strong> meio ambiente, atrela<strong>do</strong>s ao Programa<br />

Plante Árvore, que tem como missão<br />

contribuir com a preservação <strong>do</strong> meio ambiente,<br />

conservar a biodiversi<strong>da</strong>de, proteger os recursos hídricos<br />

e combater o aquecimento global, além de desenvolver ações<br />

de educação e mobilização ambiental e geração de ren<strong>da</strong>.<br />

O plantio <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s de árvores nativas será realiza<strong>do</strong> no próximo<br />

ciclo de chuvas e as árvores planta<strong>da</strong>s se juntarão à Floresta<br />

<strong>Anicer</strong>, inicia<strong>da</strong> no Encontro passa<strong>do</strong>. A Associação recebeu o segun<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> de<br />

Empresa Amiga <strong>da</strong> Floresta.<br />

20 DE SETEMBRO É O PRAZO MÁXIMO PARA INSCRIÇÕES PROMOCIONAIS<br />

O perío<strong>do</strong> de inscrições com preços promocionais para o 42º Encontro Nacional vai<br />

até o dia 20 de setembro. Aproveite, garanta sua participação no maior evento <strong>do</strong> setor<br />

e concorra a passeios em Porto de Galinhas com direito a acompanhante. Inscreva-se<br />

já! Acesse: www.anicer.com.br/encontro42 ou ligue para (21)2524-0128.<br />

O 42º Encontro Nacional <strong>da</strong> Indústria de Cerâmica Vermelha acontece de 25 a 28 de<br />

outubro, em Recife, Pernambuco. Acesse o hotsite <strong>do</strong> evento e fique por dentro de<br />

to<strong>da</strong>s as novi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> 42º Encontro Nacional > http://www.anicer.com.br/encontro42.<br />

Siga o Encontro no Twitter: @Encontro<strong>Anicer</strong> e curta a fan page <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> no Facebook:<br />

http://www.facebook.com/aniceroficial<br />

38<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 39


PONTO DE VISTA - ESPECIAL ENCONTRO NACIONAL<br />

Da visão de risco para<br />

a de oportuni<strong>da</strong>de<br />

Por Ricar<strong>do</strong> Voltolini - *Artigo original publica<strong>do</strong> no portal Ideia Sustentável.<br />

Ricar<strong>do</strong> Voltolini será palestrante <strong>do</strong> 42º Encontro<br />

Nacional. Diretor-presidente <strong>da</strong> Ideia Sustentável:<br />

Estratégia e Inteligência em Sustentabili<strong>da</strong>de (www.<br />

ideiasustentavel.com.br), é também idealiza<strong>do</strong>r <strong>da</strong><br />

Plataforma Liderança Sustentável e autor <strong>do</strong> livro<br />

“Conversas com Líderes Sustentáveis” (editora<br />

SENAC-2011).<br />

Ao receber a incumbência de<br />

escrever este artigo, assomou,<br />

viva e clara, a imagem de<br />

uma <strong>da</strong>s minhas primeiras intervenções<br />

como consultor de sustentabili<strong>da</strong>de.<br />

Já se vão 12 anos.<br />

À época, o termo utiliza<strong>do</strong> para designar<br />

a ativi<strong>da</strong>de era responsabili<strong>da</strong>de<br />

social. E os líderes de empresas<br />

não faziam nenhuma questão<br />

de esconder que achavam o tema<br />

um assunto menor e sem qualquer<br />

conexão com os negócios.<br />

Um deles, presidente de uma corporação<br />

multinacional, interrompeu<br />

uma palestra que eu ministrava<br />

para a alta diretoria e me propôs,<br />

um tanto irrita<strong>do</strong>, o que ele definiu<br />

como um desafio: “Convença-me<br />

de que isso faz bem para o meu<br />

negócio ou não temos por que seguir<br />

a conversa!”<br />

No início <strong>do</strong>s anos 2000, ain<strong>da</strong> se<br />

gastava muita energia para explicar<br />

os “porquês”. Líderes precisavam<br />

ser convenci<strong>do</strong>s. Hoje, vive-<br />

-se a era <strong>do</strong>s “comos”. A maioria<br />

<strong>da</strong>s empresas realmente sérias já<br />

compreende – embora nem sempre<br />

consiga medir precisamente –<br />

boa parte <strong>do</strong>s ganhos decorrentes<br />

<strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de. O que mu<strong>do</strong>u<br />

em pouco mais de uma déca<strong>da</strong><br />

Cresceu a consciência de que o<br />

quadro de esgotamento de recursos<br />

naturais e de aquecimento<br />

global afeta a pereni<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s negócios.<br />

Mas mu<strong>do</strong>u também, ain<strong>da</strong><br />

que de mo<strong>do</strong> não uniforme, a<br />

noção que tratava sustentabili<strong>da</strong>de<br />

como um pedágio contra riscos<br />

– em seu lugar emergiu uma outra,<br />

basea<strong>da</strong> na ideia de que, bem<br />

cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, o conceito representa um<br />

vetor de oportuni<strong>da</strong>des.<br />

Pesquisa divulga<strong>da</strong> em fevereiro<br />

último pelo Boston Consulting<br />

Group, junto com a MIT Sloan Management<br />

Review, confirma essa<br />

nova mentali<strong>da</strong>de. Cerca de 40%<br />

<strong>do</strong>s 2,6 mil executivos entrevista<strong>do</strong>s<br />

admitem que a sustentabili<strong>da</strong>de<br />

melhora a reputação <strong>da</strong><br />

marca e 29% que ela influencia a<br />

inovação de produtos. Ain<strong>da</strong> segun<strong>do</strong><br />

o estu<strong>do</strong>, denomina<strong>do</strong> The<br />

Innovation Bottom Line, para 26%<br />

40<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>do</strong>s gestores o conceito favorece a percepção de boa gestão;<br />

para 22% reduz custos de energia; e também para 22% aumenta<br />

a competitivi<strong>da</strong>de. Informação relevante para o que pretende<br />

discutir este artigo: metade <strong>da</strong>s empresas mu<strong>do</strong>u o seu modelo<br />

de negócios em resposta a oportuni<strong>da</strong>des socioambientais, 20%<br />

a mais <strong>do</strong> que na edição <strong>do</strong> mesmo estu<strong>do</strong> em 2012. São ca<strong>da</strong><br />

vez mais claras, portanto, as evidências de que sustentabili<strong>da</strong>de<br />

gera dividen<strong>do</strong>s econômico-financeiros.<br />

Um <strong>do</strong>s primeiros autores a tratar <strong>do</strong>s ganhos <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de<br />

foi Bob Willard, no livro The Sustainability Advantage (New<br />

Society Publishers, 2002). Socorri-me dele, algumas vezes, para<br />

persuadir os resistentes. Em entrevista à Ideia Sustentável, em<br />

2008, Willard deu números à tal “vantagem.” Em sua opinião,<br />

uma grande empresa que investe em sustentabili<strong>da</strong>de pode obter<br />

33% de ganhos financeiros no curto e médio prazos a partir<br />

<strong>do</strong> aumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong>s facili<strong>da</strong>des de financiamento,<br />

<strong>da</strong>s receitas e <strong>do</strong> valor de merca<strong>do</strong>, <strong>da</strong> atração e retenção de<br />

talentos e <strong>da</strong> redução de custos de produção, de despesas em<br />

sites comerciais e de riscos. Para pequenas e médias empresas,<br />

os ganhos chegam a até 68%. Pode-se contestar um ou outro<br />

ponto, conforme o enfoque <strong>da</strong> análise, mas até os mais céticos<br />

tendem a concor<strong>da</strong>r com as conclusões de Willard.<br />

Afinal, os relatórios de sustentabili<strong>da</strong>de estão aí para ratificar o<br />

que há muito já se sabe. Itens como redução <strong>do</strong> uso de energia,<br />

insumos e materiais apresentam resulta<strong>do</strong>s tangíveis para<br />

o caixa. E embora não se disponha de estu<strong>do</strong>s conclusivos<br />

sobre reputação, atração e retenção de talentos, profissionais<br />

de Comunicação e Recursos Humanos não têm dúvi<strong>da</strong>s de<br />

que empresas preocupa<strong>da</strong>s com sustentabili<strong>da</strong>de são melhor<br />

vistas pela socie<strong>da</strong>de, pelos jovens profissionais e pelos colabora<strong>do</strong>res,<br />

entre outras razões porque são percebi<strong>da</strong>s como<br />

mais conectivas, sóli<strong>da</strong>s e prósperas. Claro é que a mu<strong>da</strong>nça<br />

na direção de um modelo mais sustentável implica, para alguns<br />

segmentos, custos iniciais com equipamentos e novas tecnologias.<br />

Serão mais competitivas, no entanto, as empresas que<br />

tratarem esses custos como investimento em inovação e não<br />

despesas operacionais<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 41


NONONONONONNNOONO<br />

42<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 43


MOMENTO INSPIRAÇÃO<br />

Vermelho entre<br />

o céu e o chão<br />

Tijolos, vidros e estruturas de aço compõem con<strong>do</strong>mínio<br />

de luxo em antiga zona portuária <strong>da</strong> Bulgária<br />

Por Manuela Souza | Foto: Cortesia Aedes Estúdio<br />

Localiza<strong>do</strong> em Sofia, na Bulgária, o Red Apple Imóvel<br />

foi cria<strong>do</strong> a partir de uma fábrica aban<strong>do</strong>na<strong>da</strong> e<br />

hoje é considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s pontos de luxo mais deseja<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> bairro. O projeto foi desenvolvi<strong>do</strong> como uma<br />

ponte entre passa<strong>do</strong> e futuro. A ideia era revitalizar a<br />

velha área portuária, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> um ar moderno ao edifício.<br />

O tijolo entra como elemento principal <strong>da</strong> construção,<br />

uma vez que o próprio material já remete ao conceito<br />

de clássico, antigo e seguro, e que dá credibili<strong>da</strong>de à<br />

cerâmica ao longo <strong>do</strong>s séculos.<br />

Construí<strong>do</strong> com uma estrutura de tijolos dispostos de<br />

maneira na<strong>da</strong> convencional, a facha<strong>da</strong> tem pontos irregulares<br />

forman<strong>do</strong> ângulos agu<strong>do</strong>s, o que aumenta<br />

a perspectiva <strong>do</strong> prédio e cria a ilusão de ótica de que<br />

é apenas uma faixa de blocos vermelhos. Além disso,<br />

possui aberturas em áreas aleatórias, em tamanhos<br />

diferentes, substituí<strong>da</strong>s por janelas de vidro com<br />

estruturas de metal, instala<strong>da</strong>s em profundi<strong>da</strong>des<br />

diversas ao longo <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, destacan<strong>do</strong> varan<strong>da</strong>s<br />

suspensas e proporcionan<strong>do</strong> efeitos de iluminação no<br />

interior <strong>da</strong> construção.<br />

Os ângulos pontiagu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> construção transformam o<br />

local em uma obra de arte. Quan<strong>do</strong> observa<strong>do</strong> de longe<br />

e em determina<strong>do</strong>s pontos, o prédio parece flutuar em<br />

meio ao firmamento, crian<strong>do</strong> uma integração total com<br />

o espaço em que está inseri<strong>do</strong><br />

44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


MOMENTO INSPIRAÇÃO<br />

Vermelho entre<br />

o céu e o chão<br />

Tijolos, vidros e estruturas de aço compõem con<strong>do</strong>mínio<br />

de luxo em antiga zona portuária <strong>da</strong> Bulgária<br />

Por Manuela Souza | Foto: Cortesia Aedes Estúdio<br />

Localiza<strong>do</strong> em Sofia, na Bulgária, o Red Apple Imóvel<br />

foi cria<strong>do</strong> a partir de uma fábrica aban<strong>do</strong>na<strong>da</strong> e<br />

hoje é considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s pontos de luxo mais deseja<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> bairro. O projeto foi desenvolvi<strong>do</strong> como uma<br />

ponte entre passa<strong>do</strong> e futuro. A ideia era revitalizar a<br />

velha área portuária, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> um ar moderno ao edifício.<br />

O tijolo entra como elemento principal <strong>da</strong> construção,<br />

uma vez que o próprio material já remete ao conceito<br />

de clássico, antigo e seguro, e que dá credibili<strong>da</strong>de à<br />

cerâmica ao longo <strong>do</strong>s séculos.<br />

Construí<strong>do</strong> com uma estrutura de tijolos dispostos de<br />

maneira na<strong>da</strong> convencional, a facha<strong>da</strong> tem pontos irregulares<br />

forman<strong>do</strong> ângulos agu<strong>do</strong>s, o que aumenta<br />

a perspectiva <strong>do</strong> prédio e cria a ilusão de ótica de que<br />

é apenas uma faixa de blocos vermelhos. Além disso,<br />

possui aberturas em áreas aleatórias, em tamanhos<br />

diferentes, substituí<strong>da</strong>s por janelas de vidro com<br />

estruturas de metal, instala<strong>da</strong>s em profundi<strong>da</strong>des<br />

diversas ao longo <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, destacan<strong>do</strong> varan<strong>da</strong>s<br />

suspensas e proporcionan<strong>do</strong> efeitos de iluminação no<br />

interior <strong>da</strong> construção.<br />

Os ângulos pontiagu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> construção transformam o<br />

local em uma obra de arte. Quan<strong>do</strong> observa<strong>do</strong> de longe<br />

e em determina<strong>do</strong>s pontos, o prédio parece flutuar em<br />

meio ao firmamento, crian<strong>do</strong> uma integração total com<br />

o espaço em que está inseri<strong>do</strong><br />

44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


DELEGAÇÃO<br />

Batimat 2013<br />

Ceramistas de to<strong>do</strong> o país se preparam para a delegação rumo à maior feira mundial <strong>da</strong> construção civil<br />

evento divulgou que em 2011 a exposição obteve um cresci-<br />

Por Carlos Cruz<br />

mento forte em categorias-chave de visitantes<br />

como toma<strong>do</strong>res de decisão e especifica<strong>do</strong>res,<br />

fornece<strong>do</strong>res e comerciantes.<br />

Os visitantes estrangeiros responderam por<br />

19% <strong>do</strong> total, um aumento de 10% em relação<br />

à edição de 2009.<br />

Em parceria com a Ceric Technologies<br />

e com a LT Travel, a <strong>Anicer</strong> desenvolveu<br />

uma programação especial que engloba<br />

visitas à feira e a uma cerâmica francesa,<br />

sempre com acompanhamento de um<br />

tradutor e equipamento completo de tra-<br />

351 mil visitantes<br />

de to<strong>da</strong>s as partes<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> visitaram<br />

a última edição <strong>do</strong><br />

evento. A expectativa<br />

é que, este ano, o<br />

número chegue a<br />

400 mil.<br />

<strong>Anicer</strong> está preparan<strong>do</strong> mais uma delegação de empresários<br />

brasileiros para visitar a Batimat 2013, que este ano<br />

A<br />

será realiza<strong>da</strong> de 4 a 8 de novembro no Paris Nord Villepinte,<br />

em Paris, França. Considera<strong>da</strong> a maior e mais importante feira<br />

mundial <strong>da</strong> construção civil, com expectativa de 3.500 expositores<br />

e 400 mil visitantes de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, o evento este<br />

ano terá foco em temas como “o espaço urbano de amanhã” e<br />

“como tornar a ci<strong>da</strong>de mais agradável para viver em harmonia<br />

com o meio ambiente”. Segun<strong>do</strong> seus organiza<strong>do</strong>res, a intenção<br />

é colocar a construção civil no centro de discussões sobre<br />

eficiência energética e baixo consumo, além de acessibili<strong>da</strong>de<br />

e facili<strong>da</strong>de de utilização <strong>do</strong>s edifícios.<br />

Esta é a terceira vez que a <strong>Anicer</strong> organiza uma delegação para<br />

participar <strong>da</strong> feira. Em 2011, na última edição <strong>da</strong> Batimat, o<br />

grupo foi forma<strong>do</strong> por 45 integrantes de to<strong>da</strong>s as regiões <strong>do</strong><br />

