revisão de literatura técnicas de afastamento gengival e ... - Unifenas
revisão de literatura técnicas de afastamento gengival e ... - Unifenas
revisão de literatura técnicas de afastamento gengival e ... - Unifenas
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
REVISÃO DE LITERATURA<br />
TÉCNICAS DE AFASTAMENTO GENGIVAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO<br />
PERIODONTO<br />
ADRIANA SUZART DE PÁDUA (*)<br />
RESUMO<br />
67<br />
Este trabalho trata da evolução das <strong>técnicas</strong> <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>, necessárias para se obter mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho<br />
precisos com o uso <strong>de</strong> materiais à base <strong>de</strong> borracha, e suas conseqüências ao periodonto, visando a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste tecido e a<br />
estética das restaurações protéticas.<br />
DESCRITORES: Afastamento <strong>gengival</strong>, casquete, periodonto.<br />
SUMMARY<br />
LITERATURE REVISION<br />
TECHNIQUES OF GINGIVAL RETRACTION AND THEIR EFECTS ON THE PERIODONTAL TISSUES.<br />
This study refers to the tecniques of gingival retraction which are requisite to obtain accurate work mo<strong>de</strong>ls with the<br />
employment of these materials and the efects on the periodontal tissues. It is based on the reviewed literature.<br />
KEY WORDS: Gingival retraction, cap, periodontal tissues.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
As exigências estéticas do paciente e muitas<br />
vezes a conveniência funcional por parte do cirurgião<strong>de</strong>ntista,<br />
como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior retenção da<br />
peça, fizeram do preparo <strong>de</strong>ntário sub<strong>gengival</strong> uma<br />
constante na clínica diária dos protesistas.<br />
Este fato exige a obtenção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
trabalho cada vez mais precisos e com limites <strong>de</strong><br />
términos cervicais os mais nítidos possíveis. Com o<br />
advento <strong>de</strong> materiais à base <strong>de</strong> borracha, a obtenção<br />
<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho precisos foi facilitada, já que<br />
estes materiais apresentam uma ótima estabilida<strong>de</strong><br />
dimensional e excelente po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> impressão quando<br />
respeitadas algumas condições, como o <strong>afastamento</strong><br />
<strong>de</strong> tecidos moles adjacentes ao preparo e campo seco,<br />
já que a maioria <strong>de</strong>sses materiais <strong>de</strong> moldagem são<br />
hidrófobos.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />
eficiente tornou-se imperiosa para o proveito máximo<br />
<strong>de</strong>ssa característica dos materiais <strong>de</strong> moldagem. Não<br />
se po<strong>de</strong>, contudo, nos esquecer <strong>de</strong> que, nesse momento,<br />
esta-se manipulando um tecido nobre e melindroso e<br />
que muitas vezes já sofreu algum dano no momento<br />
do preparo <strong>de</strong>ntário.<br />
A conjugação <strong>de</strong>sses dois fatores tem ensejado<br />
a incessante procura por um método <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong><br />
<strong>gengival</strong> cada vez mais atraumático, na preocupação<br />
<strong>de</strong> evitar que esses tecidos se retraiam <strong>de</strong> maneira<br />
permanente, algum tempo <strong>de</strong>pois da instalação da peça,<br />
<strong>de</strong>ixando à mostra sua cinta metálica.<br />
Des<strong>de</strong> que este procedimento se fez necessário,<br />
três métodos <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> têm sido usados<br />
* Professora do IOF/ UNIFENAS - C.P. 23, CEP 37130-000 Alfenas- M.G.<br />
<strong>de</strong> acordo com a conveniência <strong>de</strong> cada caso ou mesmo<br />
com a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada operador. São eles:<br />
1) Afastamento mecânico;<br />
2) Afastamento mecânico-químico;<br />
3) Afastamento eletrocirúrgico;<br />
E mais recentemente, um quarto método tem<br />
