ATLAS MUNICIPAL DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO A elaboração <strong>do</strong>s <strong>Atlas</strong> Municipais <strong>de</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> tem como finalida<strong>de</strong> tornar disponíveis, aos municípios da Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo (RMSP), as informações produzidas pela Empresa Paulista <strong>de</strong> Planejamento Metropolitano S/A (<strong>Emplasa</strong>) no âmbito <strong>do</strong> Projeto Mapa <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> da RMSP. Cada <strong>Atlas</strong> é composto por pranchas representan<strong>do</strong> um município da RMSP e seu entorno. Historicamente, a <strong>Emplasa</strong> produziu mapas <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo para os anos <strong>de</strong> 1974, 1977, 1980, 1987 e 1994 e, recentemente, em formato digital, para o ano <strong>de</strong> 2002, principalmente por meio da interpretação <strong>de</strong> imagens <strong>do</strong> satélite Ikonos. Este acervo tem subsidia<strong>do</strong> ações <strong>de</strong> diferentes agentes na Região Metropolitana, sejam eles governamentais ou priva<strong>do</strong>s. A geração <strong>do</strong> mapeamento em meio digital, base para a elaboração <strong>do</strong>s <strong>Atlas</strong>, foi um trabalho realiza<strong>do</strong> com recursos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos (Fehidro) e da <strong>Emplasa</strong>, contan<strong>do</strong> também com o apoio <strong>de</strong> órgãos estaduais e prefeituras municipais. O Termo <strong>de</strong> Referência para a execução <strong>do</strong> Mapeamento <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> da RMSP foi elabora<strong>do</strong> por um Grupo <strong>de</strong> Trabalho cria<strong>do</strong> pela Câmara Técnica <strong>de</strong> Planejamento <strong>do</strong> Comitê da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Alto Tietê, constituí<strong>do</strong> por representantes <strong>de</strong> órgãos estaduais, municipais e da socieda<strong>de</strong> civil, <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um universo amplo <strong>de</strong> usuários. Ao se consi<strong>de</strong>rar a finalida<strong>de</strong>, as fontes <strong>de</strong> informação e os recursos disponíveis para a execução <strong>do</strong> mapeamento, <strong>de</strong>finiu-se que a escala <strong>de</strong> 1:25.000 seria a mais a<strong>de</strong>quada, sen<strong>do</strong> estabelecida a seguinte legenda <strong>de</strong> classificação: • Área urbanizada: Áreas arruadas e efetivamente ocupadas por usos resi<strong>de</strong>ncial, comercial e <strong>de</strong> serviços, caracterizadas por ruas e edificações. Foram mapea<strong>do</strong>s como área urbanizada as quadras parcial e completamente ocupadas, con<strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> prédios construí<strong>do</strong>s e em construção, garagens <strong>de</strong> ônibus, supermerca<strong>do</strong>s, postos <strong>de</strong> gasolina, shopping centers, etc. • Favela: Conjunto <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s habitacionais e sub-habitacionais (barracos, casas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou alvenaria), sem i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> lotes, dispostas, via <strong>de</strong> regra, <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e <strong>de</strong>nsa. O sistema viário é constituí<strong>do</strong> por vias <strong>de</strong> circulação estreitas e <strong>de</strong> alinhamento irregular. As favelas que passaram por processo <strong>de</strong> urbanização foram incluídas como área urbanizada. • Indústria: Edificações ou aglomera<strong>do</strong>s <strong>de</strong> instalações caracteriza<strong>do</strong>s pela presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s edificações e pátios <strong>de</strong> estacionamento localiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro ou fora <strong>de</strong> área urbanizada, especialmente ao longo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eixos viários. Também foram mapeadas como indústria