Brasil, que tiveram o privilégio de conhecer, em primeira mão,<br />

as tendências e as novas tecnologias <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial de<br />

cerâmica vermelha. Em nota à imprensa, a organização <strong>do</strong><br />

dução simultânea.<br />

No dia 6 de junho, a diretoria <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> recebeu<br />

em sua sede a visita de Nino Pereira,<br />

representante <strong>da</strong> Ceric, uma <strong>da</strong>s principais<br />

fornece<strong>do</strong>ras de equipamentos para indústrias<br />

francesas de cerâmica vermelha. O<br />

objetivo <strong>da</strong> reunião foi definir qual empresa<br />

<strong>da</strong>quele país receberia a visita <strong>da</strong> delegação<br />

brasileira. A escolhi<strong>da</strong> foi a Bouyer Leroux,<br />

localiza<strong>da</strong> em Saint Martin des Fontaines.<br />

O grupo sairá de São Paulo no dia 2 de novembro,<br />

chegan<strong>do</strong> à Paris no dia seguinte,<br />

quan<strong>do</strong> um jantar de boas-vin<strong>da</strong>s será<br />

ofereci<strong>do</strong> aos participantes. A segun<strong>da</strong> e a<br />

terça-feira serão dedica<strong>da</strong>s a visitas à Batimat.<br />

Na quarta, 6, o grupo visitará a fábrica<br />

<strong>da</strong> Bouyer Leroux. A quinta está reserva<strong>da</strong><br />

para um tour especial. No dia 8, sexta-feira,<br />

o grupo volta à Batimat para conhecer o<br />

restante <strong>da</strong> feira. Os integrantes poderão<br />

46<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


aproveitar o sába<strong>do</strong>, 9, para passear livremente<br />

e fazer compras. O retorno ao Brasil<br />

acontece entre os dias 10 e 11.<br />

O pacote <strong>da</strong> LT Travel, desenvolvi<strong>do</strong> especialmente<br />

para o ceramista, inclui passagem<br />

aérea São Paulo / Paris / São Paulo<br />

pela TAM em classe econômica, mais sete<br />

noites em hotel categoria três estrelas com<br />

café <strong>da</strong> manhã e taxas inclusas, seguro<br />

internacional de viagem, transfer em Paris<br />

para o percurso aeroporto / hotel / aeroporto,<br />

um dia de visita técnica com transfer<br />

e tradutor, três dias de visita à Batimat<br />

sen<strong>do</strong> um dia com tradutor, um dia de city<br />

tour com transfer e guia, kit LT Travel, jantar<br />

de boas-vin<strong>da</strong>s com taxas e bebi<strong>da</strong>s<br />

inclusas e acompanhamento <strong>da</strong> agência<br />

oficial. Para consultar valores e formas de<br />

pagamento, e para realizar a sua inscrição,<br />

acesse o site <strong>da</strong> anicer www.anicer.com.br<br />

e converse com a LT Travel.<br />

A BOUYER LEROUX<br />

Considera<strong>da</strong> a número 1 em produção<br />

de blocos cerâmicos na França, a Bouyer<br />

Leroux possui um efetivo total de 370 colabora<strong>do</strong>res<br />

para a produção de 600 mil<br />

tonela<strong>da</strong>s por ano e um faturamento em<br />

constante crescimento que hoje ultrapassa<br />

os 80 milhões de euros.<br />

Começan<strong>do</strong> como uma pequena empresa<br />

familiar em 1955 e transforma<strong>da</strong> em uma<br />

cooperativa de produção em 1980, a empresa<br />

não parou mais de crescer nos anos<br />

seguintes através de fusões e <strong>aqui</strong>sições.<br />

Em 2012, foram investi<strong>do</strong>s 27 milhões de<br />

euros na transformação de uma linha de<br />

fabricação de blocos para divisórias em<br />

Saint Martin des Fontaines. Atualmente,<br />

as ativi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> grupo estão dividi<strong>da</strong>s em<br />

três frentes: fabricação de blocos e telhas<br />

cerâmicas, fabricação de caixas de veneziana<br />

para habitações e uma empresa<br />

de valorização de resíduos (produção de<br />

biogás pelo aterro sanitário permitin<strong>do</strong> a<br />

alimentação parcial de <strong>do</strong>is fornos de sua<br />

fábrica de blocos cerâmicos situa<strong>da</strong> em<br />

Lá Séguinière).<br />

A empresa produz, hoje, os blocos de 20 e<br />

25 cm, e os blocos “Monomur” de 37,5 cm,<br />

os mais isolantes <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong><br />

seus dirigentes, a inovação na empresa<br />

não é somente para os produtos, mas<br />

também para os equipamentos de produção<br />

através de parceiros como a Ceric.<br />

Na produção, pesquisas são realiza<strong>da</strong>s<br />

permanentemente para reduzir os consumos<br />

energéticos <strong>da</strong>s fábricas e aumentar<br />

a proporção <strong>da</strong>s energias de substituição.<br />

Os fornos usam as mais modernas tecnologias<br />

para ter o melhor isolamento e ve<strong>da</strong>ção<br />

possível, limitan<strong>do</strong> os consumos ao<br />

mínimo necessário<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 47


NBR 15.575<br />

Desempenho em xeque<br />

Norma cobra responsabili<strong>da</strong>de de projetistas, fornece<strong>do</strong>res de materiais, construtores, incorpora<strong>do</strong>res<br />

e usuários<br />

Por Manuela Souza<br />

canismos de gestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de projetos e execução,<br />

além de maior rigor nas compras.<br />

Seguin<strong>do</strong> o modelo de normalização internacional, a<br />

NBR 15.575 é dividi<strong>da</strong> em seis partes: Requisitos para os<br />

sistemas estruturais, para os sistemas de pisos, para os<br />

sistemas de ve<strong>da</strong>ções verticais internas e externas, para<br />

os sistemas de coberturas, para os sistemas hidrossanitários<br />

e requisitos gerais.<br />

Ca<strong>da</strong> item descreve uma sequência de exigências: desempenho<br />

mecânico, segurança contra incêndio no uso<br />

e operação; habitabili<strong>da</strong>de: estanquei<strong>da</strong>de, desempenho<br />

térmico e acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene<br />

e quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ar, funcionali<strong>da</strong>de e acessibili<strong>da</strong>de, conforto<br />

tátil; e sustentabili<strong>da</strong>de: durabili<strong>da</strong>de, manutenibili<strong>da</strong>de<br />

e adequação ambiental.<br />

48<br />

o Brasil e suas oito<br />

zonas bioclimáticas<br />

descritas na NBR<br />

15.220-3<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

Publica<strong>da</strong> em 19 de fevereiro de 2013, a nova<br />

versão <strong>da</strong> ABNT NBR 15.575 - Desempenho<br />

de Edificações Habitacionais, popularmente<br />

conheci<strong>da</strong> por Norma de Desempenho,<br />

estabelece a importância <strong>do</strong> conforto, vi<strong>da</strong> útil,<br />

garantia, segurança, estabili<strong>da</strong>de, desempenho<br />

acústico e térmico <strong>da</strong>s construções.<br />

Os requisitos apresenta<strong>do</strong>s nesta norma passaram<br />

a ser exigíveis desde o dia 19 de julho, ou<br />

seja, 150 dias após a <strong>da</strong>ta de sua publicação.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, os projetos protocola<strong>do</strong>s nos órgãos<br />

públicos a partir desta <strong>da</strong>ta devem atender<br />

às exigências para os critérios de desempenho<br />

conti<strong>do</strong>s na Norma, que é um marco na construção,<br />

mas que o entendimento necessita de me-<br />

Levan<strong>do</strong> em consideração que os antigos imóveis eram<br />

construí<strong>do</strong>s com blocos e tijolos cerâmicos, e a quali<strong>da</strong>de<br />

em termos de desempenho térmico e acústico eram<br />

nota<strong>da</strong>mente superiores aos alternativos materiais utiliza<strong>do</strong>s<br />

hoje em construções, supõe-se que a Norma proporciona<br />

a garantia de imóveis mais seguros e melhores.<br />

DESEMPENHO TÉRMICO<br />

Os critérios para o desempenho térmico não se referem<br />

a condições artificiais, de calefação ou refrigeração, mas<br />

sim nas condições naturais <strong>do</strong> ambiente, como sol, topografia,<br />

umi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ar, direção <strong>do</strong> vento etc. Além disso,<br />

é preciso verificar os materiais que serão utiliza<strong>do</strong>s<br />

na obra. No Brasil, há 8 zonas bioclimáticas descritas na<br />

NBR 15.220-3, onde uma lista com 330 ci<strong>da</strong>des brasileiras<br />

e suas respectivas zonas. A zona tem o objetivo de<br />

determinar as melhores estratégias que um projeto de


edificação deve seguir para obter conforto<br />

aos usuários.<br />

Ca<strong>da</strong> região <strong>do</strong> Brasil possui sua própria<br />

zona bioclimática, que é resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> cruzamento<br />

de três <strong>da</strong><strong>do</strong>s: zonas de conforto<br />

térmico humano, <strong>da</strong><strong>do</strong>s climáticos de uma<br />

região e estratégias de projeto.<br />

Fonte: ABNT NBR 15.220-3<br />

DESEMPENHO ACÚSTICO<br />

O salto alto <strong>da</strong> vizinha <strong>do</strong> an<strong>da</strong>r de cima,<br />

a música alta <strong>do</strong> vizinho ao la<strong>do</strong>, as conversas<br />

e risa<strong>da</strong>s de uma festa que acontece<br />

<strong>do</strong>is an<strong>da</strong>res abaixo <strong>do</strong> seu. Alguns<br />

desses problemas são corriqueiros em<br />

muitas construções espalha<strong>da</strong>s pelo país.<br />

Por isso, a melhoria <strong>da</strong> questão <strong>do</strong> Desempenho<br />

Acústico é de grande relevância na<br />

NBR 15.575, que estipula méto<strong>do</strong>s para<br />

minimizar ruí<strong>do</strong>s.<br />

<strong>da</strong>tória”, estava por deteriorar a quali<strong>da</strong>de<br />

acústica nos edifícios ao “fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> poço”,<br />

como por exemplo construin<strong>do</strong> edifícios<br />

com lajes de piso zero de 8 cm, paredes<br />

gemina<strong>da</strong>s de <strong>do</strong>rmitórios de uni<strong>da</strong>des<br />

distintas com 9 cm, coberturas sem lajes<br />

e esquadrias de péssima ve<strong>da</strong>ção. Creio<br />

que tanto a indústria cerâmica como as de<br />

outros produtos aplica<strong>do</strong>s nos sistemas<br />

construtivos devam mobilizar-se no senti<strong>do</strong><br />

de explorarem o campo de ensaios de<br />

desempenho acústico de seus produtos,<br />

de maneira a suprir o merca<strong>do</strong> <strong>da</strong> cadeia<br />

produtiva <strong>da</strong>s necessárias informações”.<br />

Vale lembrar que o sistema de alvenaria<br />

estrutural com blocos cerâmicos já é<br />

uma reali<strong>da</strong>de nos canteiros de obras de<br />

Efeitos críticos<br />

causa<strong>do</strong>s por barulho<br />

140<br />

120<br />

85<br />

Fonte: Organização Mundial de Saúde<br />

db<br />

Danos<br />

auditivos<br />

em adultos<br />

(nível máximo<br />

de ruí<strong>do</strong>)<br />

Danos<br />

auditivos<br />

em crianças<br />

(nível máximo<br />

de ruí<strong>do</strong>)<br />

Danos<br />

auditivos em<br />

adultos (ruí<strong>do</strong><br />

durante 1h)<br />

A partir de agora, as avaliações de desempenho<br />

deverão ser medi<strong>da</strong>s com a realização<br />

de ensaios de campo, para nortear o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> projeto. Além disso,<br />

consta na Norma a realização de ensaios<br />

em laboratório, através de valores de refe-<br />

empreendimentos com recursos <strong>do</strong> Programa<br />

Minha Casa, Minha Vi<strong>da</strong> (PMCMV),<br />

<strong>do</strong> governo federal. Entre as vantagens <strong>da</strong><br />

utilização <strong>do</strong> sistema de Alvenaria Estrutural<br />

Racionaliza<strong>da</strong> com Blocos Cerâmicos,<br />

70<br />

55<br />

Danos<br />

auditivos<br />

em adultos<br />

(ruí<strong>do</strong> diário<br />

durante 24h)<br />

rência para verificação <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong><br />

está a redução <strong>do</strong> tempo de construção e<br />

sistema construtivo.<br />

Para o presidente <strong>da</strong> Associação Brasileira<br />

de até 30% no valor <strong>da</strong> obra. Além disso,<br />

o sistema apresenta enormes vantagens<br />

Doença grave<br />

(exterior)<br />

para a Quali<strong>da</strong>de Acústica – PróAcústica,<br />

David Akkerman, a Norma apresenta diversos<br />

benefícios para o desempenho acústico<br />

<strong>do</strong> imóvel. “Até então, diferentemente<br />

para o mora<strong>do</strong>r, pois os blocos cerâmicos<br />

proporcionam maior conforto térmico<br />

e acústico, o que permite economia nos<br />

35<br />

30<br />

Dificul<strong>da</strong>de<br />

para<br />

comunicação<br />

<strong>do</strong>s outros temas trata<strong>do</strong>s pela norma,<br />

custos de energia.<br />

não havia nenhum critério objetivo que<br />

regulamentasse o desempenho acústico<br />

nos edifícios habitacionais. Já estava mais<br />

<strong>do</strong> que na hora, pois o merca<strong>do</strong> <strong>da</strong> cons-<br />

A NBR 15.575 não se aplica a obras já concluí<strong>da</strong>s,<br />

em an<strong>da</strong>mento, protocola<strong>da</strong>s até<br />

a <strong>da</strong>ta de entra<strong>da</strong> em vigor <strong>da</strong> Norma, re-<br />

0<br />

Alteração<br />

<strong>do</strong> sono<br />

trução civil no Brasil, de competição “pre-<br />

formas, retrofit e edificações provisórias.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 49


NBR 15.575<br />

Incumbência <strong>da</strong>s partes relaciona<strong>da</strong>s à Norma de Desempenho<br />

INCORPORADOR – Identificação <strong>do</strong>s riscos previsíveis no projeto. Providenciar estu<strong>do</strong>s técnicos requeri<strong>do</strong>s e prover os diferentes<br />

projetistas de informações necessárias. Além de definir níveis de desempenho mínimo, intermediário ou superior para os diferentes<br />

elementos <strong>da</strong> construção.<br />

CONSTRUTOR – Elaboração de Manuais de Uso, Operação e Manutenção, além de proposta de um modelo de gestão <strong>da</strong> manutenção,<br />

atenden<strong>do</strong> às normas 14.037 e 5.674. Esse material deverá ser entregue ao usuário <strong>da</strong> construção e ao con<strong>do</strong>mínio e deve conter os<br />

prazos de Vi<strong>da</strong> Útil de Projeto e garantia ofereci<strong>da</strong> pelo construtor, quan<strong>do</strong> for o caso.<br />

FORNECEDOR – Caracterizar o desempenho <strong>do</strong> componente e fornecer o prazo de vi<strong>da</strong> útil previsto para o produto, cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s na operação<br />

e na manutenção.<br />

PROJETISTA – Estabelecer e indicar nos memoriais e desenhos de Vi<strong>da</strong> Útil <strong>do</strong> Projeto de ca<strong>da</strong> sistema <strong>da</strong> obra, especifican<strong>do</strong> materiais,<br />

produtos e processos. Em caso de não fornecimento <strong>do</strong> desempenho pelo fabricante <strong>do</strong> produto, cabe ao projetista solicitar a<br />

informação.<br />

USUÁRIO – Utilizar corretamente a construção, sem realizar alterações na estrutura sem prévia autorização <strong>da</strong> construtora e <strong>do</strong> poder<br />

público. Além disso, o usuário deve realizar as devi<strong>da</strong>s manutenções preventivas e corretivas, com registro de <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong>s manutenções,<br />

seguin<strong>do</strong> a ABNT NBR 5674.<br />

* Fonte: Desempenho de Edificações Habitacionais – Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT NBR 15.575/2013 - CBIC<br />

50<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Anicer</strong> entrevista o Doutor em Engenharia Civil, Guilherme Parsekian, e<br />

esclarece algumas dúvi<strong>da</strong>s sobre a Norma de Desempenho:<br />

Qual a sua opinião sobre a NBR 15.575<br />

A norma NBR 15.575 é o resulta<strong>do</strong> de<br />

um processo lento que ocorre no Brasil<br />

há vários anos, onde finalmente foi possível,<br />

através de um trabalho valoroso<br />

de um grupo de profissionais dedica<strong>do</strong>s,<br />

colocar em um texto único os requisitos<br />

mínimos para o desempenho de edificações.<br />

Não é um resulta<strong>do</strong> definitivo.<br />

Apesar de ser um sucesso a publicação,<br />

os requisitos de desempenho devem<br />

ain<strong>da</strong> ser continuamente discuti<strong>do</strong>s e<br />

tanto as prescrições como as formas de<br />

análise serem aprimora<strong>da</strong>s ao longo <strong>do</strong><br />

tempo. Mas é um marco na construção<br />

civil nacional.<br />

Quais as principais responsabili<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> Norma de Desempenho<br />

Com a publicação <strong>da</strong> norma, as construtoras/incorpora<strong>do</strong>ras<br />

em primeiro<br />

plano e os projetistas engenheiros e arquitetos<br />

ficam com a responsabili<strong>da</strong>de<br />

de entregar ao usuário um produto com<br />

critérios de desempenho estabeleci<strong>do</strong>s.<br />

Qual o objetivo <strong>da</strong> Norma<br />

O objetivo é reunir em um único texto<br />

requisitos mínimos de desempenho de<br />

edificações incluin<strong>do</strong> aspectos como<br />

desempenho estrutural, segurança<br />

contra incêndio, segurança no uso e<br />

operação, estanquei<strong>da</strong>de, desempenho<br />

térmico, acústico e lumínico, durabili<strong>da</strong>de<br />

e manutenibili<strong>da</strong>de, saúde, higiene e<br />

quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ar, funcionali<strong>da</strong>de e aces-<br />

sibili<strong>da</strong>de e outros.<br />

Quais os impactos na contratação de<br />

engenheiros e arquitetos<br />

Creio que to<strong>do</strong> o setor de construção<br />

civil é afeta<strong>do</strong>. Na contratação de engenheiros<br />

e arquitetos, alguns conceitos<br />

que, embora provavelmente o profissional<br />

tenha ti<strong>do</strong> contato durante sua<br />

formação, estavam “esqueci<strong>do</strong>s” passarão<br />

a ser cobra<strong>do</strong>s, como questões<br />

sobre conforto, previsão de durabili<strong>da</strong>de<br />

e incêndio. É um grande desafio para as<br />

universi<strong>da</strong>des e para o meio produtivo<br />

formar e reciclar profissionais de maneira<br />

que vários conceitos passem a ser<br />

também considera<strong>do</strong>s no projeto.<br />

Não adianta o projetista de estruturas<br />

definir uma espessura de laje apenas<br />

em função de seu desempenho estrutural.<br />

Em conjunto com o arquiteto, ele<br />

deverá saber se a espessura por ele determina<strong>da</strong><br />

poderá prover também um<br />

bom isolamento acústico. E essa resposta<br />

depende <strong>do</strong>s revestimentos a serem<br />

aplica<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong> cômo<strong>do</strong><br />

e outros parâmetros. Mesmo o arquiteto<br />

atualmente, muitas vezes, não estava<br />

preocupa<strong>do</strong> com o desempenho acústico<br />

e apesar de conhecer, desde sua graduação,<br />

como determinar o sistema de<br />

piso (lajes + revestimentos), ele poucas<br />

vezes aplicava esse conhecimento. Vai<br />

precisar relembrá-lo.<br />

É muito provável que manuais de especificações,<br />

como o recentemente publica<strong>do</strong><br />

pela CBIC, sejam ca<strong>da</strong> vez mais<br />

produzi<strong>do</strong>s. Por exemplo, a construtora<br />

padroniza em seu manual que a laje<br />

deve ter sempre no mínimo 10 cm de<br />

espessura se for maciça e o arquiteto<br />

prevê nas especificações de seu projeto<br />

como devem ser os revestimentos <strong>da</strong><br />

laje específica de determina<strong>do</strong> cômo<strong>do</strong><br />

para atender a to<strong>do</strong>s os requisitos. Cursos<br />

de atualização devem ser frequentes.<br />

Talvez inicialmente é provável que<br />

pouca coisa mude na contratação <strong>do</strong>s<br />

engenheiros e arquitetos, pois ain<strong>da</strong><br />

não temos esses conceitos dissemina<strong>do</strong>s<br />

e assimila<strong>do</strong>s por grande parte <strong>do</strong>s<br />

profissionais. Mas é provável que quem<br />

não se recicle e incorpore os critérios de<br />

desempenho no seu rol de conhecimento<br />

fique fora <strong>do</strong> setor de edificações, ou<br />

seja, menos valoriza<strong>do</strong>.<br />

Do ponto de vista <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, quais<br />

os benefícios que a Norma estabelece<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 51


www.resdilrefratarios.com.br<br />

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52 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Pedreira <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> - SP<br />