sido usado:<br />
4) Curetagem <strong>gengival</strong> rotatória.<br />
Este trabalho preten<strong>de</strong> relatar como esses<br />
métodos po<strong>de</strong>m ser empregados eficientemente e quais<br />
po<strong>de</strong>m ser seus efeitos sobre o tecido <strong>gengival</strong>,<br />
fundamentado apenas no que foi possível coletar na<br />
<strong>literatura</strong> consultada.<br />
2. DESENVOLVIMENTO<br />
Em 1950, com o aparecimento das mercaptanas<br />
e siliconas, começou a ser empregada a técnica <strong>de</strong><br />
<strong>afastamento</strong> preliminar da gengiva, através da<br />
utilização indiscriminada <strong>de</strong> meios mecânicos.<br />
Thompsom (1951), chamava a atenção para<br />
os danos que esses meios <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> causavam<br />
ao periodonto. Propôs então, o uso <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> algodão<br />
para promover o <strong>afastamento</strong> lateral da gengiva.<br />
La Forgia (1964), preconizou a associação dos<br />
meios mecânico e o químico, recomendando o uso <strong>de</strong><br />
fios <strong>de</strong> algodão impregnados com sais <strong>de</strong> adrenalina.<br />
Foi contestado, no mesmo ano, por Bassett et al.,<br />
(1964), que alegavam que a ação vaso-constritora da<br />
adrenalina causava alterações sistêmicas nos pacientes<br />
que eram submetidos ao uso <strong>de</strong>sse fio, sendo por isso<br />
contra-indicado para portadores <strong>de</strong> distúrbios cardiovasculares,<br />
diabetes, hipertensão, etc.<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998
68<br />
Glickman ( 1964 ), sugeriu uma técnica <strong>de</strong><br />
<strong>afastamento</strong> mais radical fazendo uso da<br />
gengivectomia e eletrocirurgia.<br />
Cannistraci e Nóbilo, citados por Lima (1980),<br />
<strong>de</strong>senvolveram a técnica do casquete individual que<br />
evitava, principalmente, o aparecimento <strong>de</strong> recessão<br />
<strong>gengival</strong>, quando se tinha falta <strong>de</strong> gengiva inserida e<br />
não causava alterações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmicas, não<br />
apresentando contra-indicações.<br />
Nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70, La Forgia, Lepers,<br />
Reiss , Ripol Gutiérrez, utilizaram também esta<br />
técnica, embora cada um diferenciasse a maneira <strong>de</strong><br />
obtenção dos casquetes, mas sempre evi<strong>de</strong>nciando a<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manuseio, menor tempo <strong>de</strong> trabalho e,<br />
sobretudo, a <strong>de</strong>snecessária retração mecânico-química<br />
dos tecidos gengivais.<br />
Miranda ( 1984 ), recomenda o <strong>afastamento</strong><br />
das margens gengivais com fio retrator antes do<br />
reembasamento do casquete com Duralay, alegando<br />
que este procedimento facilita a exposição das margens<br />
cervicais do preparo.<br />
3. TÉCNICAS DE AFASTAMENTO<br />
GENGIVAL<br />
3.1. AFASTAMENTO GENGIVAL MECÂNICO:<br />
Conceitualmente, o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />
mecânico consiste em dispositivos que são<br />
confeccionados com o propósito <strong>de</strong> afastar o tecido<br />
<strong>gengival</strong> do término do preparo, po<strong>de</strong>ndo ou não servir<br />
como recipiente para o material <strong>de</strong> moldagem . São<br />
utilizados nessa técnica a guta-percha; coroas <strong>de</strong><br />
alumínio, coroas acrílicas provisórias e anéis <strong>de</strong> cobre.<br />
A utilização <strong>de</strong> anéis <strong>de</strong> cobre é preconizada<br />
nos casos em que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> só é possível<br />
com procedimentos drásticos. Entretanto, repetições<br />
consecutivas produzem forte trauma ao periodonto.<br />
Esta técnica foi praticamente abandonada com<br />
o advento dos materiais elásticos, sendo substituída<br />
com gran<strong>de</strong> sucesso pela técnica do casquete individual<br />
i<strong>de</strong>alizada por Nóbilo citado por Lima ( 1980 ) e<br />