as olarias. • Equipamento urbano: Área ocupada por estabelecimentos, espaços ou instalações <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à educação, saú<strong>de</strong>, lazer, cultura, assistência social, culto religioso ou administração pública, além <strong>de</strong> outras ativida<strong>de</strong>s que tenham ligação direta, funcional ou espacial com uso resi<strong>de</strong>ncial. A vegetação foi i<strong>de</strong>ntificada conforme o tipo, não sen<strong>do</strong> quantificada como área na classe Equipamento Urbano. • Aterro sanitário: Área <strong>de</strong> “disposição final <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos no solo, através <strong>de</strong> confinamento em camadas cobertas com material inerte, geralmente solo, segun<strong>do</strong> normas específicas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a evitar danos ou riscos à saú<strong>de</strong> e à segurança, minimizan<strong>do</strong> os impactos ambientais.” (ABNT, 1989). • Lixão: Áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s a céu aberto, sem nenhum tratamento. • Reservatório <strong>de</strong> retenção: Reservatório <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> cheias com saídas nãoreguláveis (ANEEL & OMM, 1999). • Chácara: Chácaras isoladas e loteamentos <strong>de</strong> chácaras <strong>de</strong> lazer ou <strong>de</strong> uso resi<strong>de</strong>ncial e se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sítios que se encontram, notadamente, ao longo das estradas vicinais. Formam um conjunto <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s menores, com certa regularida<strong>de</strong> no terreno, e são i<strong>de</strong>ntificadas pela presença <strong>de</strong> pomares, hortas, solo prepara<strong>do</strong> para plantio, lagoas, bosques, quadras <strong>de</strong> esportes, piscinas etc. As áreas <strong>de</strong> horta e pomar foram englobadas nesta categoria quan<strong>do</strong> apresentavam características <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> subsistência. • Loteamento <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>: Áreas arruadas com até 10% <strong>de</strong> ocupação, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> estar localizadas <strong>de</strong>ntro da área urbanizada, na periferia ou isoladas. É caracteriza<strong>do</strong> necessariamente por um conjunto <strong>de</strong> arruamentos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser geométrico ou irregular, sobre solo com ou sem cobertura vegetal. • Ro<strong>do</strong>via: Áreas <strong>de</strong> ro<strong>do</strong>vias com faixa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> largura superior a 25 m. • Mineração: Áreas <strong>de</strong> extração mineral e seu entorno (movimento <strong>de</strong> terra, cavas e edificações) que sofrem ou sofreram efeito <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> na RMSP realizada a céu aberto para praticamente to<strong>do</strong>s os minérios explora<strong>do</strong>s. Caracteriza-se pela remoção da cobertura vegetal e corte <strong>de</strong> relevo. Foram incluídas nesta classe áreas <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong>sativadas que ainda apresentam características <strong>de</strong> área <strong>de</strong> exploração mineral. • Movimento <strong>de</strong> terra: Áreas que sofreram terraplenagem, apresentan<strong>do</strong> solo exposto pela remoção da cobertura vegetal e movimentação <strong>de</strong> solo. • Hortifrutigranjeiro: Áreas <strong>de</strong> cultura perene ou anual, horticultura, granja e piscicultura, <strong>de</strong>finidas a seguir: • Culturas – Áreas ocupadas por espécies frutíferas (árvores ou arbustos) e culturas como arroz, trigo, milho, forrageiras, cana-<strong>de</strong>-açúcar, etc; • Horticultura – “Áreas <strong>de</strong> cultivo intensivo <strong>de</strong> hortaliças e flores, plantadas continuamente nos mesmos terrenos.” (KELLER, 1969); • Granjas – Instalações para criação <strong>de</strong> aves e produção <strong>de</strong> ovos; • Piscicultura / Pesqueiro – Instalações para criação <strong>de</strong> peixes. • Reflorestamento: Formações