O consumi<strong>do</strong>r tem em um único texto requisitos<br />

organiza<strong>do</strong>s e estabeleci<strong>do</strong>s sobre<br />

o mínimo desempenho <strong>da</strong> edificação<br />

que compra.<br />

Como as construtoras e profissionais <strong>da</strong><br />

construção estão reagin<strong>do</strong> à Norma<br />

As grandes construtoras estão tentan<strong>do</strong><br />

se adiantar e responder a uma séria de dúvi<strong>da</strong>s,<br />

se determina<strong>do</strong> sistema usualmente<br />

utiliza<strong>do</strong> por elas na construção tem o desempenho<br />

adequa<strong>do</strong>. Muitas estão fazen<strong>do</strong><br />

ensaios para determinar o nível de desempenho,<br />

estão crian<strong>do</strong> procedimentos<br />

e especificações padrão, selecionan<strong>do</strong> e<br />

cobran<strong>do</strong> seus fornece<strong>do</strong>res para que estes<br />

entreguem o desempenho adequa<strong>do</strong>.<br />

Os profissionais atuantes no merca<strong>do</strong> estão<br />

procuran<strong>do</strong> literatura e cursos para se<br />

atualizar. Meus colegas profissionais <strong>do</strong>centes<br />

de universi<strong>da</strong>des estão procuran<strong>do</strong><br />

estabelecer diretrizes para incorporar ou<br />

reforçar vários conceitos no currículo de<br />

formação <strong>do</strong>s engenheiros e arquitetos.<br />

Com a nova Norma de Desempenho, os<br />

custos <strong>da</strong> construção irão aumentar<br />

Essa é uma pergunta que merece ser<br />

avalia<strong>da</strong> com cui<strong>da</strong><strong>do</strong>, pois a questão de<br />

custo depende de várias situações. Mas<br />

de maneira geral, enten<strong>do</strong> que o custo inicial<br />

<strong>da</strong> construção deva aumentar, mas o<br />

custo total incluin<strong>do</strong> a manutenção e necessi<strong>da</strong>de<br />

de reparos nas edificações deva<br />

diminuir. Cabe às construtoras e ao meio<br />

técnico fazer o consumi<strong>do</strong>r enxergar isso:<br />

a longo prazo (incluin<strong>do</strong> o tempo de uso), o<br />

custo de nossas edificações será menor e<br />

com maior sustentabili<strong>da</strong>de.<br />

O que mu<strong>da</strong> para os fabricantes de materiais<br />

de construção<br />

O fabricante terá que certificar que o produto<br />

que entrega tem o desempenho que<br />

ele vende. Não adianta vender um piso<br />

como antiderrapante se esse realmente<br />

não for, pois agora tem norma. Os fabricantes<br />

de blocos estão procuran<strong>do</strong><br />

referências e ensaios para dizer às construtoras<br />

o que essas precisam fazer para<br />

atender a uma série de requisitos. Não<br />

adianta dizer que parede de determina<strong>da</strong><br />

espessura com determina<strong>do</strong> bloco cerâmico<br />

tem bom desempenho térmico. Apesar<br />

de não entregar a parede pronta, o fornece<strong>do</strong>r<br />

de blocos será questiona<strong>do</strong> sobre<br />

isso. De novo, é possível ver que o nível de<br />

conhecimento e <strong>da</strong>s informações forneci<strong>da</strong>s<br />

deve aumentar.<br />

Como a Norma de Desempenho vai aju<strong>da</strong>r<br />

na evolução <strong>da</strong> construção civil brasileira<br />

Vai aju<strong>da</strong>r na melhoria de nossos profissionais<br />

que passarão a valorizar uma série<br />

de conhecimentos que antes não <strong>da</strong>vam<br />

importância. Aju<strong>da</strong>rá as boas construtoras<br />

a “vender” um melhor desempenho. A<br />

longo prazo, o custo financeiro e ambiental<br />

<strong>da</strong>s nossas edificações deverá ser menor.<br />

O usuário terá mais conforto. Entre outros.<br />

Em sua opinião, acha que algum ponto<br />

importante ficou de fora <strong>da</strong> Norma<br />

Enten<strong>do</strong> que a norma cumpre o objetivo de<br />

estabelecer requisitos mínimos.<br />

Como serão realiza<strong>da</strong>s as avaliações de<br />

desempenho<br />

A maior parte <strong>da</strong>s avaliações deve ser<br />

feita de maneira analítica pelos profissionais<br />

engenheiros e arquitetos atuantes


Alguns critérios <strong>da</strong> Norma<br />

requisitos básicos previstos na Norma de Desempenho <strong>da</strong>s Edificações NBR 15.575<br />

VENTO<br />

Requisitos de<br />

ventilação<br />

SOL<br />

Controle de<br />

radiação<br />

térmica<br />

SOM<br />

Controle de ruí<strong>do</strong>s<br />

internos e externos<br />

TERMÔMETRO<br />

Controle <strong>da</strong><br />

temperatura interna<br />

<strong>do</strong> ambiente<br />

no setor de edificações. Por exemplo,<br />

os vários critérios estruturais, incluin<strong>do</strong><br />

incêndio, serão feitos pelo projetista de<br />

estruturas. As avaliações de conforto<br />

térmico e acústico pelo arquiteto. E assim<br />

por diante em vários outros pontos.<br />

A caracterização de produtos e componentes<br />

nos quais ain<strong>da</strong> restem dúvi<strong>da</strong>s<br />

deverão ser feitas através de ensaios<br />

específicos. O mesmo vale para novos<br />

produtos.<br />

Quem fará essa avaliação<br />

A maior parte por engenheiros e arquitetos<br />

atuantes no merca<strong>do</strong>. Caracterização<br />

de aspectos não disponíveis na<br />

literatura técnica e novos produtos e<br />

componentes, por instituições como<br />

laboratórios e universi<strong>da</strong>des. Nesse último<br />

ponto, gostaria de manifestar que<br />

nosso país precisa melhorar muito sua<br />

infraestrutura laboratorial, tanto nas<br />

universi<strong>da</strong>des como em empresas presta<strong>do</strong>ras<br />

de serviços. Apenas para ficar<br />

em um exemplo, dentro de minha área<br />

de atuação, em estruturas e construção<br />

civil. Muitas vezes, visito instituições<br />

no exterior. É marcante observar que<br />

universi<strong>da</strong>des norte-americanas considera<strong>da</strong>s<br />

com ranking acima de 100<br />

naquele país, têm laboratórios muitas<br />

vezes melhores que as nossas melhores<br />

universi<strong>da</strong>des. Outro exemplo, mesmo<br />

na região em que vivemos, não existem<br />

laboratórios suficientes para prestar<br />

serviço de quali<strong>da</strong>de para controle de<br />

obras. É necessário que se crie infraestrutura<br />

básica de prestação de serviço<br />

de laboratórios por empresas idôneas e<br />

capacita<strong>da</strong>s em to<strong>do</strong> o país. É necessário<br />

criar laboratórios com equipamentos<br />

básicos para pesquisa nas diversas<br />

universi<strong>da</strong>des brasileiras onde existam<br />

pessoas interessa<strong>da</strong>s em fazer estu<strong>do</strong>s.<br />

Em algumas locali<strong>da</strong>des, os laboratórios<br />

devem ser de excelência.<br />

Acredita que a questão <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de<br />

em alta colaborou para a formulação<br />

<strong>da</strong> norma<br />

Acredito que a questão tenha si<strong>do</strong> incorpora<strong>da</strong>,<br />

mas acho que a discussão sobre<br />

desempenhos mínimos é anterior.<br />

Guilherme A. Parsekian possui graduação<br />

em Engenharia Civil pela Universi<strong>da</strong>de<br />

Federal de São Carlos, mestra<strong>do</strong><br />

em Engenharia de Estruturas pela<br />

Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, <strong>do</strong>utora<strong>do</strong><br />

em Engenharia Civil pela Universi<strong>da</strong>de<br />

de São Paulo, pós-<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> pela UFS-<br />

Car e pela University of Calgary - Canadá.<br />

Atualmente é professor-adjunto<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal de São Carlos<br />

e <strong>do</strong> Programa de Pós-Graduação em<br />

Estruturas e Construção Civil e coordena<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> Laboratório de Sistemas Estruturais.<br />

Tem atuação também como<br />

professor de cursos de especialização<br />

e de atualização. É membro <strong>do</strong> corpo<br />

editorial e revisor de revistas nacionais<br />

e internacionais e autor de vários livros<br />

na área de engenharia<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 53


NONONONONONNNOONO<br />

UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS<br />

CE Acopiara Cerâmica Rufino (88) 3565-0240 / 3565-0873 ceramicarufino@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Aquiraz Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção - Grupo Tavares (85) 3377-1212 www.grupotavares.ind.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

CE Aquiraz Ceará Cerâmica - Grupo Tavares (85) 3348-0492 www.grupotavares.ind.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Aquiraz Cerâmica Cerampedras (85) 3276-2009 centro<strong>do</strong>tijolo@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Aquiraz Cerâmica Assunção - Grupo Tavares (85) 3377-1262 www.grupotavares.ind.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19<br />

CE Aracati Cerâmica Arman<strong>do</strong> Praça (88) 3421-1121 ceapra@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Beberibe Cerâmica Brasília (85) 3301-1200 ceramicabrasilia@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

CE Cascavel Cerâmica Cajazeiras (85) 3301-1220 ceramicacajazeiras@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39<br />

CE Cascavel Cerâmica Luma (85) 3301-1220 ceramicaluma@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

CE Crato Cecrato Cerâmica Crato (88) 3521-1096 / 3521-1778 cecrato@terra.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Crato Cemonte Cerâmica Monte Alegre (88) 3521-1096 cecrato@terra.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Jaguaruana Jacerama Jaguaruana Cerâmica (88) 3418-1300 jacerama@uol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19<br />

CE Milagres Cerâmica Artrical Argila <strong>do</strong> Triângulo Caririense (88) 3531-1231 jadsondt@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Russas Cerâmicas Kappa Indústria (88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x14x24<br />

CE<br />

São Gonçalo<br />

<strong>do</strong> Amarante<br />

Cerâmica Santa Rita - Grupo Tavares (85) 3421-5214 www.grupotavares.ind.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

CE Sobral Cerâmica Torres (88) 3614-3311 fernan<strong>do</strong>@ceramicatorres.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x14x19<br />

ES João Neiva Cerâmica Acioli (27) 3278-1101 ceramicaacioli@gmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 9x19x19<br />

ES João Neiva Cerâmica Argil (27) 3258-2386 ceramicaargil@jnnet.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 9x19x19 9x19x29<br />

ES Nova Venécia Cerâmica Adélio Lubiana (27) 3752-2236 ceramicalubiana@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

GO Ouvi<strong>do</strong>r Cerâmica Paraíso (64) 3478-1139 rosineydefr@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24<br />

MA Balsas Cerâmica Balsas (99) 3541-9668 ceramicabalsas@gmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

MG Belo Horizonte Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas (31) 3499-7801 www.braunas.com.br<br />

Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29<br />

14x19x34 14x19x39 14x19x44<br />

MG Ribeirão <strong>da</strong>s Neves Cerâmica Jacarandá (31) 3638-1855 www.jacaran<strong>da</strong>net.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29<br />

14x19x34 14x19x39 14x19x44<br />

MG Ribeirão <strong>da</strong>s Neves Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth (31) 3499-7801 www.braunas.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x29 Estrutural 14x19x29<br />

MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x24 11,5x19x24<br />

MG Sete Lagoas Cerâmica Setelagoana (31) 3773-0600 ceramica@setelagoana.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x29 14x19x29 19x19x29<br />

MS Terenos Cerâmica Volpiso<br />

MS Terenos Volpini Indústria Cerâmica<br />

(67) 3246-7360<br />

ceramicavolpini@volpini.com.br<br />

(67) 3246-7166<br />

ceramicavolpini@volpini.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29<br />

14x19x29<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

11,5x19x29<br />

MT Várzea Grande Argiblocos Indústria Cerâmica<br />

(65) 3686-4300<br />

argiblocos@argiblocos.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19<br />

PA Inhangapi Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 tecnico@ceramicavermelhapara.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x19x19<br />

PA Santa Isabel <strong>do</strong> Pará Tijotelha Industrial (91) 3744-1287 tijotelha@ig.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x19x19<br />

PA Uruará Cerâmica Santa Terezinha (93) 3532-1238 ceramica2007@yahoo.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

PB Cal<strong>da</strong>s Brandão Cerâmica Santa Cândi<strong>da</strong> (<strong>83</strong>) 3226-1566 santa.candi<strong>da</strong>@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

PB Santa Rita Cia Industrial de Cerâmica - Cincera (<strong>83</strong>) 3015-1450 cincera@uol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44<br />

PB Rio Tinto Cerâmica DRM (<strong>83</strong>)3246-7102 ven<strong>da</strong>s@ceramicasalema.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29<br />

PE Ferreiros Cerâmica Araçá (81) 3631-1398 minarte.barbos@bol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

PE Pau<strong>da</strong>lho Cerâmica Bom Jesus<br />

(81) 3636-1554 / 3636-1200<br />

cbjceramica@hotmail.com / www.cbjceramica.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29<br />

PE Pau<strong>da</strong>lho Cerâmica Porto Seguro (81) 3636-4171 ceramicaportoseguro@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x39<br />

PE Pau<strong>da</strong>lho Cerâmica São José (81) 3636-1258 cer.saojose_39@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44<br />

PE Pau<strong>da</strong>lho Cabel (81) 3636-1198 cabel@globo.com Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19<br />

PE Ribeirão Cerâmica Elsa (81)3671-1378 ceramicaelsa@gmail.com Ve<strong>da</strong>ção 09x19x19<br />

PE Tacaimbó Indústria de Cerâmica Kitambar (81) 3726-1668 kitambar@uol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x19x19<br />

PI Miguel Alves Cerâmica Santa Vitória Lt<strong>da</strong> (86) 3244-1303 ceramicasantavitoria@hotmail.com Bloco de Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x19x19 9x19x24<br />

54<br />

PI Teresina Blocomar (86) 3216-4200 quali<strong>da</strong>de@telhasmafrense.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Consulte a lista atualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas qualifica<strong>da</strong>s no PSQ nos sites<br />

http://www4.ci<strong>da</strong>des.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e<br />

www.anicer.com.br<br />

REALIZAÇÃO:<br />

UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS<br />

PI Teresina Cerâmica Mafrense (86) 3216-4200 quali<strong>da</strong>de@telhasmafrense.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

PI Teresina Telhamar (86) 3216-4200 quali<strong>da</strong>de@telhasmafrense.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

PI Teresina Telhas Mafrense (86) 3216-4200 quali<strong>da</strong>de@telhasmafrense.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

PI Teresina Unimar (86) 3216-4200 quali<strong>da</strong>de@telhasmafrense.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

PR Arapoti Cerâmica Irmãos Almei<strong>da</strong> (43) 3557-1121 ceramica@irmaosalmei<strong>da</strong>.com.br Estrutural 14x19x29<br />

PR Curitiba Cerâmica São Pedro (41) 3265-6921 ceramica@ceramicasaopedro.com.br Estrutural 14x19x29<br />

PR Entre Rios <strong>do</strong> Oeste Cerâmica Stein (45) 3257-1168 ceramicastein@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24<br />

PR Prudentópolis Cerâmica São Gerônimo (42) 3446-1622 ceramica@saogeronimo.com.br Estrutural 14x19x29<br />

PR Missal Cerâmica Pasquali e CIA Lt<strong>da</strong> (45)3244-1498 telhaspasquali@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x24<br />

RJ<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

A C Cerâmica Indústria e Comércio (22) 2722-2205 acceramica@ig.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29<br />

RJ Barra <strong>do</strong> Piraí Olaria São Sebastião (24) 3346-6544 ossl@ossl.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29<br />

RJ<br />

RJ<br />

RJ<br />

RJ<br />

RJ<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

Campos <strong>do</strong>s<br />

Goytacazes<br />

Cerâmica Abud Vagner (22) 2734-0363 abud@ceramicaabud.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29<br />

Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio (22) 2728-2800 ceramicaolivier@uol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9X19x29<br />

Cerâmica São Sebastião de Campos (22) 2721-7105 sac@ceramicasaosebastiao.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29<br />

F.P.R. Indústria Cerâmica<br />

Wagner Linhares<br />

Indústria Cerâmica<br />

RJ Itaboraí Cerâmica Colonial<br />

(22) 2723-5590 contato@ceramicafpr.com.br<br />

(22) 2721-8111<br />

abud@ceramicaabud.com.br<br />

(21) 2635-9333<br />

ceramicacolonial@velox.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x29 14x19x29<br />

Estrutural 14x19x29<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural<br />

14x19x29 14x19x34 14x19x44<br />

RJ Itaboraí Cerâmica Santa Izabel (21) 2635-7089 contato@ceramicasantaizabel.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29<br />

RJ Paraíba <strong>do</strong> Sul Cerâmica GGP (24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19<br />