Cannistraci ( 1962 ). Segundo Mezzomo ( 1994 ), os<br />
casquetes individuais <strong>de</strong> acrílico proporcionam maior<br />
conforto ao paciente pois dispensa a anestesia e a<br />
colocação do fio retrator; mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho mais<br />
precisos, porque possibilita o uso <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong><br />
moldagem à base <strong>de</strong> borracha. É a técnica que causa<br />
menor recessão <strong>gengival</strong> permanente, menores danos<br />
teciduais, porque o epitélio juncional e inserção<br />
conjuntiva não são atingidas durante a operação .<br />
Esta técnica é indicada para restaurações<br />
estéticas anteriores, preparos para coroas totais em<br />
outras áreas do arco e em pacientes que apresentam<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998<br />
A. S. <strong>de</strong> PÁDUA<br />
gengiva marginal <strong>de</strong>lgada e com menos <strong>de</strong> 2 mm <strong>de</strong><br />
gengiva inserida. Men<strong>de</strong>s (1994) e Souza Júnior<br />
(1987) não relatam contra-indicações para seu uso em<br />
pacientes que tenham gengiva inserida normal .<br />
Autores como Cusato e Job (1972 ) e Miranda<br />
(1984), utilizam o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> com fio<br />
retrator antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao reembasamento do<br />
casquete.<br />
Reiss (1973), preconiza a utilização do<br />
eletrobisturi e moldagem imediata com casquete em<br />
casos em que se precisa moldar áreas inflamadas.<br />
Mon<strong>de</strong>lli (1993), cita como vantagem o uso <strong>de</strong><br />
resina Duralay termocondicionada para moldagens<br />
com casquete para o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> biológico,<br />
já que a resina gelada provoca a constrição dos<br />
pequenos vasos da área do sulco <strong>gengival</strong>, facilitando<br />
sua penetração sem danos ao epitélio juncional.<br />
3.2 AFASTAMENTO GENGIVAL<br />
MECÂNICO-QUÍMICO:<br />
O uso <strong>de</strong> fios retratores para promover o<br />
<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> é severamente discutido na<br />
<strong>literatura</strong>. Embora alguns indiquem a sua utilização,<br />
por consi<strong>de</strong>rá-los eficientes, outros a con<strong>de</strong>nam por<br />
promoverem alterações locais irreparáveis (recessão<br />
<strong>gengival</strong> com perda permanente <strong>de</strong> inserção), como<br />
também pelas repercurssões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmica<br />
(aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial,<br />
dispnéia e vertigem ).<br />
As substâncias associadas aos fios po<strong>de</strong>m ser:<br />
cloreto <strong>de</strong> zinco, cloridrato <strong>de</strong> epinefrina, epinefrina<br />
racêmica a 8 % , sulfato <strong>de</strong> alumínio e potássio, cloreto<br />
<strong>de</strong> alumínio, ácido tricloroacético a 10 % e ácido<br />
tânico.<br />
O grau <strong>de</strong> dano está na <strong>de</strong>pendência da extensão<br />
sub<strong>gengival</strong>, do agente químico empregado, do tempo<br />
<strong>de</strong> permanência do fio no interior do sulco e da pressão<br />
exercida para sua inserção.<br />
Mezzomo (1994) e Miranda (1984) comentam<br />
que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a técnica <strong>de</strong> colocação do fio seja feita<br />
<strong>de</strong> forma consciente, não ultrapassando<br />
<strong>de</strong>masiadamente o seu tempo <strong>de</strong> permanência no local,<br />
serão observadas apenas pequenas alterações que se<br />
manifestam através <strong>de</strong> um processo inflamatório da<br />
região, que serão histologicamente reparáveis num<br />
espaço <strong>de</strong> 10 dias.<br />
3.3. AFASTAMENTO GENGIVAL<br />
ELETROCIRÚRGICO:<br />
Este método permite que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />
possa ser obtido logo após a conclusão do preparo,<br />
po<strong>de</strong>ndo ser realizado na mesma sessão o procedimento<br />
<strong>de</strong> moldagem.