arbóreas e homogêneas, cultivadas pelo homem com fim basicamente econômico, haven<strong>do</strong>, na RMSP, pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> eucalipto e pinus. • <strong>Solo</strong> exposto: <strong>Solo</strong> prepara<strong>do</strong> para cultivo e áreas que se encontram sem cobertura vegetal, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ação <strong>de</strong> processos erosivos. • Mata: “Vegetação constituída por árvores <strong>de</strong> porte superior a 5 metros, cujas copas se toquem (no tipo mais <strong>de</strong>nso) ou propiciem uma cobertura <strong>de</strong> pelo menos 40% (nos tipos mais abertos)” (Unesco, 1973). No caso <strong>de</strong> formações secundárias, não completamente evoluídas, o porte das árvores po<strong>de</strong> ser inferior a 5 metros, ten<strong>do</strong> estes elementos, porém, apenas um tronco (árvores e não arbustos). Tabela 1 – Áreas absolutas e relativas das classes <strong>de</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> por município • Capoeira: “Vegetação secundária que suce<strong>de</strong> à <strong>de</strong>rrubada das florestas, constituída sobretu<strong>do</strong> por indivíduos lenhosos <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> crescimento, na maioria, da floresta anterior, e por espécies espontâneas que inva<strong>de</strong>m as áreas <strong>de</strong>vastadas, apresentan<strong>do</strong> porte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> arbustivo até arbóreo, porém com árvores finas e compactamente dispostas.” (SERRA Fº. et al., 1975). • Campo: Vegetação caracterizada, principalmente, pela presença <strong>de</strong> gramíneas, cuja altura, geralmente, varia <strong>de</strong> 10 a 15 cm, aproximadamente, constituin<strong>do</strong> uma cobertura que po<strong>de</strong> ser quase contínua ou se apresentar sob a forma <strong>de</strong> tufos, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>, nesse caso, alguns trechos <strong>de</strong> solo a <strong>de</strong>scoberto. Espaçadamente, po<strong>de</strong>m ocorrer pequenos subarbustos e raramente arbustos (ROMARIZ, 1974). Áreas <strong>de</strong> pastagem são incluídas nesta classe. • Vegetação <strong>de</strong> várzea: “Vegetação <strong>de</strong> composição variável que sofre influência <strong>do</strong>s rios, estan<strong>do</strong> sujeita a inundações periódicas, na época das chuvas” (Unesco, 1973). As vegetações arbóreas localizadas nas áreas <strong>de</strong> várzea foram classificadas como Mata e Capoeira. • Outro uso: Áreas que não se enquadram nos padrões acima <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, tais como: comércio e serviço ao longo das estradas ou isola<strong>do</strong>s (Ex.: restaurante, posto <strong>de</strong> gasolina, revenda <strong>de</strong> automóvel, motel, hotel, haras, se<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperativa, estação experimental etc.). Foram também incluí<strong>do</strong>s os movimentos <strong>de</strong> terra, com construções em andamento sem i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> uso, localiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro ou fora da área urbanizada. Com a utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informações Geográficas (SIG) sobre o banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mapeamento, as classes <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo foram analisadas em relação às seguintes unida<strong>de</strong>s: Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo, Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Alto Tietê, Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais e municípios. Os resulta<strong>do</strong>s estão consolida<strong>do</strong>s em uma série <strong>de</strong> produtos, disponíveis para consulta e aquisição na <strong>Emplasa</strong>. Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong>s valores das áreas calculadas, sintetizadas no Gráfico 1 e na Tabela 1, e também <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da distribuição espacial <strong>de</strong> cada uma das categorias <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo na RMSP, algumas constatações, assinaladas a seguir, merecem <strong>de</strong>staque e po<strong>de</strong>rão ser visualizadas nas pranchas contidas nesta publicação. <strong>Uso</strong> Urbano Constituída pelas classes “Área urbanizada”, “Favela”, “Loteamento <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>”, “Chácara” (foram excluí<strong>do</strong>s 52,05 km 2 relativos às chácaras isoladas), “Indústria”, “Ro<strong>do</strong>via”, “Equipamento urbano”, “Reservatório <strong>de</strong> retenção”, “Aterro sanitário”, “Lixão” e “Movimento <strong>de</strong> Terra”, representa 27,79% (2.208,90 km 2 ) da área total da RMSP (7.947,17 km 2 ). Uma gran<strong>de</strong> área conurbada <strong>de</strong>ssa mancha esten<strong>de</strong>-se por 80 km no senti<strong>do</strong> oeste / leste – <strong>de</strong> Carapicuíba a Mogi das Cruzes – e por aproximadamente 40 km no senti<strong>do</strong> norte / sul –, <strong>de</strong> Perus a Grajaú, no <strong>Município</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Abrange, <strong>de</strong> forma contínua, áreas <strong>de</strong> 18 municípios: São Paulo ao centro; Dia<strong>de</strong>ma, Santo André, São Caetano <strong>do</strong> 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2.723,33 Mata Área Urbanizada 1.223,40 1.049,42 Campo 685,84 Reflorestamento 597,35 Capoeira 503,23 Chácara Hortifrutigranjeiro 243,13 220,44 192,64 Espelho D'água Indústria Equipamento Urbano 138,37 126,80 Vegetação <strong>de</strong> Várzea Movimento <strong>de</strong> Terra / <strong>Solo</strong> Exposto 69,46 60,67 43,88 35,89 20,82 6,60 4,03 1,22 0,68 Gráfico 1 – Áreas absolutas das classes <strong>de</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> (km 2 ) Sul, São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo e Mauá a su<strong>de</strong>ste; Ferraz <strong>de</strong> Vasconcelos, Poá e Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano a leste; Guarulhos a nor<strong>de</strong>ste; Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira e Itapevi a oeste; e Taboão da Serra a su<strong>do</strong>este. Além <strong>de</strong>stes municípios, totalmente abrangi<strong>do</strong>s ou parcialmente ocupa<strong>do</strong>s pela gran<strong>de</strong> área conurbada, Francisco Morato e Franco da Rocha estão conurba<strong>do</strong>s entre si e separa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Caieiras por um interstício <strong>de</strong> reflorestamento da Companhia Melhoramentos <strong>de</strong> São Paulo. Há ainda os municípios localiza<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s “eixos <strong>de</strong> circulação” ro<strong>do</strong>viários e ferroviários, como Ribeirão Pires (Ferrovia CPTM e Av. Cap. João Ramalho), Itapecerica da Serra e Embu (Régis Bittencourt), Santana <strong>de</strong> Parnaíba (Castelo Branco e Estrada <strong>do</strong>s Romeiros) e Arujá (Dutra), cujas se<strong>de</strong>s ainda não se caracterizam como conurbadas. Ocorrem também nos municípios mais periféricos “manchas urbanas” relativamente pequenas e <strong>de</strong>scontínuas, sen<strong>do</strong> o caso <strong>de</strong> Juquitiba, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Cotia, Vargem Gran<strong>de</strong> Paulista, Pirapora <strong>do</strong> Bom Jesus, Cajamar, Mairiporã, Santa Isabel, Guararema, Salesópolis, Biritiba-Mirim e Rio Gran<strong>de</strong> da Serra. As chácaras representam uma categoria <strong>de</strong> uso da mancha urbana com maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem transformadas em áreas urbanizadas. Estas aparecem distribuídas por toda a periferia da Região Metropolitana, no entorno e em interstícios da gran<strong>de</strong> área conurbada. Estão presentes em quase to<strong>do</strong>s os municípios e são freqüentes também em áreas sob legislação <strong>de</strong> preservação, como a Área <strong>de</strong> Proteção aos Favela Ro<strong>do</strong>via Mineração Loteamento Desocupa<strong>do</strong> Aterro Sanitário Outro <strong>Uso</strong> Reservatório <strong>de</strong> Retenção Lixão Mananciais (APM), com exceção <strong>de</strong> São Caetano <strong>do</strong> Sul, único município da RMSP que se