14x19x29<br />

RJ Três Rios Cerâmica Argibem<br />

(24) 2258-2127<br />

Ve<strong>da</strong>ção 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39<br />

www.argibem.com.br<br />

14x19x29 19x19x39<br />

RJ Vassouras Cerâmica Porto Velho<br />

(24) 2258-3110<br />

marcoclavelad@ceramicaportovelho.com.br<br />

contato@ceramicaportovelho.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39<br />

14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39<br />

RO Ji Paraná Cerâmica Belém Indústria e Comércio (69) 3421-1419 www.ceramicabelem@uol.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

RS Bom Princípio Cerâmica Construrohr (51) 3635-8085 construrohr@construrohr.com.br Ve<strong>da</strong>ção 14x19x29 Estrutural 14x19x29<br />

RS Candelária Cerâmica Candelária (51) 3743-1202 compras@ceramicacandelaria.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29<br />

RS Faxinal <strong>do</strong> Sotur Cerâmica Veber (55) 3263-1379 helton@ceramicaveber.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

RS Nova Santa Rita Cerâmica Flores (51) 3479-5080 jairocezarflores@hotmail.com Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

RS Sapucaia <strong>do</strong> Sul Pauluzzi Produtos Cerâmicos (51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br Estrutural 14x19x29<br />

RS Venâncio Aires Cerâmica Eckert (51) 3741-1509 ceramicaeckert@viavale.com.br Ve<strong>da</strong>ção 9x14x19<br />

SC Pouso Re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> Cerâmica Constrular<br />

SC Rio <strong>do</strong> Sul Cerâmica Princesa Indústria e Comércio<br />

SC Cocal <strong>do</strong> Sul Cerâmica Galatto Lt<strong>da</strong><br />

SC Ituporanga Bela Vista Tijolos Lt<strong>da</strong><br />

SC Pouso Re<strong>do</strong>n<strong>do</strong> Cerâmica Lorenzetti Lt<strong>da</strong><br />

SP Cesário Lange Cerâmica City<br />

SP Itu Selecta Estrutural Blocos e Telhas<br />

(47) 3545-1249<br />

www.ceramicaconstrular.com.br<br />

(47) 3525-1540<br />

www.princesa.ind.br<br />

(48) 3447-6259<br />

ven<strong>da</strong>s@ceramicagalatto.com.br<br />

(47) 3533-9090<br />

comercial@belavistatijolos.com.br<br />

(47) 3545-0049<br />

ceramicalorenzetti@ceramicalorenzetti.com.br<br />

(15) 3246-1133<br />

www.ceramicacity.com.br<br />

(11) 2118-2001<br />

www.selectablocos.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24<br />

14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24<br />

Estrutural 14x19x29<br />

Ve<strong>da</strong>ção 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29<br />

Bloco de Ve<strong>da</strong>ção 11,5x19x24<br />

Bloco de Ve<strong>da</strong>ção 9x14x24<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39<br />

Estrutural 14x19x29 14x19x39<br />

Ve<strong>da</strong>ção 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39<br />

Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39<br />

SP<br />

Santa Cruz <strong>da</strong><br />

Conceição<br />

Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio<br />

(19) 3567-1533<br />

secretaria1@ceramicabarrobello.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 14x19x39 Estrutural 14x19x29<br />

SP Sorocaba Indústria Cerâmica Matieli<br />

(15) 3222-<strong>83</strong>36<br />

www.ceramicamatieli.com.br<br />

Ve<strong>da</strong>ção 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29<br />

14x19x39<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 55


NONONONONONNNOONO<br />

UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS<br />

BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas<br />

BA Alagoinhas Telhas Simonassi<br />

BA Candiba Cerâmica Alves Neves<br />

ES Colatina Cerâmica Cinco<br />

GO São Simão Cerâmica Dolar<br />

GO<br />

MG<br />

MG<br />

Mara Rosa<br />

Abadia <strong>do</strong>s Doura<strong>do</strong>s<br />

Capinópolis<br />

Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo<br />

Antônio<br />

CBS Indústria<br />

Cerâmica<br />

Cerâmica<br />

Drummond<br />

MG Ituiutaba Cerâmica Depaula<br />

MG Ituiutaba Cerâmica Maracá<br />

MG Ituiutaba Cerâmica Santorini<br />

MG Ituiutaba Cerâmica Monte Azul<br />

MG Ituiutaba Cerâmica União Ituiutaba<br />

MG<br />

MG<br />

MG<br />

MG<br />

MG<br />

Monte<br />

Carmelo<br />

Monte<br />

Carmelo<br />

Monte<br />

Carmelo<br />

Monte<br />

Carmelo<br />

Monte<br />

Carmelo<br />

Azteca Indústria Cerâmica<br />

Cerâmica Azteca<br />

Cerâmica<br />

Carmelitana<br />

Cerâmica Cruza<strong>do</strong><br />

Cerâmica Mineira<br />

MG Salinas Cerâmica União<br />

MS Três Lagoas Cerâmica MS<br />

MS Rio Verde Ceramitelha<br />

PE Caruaru Cerâmica kitambar<br />

(75) 3423-3000<br />

www.ceramicasantanaba.com.br<br />

(75) 3182-5000<br />

jecimar@simonassinordeste.com.br<br />

(77) 3661-2070<br />

ceramica@candiba.net<br />

(27) 3722-7400<br />

evandrosimonassi@telhafort.com.br<br />

(64) 3658-4001<br />

ceramica<strong>do</strong>lar@ceramica<strong>do</strong>lar.com.br<br />

(62) 3366-1382<br />

csa.mararosa@hotmail.com<br />

(34) 3847-1309<br />

bonsucesso@codelline.com.br<br />

(34) 3263-1340<br />

ven<strong>da</strong>s@ceramicadrummond.com.br<br />

(34) 3268-<strong>83</strong>19<br />

depaula@mgt.com.br<br />

(34) 3268-8596<br />

www.ceramicamaraca.com.br<br />

(34) 3268-5400<br />

www.santorini.com.br<br />

(34) 3268-5177<br />

diretoria@ceramicamonteazul.com.br<br />

(34) 3262-0592<br />

ceramicauniaoituiutaba.com.br<br />

(34) 3842-8900<br />

www.incatelha.com.br<br />

(34) 3842-8900<br />

www.incatelha.com.br<br />

(34) 3842-2424<br />

ceramicacarmelitana@voloxmail.com.br<br />

(34) 3842-1524<br />

silascruza<strong>do</strong>@yahoo.com.br<br />

(34) 3842-2688<br />

mineira@dbhonline.com.br<br />

(38) 3841-1590 /3841-1087<br />

www.ceramicauniao.com.br<br />

(67) 3521-1221<br />

www.ceramicams.com.br<br />

(67) 3292-1769<br />

ceramitelharv@hotmail.com<br />

(81) 3722-7777<br />

www.kitambar.com.br<br />

Telha Extru<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea<br />

Colonial<br />

Romana /Portuguesa<br />

Americana /Romana /Portuguesa<br />

Plan /Portuguesa /Romana<br />

Americana /Plan CBS /Colonial<br />

Americana /Portuguesa<br />

Romana<br />

Romana /Americana /Portuguesa<br />

Portuguesa /Americana / Romana<br />

Americana/Portuguesa /Romana<br />

Americana/Portuguesa /Romana<br />

Plan /Colonial<br />

Americana<br />

Plan Universal /Americana /<br />

Portuguesa /Romana<br />

Plan Universal /Americana /<br />

Portuguesa /Romana<br />

Plan Universal /Americana /<br />

Portuguesa /Colonial Capa e Canal<br />

Plan /Colonial /Paulista /Planzinha /<br />

Portuguesa /Americana<br />

Romana /Portuguesa /Americana<br />

Romana /Portuguesa<br />

Telha Extru<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

56<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Consulte a lista atualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas qualifica<strong>da</strong>s no PSQ nos sites<br />

http://www4.ci<strong>da</strong>des.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e<br />

www.anicer.com.br<br />

REALIZAÇÃO:<br />

UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS<br />

RJ Campos de Goytacazes Cerâmica São José<br />

(22) 2721-1403<br />

ceramicasaojose@hotmail.com.br<br />

Romana /Portuguesa<br />

RJ<br />

Itaboraí<br />

Cerâmica Sul<br />

América - Cerâmica R. J. Nunes<br />

(21) 2635-2581<br />

rjnunes@ig.com.br<br />

Romana /Portuguesa<br />

RJ Tanguá Cerâmica Marajó<br />

(21) 2747-1207<br />

marajo@vetor.com.br<br />

Romana /Portuguesa<br />

RO<br />

Cacoal<br />

Cerâmica Rio<br />

Macha<strong>do</strong><br />

(69) 3441-5210<br />

tulioditulio@yahoo.com.br<br />

Romana<br />

RO Cacoal Cerâmica Cena<br />

RO Pimenta Bueno Cerâmica Romana<br />

RS Bom Princípio Cerâmica João Vogel<br />

(69) 3441-6079<br />

ceramicacena@hotmail.com<br />

(69) 3451-2631 / 3451-8560<br />

ceramicaromana@uol.com.br<br />

(51) 3634-2602<br />

comercial@joaovogel.com.br<br />

Romana<br />

Romana /Portuguesa<br />

Portuguesa /Americana<br />

SC<br />

Agrolândia<br />

Telhas Hobus<br />

Esmalta<strong>do</strong>s<br />

(47) 3534-4037<br />

laboratorio@hobus.com.br<br />

Portuguesa<br />

SC<br />

Rio <strong>do</strong> Sul<br />

Telhas Rainha Unicerâmica<br />

Indústria e Comércio<br />

(47) 3411-5000<br />

www.telhasrainha.com.br<br />

Portuguesa<br />

SC Sombrio Bella Telha<br />

SC Taió Cerâmica Taió Lt<strong>da</strong><br />

SC Mafra Cerâmica Vila Rica Lt<strong>da</strong><br />

SC Sangão Terracotagres Cerâmica LTDA<br />

SP Conchas Cerâmica Lopes<br />

SP Conchas Cerâmica Argiforte<br />

SP Leme Top Telha - Maristela Telhas<br />

SP Panorama Cerâmica Modelo Lt<strong>da</strong>-EPP<br />

(48) 3533-9001<br />

ceramicabellatelha@gmail.com<br />

(47) 3562-0507<br />

telhastayo@telhastayo.com.br<br />

(47) 3643-0040<br />

ceramicavilarica@terra.com.br<br />

(48) 3656-3600<br />

cinara@icetec.ind.br<br />

(14) 3845-8000<br />

www.ceramicalopes.com.br<br />

(14) 3845-1212<br />

claudia@argiforte.com.br<br />

(19) 3573-7777<br />

www.toptelha.com.br<br />

(18) 3871-1116<br />

utg.cmodelo@bol.com.br<br />

Portuguesa<br />

Telha Germânica<br />

Portuguesa<br />

Telha Americana/ Terracota<br />

Americana / Portuguesa /Romana<br />

Romana /Portuguesa<br />

Mediterrânea /M14<br />

Romana<br />

SP<br />

Santa Cruz <strong>da</strong><br />

Conceição<br />

Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio<br />

(19) 3567-1533<br />

www.ceramicabarrobello.com.br<br />

Americana /Portuguesa /Romana /<br />

Italiana<br />

SP Tambaú Morandin Produtos Cerâmicos<br />

(19) 3673-3190<br />

csa@csamorandin.com.br<br />

Romana /Portuguesa<br />

SP<br />

Itu<br />

Intercil Indústria e Comércio de<br />

Cerâmica LTDA<br />

(11) 2118-8800<br />

amafelix@yahoo.com.br<br />

Portuguesa /Duplanatex Ecologic<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 57


ARTIGO TÉCNICO<br />

Méto<strong>do</strong>s de teste para matérias primas de<br />

cerâmica rústica – parte 1: composição <strong>da</strong><br />

matéria-prima (proprie<strong>da</strong>des primárias)<br />

Dr.-Ing. Anja Tatarin1, Dipl.-Ing. Regina Vogt1<br />

RESUMO<br />

Como um <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res líderes de equipamentos altamente<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s e know-how na engenharia mecânica e de processos<br />

para materiais cerâmicos na construção civil, sempre conduzimos<br />

testes abrangentes de matérias-primas antes de qualquer<br />

layout <strong>do</strong> forno e seca<strong>do</strong>r. Esta é a base para produtos de alta quali<strong>da</strong>de<br />

de nossos clientes. O presente artigo aponta os testes de<br />

laboratório necessários, <strong>do</strong> nosso ponto de vista, bem como testes<br />

complementares. A Parte 1 <strong>do</strong> artigo trata <strong>da</strong>s análises de materiais<br />

<strong>da</strong>s matérias-primas (proprie<strong>da</strong>des primárias). A Parte 2 (Associação<br />

Nacional <strong>da</strong> Indústria Cerâmica - ANICER 84/2013) introduz<br />

testes de comportamento cerâmico-tecnológico, por exemplo,<br />

o comportamento <strong>da</strong> secagem e queima (proprie<strong>da</strong>des secundárias),<br />

bem como os possíveis testes em escala de planta piloto.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A argila é a base de qualquer produto cerâmico de silicato. Para<br />

entender o comportamento cerâmico-tecnológico de argilas puras<br />

ou misturas e, conseqüentemente, para um layout confiável<br />

de uma planta com boa eficiência energética, testes de matérias-<br />

-primas são essenciais para o layout <strong>da</strong> planta. Após a análise de<br />

material <strong>da</strong>s matérias-primas (proprie<strong>da</strong>des primárias, tais como<br />

composição mineralógica e química, bem como distribuição <strong>do</strong><br />

tamanho <strong>da</strong> partícula), as misturas otimiza<strong>da</strong>s e os níveis de tolerância<br />

de diversas matérias-primas podem ser determina<strong>do</strong>s com<br />

relação a determina<strong>do</strong>s produtos. Posteriormente, estas misturas<br />

são utiliza<strong>da</strong>s para testar as proprie<strong>da</strong>des cerâmico-tecnológicas,<br />

principalmente comportamento na secagem e na queima (proprie<strong>da</strong>des<br />

secundárias) em escala de laboratório. Seguin<strong>do</strong> este procedimento,<br />

os parâmetros principais necessários para o layout <strong>da</strong><br />

planta e para os produtos posteriores são ganhos de uma forma<br />

relativamente rápi<strong>da</strong>. O presente artigo aponta os testes de laboratório<br />

necessários, <strong>do</strong> nosso ponto de vista.<br />

2. CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL (PROPRIEDADES<br />

PRIMÁRIAS)<br />

Uma análise detalha<strong>da</strong> e confiável <strong>da</strong> argila pode somente ser assegura<strong>da</strong><br />

por uma combinação de vários méto<strong>do</strong>s diferentes. Isto<br />

se deve porque ca<strong>da</strong> méto<strong>do</strong> tem determina<strong>da</strong>s forças e fraquezas,<br />

as quais levam à avaliação imprecisa <strong>da</strong> matéria-prima se ela<br />

for exclusivamente utiliza<strong>da</strong>. Referin<strong>do</strong>-se ao esta<strong>do</strong> científico <strong>do</strong><br />

conhecimento e consideran<strong>do</strong>-se que dentro de, possivelmente,<br />

pouco tempo, quanti<strong>da</strong>des grandes de amostra têm que ser analisa<strong>da</strong>s,<br />

focamos na determinação <strong>da</strong> mineralogia, composição<br />

química (incluin<strong>do</strong> teor de COT) e distribuição <strong>do</strong> tamanho <strong>da</strong> partícula<br />

para uma análise confiável e abrangente <strong>da</strong> matéria-prima<br />

[6-9]. A determinação complementar de sais dissolvi<strong>do</strong>s na água<br />

no processo de mistura e constituintes corrosivos é essencial para<br />

os produtos finais e para o layout <strong>do</strong> sistema de exaustão, respectivamente.<br />

Dan<strong>do</strong> seguimento, os méto<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s, portanto,<br />

suas vantagens e desvantagens, bem como o conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> informação<br />

de resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s são discuti<strong>da</strong>s.<br />

2.1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA E MINERALÓGICA<br />

A argila tem uma mineralogia complexa consistin<strong>do</strong> de materiais<br />

argilosos e não-argilosos. Estes são principalmente:<br />

Minerais argilosos: caulinita, refratária e caulinita desordena<strong>da</strong><br />

respectivamente (1:1 tipo cama<strong>da</strong>)<br />

mica (muscovita, biotítico, sericita) não expansível 2:1 tipos cama<strong>da</strong><br />

ilita e cama<strong>da</strong> mista ilita não expansível 2:1 tipos cama<strong>da</strong><br />

esmectita e cama<strong>da</strong> mista esmectita expansível 2:1 tipos cama<strong>da</strong><br />

cloreto (2:1 tipos cama<strong>da</strong> com folha intermediária de hidroxila)<br />

Minerais não-argilosos: quartzo, feldspatos, carbonatos, constituintes<br />

orgânicos, minerais ferrosos (por exemplo: pirita, hematita,<br />

goethita), sulfatos (gesso)<br />

58<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


É comumente aceito que, dependen<strong>do</strong> de determina<strong>da</strong> mineralogia,<br />

proprie<strong>da</strong>des cerâmico-tecnológicas completamente<br />

diferentes podem surgir (2, 3-17]. A partir <strong>da</strong> mineralogia resulta<br />

determina<strong>da</strong> composição química. No entanto, para um<br />

tipo de cama<strong>da</strong> química varia dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong>s condições de<br />

formação geológica (cátions <strong>do</strong>minantes nas folhas tetraédricas<br />

e octaédricas, resultan<strong>do</strong> em carga de cama<strong>da</strong> e íons<br />

atraí<strong>do</strong>s para nivelação de carga). Deste mo<strong>do</strong>, por exemplo,<br />

a questão de que tipo de esmectita está presente não pode<br />

ser respondi<strong>da</strong> sem a determinação <strong>da</strong> composição química.<br />

Vice- versa, no entanto, somente a composição química nos<br />

diz pouco sobre quais minerais estão presentes junto à argila.<br />

As argilas com composições químicas similares podem ter<br />

diferentes composições mineralógicas e, com isto, comportarem-se<br />

de uma maneira diferente durante o processamento.<br />

Consequentemente, para uma interpretação confiável <strong>da</strong>s<br />

proprie<strong>da</strong>des de ambos os materiais, são necessárias composição<br />

química e mineralógica. A LINGL aplica os seguintes<br />

méto<strong>do</strong>s de teste:<br />

2.1.1 DIFRAÇÃO DE RAIOS X (DRX)<br />

Para determinar as quanti<strong>da</strong>des de minerais argilosos e não-<br />