TÉCNICAS DE AFASTAMENTO GENGIVAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO PERIODONTO<br />
Souza Júnior (1987 ) indica este procedimento<br />
em estados inflamatórios do tecido <strong>gengival</strong>, o qual<br />
normalmente apresenta hiperplasia epitelial e vascular,<br />
impossibilitando tanto a colocação <strong>de</strong> um fio afastador<br />
como o reembasamento <strong>de</strong> um casquete pela oposição<br />
física do tecido, exsudação e sangramento abundante,<br />
características típicas <strong>de</strong> um tecido inflamado.<br />
Entretanto, Mezzomo (1994 ) contra-indica esta<br />
técnica <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> para tecidos inflamados e<br />
gengiva fina pois po<strong>de</strong> causar recessão <strong>gengival</strong>.<br />
Outro fator que contra-indica esta prática é o<br />
envolvimento estético, pois dificilmente após o<br />
procedimento, po<strong>de</strong>mos prever a localização do tecido<br />
<strong>gengival</strong> após sua maturação (60 a 90 dias), po<strong>de</strong>ndo<br />
o término cervical se localizar supra<strong>gengival</strong>mente<br />
causando um efeito estético <strong>de</strong>sagradável,<br />
principalmente na face vestibular dos <strong>de</strong>ntes superiores<br />
on<strong>de</strong> a gengiva marginal é mais sensível a<br />
procedimentos clínicos, <strong>de</strong>vendo o operador nestes<br />
casos esperar pela total cicatrização do tecido <strong>gengival</strong>.<br />
Dimashkieh (1995) contra-indica o uso do<br />
eletrobisturi em pacientes portadores <strong>de</strong> marca-passo.<br />
A relação entre o término cervical do preparo e<br />
a crista óssea alveolar também po<strong>de</strong> contra-indicar<br />
este procedimento.<br />
Por esses motivos a eletrocirurgia não é o<br />
procedimento <strong>de</strong> eleição, sendo a conduta que causa<br />
maior recessão <strong>gengival</strong> permanente. O reparo dos<br />
tecidos acontece em torno <strong>de</strong> 24 dias.<br />
69<br />
pesquisa feita por Blanchard et al. sobre as respostas<br />
teciduais <strong>de</strong>correntes dos diferentes métodos <strong>de</strong><br />
<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>.<br />
Segundo esse pesquisador, a curetagem rotatória<br />
por broca diamantada produziu clinicamente um<br />
sangramento abundante. Histologicamente, a parte<br />
mais profunda do epitélio estava <strong>de</strong>snudada.<br />
Dragoo (1981), verificou extenso dano tecidual<br />
e hemorragia além <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> infiltrado celular.<br />
A observação histológica confirmou uma secção<br />
nítida e profunda do epitélio sulcular. Clinicamente<br />
notou-se o tecido cauterizado sobre as margens<br />
gengivais .<br />
Nos procedimentos mecânico-químicos<br />
clinicamente, observou-se pequena inflamação do<br />
periodonto marginal, pequeno sangramento intrasulcular<br />
e uma recessão transitória. Histologicamente,<br />
observou-se a eliminação parcial do epitélio.<br />
Harnist (1994) afirma que Porzier e Blanchard<br />
et al. (1991), concordam que o <strong>afastamento</strong> mecânico<br />
por casquete não mostra alterações verificáveis<br />
clinicamente e histologicamente o epitélio apresentase<br />