encontra totalmente urbaniza<strong>do</strong>. Vegetação As classes <strong>de</strong> uso que compõem a cobertura vegetal representam 56,59% da RMSP, distribuídas da seguinte forma: • Mata: Esta classe <strong>de</strong>staca-se por sua importância ambiental, inclusive quanto à paisagem, ocupan<strong>do</strong> 34,27% (2 723,33 km 2 ) da área total da RMSP. Desenvolve-se em uma faixa <strong>de</strong>scontínua, acompanhan<strong>do</strong> o reverso imediato da escarpa da Serra <strong>do</strong> Mar e a sua maior extensão ocorre na porção extremo-meridional <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> Juquitiba, São Paulo, Mogi das Cruzes, São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo, Salesópolis e Biritiba Mirim. Como conjuntos ainda significativos, por sua amplitu<strong>de</strong>, citam-se as matas <strong>do</strong> Planalto <strong>de</strong> Caucaia, no município <strong>de</strong> Cotia, a oeste da Região Metropolitana, e da Serra da Cantareira, ao norte <strong>do</strong>s <strong>Município</strong>s <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong> Guarulhos. • Capoeira: Distribuída <strong>de</strong>scontinuamente em to<strong>do</strong>s os municípios, esta classe representa 7,51% da RMSP, ocorren<strong>do</strong> com freqüência nas adjacências das áreas <strong>de</strong> mata, as quais po<strong>de</strong>m vir a recompor o padrão <strong>de</strong> mata, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong> seus estágios e da garantia das condições <strong>de</strong> regeneração. • Campo: As áreas <strong>de</strong>sta classe também merecem <strong>de</strong>staque pelas suas dimensões totais na RMSP (13,20%, ou1 049,42 km 2 ), concentradas a leste / nor<strong>de</strong>ste, mormente nos municípios <strong>de</strong> Guararema, Santa Isabel e Salesópolis. • Vegetação <strong>de</strong> várzea: Os seus 126,80 km 2 (1,59%) estão distribuí<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s principais cursos d´água, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se os Rios Tietê e Embu-Guaçu. <strong>Uso</strong> Não Urbano Dentre os usos agrícolas, consi<strong>de</strong>ram-se os espaços <strong>de</strong> uso por hortifrutigranjeiros, ocupan<strong>do</strong> uma área <strong>de</strong> 243,13 km 2 (3,05%). A maior concentração ocorre na sub-bacia Tietê Cabeceiras, que correspon<strong>de</strong> às mais importantes áreas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutas, legumes e verduras <strong>de</strong> toda a RMSP. Destacam-se como produtores hortifrutigranjeiros os municípios <strong>de</strong> Biritiba-Mirim, Suzano e Mogi das Cruzes, este último concentran<strong>do</strong> a maior parte <strong>de</strong>ssas áreas. A hortifruticultura também se faz presente, com menor intensida<strong>de</strong>, na porção sul <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> São Paulo (Parelheiros) e com maior presença no município <strong>de</strong> Cotia. As áreas <strong>de</strong> reflorestamento ocupam 8,63% (685,84km2) da RMSP, e têm especial representativida<strong>de</strong> nos quadrantes <strong>do</strong> extremo leste (Salesópolis, Mogi das Cruzes, Biritiba Mirim, Guararema e Suzano), noroeste (Cajamar, Franco da Rocha, Pirapora <strong>do</strong> Bom Jesus e Caieiras) e oeste (Pirapora <strong>de</strong> Bom Jesus). As espécies pre<strong>do</strong>minantes são os eucaliptos e o Pinus elioti, ambas cultivadas com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> matéria-prima para a produção <strong>de</strong> papel. Ten<strong>do</strong> em vista uma análise pre<strong>do</strong>minantemente urbana da distribuição espacial das classes <strong>de</strong> uso representadas, é possível estabelecer, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> simples, um indica<strong>do</strong>r relaciona<strong>do</strong> à expansão da “mancha urbana”, representa<strong>do</strong> na prancha “Análise da expansão da ‘mancha urbana’”. Nesta prancha, as classes <strong>de</strong> uso foram agregadas nos grupos indica<strong>do</strong>s abaixo: • Área completamente urbanizada: constituída pelas classes “Área urbanizada”, “Equipamento