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revisão de literatura técnicas de afastamento gengival e ... - Unifenas

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REVISÃO DE LITERATURA<br />

TÉCNICAS DE AFASTAMENTO GENGIVAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO<br />

PERIODONTO<br />

ADRIANA SUZART DE PÁDUA (*)<br />

RESUMO<br />

67<br />

Este trabalho trata da evolução das <strong>técnicas</strong> <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>, necessárias para se obter mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho<br />

precisos com o uso <strong>de</strong> materiais à base <strong>de</strong> borracha, e suas conseqüências ao periodonto, visando a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste tecido e a<br />

estética das restaurações protéticas.<br />

DESCRITORES: Afastamento <strong>gengival</strong>, casquete, periodonto.<br />

SUMMARY<br />

LITERATURE REVISION<br />

TECHNIQUES OF GINGIVAL RETRACTION AND THEIR EFECTS ON THE PERIODONTAL TISSUES.<br />

This study refers to the tecniques of gingival retraction which are requisite to obtain accurate work mo<strong>de</strong>ls with the<br />

employment of these materials and the efects on the periodontal tissues. It is based on the reviewed literature.<br />

KEY WORDS: Gingival retraction, cap, periodontal tissues.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

As exigências estéticas do paciente e muitas<br />

vezes a conveniência funcional por parte do cirurgião<strong>de</strong>ntista,<br />

como a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior retenção da<br />

peça, fizeram do preparo <strong>de</strong>ntário sub<strong>gengival</strong> uma<br />

constante na clínica diária dos protesistas.<br />

Este fato exige a obtenção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

trabalho cada vez mais precisos e com limites <strong>de</strong><br />

términos cervicais os mais nítidos possíveis. Com o<br />

advento <strong>de</strong> materiais à base <strong>de</strong> borracha, a obtenção<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho precisos foi facilitada, já que<br />

estes materiais apresentam uma ótima estabilida<strong>de</strong><br />

dimensional e excelente po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> impressão quando<br />

respeitadas algumas condições, como o <strong>afastamento</strong><br />

<strong>de</strong> tecidos moles adjacentes ao preparo e campo seco,<br />

já que a maioria <strong>de</strong>sses materiais <strong>de</strong> moldagem são<br />

hidrófobos.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />

eficiente tornou-se imperiosa para o proveito máximo<br />

<strong>de</strong>ssa característica dos materiais <strong>de</strong> moldagem. Não<br />

se po<strong>de</strong>, contudo, nos esquecer <strong>de</strong> que, nesse momento,<br />

esta-se manipulando um tecido nobre e melindroso e<br />

que muitas vezes já sofreu algum dano no momento<br />

do preparo <strong>de</strong>ntário.<br />

A conjugação <strong>de</strong>sses dois fatores tem ensejado<br />

a incessante procura por um método <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong><br />

<strong>gengival</strong> cada vez mais atraumático, na preocupação<br />

<strong>de</strong> evitar que esses tecidos se retraiam <strong>de</strong> maneira<br />

permanente, algum tempo <strong>de</strong>pois da instalação da peça,<br />

<strong>de</strong>ixando à mostra sua cinta metálica.<br />

Des<strong>de</strong> que este procedimento se fez necessário,<br />

três métodos <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> têm sido usados<br />

* Professora do IOF/ UNIFENAS - C.P. 23, CEP 37130-000 Alfenas- M.G.<br />

<strong>de</strong> acordo com a conveniência <strong>de</strong> cada caso ou mesmo<br />

com a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada operador. São eles:<br />

1) Afastamento mecânico;<br />

2) Afastamento mecânico-químico;<br />

3) Afastamento eletrocirúrgico;<br />

E mais recentemente, um quarto método tem<br />

sido usado:<br />

4) Curetagem <strong>gengival</strong> rotatória.<br />

Este trabalho preten<strong>de</strong> relatar como esses<br />

métodos po<strong>de</strong>m ser empregados eficientemente e quais<br />

po<strong>de</strong>m ser seus efeitos sobre o tecido <strong>gengival</strong>,<br />

fundamentado apenas no que foi possível coletar na<br />

<strong>literatura</strong> consultada.<br />

2. DESENVOLVIMENTO<br />

Em 1950, com o aparecimento das mercaptanas<br />

e siliconas, começou a ser empregada a técnica <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> preliminar da gengiva, através da<br />

utilização indiscriminada <strong>de</strong> meios mecânicos.<br />

Thompsom (1951), chamava a atenção para<br />

os danos que esses meios <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> causavam<br />

ao periodonto. Propôs então, o uso <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> algodão<br />

para promover o <strong>afastamento</strong> lateral da gengiva.<br />

La Forgia (1964), preconizou a associação dos<br />

meios mecânico e o químico, recomendando o uso <strong>de</strong><br />

fios <strong>de</strong> algodão impregnados com sais <strong>de</strong> adrenalina.<br />