-argilosos, a DRX tem se torna<strong>do</strong> amplamente aceita. As vantagens<br />

<strong>da</strong> DRX estão principalmente no tempo relativamente<br />

curto, um grande grau de confiança e informações interpretáveis<br />

que podem ser verifica<strong>da</strong>s. Os principais grupos de<br />

minerais argilosos e frequentemente as determina<strong>da</strong>s espécies<br />

minerais dentro destes grupos podem ser identifica<strong>da</strong>s<br />

quantitativas ou pelo menos semi-quantitativas, mesmo em<br />

misturas complexas como são as argilas [1, 5].<br />

Porém, o méto<strong>do</strong> mostra alguma fraqueza inerente, a qual<br />

deveria ser obrigatoriamente considera<strong>da</strong>, a fim de evitar<br />

medi<strong>da</strong>s errôneas. Estas fraquezas, bem como méto<strong>do</strong>s de<br />

preparação e análise estão descritas em detalhes no nosso<br />

artigo “Méto<strong>do</strong>s de teste para matérias-primas de cerâmica<br />

rústica – Parte 1: composição <strong>da</strong> matéria-prima (proprie<strong>da</strong>des<br />

primárias)” (ZI 4 / 2013, pp. 20-34).<br />

Dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s tipos de materiais argilosos e não-argilosos<br />

presentes na argila ou lotes, informações iniciais referentes<br />

ao comportamento cerâmico tecnológico podem ser obti<strong>da</strong>s.<br />

>>A Tabela 1 mostra os minerais mais importantes e seu impacto<br />

no processo cerâmico-tecnológico.<br />

Tabela 1: Influência <strong>do</strong>s minerais argilosos e não-argilosos no<br />

processo de produção <strong>do</strong>s produtos cerâmicos [6, 10, 11]<br />

MINERAL<br />

caulinita /<br />

caulinita<br />

desordena<strong>da</strong><br />

Esmectitas<br />

Ilita<br />

Mica<br />

Clorita<br />

Vermiculita<br />

Quartzo<br />

Carbonatos<br />

(calcita, <strong>do</strong>lomita,<br />

siderita, ankerita)<br />

Óxi<strong>do</strong>s ferrosos<br />

(hematita, magnetita,<br />

goethita)<br />

Pirita / marcasita<br />

Componentes<br />

Orgânicos<br />

IMPACTO<br />

redução, diminuição <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de água e <strong>da</strong> resistência<br />

à flexão seca, brancura, aumento de refração,<br />

corpo muito denso após queimas em altas temperaturas,<br />

amplo intervalo de sinterização<br />

plástico, aumento <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de água, sensibili<strong>da</strong>de<br />

à secagem, resistência à flexão seca, retração<br />

à secagem e adsorção <strong>da</strong> mistura<br />

plástico, aumento <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de de secagem e<br />

resistência à flexão seca, agente de fluxo devi<strong>do</strong> ao<br />

conteú<strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> de K2O sinterização a temperaturas<br />

relativamente baixas<br />

redução, formação de texturas, diminuição de deman<strong>da</strong><br />

de água, sensibili<strong>da</strong>de à secagem e resistência<br />

à flexão seca; agente sintetiza<strong>do</strong>r<br />

redução, diminuição <strong>da</strong> resistência à flexão seca e<br />

força <strong>do</strong> corpo de queima, sem impacto significante<br />

redução, diminuição de resistência à flexão<br />

redução, diminuição <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de água, retração<br />

à secagem, resistência à flexão e sensibili<strong>da</strong>de de<br />

secagem, aumento <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de ao aquecimento<br />

e resfriamento (inversão <strong>do</strong> quartzo), reforços a<br />

altas temperaturas de queima (refração), diminuição<br />

<strong>da</strong> retração de aquecimento<br />

redução, diminuição <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de de secagem,<br />

retração <strong>da</strong> secagem e resistência à flexão seca,<br />

formação de micro-poros, clareamento <strong>da</strong> cor <strong>do</strong><br />

corpo, diminuição <strong>da</strong> retração de queima, cal fragmenta<strong>da</strong><br />

quan<strong>do</strong> presente como grãos rústicos,<br />

aumento no tempo de aquecimento para decomposição<br />

necessária <strong>do</strong> carbonato.<br />

Agente de sinterização, principalmente na atmosfera<br />

de redução; aumento <strong>da</strong> retração de aquecimento<br />

e resistência após queima, avermelha<strong>do</strong> na<br />

atmosfera de oxi<strong>da</strong>ção, possível dilatação a altas<br />

temperaturas<br />

Na escala macroscópica, é possível pontos de fusão<br />

pirita preto-acastanha<strong>do</strong>; aumento de resistência à<br />

queima; risco de corrosão devi<strong>do</strong> ao sulfeto enxofre<br />

Superaquecimento com zona de calor possível devi<strong>do</strong><br />

à queima exotérmica; aumento <strong>da</strong> porosi<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> corpo<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 59


ARTIGO TÉCNICO<br />

2.1.2 ANÁLISE TÉRMICA SIMULTÂNEA (ATS)<br />

A Análise Térmica Simultânea é amplamente aplica<strong>da</strong><br />

como uma DRX complementar, onde a Análise Térmica<br />

Diferencial (ADT) e a termogravimetria (TG) são<br />

conduzi<strong>da</strong>s simultaneamente em uma amostra.<br />

Consideran<strong>do</strong> que, com ADT, as reações en<strong>do</strong>térmicas<br />

e exotérmicas ocorrem dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong> temperatura<br />

e <strong>do</strong> tempo que são coleta<strong>da</strong>s, a curva TG reflete<br />

a per<strong>da</strong> de massa <strong>da</strong> amostra também dependen<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> temperatura e <strong>do</strong> tempo (gráfico 1).<br />

As seguintes informações são <strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas medi<strong>da</strong>s<br />

ATS (>>Tabela 2):<br />

Gráfico 1: Curvas ATS, medi<strong>da</strong>s com Netzsch ATS 409, atmosfera: ar,<br />

Al2O3 cadinho, referência: Al2O3, taxa de aquecimento: 10 K/min)<br />

2.1.3 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA<br />

A identificação <strong>da</strong> composição química (óxi<strong>do</strong>s) pode<br />

ser conduzi<strong>da</strong> tanto por ICP-OES (Espectrometria de<br />

emissão óptica com plasma indutivamente acopla<strong>do</strong>)<br />

ou XRF (análise por fluorescência de raios X)<br />

Compara<strong>da</strong> à DRX, as principais vantagens de uma<br />

análise química são que também previamente impurezas<br />

insuspeitas, bem como elementos tanto de fases<br />

cristalinas quanto não cristalinas podem ser identifica<strong>do</strong>s.<br />

A principal desvantagem é que o méto<strong>do</strong> por<br />

si só é de baixo valor diagnóstico, porque na maioria<br />

<strong>do</strong>s casos a composição mineralógica não pode ser<br />

deriva<strong>da</strong> <strong>do</strong> mesmo. [5].<br />

A informação seguinte com relação ao comportamento<br />

cerâmico-tecnológico <strong>da</strong>s matérias-primas é <strong>da</strong><strong>da</strong><br />

pela análise química. >>Table 3).<br />

2.1.4 DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE<br />

CARBONO ORGÂNICO TOTAL (COT) E<br />

CARBONO INORGÂNICO TOTAL (CIT)<br />

As quanti<strong>da</strong>des de carbono orgânico total (COT) e<br />

carbono inorgânico total (CIT) são identifica<strong>da</strong>s por<br />

espectroscopia de infravermelho. Desse mo<strong>do</strong>, a<br />

amostra é aqueci<strong>da</strong> a 495 °C (COT) e 1050 °C (total<br />

de carbono – TC) em uma atmosfera rica em oxigênio.<br />

Em segui<strong>da</strong>, o dióxi<strong>do</strong> de carbono resultante é medi<strong>do</strong><br />

usan<strong>do</strong> um detector de infravermelho até que simulta-<br />

Tabela 2: Temperatura dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong>s reações em matérias-primas<br />

siliciosas [6, 10, 11]<br />

TEMPERATURA<br />

ENTALPIA<br />

80…225 °C en<strong>do</strong>térmica<br />

220…450 °C exotérmica<br />

225…450 °C en<strong>do</strong>térmica<br />

450…700 °C exotérmica<br />

380…420 °C exotérmica<br />

400…850 °C en<strong>do</strong>térmica<br />

650…850 °C en<strong>do</strong>térmica<br />

573 °C en<strong>do</strong>térmica<br />

850…1000 °C exotérmica<br />

Tabela 3: Influença <strong>do</strong>s óxi<strong>do</strong>s presentes dentro <strong>da</strong>s argilas no<br />

processo de produção <strong>do</strong>s produtos cerâmicos [6, 10, 11]<br />

ÓXIDOS<br />

SiO2<br />

Al2O3<br />

Fe2O3<br />

K2O, Na2O<br />

CaO, MgO<br />

MnO<br />

TiO2<br />

IMPACTO<br />

Conclusões sobre o teor de quartzo e, portanto, refração, sensibili<strong>da</strong>de<br />

ao calor e resfriamento possíveis<br />

Conclusões sobre o teor de caulinita e, por conseguinte, refração<br />

possível, amplitude <strong>do</strong> intervalo de sinterização, cor de<br />

queima clara com baixo teor de Fe2O3<br />

Cor avermelha<strong>da</strong>, agente sinteriza<strong>do</strong>r<br />

Agente sinteriza<strong>do</strong>r, redução de intervalo de sinterização des,<br />

ilita- e/ou teor de feldspato; reagente para carbonatos<br />

Conclusões sobre carbonato ou teor de feldspato e, portanto,<br />

sobre cor de aquecimento e densi<strong>da</strong>de de massa <strong>do</strong> corpo<br />

possível<br />

agente sinteriza<strong>do</strong>r, coloração marrom escura<br />

Aumento <strong>do</strong> impacto de coloração de minerais de ferro pela<br />

formação de FeTiO3 (cor avermelha<strong>da</strong>, baixa transparência)<br />

60<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Tabela 4: Avaliação <strong>do</strong>s componentes responsáveis pela eflorescência e corrosão [19, 20]<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 61


ARTIGO TÉCNICO<br />

neamente não haja per<strong>da</strong> de peso devi<strong>do</strong> à detecção <strong>do</strong> dióxi<strong>do</strong><br />

de carbono. Após isto, o teor de CIT é calcula<strong>do</strong> subtrain<strong>do</strong>-se<br />

o teor de TOC a partir <strong>do</strong> teor de TC.<br />

O teor COT permite conclusões sobre o comportamento de<br />

queima <strong>da</strong>s argilas e lotes (superqueima<strong>do</strong>s durante aquecimento,<br />

porosi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> corpo, núcleos de redução). Da composição<br />

mineralógica e o teor COT, pode ser calcula<strong>da</strong> a entalpia<br />

de matéria-prima de uma argila ou mistura, que é vital para o<br />

equilíbrio energético <strong>do</strong> forno túnel.<br />

Por aplicação paralela de DRX, análise química (incluin<strong>do</strong> teor<br />

de COT) e ATS as composições mineralógicas e químicas <strong>da</strong>s<br />

matérias-primas para a indústria de argila pesa<strong>da</strong> podem ser<br />

suficientemente analisa<strong>da</strong>s com precisão. Méto<strong>do</strong>s adicionais,<br />

tais como Espectroscopia Infravermelha e Escaneamento ou<br />

Microscopia de Transmissão de Elétrons revelam informações<br />

sobre microestruturas e morfologia <strong>do</strong>s minerais argilosos. No<br />

entanto, eles não são imperativos para determinação <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de<br />

de matérias-primas de argila pesa<strong>da</strong>.<br />

2.1.5 COMPONENTES RESPONSÁVEIS PELA<br />

EFLORESCÊNCIA E CORROSÃO<br />

Para determinação de sais solúveis em água, um procedimento<br />

uniforme é atualmente trabalha<strong>do</strong> pelo comitê de especialistas<br />

em matérias-primas <strong>da</strong> DKG, proporcionan<strong>do</strong> maior reprodutibili<strong>da</strong>de<br />

e comparabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s. Do nosso ponto de<br />

vista, para a determinação <strong>da</strong> indústria de argila pesa<strong>da</strong> de Na+,<br />

K+, Mg2+ and Ca2+ , bem como possíveis reagentes, tais como<br />

SO32- and Cl- são necessários. Em alguns casos, é necessária<br />

a análise <strong>do</strong> total de V2O5 com caulinitas, a fim de avaliar o potencial<br />

<strong>da</strong> eflorescência para compostos de vanádio.<br />

Além disso, os fluoretos, cloretos e enxofre durante a queima e<br />

desgaseificação podem levar a corrosão de estruturas metálicas<br />

<strong>do</strong> forno. Ao determinar os componentes responsáveis para<br />

eflorescência e corrosão, as seguintes informações são <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

(>>Table 4):<br />

2.2 GRANULAÇÃO (TAMANHO DAS PARTÍCULAS DE<br />

DISTRIBUIÇÃO)<br />

Equivalente à composição mineralógica e química, a distribuição<br />

<strong>do</strong> tamanho <strong>do</strong> grão de uma argila ou mistura é essencial para<br />

o processo cerâmico-tecnológico. É determina<strong>do</strong> tanto pela peneiração<br />

e análise de sedimentação ou difração de laser.<br />

No laboratório <strong>da</strong> LINGL, a distribuição <strong>do</strong> tamanho de particular<br />

é determina<strong>da</strong> por peneiração a seco para o tamanho <strong>do</strong>s<br />

Tabela 5: Impacto <strong>da</strong>s diferentes frações de tamanho de grãos no comportamento cerâmico-tecnológico <strong>da</strong>s misturas<br />

de argila pesa<strong>da</strong> [6, 10, 11]<br />

FRAÇÃO DE TAMANHOS DE GRÃOS<br />

IMPACTO / INFORMAÇÕES<br />

< 2 μm<br />

Teor de mineral argiloso (esmectita, ilita, parcialmente refratário), aumento<br />

<strong>da</strong> plastici<strong>da</strong>de, aumento na deman<strong>da</strong> de água, bem como a sensibili<strong>da</strong>de<br />

de secagem e tempo de secagem, aumento na dilatação/ formação<br />

de núcleos de redução<br />

2…20 μm Quanti<strong>da</strong>des de caulinita, refratário, clorita, mica<br />

> 20 μm Minerais argilosos sóli<strong>do</strong>s e quanti<strong>da</strong>des de minerais não-argilosos<br />

> 250 μm<br />

Ao analisar as indicações de microscopia de luz para componentes orgânicos,<br />

carbonatos, pirita e morfologia <strong>do</strong>s grãos; superfície áspera <strong>do</strong> produto<br />

final, indicações para preparação<br />

62<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


grãos de 2 mm a 32 μm e pela análise de sedimentação<br />

usan<strong>do</strong> um sedígrafo para gamas de<br />

tamanhos de partícula de 0.2…32 μm. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s são apresenta<strong>do</strong>s como diagrama de<br />

Winkler, curva cumulativa e histograma de fração<br />

de grão (>>2) e permite as seguintes informações<br />

(>>Tabela 5).<br />

Gráfico 2: Resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s análises de sedimentação e peneiração<br />

2.3 ANÁLISE DE COMBUSTÃO E<br />

DETERMINAÇÃO DO VALOR DE<br />

AQUECIMENTO DOS ADITIVOS<br />

POROSOS<br />

A fim de avaliar os aditivos porosos como papel<br />

recicla<strong>do</strong>, serradura ou a análise de combustão<br />

de poliestireno é aplica<strong>da</strong>. Assim, os principais<br />

elementos <strong>da</strong>s substâncias orgânicas (quanti<strong>da</strong>des<br />

de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio)<br />

são analisa<strong>da</strong>s pela combustão <strong>da</strong> amostra<br />

em uma atmosfera rica em oxigênio a 950…1050<br />

°C e detectan<strong>do</strong> os produtos de reação por um<br />

detector de condutivi<strong>da</strong>de térmica. Além disso,<br />

ao analisar aditivos para lotes de cerâmica,<br />

também o valor <strong>do</strong> aquecimento, bem como as<br />

quanti<strong>da</strong>des de cinza, H2O, enxofre e cloro são<br />

essenciais Os <strong>do</strong>is últimos valores são necessários<br />

para o layout <strong>do</strong> equipamento de tratamento<br />

de gás de exaustão. O enxofre e o cloro dentro<br />

<strong>do</strong> gás de exaustão atuam como um acidificante<br />

e, portanto, levam ao risco <strong>do</strong> sistema de corrosão.<br />

Além disso, o conhecimento <strong>do</strong> teor COT é<br />

essencial para qualquer otimização de mistura,<br />

a fim de evitar temperaturas excessivas devi<strong>do</strong> à<br />

combustão de carbono na zona de aquecimento<br />

<strong>do</strong> forno. O valor <strong>do</strong> aquecimento é considera<strong>do</strong><br />

no cálculo <strong>da</strong> entalpia <strong>da</strong> matéria-prima.<br />

2.4 RESULTADOS E INFORMAÇÕES DE<br />

CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL<br />

A caracterização <strong>do</strong> material fornece informações<br />

sobre os minerais presentes, óxi<strong>do</strong>s e tamanhos<br />

de partículas dentro de uma determina<strong>da</strong><br />

matéria-prima. Fora disso, as tendências em relação ao comportamento de<br />

secagem e queima podem ser deriva<strong>da</strong>s a partir de, por exemplo:<br />

• Tempo curto ou longo de secagem/queima<br />

• Amplo ou estreito intervalo de sinterização<br />

• Alta ou baixa temperatura de queima<br />

• Alta ou baixa resistência, densi<strong>da</strong>de, absorção de água, etc. e, portanto, a adequação<br />

