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Relatório 2004 - Fundação Joaquim Nabuco

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4. Museu do Homem do Nordeste – MUHNE<br />

No ano de <strong>2004</strong>, o MUHNE completou 25 anos de valiosos préstimos à cultura nordestina,<br />

preservando cerca de 12.000 peças, heranças culturais do índio, do português e do africano na<br />

formação do nordestino brasileiro. Seu acervo é rico e diversificado, que vai de materiais de<br />

construção dos séculos XVIII e XIX e requintadas porcelanas ao mocambo e seus objetos<br />

rústicos; dos ex-votos aos elementos dos cultos afro-brasileiros; das bonecas de pano e<br />

brinquedos populares à cerâmica regional de Vitalino, Zé Caboclo, Manuel Eudócio, Zé<br />

Rodrigues e de notáveis e anônimos artistas do povo. Das tecnologias do trabalho no açúcar à<br />

vida nas casas-grandes e aos suplícios nas senzalas. Tudo isso compõe o acervo de um dos<br />

mais importantes museus do Brasil.<br />

No entanto, assim como a maioria dos museus brasileiros, o Museu do Homem do Nordeste<br />

nos últimos anos foi relegado às intempéries do tempo, recebendo pouco ou quase nenhum<br />

investimento em suas condições físicas, tecnológicas e até humanas. E exatamente por estar<br />

há 25 anos sem uma reforma mais profunda em suas estruturas é que a exposição de longa<br />

duração do Museu do Homem do Nordeste hoje está desativada para que o espaço receba as<br />

melhorias desejadas e cobradas por aqueles que tanto o admiram, com investimentos de quase<br />

400 mil reais na sua reforma, em 2003 e <strong>2004</strong>, com recursos provenientes da Financiadora de<br />

Estudos e Projetos - Finep e da própria FUNDAJ. Nesse período, pudemos perceber o quão<br />

significativo o Museu do Homem do Nordeste é para a educação das crianças e jovens<br />

nordestinas e para as pesquisas dos estudiosos da História, da Etnografia e da Antropologia.<br />

Pudemos perceber também o quanto o Museu do Homem do Nordeste é importante para o<br />

olhar curioso e encantado dos visitantes nacionais e estrangeiros, de passagem pela capital<br />

pernambucana.<br />

Mas esse período foi igualmente importante para mostrar que um museu não se resume apenas<br />

à sua exposição de longa duração, mas à sua capacidade de mostrar-se vivo, atuante,<br />

convivente; pensando educação dentro e fora das fronteiras dos seus muros, tendo o<br />

patrimônio cultural como suporte fundamental para a sua ação educativa. A força da<br />

integração do Museu com a comunidade foi demonstrada durante os três dias do seu<br />

tradicional Festival de Folclore, quando recebeu sete mil pessoas, sendo mais de cinco mil<br />

estudantes. Este ano, o Festival contou com a exposição “O Chão de Graciliano”, que teve por<br />

curador o jornalista Audálio Dantas, e apresentou o rico patrimônio imaterial das Alagoas,<br />

terra do grande escritor. O Programa Cultural Faço Arte no Museu, em parceria com o<br />

Grupo Faço Arte Com Quem Sabe e patrocínio do FUNCULTURA e do SIC Municipal da<br />

Prefeitura do Recife, em <strong>2004</strong>, atendeu gratuitamente mais de 900 pessoas, entre crianças e<br />

arte-educadores da rede de ensino, que participaram de oficinas e workshops com artistas<br />

plásticos como Gil Vicente, Christina Machado, José Paulo, Maurício Silva, Maurício Castro,<br />

entre outros.<br />

Av. 17 de Agosto, 2187 - Casa Forte - CEP 52061-540 - Recife - PE<br />

Fone: (81) 3441.5500 - Fax: (81) 3441.5600 - CNPJ 09.773.169/0001-59<br />

http://www.fundaj.gov.br - E-mail: fjn@fundaj.gov.br<br />

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