Foi contestado, no mesmo ano, por Bassett et al.,<br />

(1964), que alegavam que a ação vaso-constritora da<br />

adrenalina causava alterações sistêmicas nos pacientes<br />

que eram submetidos ao uso <strong>de</strong>sse fio, sendo por isso<br />

contra-indicado para portadores <strong>de</strong> distúrbios cardiovasculares,<br />

diabetes, hipertensão, etc.<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998


68<br />

Glickman ( 1964 ), sugeriu uma técnica <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> mais radical fazendo uso da<br />

gengivectomia e eletrocirurgia.<br />

Cannistraci e Nóbilo, citados por Lima (1980),<br />

<strong>de</strong>senvolveram a técnica do casquete individual que<br />

evitava, principalmente, o aparecimento <strong>de</strong> recessão<br />

<strong>gengival</strong>, quando se tinha falta <strong>de</strong> gengiva inserida e<br />

não causava alterações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmicas, não<br />

apresentando contra-indicações.<br />

Nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70, La Forgia, Lepers,<br />

Reiss , Ripol Gutiérrez, utilizaram também esta<br />

técnica, embora cada um diferenciasse a maneira <strong>de</strong><br />

obtenção dos casquetes, mas sempre evi<strong>de</strong>nciando a<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manuseio, menor tempo <strong>de</strong> trabalho e,<br />

sobretudo, a <strong>de</strong>snecessária retração mecânico-química<br />

dos tecidos gengivais.<br />

Miranda ( 1984 ), recomenda o <strong>afastamento</strong><br />

das margens gengivais com fio retrator antes do<br />

reembasamento do casquete com Duralay, alegando<br />

que este procedimento facilita a exposição das margens<br />

cervicais do preparo.<br />

3. TÉCNICAS DE AFASTAMENTO<br />

GENGIVAL<br />

3.1. AFASTAMENTO GENGIVAL MECÂNICO:<br />

Conceitualmente, o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />

mecânico consiste em dispositivos que são<br />

confeccionados com o propósito <strong>de</strong> afastar o tecido<br />

<strong>gengival</strong> do término do preparo, po<strong>de</strong>ndo ou não servir<br />

como recipiente para o material <strong>de</strong> moldagem . São<br />

utilizados nessa técnica a guta-percha; coroas <strong>de</strong><br />

alumínio, coroas acrílicas provisórias e anéis <strong>de</strong> cobre.<br />

A utilização <strong>de</strong> anéis <strong>de</strong> cobre é preconizada<br />

nos casos em que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> só é possível<br />

com procedimentos drásticos. Entretanto, repetições<br />

consecutivas produzem forte trauma ao periodonto.<br />

Esta técnica foi praticamente abandonada com<br />

o advento dos materiais elásticos, sendo substituída<br />

com gran<strong>de</strong> sucesso pela técnica do casquete individual<br />

i<strong>de</strong>alizada por Nóbilo citado por Lima ( 1980 ) e<br />

Cannistraci ( 1962 ). Segundo Mezzomo ( 1994 ), os<br />

casquetes individuais <strong>de</strong> acrílico proporcionam maior<br />

conforto ao paciente pois dispensa a anestesia e a<br />

colocação do fio retrator; mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> trabalho mais<br />

precisos, porque possibilita o uso <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong><br />

moldagem à base <strong>de</strong> borracha. É a técnica que causa<br />

menor recessão <strong>gengival</strong> permanente, menores danos<br />

teciduais, porque o epitélio juncional e inserção<br />

conjuntiva não são atingidas durante a operação .<br />

Esta técnica é indicada para restaurações<br />

estéticas anteriores, preparos para coroas totais em<br />

outras áreas do arco e em pacientes que apresentam<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998<br />