<strong>do</strong> produto<br />

• Cor clara ou levemente avermelha<strong>da</strong><br />

• componentes prejudicias (florescência, emissões durante a queima)<br />

Basicamente, a caracterização de materiais permite avaliar se uma material-prima<br />

é adequa<strong>da</strong> ou não para um determina<strong>do</strong> produto, por exemplo, telhas, e que outros<br />

componentes de misturas são necessários para uma composição de mistura<br />

ótima. No entanto, os valores numéricos <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong>des cerâmico-tecnológicas<br />

e a temperatura de queima necessária não podem derivar <strong>da</strong> caracterização de um<br />

material. Por isto, os testes cerâmico-tecnológicos são necessários. No entanto,<br />

uma caracterização de material é a base para qualquer teste cerâmico-tecnológico<br />

para que o verde resultante e as proprie<strong>da</strong>des de corpo de queima como força de<br />

queima e secagem, densi<strong>da</strong>de, porosi<strong>da</strong>de e absorção de água ou cor de queima<br />

possam ser interpreta<strong>da</strong>s e sistematicamente modifica<strong>da</strong>s pela adição de argilas<br />

adicionais, agentes de redução, agentes de sinterização ou aditivos<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 63


ARTIGO TÉCNICO<br />

64<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 65


COMPETITIVIDADE<br />

Conselho elege diretorpresidente<br />

<strong>da</strong> Embrapii<br />

Ex diretor-presidente <strong>do</strong> IPT foi confirma<strong>do</strong> para o cargo. Qualificação <strong>da</strong> organização está no<br />

Ministério <strong>do</strong> Planejamento<br />

Fonte: CNI<br />

proporcionar agili<strong>da</strong>de na aplicação de recursos”,<br />

disse Oliveira.<br />

No modelo a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, existirá um compartilhamento<br />

de riscos técnico e econômico.<br />

Assim, um terço <strong>do</strong> recurso será investi<strong>do</strong><br />

pela empresa que irá desenvolver o<br />

projeto de inovação, um terço virá <strong>da</strong> Embrapii<br />

e um terço será <strong>da</strong>s instituições de<br />

pesquisa em forma de estrutura, recursos<br />

humanos, máquinas e equipamentos. Para a<br />

CNI, a criação <strong>do</strong> órgão marca o início de políticas<br />

de investimentos públicos no perío<strong>do</strong><br />

pré-competitivo <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des de pesquisa<br />

Conselho de<br />

Administração <strong>da</strong> Embrapii<br />

reuni<strong>do</strong> no escritório <strong>da</strong><br />

CNI, em São Paulo<br />

primeira reunião <strong>do</strong> Conselho de Administração<br />

A <strong>da</strong> Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação<br />

Industrial (Embrapii) elegeu o engenheiro João Fernan<strong>do</strong><br />

Gomes de Oliveira como diretor-presidente<br />

<strong>da</strong> enti<strong>da</strong>de. Oliveira é <strong>do</strong>utor na área de Engenharia<br />

Mecânica e tem pós-<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> pela Universi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Califórnia. Ele foi o diretor-presidente <strong>do</strong> Instituto de<br />

Pesquisas Tecnológicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo (IPT).<br />

O anúncio foi feito na sexta-feira, 2 de agosto, no escritório<br />

<strong>da</strong> Confederação Nacional <strong>da</strong> Indústria (CNI),<br />

em São Paulo.<br />

e desenvolvimento, momento considera<strong>do</strong><br />

arrisca<strong>do</strong>, sem garantias.<br />

Investimento em competitivi<strong>da</strong>de<br />

O presidente <strong>da</strong> CNI, Robson Braga de Andrade,<br />

comemorou mais uma etapa <strong>da</strong><br />

criação <strong>da</strong> instituição. “A Embrapii vai possibilitar<br />

que as empresas desenvolvam projetos<br />

inova<strong>do</strong>res e com isso, participem de<br />

um merca<strong>do</strong> mais exigente, tanto no Brasil,<br />

quanto no exterior. Será um investimento em<br />

competitivi<strong>da</strong>de”, destacou Andrade.<br />

66<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong><br />

“A Embrapii será um catalisa<strong>do</strong>r <strong>da</strong> inovação ao estimular<br />

os setores de ciência e tecnologia e aproximá-<br />

-los <strong>da</strong>s empresas. A função <strong>da</strong> Embrapii será fomentar<br />

essa integração. O diferencial é o modelo que vai<br />

O diretor presidente <strong>do</strong> Conselho, Pedro<br />

Wongtschowski, falou sobre a importância<br />

dessa nova fase <strong>da</strong> Embrapii. “Nossa expectativa<br />

é que em setembro possamos come-


çar a apoiar projetos inova<strong>do</strong>res<br />

via Embrapii”, afirmou<br />

o empresário.<br />

Próximos passos<br />

A Embrapii surgiu de discussões<br />

provoca<strong>da</strong>s pela Mobilização<br />

Empresarial pela<br />

Inovação (MEI) - grupo de<br />

empresários lidera<strong>do</strong>s pela<br />

CNI que se reúne periodicamente<br />

para discutir políticas<br />

públicas de estímulo à inovação<br />

- com a participação<br />

<strong>do</strong> governo federal e de representantes<br />

<strong>da</strong> academia.<br />

Em 10 de maio deste ano,<br />

foi <strong>da</strong><strong>do</strong> o primeiro passo<br />

para a criação <strong>da</strong> Embrapii,<br />

ao ser constituí<strong>da</strong> como Associação<br />

Priva<strong>da</strong> sem Fins<br />

Lucrativos. Porém, para começar<br />

a receber recursos <strong>do</strong><br />

governo federal, precisa ser<br />

qualifica<strong>da</strong> como Organização<br />

Social (OS).<br />

O requerimento de qualificação<br />

já passou pelo Ministério<br />

<strong>da</strong> Ciência, Tecnologia e<br />

Inovação (MCTI e pelo Ministério<br />

de Educação (MEC)).<br />

Esse processo está agora no<br />

Ministério <strong>do</strong> Planejamento<br />

e, depois passa, pela Casa<br />

Civil. Depois disso, será necessário<br />

um decreto presidencial<br />

para a Embrapii<br />

poder financiar projetos na<br />

área de inovação<br />

Os integrantes <strong>do</strong> Conselho <strong>da</strong> Embrapii<br />

Pedro Wongtschowski – Presidente <strong>do</strong> Conselho e CEO <strong>do</strong><br />

Grupo Ultra<br />

Robson Braga de Andrade – Presidente <strong>da</strong> Confederação Nacional<br />

<strong>da</strong> Indústria (CNI)<br />

Rafael Lucchesi – Diretor de Educação e Tecnologia <strong>da</strong> CNI<br />

Álvaro Toubes Prata – Secretário de Desenvolvimento Tecnológico<br />

e Inovação <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Ciência, Tecnologia e<br />

Inovação (MCTI)<br />

Cláudio Leal – Superintendente <strong>da</strong> Área de Planejamento <strong>do</strong><br />

BNDES<br />

Glauco Arbix – Presidente <strong>da</strong> Financia<strong>do</strong>ra de Estu<strong>do</strong>s e Projetos<br />

(FINEP)<br />

Nelson Fujimoto – Secretário de Inovação <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong><br />

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)<br />

Marco Antonio Oliveira - Secretário de Educação Profissional<br />

e Tecnológica <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Educação (MEC).<br />

Pedro Passos – Presidente <strong>da</strong> Natura<br />

Horácio Piva – Presidente <strong>da</strong> Klabin<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 67


CERÂMICA VERDE<br />

IPT estu<strong>da</strong> produzir<br />

biomassa alternativa<br />

Governo de SP investe em projeto para obter energia a partir <strong>do</strong> capim-elefante<br />

Por Carlos Cruz | Fotos: Divulgação<br />

Um projeto <strong>do</strong> Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)<br />

para geração de energia a partir <strong>do</strong> capim-elefante irá<br />

beneficiar quase uma centena de pequenas e médias empresas<br />

cerâmicas <strong>do</strong> município paulista de Panorama, localiza<strong>do</strong><br />

a quase 700 quilômetros <strong>da</strong> capital.<br />

Segun<strong>do</strong> Vicente Mazzarella, coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto e pesquisa<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e<br />

Pequena Empresa <strong>do</strong> IPT, o capim-elefante é uma fonte energética<br />

sustentável e de alto potencial para suprir as necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>do</strong>s ceramistas em to<strong>da</strong> a região de Panorama. “Existe<br />

uma deman<strong>da</strong> firme por energia na geração de calor para a<br />

queima <strong>do</strong>s produtos cerâmicos. O capim-elefante mostra-se<br />

como alternativa de alta eficiência energética para esta finali<strong>da</strong>de,<br />

com a vantagem de manter em equilíbrio o balanço <strong>da</strong>s<br />

emissões de gases <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> efeito estufa. Hoje já existem<br />

outros países emergentes, como a China, por exemplo, que<br />

começam a apostar neste energético de alto rendimento", explica<br />

Mazzarella.<br />

Ain<strong>da</strong> em fase de implantação, o projeto prevê o plantio experimental<br />

de 63 lotes, chegan<strong>do</strong> a uma área total de 80 mil<br />

m² próxima às cerâmicas. Em ca<strong>da</strong> lote, três tipos diferentes<br />

<strong>da</strong> gramínea serão testa<strong>do</strong>s, com cortes em épocas alterna<strong>da</strong>s,<br />

com ou sem irrigação, seguin<strong>do</strong> diretivas que busquem<br />

maximização de resulta<strong>do</strong>s, via combinação de variáveis, de<br />

interesse para a microrregião. Os resulta<strong>do</strong>s também serão<br />

compara<strong>do</strong>s aos obti<strong>do</strong>s nos testes com cana-de-açúcar.<br />

68<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Uma <strong>da</strong>s principais vantagens <strong>do</strong> capim-elefante, segun<strong>do</strong> o coordena<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> projeto, é a alta produtivi<strong>da</strong>de num curto ciclo. “O problema<br />

é que o teor de umi<strong>da</strong>de é muito alto. Vamos ain<strong>da</strong> estu<strong>da</strong>r algumas<br />

alternativas para secagem, para enfim chegar à alimentação <strong>do</strong>s fornos”.<br />

Uma outra opção é a briquetagem <strong>do</strong> material. “A abor<strong>da</strong>gem<br />

é única e deverá interessar progressivamente, além <strong>da</strong>s cerâmicas,<br />

a outros usuários como os setores industriais, grandes consumi<strong>do</strong>res<br />

de calor, de vapor, termoeletrici<strong>da</strong>de ou, ain<strong>da</strong>, matérias-primas<br />

abun<strong>da</strong>ntes para etanol celulósico, pré-carvão de alto poder calorífico<br />

e outros", afirmou Mazzarella.<br />

O projeto ain<strong>da</strong> precisa ser assina<strong>do</strong> no âmbito <strong>do</strong> Programa de<br />

Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), entre a Cooperativa <strong>da</strong>s<br />

Indústrias de Cerâmica <strong>do</strong> Oeste Paulista – Incoesp, a Secretaria<br />

de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de<br />

São Paulo e a Prefeitura Municipal de Panorama. O valor total, que<br />

CHINA<br />

Uma comitiva chinesa <strong>da</strong> Beijing<br />

Academy of Agriculture and<br />

Forestry Sciences que congrega 14<br />

institutos de P&D&I na área agrícola, energia<br />

limpa, biomassas e meio ambiente visitou<br />

o IPT no último mês de março, quan<strong>do</strong><br />

firmou um memoran<strong>do</strong> de entendimento<br />

para cooperação nos desenvolvimentos de<br />

plantio e uso <strong>do</strong> capim-elefante para aplicações<br />

industriais. Segun<strong>do</strong> Mazzarella, a<br />

instituição chinesa aprovou recentemente a<br />

realização de um projeto piloto similar ao <strong>do</strong><br />

IPT e isto possibilitará uma comparação de<br />

metas e resulta<strong>do</strong>s.<br />

inclui a contraparti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s beneficiários, é <strong>da</strong> ordem de R$ 767 mil<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 69


MAROMBANDO<br />

Thomas Junqueira<br />

Ayres Ulbrich<br />

Diretor Executivo <strong>da</strong> VDMA no Brasil, fala sobre os desafios <strong>da</strong> indústria europeia de máquinas através <strong>da</strong> associação<br />

Por Manuela Souza | Foto: Divulgação<br />

Ten<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> como advoga<strong>do</strong> <strong>da</strong> Federação Alemã de Engenharia – VDMA de 1989 a 2000, junto<br />

a empresas europeias de engenharia mecânica, Thomas Ulbrich é hoje o responsável pela Federação<br />

no Brasil, localiza<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de de São<br />

Paulo e que atua em diversas frentes de ações, como Merca-<br />

<strong>do</strong> de Trabalho, Política, Educação, Fiscal, Pesquisa, Tecnologia e Energética e Ambiental.<br />

Representa<strong>da</strong> por 39 associações comerciais, a VDMA atua em vários setores <strong>da</strong> indústria de<br />

engenharia e nos seus interesses de negócios dentro e fora <strong>da</strong> União Europeia, que inclui to<strong>da</strong> a<br />

cadeia produtiva <strong>da</strong> indústria de bens<br />

de capital - a partir de componentes para sistema, forne-<br />

ce<strong>do</strong>r de sistemas e integra<strong>do</strong>res para<br />

prove<strong>do</strong>res de serviços. A instituição possui representação<br />

nos países <strong>do</strong> Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).<br />

Atualmente, cerca de um quarto <strong>da</strong>s exportações <strong>da</strong> Alemanha são bens de capital.<br />

O país é o segun<strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>r mais importante de máquinas e equipamen-<br />

tos para o merca<strong>do</strong> brasileiro, perden<strong>do</strong> apenas para os EUA.<br />

Como funciona a VDMA e quantas empresas ela representa<br />

A VDMA representa mais de 3.100 empresas de pequeno e médio<br />

porte no<br />

setor de m<strong>aqui</strong>nário e engenharia. É uma <strong>da</strong>s maiores e<br />

mais importantes associações na Europa, com ven<strong>da</strong>s de 207<br />

bilhões de Euros (2012) e 970.000 funcionários (2012). Cerca de<br />

<strong>do</strong>is terços <strong>da</strong> produção <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> VDMA são exporta-<br />

<strong>do</strong>s para fora <strong>da</strong> Alemanha.<br />

Os membros <strong>da</strong> VDMA abrangem a cadeia inteira de processos<br />

- tu<strong>do</strong><br />

de componentes e fabricações na planta, fornece<strong>do</strong>res<br />

de sistemas até presta<strong>do</strong>res de serviços. A VDMA proporcio-<br />

na uma voz potente para os pontos de vista de seus mem-<br />

bros,<br />

nos níveis tanto nacional quanto internacional. Assim<br />

sen<strong>do</strong>, possui escritórios no mun<strong>do</strong> inteiro, ou seja, no Japão,<br />

70<br />

<strong>Revista</strong> ad<br />

<strong>da</strong> aA<br />

<strong>Anicer</strong> |n<br />

nº º8<br />

<strong>83</strong>


Rússia, China, Índia e Brasil. O escritório<br />

<strong>do</strong> Brasil foi aberto este ano na ci<strong>da</strong>de de<br />

São Paulo.<br />

Qual é o trabalho <strong>da</strong> VDMA na defesa<br />

<strong>do</strong>s produtos de cerâmica no merca<strong>do</strong><br />

europeu<br />

A VDMA criou uma plataforma para os<br />

produtores europeus de m<strong>aqui</strong>nário para<br />

o setor de cerâmica vermelha. Ela é chama<strong>da</strong><br />

European Ceramic Technology Suppliers<br />

(Fornece<strong>do</strong>res Europeus de Tecnologia<br />

Cerâmica - ECTS). Os membros <strong>do</strong><br />

ECTS produziram um vídeo que informa<br />

as vantagens de se usar cerâmica. Este<br />

vídeo foi traduzi<strong>do</strong> para o português (<strong>do</strong><br />

Brasil) para a <strong>Anicer</strong> e pode ser encontra<strong>do</strong><br />

no canal <strong>da</strong> Associação no YouTube.<br />

Quais são os principais desafios e objetivos<br />

<strong>da</strong> VDMA<br />

Uma rede com mais de 20.000 toma<strong>do</strong>res<br />

de decisão e especialistas de mais de<br />

3.000 empresas-membro e 400 especialistas<br />

trabalhan<strong>do</strong> para a VDMA abrange<br />

um amplo espectro e é volta<strong>da</strong> às necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong>s empresas-membro. Os<br />

objetivos principais são: merca<strong>do</strong>, estatísticas<br />

e economia, negócios com o exterior<br />

e exportações, legislação, impostos<br />

e salários, pesquisa e códigos técnicos,<br />

instrução e recrutamento, além de tecnologia<br />

e meio ambiente.<br />

Como você avalia as possibili<strong>da</strong>des de<br />

parcerias com o ceramista e suas associações<br />

Ceramistas e fornece<strong>do</strong>res de máquinas<br />

partilham o mesmo merca<strong>do</strong>: eles têm de<br />

combater a concorrência. Esta concorrência<br />

muitas vezes é mais centraliza<strong>da</strong>,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>mina<strong>da</strong> por alguns grandes participantes<br />

no setor de cimento. A infini<strong>da</strong>de<br />

de vantagens de se construir com<br />

cerâmica vermelha (maior durabili<strong>da</strong>de,<br />

melhor clima interno, aspectos estéticos,<br />

menor consumo de energia em ar-condiciona<strong>do</strong><br />

e aquecimento) representa um<br />

fator que tem de ser enfatiza<strong>do</strong> tanto pelos<br />

ceramistas quanto pelos fabricantes<br />

de máquinas.<br />

Em sua opinião, que mu<strong>da</strong>nças podem<br />

ser feitas para reduzir o impacto ambiental<br />

na fabricação de produtos cerâmicos<br />

e o que você já está fazen<strong>do</strong><br />

O setor que a VDMA está representan<strong>do</strong><br />

nesta área possui um nicho minúsculo<br />

compara<strong>do</strong> à quanti<strong>da</strong>de de emissões<br />

libera<strong>da</strong>s pelas fábricas de cimento. As<br />

normas ambientais que as fábricas em<br />

operação dentro <strong>do</strong>s EUA precisam satisfazer<br />

já são rigorosas, principalmente com<br />

relação a emissões. A tecnologia de filtros<br />

e os controles de combustão fabrica<strong>do</strong>s<br />

na Europa são líderes no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />

Como você vê o Brasil no contexto <strong>da</strong><br />

produção de cerâmica vermelha<br />

O recente trabalho realiza<strong>do</strong> pela <strong>Anicer</strong><br />

sobre as normas para cerâmicas estruturais<br />

representa um importante passo<br />

para uma melhor compreensão <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

desse material de construção.<br />

Os ceramistas no Brasil podem se sentir<br />

orgulhosos em ter uma associação empenha<strong>da</strong><br />

em aperfeiçoar seus padrões<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 71