urbano”, “Favela”, “Indústria”, “Lixão”, “Aterro sanitário” e “Reservatório <strong>de</strong> retenção”; • Área <strong>de</strong> sustentação e apoio ao uso urbano: constituída pelas classes “Mata”, “Capoeira”, “Campo”, “Vegetação <strong>de</strong> várzea”, “Hortifrutigranjeiro” e “Reflorestamento”; • Área <strong>de</strong> possível uso com a expansão e a<strong>de</strong>nsamento urbanos (tendência maior <strong>de</strong> urbanização futura): constituída pelas classes “Mineração”, “Movimento <strong>de</strong> terra”, “<strong>Solo</strong> exposto”, “Chácara” e “Loteamento <strong>de</strong>socupa<strong>do</strong>”. Quan<strong>do</strong> as classes acima indicadas são analisadas em relação à aptidão física ao assentamento urbano na APM (prancha “Aptidão Física ao Assentamento Urbano”), verifica-se que aproximadamente 39% das áreas com maior comprometimento com a expansão urbana (áreas <strong>de</strong> possível uso com a expansão e a<strong>de</strong>nsamento urbano) são classificadas como mais vulneráveis (menos recomendada a ocupação). As porções mais favoráveis, que apresentam topografia suave, e as áreas com restrições localizadas totalizam cerca <strong>de</strong> 30%. Os 31% restantes apresentam topografia <strong>de</strong>sfavorável em áreas <strong>de</strong> encostas, necessitan<strong>do</strong>, portanto, <strong>de</strong> diretrizes rígidas no projeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> empreendimentos. Note-se que, neste caso, são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s apenas os aspectos físicos, sen<strong>do</strong> que as restrições legais po<strong>de</strong>rão reduzir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas favoráveis à ocupação urbana. Também é importante salientar que esta análise foi realizada a partir <strong>do</strong> cruzamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s espaciais <strong>de</strong> aptidão física ao assentamento urbano da RMSP, disponíveis na escala 1:100.000, com os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>Uso</strong> e <strong>Ocupação</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> da RMSP, na escala 1:25.000, sen<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s, portanto, aproxima<strong>do</strong>s. As áreas correspon<strong>de</strong>ntes a espelho d´água, ro<strong>do</strong>via e outro uso não foram consi<strong>de</strong>radas nos cálculos efetua<strong>do</strong>s. A área <strong>de</strong> possível uso com a expansão e a<strong>de</strong>nsamento urbano também se encontra distribuída uniformemente na Região Metropolitana, <strong>de</strong>ntro e fora da Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais. Convém observar que cerca <strong>de</strong> 8,90% da Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais na RMSP é constituída pela classe <strong>de</strong> áreas com gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocupação por usos urbanos. A maior parte está ocupada por chácaras e 5,00% já está completamente urbanizada. Os da<strong>do</strong>s e informações ora apresenta<strong>do</strong>s permitem estabelecer inúmeras análises, constatações e projeções quanto à ocupação <strong>do</strong> território metropolitano. Tais informações, <strong>de</strong> caráter regional, po<strong>de</strong>m ser enriquecidas e <strong>de</strong>talhadas por meio da agregação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e informações no âmbito <strong>de</strong> cada município, sen<strong>do</strong> portanto, um instrumento para favorecer a ampliação das parcerias para o entendimento da problemática metropolitana em contextos regional e local, subsidian<strong>do</strong> ações integradas em diversas esferas <strong>de</strong> atuação. n Retornar Menu