sadio e queratinizado.<br />
5. CONCLUSÃO<br />
3.4. CURETAGEM GENGIVAL ROTATÓRIA:<br />
Esta técnica <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> vale-se do<br />
uso <strong>de</strong> pontas diamantadas em formato <strong>de</strong> chama <strong>de</strong><br />
vela, para a curetagem do revestimento do sulco,<br />
<strong>de</strong>snudando o epitélio do sulco e criando um espaço<br />
ao redor da margem, permitindo a colocação <strong>de</strong> uma<br />
quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> material <strong>de</strong> moldagem.<br />
Para Holt (1992), esta conduta é preferida ao<br />
invés do uso <strong>de</strong> um instrumento eletrocirúrgico, pois<br />
parece ser clinicamente menos traumática ao tecido e<br />
não tão propensa a causar contração tecidual.<br />
Entretanto o efeito e a resposta tecidual são<br />
semelhantes as do método eletrocirúrgico (Mezzomo<br />
1994 ).<br />
4.CONSIDERAÇÕES PERIODONTAIS.<br />
As lesões impostas pelos métodos <strong>de</strong><br />
<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> po<strong>de</strong>m adquirir caráter<br />
irreversível se ignorarmos os aspectos biofisiológicos<br />
do periodonto sulcular.<br />
Harnist (1994) relata os resultados <strong>de</strong> uma<br />
Depois <strong>de</strong> ter-se conhecido as <strong>técnicas</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>, seu funcionamento e suas<br />
conseqüências, po<strong>de</strong>-se com bom senso, escolher a<br />
que melhor se aplica para cada caso.<br />
Não se po<strong>de</strong> esquecer, contudo, <strong>de</strong> que o<br />
principal objetivo é o sucesso do trabalho e por<br />
conseqüência a satisfação do paciente. Portanto, temse<br />
que avaliar a região da boca em que vai-se aplicar<br />
a técnica escolhida, que tipo <strong>de</strong> tecido periodontal será<br />
afastado, tipo <strong>de</strong> material <strong>de</strong> moldagem a ser<br />
empregado e a habilida<strong>de</strong> do profissional que irá<br />
aplicá-la.<br />
É melhor prevenir do que remediar. Por isso,<br />
não achamos sensato a associação <strong>de</strong> algumas <strong>técnicas</strong><br />
<strong>de</strong> moldagem, que a princípio foram i<strong>de</strong>alizadas para<br />
simplificar os procedimentos do profissional e para<br />
causar mínimo dano periodontal, com <strong>técnicas</strong> que,<br />
como vimos no ítem anterior, são lesivas aos tecidos<br />
adjacentes ao preparo.<br />
Apesar do resultado imediato <strong>de</strong>sta associação<br />
ser reconhecido, não se encontrou relato na <strong>literatura</strong><br />
<strong>de</strong> resultados clínicos ou histológicos a médio ou a<br />
longo prazo do emprego <strong>de</strong>sta técnica. Este é o único<br />
motivo <strong>de</strong> cautela ao indicar a associação <strong>de</strong> <strong>técnicas</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>afastamento</strong>.<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998
70<br />
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.<br />
BASSETT, R. W. et al. An atlas of cast gold<br />
procedures. Los Angeles: Uni-Tro College<br />
Press.,1964. p. 47-48.<br />
BLANCHARD et al. Techiniques D‘eviction. 1993.<br />
