Edição 127 - Novembro/2009 - Unifenas
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Informativo <strong>Unifenas</strong> - <strong>Novembro</strong>/<strong>2009</strong><br />
Campus de Alfenas<br />
Atividade correicional é tema de palestra na <strong>Unifenas</strong><br />
Corregedor-geral da Polícia Civil de Minas, delegado Geraldo Morais Júnior: “A Polícia<br />
Civil, quando em missão do Estado, representa a espada, mas também é o<br />
escudo da sociedade”<br />
Ao apresentar o corregedor, o delegado regional de Alfenas João Simões Almeida<br />
Júnior salientou que a Polícia Civil de Alfenas preserva, em todos os casos, os direitos<br />
constitucionais dos cidadãos<br />
Everton Marques<br />
Uma provocação para reflexão, primeira hipótese:<br />
“A Polícia Civil é composta por 12 mil<br />
homens. Este ano foram demitidos cinco mil, puni<br />
quatro mil e repreendi o restante”. Segunda: “A Polícia<br />
Civil é composta por 12 mil homens. Este ano<br />
foram demitidos dois, punidos 30 e repreendidos<br />
80”. A pergunta: “Qual dos dados estatísticos os senhores<br />
gostariam de ouvir?”.<br />
Tanto as hipóteses quanto a pergunta foram<br />
levantadas pelo corregedor-geral da Polícia Civil de<br />
Minas Gerais delegado Geraldo Morais Júnior, em<br />
palestra proferida na Universidade José do rosário<br />
Vellano- <strong>Unifenas</strong>, no dia 10 de setembro.<br />
Ao falar sobre a “Atividade Correicional e o Controle<br />
Interno”, o corregedor instigou os presentes a<br />
questionarem sobre diversos aspectos que envolvem<br />
não apenas atuação do policial civil, mas do cidadão<br />
comum frente aos problemas a serem enfrentados.<br />
Uma destas reflexões seria ponderar sobre as ações<br />
antes do julgamento.<br />
Voltando às hipóteses levantas pelo corregedorgeral,<br />
na primeira, aos olhos de muitos, seria a ação<br />
mais correta ao ser tomada diante de transgressões<br />
cometidas por policiais. Mas na visão do delegado<br />
“uma instituição com alto índice de punição demonstra<br />
uma incompetência institucional de rever o próprio<br />
ato, de ter o controle sobre sua máquina operacional”.<br />
Ele se manifesta mais inclinado à segunda hipótese,<br />
partindo do princípio de que haja ações preventivas<br />
para evitar a transgressão e, que quanto<br />
esta venha a ocorrer, que se tenha controle. “É muito<br />
melhor demonstrar que o sistema funciona”, disse.<br />
Morais justifica sua observação partindo do<br />
pressuposto de que às vezes a pessoa erra por desconhecimento,<br />
falta de preparo e de aprimoramento.<br />
Apontar o erro e buscar corrigi-lo é a forma mais<br />
correta. Punição pura e simplesmente não seria a<br />
solução, segundo ele.<br />
O corregedor expôs para delegados, policiais civis<br />
e militares, representantes do poder executivo e<br />
legislativo municipal e estudantes e professores de<br />
direito da Universidade, presentes à palestra, que a<br />
atividade correicional é como se fosse uma fiscalização<br />
de uma empresa: “é necessário que se tenha alguém<br />
para cobrar e acompanhar para que o trabalho<br />
tenha qualidade”.<br />
Ciclo regionalizado de palestras<br />
A visita do corregedor-geral da Polícia Civil de<br />
Minas Gerais a Alfenas integra um ciclo regionalizado<br />
de palestras junto às 52 delegacias regionais de todo<br />
o estado; trabalho que teve início no ano passado.<br />
De acordo com Morais, o que se propõe é deixar<br />
uma mensagem do ponto de vista da atividade<br />
correicional e também da ligação entre Polícia Civil e<br />
sociedade no Sistema Integrado de Defesa Social.<br />
Segundo o delegado, no tocante à correição, é<br />
apresentada nas palestras aquela que é normalmente<br />
conhecida: a sanção e a apuração da transgressão<br />
disciplinar, que pode ocasionar uma pena. “Entendemos<br />
que esta atividade não pode ficar apenas afeita<br />
à punição.<br />
Nosso objetivo deve ser evitar que a transgressão<br />
ocorra. Este é o outro lado da moeda, o da atividade<br />
preventiva, voltada para a modernidade do<br />
direito administrativo”.<br />
Com relação ao Sistema Integrado de Defesa<br />
Social, o delegado procura apresentar a proposta<br />
do plano de governo de Minas, que é a integração<br />
sistêmica da Polícia Civil, Militar, Bombeiro, Judiciário,<br />
Ministério Público e sociedade. “A sociedade tem que<br />
estar sempre presente nesta discussão: segurança<br />
pública é obrigação do estado e responsabilidade de<br />
todos”, destaca o corregedor.