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revisão de literatura técnicas de afastamento gengival e ... - Unifenas

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Glickman ( 1964 ), sugeriu uma técnica <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> mais radical fazendo uso da<br />

gengivectomia e eletrocirurgia.<br />

Cannistraci e Nóbilo, citados por Lima (1980),<br />

<strong>de</strong>senvolveram a técnica do casquete individual que<br />

evitava, principalmente, o aparecimento <strong>de</strong> recessão<br />

<strong>gengival</strong>, quando se tinha falta <strong>de</strong> gengiva inserida e<br />

não causava alterações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmicas, não<br />

apresentando contra-indicações.<br />

Nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70, La Forgia, Lepers,<br />

Reiss , Ripol Gutiérrez, utilizaram também esta<br />

técnica, embora cada um diferenciasse a maneira <strong>de</strong><br />

obtenção dos casquetes, mas sempre evi<strong>de</strong>nciando a<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manuseio, menor tempo <strong>de</strong> trabalho e,<br />

sobretudo, a <strong>de</strong>snecessária retração mecânico-química<br />

dos tecidos gengivais.<br />

Miranda ( 1984 ), recomenda o <strong>afastamento</strong><br />

das margens gengivais com fio retrator antes do<br />

reembasamento do casquete com Duralay, alegando<br />

que este procedimento facilita a exposição das margens<br />

cervicais do preparo.<br />

3. TÉCNICAS DE AFASTAMENTO<br />

GENGIVAL<br />

3.1. AFASTAMENTO GENGIVAL MECÂNICO:<br />

Conceitualmente, o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />

mecânico consiste em dispositivos que são<br />

confeccionados com o propósito <strong>de</strong> afastar o tecido<br />

<strong>gengival</strong> do término do preparo, po<strong>de</strong>ndo ou não servir<br />

como recipiente para o material <strong>de</strong> moldagem . São<br />

utilizados nessa técnica a guta-percha; coroas <strong>de</strong><br />

alumínio, coroas acrílicas provisórias e anéis <strong>de</strong> cobre.<br />

A utilização <strong>de</strong> anéis <strong>de</strong> cobre é preconizada<br />

nos casos em que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> só é possível<br />

com procedimentos drásticos. Entretanto, repetições<br />

consecutivas produzem forte trauma ao periodonto.<br />

Esta técnica foi praticamente abandonada com<br />

o advento dos materiais elásticos, sendo substituída<br />

com gran<strong>de</strong> sucesso pela técnica do casquete individual<br />

i<strong>de</strong>alizada por Nóbilo citado por Lima ( 1980 ) e<br />

Cannistraci ( 1962 ). Segundo Mezzomo ( 1994 ), os<br />

casquetes individuais <strong>de</strong> acrílico proporcionam maior<br />

conforto ao paciente pois dispensa a anestesia e a<br />

colocação do fio retrator; mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho mais<br />

precisos, porque possibilita o uso <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong><br />

moldagem à base <strong>de</strong> borracha. É a técnica que causa<br />

menor recessão <strong>gengival</strong> permanente, menores danos<br />

teciduais, porque o epitélio juncional e inserção<br />

conjuntiva não são atingidas durante a operação .<br />

Esta técnica é indicada para restaurações<br />

estéticas anteriores, preparos para coroas totais em<br />

outras áreas do arco e em pacientes que apresentam<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998<br />

A. S. <strong>de</strong> PÁDUA<br />

gengiva marginal <strong>de</strong>lgada e com menos <strong>de</strong> 2 mm <strong>de</strong><br />

gengiva inserida. Men<strong>de</strong>s (1994) e Souza Júnior<br />

(1987) não relatam contra-indicações para seu uso em<br />

pacientes que tenham gengiva inserida normal .<br />

Autores como Cusato e Job (1972 ) e Miranda<br />

(1984), utilizam o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> com fio<br />

retrator antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao reembasamento do<br />

casquete.<br />

Reiss (1973), preconiza a utilização do<br />

eletrobisturi e moldagem imediata com casquete em<br />

casos em que se precisa moldar áreas inflamadas.<br />

Mon<strong>de</strong>lli (1993), cita como vantagem o uso <strong>de</strong><br />

resina Duralay termocondicionada para moldagens<br />

com casquete para o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> biológico,<br />

já que a resina gelada provoca a constrição dos<br />

pequenos vasos da área do sulco <strong>gengival</strong>, facilitando<br />

sua penetração sem danos ao epitélio juncional.<br />

3.2 AFASTAMENTO GENGIVAL<br />

MECÂNICO-QUÍMICO:<br />

O uso <strong>de</strong> fios retratores para promover o<br />

<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> é severamente discutido na<br />

<strong>literatura</strong>. Embora alguns indiquem a sua utilização,<br />

por consi<strong>de</strong>rá-los eficientes, outros a con<strong>de</strong>nam por<br />

promoverem alterações locais irreparáveis (recessão<br />

<strong>gengival</strong> com perda permanente <strong>de</strong> inserção), como<br />

também pelas repercurssões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmica<br />

(aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial,<br />

dispnéia e vertigem ).<br />

As substâncias associadas aos fios po<strong>de</strong>m ser:<br />

cloreto <strong>de</strong> zinco, cloridrato <strong>de</strong> epinefrina, epinefrina<br />

racêmica a 8 % , sulfato <strong>de</strong> alumínio e potássio, cloreto<br />

<strong>de</strong> alumínio, ácido tricloroacético a 10 % e ácido<br />

tânico.<br />

O grau <strong>de</strong> dano está na <strong>de</strong>pendência da extensão<br />

sub<strong>gengival</strong>, do agente químico empregado, do tempo<br />

<strong>de</strong> permanência do fio no interior do sulco e da pressão<br />

exercida para sua inserção.<br />

Mezzomo (1994) e Miranda (1984) comentam<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a técnica <strong>de</strong> colocação do fio seja feita<br />

<strong>de</strong> forma consciente, não ultrapassando<br />

<strong>de</strong>masiadamente o seu tempo <strong>de</strong> permanência no local,<br />

serão observadas apenas pequenas alterações que se<br />

manifestam através <strong>de</strong> um processo inflamatório da<br />

região, que serão histologicamente reparáveis num<br />

espaço <strong>de</strong> 10 dias.<br />

3.3. AFASTAMENTO GENGIVAL<br />

ELETROCIRÚRGICO:<br />

Este método permite que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />

possa ser obtido logo após a conclusão do preparo,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser realizado na mesma sessão o procedimento<br />

<strong>de</strong> moldagem.

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