p. 67-73.<br />
CANNISTRACI, A. J. Newer techniques and<br />
impression materials in restorative <strong>de</strong>ntistry.<br />
Odonto.Bull . v. 42, p.17-19, 1962.<br />
A. S. <strong>de</strong> PÁDUA<br />
LEPERS, E. A method for more exact impressions of<br />
fixed parcial <strong>de</strong>ntures. Quintessence Int. v.1<br />
p.39-46. 1971.<br />
LIMA, D. S. Avaliação<strong>de</strong> moldagens obtidas com<br />
resina Duralay e com mercaptana metalizada pelo<br />
cobre ou prata, através do ajuste cervical <strong>de</strong><br />
coroas totais.Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Bauru-<br />
USP. Bauru, 1980.<br />
MENDES, W. B., BONFANTE, G. Fundamentos<br />
<strong>de</strong> Estética em Odontologia. Quintessence.,<br />
p.160-4, 1994.<br />
CUSATO, J. C. U.; JOB, C. A. B. Manual prático <strong>de</strong><br />
prótese fixa. Porto Alegre, Revista Gaucha <strong>de</strong><br />
Odontologia, v.13, 1972.<br />
DIMASHKIEH, M. R. , MORGANO, M. S. A<br />
procedure for making fixed prosthodontic<br />
impressions with the use of preformed crown<br />
shells. J. Prosth. Dent., v. 73, n.1, p.95-96, 1995.<br />
DRAGOO, M. R.; WILIAMS, G. B. Periodontal<br />
tissue reations to restorative procedures. Int. J.<br />
Periodontol. v.1, p. 9-23, 1981.<br />
ELDERTON, A. H., SMITH, D. C. The relative<br />
effectiveness of adhesives for polysulphi<strong>de</strong><br />
impression materials. Brit. <strong>de</strong>nt, J. v.120, p.135-<br />
38. 1966.<br />
GLICKMAN, I. Clinical periodontology. 3º ed.<br />
Phila<strong>de</strong>lphia: Saun<strong>de</strong>rs,1964.<br />
HARNIST, R. J. D., VELMOVITSKY, L.<br />
Atualização Clínica Odontológica. Artes Médicas,<br />
p 281-293. 1994.<br />
HOLT et al. Tratamento periodontal e protético para<br />
casos avançados. [S.L.] Quintessence, 1992.<br />
p.379-382.<br />
MEZZOMO, E. Reabilitação Oral . São Paulo:<br />
Santos, 1994.<br />
MIRANDA, C. C. Atlas <strong>de</strong> Reabilitação Bucal. São<br />
Paulo: Santos, p 218-21 e 245-248,1984.<br />
MONDELLI, J.Restaurações Fundidas: Procedimentos<br />
Técnicos e Clínicos. [ S. L. ] Cultura Médica,<br />
1993. p 67-80.<br />
PORZIER J. et al .Cah. Prothése, v. 73 , p.7-19.1991.<br />
REISS, R. Modified technic for fixed bridge<br />
impressions. Dent. Surv. V. 49 p.38-39. 1973.<br />
RIPOL GUTIÉRREZ, C. Prostodôncia - conceptos<br />
generales. v.1, p. 493-513, 1976.<br />
SOUZA JÚNIOR et al. Técnicas <strong>de</strong> moldagens em<br />
preparos para restaurações metálicas fundidas:<br />
Consi<strong>de</strong>rações clínicas. Rev. Bras. Odonto. v. 44,<br />
n. 3, p.22-28, 1987.<br />
THOMPSON, M. J. Exposing the cavity margin for<br />
hydrocolloid impressions. J. South Calif. Dent.<br />
Ass., v.19, p.17-24, 1951.<br />
HUGHES, J. H. Two uses of acrylic capping in<br />
restorative <strong>de</strong>ntistry. Aust. <strong>de</strong>nt. J., v.18,<br />
p.102- 104, 1973.<br />
LA FORGIA, A. Mechanical-chemical and<br />
electrosurgical tissue retraction for fixed prothesis.<br />
J.Prosth. Dent. v.14, p.782-788, 1964.<br />
LA FORGIA, A. Corolless tissue retraction for<br />
impressions for fixed prosthesis. J. Prosth. Dent.<br />
v.16, p.379-386, 1967.<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998