FEIRA<br />

Minascon<br />

fortalece o setor<br />

Evento promove a qualificação profissional e movimenta R$ 120 milhões<br />

evento contribuiu para a qualificação <strong>do</strong>s par-<br />

Por Carlos Cruz<br />

ticipante por meio <strong>do</strong>s debates altamente<br />

especializa<strong>do</strong>s. A feira ocupou um espaço<br />

de mais de sete mil m2 no Expominas e<br />

contou com a participação de 350 expositores,<br />

que apresentaram lançamentos e<br />

inovações tecnológicas para o segmento.<br />

Para o diretor de negócios <strong>do</strong> evento, Victor<br />

Montenegro, o Minascon/Construir<br />

Minas vem se fortalecen<strong>do</strong> a ca<strong>da</strong> edição,<br />

contribuin<strong>do</strong> para o aquecimento <strong>do</strong><br />

setor no esta<strong>do</strong>. “A feira ocupa um lugar<br />

de destaque no calendário econômico mineiro.<br />

Grandes negócios foram fecha<strong>do</strong>s<br />

durante o encontro e tivemos a presença<br />

de um público muito qualifica<strong>do</strong>. Este cenário,<br />

sem dúvi<strong>da</strong>, pode ser atribuí<strong>do</strong> ao<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Minascon, que reuniu lojistas,<br />

Casa cerâmica é construí<strong>da</strong><br />

durante a feira para demonstrar<br />

as principais vantagens <strong>do</strong><br />

sistema construtivo.<br />

A<br />

realização de mais uma edição <strong>do</strong> Minascon/Construir<br />

Minas, promovi<strong>da</strong> entre os<br />

dias 19 e 22 de junho, em Belo Horizonte/MG,<br />

deu mostras <strong>do</strong> fortalecimento <strong>do</strong> setor no esta<strong>do</strong>.<br />

Balanço divulga<strong>do</strong> no encerramento <strong>do</strong><br />

evento revelou que o volume de negócios gera<strong>do</strong>s<br />

na feira atingiu a ordem de R$ 120 milhões,<br />

o que representa um crescimento de 26,3% em<br />

relação à edição 2012, quan<strong>do</strong> foram registra<strong>do</strong>s<br />

R$ 95 milhões. Além de novos contratos, o<br />

construtoras, atacadistas, engenheiros e<br />

outros profissionais <strong>da</strong> área”, afirmou.<br />

A opinião é reforça<strong>da</strong> pelo presidente <strong>da</strong><br />

Câmara <strong>da</strong> Indústria <strong>da</strong> Construção, Teo<strong>do</strong>miro<br />

Diniz Camargos. Para ele, o evento<br />

se destacou acima de tu<strong>do</strong> por sua programação<br />

técnica altamente diversifica<strong>da</strong><br />

e discussões relevantes para os profissionais<br />

que integram a cadeia <strong>da</strong> construção<br />

civil. “Além <strong>da</strong>s palestras e debates <strong>da</strong> programação<br />

técnica, a feira apresentou solu-<br />

72<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


ções em praticamente to<strong>da</strong>s as áreas<br />

<strong>da</strong> construção e recebeu um público<br />

bem qualifica<strong>do</strong> durante quatro dias<br />

de intensa troca de conhecimento e<br />

experiências”, disse.<br />

O setor de cerâmica vermelha esteve<br />

fortemente representa<strong>do</strong> na ocasião<br />

por representantes <strong>do</strong> setor. Para o<br />

presidente <strong>do</strong> Sindicer/MG e vice-presidente<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Ralph Perrupato, a<br />

participação <strong>do</strong> setor é de extrema importância<br />

e faz parte de um conjunto<br />

de ações que vêm sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>da</strong>s<br />

desde o início <strong>do</strong> ano para comemorar<br />

os 80 anos <strong>do</strong> Sindicer/MG. “É o<br />

único evento no Brasil que congrega<br />

feira e congresso, envolven<strong>do</strong> to<strong>da</strong><br />

cadeia <strong>da</strong> construção, CREA, CAU, escolas,<br />

universi<strong>da</strong>des, institutos e associações<br />

liga<strong>da</strong>s à engenharia civil<br />

e arquitetura. Como a indústria cerâmica<br />

não tem participa<strong>do</strong> individualmente,<br />

levan<strong>do</strong> a sua marca para os<br />

eventos, cabe ao sindicato divulgar as<br />

excelentes quali<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s produtos<br />

cerâmicos para esse seleto público”,<br />

afirmou Perrupato. Segun<strong>do</strong> ele, o<br />

objetivo foi apresentar as novi<strong>da</strong>des<br />

<strong>do</strong> setor, as principais tendências, os<br />

produtos e as mais modernas soluções,<br />

além de promover a capacitação<br />

profissional a partir de palestras.<br />

O tema foi abor<strong>da</strong><strong>do</strong> na quarta-feira,<br />

19, pelo engenheiro civil Guilherme<br />

Parsekian, que apresentou a palestra<br />

“Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos”<br />

a uma plateia forma<strong>da</strong> por<br />

engenheiros, calculistas, arquitetos e<br />

demais interessa<strong>do</strong>s.<br />

Contan<strong>do</strong> com um espaço no estande<br />

<strong>do</strong> Sindicer/MG, o assessor Técnico<br />

e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> Max Piva,<br />

durante to<strong>do</strong> o evento, pôde tirar dúvi<strong>da</strong>s<br />

<strong>do</strong> público sobre o novo projeto<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> em parceria com o Sebrae.<br />

Intitula<strong>do</strong> “Cerâmica Sustentável é<br />

+ Vi<strong>da</strong>”, o projeto promove a sustentabili<strong>da</strong>de<br />

nas indústrias cerâmicas<br />

através <strong>da</strong> prestação de consultorias<br />

em importantes áreas como eficiência<br />

energética, inovação tecnológica,<br />

ambiental, tratamento de resíduos<br />

sóli<strong>do</strong>s, incorporação de biomassa e<br />

qualificação no PSQ. A participação<br />

<strong>do</strong> setor também foi consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> pela<br />

construção de uma casa cerâmica<br />

feita com blocos estruturais, telhas<br />

cerâmicas, esgoto coleta<strong>do</strong> com tubo<br />

cerâmico e paver cerâmico no piso interno<br />

e externo, para demonstrar van-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 73


FEIRA<br />

tagens como conforto termo acústico, redução<br />

no tempo de obra, no custo e na geração de<br />

resíduos.<br />

Um <strong>do</strong>s momentos mais importantes <strong>do</strong> evento<br />

foi o lançamento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> inédito “A contribuição<br />

econômica e social <strong>da</strong> cadeia produtiva<br />

<strong>da</strong> construção em Minas Gerais”, encomen<strong>da</strong><strong>do</strong><br />

pela Fiemg à Fun<strong>da</strong>ção Getulio Vargas<br />

(FGV). A apresentação <strong>do</strong> material aconteceu<br />

na quinta-feira, 20 de junho, e contou com a<br />

participação <strong>do</strong> presidente <strong>da</strong> Câmara Brasileira<br />

<strong>da</strong> Indústria <strong>da</strong> Construção (CBIC), Paulo Safady<br />

Simão. Entre outros <strong>da</strong><strong>do</strong>s, o <strong>do</strong>cumento<br />

mostrou que a cadeia produtiva <strong>da</strong> construção<br />

Ralph Perrupato e Guilherme Parsekian durante palestra sobre alvenaria estrutural com<br />

blocos cerâmicos.<br />

mineira é responsável por 1,393 milhão de ocupações,<br />

entre emprega<strong>do</strong>s, trabalha<strong>do</strong>res autônomos<br />

e dirigentes, corresponden<strong>do</strong> a 10,8%<br />

<strong>do</strong> total de empregos <strong>da</strong> cadeia produtiva <strong>da</strong><br />

construção <strong>do</strong> país<br />

74<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 75


QUALIFICAÇÃO<br />

De olho na Copa<br />

Fun<strong>da</strong>cer e Sebrae/MT fecham parceria para atendimento tecnológico a cerâmicas <strong>do</strong> Mato Grosso<br />

Por Carlos Cruz<br />

<strong>da</strong> construção civil como cerâmica vermelha, móveis<br />

e construtoras para o desenvolvimento de projetos em<br />

prol <strong>do</strong> setor.<br />

Em parceria com o Sebrae/MT, a Fun<strong>da</strong>ção Nacional <strong>da</strong> Cerâmica –<br />

Fun<strong>da</strong>cer, desenvolveu um projeto para atender às necessi<strong>da</strong>des de<br />

fabricantes de blocos e telhas cerâmicas <strong>da</strong>s regiões de Cuiabá e Várzea<br />

Grande, no esta<strong>do</strong> de Mato Grosso. Ao to<strong>do</strong>, cinco empresas já estão sen<strong>do</strong><br />

atendi<strong>da</strong>s receben<strong>do</strong> a visita <strong>do</strong>s assessores técnicos e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Fun<strong>da</strong>cer para a realização de treinamentos com funcionários e dirigentes<br />

<strong>da</strong>s cerâmicas, meios considera<strong>do</strong>s sistemáticos pela Fun<strong>da</strong>ção para a<br />

implantação de um sistema de Gestão <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de – SGQ visan<strong>do</strong> ao<br />

aumento e à melhoria <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de e à adequação às normas e portarias<br />

vigentes, além de apoiar a qualificação nos Programas Setoriais <strong>da</strong><br />

Quali<strong>da</strong>de.<br />

A iniciativa partiu <strong>do</strong> Sebrae/MT que, ao identificar a necessi<strong>da</strong>de de qualificar<br />

as empresas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> para atender às deman<strong>da</strong>s que estão surgin<strong>do</strong><br />

com a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> de 2014, reuniu as associações <strong>da</strong> cadeia<br />

Segun<strong>do</strong> os responsáveis pelo projeto no Sebrae/MT,<br />

José Valdir Santiago Junior e Ari Vasconcelos, o objetivo<br />

principal é atender às exigências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, reduzin<strong>do</strong><br />

custos e aumentan<strong>do</strong> a produtivi<strong>da</strong>de. “O primeiro<br />

passo é a<strong>do</strong>tar uma filosofia de padronização e atendimento<br />

de quali<strong>da</strong>de ao consumi<strong>do</strong>r que permita reduzir<br />

per<strong>da</strong>s na produção, agregan<strong>do</strong> valor ao produto. Isso<br />

só é possível através <strong>da</strong> capacitação <strong>da</strong> mão de obra,<br />

aperfeiçoan<strong>do</strong> o processo produtivo”, afirmou Vasconcelos.<br />

Para os consultores <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>cer, Edval<strong>do</strong> Maia e<br />

Vagner Oliveira, responsáveis pela realização <strong>da</strong>s visitas<br />

técnicas, os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s são a qualificação <strong>da</strong><br />

mão de obra, a redução <strong>da</strong>s não conformi<strong>da</strong>des e <strong>do</strong>s<br />

desperdícios (recursos humanos, matéria-prima e insumos),<br />

o aumento <strong>da</strong> competitivi<strong>da</strong>de, otimização <strong>do</strong>s<br />

processos produtivos, além <strong>da</strong> qualificação no PSQ.<br />

Para Oliveira, o sucesso <strong>do</strong> projeto só será possível se<br />

houver um ver<strong>da</strong>deiro comprometimento e envolvimento<br />

por parte <strong>do</strong>s gestores <strong>da</strong>s empresas participantes.<br />

“Nosso trabalho será sugerir mu<strong>da</strong>nças, indican<strong>do</strong> melhorias<br />

que possam ser feitas nas cerâmicas. Em contraparti<strong>da</strong>,<br />

o Sebrae/MT disponibilizará os recursos necessários,<br />

como, por exemplo, ceder espaço físico para<br />

a realização de treinamentos de mão de obra. Mas se o<br />

empresário não estiver disposto a mu<strong>da</strong>r, nosso trabalho<br />

será em vão”, advertiu o assessor.<br />

Diante <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> poder de consumo <strong>da</strong>s classes<br />

de baixa ren<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s facili<strong>da</strong>des de acesso ao crédito e<br />

76<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


de programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vi<strong>da</strong> 2 (MCMV2), o<br />

setor <strong>da</strong> construção civil vem atravessan<strong>do</strong> nos últimos anos um momento<br />

de muito otimismo por parte de empresários e consumi<strong>do</strong>res, conforme<br />

mostram os indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> governo. “Segun<strong>do</strong> a Caixa Econômica Federal,<br />

o programa Minha Casa Minha Vi<strong>da</strong> 2 pretende construir 2 milhões de casas<br />

e apartamentos até 2014. Por isso, precisamos aumentar o número de<br />

cerâmicas qualifica<strong>da</strong>s nos Programas Setoriais <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de, <strong>do</strong> Programa<br />

Brasileiro de Quali<strong>da</strong>de e Produtivi<strong>da</strong>de no Habitat, <strong>do</strong> Governo Federal, para<br />

atendermos à deman<strong>da</strong> e nos tornarmos mais competitivos”, lembrou Maia.<br />

As empresas que participam <strong>do</strong> projeto são as cerâmicas Rainha <strong>da</strong> Paz,<br />

Monte Carmelo, Santa Terezinha, São Bento de Cuiabá e Ouro Preto. Juntas,<br />

elas passarão por um plano de ações dividi<strong>do</strong> em fases de diagnóstico,<br />

emissão de relatório, instalação de laboratório interno de controle de produtos,<br />

planejamento e treinamento de mão de obra e gestores. Maia explica<br />

que o número reduzi<strong>do</strong> de empresas atendi<strong>da</strong>s se deve ao fato <strong>do</strong> projeto<br />

abraçar também outros segmentos e suas respectivas empresas.<br />

Ao to<strong>do</strong>, ca<strong>da</strong> cerâmica receberá 64 horas de consultoria, dividi<strong>da</strong>s em oito<br />

visitas mais a emissão <strong>do</strong> relatório. As ativi<strong>da</strong>des estão previstas para terminar<br />

em novembro deste ano<br />

Ari Vasconcelos, <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Desenvolvimento Setorial –<br />

Indústria, <strong>do</strong> Sebrae/MT<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 77


COLUNA DA QUALIDADE<br />

Novo selo sustentável<br />

A <strong>Anicer</strong> recebeu no dia 18 de julho a visita<br />

de representantes <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Vanzolini<br />

para conhecer o novo selo de identi<strong>da</strong>de<br />

ambiental <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção, o RGMAT.<br />

Desenvolvi<strong>do</strong> para caracterizar materiais<br />

sustentáveis, o selo visa demonstrar o<br />

desempenho ambiental <strong>do</strong>s materiais de<br />

construção, por meio <strong>da</strong> declaração ambiental<br />

<strong>do</strong> produto, basea<strong>do</strong> na ACV, que<br />

inclui o consumo de recursos naturais,<br />

energia, água, emissão de gases, resíduos<br />

sóli<strong>do</strong>s e líqui<strong>do</strong>s ou substâncias tóxicas,<br />

e abrange desde a extração mineral,<br />

produção, transporte, montagem, utilização,<br />

manutenção e desconstrução até a<br />

reutilização ou a reciclagem.<br />

Oportuni<strong>da</strong>des em<br />

Jacobina/BA<br />

O seminário Oportuni<strong>da</strong>des e Desafios<br />

para a Construção Civil foi realiza<strong>do</strong> no<br />

dia 24 de julho, na ci<strong>da</strong>de de Jacobina,<br />

na Bahia, com apoio <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong> Sindicer/BA.<br />

A programação foi composta<br />

por três palestras: Normas de Desempenho<br />

<strong>da</strong> Construção Civil e o projeto Cerâmica<br />

Sustentável é + Vi<strong>da</strong>, apresenta<strong>da</strong><br />

pelo assessor Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

<strong>Anicer</strong>, Antônio Carlos Pimenta; Características<br />

<strong>do</strong> Bloco Cerâmico conforme<br />

a Norma 15270, apresenta<strong>da</strong> pelo engenheiro<br />

civil <strong>do</strong> Senai, Francisco Raimun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Nascimento; e o Cenário <strong>da</strong> Construção<br />

Civil e Formas de Financiamentos,<br />

apresenta<strong>da</strong> pelo gerente <strong>da</strong> Caixa Econômica<br />

Federal, Antônio Souza de Deus.<br />

Café tecnológico em MS<br />

O assessor Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

<strong>Anicer</strong>, Vagner Oliveira, participou, no dia<br />

11 de julho, de um café <strong>da</strong> manhã promovi<strong>do</strong><br />

pela <strong>Anicer</strong>, em parceria com o<br />

Sebrae e o Sindicer/MS, para apresentar,<br />

aos ceramistas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, projetos <strong>da</strong><br />