A. S. <strong>de</strong> PÁDUA<br />

gengiva marginal <strong>de</strong>lgada e com menos <strong>de</strong> 2 mm <strong>de</strong><br />

gengiva inserida. Men<strong>de</strong>s (1994) e Souza Júnior<br />

(1987) não relatam contra-indicações para seu uso em<br />

pacientes que tenham gengiva inserida normal .<br />

Autores como Cusato e Job (1972 ) e Miranda<br />

(1984), utilizam o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> com fio<br />

retrator antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao reembasamento do<br />

casquete.<br />

Reiss (1973), preconiza a utilização do<br />

eletrobisturi e moldagem imediata com casquete em<br />

casos em que se precisa moldar áreas inflamadas.<br />

Mon<strong>de</strong>lli (1993), cita como vantagem o uso <strong>de</strong><br />

resina Duralay termocondicionada para moldagens<br />

com casquete para o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> biológico,<br />

já que a resina gelada provoca a constrição dos<br />

pequenos vasos da área do sulco <strong>gengival</strong>, facilitando<br />

sua penetração sem danos ao epitélio juncional.<br />

3.2 AFASTAMENTO GENGIVAL<br />

MECÂNICO-QUÍMICO:<br />

O uso <strong>de</strong> fios retratores para promover o<br />

<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> é severamente discutido na<br />

<strong>literatura</strong>. Embora alguns indiquem a sua utilização,<br />

por consi<strong>de</strong>rá-los eficientes, outros a con<strong>de</strong>nam por<br />

promoverem alterações locais irreparáveis (recessão<br />

<strong>gengival</strong> com perda permanente <strong>de</strong> inserção), como<br />

também pelas repercurssões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m sistêmica<br />

(aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial,<br />

dispnéia e vertigem ).<br />

As substâncias associadas aos fios po<strong>de</strong>m ser:<br />

cloreto <strong>de</strong> zinco, cloridrato <strong>de</strong> epinefrina, epinefrina<br />

racêmica a 8 % , sulfato <strong>de</strong> alumínio e potássio, cloreto<br />

<strong>de</strong> alumínio, ácido tricloroacético a 10 % e ácido<br />

tânico.<br />

O grau <strong>de</strong> dano está na <strong>de</strong>pendência da extensão<br />

sub<strong>gengival</strong>, do agente químico empregado, do tempo<br />

<strong>de</strong> permanência do fio no interior do sulco e da pressão<br />

exercida para sua inserção.<br />

Mezzomo (1994) e Miranda (1984) comentam<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a técnica <strong>de</strong> colocação do fio seja feita<br />

<strong>de</strong> forma consciente, não ultrapassando<br />

<strong>de</strong>masiadamente o seu tempo <strong>de</strong> permanência no local,<br />

serão observadas apenas pequenas alterações que se<br />

manifestam através <strong>de</strong> um processo inflamatório da<br />

região, que serão histologicamente reparáveis num<br />

espaço <strong>de</strong> 10 dias.<br />

3.3. AFASTAMENTO GENGIVAL<br />

ELETROCIRÚRGICO:<br />

Este método permite que o <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong><br />

possa ser obtido logo após a conclusão do preparo,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser realizado na mesma sessão o procedimento<br />

<strong>de</strong> moldagem.


TÉCNICAS DE AFASTAMENTO GENGIVAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO PERIODONTO<br />

Souza Júnior (1987 ) indica este procedimento<br />

em estados inflamatórios do tecido <strong>gengival</strong>, o qual<br />

normalmente apresenta hiperplasia epitelial e vascular,<br />

impossibilitando tanto a colocação <strong>de</strong> um fio afastador<br />

como o reembasamento <strong>de</strong> um casquete pela oposição<br />

física do tecido, exsudação e sangramento abundante,<br />

características típicas <strong>de</strong> um tecido inflamado.<br />

Entretanto, Mezzomo (1994 ) contra-indica esta<br />

técnica <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> para tecidos inflamados e<br />

gengiva fina pois po<strong>de</strong> causar recessão <strong>gengival</strong>.<br />

Outro fator que contra-indica esta prática é o<br />

envolvimento estético, pois dificilmente após o<br />

procedimento, po<strong>de</strong>mos prever a localização do tecido<br />

<strong>gengival</strong> após sua maturação (60 a 90 dias), po<strong>de</strong>ndo<br />

o término cervical se localizar supra<strong>gengival</strong>mente<br />

causando um efeito estético <strong>de</strong>sagradável,<br />

principalmente na face vestibular dos <strong>de</strong>ntes superiores<br />

on<strong>de</strong> a gengiva marginal é mais sensível a<br />

procedimentos clínicos, <strong>de</strong>vendo o operador nestes<br />

casos esperar pela total cicatrização do tecido <strong>gengival</strong>.<br />

Dimashkieh (1995) contra-indica o uso do<br />

eletrobisturi em pacientes portadores <strong>de</strong> marca-passo.<br />

A relação entre o término cervical do preparo e<br />

a crista óssea alveolar também po<strong>de</strong> contra-indicar<br />

este procedimento.<br />

Por esses motivos a eletrocirurgia não é o<br />

procedimento <strong>de</strong> eleição, sendo a conduta que causa<br />

maior recessão <strong>gengival</strong> permanente. O reparo dos<br />

tecidos acontece em torno <strong>de</strong> 24 dias.<br />

69<br />

pesquisa feita por Blanchard et al. sobre as respostas<br />

teciduais <strong>de</strong>correntes dos diferentes métodos <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>.<br />