R. DOS PINHEIROS ES T R. DA VA RGEM G RANDE ESTR. DO J A GUARI 7420000 AV. 1 ESTR. ARALU JUAGUAR I ESTR. CORTA RABICHO ESTR. RECANTO ESTR. BOMSUCESSINHO JAGUARI 7417000 ESTR. CANGICAS ESTR. DOS CORREAS ESTR. DA PENHA ESTR. DO RETIRO 7414000 E STR. STA. ISABEL ESTR. DA PA RTEI RA AV. D O B RA SIL Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananc iais AV. LONDRES R. MAJ. BENJAMIN <strong>ARUJÁ</strong> FRANCO AV. DO S EXPEDICIONÁRIOS R. TAVARES ROD. PRES. DUTRA R. BAHIA AV. PROJETADA AV. N. S. DA PE N H A 7411000 ESTR. <strong>ARUJÁ</strong> - BONSUCESSO ROD. PRES. DUTRA AV. UM ESTR. DE MOGI JARDIM PRESIDENTE DUTRA 7408000 ESTR. STA. ISABEL ROD. AYRTON SENNA DA SILVA q 0 250 500 1.000 1.500 2.000 Metros 362000 365000 368000 371000 EST R. DO PINHEIRINHO E S T R. PINHEIRINHO NOVO AV. T URM ALINA ES T R. DE SÃO BEN TO 01 - Arujá 02 - Barueri 03 - Biritiba Mirim 04 - Caieiras 05 - Cajamar 06 - Carapicuíba 07 - Cotia 08 - Dia<strong>de</strong>ma 09 - Embu 10 - Embu Guaçu 11 - Ferraz <strong>de</strong> Vasconcelos 12 - Francisco Morato 13 - Franco da Rocha 14 - Guararema 15 - Guarulhos 16 - Itapecerica da Serra 17 - Itapevi 18 - Itaquaquecetuba 19 - Jandira 20 - Juquitiba 12 30 13 21 5 25 4 1 15 14 31 18 2 17 6 24 26 19 11 23 36 39 38 37 34 3 9 32 22 7 8 27 16 28 20 Região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo Situação <strong>do</strong> <strong>Município</strong> Arujá 35 10 33 29 21 - Mairiporã 22 - Mauá 23 - Mogi das Cruzes 24 - Osasco 25 - Pirapora <strong>do</strong> Bom Jesus 26 - Poá 27 - Ribeirão Pires 28 - Rio Gran<strong>de</strong> da Serra 29 - Salesópolis 30 - Santa Isabel 31 - Santana <strong>de</strong> Parnaíba 32 - Santo André 33 - São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo 34 - São Caetano <strong>do</strong> Sul 35 - São Lourenço da Serra 36 - São Paulo 37 - Suzano 38 - Taboão da Serra 39 - Vargem Gran<strong>de</strong> Paulista Mata - 29,35 km² ( 30,50%) Capoeira - 8,41 km² ( 8,74%) Campo - 19,77 km² ( 20,53%) Vegetação <strong>de</strong> Várzea - 0,47 km² ( 0,49%) Reflorestamento - 4,47 km² ( 4,65%) Hortifrutigranjeiro - 5,02 km² ( 5,22%) Chácara - 10,53 km² ( 10,94%) Área Urbanizada - 9 km² ( 9,35%) Equipamento Urbano - 2,49 km² ( 2,59%) Indústria - 2,58 km² ( 2,68%) Loteamento Desocupa<strong>do</strong> - 0,86 km² ( 0,89%) Mineração - 0,66 km² ( 0,68%) Mov. <strong>de</strong> Terra / <strong>Solo</strong> Exposto - 1,96 km² ( 2,03%) Espelho D'água - 0,18 km² ( 0,19%) Ro<strong>do</strong>via - 0,41 km² ( 0,42%) Outro <strong>Uso</strong> - 0,1 km² ( 0,1%) CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS !P Se<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Município</strong> Limite Municipal Limite <strong>de</strong> Distrito ########## Limite <strong>de</strong> Área <strong>de</strong> Proteção aos Mananciais Viário Macrometropolitano Viário Metropolitano Via Estrutural Urbana Via Vicinal Ferrovia Aptidão Física ao Assentamento Urbano Áreas Favoráveis Áreas com Restrições Localizadas Áreas Passíveis <strong>de</strong> <strong>Ocupação</strong> com Severas Restrições Áreas com Severas Restrições Áreas Impróprias Nota: As áreas <strong>de</strong> representação <strong>do</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo internas e externas ao município utilizam as mesmas convenções a<strong>do</strong>tadas na carta. Possuem tratamento gráfico diferencia<strong>do</strong> somente para realçar os usos e ocupações <strong>de</strong>ste município. Projeção Universal Transversa <strong>de</strong> Mercator ELIPSÓIDE INTERNACIONAL DE HAYFORD Datum Horizontal: Córrego Alegre (MG) Meridiano Central: 45º W GR BASE CARTOGRÁFICA Empresa Paulista <strong>de</strong> Planejamento Metropolitano S A - <strong>Emplasa</strong>, 1980. Imagem Ikonos (Copyright Space Imaging), 2002/2003. USO DO SOLO Imagem Ikonos (Copyright Space Imaging), 2002/2003. Recobrimento Aerofotogramétrico na escala 1:15.000, Multispectral Sistemas e Serviços Ltda 2001/2003. APTIDÃO FÍSICA AO ASSENTAMENTO URBANO Mapa <strong>de</strong> Aptidão Física ao Assentamento Urbano na escala 1:100.000, Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Tecnológicas - IPT e Empresa Paulista <strong>de</strong> Planejamento Metropolitano S A - <strong>Emplasa</strong>, 1984. GOVERNODOESTADODESÃOPAULO SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO Empresa Paulista <strong>de</strong> Planejamento Metropolitano S A Fun<strong>do</strong> Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E APTIDÃO FÍSICA AO ASSENTAMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DE <strong>ARUJÁ</strong> Escala1:33.000 Execução: Março <strong>de</strong> 2006 n Retornar Menu