Associação como os PSQs de Blocos e<br />

Telhas Cerâmicas, o <strong>Anicer</strong> na Sua Empresa<br />

(ANSE), o Conheça o Seu Produto<br />

pela Avaliação <strong>da</strong> Conformi<strong>da</strong>de (CSP) e<br />

o “Cerâmica Sustentável é + Vi<strong>da</strong>”, novo<br />

projeto desenvolvi<strong>do</strong> em parceria com o<br />

Sebrae. Representan<strong>do</strong> o presidente <strong>do</strong><br />

Sindicer/MS, o diretor <strong>da</strong> Área de Pisos<br />

Cerâmicos <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Luiz Cláudio Fornari,<br />

falou sobre o papel importante <strong>da</strong><br />

Associação Nacional e <strong>da</strong>s conquistas<br />

realiza<strong>da</strong>s para as cerâmicas no Brasil.<br />

Um bom princípio no RS<br />

As cerâmicas Pauluzzi, Kaspary, João<br />

Vogel e Construhoor, localiza<strong>da</strong>s no município<br />

de Bom Princípio (RS), receberam,<br />

no dia 26 de julho, a visita <strong>do</strong> assessor<br />

Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Max<br />

Piva. Segun<strong>do</strong> o assessor, o objetivo foi<br />

conhecer os sistemas produtivos e as<br />

novas tecnologias emprega<strong>da</strong>s nessas<br />

empresas, além de apresentar o “Cerâmica<br />

Sustentável é + Vi<strong>da</strong>”, que oferece<br />

consultorias nas áreas de inovação<br />

tecnológica, eficiência energética, ambiental,<br />

tratamento de resíduos sóli<strong>do</strong>s,<br />

geração de créditos de carbono e qualificação<br />

nos PSQs.<br />

Reunião de trabalho em GO<br />

A Associação <strong>do</strong>s Ceramistas <strong>do</strong> Norte<br />

de Goiás (Asceno – GO) realizou, no dia<br />

23 de julho, uma reunião extraordinária de<br />

trabalho para instalação <strong>do</strong>s laboratórios<br />

fixo e móvel e aplicação <strong>do</strong> curso de formação<br />

e qualificação profissional. O assessor<br />

Técnico e <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>,<br />

Edval<strong>do</strong> Maia, participou <strong>do</strong> evento apresentan<strong>do</strong><br />

o “Cerâmica Sustentável é +<br />

Vi<strong>da</strong>”, novo projeto <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> em parceria<br />

com o Sebrae que promove a sustentabili<strong>da</strong>de<br />

nas micro e pequenas empresas<br />

<strong>do</strong> setor através de consultorias<br />

78<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 79


80<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Merca<strong>do</strong><br />

e inovação<br />

Cobogós <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong><br />

O projeto, premia<strong>do</strong> pelo Sebrae/MG, apresenta<br />

uma linha de novos padrões para cobogós e busca<br />

resgatar uma técnica arquitetônica amplamente<br />

utiliza<strong>da</strong> no Brasil nas déca<strong>da</strong>s de 50 e 60 e<br />

também valorizar, através <strong>da</strong> retratação de seus<br />

elementos formais, o segun<strong>do</strong> maior bioma<br />

brasileiro: o Cerra<strong>do</strong>. As peças foram destina<strong>da</strong>s<br />

à produção em cerâmica vermelha <strong>do</strong> Arranjo<br />

Produtivo Local de Ituiutaba.<br />

Birdhouses<br />

Ideia desenvolvi<strong>da</strong> pelo designer<br />

holandês Klaas Kuiken, a casa é uma<br />

telha modela<strong>da</strong> em cerâmica com<br />

encaixes para ser fixa<strong>da</strong> nos telha<strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong>s casas e contém um cesto<br />

removível para aju<strong>da</strong>r na manutenção<br />

após a época de acasalamento.<br />

Cube & Line Brick Patterns<br />

Cria<strong>do</strong> por Ben Oostrum & Rob Bonneur<br />

(<strong>da</strong> VVLFB Architects) e produzi<strong>do</strong> pela<br />

empresa Wienerberger, o “Tijolo Cube” e<br />

“Tijolo em linha Horizontal”, estimula o<br />

desenvolvimento técnico e artístico <strong>da</strong><br />

fabricação e aplicação de tijolos como<br />

material de construção. O tijolo Horizontal<br />

Line possui uma articulação horizontal extra<br />

ao longo <strong>do</strong> comprimento total. Durante a<br />

aplicação, a imagem é cria<strong>da</strong> de um tijolo<br />

plano, enquanto não difere <strong>da</strong> pedra de<br />

tamanho padrão. Já o tijolo cubo tem uma<br />

forma de base hexagonal, com articulações<br />

que acentuam os contornos <strong>do</strong> cubo<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 81


Social<br />

4<br />

1<br />

5<br />

2<br />

6<br />

01, 02 e 03 – Ceramista recebe aula de frevo nos preparativos <strong>do</strong><br />

Encontro Nacional em Recife.<br />

04 – Rosangela Silva, Maximo Bernini, Flavio Bonato e Ronni<br />

Caleffi, <strong>da</strong>s empresas Bernini e Sacmi, posam com a bailarina<br />

pernambucana, divulga<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Encontro, Josy Caxia<strong>do</strong>.<br />

05 – Carol Camargo (Verdés), Thiago Santos (Kromaq), Nelson<br />

Faria (Brasenic), Moara Spin<strong>do</strong>la (Novacer), Antonio Pimenta<br />

(<strong>Anicer</strong>), Juliana Nunes (Novacer) e Josy Caxia<strong>do</strong>.<br />

82<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº 82<br />

3<br />

06 – José Luiz Botti e Shederson, <strong>da</strong> RF Isolamentos, durante a<br />

Expocer 2013, em Curitiba.


8<br />

7<br />

7<br />

9<br />

10<br />

07 – Dançarina de frevo Josy Caxia<strong>do</strong> posa para foto com filhos<br />

de ceramistas.<br />

08 – Encontro de ex-presidentes: durante seminário sobre a NR<br />

12, em Porto Alegre/RS, Luis Lima posa para foto com Nelson Ely<br />

Filho, que presidiu a Associação entre 1996 e 2001.<br />

09– Francisco Xavier (Cerâmica Salema), Eduar<strong>do</strong> Mário Melro<br />

(Cerâmica Camaragibe) e Stella Tole<strong>do</strong> Cabral (Cerâmica <strong>do</strong><br />

Agreste).<br />

11<br />

10 – Antônio Pimenta (<strong>Anicer</strong>), Juan Roberto Germano (Cerâmica<br />

Pauluzzi) e Daniel Wosniak (Sindicer/PR), durante a Expocer 2013,<br />

em Curitiba/PR.<br />

11 – Ao centro, Tulio Almei<strong>da</strong> (Cerâmica Rio Macha<strong>do</strong>) e Osval<strong>do</strong><br />

Rosalino (Cerâmica Rosalino), posam com colabora<strong>do</strong>res durante<br />

seminário <strong>da</strong> NR12 em Cacoal/RO.<br />

12 – Representantes <strong>da</strong> Cerâmica Portuguesa, durante seminário<br />

sobre a NR12 em Cacoal/RO.<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº 82<br />

<strong>83</strong>


NOTÍCIAS DA ANICER<br />

Enti<strong>da</strong>des <strong>do</strong> PSQ de blocos e<br />

telhas cerâmicas se reúnem no Rio<br />

<strong>Anicer</strong>, INT, WayCarbon e BNB<br />

voltam a se reunir no Rio<br />

As enti<strong>da</strong>des Gestora Técnica (Senai) e Mantene<strong>do</strong>ra (<strong>Anicer</strong>) <strong>do</strong> PSQ de blocos<br />

e telhas cerâmicas se reuniram no dia 8 de agosto no Rio de Janeiro para<br />

analisar resulta<strong>do</strong>s e aprimorar constantemente o trabalho. Segun<strong>do</strong> Sandra<br />

de Carvalho, coordena<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, houve uma alta adesão de empresas<br />

interessa<strong>da</strong>s em se qualificar no PSQ nos últimos meses, o que aumentou<br />

o volume de trabalho e trouxe a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> abertura de novos postos,<br />

inclusive para a intensificação <strong>da</strong>s ações de combate a não conformi<strong>da</strong>de<br />

intencional. Também participaram <strong>da</strong> reunião o presidente <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Cesar<br />

Gonçalves, e o gerente Técnico Bruno Frasson; a gerente Executiva <strong>do</strong> Senai<br />

Daniele Pereira, a gerente de Operações Regional Ana Cristina Carvalho e o<br />

analista de Serviços Tecnológicos Silvério Kopke.<br />

Após reunião no mês de maio na sede <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> entre<br />

membros <strong>da</strong> Associação, <strong>do</strong> INT e <strong>da</strong> WayCarbon, o grupo<br />

voltou a se reunir no dia 8 de julho, no Rio de Janeiro,<br />

agora com a presença <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Nordeste, para analisar<br />

possíveis soluções para os entraves enfrenta<strong>do</strong>s<br />

pelos ceramistas na gestão de seus negócios. O objetivo<br />

<strong>do</strong> grupo é montar um escritório de apoio técnico às<br />

indústrias cerâmicas, ten<strong>do</strong> como piloto inicialmente as<br />

regiões: Nordeste, Norte de Minas Gerais e Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo. A ação conta com o apoio <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Clima,<br />

fruto de parceria entre o Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente e<br />

<strong>do</strong> Banco Mundial.<br />

Inmetro responde<br />

Uma reunião entre representantes <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> e <strong>do</strong> Inmetro<br />

definiu uma parceria entre as duas enti<strong>da</strong>des<br />

para a realização de uma importante ação durante<br />

o 42º Encontro Nacional <strong>da</strong> Indústria de Cerâmica<br />

Vermelha. Segun<strong>do</strong> informações <strong>da</strong> diretoria <strong>da</strong><br />

<strong>Anicer</strong>, o Inmetro terá um estande na 16ª Expoanicer<br />

para tirar dúvi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s participantes sobre os mais<br />

diversos temas, além de realizar workshops sobre as<br />

portarias nº 5, que trata de telhas; nº 16, que trata de<br />

componentes cerâmicos e que será substituí<strong>da</strong> pela<br />

nº 132; e nº 658, que trata de certificação. Participaram<br />

<strong>da</strong> reunião o diretor executivo de comunicação<br />

<strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Ricar<strong>do</strong> Kelsch; Pedro Henrique Pereira<br />

Costa e Roberta de Freitas Chamusca, <strong>do</strong> Inmetro; e<br />

o gerente Técnico Bruno Frasson, <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>.<br />

NR 12: de norte a sul<br />

A <strong>Anicer</strong> realizou, nos meses de julho e agosto, mais <strong>do</strong>is seminários sobre a<br />

NR 12, que dispõe sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.<br />

Com o apoio <strong>do</strong>s sindicatos <strong>do</strong> setor de cerâmica vermelha <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s pertencentes<br />

às regiões Norte e Sul <strong>do</strong> país, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego<br />

(MTE) e <strong>da</strong> Confederação Nacional <strong>da</strong> Indústria (CNI), os seminários aconteceram<br />

no dia 25 de julho em Porto Alegre (RS) e no dia 2 de agosto em Cacoal<br />

(RO), reunin<strong>do</strong> ceramistas e representantes de empresas fabricantes de<br />

máquinas e equipamentos. A iniciativa é parte de um projeto <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> para a<br />

realização de eventos em to<strong>da</strong>s as regiões <strong>do</strong> país com o objetivo de apresentar<br />

as alterações no texto <strong>da</strong> Norma Regulamenta<strong>do</strong>ra nº 12 a to<strong>da</strong> a cadeira produtiva<br />

<strong>da</strong> cerâmica vermelha. O assunto também será abor<strong>da</strong><strong>do</strong> em uma <strong>da</strong>s<br />

clínicas <strong>do</strong> 42º Encontro Nacional. Com o título “NR 12: como atender à norma<br />

de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos”, a clínica será apresenta<strong>da</strong><br />

pelos especialistas Hildeberto Nobre, <strong>do</strong> MTE, e Clovis Veloso, <strong>da</strong> CNI.<br />

84<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


Novos associa<strong>do</strong>s<br />

Nos meses de julho e agosto, seis novas empresas se juntaram<br />

ao grupo de associa<strong>do</strong>s à <strong>Anicer</strong>, enriquecen<strong>do</strong> a maior<br />

comuni<strong>da</strong>de cerâmica <strong>do</strong> Brasil. São elas:<br />

Cerâmica Longa (PI)<br />

Lara Indústria e Comércio de Materiais (SP)<br />

Cerâmica Camaragibe (AL)<br />

Cerâmica Santo Antônio (GO)<br />

Cerâmica Luciano (RN)<br />

Cerâmica Jenipapo (PI)<br />

Cerâmica Sustentável é + Vi<strong>da</strong><br />

A <strong>Anicer</strong> e o Sebrae se reuniram<br />

no dia 2 de agosto, no Rio de Janeiro,<br />

para alinhar procedimentos<br />

na execução <strong>do</strong> projeto Cerâmica<br />

Sustentável é + Vi<strong>da</strong>. Entre os pontos<br />

propostos, ficou decidi<strong>do</strong> que<br />

o grupo realizará um balanço <strong>do</strong>s<br />

trabalhos a ca<strong>da</strong> <strong>do</strong>is meses. A estruturação<br />

<strong>do</strong> projeto no SIGEOR<br />

(Sistema de Informação <strong>da</strong> Gestão<br />

Estratégica Orienta<strong>da</strong> para Resulta<strong>do</strong>s) também foi assunto em<br />

Nota de pesar<br />

É com grande pesar que a diretoria e os colabora<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />

<strong>Anicer</strong> vêm prestar seus sentimentos aos familiares, amigos<br />

e companheiros de trabalho de Gerson Bertan, <strong>da</strong> Natreb.<br />

Nossa cordial soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de a este grande empresário<br />

pauta. Renato Perlingueiro, <strong>da</strong> carteira de Cerâmica Vermelha <strong>do</strong><br />

Sebrae, é o gestor <strong>do</strong> projeto no Serviço e conduziu o encontro.<br />

Também participaram <strong>da</strong> reunião o diretor executivo <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong>, Ricar<strong>do</strong><br />

Kelsch; a coordena<strong>do</strong>ra, Sandra Carvalho; a gerente de Meio<br />

Ambiente, Fernan<strong>da</strong> Duarte; o gerente técnico, Bruno Frasson; e a<br />

gestora <strong>do</strong> Financeiro, Elaine Araújo.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong> 85


Eventos<br />

FEICON BATIMAT NORDESTE<br />

Local: Centro de Convenções de<br />

Pernambuco – Recife/PE<br />

Data: 26/09 a 28/09<br />

Com 21 anos de existência, a Feicon Batimat<br />

é o evento mais completo no setor,<br />

pois reúne to<strong>do</strong>s os grandes líderes <strong>do</strong><br />

segmento em uma exclusiva exposição<br />

de produtos e serviços para to<strong>do</strong>s os<br />

setores <strong>do</strong> ramo. Agora, esse grande<br />

evento chega ao Nordeste, um <strong>do</strong>s<br />

maiores centros nacionais de progresso<br />

e oportuni<strong>da</strong>des. São inúmeras possibili<strong>da</strong>des<br />

de negócios e inovações reuni<strong>da</strong>s<br />

num só espaço, na região brasileira que<br />

cresce mais a ca<strong>da</strong> ano.<br />

www.feiconne.com.br<br />

85º ENIC<br />

Local: Centro de Eventos <strong>do</strong> Ceará –<br />

Fortaleza/CE<br />

Data: 02/10 a 04/10<br />

Está é a terceira vez que a capital cearense<br />

sedia o evento, único que une to<strong>da</strong> a cadeia<br />

<strong>do</strong> segmento para discutir e interagir os<br />

caminhos <strong>do</strong> setor. Com o lema “O futuro<br />

que vamos construir juntos”, a iniciativa deve<br />

reunir os principais players <strong>da</strong> Construção<br />

Civil, soman<strong>do</strong> mais de 1.500 participantes.<br />

Na ocasião, serão abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s temas liga<strong>do</strong>s<br />

às comissões de relações trabalhistas,<br />

imobiliária, obras públicas, privatizações e<br />

concessões, materiais, tecnologia, quali<strong>da</strong>de<br />

e produtivi<strong>da</strong>de, meio ambiente, ação social<br />

e ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

www.montebelloeventos.com.br/expocer/<br />

X SEMINÁRIO DE APL DE BASE<br />

MINERAL<br />

Local: Vitória/ES<br />

Data: 05/11 a 07/11<br />

O encontro tem como objetivo oferecer suporte<br />

técnico e gerencial, apoiar e fomentar<br />

as boas práticas ambientais, sociais e econômicas<br />

<strong>do</strong>s produtores minerais organiza<strong>do</strong>s<br />

em APLs, disseminar os conhecimentos<br />

tecnológicos, o Plano de Desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> Rede, as competências e os trabalhos<br />

em an<strong>da</strong>mento de ca<strong>da</strong> grupo de discussão<br />

e setorial, ten<strong>do</strong> os participantes a oportuni<strong>da</strong>de<br />

de apresentar sugestões, propostas e<br />

planos para o desenvolvimento de Arranjos<br />

Produtivos Locais de Base Mineral e <strong>da</strong><br />

RedeAPLmineral.<br />

www.redeaplmineral.org.br<br />

86<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>


25 a 28 de outubro de 2013<br />

EM OUTUBRO O MAIOR EVENTO<br />

DO SETOR ESPERA POR VOCÊ!<br />

Clínicas<br />

Tecnológicas<br />

Fóruns 16ª Expoanicer Visitas Técnicas<br />

Prêmio<br />

João-de-Barro<br />

Faça até 20/09 a sua inscrição e concorra a passeios<br />

em Porto de Galinhas com acompanhante.<br />

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www.anicer.com.br/encontro42<br />

Twitter: @encontroanicer<br />

E-mail: encontro@anicer.com.br<br />

Encontro: +55 (21) 2262-0532<br />

<strong>Anicer</strong>: +55 (21) 2524-0128


NONONONONONNNOONO<br />

Os blocos cerâmicos aju<strong>da</strong>m a proteger<br />

o planeta <strong>do</strong> aquecimento global<br />

Os gases emiti<strong>do</strong>s pelos produtos<br />

que consumimos podem provocar,<br />

a longo prazo, o aquecimento <strong>do</strong><br />

planeta. Assista ao vídeo e descubra<br />

como os produtos cerâmicos<br />

reduzem em mais <strong>da</strong> metade a<br />

emissão de CO 2 , em comparação<br />

aos produtos de concreto.<br />

Assista aos vídeos sobre esse e outros temas em nosso blog:<br />

www.acasa<strong>da</strong>minhavi<strong>da</strong>.blog.br<br />

88<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>Anicer</strong> | nº <strong>83</strong>

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