Segundo esse pesquisador, a curetagem rotatória<br />

por broca diamantada produziu clinicamente um<br />

sangramento abundante. Histologicamente, a parte<br />

mais profunda do epitélio estava <strong>de</strong>snudada.<br />

Dragoo (1981), verificou extenso dano tecidual<br />

e hemorragia além <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> infiltrado celular.<br />

A observação histológica confirmou uma secção<br />

nítida e profunda do epitélio sulcular. Clinicamente<br />

notou-se o tecido cauterizado sobre as margens<br />

gengivais .<br />

Nos procedimentos mecânico-químicos<br />

clinicamente, observou-se pequena inflamação do<br />

periodonto marginal, pequeno sangramento intrasulcular<br />

e uma recessão transitória. Histologicamente,<br />

observou-se a eliminação parcial do epitélio.<br />

Harnist (1994) afirma que Porzier e Blanchard<br />

et al. (1991), concordam que o <strong>afastamento</strong> mecânico<br />

por casquete não mostra alterações verificáveis<br />

clinicamente e histologicamente o epitélio apresentase<br />

sadio e queratinizado.<br />

5. CONCLUSÃO<br />

3.4. CURETAGEM GENGIVAL ROTATÓRIA:<br />

Esta técnica <strong>de</strong> <strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> vale-se do<br />

uso <strong>de</strong> pontas diamantadas em formato <strong>de</strong> chama <strong>de</strong><br />

vela, para a curetagem do revestimento do sulco,<br />

<strong>de</strong>snudando o epitélio do sulco e criando um espaço<br />

ao redor da margem, permitindo a colocação <strong>de</strong> uma<br />

quantida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> material <strong>de</strong> moldagem.<br />

Para Holt (1992), esta conduta é preferida ao<br />

invés do uso <strong>de</strong> um instrumento eletrocirúrgico, pois<br />

parece ser clinicamente menos traumática ao tecido e<br />

não tão propensa a causar contração tecidual.<br />

Entretanto o efeito e a resposta tecidual são<br />

semelhantes as do método eletrocirúrgico (Mezzomo<br />

1994 ).<br />

4.CONSIDERAÇÕES PERIODONTAIS.<br />

As lesões impostas pelos métodos <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong> po<strong>de</strong>m adquirir caráter<br />

irreversível se ignorarmos os aspectos biofisiológicos<br />

do periodonto sulcular.<br />

Harnist (1994) relata os resultados <strong>de</strong> uma<br />

Depois <strong>de</strong> ter-se conhecido as <strong>técnicas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>afastamento</strong> <strong>gengival</strong>, seu funcionamento e suas<br />

conseqüências, po<strong>de</strong>-se com bom senso, escolher a<br />

que melhor se aplica para cada caso.<br />

Não se po<strong>de</strong> esquecer, contudo, <strong>de</strong> que o<br />

principal objetivo é o sucesso do trabalho e por<br />

conseqüência a satisfação do paciente. Portanto, temse<br />

que avaliar a região da boca em que vai-se aplicar<br />

a técnica escolhida, que tipo <strong>de</strong> tecido periodontal será<br />

afastado, tipo <strong>de</strong> material <strong>de</strong> moldagem a ser<br />

empregado e a habilida<strong>de</strong> do profissional que irá<br />

aplicá-la.<br />

É melhor prevenir do que remediar. Por isso,<br />

não achamos sensato a associação <strong>de</strong> algumas <strong>técnicas</strong><br />

<strong>de</strong> moldagem, que a princípio foram i<strong>de</strong>alizadas para<br />

simplificar os procedimentos do profissional e para<br />

causar mínimo dano periodontal, com <strong>técnicas</strong> que,<br />

como vimos no ítem anterior, são lesivas aos tecidos<br />

adjacentes ao preparo.<br />

Apesar do resultado imediato <strong>de</strong>sta associação<br />

ser reconhecido, não se encontrou relato na <strong>literatura</strong><br />

<strong>de</strong> resultados clínicos ou histológicos a médio ou a<br />

longo prazo do emprego <strong>de</strong>sta técnica. Este é o único<br />

motivo <strong>de</strong> cautela ao indicar a associação <strong>de</strong> <strong>técnicas</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>afastamento</strong>.<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:67-70, 1998


70<br />

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.<br />

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